segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Em publicação no X, Bolsonaro usa reportagem do ‘New York Times’ para atacar STF

Na postagem, o ex-mandatário voltou a alegar que é alvo de perseguição política por parte da Corte

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) utilizou as redes sociais nesta segunda-feira (25) para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma publicação no X, ele compartilhou uma reportagem do jornal americano The New York Times sobre o desmonte da Operação Lava-Jato, publicada com o título original “A repressão à corrupção está se desfazendo no Brasil”. Na postagem, Bolsonaro voltou a alegar que é alvo de perseguição política por parte do STF e disse que o Brasil enfrenta uma “crise institucional”.

“A reportagem publicada pelo New York Times neste domingo expõe, com clareza, a gravidade da crise institucional e moral que o Brasil está atravessando desde o fim do nosso governo”, escreveu.

Recentemente indiciado no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022, Bolsonaro tenta construir apoio internacional à tese de que o Brasil estaria sob uma suposta de ditadura do Judiciário.

O texto do New York Times, porém, não faz qualquer menção a supostas perseguições à oposição do governo atual e enfatiza que a gestão Bolsonaro foi “manchada por escândalos de corrupção”.

Fonte: Brasil 247

Carrefour Brasil alega surpresa com posição da matriz francesa ao governo

Representantes da empresa no Brasil prometeram pressionar a matriz francesa por um posicionamento mais alinhado com os interesses nacionais

Carrefour (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

A decisão do presidente mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, de suspender a compra de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, gerou uma crise inesperada para a filial brasileira do grupo varejista. Em contato com o Ministério da Agricultura, a direção do Carrefour Brasil afirmou ter sido "surpreendida" pelas declarações de Bompard, segundo informações obtidas pela Folha de S.Paulo.

O Carrefour Brasil, que representa cerca de 23% das operações globais da rede, se viu em uma posição delicada e os acionistas brasileiros demonstraram preocupação com o impacto da decisão no relacionamento com o governo e os produtores locais. Segundo fontes do alto escalão do governo, os representantes da empresa no Brasil prometeram pressionar a matriz francesa por um posicionamento mais alinhado com os interesses nacionais.

A reação do setor agrícola foi imediata e contundente. Produtores brasileiros interromperam o fornecimento de carne para as lojas do Carrefour no Brasil, e o movimento se expandiu para produtores de frango. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, expressou indignação com a decisão da rede francesa. "A França usa questões sanitárias e ambientais como pretexto para barrar os produtos brasileiros e proteger o seu mercado interno", afirmou o ministro.

Fávaro minimizou a relevância do mercado francês para o Brasil, apontando que o país europeu responde por apenas 0,0026% das exportações brasileiras de carne entre janeiro e outubro deste ano, com compras somando US$ 245 mil. "A França não representa nem 0,5% das nossas exportações de carne. Essa decisão é política, não comercial", enfatizou.

Em resposta, o Carrefour França publicou uma nota esclarecendo que a suspensão se aplica exclusivamente às lojas localizadas na França e não afeta os demais mercados operados pela rede. "Em nenhum momento a decisão refere-se à qualidade do produto do Mercosul, mas sim a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em crise", afirmou a empresa.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

STF suspende julgamento sobre "tese do século" de créditos tributários no setor elétrico após pedido de vista de Barroso

Créditos provenientes da "tese do século" somam R$ 62 bilhões, dos quais R$ 43 bilhões já foram repassados aos consumidores na forma de descontos

Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso 10/04/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou vista no julgamento que pode definir o destino de bilhões de reais em créditos tributários no setor elétrico e de gás natural, decorrentes da chamada "tese do século". O pedido interrompeu a análise do tema no plenário virtual, que havia iniciado na última sexta-feira (22).

Até o momento, segundo o Estadão Conteúdo, a maioria dos ministros já votou para que os créditos sejam repassados aos consumidores por meio de desconto nas tarifas de energia, em vez de permanecerem com as distribuidoras. Foram sete votos a favor dessa medida.

Além da destinação dos créditos, o STF também discute o prazo de prescrição para que os consumidores reivindiquem a restituição do tributo pago a mais. Ainda de acordo com a reportagem, os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Kássio Nunes Marques e Dias Toffoli votaram pelo prazo prescricional de 10 anos), Luiz Fux e André Mendonça votaram para definir a prescrição em 5 anos. Já Flávio Dino defendeu que não há qualquer prescrição.

Entretanto, o marco inicial desse prazo de prescrição ainda está em aberto. Entre as possibilidades estão: março de 2017, data em que o STF decidiu pela exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, estabelecendo a devolução de tributos pagos indevidamente; a data de ajuizamento das ações pelas distribuidoras ou 27 de junho de 2022, quando foi promulgada a lei que determina a destinação integral dos créditos aos consumidores, contestada pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

No setor elétrico, os créditos tributários provenientes da "tese do século" somam R$ 62 bilhões, dos quais R$ 43 bilhões já foram repassados aos consumidores na forma de desconto tarifário, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão Conteúdo

Áudio revela Mauro Cid discutindo prazo para golpe antes da diplomação de Lula

“Antes do dia 12”, disse o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Mauro Cid (Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado)

Áudios obtidos pela Polícia Federal revelam o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmando que a consumação de um golpe de Estado deveria ocorrer "antes do dia 12 (de dezembro de 2022)", referindo-se à data da diplomação do presidente Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informou a CNN Brasil.

Em conversa com o general Mario Fernandes, Cid destacou a necessidade de rapidez, mencionando que Bolsonaro "espera muito" para decidir.

Fernandes, preso e indiciado na semana passada por envolvimento na trama golpista, teria pressionado Cid e buscado apoio para ações envolvendo caminhoneiros e setores do agronegócio.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Brasil registra déficit em conta corrente de US$5,88 bi em outubro, diz BC

O resultado veio um pouco melhor do que a expectativa do mercado

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou déficit em transações correntes um pouco melhor do que o esperado em outubro enquanto os investimentos diretos no país superaram as expectativas, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira.

Em outubro, o Brasil apresentou déficit em transações correntes de 5,88 bilhões de dólares, de superávit de 451 milhões no mesmo mês do ano passado, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado veio um pouco melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de 6,0 bilhões de dólares em outubro.

No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 5,717 bilhões de dólares, acima dos 4,7 bilhões de dólares projetados na pesquisa e dos 3,070 bilhões de outubro de 2023.

No mês, a conta de renda primária apresentou déficit de 5,757 bilhões de dólares , ante rombo de 4,619 bilhões de dólares no mesmo período do ano anterior.

Em outubro, a balança comercial teve superávit de 3,441 bilhões de dólares, contra 8,589 bilhões de dólares no mesmo mês de 2023.

Já o rombo na conta de serviços ficou em 3,893 bilhões de dólares, contra saldo negativo de 3,852 bilhões de dólares em outubro do ano anterior.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Câmara retoma PEC que proíbe aborto. Reforma tributária avança no Senado

Agenda contra o aborto é uma das prioridades bolsonaristas

Congresso Nacional (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Congresso em Foco - Na pauta de terça-feira (26) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados o colegiado retoma a discussão da PEC 164/2012, de autoria do ex-deputado Eduardo Cunha, que prevê a proibição a todas as formas de aborto no Brasil. Enquanto isso, o Senado dá início à deliberação para a regulamentação da reforma tributária, e o Executivo se prepara para anunciar o pacote de cortes de gastos para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal.

No Senado, ainda nesta segunda-feira (25), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) discute o PLP 68/2024, projeto que representa a primeira etapa da regulamentação da reforma tributária, definindo quais deverão ser as alíquotas aplicadas para o IBS, CBS e IS, tributos que deverão substituir os atuais ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS. Se aprovado no colegiado, o projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça, onde será feita a última votação antes de ir a Plenário. Não há, porém, data confirmada para tais votações.

Leia a íntegra no Congresso em Foco.

JAPs – Futsal de Apucarana garante vaga na semifinal



O time masculino de Apucarana de futsal garantiu vaga na fase semifinal dos Jogos Abertos do Paraná (JAPs). O adversário já está definido e Apucarana enfrentará na fase decisiva a equipe de Campo Mourão, às 19h30, de sábado (30/11), no ginásio do Complexo Esportivo José Antonio Basso (Lagoão).

Na fase classificatória da Série Ouro, o time de Apucarana sofreu um duro revés na estreia, quando perdeu de Guarapuava por 8 a 2. No entanto, foi beneficiado pela eliminação de Pato Branco da competição por ter cometido um WO. Na sequência, com dois gols de Rafael Fagundes e um de Lucas Hirose, a equipe de Apucarana garantiu a vaga ao vencer Umuarama por 3 a 1. Felipe fez o gol de Umuarama.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Áudios de militares golpistas são chance para Lula reforçar união do país, avaliam assessores

Segundo aliados, Lula precisa aproveitar esse momento para trabalhar contra a polarização

16.11.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Sessão de encerramento do G20 Social, no Rio de Janeiro - RJ. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que os áudios que provam que militares tramavam por um golpe de Estado no país em 2022 é uma oportunidade para o governo trabalhar para cumprir a promessa de unificar o país, informa o G1. No último domingo (24), o Fantástico revelou mensagens de áudios de militares próximos ao governo de Jair Bolsonaro (PL) em que eles demonstram a intenção de impedir a posse de Lula e promover uma intervenção militar.

Segundo assessores, Lula precisa aproveitar esse momento para trabalhar pela união do país, contra a polarização, promessa feita durante a campanha presidencial de 2022. O presidente já ensaiou esse movimento em discurso na semana passada, quando citou o inquérito do golpe e afirmou que as ações de bolsistas devem ser um chamado pela unificação do Brasil.

Além disso, aliados de Lula afirmam que não há mais clima para se votar o projeto que prevê a anistia aos golpistas que participaram das manifestações de 8 de janeiro de 2022 e que, no momento, a tendência é de arquivamento do texto. No entanto, eles reconhecem que os deputados bolsonaristas seguirão pressionando não apenas pelo PL da Anistia, mas também por outras pautas de interesse da direita.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

General preso pela PF tentou convencer comandante do Exército nomeado por Lula a participar de trama golpista

Em reação, general Júlio César de Arruda, que viria a ser nomeado por Lula para comandar o Exército, teria expulsado Mario Fernandes do gabinete

Mario Fernandes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Justiça revelaram detalhes sobre a tentativa de golpe de Estado em dezembro de 2022, orquestrada por um grupo de militares ligados ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a coluna do jornalista Marcelo Godoy, do jornal O Estado de S. Paulo, o general de brigada Mário Fernandes, ex-comandante de Operações Especiais do Exército, teria pressionado o general Júlio César de Arruda, então chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército e futuro comandante da instituição, para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O episódio, ocorrido em 28 de dezembro, no Quartel-General do Exército, em Brasília, foi marcado pela tentativa de Mário de convencer Arruda a embarcar em um plano golpista, que incluía barrar a posse de Lula e, conforme apontado pela Polícia Federal, até mesmo a execução de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Segundo a reportagem, Mário, acompanhado por dois coronéis da reserva, exigiu ação imediata de Arruda, que assumiria o comando do Exército dois dias depois. Arruda, contudo, rechaçou a proposta, expulsou o trio de seu gabinete e ordenou que não retornassem enquanto ele estivesse no comando.

A investigação também revelou uma carta enviada por Mário Fernandes ao então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, na qual instigava ação imediata contra a posse de Lula. O texto fazia apelos dramáticos, afirmando: "É agora ou nunca mais, COMANDANTE, temos que agir!"

Além das mensagens, a Polícia Federal descobriu um documento no computador de Mário, intitulado "Fox_2017.docx". O arquivo detalhava um planejamento operacional com características terroristas, batizado de "Punhal Verde e Amarelo", que incluía equipamentos como metralhadoras, lança-granadas e fuzis para ações clandestinas.

Os militares envolvidos no esquema são acusados de desviar viaturas e fundos públicos, falsificar identidades e criar um grupo organizado com o objetivo de executar o plano golpista. No entanto, as investigações apontam que, no último momento, o plano foi abortado devido a insegurança entre os envolvidos e à ausência de ordens concretas de Jair Bolsonaro, que evitou declarar apoio direto à ação.

As mensagens obtidas pelos investigadores sugerem que, após a falha em impedir a posse de Lula, o grupo golpista voltou seus esforços para mobilizar a população, apostando em atos violentos como os que ocorreram em 8 de janeiro de 2023, com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Os golpistas almejavam replicar o cenário de 1964, quando o clamor popular foi usado como justificativa para a ditadura militar. A estratégia era pressionar oficiais e driblar o Alto-Comando do Exército (ACE), que se mostrou majoritariamente contrário à aventura golpista.

Boa parte dos militares investigados pertencem ao seleto grupo de Forças Especiais do Exército, conhecidos como "kids pretos", formados em cursos de operações especiais. Durante o governo Bolsonaro, muitos desses militares ocuparam cargos estratégicos, como o general Eduardo Pazuello e o próprio Mário Fernandes.

Apesar da resistência de alguns membros do Alto-Comando, como o general Freire Gomes, que se opôs à minuta do golpe apresentada por Bolsonaro, as ações do grupo golpista trouxeram temor às Forças Armadas, que agora tentam se desvencilhar da imagem de cumplicidade com extremistas.

O caso colocou em xeque a disciplina militar e expôs um racha dentro das Forças Armadas. Generais como Júlio César de Arruda e Marco Antônio Freire Gomes, que se opuseram ao golpe, mantiveram silêncio após os episódios, enquanto outros, como o general Dutra de Menezes, foram criticados por não terem desmontado acampamentos de bolsonaristas em frente ao Quartel-General.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Moraes deve enviar hoje à PGR relatório sobre tentativa de golpe com indiciamento de Bolsonaro e generais

Documento da Polícia Federal aponta crimes graves contra o Estado democrático de Direito; Procuradoria decidirá sobre a apresentação de denúncia ao STF

Alexandre de Moraes, invasores em Brasília em 8 de janeiro e Bolsonaro (Foto: Carlos Moura/SCO/STF | ABr | REUTERS/Marco Bello)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deve encaminhar nesta segunda-feira (25) à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório final da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado. O relatório detalha o indiciamento de 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro e figuras importantes de seu governo.

De acordo com o relatório da PF, Bolsonaro e seus aliados foram indiciados por crimes como abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Entre os nomes citados estão os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, o ex-assessor especial Filipe Martins, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A investigação aponta para a existência de uma articulação organizada com o objetivo de desestabilizar a democracia brasileira.

◉ Decisão nas mãos da PGR

Caberá à PGR decidir se oferece denúncia contra os indiciados ao STF. No entanto, o órgão não é obrigado a acatar os tipos penais sugeridos pela Polícia Federal, podendo fazer ajustes na denúncia antes de apresentá-la à Suprema Corte. Caso a denúncia seja aceita, os indiciados se tornam réus no processo e passam a responder formalmente pelas acusações.

Especialistas destacam que este é um momento crucial para a responsabilização de ações que atentam contra a ordem democrática. "É fundamental que haja um julgamento célere e independente, respeitando o devido processo legal", afirma um analista ouvido pela reportagem.

◉ Bolsonaro reage e tenta desqualificar inquérito

Durante o fim de semana, Jair Bolsonaro classificou o inquérito como uma “historinha” em postagens nas redes sociais. O ex-presidente e seus filhos também lançaram ataques contra Alexandre de Moraes, na tentativa de desqualificar o ministro como responsável pelo caso.

Os próximos dias prometem ser decisivos para o desenrolar desse episódio que expõe as fragilidades enfrentadas pela democracia brasileira em momentos recentes. A sociedade aguarda com atenção os desdobramentos, enquanto a PGR analisa o material encaminhado pela PF para decidir sobre as medidas a serem adotadas.

Fonte: Brasil 247

JAPs – Futebol 7 de Apucarana se classifica com 100% de aproveitamento


O time masculino de Apucarana de futebol 7 teve uma campanha irrepreensível na fase classificatória, vencendo as três partidas disputadas nos Jogos Abertos do Paraná (JAPs). Com isso, garantiu vaga para a semifinal da modalidade, que acontecerá na segunda parte dos JAPs, entre os dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro.

Apucarana disputa a Série Ouro da modalidade e jogou todas as suas partidas na Arena Molas Fama e na estreia venceu Cascavel por 2 a 1. Depois, goleou a equipe de Teixeira Soares por 6 a 3 e, na última partida da fase classificatória, o time venceu Capanema por 2 a 1.

O prefeito Junior da Femac enalteceu o desempenho e convoca a torcida para incentivar a equipe na semifinal, que será disputada na tarde do dia 30, na Arena Molas Fama. “Foi uma campanha brilhante nesta primeira fase, com três vitórias e com 10 gols marcados. Agora a equipe vai com tudo para a semifinal e o apoio da torcida será fundamental”, ressalta Junior da Femac.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

JAPS: Atletismo de Apucarana garante medalha de ouro também no Master


A equipe de atletismo de Apucarana também fez bonito no 4º Paraná Master, competição que está sendo disputada juntamente com os 66º Jogos Abertos do Paraná (JAPs). A atleta Lourdes Maria de Jesus Oliveira conquistou a medalha de ouro nos 5.000 metros, em prova disputada no Complexo Esportivo José Antonio Basso (Lagoão).

O prefeito Junior da Femac parabeniza a equipe de atletismo de Apucarana, o secretário de Esportes, Tom Barros, e a equipe técnica da pasta pelo bom desempenho nas provas. “Tivemos o atleta Edson Aparecido Emídio que ganhou ouro nos 10.000 metros e prata nos 3.000 metros com obstáculos, além da Flávia da Silva que ficou com a prata nos 1.500 metros. No Master, Apucarana também brilhou com a atleta Lourdes, que ficou com o ouro nos 5.000 metros”, assinala Junior da Femac.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

JAPs: Apucarana é ouro nos 10.000 metros e prata na corrida com obstáculos


O atleta Edson Aparecido Emídio, de Apucarana, foi campeão da prova de 10.000m na fase final dos Jogos Abertos do Paraná (JAPs), na pista do Complexo Esportivo Lagoão. Além disso, Edson Emídio, ganhou a medalha de prata na prova de 3.000m com obstáculos.

Na prova dos 10.000 metros o atleta da Secretaria Municipal de Esportes, que também representa o 30° Batalhão de Infantaria Mecanizado, fez o tempo de 31’57”. “Corri na minha cidade, representando o meu Município e o Exército Brasileiro. Quero agradecer o meu treinador, o apoio do prefeito Junior da Femac e do coronel Figueiredo, comandante do 30º BIMec”

Edson Emídio disse que, mesmo não estando habituado a fazer a prova dos 3.000 metros com obstáculos, conseguiu a medalha de prata. “Estou muito feliz, dei o meu melhor. Agora é continuar treinando para seguir firme e forte para as próximas competições, representando Apucarana, o Exército e com a Secretaria de Esportes dando todo o apoio”, reitera Emídio.

BONS RESULTADOS – O professor de educação física José Marcelino da Silva, o Grillo, da Secretaria de Esportes, afirma que no atletismo feminino, Apucarana conquistou dois bons resultados. Na prova de 1.500m, Flávia Leilivania Cardozo da Silva obteve a segunda posição, com Sabrina Gabrieli Pena, de Mandaguari, subindo no lugar mais alto do pódio. A jovem Madelaine Gomes da Silva, de Apucarana, foi quarta colocada no salto em distância.

Apucarana também no atletismo foi representada pelos atletas Vanderlei dos Santos, Geison Souza, Luís Claudio de Freitas, Arthur Pereira, Sidnei Cayres da Penha Junior, Christian Leite, Pedro Henrich Machado de Oliveira, Maicon Souza, Simone Aparecida Claro e Gabrielly Eduarda dos Santos de Souza.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

PF deve indiciar mais pessoas em inquérito da trama golpista

Militar suspeito de envolvimento em ataques contra Lula, Alckmin e Moraes deve ser incluído em relatório complementar

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) está prestes a ampliar a lista de indiciados no inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado. Na última quinta-feira (21), 37 pessoas já haviam sido formalmente acusadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pela CNN, que teve acesso a detalhes das investigações em curso.

Entre os casos pendentes está o do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, conhecido como “Kid Preto” no Exército. O militar foi preso recentemente sob a suspeita de integrar um esquema que visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar da gravidade das acusações, Azevedo ainda não consta entre os indiciados devido à falta de um depoimento oficial.

◉ Procedimentos legais atrasam inclusão

De acordo com a Lei de Organização Criminosa, há um prazo mínimo de três dias entre a intimação e o interrogatório de um investigado. Por isso, a PF ainda não concluiu a oitiva do tenente-coronel. Fontes da instituição afirmaram à CNN que, após o depoimento, Azevedo deverá ser formalmente indiciado, e um relatório complementar será enviado ao STF.

O militar é o único preso na operação Contragolpe, deflagrada no dia 19 de novembro, que ainda não figura na lista de indiciados. A ação policial apura crimes relacionados à abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e conspiração para um golpe de Estado.

◉ Implicações para a investigação

Além de Azevedo, a PF planeja incluir outras pessoas envolvidas na execução do plano de ataque, segundo fontes próximas às investigações. Esse desdobramento demonstra que a investigação segue em ritmo acelerado para fechar todas as pontas do caso.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Líderes da América Latina parabenizam o novo presidente do Uruguai Yamandú Orsi

Com o apoio do ex-presidente José Pepe Mujica, Orsi venceu o candidato da coalização de direita Álvaro Delgado

Yamandu Orsi (Foto: Reuters)

Brasil de Fato - O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outras lideranças mundiais parabenizaram o novo presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, que venceu as eleições neste domingo (24).

Com o apoio do ex-presidente José Pepe Mujica, Orsi venceu o candidato da coalização de direita Álvaro Delgado. Com praticamente 100% das urnas apuradas, a corte eleitoral apontou 49,8% dos votos para Orsi, contra 45,9% de Delgado. Agora, o Uruguai voltará a ter um presidente de esquerda após cinco anos.

Lula publicou em suas redes sociais felicitações à Orsi: “Quero parabenizar o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, principalmente, o presidente eleito Yamandú Orsi, à Frente Ampla e ao meu amigo Pepe Mujica pela vitória de hoje”, disse.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, que também está mais à esquerda do espectro ideológico, saudou o novo presidente. “Parabéns a Yamandú Orsi e Carolina Cosse pela vitória como presidente e vice-presidente da irmã República Oriental do Uruguai. A Frente Ampla volta a governar pela vontade do povo uruguaio que mais uma vez demonstra sua vocação democrática e progressista”, escreveu Sheinbaum nas redes oficiais.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, afirmou que ligou para Orsi para parabenizá-lo pelo resultado eleitoral. “Acabei de ligar e parabenizar Yamandú Orsi pela vitória no Uruguai. Conversamos sobre como seguir em frente juntos, como países irmãos, na justiça e na unidade. Do Chile, todo o sucesso neste novo caminho para Yamandú e a vice-presidente, Carolina Cosse!”, o presidente chileno escreveu no X.

Luis Arce, presidente da Bolívia, também parabenizou Orsi por meio do perfil nas redes sociais. “Sua vitória encerra uma grande jornada democrática que reafirma a unidade do irmão povo uruguaio, que optou pela inclusão e pela justiça social para garantir seu crescimento”, disse Arce. O presidente da Bolívia ainda reforçou a “vontade de continuar a fortalecer as nossas relações de cooperação e fraternidade. Viva a Grande Pátria!”.

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, foi breve em suas felicitações ao novo chefe do Executivo uruguaio. “Um grande abraço a Yamandú, novo presidente do Uruguai. Esta vitória reflete a vontade do povo latino-americano de unidade e mudança”, publicou em seu perfil no X.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, parabenizou Orsi e falou em construir uma “relação respeitosa e positiva e de cooperação e de apoio partilhado” entre os países. “Desejo o maior sucesso”, escreveu no Instagram.

Santiago Peña, presidente de direita do Paraguai, também parabenizou Orsi pela vitória. “Felicito o povo uruguaio pela sua participação massiva nas eleições presidenciais deste domingo. No final do dia, entrei em contato com o presidente eleito Yamandú Orsi para expressar o compromisso do Paraguai em continuar colaborando em benefício de nossas nações”, disse.

Da Argentina, comandada pelo presidente da extrema direita Javier Milei, apenas a chancelaria parabenizou “o povo uruguaio pela sua exemplar jornada cívica” e enviou saudações “ao presidente eleito Yamandú Orsi pela sua vitória”. “Ratificamos nosso compromisso de trabalhar junto com o Uruguai para fortalecer a agenda compartilhada e o bem-estar de ambos os países”, escreveu no X. O presidente argentino não se manifestou.

Edição: Nathallia Fonseca

Fonte: Brasil 247 com informações do Brasil de Fato

Lula volta a se reunir com Haddad para fechar corte de gastos

As medidas têm como objetivo garantir a viabilidade do arcabouço fiscal nos próximos anos e precisarão ser aprovadas pelo Congresso Nacional

Fernando Haddad e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na manhã desta segunda-feira (25) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para fechar o pacote de corte de gastos, que deve ser anunciado nesta semana, informa o G1. Além de Haddad, participam os outros ministros que integram a Junta de Execução Orçamentária (JEO), Rui Costa, da Casa Civil, Esther Dweck, da Gestão, e o secretário-executivo do ministério do Planejamento, Gustavo José de Guimarães e Souza.

As medidas têm como objetivo garantir a viabilidade do arcabouço fiscal nos próximos anos e precisarão ser aprovadas pelo Congresso Nacional. O pacote fiscal está em discussão há quase um mês, e seu anúncio foi adiado por discordâncias entre a ala econômica e alguns ministérios. A participação do governo na reunião do G20, no Rio de Janeiro, também adiou o anúncio oficial.

Entre as medidas em discussão no corte de gastos estão mudanças na Previdência dos militares e alterações no seguro-desemprego. Além da reunião com a equipe econômica, Lula deve se reunir nesta tarde com os ministros da Educação, Camilo Santana (PT), da Saúde, Nísia Trindade, e da Defesa, José Múcio Monteiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Mercado eleva projeções para Selic, PIB e inflação em 2025

Previsão é de que a economia do país cresça 3,17% neste ano, acima da expectativa de 3,10% da semana anterior

Prédio do Banco Central em Brasília 25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Reuters - Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a uma expectativa também mais alta para o avanço do IPCA em 2025, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,25%, de 12,00% na semana anterior.

Para 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 11,25%, manteve-se em 11,75% pela oitava semana consecutiva. O BC volta a se reunir em dezembro para a última decisão de política monetária do ano.

Neste mês, o Copom decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, em decisão unânime de sua diretoria, que não indicou os próximos passos da política monetária.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento sólido na projeção para o IPCA no próximo ano, agora com alta de 4,34% -- próximo do teto da meta perseguida pelo BC --, ante 4,12% há uma semana. Em 2024, o avanço do índice deve chegar a 4,63%, ligeiramente abaixo dos 4,64% projetados anteriormente.

As contas para 2026 e 2027 também mostraram alta, com a inflação calculada respectivamente em 3,78% e 3,51%, de 3,70% e 3,50% na semana anterior.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

As alterações nas projeções para a Selic e para a inflação ocorrem na esteira da piora das previsões do próprio governo para a alta dos preços, elevando os temores dos agentes financeiros de um cenário de descontrole inflacionário.

Na segunda-feira passada, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda apontou uma deterioração em sua visão para a inflação, com a projeção para o IPCA indo a 4,40% em 2024, ante previsão de 4,25% feita em setembro, enquanto o índice para 2025 foi ajustado de 3,4% para 3,6%

A secretaria apontou para a "aceleração significativa" nos preços de carnes, de leite e derivados e do café e para o aumento nas tarifas de energia elétrica, que levaram o IPCA a acumular alta de 4,76% nos 12 meses até outubro, mas disse que os preços devem voltar a desacelerar até o fim do ano.

O mercado também vem demonstrando desânimo com a economia brasileira em meio à demora do anúncio de medidas de contenção de gastos pelo governo, que busca garantir a sustentação do arcabouço fiscal no longo prazo. A expectativa é que a divulgação do pacote possa ocorrer nesta semana.

No Focus desta segunda, houve ainda novo aumento na expectativa para a cotação do dólar em 2024, agora em 5,70 reais, de 5,60 reais na semana anterior. No próximo ano, a moeda norte-americana deve atingir 5,55 reais, segundo os analistas, ante 5,50 reais há uma semana.

Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 3,17% neste ano, acima da expectativa de 3,10% da semana anterior. Em 2025, a projeção é de que a expansão seja de 1,95%, um aumento ligeiro sobre a alta de 1,94% da pesquisa anterior.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Ministro critica Carrefour por suspensão de carnes do Mercosul e apoia boicote dos frigoríficos

Carlos Fávaro qualificou a decisão da rede francesa de "protecionismo desproporcional" e reforçou a qualidade da carne brasileira

Carlos Fávaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reagiu nesta segunda-feira (25) à decisão do Carrefour de suspender a compra de carnes provenientes de países do Mercosul para suas lojas na França. Em entrevista à Globonews, Fávaro classificou a medida como um "protecionismo desproporcional" e expressou apoio ao boicote dos frigoríficos brasileiros à rede varejista.

Segundo o ministro, a decisão reflete uma postura isolada da França, enquanto outros países europeus compreendem a importância da carne do Mercosul no mercado global. "O Brasil tem uma agricultura de larga escala, de volume e segurança de fornecimento. A reação é desproporcional", afirmou.

Fávaro rechaçou qualquer questionamento à sanidade dos alimentos brasileiros, exaltando os padrões do país. "O Brasil tem uma das melhores sanidades de produtos alimentícios do mundo. Não dá nem para comparar com a qualidade francesa", pontuou.

O ministro também apoiou a decisão dos frigoríficos brasileiros de interromper a venda de carnes ao Carrefour no Brasil, incluindo redes associadas, como Atacadão e Sam's Club. "É uma questão de soberania nacional", destacou Fávaro. Ele acrescentou que a postura da rede não deve ter tratamento diferente dentro do país.

“Se para o povo francês o Carrefour não serve comprar carne brasileira, que o Carrefour também não compre carne brasileira para colocar nas suas gôndolas aqui no Brasil", disse o ministro.

A suspensão das compras foi defendida por Alexandre Bompard, CEO do Carrefour na França, sob o argumento de que a carne do Mercosul não atende às normas e exigências francesas. Ele também criticou o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, dizendo que os agricultores franceses temem ser prejudicados pela concorrência com produtos importados.

"Em toda a França, ouvimos o desânimo e a raiva dos agricultores face ao acordo de livre-comércio proposto entre a União Europeia e o Mercosul e o risco de o mercado francês ser inundado com carne que não atende às suas exigências e normas", declarou Bompard em um evento direcionado à FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França).

Em nota divulgada na semana passada, o Ministério da Agricultura lamentou a decisão do Carrefour, apontando que o posicionamento carece de critérios técnicos e prejudica o entendimento dos consumidores. "As questões protecionistas influenciam negativamente o entendimento de consumidores sem quaisquer critérios técnicos que justifiquem tais declarações", afirmou a pasta.

O episódio intensifica as tensões comerciais entre o Brasil e a França, em um momento delicado para o acordo entre Mercosul e União Europeia. O governo brasileiro busca consolidar o tratado, enquanto enfrenta resistências de países europeus, especialmente em questões agrícolas e ambientais.

Fonte: Brasil 247

Crise da carne: Carrefour enfrenta boicote e desabastecimento ameaça operações no Brasil

Decisão do Carrefour na França de barrar carne do Mercosul desencadeia retaliação no Brasil, com impactos na cadeia de abastecimento

Carne em unidade de produção da JBS no Brasil (Foto: Reuters)

 A crise desencadeada pela decisão do Carrefour França de interromper a compra de carne do Mercosul, anunciada em 20 de novembro, gerou uma reação rápida e contundente no Brasil. Segundo apuração da Globo Rural, caminhões da JBS, maior processadora de carne do mundo, foram redirecionados na última quinta-feira (21/11), interrompendo entregas previstas para a rede Carrefour no país. O impacto pode gerar desabastecimento já a partir desta segunda-feira (25/11), com estoques de cortes bovinos de alto giro reduzidos a apenas quatro dias.

“A JBS tomou uma decisão estratégica ao interromper entregas. Se não podemos fornecer ao Carrefour francês, também não vamos abastecer o brasileiro”, declarou uma fonte próxima à empresa, que reforçou a ideia de soberania comercial como base da atitude.

O Carrefour Brasil, surpreendido pela postura de sua matriz francesa, tenta negociar uma saída para a crise que já afeta suas subsidiárias, incluindo o Atacadão, líder no setor de atacarejo no Brasil. Fontes ligadas ao governo afirmam que o presidente Lula manifestou irritação com a situação e pediu ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que interviesse.

◉ Ação e reação: governo e mercado

Segundo a reportagem, Fávaro manteve contato com Renato Costa, presidente da Friboi (subsidiária da JBS), para discutir o impacto da decisão. Apesar disso, fontes da JBS negam que a decisão de boicote tenha sido diretamente influenciada pelo governo. “As empresas brasileiras demonstraram união ao proteger seus mercados e reputação. O presidente Lula apoiou essa atitude, que reafirma a soberania nacional frente a decisões externas prejudiciais”, comentou Fávaro.

Para o governo brasileiro, o posicionamento do Carrefour França foi considerado uma afronta à imagem dos produtos do Mercosul e trouxe prejuízos políticos e diplomáticos. O Carrefour argumenta que a decisão se limita ao mercado francês e não reflete a qualidade das carnes da região.

◉ Efeitos econômicos e busca por soluções

A operação brasileira do Carrefour, responsável por metade do EBITDA global da companhia, enfrenta uma pressão sem precedentes. Internamente, discutem-se medidas emergenciais, como a compra de carne de distribuidores locais, o que elevaria custos e comprometeria as margens em pleno período de alta demanda, como o Natal e o Ano Novo.

Fontes afirmam que o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas público de Alexandre Bompard, presidente do conselho do Carrefour, mas o executivo hesita, temendo retaliações no mercado francês, onde tem forte apoio de produtores rurais e do presidente Emmanuel Macron.

◉ Impacto para o consumidor e para a JBS

Embora a JBS redirecione seus lotes para outros varejistas no Brasil, garantindo que não haja prejuízo à empresa, a interrupção pode comprometer a oferta de carnes bovinas nas lojas do Carrefour e do Atacadão. Para o consumidor final, o risco de desabastecimento e aumento de preços já preocupa.

A crise ressalta as complexas relações entre mercados globais e interesses nacionais, evidenciando o peso econômico do agronegócio brasileiro no cenário internacional.

Fonte: Brasil 247 com Globo Rural

Confiança do consumidor do Brasil tem máxima em mais de 10 anos em novembro, diz FGV

Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês alta de 2,6 pontos, atingiu 95,6 pontos em novembro, maior nível desde abril de 2014

(Foto: Reuters)

Reuters - Os consumidores brasileiros mostraram melhora nas expectativas e a confiança atingiu um pico de mais de 10 anos em novembro, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas divulgados nesta segunda-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês alta de 2,6 pontos, atingiu 95,6 pontos em novembro, maior nível desde abril de 2014 (96,6 pontos).

"A alta da confiança de novembro reposiciona o indicador na trajetória ascendente iniciada em junho deste ano, a qual foi interrompida no mês anterior. Ela é motivada, principalmente, pela melhora das expectativas para os próximos meses e disseminada entre as faixas de renda", explicou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre.

O Índice de Expectativas (IE) registrou em novembro alta de 3,7 pontos, chegando a 103,4 pontos, nível mais elevado desde setembro de 2023 (103,9 pontos).

O Índice de Situação Atual (ISA) ganhou 0,6 ponto, indo a 84,3 pontos, mantendo-se no maior nível desde dezembro de 2014 (86,8 pontos).

Em novembro, o indicador que mais contribuiu para a alta foi o que mede o ímpeto de compras de duráveis, seguido pela melhora dos indicadores que retratam a situação financeira presente e futura dos consumidores, ressaltou Gouveia.

"Esse resultado retrata uma melhora na percepção dos orçamentos familiares, que são impactados positivamente pela continuidade de bons sinais no mercado de trabalho e na atividade econômica em geral", completou Gouveia.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Estadão ataca Moraes e pede que ele se afaste do inquérito do golpe

Editorial critica concentração de poderes do ministro no STF e alerta para riscos à credibilidade das decisões judiciais

Alexandre de Moraes (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

 Em editorial publicado nesta segunda-feira, o jornal O Estado de S. Paulo teceu críticas contundentes à atuação do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que ele se declare impedido de relatar o Inquérito 4.874, que investiga a elaboração de um plano golpista após as eleições de 2022. A publicação argumenta que a centralização de poderes nas mãos do ministro coloca em risco a legitimidade das decisões judiciais e pode abrir brechas para anulações futuras, como ocorreu na Operação Lava Jato.

Segundo o Estadão, a postura de Moraes, que acumula funções de delegado, promotor, juiz e, em alguns casos, vítima, compromete a imparcialidade esperada em processos judiciais. "Não há virtuose de tal ordem na defesa recente da democracia que justifique tantos poderes", afirma o editorial, sugerindo que o ministro deveria adotar uma postura republicana e se afastar da relatoria do caso.

O texto aponta para o crescimento da "mixórdia de poderes" atribuídos a Moraes desde 2019, quando assumiu o inquérito das fake news, e sua atuação como relator em outros casos, como os atos antidemocráticos, as investigações sobre milícias digitais e as ações relacionadas ao 8 de Janeiro. Para o jornal, a condução desses processos tem sido marcada por excessos e falta de transparência, com medidas como prisões preventivas, censuras e bloqueios de contas, muitas vezes tomadas sob sigilo.

Um dos principais argumentos do editorial é que a condição de Moraes como alvo e vítima de ameaças golpistas torna insustentável sua participação como relator – o jornal argumenta que ele “marca e cobra o pênalti”. O Inquérito 4.874 ganhou contornos mais graves após a Operação Contragolpe, da Polícia Federal, que revelou um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Moraes. O jornal reconhece a gravidade das acusações, mas reforça que "o respeito às garantias processuais é fundamental para evitar excessos e consolidar a justiça".

Defesa da democracia com limites

Embora reconheça que o Brasil enfrentou uma tentativa séria de golpe de Estado, o Estadão alerta para os riscos de se tolerar a concentração excessiva de poder em nome da defesa da democracia. Para o jornal, "Bolsonaro foi, no mínimo, o estimulador-geral do espírito golpista daquele tempo", mas isso não diminui os problemas decorrentes dos métodos adotados por Moraes na condução das investigações.

O editorial sugere que um eventual afastamento do ministro seria um gesto de grandeza e responsabilidade institucional, fortalecendo a credibilidade do STF e evitando questionamentos que possam, no futuro, comprometer as decisões da Corte.

O texto conclui destacando que o Supremo Tribunal Federal tem um papel essencial na preservação do Estado de Direito, mas que esse papel não pode ser confundido com a concentração de poderes em uma única figura. "O Brasil precisa de instituições sólidas e imparciais, que respeitem os limites legais e processem seus casos com a transparência que a sociedade espera", argumenta o Estadão.

Fonte: Brasil 247

General golpista comemorou atos de vandalismo de bolsonaristas durante diplomação de Lula: “agora vai rolar sangue”

No dia 12 de dezembro de 2022, bolsonaristas tentaram invadir o prédio da PF e incendiaram veículos em Brasília

Mario Fernandes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O general Mário Fernandes, um dos 37 indiciados no inquérito do golpe de Estado, comemorou a realização de um ato violento por manifestantes bolsonaristas durante a diplomação do presidente Lula (PT) no dia 12 de dezembro de 2022, em Brasília, informa o Metrópoles. O quebra-quebra teve vários veículos incendiados, a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal e começou com a prisão do bolsonarista Cacique Tserere Xavante.

Naquele dia, Fernandes enviou mensagens de áudio ao coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu comemorando o que seria o início de uma radicalização nas manifestações após as eleições de 2022. “Tu viu que já começaram a radicalizar, né? A prisão do cacique ali já levou. Ó, aqui no início da Asa Norte, da W3 Norte, na sede da Polícia Federal, o pau tá comendo. Os distúrbios urbanos já iniciaram. Agora vai rolar sangue”, disse.

Em conversa com o general da reserva Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), Fernandes voltou a utilizar a expressão “vai rolar sangue” e comemorou os atos de vandalismo. “Vai começar a rolar sangue. E nós sabemos que isso aí já era um prenúncio, já era anunciado. Certo? Vai acontecer, porra, não tem jeito. Quanto mais se retardar uma ação efetiva, mais vão acontecer eventos como esse”, comemorou.

Mário Fernandes é apontado pelas investigações da Polícia Federal como um dos principais idealizadores da trama golpista e teria redigido o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa os assassinatos de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República do governo Bolsonaro, entre outubro de 2020 e janeiro de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles