domingo, 24 de novembro de 2024

Ronaldo Fenômeno revela meta de ser presidente da CBF: "Estou extremamente preparado"

Ex-craque da seleção brasileira admite sonho de comandar o futebol nacional e reforça desejo de mudanças na Confederação

Ronaldo Nazário (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

O ex-jogador Ronaldo Nazário, conhecido mundialmente como "Ronaldo Fenômeno", revelou publicamente seu desejo de assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A declaração foi dada durante um evento beneficente promovido pela Fundação Fenômenos, realizado em São Paulo na última quinta-feira (21). O jornal espanhol Sport destacou a fala do pentacampeão, que afirmou estar "extremamente preparado" para encarar o desafio.

“Há muitos anos, eu falo da minha ideia de um dia ser presidente da CBF. Isso não mudou, mas vamos aguardar o momento certo. Estou extremamente preparado”, disse Ronaldo aos jornalistas presentes no evento. Embora tenha reforçado que ainda não é candidato e que não há eleições à vista, o ex-craque apontou a necessidade de reformas estruturais no futebol brasileiro. “O futebol brasileiro precisa de mudanças grandes”, declarou.

◉ Sonho antigo e liderança natural

Ronaldo revelou que a ambição de comandar a CBF surgiu ainda na época em que era atleta. “Desde jogador, meus companheiros já me chamavam de presidente. É um sonho, mas ainda distante, até porque a gente não sabe. A CBF vive uma instabilidade, não sabemos quando pode ser convocada uma eleição”, comentou. A entidade é atualmente presidida por Ednaldo Rodrigues, que assumiu o cargo em 2021 após um período de turbulência.

Apesar de reforçar que o momento ainda não é oportuno para especulações, Ronaldo mostrou confiança em sua capacidade de assumir a posição. “Mais do que nunca, eu estou preparado para um eventual novo desafio”, afirmou.

◉ "Plano Pep" e projeções futuras

O jornal espanhol Sport destacou que, caso Ronaldo se torne presidente da CBF, ele teria o desejo de trazer o técnico Pep Guardiola, atualmente no Manchester City, para comandar a seleção brasileira. Questionado sobre a possibilidade, Ronaldo foi cauteloso: “Não dá para passar a carroça na frente do burro. Vamos ver o que vai acontecer. Tenho muitas ideias para o caso de um dia isso acontecer, mas não dá para especular nada agora.”

Pep Guardiola renovou recentemente seu contrato com o clube inglês até 2026, mas é amplamente reconhecido como um dos maiores treinadores da história do futebol, o que reforça o peso das ideias de Ronaldo.

◉ Fenômeno dentro e fora de campo

Ronaldo é amplamente considerado um dos maiores jogadores da história do futebol mundial. Ídolo em clubes como PSV, Barcelona, Internazionale, Real Madrid e Milan, o atacante encerrou sua carreira no Brasil, onde também brilhou com as camisas do Cruzeiro e do Corinthians. Pela seleção brasileira, conquistou duas Copas do Mundo (1994 e 2002) e deixou um legado histórico, incluindo os dois gols na final contra a Alemanha em 2002.

Fora dos gramados, Ronaldo se destacou como empresário. Após comprar o Cruzeiro e contribuir para sua reestruturação, vendeu sua participação em 2024 ao empresário Pedro Lourenço. Atualmente, é sócio-majoritário do Real Valladolid, da Espanha.

Com um histórico de sucesso em diferentes áreas, o "Fenômeno" agora mira um novo objetivo: ser um agente de transformação no futebol brasileiro. "Estou extremamente preparado", reafirmou. Resta saber se e quando Ronaldo terá a oportunidade de levar seu talento e visão para o comando da CBF.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Espanhol Sport

New York Times volta a atacar o Brasil por decisões contrárias à Lava Jato

Supremo Tribunal Federal anula condenações e expõe abusos da operação, enquanto mídia internacional critica a correção de ilegalidades

Dias Toffoli (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

Neste domingo (24), o The New York Times voltou a criticar o Brasil, destacando as decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que estão revertendo condenações da Operação Lava Jato. A reportagem, ao enfatizar supostos impactos negativos no combate à corrupção, ignora os abusos legais cometidos durante a operação e a necessidade de restabelecer a legalidade nos processos judiciais.

As decisões do STF, lideradas em parte pelo ministro Dias Toffoli, têm anulado provas obtidas ilegalmente, suspenso multas bilionárias e revertido condenações baseadas em processos marcados por irregularidades. Toffoli tem sido uma das vozes mais firmes na defesa do respeito às garantias constitucionais, condenando os abusos cometidos durante a Lava Jato. Ele argumenta que métodos como a violação de sigilos e a manipulação de delações premiadas comprometeram a integridade da operação e atentaram contra os princípios do Estado de Direito.

De acordo com o tribunal, as práticas adotadas por investigadores e juízes da Lava Jato violaram garantias fundamentais, tornando insustentáveis muitas das condenações. As decisões estão corrigindo processos injustos e reafirmando o compromisso do Brasil com um sistema judicial imparcial e equilibrado.

Impactos regionais e a repercussão internacional

As anulações no Brasil têm gerado efeitos em outros países da América Latina, como Panamá, Equador, Peru e Argentina, onde investigações baseadas em informações da Lava Jato também estão sendo questionadas. Pelo menos 115 condenações já foram revertidas no Brasil, incluindo casos envolvendo políticos e empresários de destaque, de acordo com grupos de monitoramento jurídico.

Apesar da cobertura crítica do The New York Times, a atuação do STF reforça a importância de combater a corrupção sem abrir mão de princípios fundamentais, como o direito a um julgamento justo e a imparcialidade dos magistrados.O The New York Times, ao destacar o impacto das decisões na operação, parece desconhecer a gravidade dos abusos cometidos durante as investigações e os prejuízos que esses métodos trouxeram à credibilidade do sistema judicial brasileiro. A defesa do Estado de Direito e a correção de erros históricos são, como enfatiza Dias Toffoli, essenciais para fortalecer a democracia e o combate efetivo à corrupção.

Fonte: Brasil 247

Gleisi critica editorial da Folha sobre juros altos e cobra Banco Central autônomo


Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, usou sua conta no X (antigo Twitter) neste domingo (24) para criticar duramente um editorial da Folha de S.Paulo.

Em sua publicação, ela apontou contradições no texto, que discute os efeitos econômicos negativos dos juros altos, mas atribui a culpa ao governo federal, ignorando a responsabilidade do Banco Central (BC) “autônomo” na condução dessa política monetária.

“O editorial da Folha consegue a proeza de descrever as grandes mazelas que os juros estratosféricos causam ao país para apontar como culpado o governo, e não a política suicida do BC ‘autônomo’, a serviço do sistema financeiro e dos especuladores”, criticou Gleisi. A parlamentar questionou ainda a postura da imprensa em blindar Roberto Campos Neto, presidente do BC indicado por Jair Bolsonaro, enquanto ataca o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por críticas à política monetária.

O texto editorial criticado reconhece que os juros altos dificultam o crescimento econômico e aumentam a dívida pública, mas, segundo Gleisi, omite que a definição da taxa básica de juros é uma decisão independente do Banco Central. Atualmente, o Brasil tem uma das maiores taxas reais de juros do mundo, em torno de 7,5%. Para a presidente do PT, a manutenção desse patamar reflete escolhas políticas que priorizam interesses do mercado financeiro em detrimento da população.

Gleisi também apontou que os efeitos dessa política monetária penalizam diretamente os mais vulneráveis. “Se são os juros que fazem a trajetória da dívida explodir, e se manter a atual taxa não vai trazer investimentos de volta, errado é mantê-la”, argumentou. Para ela, o discurso que defende cortes nos gastos públicos como solução é uma tentativa de transferir o peso da política monetária para aposentados e usuários de serviços essenciais, enquanto setores financeiros se beneficiam.

Outro ponto destacado por Gleisi foi o apoio recorrente da mídia a Campos Neto e a crítica constante ao governo Lula. Segundo ela, a imprensa sustenta uma narrativa que protege a autonomia do Banco Central, ao mesmo tempo em que responsabiliza o governo federal pelas dificuldades econômicas decorrentes da alta taxa de juros. “O que querem é jogar essa conta nas costas dos aposentados e da população que precisa de políticas públicas, com o discursinho surrado do corte de gastos do governo”, escreveu.

Com a crítica, Gleisi reforçou a posição do PT contra a atual condução da política monetária e destacou a necessidade de um debate mais amplo sobre os efeitos da autonomia do Banco Central. Para ela, a solução está em rever a política de juros altos, alinhando-a aos interesses da população e ao fortalecimento da economia brasileira.

Fonte: DCM

Taxa de desemprego deve fechar 2024 no menor nível da história, segundo especialistas

Carteira de trabalho. Foto: Divulgação

A taxa de desemprego no Brasil deverá atingir o menor patamar da série histórica até o final de 2024, conforme previsão de especialistas. O indicador, que deve fechar o ano abaixo de 6%, reflete uma combinação de fatores conjunturais e estruturais que favorecem o mercado de trabalho brasileiro.

De acordo com os cálculos do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, a taxa de desemprego, que em setembro estava em 6,4%, deve continuar em queda até alcançar 6% em dezembro, impulsionada pelo aquecimento tradicional das contratações de fim de ano.

Essa estimativa é compartilhada por outras consultorias, como a Tendências, que também projetam a mesma taxa de desocupação ao fim de 2024. O movimento de queda do desemprego no Brasil reflete, entre outros fatores, a recuperação da economia nos últimos dois anos e a implementação de reformas estruturais, como a reforma trabalhista de 2017.

Fonte: DCM

Leila Pereira é reeleita presidente do Palmeiras; segundo mandato vai até 2027


Leila Pereira foi reeleita presidente do Palmeiras. Foto: Ricardo Moreira/Getty Images

Leila Pereira foi reeleita presidente do Palmeiras em eleição realizada neste domingo (24). Atual mandatária e dona das empresas patrocinadoras do clube, Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), a presidente derrotou o candidato de oposição, Savério Orlandi, com ampla vantagem.

O pleito contou com a participação de 3.183 sócios, dos quais 2.295 votaram na empresária, enquanto Orlandi recebeu 878 votos, além de 30 votos em branco. Leila seguirá à frente do clube até o final de 2027, com uma diretoria composta pelos vice-presidentes Maria Teresa Bellangero, Paulo Buosi, Everaldo Coelho e Márcio Martin.

A trajetória de Leila no Palmeiras começou em 2015, quando suas empresas passaram a patrocinar o clube, firmando o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro na época. Após tornar-se conselheira em 2017 e reeleger-se para o posto em 2021, ela conquistou a presidência no final do mesmo ano, apoiada por Maurício Galiotte. Durante seu primeiro mandato, Leila buscou fortalecer o Palmeiras em várias frentes e agora encara um novo ciclo à frente da gestão alviverde.

Diferentemente de 2021, quando foi eleita sem oposição, Leila enfrentou um candidato rival pela primeira vez nesta eleição, mas reafirmou sua liderança no clube com uma vitória expressiva. A empresária mantém sua posição como uma figura central no Palmeiras, consolidando seu papel no cenário esportivo e administrativo.

Fonte; DCM

Gleisi Hoffmann denuncia misoginia em editorial do Estadão sobre Janja

Presidente do PT critica o jornal por preconceito contra a primeira-dama

Janja, Dilma Rousseff e Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)

Neste domingo (24), Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para rebater o editorial publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo. O texto criticava a atuação da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, no governo do presidente Lula. Segundo Gleisi, o artigo evidencia uma postura "misógina e preconceituosa" contra Janja e, por extensão, contra mulheres que assumem posições políticas relevantes.

No editorial, o Estadão questionou a influência de Janja em pautas do governo e criticou sua presença ativa em eventos políticos. A publicação sugeriu que sua atuação estaria "invadindo espaços de decisão" e "subvertendo normas institucionais". Para o jornal, essa postura seria inadequada para o papel tradicional de uma primeira-dama.

Em sua resposta, Gleisi destacou que o editorial ultrapassou o limite da crítica legítima ao adotar um tom que desqualifica a primeira-dama por suas ações e opiniões políticas. "O Estadão, como qualquer jornal, tem todo direito de discordar de quem quiser em seus editoriais, inclusive da Janja. Mas atacá-la da forma que fez hoje revela uma carga de misoginia e preconceito contra as mulheres que têm opiniões próprias e atuam politicamente", escreveu Gleisi em sua publicação.

A crítica de Gleisi ecoa preocupações mais amplas sobre como a sociedade e a mídia tratam mulheres em posições de poder. A presidente do PT defendeu a autonomia e a relevância do trabalho de Janja, mencionando que sua atuação contribui para fortalecer políticas sociais e promover a igualdade de gênero.

Fonte: Brasil 247

JBS e Masterboi suspendem fornecimento ao Carrefour após veto à carne brasileira na França

Setor agropecuário classifica decisão do grupo francês como protecionista e injusta

Carne em unidade de produção da JBS no Brasil (Foto: Reuters)

Os frigoríficos JBS (Friboi) e Masterboi interromperam o fornecimento de carne bovina ao Carrefour no Brasil em resposta ao anúncio de Alexandre Bompard, presidente mundial do grupo, de que a rede deixará de vender carne produzida em países do Mercosul nas lojas da França. Reportagem da Folha destaca que a Masterboi confirmou o corte no fornecimento na última sexta-feira (22), enquanto fontes indicaram que a JBS parou de vender ao grupo na quinta-feira (21). Outras empresas, como BRF e Marfrig, não comentaram a situação. O Carrefour, por sua vez, afirma que suas lojas estão abastecidas e a comercialização de carne ocorre normalmente.

No sábado (23), representantes de 44 associações do setor agropecuário discutiram uma carta aberta ao executivo do Carrefour, classificando a decisão como “protecionista” e incompatível com os avanços sustentáveis do Brasil. O documento destaca que, nos últimos 30 anos, a pecuária brasileira aumentou sua produtividade em 172%, ao mesmo tempo em que reduziu a área de pastagem em 16%.

O agronegócio teme que o veto do Carrefour na França abra precedentes para outras restrições em mercados europeus. A carta também questiona a coerência da decisão, argumentando que, se a carne brasileira não é adequada para a França, isso poderia comprometer sua aceitação em outros países.

Além de frigoríficos, entidades de diversos setores, como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Aprosoja e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), assinam o documento, reforçando a necessidade de diálogo e reconhecimento das práticas sustentáveis do Brasil no mercado global.

Em nota, o Carrefour, que também comanda a rede Atacadão, nega que haja desabastecimento em suas lojas no momento. "A comercialização do produto ocorre normalmente nas lojas. Nenhuma loja está desabastecida".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Bolsonaro diz ao PL que vai manter candidatura mesmo que seja preso

Inelegível, ele não pretende transferir seu capital político a alguém de fora da família

Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Adriano Machado)

O ex-presidente Jair Bolsonaro não demonstra intenção de recuar na sua tentativa de disputar as eleições presidenciais de 2026, mesmo estando inelegível e enfrentando processos relacionados à tentativa de golpe de Estado. A informação foi publicada na coluna de Denise Rothenburg, do Correio Braziliense, neste domingo. Segundo a jornalista, Bolsonaro tem reiterado a aliados do PL que continuará percorrendo o país em eventos partidários, em um esforço para manter sua base mobilizada e o partido unido.

Apesar de seu cenário jurídico delicado, Bolsonaro teria confidenciado planos de, caso impedido de concorrer, lançar um substituto que o represente, como fez o presidente Lula em 2018. Entre os cotados, surge o deputado Eduardo Bolsonaro, pré-candidato ao Senado por São Paulo e conhecido pelas conexões com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos.

Enquanto Bolsonaro insiste na candidatura, figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a senadora Tereza Cristina (PP-MT) optam por não assumir protagonismo em uma possível disputa presidencial. Para Tarcísio, a prioridade seria a reeleição ao governo paulista, especialmente se Lula continuar com força política até 2026, um cálculo estratégico para evitar desgastes antecipados. Ainda segundo a coluna, a manutenção da candidatura de Bolsonaro visa sufocar eventuais concorrentes no campo da direita, consolidando a hegemonia do bolsonarismo. Este movimento ecoa a estratégia de Lula nas eleições de 2022, quando unificou partidos da esquerda sob sua liderança.

Fonte: Brasil 247

Marta é campeã com Orlando Pride na liga feminina de futebol nos EUA

Vitória sobre Washington Spirit garantiu 1º título na história do time
Atacante Marta, capitã do Orlando Pride, comemora primeiro título do clube na liga de futebol feminino nos EUA
© Reprodução X / Orlando Pride

A brasileira Marta, atacante e capitã do Orlando Pride (Estados Unidos), conduziu a conquista do título inédito para o clube na liga de futebol feminino, a NSWL (National Women’s Soccer League). Neste domingo (24), a equipe de Marta e das compatriotas Angelina e Adriana se sagrou campeã com vitória por 1 a 0 na final sobre o Washington Spirt. O gol do título foi de Barbra Banda, nascida em Zâmbia.

Emocionada, a atacante de 38 anos, seis vezes eleita a melhor do mundo pelo Prêmio Fifa, compartilhou nas redes sociais a alegria de conquistar o título na presença da mãe, que da arquibancada assistiu pela primeira vez a filha em campo em uma partida nos Estados Unidos.

“Isso significa muito”, disse Marta, referindo-se à mãe. E acrescentou: “jogar com essas atletas é algo realmente especial, que nunca tive em nenhum outro clube”, pontuou a camisa 10, que atual no Orlando Pride desde 2017.



Nesta temporada, Marta foi eleita para a seleção do campeonato feminino e também está entre as cinco indicadas à melhor jogadora da NWSL 2024.

A primeira divisão do campeonato feminino de futebol dos Estados reuniu 15 clubes na primeira fase. O Orlando Pride somou 18 vitórias, seis empates e apenas duas derrotas. Na fase de mata-mata, o time de Marta aplicou 4 a 1 no Chicago Red Stars nas quartas de final, e depois avançou à final ao derrotar o Kansas City por 3 a 2 na semifinal.

Fonte: Agência Brasil

Inflação: Alta de alimentos e energia elétrica prejudica faixas mais pobres


Arroz e feijão em mercado. Foto: Reprodução

A inflação no Brasil tem impactado de forma mais severa as famílias de baixa renda, principalmente devido à alta nos preços dos alimentos e da energia elétrica.

Dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que, para famílias com renda domiciliar muito baixa (menos de R$ 2.105,99 por mês), a inflação acumulada em 12 meses aumentou de 4,34% em setembro para 4,99% em outubro, a maior taxa registrada para esse grupo desde fevereiro de 2023. Esse aumento reflete os desafios enfrentados pelas camadas mais vulneráveis da população.

Enquanto a inflação das famílias de renda muito baixa acelerou, o cenário foi diferente para os mais ricos.

Para as famílias com renda alta (acima de R$ 21.059,92), a inflação desacelerou de 4,72% para 4,44% no mesmo período, marcando a menor taxa entre os grupos pesquisados. Segundo a pesquisadora Maria Andreia Lameiras, do Ipea, o alívio para os mais ricos foi influenciado pela queda no custo das passagens aéreas, que possuem maior peso no orçamento desse segmento.

O principal fator de pressão para as famílias mais pobres é o aumento no preço dos alimentos, que representa cerca de 25% do orçamento desses grupos.

Problemas climáticos como seca e queimadas em 2024 prejudicaram as safras agrícolas, elevando os custos dos alimentos e da carne. “O pasto queimado obrigou a alimentação do gado com ração, encarecendo ainda mais as carnes”, explica Lameiras. A estiagem também encareceu as tarifas de energia elétrica, outro item essencial para os mais pobres.

Além disso, o dólar elevado tem influenciado negativamente o custo de alimentos importados, enquanto fatores sazonais, como o aumento da demanda no fim do ano, devem manter os preços pressionados até dezembro. “A inflação dos mais pobres é composta basicamente por alimentos, gás de cozinha, energia elétrica e transporte público”, destaca a pesquisadora em entrevista à Folha, reforçando que esses itens são mais vulneráveis a variações econômicas.

Embora a bandeira tarifária da energia elétrica tenha mudado para a cor amarela em novembro, indicando uma redução nas cobranças adicionais nas contas de luz, o impacto no alívio da inflação dos mais pobres será limitado. Por outro lado, a circulação de mais dinheiro na economia, impulsionada pelo pagamento do 13º salário, pode intensificar a demanda por bens e serviços, o que pode pressionar ainda mais os preços de alguns itens.

Foto de uma mulher, com rosto desfocado, segurando quatro papéis de conta de luz.
Contas de luz e preço dos alimentos cresceram, mas salário permanece o mesmo. Foto:Daniel Ferreira/Metrópoles

No entanto, a inflação deve continuar pressionando todas as faixas de renda no final do ano, cada uma afetada por diferentes fatores. Para os mais ricos, os gastos com lazer e passagens aéreas podem subir, enquanto os mais pobres enfrentam dificuldades com itens essenciais. Segundo Lameiras, o cenário evidencia a desigualdade nos impactos econômicos e a necessidade de atenção às políticas de controle inflacionário que beneficiem as camadas mais vulneráveis da população.

Fonte: DCM

Extrema direita indica chance elevada de Bolsonaro tentar fugir para embaixada amiga


O ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por suposta participação em trama golpista para impedir a posse de Lula em 2023 – Foto: Reprodução

Movimentos da extrema direita no Brasil e no exterior levantam preocupações sobre uma possível tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de buscar refúgio em embaixadas estrangeiras. A articulação, reforçada por declarações de aliados como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, tenta criar uma narrativa de perseguição política e associar o Brasil a uma “ditadura de esquerda”. Esses discursos têm repercutido em redes sociais e no cenário internacional. As informações são do colunista Jamil Chade, do Uol.

Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo, declarou em inglês que se sente “honrado” por ter sido indiciado pela Polícia Federal, classificando as acusações como intimidações. Ele sugere que os Estados Unidos, sob uma eventual nova administração conservadora, poderiam reavaliar a situação no Brasil. A menção a governos ultraconservadores, como o de Donald Trump, reforça a expectativa de apoio internacional à extrema direita brasileira.

Interlocutores da Justiça e da diplomacia brasileira não descartam a hipótese de Bolsonaro buscar refúgio, como ocorreu durante sua estadia inexplicada na embaixada da Hungria. A possibilidade de um asilo diplomático, no entanto, traria sérias repercussões políticas e diplomáticas. Embaixadores avaliam que países que concederem asilo enfrentariam altos custos políticos e poderiam prejudicar relações bilaterais com o Brasil.

O governo húngaro, liderado por Viktor Orban, já demonstrou disposição em apoiar aliados conservadores. Recentemente, Orban convidou Benjamin Netanyahu, desafiando um mandado de prisão internacional. Esses movimentos são vistos como precedentes que podem encorajar outras ações ultraconservadoras. No entanto, qualquer tentativa de fuga de Bolsonaro envolveria complexos cálculos logísticos e políticos.

Durante a pandemia, Bolsonaro e Netanyahu mantiveram contatos para se preparar contra possíveis denúncias no Tribunal Penal Internacional. Agora, interlocutores observam se a embaixada de Israel também poderia ser cogitada como uma opção para Bolsonaro. Paralelamente, parlamentares bolsonaristas têm buscado apoio nos Estados Unidos, utilizando recursos públicos para viagens e articulações com entidades ultraconservadoras.

A narrativa de “ditadura de esquerda” no Brasil tem sido amplificada por cartas de congressistas americanos alinhados a Trump. Essas cartas ameaçam a Comissão Interamericana de Direitos Humanos com corte de recursos caso não tomem medidas contra o governo brasileiro. A estratégia conta com o apoio de entidades ultraconservadoras, como a ADF, que é considerada radical nos Estados Unidos.

Documentos da Polícia Federal indicam que membros da extrema direita consideram que Bolsonaro não foi suficientemente ousado em sua abordagem. Em registros, um militar preso nesta semana sugere que decisões estratégicas deveriam ter sido tomadas em reuniões restritas, sem a presença de ministros ou órgãos de controle.

Fonte: DCM com informações do UOL

Flávio Bolsonaro diz que seu pai será candidato em 2026: “Só ele pode vencer Lula”

Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro utilizou as redes sociais neste domingo (23) para convocar a direita brasileira a se unir em torno de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, após as recentes denúncias de tentativa de golpe de Estado. Em um longo texto publicado no X, Flávio destacou a importância de superar diferenças internas no movimento conservador para enfrentar os desafios impostos pelo atual governo e seus aliados. “A direita não tem dono. Somos um movimento plural, com diversas lideranças capazes de mobilizar multidões em todo o país”, afirmou.

No texto, o senador reconheceu que Bolsonaro não é uma figura perfeita e que muitos podem discordar de suas ações ou declarações. No entanto, ele defendeu que o ex-presidente representa a principal força capaz de fazer frente ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Você não precisa gostar do Bolsonaro ou concordar com tudo o que ele diz. Mas pare e reflita: quem está do outro lado? O que esse lado já fez pelo Brasil?”, questionou.

Flávio enfatizou a força do movimento bolsonarista, lembrando os 60 milhões de votos recebidos por seu pai nas eleições de 2022 e as multidões que ele ainda atrai em eventos pelo país. “Eles tentaram de tudo: cancelamentos, manchetes distorcidas, investigações sem fundamentos, acusações falsas. Tentaram destruir sua reputação de todas as formas possíveis. Mas ele permanece firme, movendo corações e mentes”, declarou. Para o senador, esses ataques mostram o medo que a oposição tem do retorno de Bolsonaro.

O senador também criticou a atuação da esquerda, que, segundo ele, utiliza a máquina pública e narrativas para enfraquecer adversários. Ele relembrou o tempo de Lula no poder e questionou os resultados alcançados, especialmente no combate à fome e no desenvolvimento do Nordeste. “Um nordestino com tanto tempo no poder… e o que realmente fez pelo Nordeste?”, escreveu Flávio, argumentando que o discurso de Lula é cheio de promessas vazias.


Flávio afirmou que Bolsonaro continua sendo a figura mais representativa da direita no Brasil, capaz de unir o movimento conservador e desafiar Lula nas eleições de 2026. Ele destacou que os números indicam a força do ex-presidente. “Hoje, Bolsonaro está numericamente à frente de Lula. E eles sabem disso. Sabem que, se Bolsonaro voltar ao jogo – e ele vai voltar –, ele tem tudo para retornar à Presidência em 2026”, declarou.

O senador encerrou sua publicação pedindo que os eleitores de direita pensem no futuro do país e na importância de lutar contra o que ele chamou de “retrocessos” impostos pela atual gestão. “Você só precisa pensar no que realmente importa: sua família, o futuro dos seus filhos e o destino do Brasil. Hoje, só existe um nome que pode vencer Lula. E esse nome é Jair Bolsonaro”, concluiu.

Fonte: DCM

Os ‘juristas do Reich’ estão defendendo Bolsonaro e espalhando notícias falsas, diz Pedro Serrano

Professor alerta para a disseminação de teorias fajutas, como a da prescrição dos crimes de Jair Bolsonaro e dos generais

Pedro Serrano, na TV 247 (Foto: Reprodução Youtube)

O jurista Pedro Serrano criticou duramente, neste domingo (24), no programa Bom Dia 247, a propagação de notícias falsas sobre a possível prescrição dos crimes atribuídos ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Serrano, essas informações seriam parte de uma estratégia deliberada para confundir a opinião pública e desacreditar a Justiça. "O Brasil hoje tem juristas do Reich fazendo defesa do Bolsonaro e infiltrando notícias na mídia", afirmou.

A declaração de Serrano foi uma resposta direta a matérias recentes, como a publicada pela Folha de S. Paulo, que sugerem que Bolsonaro poderia se beneficiar da prescrição de crimes ao completar 70 anos, em março de 2025. O jurista refutou categoricamente essa possibilidade, destacando que a prescrição mínima para os crimes investigados só ocorreria a partir de 2030. "As notícias sobre prescrição dos crimes de Bolsonaro são falsas. Minha suspeita é que sejam os juristas do Reich fazendo seu serviço", enfatizou.

◉ Golpe de estado: crime já se inicia no planejamento

Serrano também destacou a gravidade dos crimes em apuração, que incluem tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e organização criminosa. "Esses crimes são gravíssimos. O plano era, inclusive, matar o ministro Alexandre de Moraes. No crime de golpe de Estado, o crime já se inicia pelo planejamento", alertou.

A complexidade do caso, segundo ele, também se dá pelo alto número de réus e testemunhas. "Temos hoje potencialmente 37 réus. Cada um tem direito a apontar oito testemunhas. São mais de 240 testemunhas só de defesa. Isso gera um tempo de tramitação longo, o que pode ser um modo de proteger os golpistas e fazer um mau trabalho técnico", explicou Serrano, reforçando a necessidade de paciência no andamento dos processos.

◉ A estratégia dos juristas do Reich

O termo "juristas do Reich", utilizado por Serrano, remete a uma comparação com advogados e juristas que, durante o regime nazista, criaram narrativas jurídicas para justificar atos autoritários. Segundo ele, esses profissionais estariam hoje atuando para defender Bolsonaro e disseminar "teorias fajutas" como as de prescrição dos crimes antes mesmo do julgamento.

A reportagem da Folha de S. Paulo, que Serrano classificou como exemplo de desinformação, afirma que "Bolsonaro terá benefício em prescrição de crimes ao fazer 70 anos". Contudo, o jurista explicou que isso não ocorre no caso em questão. "A prescrição mínima, mesmo considerando os benefícios pela idade, só ocorrerá em 2030. Até lá, não há qualquer possibilidade de Bolsonaro se livrar dos processos", reiterou.

◉ O impacto jurídico e político

Caso condenado pelos crimes investigados, Bolsonaro pode enfrentar penas que somam até 28 anos de reclusão, além de ficar inelegível por mais de 30 anos. Isso tornaria inviável sua volta ao cenário político até 2061, quando teria 106 anos. "Essas investigações são fundamentais para a consolidação do Estado democrático de Direito. Permitir que narrativas falsas prejudiquem a Justiça seria um retrocesso grave", concluiu Serrano.

A entrevista de Pedro Serrano reforça a necessidade de atenção redobrada frente a tentativas de manipulação jurídica e midiática. A disseminação de informações falsas não apenas confunde a opinião pública, mas também compromete a credibilidade das instituições democráticas. 

Assista:

Fonte: Brasil 247

Após protagonismo no governo Bolsonaro, 'kids pretos' deixam Alto Comando do Exército

Nova configuração mostra um cenário diferente do final de 2022, quando quatro generais das Forças Especiais integravam o Alto Comando

Kids Pretos (Foto: Exército Brasileiro)

 O Alto Comando do Exército, grupo composto pelos 16 generais quatro estrelas da Força, não tem nenhum "kid preto" pela primeira vez após o grupo de elite assumir protagonismo durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo a Folha de S. Paulo, a ausência de militares com formação nas Forças Especiais é resultado de um conjunto de fatores dos últimos anos, como o desgaste causado por oficiais dessa área no Executivo e o baixo número de "kids pretos" para promoção ao último posto da carreira.

A nova configuração do Alto Comando da Força mostra um cenário diferente do final de 2022, quando quatro generais das Forças Especiais estavam em funções estratégicas do Exército. Eram eles os generais Marco Antônio Freire Gomes, Júlio César de Arruda, José Eduardo Pereira e Estevam Theophilo.

Cinco generais ouvidos pela reportagem afirmaram, sob reserva, que os fatores internos foram mais relevantes que os externos para que os "kids pretos" ficassem de fora da cúpula do Exército após dez anos de protagonismo.

Eles destacam, porém, que a ida massiva desses militares para o governo Bolsonaro —como os generais Luiz Eduardo Ramos e Mario Fernandes— desgastou a imagem interna dos integrantes das Forças Especiais. Ao menos 28 deles assumiram cargos no Executivo de 2019 a 2022.

"Kids pretos" são os militares formados nos cursos de operações especiais do Exército. Eles compõem a tropa de elite da Força, treinada para ações de sabotagem e guerra irregular. O apelido foi dado porque os oficiais dessa área usam uma boina preta como símbolo.

Eles passam pelos treinamentos mais exigentes do Exército, com testes físicos extenuantes enquanto sofrem com falta de alimento. Os treinos envolvem ainda saltos de paraquedas em situações adversas.

O 1º Batalhão de Ações de Comandos, o principal dos "kids pretos", tem como lema "máximo de confusão, morte e destruição na retaguarda profunda do inimigo".O Exército possui cerca de 2.500 militares instruídos nas Forças Especiais, número que representa pouco mais de 1% do efetivo do Exército. Suas bases ficam em Goiânia (GO), Rio de Janeiro e Manaus (AM).

Os "kids pretos" têm rivalidade histórica com os precursores paraquedistas do Exército, grupo do qual o comandante do Exército, general Tomás Paiva, faz parte. Os símbolos das duas especialidades são parecidos, mas os precursores usam a cor vermelha em vez da preta.

A área de operações especiais foi criada no Exército na década de 1950, e até o início dos anos 2010 eram poucos os membros Forças Especiais no Alto Comando. A chegada dos "kids pretos" à cúpula do Exército se intensificou na última década.

A onda é explicada por alguns motivos, segundo os generais ouvidos pela Folha. Um deles foi a relevância da atuação de alguns deles em operações militares internacionais, como no Haiti. Também ressaltam a coesão do grupo e dizem que os "kids pretos" no Alto Comando geralmente escolhiam outros "kids pretos" para serem promovidos, pelo corporativismo e pela confiança desenvolvida ao longo dos anos.

Os militares formados nos cursos de Forças Especiais ficaram em evidência após a Polícia Federal identificar a participação deles em planos para realizar um golpe de Estado após a vitória de Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2022.

Dos 37 indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de participação nos planos golpistas, 12 são "kids pretos". Outros militares de boinas pretas são investigados em inquéritos da PF relacionados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, como o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes e o coronel da reserva José Placidio dos Santos.

O principal integrante da Força Especial indiciado pela Polícia Federal foi o general da reserva Mario Fernandes. Ele é apontado como o autor de um plano operacional para matar o Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Mario ocupou até 2020 o cargo de chefe do Comando de Operações Especiais do Exército. Segundo a investigação da PF, o general arregimentou outros "kids pretos" para executar os planos golpistas.

Um desses militares foi identificado pela Polícia Federal como o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, lotado no batalhão em Goiânia. Ele e Mario foram presos na última terça-feira (19).

Segundo a reportagem, Mario foi chefe de Rafael e outros "kids pretos" investigados pelos planos golpistas. Os dois participaram de reunião no Palácio do Planalto em 6 de dezembro de 2022, quando o general apresentou ao tenente-coronel o planejamento de assassinato das autoridades, ainda segundo a investigação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

"E daí? A vida continua", diz Caiado sobre indiciamento de Bolsonaro

"Eu sou governador do estado. Se eu fosse ficar preocupado com as pequenas coisas, eu não governaria", disse o governador de Goiás

Jair Bolsonaro (mais destaque) e Ronaldo Caiado (Foto: Divulgação I Agência Brasil)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que "a vida continua" ao ser questionado sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito da Polícia Federal que investiga uma suposta trama golpista.

"E daí? A vida continua. Agora tem dois anos que é só essa discussão no Brasil. O governo não tem uma proposta. Eu sou governador do estado. Se eu fosse ficar preocupado com as pequenas coisas, eu não governaria", disse Caiado durante o jantar de abertura da 55ª Convenção da Conib (Confederação Israelita do Brasil), em São Paulo, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Caiado aproveitou o evento para anunciar que oficializará sua candidatura à Presidência da República após o Carnaval, em Salvador, e que iniciará visitas ao interior do país em janeiro de 2025. O governador destacou que mantém uma relação de apoio com Bolsonaro, mesmo após o ex-presidente lançar um candidato contra ele nas eleições municipais em Goiânia. "Todos sabem que eu sempre apoiei, mesmo ele lançando um candidato contra mim em Goiânia, mas nós fomos vitoriosos", afirmou, referindo-se à vitória de Sandro Mabel (União Brasil) sobre Fred Rodrigues (PL), apoiado por Bolsonaro.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), também comentou o caso, mas em tom conciliador. Castro disse não acreditar em intenções golpistas e afirmou que "baderneiros" devem ser punidos. "O que eu acredito é que tinham pessoas baderneiras fazendo baderna, e que esses têm que ser punidos", declarou, ressaltando sua confiança na PGR (Procuradoria-Geral da República).

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que enfrenta desgaste após acusar o PCC de orientar votos em Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno das eleições municipais, evitou a imprensa durante o evento. Em discurso, Tarcísio defendeu Israel e a comunidade judaica, destacando sua importância global e no Brasil.

O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, não poupou palavras ao mencionar que o futuro presidente do Brasil estava presente na cerimônia, uma alusão velada às ambições políticas dos convidados, gesto que foi entendido como um possível afastamento de Jair Bolsonaro (PL). Além de Caiado, o evento contou com a presença de Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, e André Mendonça, ministro do STF.

As declarações e movimentações de Caiado sinalizam um racha na base bolsonarista, à medida que aliados do ex-mandatário buscam protagonismo na corrida presidencial de 2026. Com a proximidade do lançamento oficial de sua candidatura, Caiado tenta se posicionar como uma alternativa “moderada”, enquanto outros nomes, como Tarcísio de Freitas, também despontam como possíveis concorrentes.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Jurista defende tornozeleira em Jair Bolsonaro para evitar fuga aos EUA

Marcelo Uchôa diz que recente fala do ex-presidente indica plano para se furtar à aplicação da lei penal, o que justifica nova medida cautelar

Marcelo Uchôa, Michelle e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | Reuters/Carla Carniel)

O professor de direito Marcelo Uchôa, um dos mais destacados juristas da nova geração, disse que a recente fala de Jair Bolsonaro sobre seu plano de ir à posse de Donald Trump justifica a colocação de tornozeleira eletrônica.

“Enxergo a afirmação do multidelinquente Bolsonaro de que irá à posse do Trump como um alerta de ameaça de fuga. Além de monitorá-lo os passos, as autoridades competentes deveriam meter-lhe uma tornozeleira. Se ele foge para a Argentina, poderá ter corredor aberto pros Estados Unidos”, escreveu em postagem na rede social X (antigo Twitter).

Durante live com o sanfoneiro Gilson Machado, que chegou a ser ministro do Turismo no governo de extrema direita, Bolsonaro disse que tiraria a barba para comparecer à posse de Trump, marcada para 20 de janeiro, em Washington.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido em fevereiro deste ano, por decisão de Alexandre de Moraes, que assim justificou a medida cautelar:

“O desenrolar dos fatos já demonstrou a possibilidade de tentativa de evasão dos investigados, intento que pode ser reforçado a partir da ciência do aprofundamento das investigações que vêm sendo realizadas, impondo-se a decretação da medida quanto aos investigados referidos, notadamente para resguardar a aplicação da lei penal.”

Bolsonaro reagiu com ironia a seu recente indiciamento por tentativa de golpe e outros dois crimes previstos na Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito.

Disse que a Polícia Federal procura “chifre em cabeça de cavalo” e fez referência a um diálogo vazado em reportagem de Glenn Greenwald, publicada na Folha de S. Paulo, ao dizer que o trabalho policial tinha muita “criatividade”.

No diálogo, um magistrado auxiliar de Alexandre de Moraes diz a um perito que usasse a criatividade numa informação que seria prestada ao ministro. Não havia crime nenhum, nem indício de manipulação, mas o diálogo tem sido reproduzido pela extrema direita para desacreditar o trabalho do sistema de justiça.

Fonte: Brasil 247