quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Defesa acatou o que a Fazenda pediu, diz Múcio sobre pacote de corte de gastos

A proposta prevê mudanças nos benefícios dos militares, incluindo ajustes nas regras de progressão de carreira e mudanças nos gastos com aposentadorias

José Múcio Monteiro (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ministro José Múcio, da Defesa, declarou em entrevista à CNN que a pasta irá atender às solicitações do Ministério da Fazenda em relação ao pacote de cortes de gastos, que deve ser anunciado nos próximos dias.

“Nós acatamos o que a Fazenda pediu”, resumiu.

A proposta prevê mudanças nos benefícios dos militares, incluindo ajustes nas regras de progressão de carreira e mudanças nos gastos com aposentadorias. Uma das medidas também em análise é a introdução de uma idade mínima de 55 anos para que militares possam ingressar na reserva remunerada.

De acordo com a CNN, o pacote também propõe o fim de benefícios concedidos a familiares de militares desligados das Forças Armadas. Outras mudanças incluem o aumento do desconto para os fundos de saúde e a suspensão do pagamento de pensões a parentes beneficiários de segunda ordem, como pais e irmãos, após a concessão já estabelecida para cônjuges e filhos.

Nesta quinta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve discutir um cronograma para a implementação do pacote de cortes elaborado pelo Ministério da Fazenda.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Redação de pacote fiscal deve ser concluída esta semana sem cortes em saúde e educação, diz Rui Costa

Segundo o ministro, o mercado financeiro atua de forma "especulativa" e que há muitas pessoas apostando alto contra o Brasil

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, em Brasília 20/12/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta segunda-feira que há expectativa de que a redação do pacote de medidas fiscais prometido pelo governo seja finalizada nesta semana, mas a data de anúncio será definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o texto ser apresentado a ele.

Em entrevista à GloboNews, Costa ainda afirmou que Lula já definiu que o governo não mexerá em investimentos nas áreas de saúde e educação, considerados pelo presidente como essenciais ao país.

O chefe da Casa Civil garantiu ainda que o governo seguirá "à risca" o arcabouço fiscal e disse que os ajustes no Orçamento deste ano a serem anunciados pela Junta de Execução Orçamentária (JEO) do governo na sexta-feira provarão este compromisso.

Recusando-se a detalhar qual será o tamanho do ajuste orçamentário a ser anunciado na sexta ou a adiantar pontos já acordados no pacote fiscal de redução de gastos, Costa afirmou não ser "razoável" que os cortes nas despesas recaiam apenas sobre o Poder Executivo.

Disse ainda que a maneira que o arcabouço fiscal foi aprovado pelo Legislativo implica em cortes nos recursos destinados às emendas parlamentares. O ministro disse também que a Constituição prevê que qualquer bloqueio ou contingenciamento de recursos deve atingir os Três Poderes proporcionalmente.

Costa disse ainda que o mercado financeiro atua de forma "especulativa" e que há muitas pessoas apostando alto contra o Brasil. O chefe da Casa Civil garantiu, ao mesmo tempo, que aqueles que apostam contra o país irão perder.

Fonte: Brasil 247

Múcio defende responsabilizar militares, e não as Forças Armadas, por plano golpista violento

“Esse negócio constrange", disse o ministro da Defesa

Lula e José Múcio (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou nesta quinta-feira (21) que as recentes revelações da Polícia Federal (PF) sobre o envolvimento de militares em um plano golpista violento visando evitar a posse do presidente Lula são um 'constrangimento. Segundo ele, é necessário punir as pessoas responsáveis, e não as Forças Armadas como um todo.

“Esse negócio constrange (…) Interessa às Forcas Armadas que [a participação de militares no caso] seja esclarecido para colocar a culpa no CPF e não no CNPJ”, disse à jornalista Tainá Falcão, da CNN Brasil.

A PF prendeu nesta terça-feira (19) quatro pessoas durante uma operação que visa desarticular uma organização criminosa suspeita de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022. O grupo teria elaborado planos de assassinato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Mauro Cid chega ao STF para depor sobre omissões em delação sobre plano golpista

Interrogatório foi marcado após a PF apontar omissões que podem comprometer o acordo de delação premiada firmado com a corporação em setembro de 2023

Mauro Cid (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), chegou no início da tarde desta quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, destaca o jornal O Globo. O interrogatório foi marcado após a Polícia Federal (PF) enviar à Corte um relatório apontando omissões de Cid, que podem comprometer o acordo de delação premiada firmado com a instituição em setembro de 2023.

A audiência ocorre em um momento crítico para o tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, cujo acordo de colaboração está sob análise. Caso o STF decida pela rescisão, os benefícios concedidos a Cid, como a redução de pena e a possibilidade de responder aos processos fora da prisão, serão anulados. No entanto, as provas já obtidas por meio do acordo continuam válidas, segundo a PF.

No relatório, a PF destaca que Cid descumpriu cláusulas do acordo ao omitir informações cruciais e apagar mensagens e arquivos que poderiam ser relevantes para a investigação. Em depoimento à Polícia Federal na terça-feira (19), Mauro Cid negou envolvimento em um plano golpista que, segundo as investigações, incluía o assassinato de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

Apesar da negativa, a PF apontou que mensagens recuperadas de aparelhos eletrônicos indicam conversas entre Cid e outros suspeitos sobre o monitoramento de Moraes. Em resposta, Cid afirmou não ter consciência de estar cometendo ilegalidades ao apagar as mensagens. Sua defesa reforçou que ele sempre esteve à disposição da Justiça e continuará a esclarecer quaisquer dúvidas levantadas.

A delação premiada de Mauro Cid foi homologada por Moraes e envolve a operação deflagrada nesta semana, que prendeu quatro militares e um policial federal suspeitos de conspirar para um golpe de Estado. A investigação revelou trocas de mensagens sobre preparativos da ação, incluindo o monitoramento de autoridades. O descumprimento das cláusulas do acordo reforça as alegações de que Cid omitiu informações relevantes, colocando em risco sua colaboração.

Cid foi preso pela primeira vez em maio de 2023, acusado de falsificar cartões de vacinação de Bolsonaro, seus parentes e assessores. Em setembro, após quase seis meses preso, firmou o acordo de delação e deixou a prisão. Entretanto, em março de 2024, foi preso novamente após o vazamento de áudios onde fazia ataques ao STF e à PF, violando as condições do acordo.

Atualmente, o militar cumpre uma série de medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte e proibição de contato com outros investigados. Caso o acordo seja rescindido, Mauro Cid pode voltar à prisão e perder os benefícios de sua colaboração. O caso será decidido pelo ministro Alexandre de Moraes após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar seu parecer.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mauro Cid vai dizer o que sabe sobre participação de Braga Netto em trama golpista, afirma advogado

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro prestará novo depoimento nesta quinta-feira

General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 O tenente coronel Mauro Cid vai implicar o ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro nas eleições de 2022, Walter Braga Netto, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), informa o G1. A informação foi confirmada pelo advogado de Cid, Cezar Bittencourt.

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) prestará depoimento após a Polícia Federal identificar omissões e contradições em suas versões. A audiência ocorre no âmbito da Operação Contragolpe, que revelou detalhes de uma trama golpista e um plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Na última terça-feira (19), Cid disse em depoimento que não sabia sobre os preparativos desse plano. No entanto, os investigadores estão convencidos de que ele omitiu informações ao longo da delação premiada, já que as apurações contradizem a versão defendida pelo militar. O depoimento de Cid será conduzido por Alexandre de Moraes.

A PF suspeita que Braga Netto seja o principal elo entre o grupo de militares que planejava matar as autoridades e o governo de Jair Bolsonaro. Inclusive, as investigações apontam que uma reunião realizada na casa do general tratou sobre detalhes do plano golpista.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Arrecadação federal cresce 9,77% em outubro, recorde para o mês, diz Receita

No acumulado de janeiro a outubro de 2024, a arrecadação chegou R$ 2,182 trilhões, aumento real de 9,69% em comparação com o mesmo período de 2023

Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

 A Receita Federal divulgou nesta quinta-feira (21) que a arrecadação de impostos e contribuições federais alcançou R$ 247,92 bilhões em outubro, representando um crescimento real de 9,77% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este é o melhor resultado para outubro desde o início da série histórica, em 1995.

No acumulado de janeiro a outubro de 2024, a arrecadação totalizou R$ 2,182 trilhões, registrando um aumento real de 9,69% em comparação com o mesmo período de 2023. Este montante também estabelece um recorde para os primeiros dez meses do ano.

O desempenho positivo da arrecadação é atribuído a diversos fatores, incluindo o aumento da massa salarial, o crescimento das importações e a retomada da tributação sobre combustíveis. Além disso, medidas implementadas pelo governo para reduzir benefícios e incentivos fiscais contribuíram para o incremento das receitas.

Fonte: Brasil 247

Ex-namorado de Gugu debocha da mãe dos filhos do apresentador: “Iludida”


Gugu Liberato e o chef Thiago Salvático, que busca na Justiça o reconhecimento de uma união estável com o apresentador – Foto: Reprodução

Na quarta-feira (20), Rose Miriam Di Matteo, mãe dos filhos de Gugu Liberato, compartilhou uma homenagem ao apresentador nas redes sociais, marcando cinco anos desde sua morte. A publicação gerou reação de Thiago Salvático, chef de cozinha que reivindica na Justiça uma união estável com Gugu. Salvático comentou com deboche: “Kkkkkkkkkk iludida”.

Rose não deixou o comentário passar despercebido e respondeu de forma dura. “Você, meu caro, está mais iludido do que todos na Terra. Quem é você para falar sobre minha vida com o Gugu?”, escreveu. A médica também criticou as atitudes de Salvático, afirmando que ele deveria “buscar a Deus” e “colocar sua mente no lugar”. Pouco depois, os comentários foram apagados.

Thiago e Rose Miriam protagonizam disputas judiciais pelo reconhecimento de união estável com Gugu. Em agosto, a profissional da saúde desistiu de sua ação, enquanto Salvático ainda busca comprovar sua relação com o apresentador, apresentando evidências como fotos e conversas. Caso reconhecida, ele pode ter direito a metade da herança de Gugu, avaliada em R$ 1 bilhão.
Print do post em que Thiago Salvático debocha de homenagem feita por Rose Miriam a Gugu – Foto: Reprodução


Fonte: DCM

Chuvas intensas acendem “alerta de perigo” na maior parte do país; veja previsão


Pedestres caminham em meio a temporal em SP – Foto: Reprodução

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de “perigo” e “perigo potencial” devido às fortes chuvas previstas nos próximos dias. Ao menos 17 estados e o Distrito Federal devem enfrentar precipitações significativas, com destaque para Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rondônia, onde a chuva pode ultrapassar 60 mm/h e os ventos podem chegar a 100 km/h. Nessas regiões, há risco de alagamentos, quedas de árvores e descargas elétricas.

Nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará, Amazonas e Acre, o alerta é de “perigo potencial”. Nestas áreas, chuvas de até 50 mm/dia e ventos de 60 km/h podem causar alagamentos e queda de galhos. O Inmet recomenda evitar abrigos sob árvores, desligar aparelhos elétricos e manter-se em locais seguros durante as tempestades.

Além disso, o Inmet reforça a importância de acompanhar os avisos atualizados. As chuvas intensas devem continuar em todas as regiões do país, trazendo possíveis impactos como cortes de energia e dificuldade no trânsito. Para minimizar os riscos, a orientação é evitar áreas sujeitas a alagamentos e buscar abrigo seguro longe de estruturas instáveis.

Fonte: DCM

“De Bolsonaro a Braga Netto, ninguém ficará impune”, diz Miriam Leitão

Braga Netto e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) está concluindo nesta quinta-feira (21) o inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado ocorrida em janeiro de 2023. A apuração resulta em uma lista extensa de indiciados, incluindo nomes de destaque no cenário político e militar do Brasil.

Segundo informações da jornalista Miriam Leitão, do Globo, entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, o delegado Alexandre Ramagem e, possivelmente, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Essas figuras são apontadas como centrais no esquema investigado.

Uma fonte próxima à investigação revelou à jornalista que “ninguém ficará impune”. Além disso, o relatório final da PF deve unificar os cinco principais eixos da apuração: ataques virtuais a opositores, ataques às instituições e às urnas eletrônicas, tentativas de deslegitimar o processo eleitoral, articulações para um golpe de Estado e o uso da estrutura pública para obtenção de vantagens.

Fonte: DCM

VÍDEO: Desesperado, Flávio Bolsonaro espalha fake news e sugere que Lula armou plano do próprio assassinato


O senador Flávio Bolsonaro e o presidente Lula. Foto: reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), diante da iminente possibilidade de prisão de seu pai, Jair Bolsonaro, após as recentes revelações sobre um plano de militares para assassinar o presidente Lula (PT) como parte de uma tentativa de golpe de Estado, tem divulgado fake news em sua defesa nas redes sociais.

O plano, segundo as investigações, envolvia os assassinatos de Lula, então presidente eleito, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na última terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) prendeu quatro militares e um agente da corporação, todos próximos ao ex-presidente Bolsonaro, em desdobramentos do caso.

Na madrugada desta quinta-feira (21), o filho “01” do ex-presidente utilizou o X (antigo Twitter) para compartilhar um vídeo polêmico, sugerindo que o suposto plano de assassinato seria, na verdade, uma armação criada pelo próprio Lula.

O vídeo editado inclui trechos manipulados de discursos de Lula, com o objetivo de insinuar que o atual presidente estaria utilizando “narrativas” para transformar mentiras em verdades, associando essa prática às acusações contra Bolsonaro e seus aliados.

Contudo, o discurso original de Lula, usado no vídeo divulgado por Flávio, foi retirado de contexto. Na fala, feita em 14 de abril de 2022, Lula criticava diretamente a estratégia bolsonarista de manipular a opinião pública, criando versões falsas que induzem as pessoas a acreditarem em mentiras.

Além de tentar minar a credibilidade das investigações, Flávio escreveu na postagem que o suposto plano não teria fundamento. “A narrativa não se sustenta de pé. Quatro pessoas, sozinhas, derrubariam a República e o restante do país todo iria obedecer a eles?”, escreveu o senador.

Confira:

Fonte: DCM

Toffoli levanta sigilo do grampo ilegal da PF em cela de Youssef

Para forjar provas que deram origem ao esquema "lava jato", delegados da Polícia Federal grampearam, ilegalmente, a cela onde se encontrava o doleiro

Doleiro Alberto Yousseff, preso pela Operação Lava Jato (Foto: Paulo Emílio)

Conjur - Para forjar provas que deram origem ao esquema “lava jato”, delegados da Polícia Federal grampearam, ilegalmente, a cela onde se encontrava o doleiro Alberto Youssef, em 2014. A trama, agora descoberta, incluiu prender outras pessoas, apenas para que tivessem suas conversas gravadas.

O HD com os áudios gravados foi ocultado de investigações durante dez anos. Delegados da PF não obedeceram a ordem dos juízes Eduardo Appio e Luiz Antônio Bonat que determinaram a entrega do HD. Mas não foram apenas os delegados e os procuradores do MPF que sonegaram as provas da ilegalidade.

Na verdade, o HD estava acautelado na própria 13ª Vara Federal de Curitiba — o que os servidores do Vara esconderam dos juízes, do CNJ e do STF. O HD, que teve 26 arquivos apagados, com 210 horas de gravações só foi liberado quando assumiu o comando da Vara o juiz Guilherme Borges.

Há indícios de que existe uma versão integral, em que se filtrou ruídos — já que os áudios originais são precários. O material que finalmente foi entregue à defesa este ano, em sua maior parte, é quase inaudível.

Para forjar provas, delegados da Polícia Federal grampearam, ilegalmente, a cela onde se encontrava o doleiro Alberto Youssef

O então juiz Sérgio Moro foi quem arquitetou, desde o início, o plano para esconder da justiça o crime dos delegados. Ele recebeu o HD, mas, oficialmente, o devolveu à PF. Em vez de abrir inquérito (que abriria espaço para a defesa acompanhar o caso), Moro abria sindicâncias, a que só a quadrilha lavajatista teria acesso.

Reação em cadeia - Esses fatos acabam de vir à tona com a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de levantar o sigilo do HD que, finalmente, apareceu. O ministro deu ciência da trama e do HD ao Conselho Nacional de Justiça, à Procuradoria-Geral da República; à direção da Polícia Federal, Advocacia-Geral da União; Controladoria-Geral da União; ao Tribunal de Contas da União; Ministério da Justiça e à presidência do Senado — para providências necessárias.

A decisão também levanta o sigilo da petição (Pet 13.045) na qual a defesa de Youssef pediu a investigação da atuação do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR) — titular da 13ª Vara Federal de Curitiba em 2014 — na instalação do grampo. Sérgio Moro recebeu o HD logo depois das gravações, que duraram onze dias (de 17 a 28 de março de 2014). O material entrou para a história como certidão de nascimento do esquema engendrado em Curitiba.

Os autos mostram que o Ministério Público Federal simulou uma investigação sobre os cinco delegados e um agente da PF, em uma sindicância sobre a instalação do grampo. Agindo como uma organização criminosa, no entanto, o grupo “concluiu” que não houve qualquer irregularidade nem prática de crime — e pediu o arquivamento da investigação em 2018. Apenas o agente que instalou o grampo foi punido.

Dormindo com o inimigo - Os delegados Maurício Fanton e Alfredo Junqueira, esse da corregedoria da PF em Brasília, chegaram perto de desmascarar as manobras. Mas seus próprios subordinados, assim como aconteceu com os funcionários da 13ª Vara, sabotaram os trabalhos para proteger o esquema.

Foram abertos dois inquéritos (04/14 e 04/15), inconclusivos — para que os procuradores da República pudessem arquivá-los. No ano seguinte, a 13ª Vara Federal, já sob o comando do então juiz Luiz Antônio Bonat (hoje desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região), ratificou a farsa.

Os fatos acabam de vir à tona com a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de levantar o sigilo do HD que, finalmente, apareceu. O ministro deu ciência da trama e do HD ao Conselho Nacional de Justiça, à Procuradoria-Geral da República; à direção da Polícia Federal, Advocacia-Geral da União; Controladoria-Geral da União; ao Tribunal de Contas da União; Ministério da Justiça e à presidência do Senado — para providências necessárias.

A decisão também levanta o sigilo da petição (Pet 13.045) na qual a defesa de Youssef pediu a investigação da atuação do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR) — titular da 13ª Vara Federal de Curitiba em 2014 — na instalação do grampo. Sérgio Moro recebeu o HD logo depois das gravações, que duraram onze dias (de 17 a 28 de março de 2014). O material entrou para a história como certidão de nascimento do esquema engendrado em Curitiba.

Drible da Vaca - Os autos mostram que o Ministério Público Federal simulou uma investigação sobre os cinco delegados e um agente da PF, em uma sindicância sobre a instalação do grampo. Agindo como uma organização criminosa, no entanto, o grupo “concluiu” que não houve qualquer irregularidade nem prática de crime — e pediu o arquivamento da investigação em 2018. Apenas o agente que instalou o grampo foi punido.

No ano seguinte, a 13ª Vara Federal, já sob o comando do então juiz Luiz Antônio Bonat (hoje desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região), ratificou a farsa.

Segundo as apurações colacionadas aos autos na decisão de Toffoli, não há dúvidas quanto à tramoia engendrada para esconder o crime praticado na Superintendência da PF na capital paranaense em 2014, com uso de equipamentos pertencentes à União.

No ano passado, para impedir nova investigação pedida pela defesa de Alberto Youssef, determinada pelo juiz atual da 13ª, os delegados responderam que não obedeceriam a ordem. Em atitude curiosa, o delegado PF Márcio Anselmo ajuizou pedido de Habeas Corpus, representado pelo advogado Nelson Wilians.

Manobras ilegais - À época em que o grampo foi encontrado, Youssef ainda se recusava a colaborar com as investigações da “lava jato”. Na ocasião, a PF alegou que a escuta era antiga e estava desativada.

No início da autodenominada força-tarefa, o doleiro foi apontado como operador financeiro de um esquema de desvios na Petrobras. Ele foi condenado em diversas decisões, mas teve sua pena reduzida porque aceitou relatar sua participação nas irregularidades. Assim, tornou-se o delator mais importante da “lava jato”.

Advogados ouvidos pela revista eletrônica Consultor Jurídico afirmam que, após a instalação da escuta, todos os presos da “lava jato” eram encaminhados para a cela de Youssef. O objetivo era usar qualquer menção a pessoas ou empresas para justificar pedidos de busca e apreensão, quebra de sigilos ou prisões.

O criminalista Figueiredo Basto, que comanda a defesa de Alberto Youssef ao lado de Gustavo Flores e Giovana Menegolo, diz que as gravações violaram direitos dos presos.

“A escuta clandestina foi plantada pela PF na cela antes da chegada de Youssef. Obviamente, a intenção era burlar os direitos do presos, obter áudios das conversas e usá-los nas investigações contra eles. Todos os presos eram encaminhados para a mesma cela.

Na perícia da PF, está clara a captação de vozes de outros presos da ‘lava jato’. Os abusos foram muitos, desde a interceptação clandestina, ameaças de transferências para penitenciárias com piores condições, como fizeram com (o ex-diretor da Petrobras) Paulo Roberto Costa, e até a fraude de uma investigação por tráfico de drogas, usada para iludir o ministro Teori Zavascki.”

O advogado Eduardo Sanz também destaca o fato de que alvos eram presos para serem gravados a cela de Youssef (a Cela n° 5) para que os investigadores obtivessem informações. Ele também diz ser preciso apurar “a fundo” todas as ilegalidades que foram usadas para implicar, sem fundamento material, um grande número de vítimas.

Entre os presos da “lava jato” que foram gravados com a escuta na cela de Youssef estão Carlos Alberto Pereira da Costa, Carlos Alexandre de Souza Rocha, Nelma Kodama e André Catão, conforme laudo da PF.

Figueiredo Basto diz que a decisão de Toffoli é “histórica”. “Depois de dez anos de luta, conseguimos finalmente provar as ilegalidades e abusos cometidos nas entranhas da ‘lava jato'”. Segundo o advogado, a ordem do ministro do STF “demonstra a urgência de se deitar por terra toda a farsa engendrada pela relação incestuosa entre a força-tarefa e Sergio Moro”.

“A decisão é corajosa pois enfrenta uma matilha raivosa cujos uivos ecoam pelo Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal, gente egoísta com aspirações altruístas, que engendraram abusos com propósitos particulares. Esses são os verdadeiros sepulcros caídos, os tais doutores da lei, que batem no peito e gemem contra a corrupção, mas são piores do que os que acusam e condenam fora do devido processo legal. A decisão demonstra a urgência de se deitar por terra toda a farsa engendrada pela relação incestuosa entre a Força Tarefa e Sergio Moro”, afirma Figueiredo Basto.

“Durante anos manobraram a investigação, impedindo que a defesa tivesse acesso às fraudes que foram perpetradas para acobertar a escuta clandestina. A decisão do ministro Tofolli consagra as garantias individuais. E é uma advertência para o Estado, que não pode ter dentro de seus quadros pessoas que cometem abusos em nome de ideologias”, completa ele.

Histórico - Em 2023, o doleiro obteve provas do uso do grampo — incluindo os áudios do que foi ouvido ilegalmente pelos investigadores. Por isso, ele pediu a anulação de seu acordo de delação e de suas condenações.

Já em julho deste ano, o atual juiz substituto da 13ª Vara, Guilherme Roman Borges, liberou à defesa de Youssef o acesso ao conteúdo das escutas clandestinas e aos autos de sindicâncias que apuram a instalação ilegal dos grampos.

Na ocasião, o magistrado afirmou que o MPF estaria com a posse do material desde abril de 2017, quando retirou um HD externo da 13ª Vara contendo os áudios. Esse equipamento nunca teria sido devolvido e, desde então, nem a 13ª Vara teria acesso aos dados. Por isso, ele ordenou a restituição do HD.

Em seguida, o MPF alegou possuir apenas uma cópia do HD externo contendo os áudios das escutas clandestinas. De acordo com o órgão, o dispositivo original estaria na Secretaria da 13ª Vara.

A defesa de Youssef, então, descobriu que o HD estava escondido na 13ª Vara e que cerca de um terço do material foi excluído.

Os advogados do doleiro constataram que 26 dos 64 áudios gravados de forma clandestina foram apagados. A exclusão consta em perícia da própria PF. Um pen drive com informações também teve seu conteúdo totalmente excluído.

Quando era titular da 13ª Vara, o juiz Eduardo Appio também já havia oficiado a PF em Brasília por diversas vezes requisitando as gravações. Ele nunca foi informado sobre o fato de o HD estar na própria 13ª Vara, nem sobre a cópia que estava com o MPF.

Os próprios servidores mais antigos da vara afirmavam que o único HD com as informações estava com a PF, ao passo que a corporação e o MPF nunca enviaram o conteúdo das escutas. A verdade também foi omitida de outros juízes que passaram pela vara nos últimos anos.

Arquivamento - Em 2018, o MPF pediu o arquivamento de uma sindicância que apurava possíveis efeitos criminais aos delegados da PF de Curitiba com relação ao grampo instalado na cela de Youssef.

O parecer foi assinado pelos procuradores Januário Paludo e Antonio Carlos Welter. Ambos atuaram na “lava jato”.

Segundo eles, a existência dos áudios captados na cela era “extremamente duvidosa”. Para os procuradores, os áudios do doleiro poderiam ter sido feitos por celulares que Youssef teria em seu poder dentro da cela. Mais tarde, o próprio juiz Bonat descartou essa hipótese, por falta de provas.

O MPF ainda alegou que o aparelho encontrado na cela não seria funcional, pois não teria microfone externo capaz de captar áudios. O órgão pressupôs que o equipamento era antigo, já instalado antes da chegada do doleiro.

O próprio Youssef descobriu, arrancou e escondeu o equipamento sob seu colchão por quase duas semanas. Para despistar, Paludo e Welter, disseram que se ninguém percebeu que a escuta ficou inoperante durante esse período, é porque ela não foi determinada e nunca existiu — o que os áudios desmentem.

“Os delegados encarregados da operação ‘lava jato’ se mostraram extremamente competentes nas investigações. A operação foi extremamente planejada e detalhada, com interceptação telefônica, telemática e de dados antecipadamente requeridos e deferidos pelo Juízo. Não é crível que delegados experientes, de inopino, às vésperas da deflagração da prisão, decidissem implantar um sistema de captação nas celas sem autorização do Juízo”, diz o parecer, que hoje se constata ser mentiroso.

A pedido do MPF, um agente da PF, que confessou ter instalado a escuta na cela a mando da “lava jato”, foi perseguido e investigado por falsidade ideológica. Em 2017, o próprio MPF promoveu o arquivamento do inquérito policial, o que foi acolhido pela 23ª Vara Federal de Curitiba.

Na decisão que confirmou o arquivamento da sindicância quanto aos seus efeitos criminais, Bonat disse que, em 2008, outro juiz permitiu a instalação de uma escuta na carceragam da PF para acompanhar comunicações do então preso Fernandinho Beira-Mar.

Preocupação da ‘lava jato’ - Como mostrou a ConJur em maio, integrantes da “lava jato” se mostraram, já em 2015, preocupados com a possibilidade de atos da autodenominada força-tarefa serem anulados após a revelação de métodos “pouco ortodoxos” adotados nas investigações.

Em conversas entre eles, os procuradores lavajatistas se referiram justamente às escutas encontradas por Youssef. Em um diálogo, eles torcem para que a perícia feita em um computador de delegados envolvidos no grampo não encontre nada.

“Sai na segunda a entrevista do Marco Aurélio (então ministro do STF, hoje aposentado) dizendo que as escutas podem anular a ‘lava jato’”, diz Deltan Dallagnol, chefe da “lava jato” de Curitiba, em um trecho do diálogo. A conversa é de 4 de julho de 2015 e é reproduzida em sua grafia original.

Em seguida, o coordenador da “lava jato” sugere se antecipar para que a tese de nulidade não ganhe corpo. A ideia era ouvir Youssef formalmente e pedir para o doleiro dizer que nunca foi confrontado com elementos obtidos nas escutas.

“O que acham de ouvir Y (Youssef) formalmente (…) preventivamente, antes que eles desenvolvam a tese de nulidade? Arriscado?”

Um procurador identificado como “Orlando”, possivelmente Orlando Martello, diz que não adiantava ouvir o doleiro, porque eventual nulidade decorreria das informações obtidas ilegalmente por meio da escuta clandestina. Em seguida, diz que o que resta é torcer para “não ter nada” no computador periciado.

“É melhor não mexer e torcer para não ter nada naquele computador. Apreenderam os computadores dos dps também!”, fala o procurador.

Deltan responde: “Ich… Tomara que não achem os vazamentos dos DPs kkkk”. Os diálogos não indicam de que tipo de vazamento os procuradores estão falando.

Na conversa, um procurador identificado apenas como “Diogo”, possivelmente Diogo Castor, afirma que eventual anulação da “lava jato” levaria a uma “revolução”.

“Quero ver ser macho para anular a ‘lava jato’. Se fizer isto vai ter revolução.”

“Quero ver ser macho pra devolver mais de R$ 500 milhões para réus confessos”, completa Deltan — referindo-se aos valores extorquidos de vítimas que tiveram de pagar por sua liberdade ou para que suas empresas não fossem à bancarrota.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Israel diz que mandado de prisão do TPI contra Netanyahu é ato de antisemitismo

Afirmação foi feita pouco após o TPI emitir mandados de prisão para Netanyahu e para o ex-ministro Yoav Gallant por supostos crimes de guerra em Gaza

Benjamin Netanyahu (Foto: Reuters/Mike Segar)

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Tribunal Penal Internacional (TPI) de isolar Israel e apoiar o terrorismo contra o Estado judeu, disse o conselheiro de Netanyahu, Dmitri Gendelman, nesta quinta-feira (21). A afirmação foi feita pouco após o TPI emitir mandados de prisão para Netanyahu e para o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, por supostos crimes de guerra contra a população palestina em Gaza.

"Hoje, o TPI decidiu ignorar as provas e argumentos apresentados por Israel, tomando na verdade o lado da guerra regional desencadeada pelo regime iraniano contra Israel. O TPI decidiu apoiar uma campanha de desinformação total com conotações anti-semitas, cujo propósito é isolar Israel de seus aliados e facilitar ataques terroristas contra nosso país", afirmou Gendelman no Telegram, de acordo com a Sputnik.

As acusações do TPI contra Netanyahu e Gallant referem-se a alegados crimes de guerra cometidos durante operações militares em Gaza. O tribunal alega ter evidências suficientes de que ambos cometeram crimes de guerra por deliberadamente atacarem alvos civis, incluindo "indução à fome como método de guerra" e "exterminação de povo" ao atacar alvos civis.

Fonte: Brasil 247

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Benjamin Netanyahu

Premiê de Israel é acusado de promover de crimes contra a humanidade e crimes de guerra

Benjamin Netanyahu (Foto: Ohad Zwigenberg/Pool via Reuters)

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusados de crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos em Gaza, incluindo privação de alimentos, água e medicamentos à população civil.

O TPI também emitiu um mandado de prisão contra o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, informou a Sputnik.

“A Câmara emitiu mandados de prisão contra dois indivíduos, o Sr. Benjamin Netanyahu e o Sr. Yoav Gallant, por crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos desde, pelo menos, 8 de outubro de 2023 até, pelo menos, 20 de maio de 2024, data em que a Procuradoria apresentou os pedidos de mandados de prisão”, afirma um comunicado à imprensa no site do TPI.

Leia a íntegra da decisão "Situação no Estado da Palestina: Câmara Pré-Julgamento I do TPI rejeita desafios de jurisdição apresentados pelo Estado de Israel e emite mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant"

◉ TPI emite mandados de prisão

Hoje, 21 de novembro de 2024, a Câmara Pré-Julgamento I do Tribunal Penal Internacional (TPI), em sua composição para tratar da situação no Estado da Palestina, decidiu, por unanimidade, rejeitar dois desafios apresentados pelo Estado de Israel com base nos artigos 18 e 19 do Estatuto de Roma. Além disso, foram emitidos mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant.

◉ Decisões sobre os pedidos de Israel

A Câmara analisou dois pedidos submetidos por Israel em 26 de setembro de 2024. No primeiro, Israel contestava a jurisdição do TPI sobre a situação na Palestina e sobre cidadãos israelenses, com base no artigo 19(2) do Estatuto. No segundo, Israel solicitava que a Procuradoria notificasse novamente o início da investigação, conforme o artigo 18(1), além de pedir a suspensão de quaisquer procedimentos relacionados à situação, incluindo os mandados de prisão de Netanyahu e Gallant.

Sobre o primeiro desafio, a Câmara reafirmou que a jurisdição do TPI se baseia no território da Palestina e que a aceitação de Israel não é necessária. Constatou também que os Estados não podem contestar a jurisdição do Tribunal antes da emissão de mandados de prisão. Em relação ao segundo pedido, a Câmara destacou que Israel foi notificado sobre a investigação em 2021 e que nenhuma nova notificação era necessária, pois os parâmetros da investigação permanecem os mesmos.


◉ Mandados de prisão

Foram emitidos mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu, nascido em 21 de outubro de 1949, então Primeiro-Ministro de Israel, e Yoav Gallant, nascido em 8 de novembro de 1958, então Ministro da Defesa. Ambos são acusados de crimes de guerra e contra a humanidade, incluindo assassinato, perseguição e atos desumanos, além de privar intencionalmente a população de Gaza de bens essenciais, como alimentos, água, eletricidade e medicamentos, entre outubro de 2023 e maio de 2024.

Os mandados, inicialmente classificados como "secretos" para proteger testemunhas e a investigação, foram parcialmente divulgados devido à continuidade de condutas similares e ao interesse das vítimas em serem informadas sobre os procedimentos.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Redação de pacote fiscal deve ser concluída nesta semana e anúncio depende de Lula, diz Rui Costa

Segundo o ministro, o mercado financeiro atua de forma "especulativa" e que há muitas pessoas apostando alto contra o Brasil

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, em Brasília 20/12/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta segunda-feira que há expectativa de que a redação do pacote de medidas fiscais prometido pelo governo seja finalizada nesta semana, mas a data de anúncio será definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o texto ser apresentado a ele.

Em entrevista à GloboNews, Costa ainda afirmou que Lula já definiu que o governo não mexerá em investimentos nas áreas de saúde e educação, considerados pelo presidente como essenciais ao país.

O chefe da Casa Civil garantiu ainda que o governo seguirá "à risca" o arcabouço fiscal e disse que os ajustes no Orçamento deste ano a serem anunciados pela Junta de Execução Orçamentária (JEO) do governo na sexta-feira provarão este compromisso.

Recusando-se a detalhar qual será o tamanho do ajuste orçamentário a ser anunciado na sexta ou a adiantar pontos já acordados no pacote fiscal de redução de gastos, Costa afirmou não ser "razoável" que os cortes nas despesas recaiam apenas sobre o Poder Executivo.

Disse ainda que a maneira que o arcabouço fiscal foi aprovado pelo Legislativo implica em cortes nos recursos destinados às emendas parlamentares. O ministro disse também que a Constituição prevê que qualquer bloqueio ou contingenciamento de recursos deve atingir os Três Poderes proporcionalmente.

Costa disse ainda que o mercado financeiro atua de forma "especulativa" e que há muitas pessoas apostando alto contra o Brasil. O chefe da Casa Civil garantiu, ao mesmo tempo, que aqueles que apostam contra o país irão perder.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Operação da PF sobre trama golpista para matar Lula isola Bolsonaro e enterra chance de anistia, avalia Planalto

Avaliação é que a operação atingiu diretamente o núcleo militar próximo ao ex-mandatário e fragilizou o discurso pró-anistia no cenário internacional

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que a operação Contragolpe, deflagrada na terça-feira (19) pela Polícia Federal, aumenta o isolamento de Jair Bolsonaro (PL) e enfraquece sua tentativa de manter um discurso internacional em defesa de uma anistia, diz o jornalista Paulo Cappelli em sua coluna no Metrópoles.

A operação, que resultou na prisão quatro militares e um policial federal, apontou uma trama para um golpe de Estado que incluía o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

As investigações apontam que o esquema foi discutido na residência do general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, e envolveu figuras de alta patente, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, e o general Mario Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência.

Ainda de acordo com a reportagem, aliados do governo avaliam que Bolsonaro, outrora capaz de reunir governadores e lideranças conservadoras em manifestações contra as instituições democráticas, enfrenta agora um cenário de crescente isolamento. Governadores como Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Ratinho Jr. (PSD-PR), que figuram como potenciais candidatos à Presidência em 2026, evitam se associar ao ex-mandatário, temendo o desgaste político.

O racha na direita foi acentuado nas eleições municipais. Bolsonaro e Caiado se desentenderam ao apoiar candidatos opostos em Goiânia, enquanto, em Curitiba, o apoio do ex-presidente ao candidato de Ratinho Jr. foi marcado por contradições e gestos de apoio à adversária do governador. Nos dois casos, as lideranças estaduais saíram vitoriosas, o que, na visão do Planalto, enfraquece a influência de Bolsonaro.

No plano global, o caso gerou repercussões nos bastidores do G20. Enquanto aliados de Bolsonaro apostavam na eleição de Donald Trump nos Estados Unidos para alavancar seu discurso de anistia, Lula conseguiu realizar 11 reuniões bilaterais com chefes de Estado durante o evento. A operação da PF não passou despercebida entre as lideranças presentes na cúpula do G20.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Marcelo Rubens Paiva é indicado à Medalha Mérito Legislativo pelo líder do PT na Câmara

Odair Cunha afirma que a produção do escritor ajuda “a contar a história recente do país de forma profunda e contundente”

O escritor Marcelo Ruben Paiva

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (PT-MG), indicou o escritor Marcelo Rubens Paiva para receber a Medalha Mérito Legislativo, concedida a personalidades que tenham prestado serviços relevantes ao Brasil, informa a Folha de S. Paulo. Paiva é o autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que baseou o filme de mesmo nome estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, obra escolhida para representar o Brasil no Oscar 2025.

Na justificativa, Cunha afirma que a produção de Marcelo Rubens Paiva ajuda “a contar a história recente do país de forma profunda e contundente”. "O conjunto de sua obra, além de guardar grande relevância no cenário da cultura nacional, contribui para que o público conheça e não esqueça o que o arbítrio e o autoritarismo na política são capazes de provocar", afirma o deputado.

“Ainda Estou Aqui” conta a história do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, pai de Marcelo, durante a ditadura militar. "Ao longo de sua vida pública, Marcelo tem se destacado por se manifestar ostensivamente em favor da democracia e do Estado de Direito, contra todo tipo de injustiça social", justificou Odair Cunha.

Segundo as regras da Medalha do Mérito Legislativo, cada líder de partido pode indicar uma personalidade ou entidade para receber a medalha. Membros da mesa diretora podem indicar dois.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Otimismo bolsonarista desmorona após atentado de Tiu França e operação da PF

Projeto de anistia enfrenta rejeição enquanto investigações expõem ligações com atos golpistas e ameaças a líderes políticos

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reuters)

 Dois eventos ocorridos em uma única semana balançaram as estruturas do bolsonarismo e enfraqueceram o movimento liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O UOL destacou que o atentado a bomba na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (12), e uma operação da Polícia Federal (PF), que revelou planos para assassinar líderes políticos como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, mudaram o cenário político e praticamente sepultaram o PL da anistia.

◉ O que está em jogo

O projeto de lei da anistia, em tramitação na Câmara dos Deputados, tem sido visto como uma peça-chave para o futuro político de Bolsonaro. A proposta visa livrar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de condenações, e, de forma estratégica, abrir caminho para que o ex-presidente possa disputar as eleições presidenciais de 2026. Embora Bolsonaro negue interesse direto no projeto, analistas políticos e figuras em Brasília mantêm ceticismo.

Gilson Machado, ex-ministro da gestão Bolsonaro, foi claro sobre a importância da medida para o grupo político: "A devolução dos direitos políticos do ex-presidente é prioridade para eles."

Até a semana passada, aliados de Bolsonaro pressionavam pela aprovação do PL da anistia, embalados pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e pelo desempenho da direita nas eleições municipais. Porém, os recentes episódios fizeram ruir o clima favorável ao projeto.

◉ Uma semana decisiva

A rejeição ao projeto ganhou força após dois episódios de grande impacto:

1.Atentado no STF
Na terça-feira da semana passada, uma bomba explodiu em frente ao Supremo, reacendendo o temor de atos violentos associados ao extremismo político.

2.Operação da PF: Na terça-feira (19), a Polícia Federal revelou planos golpistas que incluíam assassinatos de líderes do Executivo e do Judiciário, como Lula, Alckmin e Moraes, em um enredo que expõe a radicalização de alguns grupos bolsonaristas.

Esses eventos fortaleceram a percepção de que o flerte do ex-presidente com o golpismo continua alimentando riscos à democracia e atos de violência.

◉ Clima desfavorável

As consequências foram imediatas: a tramitação do PL da anistia perdeu força, com pouca disposição entre os parlamentares para defender a proposta publicamente. Militantes, que antes articulavam apoio em redes sociais e grupos de WhatsApp, agora enfrentam um cenário de desmobilização.

A ideia de que a ameaça à democracia estava superada foi duramente contestada pelos fatos recentes. “Hoje, não existe clima para o PL da anistia ser aprovado”, afirmou uma fonte ouvida pela reportagem.

◉ Futuro político em xeque

O desmoronamento do otimismo bolsonarista expõe a fragilidade do movimento diante de investigações e da rejeição popular a ações que colocam a estabilidade democrática em risco. Sem o PL da anistia e com a escalada de denúncias envolvendo aliados, Bolsonaro e seu grupo político enfrentam um cenário incerto, tanto no curto quanto no longo prazo.

O impacto desses acontecimentos reforça a importância de manter vigilância sobre o fortalecimento das instituições democráticas e a rejeição a medidas que possam alimentar a impunidade ou dar margem a atos de violência política.

Fonte: Brasil 247