quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Diretor-geral da OMS é hospitalizado no Rio de Janeiro após cúpula do G20

Tedros Adhanom Ghebreyesus foi internado no Hospital Samaritano Barra da Tijuca, após apresentar sintomas de labirintite e crise hipertensiva

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom se emociona ao falar das condições infernais provocadas pelo genocídio israelense em Gaza Photo (Foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi internado no Hospital Samaritano Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, após apresentar sintomas de labirintite e crise hipertensiva, destaca o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo

Ainda conforme a reportagem, os primeiros sinais de mal-estar surgiram na segunda-feira, durante sua participação na cúpula do G20, realizada no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio. Na ocasião, Tedros foi atendido pela equipe médica presente no evento devido a um pico de pressão arterial, sendo medicado e liberado após a estabilização do quadro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Policial federal implica agente da Abin em plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Depoimento de agente preso pela PF revela envolvimento de Alexandre Ramalho, da Abin, em conspiração golpista

Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

 O depoimento do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares, preso na última terça-feira (19), incluiu mais um nome na lista de suspeitos de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o agente, Alexandre Ramalho, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), teria participado da articulação que envolvia o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. As informações foram divulgadas pelo G1.

Wladimir confessou que foi cooptado por Ramalho durante uma conversa na Academia da Polícia Federal, em Brasília. Ele afirmou que o plano incluía sua atuação na segurança de Jair Bolsonaro, caso o ex-presidente optasse por não entregar a faixa presidencial. Além disso, o agente da PF revelou ter frequentado o acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, durante a transição de governo, o que levou ao seu afastamento das funções na segurança de Lula.

◉ Conexões com militares e o alto escalão bolsonarista

De acordo com as investigações da PF, Wladimir Matos esteve diretamente ligado a um grupo de quatro militares presos na mesma operação, entre eles o general da reserva Mário Fernandes, apontado como figura central no planejamento. Documentos e áudios apreendidos indicam que Fernandes e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mantinham discussões detalhadas sobre o golpe, incluindo reuniões na casa do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

Um áudio recuperado pela PF revela que Mauro Cid participou de reuniões estratégicas para debater ações golpistas. Apesar de ter negado envolvimento no plano durante interrogatórios, os investigadores apontam contradições em suas declarações. Cid, que firmou um acordo de delação, pode perder os benefícios conquistados, como o direito de responder ao processo em liberdade, caso a Justiça considere que ele descumpriu os termos do acordo.

◉ Ramificações do plano golpista

O depoimento de Wladimir Matos detalha um esquema que envolvia não apenas militares, mas também agentes de inteligência e membros do segundo escalão da segurança presidencial. A PF investiga o alcance da conspiração e busca determinar o nível de envolvimento de outras figuras do governo Bolsonaro e das Forças Armadas.

Entre os planos detalhados, o grupo discutiu o assassinato de Alexandre de Moraes por meio de explosivos e estratégias para inviabilizar a posse de Lula e Alckmin. Documentos apreendidos com os militares incluem roteiros de ação, apelidados de “Planilha do Golpe”, e menções ao uso da força para "pacificar" o país após a ruptura democrática.

◉ Avanço das investigações e próximas etapas

O inquérito da PF está em fase final, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, intimou Mauro Cid para prestar novo depoimento nesta quinta-feira (21), a fim de esclarecer as inconsistências em suas declarações anteriores. Moraes também autorizou o acesso da defesa de Braga Netto aos documentos da investigação.

A defesa de Mauro Cid não se manifestou sobre o caso, e os representantes legais de Alexandre Ramalho e dos demais presos na operação não foram localizados. O Exército e a Abin também não comentaram o envolvimento de seus membros nas investigações.

◉ O impacto na segurança institucional

As revelações adicionam um novo capítulo à crise envolvendo atos golpistas e a tentativa de subverter o processo democrático no Brasil. O envolvimento de agentes de Estado, incluindo membros da Abin e militares de alta patente, reforça a necessidade de maior vigilância e responsabilização dentro das instituições públicas.

Com a possibilidade de novos nomes surgirem ao longo das investigações, o caso expõe a gravidade das ameaças enfrentadas pela democracia brasileira e a urgência de medidas para proteger as instituições republicanas.

Fonte: Brasil 247

Estratégia golpista detalhava riscos e indicava possíveis sanções internacionais

Documentos revelam articulações para justificar golpe e driblar pressão externa

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com presidente dos EUA, Joe Biden, durante reunião do G7 na Itália 14/06/2024 (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

Um relatório da Polícia Federal, datado de 14 de novembro de 2024, trouxe à tona novos detalhes sobre os planos de um golpe de Estado no Brasil. De acordo com o jornalista Jamil Chade, em sua coluna no UOL, as investigações apontam que os envolvidos consideravam os riscos de sanções internacionais, ao mesmo tempo em que elaboravam estratégias para justificar suas ações perante a opinião pública global.

Entre os investigados está o tenente-coronel do Exército Helio Ferreira Lima, cuja participação em reuniões e posse de documentos estratégicos foi destacada no relatório. Segundo a PF, Lima mantinha em seus arquivos uma planilha detalhada, intitulada "Desenho Op Luneta.xlsx", que abordava diversos aspectos de um suposto planejamento golpista, como fatores políticos, econômicos, militares e sociais.

O relatório descreve o conteúdo do documento como um plano minucioso para "restabelecer a lei e a ordem" sob o pretexto de "retomada da legalidade e estabilidade institucional". A narrativa incluía "neutralizar a atuação do STF e do ministro Alexandre de Moraes" e sustentar uma alegação de fraude nas eleições de 2022 como justificativa para as ações golpistas.

◉ Pressão internacional e sanções como ameaça real

Um ponto de destaque no plano estratégico era o risco de sanções internacionais. "O conteúdo do documento contém trechos que indicam um planejamento de ruptura institucional em razão, possivelmente, do resultado das eleições presidenciais de 2022", pontua a PF. A avaliação dos conspiradores reconhecia que uma ruptura democrática poderia levar a retaliações políticas e econômicas por parte da comunidade internacional.

Ainda assim, os militares delinearam estratégias para minimizar o impacto externo, como reforçar as fronteiras e divulgar uma narrativa legalista e de segurança institucional. Conversas entre os suspeitos indicavam o uso de adidos militares em embaixadas brasileiras para promover a narrativa golpista no exterior. "Tem que usar os adidos militares nas embaixadas para fazer propaganda e cooptar a população lá fora", sugeriu um dos envolvidos, segundo o informe da PF.

◉ Atuação dos EUA e aliados para proteger a democracia brasileira

A possibilidade de sanções não era meramente hipotética. O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Joe Biden, enviou sinais claros de que não apoiaria qualquer tentativa de golpe. Desde reuniões com representantes militares brasileiros até declarações públicas, Washington deixou evidente sua posição em defesa da democracia no Brasil.

A preocupação americana ia além das fronteiras brasileiras, como revelou Chade. A experiência do ataque ao Capitólio em 2021 moldou a resposta dos EUA, que viam um eventual golpe no Brasil como um perigoso precedente para o fortalecimento de movimentos de extrema direita no mundo.

Em reuniões entre altos representantes das duas nações, incluindo o então ministro da Defesa do Brasil, general Paulo Sérgio Nogueira, os recados foram firmes. "As instituições democráticas brasileiras são sólidas", afirmaram representantes americanos, rejeitando qualquer respaldo a ações que atentassem contra o processo eleitoral ou a estabilidade política no país.

◉ Reação internacional e blindagem da democracia brasileira

A pressão internacional não partiu apenas dos Estados Unidos. Líderes europeus e latino-americanos também se posicionaram de forma clara. Após os ataques de 8 de janeiro de 2023, que ganharam repercussão global, autoridades de diversas nações reforçaram seu apoio ao governo democraticamente eleito de Luiz Inácio Lula da Silva.

"O presidente Joe Biden chamou os ataques de 'ultrajantes'", relembra Chade. Já o senador americano Bernie Sanders enfatizou que "a violência não tem lugar numa democracia".

Além da diplomacia formal, ativistas brasileiros, ministros do Supremo Tribunal Federal e embaixadores aposentados desempenharam um papel crucial ao alertar capitais internacionais sobre os riscos de uma ruptura institucional. Esses esforços colaboraram para que a resposta global fosse rápida e contundente, isolando qualquer tentativa de legitimação de um regime autoritário no Brasil.

◉ A estratégia golpista e seu fracasso

Os documentos apreendidos e os diálogos interceptados revelam não apenas a complexidade do plano, mas também os desafios enfrentados pelos conspiradores. A articulação internacional contra o golpe, somada à resistência interna, minou as chances de sucesso da empreitada.

A pressão externa, combinada com a rápida reação das instituições brasileiras, mostrou que o custo de uma ruptura institucional seria insustentável para seus apoiadores. Ainda assim, as investigações em curso continuam a desvelar os detalhes de uma das maiores ameaças à democracia brasileira em tempos recentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Decreto institui celebração do Dia da Consciência Negra no calendário oficial do DF

Documento foi assinado nesta quarta-feira (20) pelo governador Ibaneis Rocha, em meio ao festival que comemora a data, na Torre de TV

(Foto: Renato Alves/Agência Brasília)

Agência Brasília - O governador Ibaneis Rocha assinou, na manhã desta quarta-feira (20), o decreto que oficializa a celebração do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como manifestação cultural popular e democrática do Distrito Federal. Assim, o festival – que, neste ano, vem ocorrendo na Torre de TV desde a última segunda-feira (18) –, entra para o calendário da capital federal.

“É uma data que não era comemorada em todos os locais, e a gente já vinha incentivando isso desde antes”, comentou o governador. “Com a criação do feriado nacional, nós encontramos um momento bastante oportuno para celebrar essa data, que é muito importante para todos nós. Uma comemoração como essa tem dois lados: de celebrar os avanços que nós temos e de conscientizar a população contra o racismo.”

Este ano, a data é comemorada com várias ações do GDF. “Estou muito feliz, reuni toda a minha equipe, fiz questão de fazer uma celebração de altíssimo nível que marcasse mais essa data aqui no Distrito Federal”, declarou o chefe do Executivo. “Além do feriado nacional, também já se obriga a Secretaria de Cultura e Economia Criativa e a Secretaria de Justiça e Cidadania a estarem em parceria pensando no que vai acontecer no próximo ano para que a gente possa ter uma festa ainda maior”.

Liderança histórica

A data para marcar o Dia da Consciência Negra foi instituída em 2011, em homenagem a Zumbi dos Palmares, importante líder quilombola, assassinado em 20 de novembro de 1695. No fim do ano passado, foi oficializada como feriado nacional. No DF – onde 57,3% da população se autodeclara negra, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) –, a data vinha sendo considerada ponto facultativo desde 2019.

“Tem toda essa questão artística que precisa ser celebrada, mas também tem esse aspecto da luta, da reflexão e do espaço aberto para a maior parcela da nossa população, que é a população negra”, disse Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa

O festival Consciência Negra 2024 é promovido pelas secretarias de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), com apoio da Associação de Educação, Cultura e Economia Criativa (Aecec), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Ministério do Turismo.

“O governador Ibaneis Rocha, desde o início, pensou para que isso se tornasse uma política de Estado”, ressaltou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. “Nesse evento, a gente não só celebrou, teve grandes artistas nacionais e locais, mas, principalmente, discutiu políticas públicas, relembrou a luta de todo o povo negro brasileiro e também fez uma prospecção de futuro, o que que se precisa fazer mais para extirpar totalmente o racismo e para valorizar essa cultura. Então, tem toda essa questão artística que precisa ser celebrada, mas também tem esse aspecto da luta, da reflexão e do espaço aberto para a maior parcela da nossa população, que é a população negra.”

“A gente consegue mostrar para o Brasil que, além de ter uma política pública regulamentar implementada, a gente celebra também essa data de transformação, de liberdade e de respeito”, disse Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania.

Por sua vez, a titular da Sejus-DF, Marcela Passamani, lembrou: “Brasília sai na frente já há muito tempo em relação à pauta de afrodescendentes. Aqui nós temos políticas públicas que inauguraram muitas iniciativas no Brasil – por exemplo, os 20% de cotas em estágios no governo, medida implementada pelo Distrito Federal, abrindo espaço para todo o território nacional. Nós temos também a participação de 20% em concursos públicos aqui no Distrito Federal, e a política pública de afroempreendedorismo é estabelecida já aqui ao longo de todo o ano. E, nesses três dias, a gente consegue se concentrar e mostrar para o Brasil que, além de ter uma política pública regulamentar implementada, a gente celebra também essa data de transformação, de liberdade e de respeito”.

“O governador Ibaneis deu um exemplo fantástico ao país quando celebrou com força, determinou ao seu governo que fizesse uma manifestação magnífica dessa forma”, disse o deputado federal Damião Feliciano

O coordenador-geral da bancada negra da Câmara, deputado federal Damião Feliciano (União-PB), também participou da cerimônia. Segundo o governador, partiu dele o pedido para fazer um evento que marcasse a data. “É uma alegria muito grande estar aqui”, afirmou. “Hoje é a primeira vez que a gente está comemorando o feriado nacional da Consciência Negra, e o momento é de reflexão, para que a gente possa estudar o que é o negro na atualidade e como vai ser o negro e a negra futuramente. O governador Ibaneis deu um exemplo fantástico ao país quando celebrou com força, determinou ao seu governo que fizesse uma manifestação magnífica dessa forma. Nós temos aqui espaço para gastronomia dos afrodescendentes, espaço para reflexão, para palestra, para oficina, espaço de criança…tudo isso preparado com o maior zelo”.

Desde segunda-feira (18), o público brasiliense tem conferido o festival Consciência Negra 2024, cujo intuito é exaltar a cultura afro-brasileira. Na estrutura, montada na Torre de TV, há espaços para exposições, gastronomia, moda e artesanato. À noite, os shows têm tomado conta do palco principal.

Por lá, já passaram nomes como Ellen Oléria, Marcelo Falcão, Nação Zumbi, Dhi Ribeiro, Seu Jorge e Raça Negra. Nesta quarta (20), último dia do evento, estão previstas apresentações de Olodum, Vanessa da Mata e Tribo da Periferia. A entrada é gratuita, mas é necessário retirar o ingresso antecipadamente na plataforma Sympla.

O plano de segurança montado para o evento tem garantido a tranquilidade de quem vai ao local. “Nós não tivemos nenhuma ocorrência, e veja que, na data de ontem [terça-feira], a expectativa era de chegar a quase 40 mil pessoas”, enfatizou o secretário-executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury. “Realmente estava muito cheio, os shows foram ótimos, a gente conversou com o comandante do batalhão e nada, nenhuma ocorrência relevante [foi registrada]”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasília

Polícia Civil e Ministério Público desarticulam esquema que causou prejuízo de R$ 40 milhões ao Banco do Brasil

Grupo utilizava dispositivos clandestinos para acessar sistemas internos e furtar dados sigilosos de clientes

Banco do Brasil (Foto: Reuters)

 A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado (MPRJ) realizaram, nesta quinta-feira (21), uma operação contra um sofisticado esquema de fraudes no Banco do Brasil, que causou prejuízo estimado em R$ 40 milhões. A ação, divulgada pelo G1, mobilizou agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra 11 suspeitos, incluindo funcionários e terceirizados da instituição financeira.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso utilizava dispositivos eletrônicos clandestinos para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Os ataques começaram a ser identificados em dezembro de 2023, em agências localizadas em bairros e cidades como Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.

◉ Estrutura hierárquica e divisão de tarefas

O esquema era altamente organizado, com funções bem definidas entre os integrantes:

• Aliciadores recrutavam colaboradores e terceirizados do banco, oferecendo pagamento em troca de senhas funcionais.
• Aliciados cederam suas credenciais para viabilizar os acessos ilegais.
• Instaladores eram responsáveis por conectar os dispositivos clandestinos aos sistemas do banco.
• Operadores financeiros movimentavam os valores desviados para dificultar a rastreabilidade.
• Chefes coordenavam todas as etapas, desde o recrutamento até a execução das fraudes.

A complexidade e o alcance da quadrilha indicam um planejamento detalhado, com a aquisição de equipamentos de alta tecnologia para viabilizar as fraudes.

◉ Histórico de ataques recentes

O Banco do Brasil já havia sido alvo de outras operações contra fraudes sofisticadas. Em outubro, a Delegacia de Roubos e Furtos desarticulou uma quadrilha semelhante que contava com a colaboração de um gerente no Mato Grosso, além de funcionários de TI e terceirizados. Naquela ocasião, o grupo utilizava métodos parecidos para acessar os sistemas do banco.

Em julho, outra ação da DRF resultou na prisão de três integrantes de uma quadrilha que “hackeava” agências bancárias, instalando dispositivos no cabeamento de dados para realizar transferências indevidas e furtar valores de contas aleatórias.

◉ Avanço nas investigações

A operação desta quinta-feira reforça os esforços conjuntos das autoridades para combater crimes cibernéticos e financeiros de grande escala. Apesar dos prejuízos, as ações de repressão têm gerado resultados importantes na identificação de métodos e na prisão dos envolvidos.

As investigações continuam em andamento para determinar a extensão total dos danos e identificar possíveis ramificações do esquema em outras regiões.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Carrefour veta carne do Mercosul e ministro da Agricultura protesta: "ação orquestrada"

Em comunicado, divulgado nesta quarta-feira (20), Bompard justificou a decisão com base em exigências de sustentabilidade

Carlos Fávaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 O anúncio feito pelo presidente mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, de que a rede francesa deixará de comercializar carne produzida nos países do Mercosul gerou uma reação contundente do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Em comunicado, divulgado nesta quarta-feira (20), Bompard justificou a decisão com base em exigências de sustentabilidade e normas de produção que, segundo ele, a carne do bloco sul-americano não atende. As informações são da Folha de S.Paulo.

“Entendo o desespero e a raiva dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio [UE-Mercosul] e do risco de inundar o mercado francês com uma produção de carne que não respeita suas exigências e normas”, declarou Bompard, referindo-se às preocupações de produtores europeus em relação à concorrência com produtos do Mercosul.

◉ Críticas à França e defesa da soberania brasileira

A reação do ministro Carlos Fávaro foi imediata e categórica. Ele considerou a decisão uma tentativa de desmoralizar a produção brasileira e questionou a legitimidade das críticas. “Era mais bonito e legítimo só manter a posição contra [o acordo UE-Mercosul], mas não precisava ficar procurando pretexto naquilo que não existe, na produção sustentável e exemplar brasileira. Eu seria o último a apontar qualquer defeito na produção francesa, mas fico indignado quando eles querem fazer isso com o Brasil”, afirmou o ministro.

Fávaro também insinuou que há uma articulação entre empresas francesas para prejudicar a imagem do agronegócio brasileiro. “Me parece uma ação orquestrada de companhias francesas, porque não faz sentido achar que é coincidência”, disse o ministro, em referência também à multinacional Danone, que recentemente foi alvo de uma polêmica semelhante.

◉ Danone e o episódio da soja brasileira

No caso mencionado por Fávaro, a agência Reuters noticiou que a Danone teria deixado de comprar soja do Brasil, substituindo o insumo por fornecedores asiáticos. Após críticas do setor agropecuário brasileiro, a fabricante francesa negou a informação. “A Danone continua comprando soja brasileira em conformidade com as regulamentações locais e internacionais. A soja brasileira é um insumo essencial na cadeia de fornecimento da companhia no Brasil”, afirmou Tiago Santos, diretor da empresa no país.

Procurada novamente após as declarações do ministro, a Danone não se manifestou.

◉ Impactos no Brasil e o papel do Carrefour nacional

Embora a decisão da matriz do Carrefour afete sua operação global, a subsidiária brasileira informou que manterá suas práticas atuais. Segundo comunicado da assessoria de imprensa da empresa, “nada muda nas operações do país” e a rede continuará comprando carne de produtores locais.

O episódio ocorre em um momento de tensão nas negociações do acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia. O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, vem enfrentando resistências na Europa, especialmente de setores que alegam preocupações ambientais.

◉ China: um contraponto estratégico

As críticas do ministro foram feitas após um jantar no Itamaraty em homenagem ao presidente chinês, Xi Jinping. A China, principal parceiro comercial do Brasil, é um dos maiores compradores de carne bovina brasileira, representando um mercado estratégico para o setor.

Com o apoio de mercados robustos como o chinês, Fávaro defendeu que o Brasil tem as condições necessárias para rebater os ataques externos. “Nossa produção é sustentável e exemplar. Não vamos aceitar que tentem manchar a imagem de um setor que é crucial para o mundo e vital para a nossa economia”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Sob o risco de perder os benefícios da delação, Mauro Cid chora antes de audiência com Moraes

Caso o acordo de delação seja cancelado por descumprimento, Mauro Cid poderá ser preso novamente

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado

Às vésperas de uma audiência crucial no Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), mostrou-se emocionalmente abalado. Segundo informações da CNN Brasil, Cid chorou diante de familiares e demonstrou desânimo enquanto enfrentava a possibilidade de perder os benefícios de sua delação premiada, firmada em setembro de 2023.

Nesta quinta-feira (21), às 14h, Mauro Cid comparecerá diante do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, para responder a questionamentos sobre contradições e omissões apontadas pela Polícia Federal (PF). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também estará presente na audiência, que poderá selar o destino do militar.

◉ O futuro da delação e seus riscos

Caso o acordo de delação seja cancelado por descumprimento, Mauro Cid poderá ser preso novamente. Apesar disso, as provas e informações já fornecidas continuarão válidas para a investigação. Fontes próximas ao militar consideram improvável que ele consiga manter os benefícios, agravando sua situação jurídica.

A delação de Mauro Cid é peça-chave no inquérito que investiga Jair Bolsonaro e aliados por uma suposta tentativa de golpe de Estado. A audiência desta quinta-feira é considerada um dos últimos atos antes da conclusão da apuração pela PF.

Em conversas com parentes, Mauro Cid insiste que não sabia de nenhum plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ou o próprio ministro Alexandre de Moraes. “Ele admite apenas o que já relatou na delação: que sabia sobre a trama para tentar manter Bolsonaro no poder, mas jamais esteve envolvido em planos de assassinato”, afirmam pessoas próximas.

◉ Mensagens comprometedoras e explicações pendentes

Um dos pontos mais delicados que colocam em risco o acordo é a recuperação de mensagens nas quais Mauro Cid demonstra conhecimento sobre o monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes. O militar alegou à PF que desconhecia a ilegalidade do ato, mas essa justificativa não convenceu totalmente os investigadores.

Nos bastidores, Cid tenta explicar o contexto dessas mensagens, reafirmando que já respondeu tudo o que foi perguntado. No entanto, a PF segue apontando inconsistências em seu relato, o que ameaça a manutenção de seu acordo.

◉ Um acordo cercado de polêmicas

Mauro Cid foi preso em maio de 2023 após ser acusado de inserir dados falsos nos cartões de vacina de Jair Bolsonaro. Em setembro do mesmo ano, o STF homologou sua delação premiada, permitindo sua soltura mediante condições rigorosas, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de deixar o país.

O acordo, no entanto, foi ameaçado em março de 2024, quando áudios vazados mostraram o militar criticando Alexandre de Moraes e a PF. Na ocasião, Cid precisou prestar depoimento ao ministro e chegou a ser preso novamente. Mesmo assim, Moraes decidiu manter a delação ativa, considerando que as declarações vazadas seriam apenas um “desabafo”.

Agora, diante de novas controvérsias, Mauro Cid enfrenta uma batalha ainda mais difícil. O resultado da audiência no STF poderá determinar não apenas seu futuro, mas também o rumo das investigações sobre a tentativa de golpe no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Irmão conta que aluno de medicina morto por PM queria ser pediatra: “Nossa vida acabou”

Marco Aurélio Cardenas Acosta de jaleco e camisa verde, sério, posando na rua com estetoscópio
O estudante Marco Aurélio Cardenas Acosta – Arquivo Pessoal

Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto por um policial militar durante uma abordagem na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. O jovem, que estava no quinto ano de medicina na Universidade Anhembi Morumbi, sonhava em se tornar pediatra e vinha de uma família dedicada à medicina. Com informações da Folha de S.Paulo.

O jovem era conhecido por seu carinho com crianças e pela paixão pelo futebol, além de atuar como MC. Segundo seu irmão mais velho, Frank Cardenas, 27, médico cirurgião, ele era “uma boa pessoa, com um bom coração”: “Ele era uma boa pessoa, com um bom coração. Um filho amado e que ainda assim conseguia amar ainda mais seus pais”.

A família de Marco é composta por médicos: além de Frank, outro irmão e os pais também atuam na área: “Nossa vida acabou hoje, nossa alegria se foi com ele. Mas, se eu pudesse dizer a principal característica, é que ele era muito carinhoso, um excelente filho. Era o único que ligava todos os dias para minha mãe no plantão. E era meu melhor amigo, a pessoa que eu mais amava nesse mundo”.

O episódio ocorreu por volta das 2h da manhã. Segundo a versão oficial, uma equipe da PM patrulhava a Rua Cubatão quando foi acionada para atender a ocorrência envolvendo Marco. O estudante, supostamente agressivo, teria dado um tapa no retrovisor da viatura durante a abordagem. Ele correu em direção a um hotel próximo, sendo perseguido pelos policiais.

Imagem de câmera de segurança de policial e estudante em luta corporal
Imagem de câmera de segurança do momento em que policial tentou conter estudante – Reprodução

Dentro do hotel, o rapaz teria entrado em confronto com os agentes, derrubando um deles. O outro policial efetuou um disparo que atingiu o estudante no abdômen. Ele foi levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias e faleceu às 6h40.

A Polícia Militar e a Polícia Civil abriram investigações para apurar o caso. A Secretaria de Segurança Pública informou que os policiais envolvidos prestaram depoimento, foram indiciados e afastados das atividades operacionais enquanto as apurações seguem.

A arma usada pelo policial foi apreendida e encaminhada à perícia. Imagens das câmeras corporais também serão analisadas pela Corregedoria da PM e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O irmão de Marco questiona a ação dos policiais: “Dois homens de 1,80 metro não conseguiram conter meu irmão de 1,60 metro? Ele nunca lutou. Não tinham alternativas?”.

A Comissão de Mitigação da PM avaliará a conduta dos agentes e poderá recomendar novas diretrizes ou o afastamento dos envolvidos.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

ABI: 'as punições aplicadas contra participantes do 8/1 têm que ser estendidas aos mandantes dos atos golpistas'

Segundo a associação, 'a Nação exige a prisão de todos os envolvidos' no plano golpista que antecedeu as manifestações antidemocráticas bolsonaristas

Octávio Costa (Foto: Reprodução)

Agência Brasil - A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em nota intitulada “Em defesa da democracia: ABI exige prisão de todos os golpistas”, defendeu a rigorosa punição de todos os militares das Forças Armadas, envolvidos na tentativa de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelada ontem durante execução de mandatos de prisão de quatro militares e um policial federal pela Polícia Federal.

Conforme o comunicado da ABI, “diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a Nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou o cargo”.

O documento cita as revelações descobertas de mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, vazamentos de vídeos com declarações “inequívocas” dos generais e almirantes “acólitos” o então chefe de governo, Jair Bolsonaro, assim como afirmar que o episódio do 8 de janeiro de 2023 “foi apenas a parte visível de um projeto de se perpetuar no poder a qualquer custo”.

A nota também critica e contradita a postura do senador Flávio Bolsonaro, “de que não há crime quando o plano de assassinato não se concretiza, esquecendo que, sim, é crime planificar assassinatos e golpes de Estado contra instituições republicanas”.

Assinada pelo presidente da ABI, Octávio Costa, a nota finaliza: “É neste contexto que a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entidade que teve marcante participação na resistência ao regime ditatorial surgido do golpe de 1964 contra o governo João Goulart, vem se somar às manifestações pelo fim da leniência com que vem sendo tratada essa facção criminosa das Forças Armadas, de seus financiadores e apoiadores na sociedade civil. As punições já aplicadas aos que participaram dos atos de vandalismo no 8 de janeiro têm que ser estendidas aos verdadeiros mandantes desses atos. Diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a Nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou cargo. Sem anistia para golpistas! Democracia sempre!”.

Redes Sociais

A ABI, em nota conjunta com o Instituto dos Advogados Brasileiros, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Federação Nacional dos Jornalistas, o Instituto Vladimir Herzog e a Comissão Arns, divulgou anteontem (18) um manifesto pela regulamentação das plataformas digitais no país. O documento foi encaminhado ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e aos líderes dos partidos na Câmara e no Senado.

Conforme o documento, o objetivo com a regulamentação é “proteger a democracia, combater o discurso de ódio e a desinformação e, ainda, proteger crianças e adolescentes”. A nota aponta que a recente campanha eleitoral presenciou uma intensificação de Fake News, comprometendo o debate democrático.

Fonte: Brasil 247 

PM mata estudante de medicina com tiro à queima-roupa em SP (vídeo)

Dois policiais estavam com as câmeras corporais no uniforme, mas o equipamento não foi acionado, apontou o Boletim de Ocorrência



Um policial militar deu um tiro à queima-roupa em um estudante de medicina durante uma abordagem policial nesta quarta-feira (20) na escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, Zona Sul da cidade de São Paulo (SP). Dois policiais estavam com as câmeras corporais no uniforme, mas o equipamento não foi acionado, apontou o Boletim de Ocorrência. A informação foi publicada no Portal G1.

O jovem Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, teria dado um tapa no retrovisor da viatura que fazia patrulhamento. O estudante teria fugido. Ele cursava medicina na Universidade Anhembi Morumbi.

Pelas informações do boletim de ocorrência, Marco Aurélio correu para o interior do Hotel Flor da Vila Mariana, onde estava hospedado com uma mulher. Ele entrou no saguão do hotel sem camisa.

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) registrou o caso como morte consequente de intervenção policial e resistência.

Fonte: Brasil 247 com informações do Portal G1

Cappelli sobre plano golpista: 'tentativa de homicídio é crime. Queriam assassinar a democracia'

'Só não tiveram êxito em função da incompetência e da resistência de legalistas', afirmou o presidente da ABDI sobre os envolvidos na trama bolsonarista

Ricardo Cappelli (Foto: Felipe Gonçalves / Brasil 247)

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, fez um alerta para a gravidade do plano golpista que, segundo a Polícia Federal, tinha como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

"Tentativa de homicídio é crime. Tentaram assassinar a democracia. Só não tiveram êxito em função da incompetência e da resistência de legalistas. Eles não apenas 'pensaram'. Eles agiram. Tentaram. A cadeia é o único caminho para todos os envolvidos. Para que jamais se repita", afirmou Cappelli.

Além do presidente da ABDI, lideranças como a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticaram o argumento usado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao comentar a trama golpista.

De acordo com o político da extrema-direita, "por mais que seja repugnante, pensar em matar alguém não é crime". "Para haver tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes", escreveu nas redes sociais.

A Operação Contragolpe, da Polícia Federal, prendeu um agente da corporação (Wladimir Soares) e mais 4 militares do Exército - Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra Azevedo e do general da reserva Mário Fernandes.

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o ex-governador do Maranhão Flávio Dino para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, no início de 2023, Capelli assumiu a secretaria-executiva da pasta. Em seu oitavo dia oficialmente no cargo, foi nomeado interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal depois que vândalos e golpistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o prédio do STF. Dino é ministro do Supremo atualmente.

Na condição de interventor, Capelli passou 23 dias respondendo especificamente pela Segurança Pública no Distrito Federal. Exonerou e afastou oficiais da Polícia Militar (PM) e da própria Secretaria Distrital de Segurança Pública, além de acompanhar as investigações contra acusados de terem sido coniventes com os ataques aos Três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário. O STF emitiu mais de 260 condenações das 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Palmeiras fatura Paulistão Feminino ao bater Corinthians nos pênaltis

Colombiana Tapia, goleira das Palestrinas, defendeu três cobranças

Palmeiras é campeão do Paulistão Feminino com vitória nos pênaltis sobre o Corinthians, em 20/11/2024
© Alexandre Battibugli e Mauro Horita/ /Ag. Paulistão/Centauro/Direitos Reservados

O Palmeiras conquistou o tricampeonato do Paulistão Feminino de Futebol com vitória de 2 a 0 sobre o Corinthians na cobrança de pênaltis, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP), após empate em 2 a 2 no placar agregado. A colombiana Tapia, goleira das Palestrinas defendeu três cobranças do Timão e as outras duas foram na trave. Fê Palermo e Ingryd balançaram a rede para as Palestrinas e garantiram o tricampeonato (os dois primeiros foram em 2001 e 2022). A conquista do Palmeiras interrompe a hegemonia das Brabas, tetracampeãs paulistas no ano passado.

Nesta quarta-feira (20), o Palmeiras, comandadas há pouco mais de um ano pela técnica Camilla Orlando, entrou em campo com desvantagem de 1 a 0 no placar, pois perdera em casa, por 1 a 0, primeiro jogo da final na última sexta (15). Nesta tarde, logo na primeira etapa da partida, as Palestrinas abriram 2 a 0, com gols da artilheira Amanda Gutierrez (total de oito gols no torneio) e Dudinha. Na volta do intevalo, Vitória Yaya deixou o banco e descontou para o Corinthians.

No primeiro minuto de partida, as Palestrinas quase abriram o placar com um belo chute Laís Estevan, que passou rente ao gol de Lelê. Era só o início do domínio do Verdão. Aos 12 minutos, a volante Brena cruza para Amanda Gutierrez, que invade a grande área e acerta o fundo da rede de Lelê, igualando em 1 a 1 o placar agregado da final do torneio. Com o gol marcado nesta tarde, Amanda encerrou o Paulistão Feminino na liderança isolada, com oito gols ao todo. As Palestrinas seguiram pressionando as Brabas e foram colecionando chances de gol. Aos 22 minutos, a zagueira Poliana aproveitou bola lançada na área do Corinthians para tentar ampliar de voleio, mas a goleira Lelê fez ótima defesa. Cinco minutos depois, Lelê salvou o Corinthians, ao mandar para escanteio bola venenosa chutada por Dudinha. Aos 33 foi a vez de Brena acertar um bola de fora da área, mas após revisão do VAR, o gol foi anulado por toque dde mão de Daiane Muniz, no início da jogada. De tanto insistir, o segundo gol do Verdão saiu aos 41 minutos, novamente com assistência de Brena. A camisa 7 cobrou falta na área para Amanda Guttierrez, que ajeitou para Dudinha marcar um golaço, ampliando a vantagem do Palmeiras para 2 a 1 no placar agregado.
Após o intervalo, a volante Vitória Yaya deixou o banco das Brabas para entrar no lugar da camisa 10 Gabi Zanotti. E deu muito certo. Com um minuto de jogo, Yaya aproveitou o cruzamento de Yasmin e desviou de cabeça, igualando o agregado em 2 a 2, resultado que levaria a decisão do título para a cobrança de pênaltis. Após o empate, as equipes diminuíram o ritmo. Aos 24 minutos, Carol Nogueira finalizou de fora da área, mas a goleira Tápia evitou o gol. Três minutos depois, Yoreli Ricón chutou da entrada da área e a bola passou rente ao gol de Lelê. A melhor chance das Palestrinas de definirem a partida foi aos 36 minutos, com a volante Ingryd: sozinha na grande área, a camisa 5 se desequilibrou na hora de chutar e perdeu a bola para a atacante adversária Carol Nogueira. Com o fim da partida se aproximando, os times administraram o resultado até o apito final.

Pênaltis

A colombiana Kate Tapia, goleira do Palmeiras, foi o grande destaque nas penalidades. Ela defendeu a primeira cobrança de Duda Sampaio para o Corinthians. Na sequência, a artilheira Amanda Gutierrez desperdiçou chutando na trave. Depois foi a vez da corintiana Eudmilla mandar na trave também. O placar seguia 0 a 0 quando Fê Palermou acertou o fundo da rede, colocando o Palmeira na frente. Depois Milene cobrou para o Corinthians e Tapia voltou a brilhar evitando o gol das Brabas. Na quarta cobrança do Palmeiras, Ingryd ampliou para as Palestrinas e, em seguida, Tapia defendeu a cobrança de Carol Santiago, selando a vitória do Verdão por 2 a 0.

Fonte: Agência Brasil

Agente da PF preso por plano golpista tentou esconder celular

Wladimir Soares foi preso junto com outros militares

Lula (mais destaque) e Wladimir Soares (Foto: Divulgação I Reprodução)

 O agente da Polícia Federal Wladimir Soares tentou esconder o telefone celular dos investigadores durante a prisão por colaborar com um plano golpista que tinha como objetivo assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A informação sobre o celular foi divulgada no blog de Daniela Lima.

De acordo com as apurações, o agente vazou informações sobre a segurança de Lula durante o período de transição de governo, em 2022. Soares foi preso junto com outros 4 militares após acusações de envolvimento numa tentativa de ruptura institucional.

Os materiais apreendidos na Operação Contragolpe ainda vão ser submetidos a perícia. A PF tenta identificar pelo menos 4 suspeitos de integrar a organização criminosa.

A corporação vai entregar o relatório final ao STF até o final do mês. Depois o ministro do Supremo Alexandre de Moraes avaliará a possibilidade de levantar o sigilo e tornar públicos os documentos e provas reunidos pela Polícia Federal. O material será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai decidir se apresenta denúncia criminal contra os indiciados.

Fonte: Brasil 247 com informações do blog da jornalista Daniela Lima

Militar foi à residência de Alexandre de Moraes para sequestrá-lo, revela PF

O plano de sequestrar Alexandre de Moraes só não foi colocado em prática por uma alteração na pauta do STF

Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Investigações da Polícia Federal apontam que um militar foi a quadra onde fica a residência do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para sequestrá-lo no final de 2022, informa o Metrópoles. O agente, como codinome “Gana”, participou de uma operação que previa os assassinatos de Moraes e do presidente Lula (PT) para posterior execução de um golpe de Estado bolsonarista.

De acordo com as apurações, seis militares participaram dos preparativos para sequestrar e matar Moraes. O grupo se organizou para investir contra a vida do magistrado no dia 15 de dezembro de 2022. “Conforme exposto, de acordo com as mensagens analisadas, Gana estava inicialmente no final do bairro Asa Sul. Em uma das mensagens ele diz: ‘Andei a Asa Sul inteira’. Nesse sentido, os dados obtidos pela investigação confirmaram que o ministro Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022, tinha residência funcional [no local]”, diz um trecho do relatório da PF.

“Ou seja, o ministro residia no final da Asa Sul, endereço que tem pertinência geográfica com a localização de Gana no período da realização da ação clandestina [...] O local inicial, onde a pessoa com o codinome Gana estava para cumprir a ação planejada, reforça que os investigados estavam executando um plano para, possivelmente, prender o ministro Alexandre de Moraes”, completa o documento.

As investigações mostram que o plano de sequestrar Alexandre de Moraes só não foi colocado em prática por uma alteração na pauta do STF. “Considerando que a ordem para abortar a missão foi dada às 20h59min”, resume o relatório, e há a “contextualização do conteúdo e horários das mensagens, são convergentes com a possibilidade de ‘Gana’ estar nas imediações da residência funcional do Ministro”, diz o documento.

Chamou a atenção dos investigadores o fato de Gana ter andado e tentado, sem sucesso, pedir um táxi, para evitar o registro de embarque e desembarque em aplicativos como o Uber. De acordo com os diálogos obtidos pela PF, ele andou até o shopping Pátio Brasil, onde foi resgatado pelo tenente-coronel Rafael de Oliveira, preso nesta terça-feira.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles