quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Toffoli levanta sigilo do grampo ilegal da PF em cela de Youssef

Para forjar provas que deram origem ao esquema "lava jato", delegados da Polícia Federal grampearam, ilegalmente, a cela onde se encontrava o doleiro

Doleiro Alberto Yousseff, preso pela Operação Lava Jato (Foto: Paulo Emílio)

Conjur - Para forjar provas que deram origem ao esquema “lava jato”, delegados da Polícia Federal grampearam, ilegalmente, a cela onde se encontrava o doleiro Alberto Youssef, em 2014. A trama, agora descoberta, incluiu prender outras pessoas, apenas para que tivessem suas conversas gravadas.

O HD com os áudios gravados foi ocultado de investigações durante dez anos. Delegados da PF não obedeceram a ordem dos juízes Eduardo Appio e Luiz Antônio Bonat que determinaram a entrega do HD. Mas não foram apenas os delegados e os procuradores do MPF que sonegaram as provas da ilegalidade.

Na verdade, o HD estava acautelado na própria 13ª Vara Federal de Curitiba — o que os servidores do Vara esconderam dos juízes, do CNJ e do STF. O HD, que teve 26 arquivos apagados, com 210 horas de gravações só foi liberado quando assumiu o comando da Vara o juiz Guilherme Borges.

Há indícios de que existe uma versão integral, em que se filtrou ruídos — já que os áudios originais são precários. O material que finalmente foi entregue à defesa este ano, em sua maior parte, é quase inaudível.

Para forjar provas, delegados da Polícia Federal grampearam, ilegalmente, a cela onde se encontrava o doleiro Alberto Youssef

O então juiz Sérgio Moro foi quem arquitetou, desde o início, o plano para esconder da justiça o crime dos delegados. Ele recebeu o HD, mas, oficialmente, o devolveu à PF. Em vez de abrir inquérito (que abriria espaço para a defesa acompanhar o caso), Moro abria sindicâncias, a que só a quadrilha lavajatista teria acesso.

Reação em cadeia - Esses fatos acabam de vir à tona com a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de levantar o sigilo do HD que, finalmente, apareceu. O ministro deu ciência da trama e do HD ao Conselho Nacional de Justiça, à Procuradoria-Geral da República; à direção da Polícia Federal, Advocacia-Geral da União; Controladoria-Geral da União; ao Tribunal de Contas da União; Ministério da Justiça e à presidência do Senado — para providências necessárias.

A decisão também levanta o sigilo da petição (Pet 13.045) na qual a defesa de Youssef pediu a investigação da atuação do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR) — titular da 13ª Vara Federal de Curitiba em 2014 — na instalação do grampo. Sérgio Moro recebeu o HD logo depois das gravações, que duraram onze dias (de 17 a 28 de março de 2014). O material entrou para a história como certidão de nascimento do esquema engendrado em Curitiba.

Os autos mostram que o Ministério Público Federal simulou uma investigação sobre os cinco delegados e um agente da PF, em uma sindicância sobre a instalação do grampo. Agindo como uma organização criminosa, no entanto, o grupo “concluiu” que não houve qualquer irregularidade nem prática de crime — e pediu o arquivamento da investigação em 2018. Apenas o agente que instalou o grampo foi punido.

Dormindo com o inimigo - Os delegados Maurício Fanton e Alfredo Junqueira, esse da corregedoria da PF em Brasília, chegaram perto de desmascarar as manobras. Mas seus próprios subordinados, assim como aconteceu com os funcionários da 13ª Vara, sabotaram os trabalhos para proteger o esquema.

Foram abertos dois inquéritos (04/14 e 04/15), inconclusivos — para que os procuradores da República pudessem arquivá-los. No ano seguinte, a 13ª Vara Federal, já sob o comando do então juiz Luiz Antônio Bonat (hoje desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região), ratificou a farsa.

Os fatos acabam de vir à tona com a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de levantar o sigilo do HD que, finalmente, apareceu. O ministro deu ciência da trama e do HD ao Conselho Nacional de Justiça, à Procuradoria-Geral da República; à direção da Polícia Federal, Advocacia-Geral da União; Controladoria-Geral da União; ao Tribunal de Contas da União; Ministério da Justiça e à presidência do Senado — para providências necessárias.

A decisão também levanta o sigilo da petição (Pet 13.045) na qual a defesa de Youssef pediu a investigação da atuação do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR) — titular da 13ª Vara Federal de Curitiba em 2014 — na instalação do grampo. Sérgio Moro recebeu o HD logo depois das gravações, que duraram onze dias (de 17 a 28 de março de 2014). O material entrou para a história como certidão de nascimento do esquema engendrado em Curitiba.

Drible da Vaca - Os autos mostram que o Ministério Público Federal simulou uma investigação sobre os cinco delegados e um agente da PF, em uma sindicância sobre a instalação do grampo. Agindo como uma organização criminosa, no entanto, o grupo “concluiu” que não houve qualquer irregularidade nem prática de crime — e pediu o arquivamento da investigação em 2018. Apenas o agente que instalou o grampo foi punido.

No ano seguinte, a 13ª Vara Federal, já sob o comando do então juiz Luiz Antônio Bonat (hoje desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região), ratificou a farsa.

Segundo as apurações colacionadas aos autos na decisão de Toffoli, não há dúvidas quanto à tramoia engendrada para esconder o crime praticado na Superintendência da PF na capital paranaense em 2014, com uso de equipamentos pertencentes à União.

No ano passado, para impedir nova investigação pedida pela defesa de Alberto Youssef, determinada pelo juiz atual da 13ª, os delegados responderam que não obedeceriam a ordem. Em atitude curiosa, o delegado PF Márcio Anselmo ajuizou pedido de Habeas Corpus, representado pelo advogado Nelson Wilians.

Manobras ilegais - À época em que o grampo foi encontrado, Youssef ainda se recusava a colaborar com as investigações da “lava jato”. Na ocasião, a PF alegou que a escuta era antiga e estava desativada.

No início da autodenominada força-tarefa, o doleiro foi apontado como operador financeiro de um esquema de desvios na Petrobras. Ele foi condenado em diversas decisões, mas teve sua pena reduzida porque aceitou relatar sua participação nas irregularidades. Assim, tornou-se o delator mais importante da “lava jato”.

Advogados ouvidos pela revista eletrônica Consultor Jurídico afirmam que, após a instalação da escuta, todos os presos da “lava jato” eram encaminhados para a cela de Youssef. O objetivo era usar qualquer menção a pessoas ou empresas para justificar pedidos de busca e apreensão, quebra de sigilos ou prisões.

O criminalista Figueiredo Basto, que comanda a defesa de Alberto Youssef ao lado de Gustavo Flores e Giovana Menegolo, diz que as gravações violaram direitos dos presos.

“A escuta clandestina foi plantada pela PF na cela antes da chegada de Youssef. Obviamente, a intenção era burlar os direitos do presos, obter áudios das conversas e usá-los nas investigações contra eles. Todos os presos eram encaminhados para a mesma cela.

Na perícia da PF, está clara a captação de vozes de outros presos da ‘lava jato’. Os abusos foram muitos, desde a interceptação clandestina, ameaças de transferências para penitenciárias com piores condições, como fizeram com (o ex-diretor da Petrobras) Paulo Roberto Costa, e até a fraude de uma investigação por tráfico de drogas, usada para iludir o ministro Teori Zavascki.”

O advogado Eduardo Sanz também destaca o fato de que alvos eram presos para serem gravados a cela de Youssef (a Cela n° 5) para que os investigadores obtivessem informações. Ele também diz ser preciso apurar “a fundo” todas as ilegalidades que foram usadas para implicar, sem fundamento material, um grande número de vítimas.

Entre os presos da “lava jato” que foram gravados com a escuta na cela de Youssef estão Carlos Alberto Pereira da Costa, Carlos Alexandre de Souza Rocha, Nelma Kodama e André Catão, conforme laudo da PF.

Figueiredo Basto diz que a decisão de Toffoli é “histórica”. “Depois de dez anos de luta, conseguimos finalmente provar as ilegalidades e abusos cometidos nas entranhas da ‘lava jato'”. Segundo o advogado, a ordem do ministro do STF “demonstra a urgência de se deitar por terra toda a farsa engendrada pela relação incestuosa entre a força-tarefa e Sergio Moro”.

“A decisão é corajosa pois enfrenta uma matilha raivosa cujos uivos ecoam pelo Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal, gente egoísta com aspirações altruístas, que engendraram abusos com propósitos particulares. Esses são os verdadeiros sepulcros caídos, os tais doutores da lei, que batem no peito e gemem contra a corrupção, mas são piores do que os que acusam e condenam fora do devido processo legal. A decisão demonstra a urgência de se deitar por terra toda a farsa engendrada pela relação incestuosa entre a Força Tarefa e Sergio Moro”, afirma Figueiredo Basto.

“Durante anos manobraram a investigação, impedindo que a defesa tivesse acesso às fraudes que foram perpetradas para acobertar a escuta clandestina. A decisão do ministro Tofolli consagra as garantias individuais. E é uma advertência para o Estado, que não pode ter dentro de seus quadros pessoas que cometem abusos em nome de ideologias”, completa ele.

Histórico - Em 2023, o doleiro obteve provas do uso do grampo — incluindo os áudios do que foi ouvido ilegalmente pelos investigadores. Por isso, ele pediu a anulação de seu acordo de delação e de suas condenações.

Já em julho deste ano, o atual juiz substituto da 13ª Vara, Guilherme Roman Borges, liberou à defesa de Youssef o acesso ao conteúdo das escutas clandestinas e aos autos de sindicâncias que apuram a instalação ilegal dos grampos.

Na ocasião, o magistrado afirmou que o MPF estaria com a posse do material desde abril de 2017, quando retirou um HD externo da 13ª Vara contendo os áudios. Esse equipamento nunca teria sido devolvido e, desde então, nem a 13ª Vara teria acesso aos dados. Por isso, ele ordenou a restituição do HD.

Em seguida, o MPF alegou possuir apenas uma cópia do HD externo contendo os áudios das escutas clandestinas. De acordo com o órgão, o dispositivo original estaria na Secretaria da 13ª Vara.

A defesa de Youssef, então, descobriu que o HD estava escondido na 13ª Vara e que cerca de um terço do material foi excluído.

Os advogados do doleiro constataram que 26 dos 64 áudios gravados de forma clandestina foram apagados. A exclusão consta em perícia da própria PF. Um pen drive com informações também teve seu conteúdo totalmente excluído.

Quando era titular da 13ª Vara, o juiz Eduardo Appio também já havia oficiado a PF em Brasília por diversas vezes requisitando as gravações. Ele nunca foi informado sobre o fato de o HD estar na própria 13ª Vara, nem sobre a cópia que estava com o MPF.

Os próprios servidores mais antigos da vara afirmavam que o único HD com as informações estava com a PF, ao passo que a corporação e o MPF nunca enviaram o conteúdo das escutas. A verdade também foi omitida de outros juízes que passaram pela vara nos últimos anos.

Arquivamento - Em 2018, o MPF pediu o arquivamento de uma sindicância que apurava possíveis efeitos criminais aos delegados da PF de Curitiba com relação ao grampo instalado na cela de Youssef.

O parecer foi assinado pelos procuradores Januário Paludo e Antonio Carlos Welter. Ambos atuaram na “lava jato”.

Segundo eles, a existência dos áudios captados na cela era “extremamente duvidosa”. Para os procuradores, os áudios do doleiro poderiam ter sido feitos por celulares que Youssef teria em seu poder dentro da cela. Mais tarde, o próprio juiz Bonat descartou essa hipótese, por falta de provas.

O MPF ainda alegou que o aparelho encontrado na cela não seria funcional, pois não teria microfone externo capaz de captar áudios. O órgão pressupôs que o equipamento era antigo, já instalado antes da chegada do doleiro.

O próprio Youssef descobriu, arrancou e escondeu o equipamento sob seu colchão por quase duas semanas. Para despistar, Paludo e Welter, disseram que se ninguém percebeu que a escuta ficou inoperante durante esse período, é porque ela não foi determinada e nunca existiu — o que os áudios desmentem.

“Os delegados encarregados da operação ‘lava jato’ se mostraram extremamente competentes nas investigações. A operação foi extremamente planejada e detalhada, com interceptação telefônica, telemática e de dados antecipadamente requeridos e deferidos pelo Juízo. Não é crível que delegados experientes, de inopino, às vésperas da deflagração da prisão, decidissem implantar um sistema de captação nas celas sem autorização do Juízo”, diz o parecer, que hoje se constata ser mentiroso.

A pedido do MPF, um agente da PF, que confessou ter instalado a escuta na cela a mando da “lava jato”, foi perseguido e investigado por falsidade ideológica. Em 2017, o próprio MPF promoveu o arquivamento do inquérito policial, o que foi acolhido pela 23ª Vara Federal de Curitiba.

Na decisão que confirmou o arquivamento da sindicância quanto aos seus efeitos criminais, Bonat disse que, em 2008, outro juiz permitiu a instalação de uma escuta na carceragam da PF para acompanhar comunicações do então preso Fernandinho Beira-Mar.

Preocupação da ‘lava jato’ - Como mostrou a ConJur em maio, integrantes da “lava jato” se mostraram, já em 2015, preocupados com a possibilidade de atos da autodenominada força-tarefa serem anulados após a revelação de métodos “pouco ortodoxos” adotados nas investigações.

Em conversas entre eles, os procuradores lavajatistas se referiram justamente às escutas encontradas por Youssef. Em um diálogo, eles torcem para que a perícia feita em um computador de delegados envolvidos no grampo não encontre nada.

“Sai na segunda a entrevista do Marco Aurélio (então ministro do STF, hoje aposentado) dizendo que as escutas podem anular a ‘lava jato’”, diz Deltan Dallagnol, chefe da “lava jato” de Curitiba, em um trecho do diálogo. A conversa é de 4 de julho de 2015 e é reproduzida em sua grafia original.

Em seguida, o coordenador da “lava jato” sugere se antecipar para que a tese de nulidade não ganhe corpo. A ideia era ouvir Youssef formalmente e pedir para o doleiro dizer que nunca foi confrontado com elementos obtidos nas escutas.

“O que acham de ouvir Y (Youssef) formalmente (…) preventivamente, antes que eles desenvolvam a tese de nulidade? Arriscado?”

Um procurador identificado como “Orlando”, possivelmente Orlando Martello, diz que não adiantava ouvir o doleiro, porque eventual nulidade decorreria das informações obtidas ilegalmente por meio da escuta clandestina. Em seguida, diz que o que resta é torcer para “não ter nada” no computador periciado.

“É melhor não mexer e torcer para não ter nada naquele computador. Apreenderam os computadores dos dps também!”, fala o procurador.

Deltan responde: “Ich… Tomara que não achem os vazamentos dos DPs kkkk”. Os diálogos não indicam de que tipo de vazamento os procuradores estão falando.

Na conversa, um procurador identificado apenas como “Diogo”, possivelmente Diogo Castor, afirma que eventual anulação da “lava jato” levaria a uma “revolução”.

“Quero ver ser macho para anular a ‘lava jato’. Se fizer isto vai ter revolução.”

“Quero ver ser macho pra devolver mais de R$ 500 milhões para réus confessos”, completa Deltan — referindo-se aos valores extorquidos de vítimas que tiveram de pagar por sua liberdade ou para que suas empresas não fossem à bancarrota.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Israel diz que mandado de prisão do TPI contra Netanyahu é ato de antisemitismo

Afirmação foi feita pouco após o TPI emitir mandados de prisão para Netanyahu e para o ex-ministro Yoav Gallant por supostos crimes de guerra em Gaza

Benjamin Netanyahu (Foto: Reuters/Mike Segar)

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Tribunal Penal Internacional (TPI) de isolar Israel e apoiar o terrorismo contra o Estado judeu, disse o conselheiro de Netanyahu, Dmitri Gendelman, nesta quinta-feira (21). A afirmação foi feita pouco após o TPI emitir mandados de prisão para Netanyahu e para o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, por supostos crimes de guerra contra a população palestina em Gaza.

"Hoje, o TPI decidiu ignorar as provas e argumentos apresentados por Israel, tomando na verdade o lado da guerra regional desencadeada pelo regime iraniano contra Israel. O TPI decidiu apoiar uma campanha de desinformação total com conotações anti-semitas, cujo propósito é isolar Israel de seus aliados e facilitar ataques terroristas contra nosso país", afirmou Gendelman no Telegram, de acordo com a Sputnik.

As acusações do TPI contra Netanyahu e Gallant referem-se a alegados crimes de guerra cometidos durante operações militares em Gaza. O tribunal alega ter evidências suficientes de que ambos cometeram crimes de guerra por deliberadamente atacarem alvos civis, incluindo "indução à fome como método de guerra" e "exterminação de povo" ao atacar alvos civis.

Fonte: Brasil 247

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Benjamin Netanyahu

Premiê de Israel é acusado de promover de crimes contra a humanidade e crimes de guerra

Benjamin Netanyahu (Foto: Ohad Zwigenberg/Pool via Reuters)

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusados de crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos em Gaza, incluindo privação de alimentos, água e medicamentos à população civil.

O TPI também emitiu um mandado de prisão contra o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, informou a Sputnik.

“A Câmara emitiu mandados de prisão contra dois indivíduos, o Sr. Benjamin Netanyahu e o Sr. Yoav Gallant, por crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos desde, pelo menos, 8 de outubro de 2023 até, pelo menos, 20 de maio de 2024, data em que a Procuradoria apresentou os pedidos de mandados de prisão”, afirma um comunicado à imprensa no site do TPI.

Leia a íntegra da decisão "Situação no Estado da Palestina: Câmara Pré-Julgamento I do TPI rejeita desafios de jurisdição apresentados pelo Estado de Israel e emite mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant"

◉ TPI emite mandados de prisão

Hoje, 21 de novembro de 2024, a Câmara Pré-Julgamento I do Tribunal Penal Internacional (TPI), em sua composição para tratar da situação no Estado da Palestina, decidiu, por unanimidade, rejeitar dois desafios apresentados pelo Estado de Israel com base nos artigos 18 e 19 do Estatuto de Roma. Além disso, foram emitidos mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant.

◉ Decisões sobre os pedidos de Israel

A Câmara analisou dois pedidos submetidos por Israel em 26 de setembro de 2024. No primeiro, Israel contestava a jurisdição do TPI sobre a situação na Palestina e sobre cidadãos israelenses, com base no artigo 19(2) do Estatuto. No segundo, Israel solicitava que a Procuradoria notificasse novamente o início da investigação, conforme o artigo 18(1), além de pedir a suspensão de quaisquer procedimentos relacionados à situação, incluindo os mandados de prisão de Netanyahu e Gallant.

Sobre o primeiro desafio, a Câmara reafirmou que a jurisdição do TPI se baseia no território da Palestina e que a aceitação de Israel não é necessária. Constatou também que os Estados não podem contestar a jurisdição do Tribunal antes da emissão de mandados de prisão. Em relação ao segundo pedido, a Câmara destacou que Israel foi notificado sobre a investigação em 2021 e que nenhuma nova notificação era necessária, pois os parâmetros da investigação permanecem os mesmos.


◉ Mandados de prisão

Foram emitidos mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu, nascido em 21 de outubro de 1949, então Primeiro-Ministro de Israel, e Yoav Gallant, nascido em 8 de novembro de 1958, então Ministro da Defesa. Ambos são acusados de crimes de guerra e contra a humanidade, incluindo assassinato, perseguição e atos desumanos, além de privar intencionalmente a população de Gaza de bens essenciais, como alimentos, água, eletricidade e medicamentos, entre outubro de 2023 e maio de 2024.

Os mandados, inicialmente classificados como "secretos" para proteger testemunhas e a investigação, foram parcialmente divulgados devido à continuidade de condutas similares e ao interesse das vítimas em serem informadas sobre os procedimentos.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Redação de pacote fiscal deve ser concluída nesta semana e anúncio depende de Lula, diz Rui Costa

Segundo o ministro, o mercado financeiro atua de forma "especulativa" e que há muitas pessoas apostando alto contra o Brasil

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, em Brasília 20/12/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta segunda-feira que há expectativa de que a redação do pacote de medidas fiscais prometido pelo governo seja finalizada nesta semana, mas a data de anúncio será definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o texto ser apresentado a ele.

Em entrevista à GloboNews, Costa ainda afirmou que Lula já definiu que o governo não mexerá em investimentos nas áreas de saúde e educação, considerados pelo presidente como essenciais ao país.

O chefe da Casa Civil garantiu ainda que o governo seguirá "à risca" o arcabouço fiscal e disse que os ajustes no Orçamento deste ano a serem anunciados pela Junta de Execução Orçamentária (JEO) do governo na sexta-feira provarão este compromisso.

Recusando-se a detalhar qual será o tamanho do ajuste orçamentário a ser anunciado na sexta ou a adiantar pontos já acordados no pacote fiscal de redução de gastos, Costa afirmou não ser "razoável" que os cortes nas despesas recaiam apenas sobre o Poder Executivo.

Disse ainda que a maneira que o arcabouço fiscal foi aprovado pelo Legislativo implica em cortes nos recursos destinados às emendas parlamentares. O ministro disse também que a Constituição prevê que qualquer bloqueio ou contingenciamento de recursos deve atingir os Três Poderes proporcionalmente.

Costa disse ainda que o mercado financeiro atua de forma "especulativa" e que há muitas pessoas apostando alto contra o Brasil. O chefe da Casa Civil garantiu, ao mesmo tempo, que aqueles que apostam contra o país irão perder.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Operação da PF sobre trama golpista para matar Lula isola Bolsonaro e enterra chance de anistia, avalia Planalto

Avaliação é que a operação atingiu diretamente o núcleo militar próximo ao ex-mandatário e fragilizou o discurso pró-anistia no cenário internacional

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que a operação Contragolpe, deflagrada na terça-feira (19) pela Polícia Federal, aumenta o isolamento de Jair Bolsonaro (PL) e enfraquece sua tentativa de manter um discurso internacional em defesa de uma anistia, diz o jornalista Paulo Cappelli em sua coluna no Metrópoles.

A operação, que resultou na prisão quatro militares e um policial federal, apontou uma trama para um golpe de Estado que incluía o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

As investigações apontam que o esquema foi discutido na residência do general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, e envolveu figuras de alta patente, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, e o general Mario Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência.

Ainda de acordo com a reportagem, aliados do governo avaliam que Bolsonaro, outrora capaz de reunir governadores e lideranças conservadoras em manifestações contra as instituições democráticas, enfrenta agora um cenário de crescente isolamento. Governadores como Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Ratinho Jr. (PSD-PR), que figuram como potenciais candidatos à Presidência em 2026, evitam se associar ao ex-mandatário, temendo o desgaste político.

O racha na direita foi acentuado nas eleições municipais. Bolsonaro e Caiado se desentenderam ao apoiar candidatos opostos em Goiânia, enquanto, em Curitiba, o apoio do ex-presidente ao candidato de Ratinho Jr. foi marcado por contradições e gestos de apoio à adversária do governador. Nos dois casos, as lideranças estaduais saíram vitoriosas, o que, na visão do Planalto, enfraquece a influência de Bolsonaro.

No plano global, o caso gerou repercussões nos bastidores do G20. Enquanto aliados de Bolsonaro apostavam na eleição de Donald Trump nos Estados Unidos para alavancar seu discurso de anistia, Lula conseguiu realizar 11 reuniões bilaterais com chefes de Estado durante o evento. A operação da PF não passou despercebida entre as lideranças presentes na cúpula do G20.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Marcelo Rubens Paiva é indicado à Medalha Mérito Legislativo pelo líder do PT na Câmara

Odair Cunha afirma que a produção do escritor ajuda “a contar a história recente do país de forma profunda e contundente”

O escritor Marcelo Ruben Paiva

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (PT-MG), indicou o escritor Marcelo Rubens Paiva para receber a Medalha Mérito Legislativo, concedida a personalidades que tenham prestado serviços relevantes ao Brasil, informa a Folha de S. Paulo. Paiva é o autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que baseou o filme de mesmo nome estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, obra escolhida para representar o Brasil no Oscar 2025.

Na justificativa, Cunha afirma que a produção de Marcelo Rubens Paiva ajuda “a contar a história recente do país de forma profunda e contundente”. "O conjunto de sua obra, além de guardar grande relevância no cenário da cultura nacional, contribui para que o público conheça e não esqueça o que o arbítrio e o autoritarismo na política são capazes de provocar", afirma o deputado.

“Ainda Estou Aqui” conta a história do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, pai de Marcelo, durante a ditadura militar. "Ao longo de sua vida pública, Marcelo tem se destacado por se manifestar ostensivamente em favor da democracia e do Estado de Direito, contra todo tipo de injustiça social", justificou Odair Cunha.

Segundo as regras da Medalha do Mérito Legislativo, cada líder de partido pode indicar uma personalidade ou entidade para receber a medalha. Membros da mesa diretora podem indicar dois.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Otimismo bolsonarista desmorona após atentado de Tiu França e operação da PF

Projeto de anistia enfrenta rejeição enquanto investigações expõem ligações com atos golpistas e ameaças a líderes políticos

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reuters)

 Dois eventos ocorridos em uma única semana balançaram as estruturas do bolsonarismo e enfraqueceram o movimento liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O UOL destacou que o atentado a bomba na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (12), e uma operação da Polícia Federal (PF), que revelou planos para assassinar líderes políticos como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, mudaram o cenário político e praticamente sepultaram o PL da anistia.

◉ O que está em jogo

O projeto de lei da anistia, em tramitação na Câmara dos Deputados, tem sido visto como uma peça-chave para o futuro político de Bolsonaro. A proposta visa livrar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de condenações, e, de forma estratégica, abrir caminho para que o ex-presidente possa disputar as eleições presidenciais de 2026. Embora Bolsonaro negue interesse direto no projeto, analistas políticos e figuras em Brasília mantêm ceticismo.

Gilson Machado, ex-ministro da gestão Bolsonaro, foi claro sobre a importância da medida para o grupo político: "A devolução dos direitos políticos do ex-presidente é prioridade para eles."

Até a semana passada, aliados de Bolsonaro pressionavam pela aprovação do PL da anistia, embalados pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e pelo desempenho da direita nas eleições municipais. Porém, os recentes episódios fizeram ruir o clima favorável ao projeto.

◉ Uma semana decisiva

A rejeição ao projeto ganhou força após dois episódios de grande impacto:

1.Atentado no STF
Na terça-feira da semana passada, uma bomba explodiu em frente ao Supremo, reacendendo o temor de atos violentos associados ao extremismo político.

2.Operação da PF: Na terça-feira (19), a Polícia Federal revelou planos golpistas que incluíam assassinatos de líderes do Executivo e do Judiciário, como Lula, Alckmin e Moraes, em um enredo que expõe a radicalização de alguns grupos bolsonaristas.

Esses eventos fortaleceram a percepção de que o flerte do ex-presidente com o golpismo continua alimentando riscos à democracia e atos de violência.

◉ Clima desfavorável

As consequências foram imediatas: a tramitação do PL da anistia perdeu força, com pouca disposição entre os parlamentares para defender a proposta publicamente. Militantes, que antes articulavam apoio em redes sociais e grupos de WhatsApp, agora enfrentam um cenário de desmobilização.

A ideia de que a ameaça à democracia estava superada foi duramente contestada pelos fatos recentes. “Hoje, não existe clima para o PL da anistia ser aprovado”, afirmou uma fonte ouvida pela reportagem.

◉ Futuro político em xeque

O desmoronamento do otimismo bolsonarista expõe a fragilidade do movimento diante de investigações e da rejeição popular a ações que colocam a estabilidade democrática em risco. Sem o PL da anistia e com a escalada de denúncias envolvendo aliados, Bolsonaro e seu grupo político enfrentam um cenário incerto, tanto no curto quanto no longo prazo.

O impacto desses acontecimentos reforça a importância de manter vigilância sobre o fortalecimento das instituições democráticas e a rejeição a medidas que possam alimentar a impunidade ou dar margem a atos de violência política.

Fonte: Brasil 247

Braga Netto se esconde, nega reunião sobre plano para matar Lula e diz que agiu por “lealdade” a Bolsonaro

O general Walter Braga Netto: segundo a PF, o plano para matar Lular, Alckmin e Moraes foi discutido na casa do militar. Foto: reprodução

O general Walter Braga Netto tem conversado discretamente com aliados desde que seu nome voltou ao centro das investigações relacionadas à trama golpista. Segundo revelações da Polícia Federal (PF), ele teria participado de uma reunião com militares envolvidos no plano em seu apartamento, em Brasília. Contudo, Braga Netto nega as acusações e afirma que não fez reunião em seu apartamento para “tratar de plano algum”.

De acordo com o plano investigado, o objetivo era executar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

Braga Netto residia no Bloco B, na quadra 112 da Asa Sul, um prédio onde outros generais do Ministério da Defesa e do alto escalão do governo também moravam. O edifício contava com um salão de convivência na cobertura, frequentemente usado para reuniões sociais e privadas, o que agora levanta suspeitas.

Em conversas com pessoas próximas, o general costuma mencionar que tinha o hábito de passear com o cachorro duas a três vezes ao dia nos arredores do prédio, onde frequentemente encontrava outros colegas de farda, conforme informações da coluna de Lauro Jardim, do Globo.

Bolsonaro indica que Braga Netto poderá ser o seu vice - Jornal O Globo
Braga Netto e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Ele também tem ressaltado o papel de assessoramento que desempenhou junto a Bolsonaro até o final do governo. Nessas conversas, faz questão de destacar “a lealdade” ao ex-capitão e utilizar expressões como “correção ética e moral” para descrever sua conduta, sem abordar diretamente as acusações de envolvimento na trama golpista.

O relatório da PF aponta que o apartamento de Braga Netto foi utilizado para uma reunião em 12 de novembro de 2022, com a presença do tenente-coronel Mauro Cesar Cid, do major Rafael de Oliveira e do tenente-coronel Ferreira Lima. A existência do encontro foi confirmada pelo próprio Mauro Cid durante as investigações.

Além disso, Braga Netto é considerado um dos principais articuladores da suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota nas urnas. A PF avalia como provável o indiciamento do general no inquérito que investiga o caso, reforçando seu papel no planejamento da ruptura democrática.

Fonte: DCM

VÍDEO – Mario Frias perde a linha com Lisboa puxando saco de Bolsonaro: ‘Frouxo é você!’

Tela de live dividida entre Mario Frias e Lisboa
O deputado Mario Frias no Vlog do Lisboa – Reprodução/Redes Sociais

Em participação no Vlog do Lisboa, transmitido nas redes sociais, o deputado federal Mario Frias (PL) mandou um recado em tom de revolta para quem chama o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “frouxo”. O parlamentar afirmou que as pessoas que dizem isso não aguentariam um dia sequer na pele do ex-mandatário e que falar certas coisas atrás de um celular é muito fácil.

“Tá sentado com o rabo no sofá em casa, conseguindo likezinho, ganhando uma monetizaçãozinha, e vem querer dizer o que é verdade e o que não é, rapaz? Olha só, eu tenho 30 anos de carreira. Aqui entre nós, podia estar lá no meu sítio, no Rio Grande do Sul, com o meu sogro, minha filha, minha família. Eu dei o sangue por esse governo porque eu vi, pela primeira vez na história, um homem honesto, um homem íntegro, um cara patriota, corajoso, estrategista”, alegou o convidado.

Frias ainda disse que Bolsonaro é mais esperto, mais capaz e mais culto que a “maioria desses caras que ficam falando besteira na internet”. “Vamos fazer o seguinte? Sai desse salto e, quando quiser chamar alguém de frouxo, seja homem e venha na frente da pessoa, não fica mandando recadinho pela internet, não. O nome dessa porr* aí é covardia. E, na rua, onde você cresce, era um tapinha na orelha, um ‘pedala, Robinho’ que ia te ajudar a virar gente”, disparou.

Fonte: DCM

Apucarana recebe atletas e técnicos para a fase final dos Jogos Abertos do Paraná

A modalidade de Handebol será disputada no Complexo Esportivo Áureo Caixote no Colégio Estadual Antônio dos Três Reis de Oliveira

Apucarana recebe nesta quinta-feira (21) mais de 3,3 mil atletas e comissões técnicas, de 80 municípios, para a primeira parte da fase final dos Jogos Abertos do Paraná (Japs). As competições começam sexta-feira (22) e seguem até domingo (24). A segunda parte da fase final será disputada de 28 de novembro a 1º de dezembro, também em Apucarana. São os últimos eventos do calendário de jogos oficiais de 2024.

O prefeito Junior da Femac, ao lado do secretário de esportes Tom Barros, recepcionou nesta terça-feira (19), os dirigentes e equipe técnica da Paraná Esportes. Na quinta-feira, chegam as delegações de todo o Paraná, classificadas para essa etapa final dos Japs. “Saudamos a todos e pedimos aos apucaranenses que recebam com muito carinho os atletas, seus familiares, dirigentes esportivos e árbitros. Nestes dois fins de semana todos eles irão conhecer a cidade, passear e consumir no comércio, lanchonetes, restaurantes, padarias e cafés”, pontua Junior da Femac.

Os Japs são disputados por atletas a partir de 17 anos e sem limite de idade máxima para participação, e fazem parte da lista de 11 jogos oficiais promovidos pelo Governo do Estado, realizados pela Secretaria do Esporte (SEES). A edição 2024 dos Japs teve início no mês de junho (etapas regional e macrorregional) e atendeu mais de 12,1 mil participantes, de 251 municípios (62,9% das cidades do Estado).

Neste primeiro fim de semana da final os atletas competirão nas modalidades de atletismo, basquetebol, ciclismo, futebol sete, futsal, ginástica rítmica, handebol, natação, tênis, voleibol, e xadrez. Além disso, a disputa de bolão masculino, também válida para os Japs, acontece na cidade de Rolândia.

Para o coordenador dos Esportes de rendimento da SEES, Emerson Venturini, os Japs representam um elo na cadeia esportiva do Paraná, que começa com os Jogos Escolares e se estende até o Paraná Master. “Essa trajetória demonstra o compromisso do Governo do Estado em oferecer oportunidades para atletas de todas as idades e níveis de rendimento”, diz.

Para receber as delegações de todo o Estado, a organização do evento, em parceria com a Prefeitura de Apucarana, promoverá na sexta-feira (22) um momento festivo no Espaço das Feiras, a partir das 18 horas.

De acordo com o supervisor técnico do Japs, Richard Salvador, a parceria com o município é muito importante para o andamento da competição. “Trata-se do maior torneio de rendimento do Paraná, com milhares de pessoas circulando pela cidade, consumindo e movimentando a economia”, afirma. Esta é a oitava vez que Apucarana recebe as finais dos Japs. As demais edições foram em 1965, 1980, 1993, 2016, 2017, 2021 e 2022.

LOCAIS – Entre as praças esportivas de Apucarana que serão utilizadas na final estão o Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão), Estação Cidadania, Complexo Esportivo Áureo Caixote, Centro de Convivência do Idoso, o Parque Municipal Jaboti, o Colégio São José.


Confira a programação:

• Ginástica Rítmica – 22 e 23/11 (Lagoão)

• Atletismo – 22 a 24 (Lagoão)

• Basquete – 22 a 24 (CE Izidoro Ceravolo, Colégio São José)

• Ciclismo – 22 a 24 (Lago Jaboti, Bike Park MTB, Tarumã Máquinas)

• Futebol Sete – 22 a 24 (Arena Molas Fama, Associação dos Militares do Vale Do Ivaí)

• Futsal – 22 a 24 (Caixote, Estação Cidadania, Lagoão)

• Handebol – 22 a 24 (Caixote, CE Antônio dos Três Reis)

• Tênis – 22 a 24 (Country Club)

• Vôlei – 22 a 24/11 (CE Nilo Cairo)

• Xadrez – 22 a 24 (Centro de Convivência do Idoso)

• Natação – 23 e 24 (Lagoão)

Rolândia

• Bolão (Masculino) – 21 a 24 (Rolândia Country Club)

Coronel ‘Velame’ pediu reunião com Bolsonaro e núcleo duro do golpe: ‘Só a rataria’

ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com cara de preocupação, perto de bandeiras, sem olhar para a câmera
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Divulgação

No final de 2022, o coronel Reginaldo Vieira de Abreu, conhecido como “Velame”, e o general Mário Fernandes trocaram mensagens propondo a apresentação de relatórios falsos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para alegar supostas fraudes nas eleições daquele ano. As conversas foram interceptadas pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Contragolpe, deflagrada em 19 de novembro de 2024. Com informações do Estadão.

De acordo com o material obtido pela PF, os militares sugeriam que Bolsonaro se reunisse com um grupo restrito, apelidado de “rataria”, para debater uma “apresentação da Argentina” que, supostamente, forneceria provas de fraude eleitoral. O general Mário Fernandes foi preso durante a operação. Nos diálogos, ele afirma que “pessoal acima da linha da ética” não deveria participar dessas reuniões.

“Kid Preto, o presidente, ele tem que fazer uma reunião Petit comité. O pessoal ia fazer uma reunião essa semana, o comandante do exército, aí chegou Paulo Guedes, chegou o pessoal da TCU, da AGU, aí não pode, tem esse pessoal, é… Esse pessoal acima da linha da ética não pode estar nessa reunião, tem que ser Petit comité, pô. Tem que ser a rataria, ele e a rataria”, propôs.

A tal “apresentação da Argentina” referida nas mensagens era, na verdade, uma live realizada em 4 de novembro de 2022 pelo argentino Fernando Cerimedo, na qual foram propagadas informações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro.

Jair Bolsonaro e o general Mário Fernandes, o primeiro sorrindo e de boné e o segundo sério, olhando para o lado, fardado
Jair Bolsonaro e o general Mário Fernandes – Isac Nóbrega/Divulgação

Em uma das mensagens, Velame diz que o relatório das Forças Armadas, elaborado pelo Ministério da Defesa, deveria estar alinhado com as alegações apresentadas por Cerimedo para dar “veracidade” ao discurso: “Não pode estar…não pode estar dizendo que não tem nada. No mínimo tem que ser igual ao dos caras pra… ser o batom na cueca, se nada aparecer até lá”.

Mário Fernandes respondeu que o conteúdo da apresentação argentina estava alinhado com os relatórios sendo elaborados por um grupo de militares em São Paulo. Velame ainda sugeriu que o governo Bolsonaro usasse adidos militares em embaixadas para divulgar o discurso de fraude eleitoral na mídia internacional e influenciar a opinião pública no exterior.

Em outro momento, Fernandes encaminhou um áudio do general Luiz Eduardo Ramos, então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, que mencionava a live de Cerimedo como um reforço para a narrativa de fraude eleitoral: “Quem diria que, porra, um reforço à solução do nosso país viesse dos hermanos”.

Fonte: DCM com informações do jornal Estadão

Entenda o que acontece com as provas se delação de Mauro Cid for anulada

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira, 21 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (21). A audiência ocorre após a Polícia Federal (PF) enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório apontando omissões no acordo de delação premiada firmado com Cid em 2023.

Caso o STF decida pela anulação da delação, Mauro Cid perderá os benefícios do acordo, que incluem a redução de pena e a possibilidade de responder aos processos fora da prisão. A defesa do militar nega irregularidades e afirma que ele “sempre esteve à disposição da Justiça”.

Mesmo que a delação seja anulada, as provas obtidas por meio do acordo permanecem válidas. A Polícia Federal sustenta que essas evidências, incluindo dados de aparelhos eletrônicos recuperados, não dependem exclusivamente dos depoimentos do colaborador.

A delação do tenente-coronel já esteve sob análise em outras ocasiões. Em março deste ano, ele foi preso novamente após o vazamento de áudios em que fazia críticas à PF e ao STF. A Justiça considerou que ele descumpriu as regras do acordo ao falar publicamente sobre as investigações.

Entre as provas em questão estão mensagens e arquivos apagados pelo militar, mas posteriormente recuperados pela PF. Esses dados são considerados cruciais para a investigação de um suposto plano golpista que envolvia o assassinato de autoridades, como o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.


Fonte: DCM

Grupo de Bolsonaro com 35 militares discutiram plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, diz PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares. Foto: reprodução

A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (19), resultou na prisão de militares envolvidos em um plano que incluía os assassinatos do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Além disso, revelou uma rede que alcança o alto escalão das Forças Armadas, incluindo oficiais graduados que discutiam estratégias para um golpe de Estado e nomes cotados para liderar o país após a suposta ruptura.

Os investigadores localizaram mensagens, documentos, áudios e registros de reuniões que mencionam ao menos 35 militares, entre eles dez generais e 16 coronéis do Exército, além de um almirante. Esses materiais foram encontrados durante a nova fase das apurações relacionadas à trama antidemocrática que teria sido articulada durante o governo de Jair Bolsonaro.

Entre os envolvidos, o principal alvo foi o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo do governo Bolsonaro. A análise do celular de Fernandes revelou conversas nas quais ele e outros militares criticavam o Alto Comando do Exército, com frases como “tinha que acabar” e “Quatro linhas da Constituição é o c…”.

Vasculhando o celular de Mário Fernandes, a PF encontrou uma minuta de criação de um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise” que teoricamente seria ativado um dia depois da ação contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo o documento, o grupo teria a função de “estabelecer diretrizes estratégicas, de segurança e administrativas para o enfrentamento da crise institucional”, no caso, um golpe de Estado.

A criação do grupo seria baseada em um decreto presidencial e a missão do gabinete seria acompanhar as ações estabelecidas no mesmo “para analisar os assuntos com potencial de risco, com o objetivo de prevenir e mitigar riscos e articular gerenciamento da crise”. O grupo proporcionaria a Bolsonaro “maior consciência situacional das ações em curso para apoiar o processo de tomada de decisão”.

As mensagens

As mensagens evidenciam o descontentamento de parte dos militares com a posição da cúpula do Exército, que não apoiou a tentativa de manter Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral, conforme informações do Blog do Fausto Macedo, do Globo.

Após o segundo turno, o coronel Roberto Criscuoli trocou mensagens com Fernandes e disse: “Mario, eu tava até conversando agora com o pessoal aqui, cara. Se nós não tomarmos a rédea agora, depois eu acho que vai ser pior. Na realidade vai ser guerra civil agora ou guerra civil depois. Só que a guerra civil agora tem uma justificativa, o povo tá na rua, nós temos aquele apoio maciço. Daqui a pouco nós vamos entrar numa guerra civil, porque daqui a alguns meses esse cara vai destruir o exército, vai destruir tudo”.

E completou: “Então eu acho que essa decisão tem que ser tomada urgente, cara. E o presidente não pode pagar pra ver também, cara. Ele vai destruir o nosso país, cara. Democrata é o cacete. Não tem que ser mais democrata mais agora. Ah, não vou sair das quatro linhas. Acabou o jogo, pô. Não tem mais quatro linhas. O povo na rua tá pedindo, pelo amor de Deus. Vai dar uma guerra civil? Vai dar. Eu tenho certeza que vai dar. Porque os vermelhos vão vir feroz. Mas nós estamos esperando o quê? Dando tempo pra eles se organizarem melhor? Pra guerra ser pior? Irmão, vamos agora. Fala com o 01 aí, cara.”

Em áudio, general Mário Fernandes afirma que Jair Bolsonaro deu aval para golpe | GZH

Mario também reclamou sobre o Alto Comando do Exército com Reginaldo Vieira de Abreu, apontado por Mauro Cid como um dos mais radicais do governo Bolsonaro. “O senhor me desculpe a expressão, mas quatro linhas é o caralho. Quatro linhas da Constituição é o caceta. Nós estamos em guerra, eles estão vencendo, está quase acabando e eles não deram um tiro por incompetência nossa. Incompetência nossa, é isso”, disse.

A PF apreendeu documentos cruciais com Fernandes, como o plano ‘Punhal Verde Amarelo’, que incluía o envenenamento de Lula e um atentado a bomba contra Moraes, e uma minuta detalhando um gabinete de crise para “pacificar” o país após o golpe. Os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, aliados próximos de Bolsonaro, foram indicados como líderes nesse plano de gestão.

Mário Fernandes seria da assessoria estratégica, junto com o coronel Élcio Franco, que foi secretário-executivo da Saúde (e também foi flagrado em áudios tramando o golpe). Também haveria assessorias: parlamentar, com três coronéis; de relações institucionais, com o ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins; de administração; de TI, com um general; e de Segurança de Instalações, com outro general.

Outros militares também tiveram evidências relevantes apreendidas. O major Rafael de Oliveira possuía arquivos e mensagens relacionadas à operação ‘Copa 2022’, que previa a prisão ou execução de Moraes, mas que foi abortada na última hora. Já com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima foi encontrada uma planilha com mais de 200 etapas para implementar a ruptura democrática.


Os nomes dos militares envolvidos aparecem na investigação da PF em três categorias principais: aqueles que discutiam abertamente sobre o golpe e sua execução, os cotados para compor o Gabinete da Crise após a ruptura, e os integrantes do chamado Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência.

Núcleo de Oficiais de Alta Patente

De acordo com a PF, Mário Fernandes é apontado como membro central do Núcleo de Oficiais de Alta Patente. Esse grupo teria utilizado sua posição de destaque nas Forças Armadas para influenciar outros núcleos e fomentar apoio às ações golpistas. Muitos integrantes do núcleo também foram alvos da Operação Tempus Veritatis, realizada em fevereiro.

Entre os nomes mencionados pela PF estão o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, que, segundo o delator Mauro Cid, teria colocado suas tropas à disposição de Bolsonaro para a execução do golpe; e o coronel da reserva Laércio Vergilio, que manteve contato com Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão expulso do Exército e investigado por fraudes em cartões de vacinação.

Outros oficiais citados incluem o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa que enviou ao Tribunal Superior Eleitoral um relatório sem provas lançando suspeitas sobre o pleito; Walter Braga Netto, ex-vice na chapa de Bolsonaro e anfitrião de uma reunião onde foi aprovado um plano de ação contra Moraes; e o general Estevam Theóphilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter), apontado como responsável por organizar ações golpistas, incluindo a mobilização de grupos armados na tentativa contra Moraes.

Fonte: DCM

Rússia lançou míssil balístico intercontinental pela primeira vez durante ataque à Ucrânia, diz Kiev

Mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) possuem capacidade nuclear e alcance de milhares de quilômetros

Reuters (Foto: Reuters)

Reuters - A Rússia lançou um míssil balístico intercontinental durante ataque à Ucrânia na quinta-feira, segundo a Força Aérea de Kiev, no primeiro uso conhecido na guerra de uma arma tão poderosa, com capacidade nuclear e alcance de milhares de quilômetros.

A Força Aérea relatou o lançamento depois que a Ucrânia disparou mísseis norte-americanos e britânicos contra alvos dentro da Rússia nesta semana, apesar dos avisos de Moscou de que consideraria tal ação como uma grande escalada na guerra de 33 meses.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, não comentou imediatamente a declaração da Força Aérea.

Os mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) são armas estratégicas projetadas para lançar ogivas nucleares e são uma parte importante da dissuasão nuclear da Rússia. Os ucranianos não especificaram que tipo de ogiva o míssil tinha ou que tipo de míssil era. Não houve sugestão de que fosse arma nuclear.

O ataque com mísseis russos teve como alvo empresas e infraestrutura essencial na cidade de Dnipro, no centro-leste do país, informou a Força Aérea.

A Força Aérea não informou qual era o alvo do ICBM ou se ele havia causado algum dano, mas o governador regional Serhiy Lysak disse que o ataque com mísseis causou danos a uma empresa industrial e provocou incêndios em Dnipro. Duas pessoas ficaram feridas.

A Rússia também disparou um míssil hipersônico Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101, seis dos quais foram abatidos, informou a Força Aérea ucraniana.

"Em particular, um míssil balístico intercontinental foi lançado da região de Astrakhan, na Federação Russa", disse, sem especificar que tipo de ICBM foi disparado.

A Defense Express, uma consultoria de defesa ucraniana, perguntou se os Estados Unidos, principal aliado internacional de Kiev, havia sido informado sobre o lançamento do míssil com antecedência.

"É também uma questão de saber se os Estados Unidos foram avisados sobre o lançamento e sua direção, já que o anúncio de tais lançamentos é um pré-requisito para evitar o acionamento de um sistema de alerta de mísseis e o lançamento de mísseis em resposta", escreveu a Defence Express após a declaração da Força Aérea.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

VÍDEO – Mãe de estudante de medicina morto por PM cobra Tarcísio: “Permite que a polícia mate os cidadãos”


Mulher de roupa amarela cercada por dois homens na rua, de costas
Família de Marco Aurélio Cardenas Acosta – Reprodução/UOL

Silvia Mônica Cardenas Prado, mãe de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos que foi morto pela Polícia Militar de São Paulo nesta quarta-feira (20), concedeu uma entrevista ao Tá na Hora, programa do SBT, e cobrou explicações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Isso é o fracasso do governador de São Paulo, que permite que a polícia mate seus cidadãos, cidadãos decentes. Me coloco no lugar de todos. Mesmo que o menino fosse um ladrão, o que não era, não era para a polícia atirar desse jeito. É um fracasso total, senhor governador. Tenha decência, dignidade, seja homem para me pedir desculpas porque a dor que eu sinto vai ser até o dia da minha morte”, lamentou ela.

O jovem foi morto por um policial militar durante uma abordagem na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Ele estava no quinto ano de medicina na Universidade Anhembi Morumbi, sonhava em se tornar pediatra e vinha de uma família dedicada à medicina.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o irmão dele, Frank Cardenas, de 27 anos, médico cirurgião, o descreveu como “uma boa pessoa, com um bom coração”: “Ele era uma boa pessoa, com um bom coração. Um filho amado e que ainda assim conseguia amar ainda mais seus pais”.

A família de Marco é composta por médicos: além de Frank, outro irmão e os pais também atuam na área: “Nossa vida acabou hoje, nossa alegria se foi com ele. Mas, se eu pudesse dizer a principal característica, é que ele era muito carinhoso, um excelente filho. Era o único que ligava todos os dias para minha mãe no plantão. E era meu melhor amigo, a pessoa que eu mais amava nesse mundo”.

O episódio ocorreu por volta das 2h da manhã. Segundo a versão oficial, uma equipe da PM patrulhava a Rua Cubatão quando foi acionada para atender a ocorrência envolvendo Marco. O estudante, supostamente agressivo, teria dado um tapa no retrovisor da viatura durante a abordagem. Ele correu em direção a um hotel próximo, sendo perseguido pelos policiais.

Dentro do hotel, o rapaz teria entrado em confronto com os agentes, derrubando um deles. O outro policial efetuou um disparo que atingiu o estudante no abdômen. Ele foi levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias e faleceu às 6h40.

A Polícia Militar e a Polícia Civil abriram investigações para apurar o caso. A Secretaria de Segurança Pública informou que os policiais envolvidos prestaram depoimento, foram indiciados e afastados das atividades operacionais enquanto as apurações seguem.

Fonte: DCM

Vídeo contradiz versão da PM sobre morte de estudante de medicina em hotel na zona sul de São Paulo

Os agentes alegaram em Boletim de Ocorrência (B.O.) que a vítima estaria "bastante alterada e agressiva" e teria resistido à abordagem

Estudante de medicina foi baleado

 Um vídeo de câmera de segurança coloca em dúvida a versão apresentada pelos policiais militares envolvidos na morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, estudante de medicina, na madrugada desta quarta-feira (20), em um hotel na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. De acordo com o Metrópoles, os agentes alegaram em Boletim de Ocorrência (B.O.) que a vítima estaria "bastante alterada e agressiva" e teria resistido à abordagem.

Segundo o relato policial, Marco Aurélio teria tentado tomar a arma do soldado Bruno Carvalho do Prado, o que levou o soldado Guilherme Augusto a disparar contra ele, justificando a ação como "um único disparo para contê-lo". No entanto, as imagens de segurança mostram detalhes que contradizem essa versão, gerando questionamentos sobre a conduta dos agentes no caso.

◉ Omissão de registros em câmeras corporais

Embora a Secretaria de Segurança Pública (SSP) tenha afirmado que as imagens das câmeras corporais dos policiais seriam anexadas às investigações conduzidas pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os dispositivos dos PMs envolvidos no caso não estavam ativados no momento da ocorrência, segundo consta no B.O.

A ausência desses registros oficiais, combinada com o vídeo externo, acirra as dúvidas sobre a narrativa apresentada pelos agentes. A investigação terá papel crucial para esclarecer os acontecimentos que culminaram na morte do jovem.

◉ Quem era Marco Aurélio

Estudante de medicina da Universidade Anhembi Morumbi, Marco Aurélio, também conhecido como “Bilau” por seus colegas, era um jovem com múltiplos interesses. Além de estudar, ele era músico, tendo gravado canções sob o nome artístico “MC Boy da VM”. No Spotify, suas músicas publicadas em 2022 e 2023 reforçam sua paixão pela arte. Em suas redes sociais, Marco se definia como “mestre de cerimônia” e “compositor”.

Horas antes de sua morte, o estudante fez sua última publicação nas redes sociais, encerrando tragicamente uma vida promissora.

◉ Luto e comoção

A Associação Atlética Acadêmica de Medicina Anhembi emitiu uma nota de pesar:

"A Medicina Anhembi manifesta profundo pesar pelo falecimento do nosso querido aluno do internato, Marco Aurélio Cardenas Acosta, apelidado como ‘Bilau’.

A morte do jovem gerou comoção entre amigos, colegas e familiares, que agora clamam por justiça e esclarecimento das circunstâncias do ocorrido.

◉ Próximos passos

A Corregedoria da Polícia Militar e o DHPP estão responsáveis pela condução do inquérito, que terá como base as imagens de segurança externa, testemunhos e outros elementos colhidos pela perícia. A investigação será crucial para determinar se houve abuso de força ou irregularidades na ação policial.

O caso reacende o debate sobre abordagens policiais e o uso de câmeras corporais, ferramentas que, quando desativadas, tornam mais difíceis a transparência e o controle em situações delicadas como essa.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles