quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Carrefour veta carne do Mercosul e ministro da Agricultura protesta: "ação orquestrada"

Em comunicado, divulgado nesta quarta-feira (20), Bompard justificou a decisão com base em exigências de sustentabilidade

Carlos Fávaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 O anúncio feito pelo presidente mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, de que a rede francesa deixará de comercializar carne produzida nos países do Mercosul gerou uma reação contundente do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Em comunicado, divulgado nesta quarta-feira (20), Bompard justificou a decisão com base em exigências de sustentabilidade e normas de produção que, segundo ele, a carne do bloco sul-americano não atende. As informações são da Folha de S.Paulo.

“Entendo o desespero e a raiva dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio [UE-Mercosul] e do risco de inundar o mercado francês com uma produção de carne que não respeita suas exigências e normas”, declarou Bompard, referindo-se às preocupações de produtores europeus em relação à concorrência com produtos do Mercosul.

◉ Críticas à França e defesa da soberania brasileira

A reação do ministro Carlos Fávaro foi imediata e categórica. Ele considerou a decisão uma tentativa de desmoralizar a produção brasileira e questionou a legitimidade das críticas. “Era mais bonito e legítimo só manter a posição contra [o acordo UE-Mercosul], mas não precisava ficar procurando pretexto naquilo que não existe, na produção sustentável e exemplar brasileira. Eu seria o último a apontar qualquer defeito na produção francesa, mas fico indignado quando eles querem fazer isso com o Brasil”, afirmou o ministro.

Fávaro também insinuou que há uma articulação entre empresas francesas para prejudicar a imagem do agronegócio brasileiro. “Me parece uma ação orquestrada de companhias francesas, porque não faz sentido achar que é coincidência”, disse o ministro, em referência também à multinacional Danone, que recentemente foi alvo de uma polêmica semelhante.

◉ Danone e o episódio da soja brasileira

No caso mencionado por Fávaro, a agência Reuters noticiou que a Danone teria deixado de comprar soja do Brasil, substituindo o insumo por fornecedores asiáticos. Após críticas do setor agropecuário brasileiro, a fabricante francesa negou a informação. “A Danone continua comprando soja brasileira em conformidade com as regulamentações locais e internacionais. A soja brasileira é um insumo essencial na cadeia de fornecimento da companhia no Brasil”, afirmou Tiago Santos, diretor da empresa no país.

Procurada novamente após as declarações do ministro, a Danone não se manifestou.

◉ Impactos no Brasil e o papel do Carrefour nacional

Embora a decisão da matriz do Carrefour afete sua operação global, a subsidiária brasileira informou que manterá suas práticas atuais. Segundo comunicado da assessoria de imprensa da empresa, “nada muda nas operações do país” e a rede continuará comprando carne de produtores locais.

O episódio ocorre em um momento de tensão nas negociações do acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia. O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, vem enfrentando resistências na Europa, especialmente de setores que alegam preocupações ambientais.

◉ China: um contraponto estratégico

As críticas do ministro foram feitas após um jantar no Itamaraty em homenagem ao presidente chinês, Xi Jinping. A China, principal parceiro comercial do Brasil, é um dos maiores compradores de carne bovina brasileira, representando um mercado estratégico para o setor.

Com o apoio de mercados robustos como o chinês, Fávaro defendeu que o Brasil tem as condições necessárias para rebater os ataques externos. “Nossa produção é sustentável e exemplar. Não vamos aceitar que tentem manchar a imagem de um setor que é crucial para o mundo e vital para a nossa economia”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Sob o risco de perder os benefícios da delação, Mauro Cid chora antes de audiência com Moraes

Caso o acordo de delação seja cancelado por descumprimento, Mauro Cid poderá ser preso novamente

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado

Às vésperas de uma audiência crucial no Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), mostrou-se emocionalmente abalado. Segundo informações da CNN Brasil, Cid chorou diante de familiares e demonstrou desânimo enquanto enfrentava a possibilidade de perder os benefícios de sua delação premiada, firmada em setembro de 2023.

Nesta quinta-feira (21), às 14h, Mauro Cid comparecerá diante do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, para responder a questionamentos sobre contradições e omissões apontadas pela Polícia Federal (PF). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também estará presente na audiência, que poderá selar o destino do militar.

◉ O futuro da delação e seus riscos

Caso o acordo de delação seja cancelado por descumprimento, Mauro Cid poderá ser preso novamente. Apesar disso, as provas e informações já fornecidas continuarão válidas para a investigação. Fontes próximas ao militar consideram improvável que ele consiga manter os benefícios, agravando sua situação jurídica.

A delação de Mauro Cid é peça-chave no inquérito que investiga Jair Bolsonaro e aliados por uma suposta tentativa de golpe de Estado. A audiência desta quinta-feira é considerada um dos últimos atos antes da conclusão da apuração pela PF.

Em conversas com parentes, Mauro Cid insiste que não sabia de nenhum plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ou o próprio ministro Alexandre de Moraes. “Ele admite apenas o que já relatou na delação: que sabia sobre a trama para tentar manter Bolsonaro no poder, mas jamais esteve envolvido em planos de assassinato”, afirmam pessoas próximas.

◉ Mensagens comprometedoras e explicações pendentes

Um dos pontos mais delicados que colocam em risco o acordo é a recuperação de mensagens nas quais Mauro Cid demonstra conhecimento sobre o monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes. O militar alegou à PF que desconhecia a ilegalidade do ato, mas essa justificativa não convenceu totalmente os investigadores.

Nos bastidores, Cid tenta explicar o contexto dessas mensagens, reafirmando que já respondeu tudo o que foi perguntado. No entanto, a PF segue apontando inconsistências em seu relato, o que ameaça a manutenção de seu acordo.

◉ Um acordo cercado de polêmicas

Mauro Cid foi preso em maio de 2023 após ser acusado de inserir dados falsos nos cartões de vacina de Jair Bolsonaro. Em setembro do mesmo ano, o STF homologou sua delação premiada, permitindo sua soltura mediante condições rigorosas, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de deixar o país.

O acordo, no entanto, foi ameaçado em março de 2024, quando áudios vazados mostraram o militar criticando Alexandre de Moraes e a PF. Na ocasião, Cid precisou prestar depoimento ao ministro e chegou a ser preso novamente. Mesmo assim, Moraes decidiu manter a delação ativa, considerando que as declarações vazadas seriam apenas um “desabafo”.

Agora, diante de novas controvérsias, Mauro Cid enfrenta uma batalha ainda mais difícil. O resultado da audiência no STF poderá determinar não apenas seu futuro, mas também o rumo das investigações sobre a tentativa de golpe no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Irmão conta que aluno de medicina morto por PM queria ser pediatra: “Nossa vida acabou”

Marco Aurélio Cardenas Acosta de jaleco e camisa verde, sério, posando na rua com estetoscópio
O estudante Marco Aurélio Cardenas Acosta – Arquivo Pessoal

Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto por um policial militar durante uma abordagem na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. O jovem, que estava no quinto ano de medicina na Universidade Anhembi Morumbi, sonhava em se tornar pediatra e vinha de uma família dedicada à medicina. Com informações da Folha de S.Paulo.

O jovem era conhecido por seu carinho com crianças e pela paixão pelo futebol, além de atuar como MC. Segundo seu irmão mais velho, Frank Cardenas, 27, médico cirurgião, ele era “uma boa pessoa, com um bom coração”: “Ele era uma boa pessoa, com um bom coração. Um filho amado e que ainda assim conseguia amar ainda mais seus pais”.

A família de Marco é composta por médicos: além de Frank, outro irmão e os pais também atuam na área: “Nossa vida acabou hoje, nossa alegria se foi com ele. Mas, se eu pudesse dizer a principal característica, é que ele era muito carinhoso, um excelente filho. Era o único que ligava todos os dias para minha mãe no plantão. E era meu melhor amigo, a pessoa que eu mais amava nesse mundo”.

O episódio ocorreu por volta das 2h da manhã. Segundo a versão oficial, uma equipe da PM patrulhava a Rua Cubatão quando foi acionada para atender a ocorrência envolvendo Marco. O estudante, supostamente agressivo, teria dado um tapa no retrovisor da viatura durante a abordagem. Ele correu em direção a um hotel próximo, sendo perseguido pelos policiais.

Imagem de câmera de segurança de policial e estudante em luta corporal
Imagem de câmera de segurança do momento em que policial tentou conter estudante – Reprodução

Dentro do hotel, o rapaz teria entrado em confronto com os agentes, derrubando um deles. O outro policial efetuou um disparo que atingiu o estudante no abdômen. Ele foi levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias e faleceu às 6h40.

A Polícia Militar e a Polícia Civil abriram investigações para apurar o caso. A Secretaria de Segurança Pública informou que os policiais envolvidos prestaram depoimento, foram indiciados e afastados das atividades operacionais enquanto as apurações seguem.

A arma usada pelo policial foi apreendida e encaminhada à perícia. Imagens das câmeras corporais também serão analisadas pela Corregedoria da PM e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O irmão de Marco questiona a ação dos policiais: “Dois homens de 1,80 metro não conseguiram conter meu irmão de 1,60 metro? Ele nunca lutou. Não tinham alternativas?”.

A Comissão de Mitigação da PM avaliará a conduta dos agentes e poderá recomendar novas diretrizes ou o afastamento dos envolvidos.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

ABI: 'as punições aplicadas contra participantes do 8/1 têm que ser estendidas aos mandantes dos atos golpistas'

Segundo a associação, 'a Nação exige a prisão de todos os envolvidos' no plano golpista que antecedeu as manifestações antidemocráticas bolsonaristas

Octávio Costa (Foto: Reprodução)

Agência Brasil - A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em nota intitulada “Em defesa da democracia: ABI exige prisão de todos os golpistas”, defendeu a rigorosa punição de todos os militares das Forças Armadas, envolvidos na tentativa de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelada ontem durante execução de mandatos de prisão de quatro militares e um policial federal pela Polícia Federal.

Conforme o comunicado da ABI, “diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a Nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou o cargo”.

O documento cita as revelações descobertas de mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, vazamentos de vídeos com declarações “inequívocas” dos generais e almirantes “acólitos” o então chefe de governo, Jair Bolsonaro, assim como afirmar que o episódio do 8 de janeiro de 2023 “foi apenas a parte visível de um projeto de se perpetuar no poder a qualquer custo”.

A nota também critica e contradita a postura do senador Flávio Bolsonaro, “de que não há crime quando o plano de assassinato não se concretiza, esquecendo que, sim, é crime planificar assassinatos e golpes de Estado contra instituições republicanas”.

Assinada pelo presidente da ABI, Octávio Costa, a nota finaliza: “É neste contexto que a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entidade que teve marcante participação na resistência ao regime ditatorial surgido do golpe de 1964 contra o governo João Goulart, vem se somar às manifestações pelo fim da leniência com que vem sendo tratada essa facção criminosa das Forças Armadas, de seus financiadores e apoiadores na sociedade civil. As punições já aplicadas aos que participaram dos atos de vandalismo no 8 de janeiro têm que ser estendidas aos verdadeiros mandantes desses atos. Diante da ameaça ao Estado Democrático de Direito, a Nação exige a prisão de todos os envolvidos na conspiração palaciana, seja qual for a patente ou cargo. Sem anistia para golpistas! Democracia sempre!”.

Redes Sociais

A ABI, em nota conjunta com o Instituto dos Advogados Brasileiros, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Federação Nacional dos Jornalistas, o Instituto Vladimir Herzog e a Comissão Arns, divulgou anteontem (18) um manifesto pela regulamentação das plataformas digitais no país. O documento foi encaminhado ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e aos líderes dos partidos na Câmara e no Senado.

Conforme o documento, o objetivo com a regulamentação é “proteger a democracia, combater o discurso de ódio e a desinformação e, ainda, proteger crianças e adolescentes”. A nota aponta que a recente campanha eleitoral presenciou uma intensificação de Fake News, comprometendo o debate democrático.

Fonte: Brasil 247 

PM mata estudante de medicina com tiro à queima-roupa em SP (vídeo)

Dois policiais estavam com as câmeras corporais no uniforme, mas o equipamento não foi acionado, apontou o Boletim de Ocorrência



Um policial militar deu um tiro à queima-roupa em um estudante de medicina durante uma abordagem policial nesta quarta-feira (20) na escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, Zona Sul da cidade de São Paulo (SP). Dois policiais estavam com as câmeras corporais no uniforme, mas o equipamento não foi acionado, apontou o Boletim de Ocorrência. A informação foi publicada no Portal G1.

O jovem Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, teria dado um tapa no retrovisor da viatura que fazia patrulhamento. O estudante teria fugido. Ele cursava medicina na Universidade Anhembi Morumbi.

Pelas informações do boletim de ocorrência, Marco Aurélio correu para o interior do Hotel Flor da Vila Mariana, onde estava hospedado com uma mulher. Ele entrou no saguão do hotel sem camisa.

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) registrou o caso como morte consequente de intervenção policial e resistência.

Fonte: Brasil 247 com informações do Portal G1

Cappelli sobre plano golpista: 'tentativa de homicídio é crime. Queriam assassinar a democracia'

'Só não tiveram êxito em função da incompetência e da resistência de legalistas', afirmou o presidente da ABDI sobre os envolvidos na trama bolsonarista

Ricardo Cappelli (Foto: Felipe Gonçalves / Brasil 247)

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, fez um alerta para a gravidade do plano golpista que, segundo a Polícia Federal, tinha como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

"Tentativa de homicídio é crime. Tentaram assassinar a democracia. Só não tiveram êxito em função da incompetência e da resistência de legalistas. Eles não apenas 'pensaram'. Eles agiram. Tentaram. A cadeia é o único caminho para todos os envolvidos. Para que jamais se repita", afirmou Cappelli.

Além do presidente da ABDI, lideranças como a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticaram o argumento usado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao comentar a trama golpista.

De acordo com o político da extrema-direita, "por mais que seja repugnante, pensar em matar alguém não é crime". "Para haver tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes", escreveu nas redes sociais.

A Operação Contragolpe, da Polícia Federal, prendeu um agente da corporação (Wladimir Soares) e mais 4 militares do Exército - Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra Azevedo e do general da reserva Mário Fernandes.

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o ex-governador do Maranhão Flávio Dino para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, no início de 2023, Capelli assumiu a secretaria-executiva da pasta. Em seu oitavo dia oficialmente no cargo, foi nomeado interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal depois que vândalos e golpistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o prédio do STF. Dino é ministro do Supremo atualmente.

Na condição de interventor, Capelli passou 23 dias respondendo especificamente pela Segurança Pública no Distrito Federal. Exonerou e afastou oficiais da Polícia Militar (PM) e da própria Secretaria Distrital de Segurança Pública, além de acompanhar as investigações contra acusados de terem sido coniventes com os ataques aos Três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário. O STF emitiu mais de 260 condenações das 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Palmeiras fatura Paulistão Feminino ao bater Corinthians nos pênaltis

Colombiana Tapia, goleira das Palestrinas, defendeu três cobranças

Palmeiras é campeão do Paulistão Feminino com vitória nos pênaltis sobre o Corinthians, em 20/11/2024
© Alexandre Battibugli e Mauro Horita/ /Ag. Paulistão/Centauro/Direitos Reservados

O Palmeiras conquistou o tricampeonato do Paulistão Feminino de Futebol com vitória de 2 a 0 sobre o Corinthians na cobrança de pênaltis, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP), após empate em 2 a 2 no placar agregado. A colombiana Tapia, goleira das Palestrinas defendeu três cobranças do Timão e as outras duas foram na trave. Fê Palermo e Ingryd balançaram a rede para as Palestrinas e garantiram o tricampeonato (os dois primeiros foram em 2001 e 2022). A conquista do Palmeiras interrompe a hegemonia das Brabas, tetracampeãs paulistas no ano passado.

Nesta quarta-feira (20), o Palmeiras, comandadas há pouco mais de um ano pela técnica Camilla Orlando, entrou em campo com desvantagem de 1 a 0 no placar, pois perdera em casa, por 1 a 0, primeiro jogo da final na última sexta (15). Nesta tarde, logo na primeira etapa da partida, as Palestrinas abriram 2 a 0, com gols da artilheira Amanda Gutierrez (total de oito gols no torneio) e Dudinha. Na volta do intevalo, Vitória Yaya deixou o banco e descontou para o Corinthians.

No primeiro minuto de partida, as Palestrinas quase abriram o placar com um belo chute Laís Estevan, que passou rente ao gol de Lelê. Era só o início do domínio do Verdão. Aos 12 minutos, a volante Brena cruza para Amanda Gutierrez, que invade a grande área e acerta o fundo da rede de Lelê, igualando em 1 a 1 o placar agregado da final do torneio. Com o gol marcado nesta tarde, Amanda encerrou o Paulistão Feminino na liderança isolada, com oito gols ao todo. As Palestrinas seguiram pressionando as Brabas e foram colecionando chances de gol. Aos 22 minutos, a zagueira Poliana aproveitou bola lançada na área do Corinthians para tentar ampliar de voleio, mas a goleira Lelê fez ótima defesa. Cinco minutos depois, Lelê salvou o Corinthians, ao mandar para escanteio bola venenosa chutada por Dudinha. Aos 33 foi a vez de Brena acertar um bola de fora da área, mas após revisão do VAR, o gol foi anulado por toque dde mão de Daiane Muniz, no início da jogada. De tanto insistir, o segundo gol do Verdão saiu aos 41 minutos, novamente com assistência de Brena. A camisa 7 cobrou falta na área para Amanda Guttierrez, que ajeitou para Dudinha marcar um golaço, ampliando a vantagem do Palmeiras para 2 a 1 no placar agregado.
Após o intervalo, a volante Vitória Yaya deixou o banco das Brabas para entrar no lugar da camisa 10 Gabi Zanotti. E deu muito certo. Com um minuto de jogo, Yaya aproveitou o cruzamento de Yasmin e desviou de cabeça, igualando o agregado em 2 a 2, resultado que levaria a decisão do título para a cobrança de pênaltis. Após o empate, as equipes diminuíram o ritmo. Aos 24 minutos, Carol Nogueira finalizou de fora da área, mas a goleira Tápia evitou o gol. Três minutos depois, Yoreli Ricón chutou da entrada da área e a bola passou rente ao gol de Lelê. A melhor chance das Palestrinas de definirem a partida foi aos 36 minutos, com a volante Ingryd: sozinha na grande área, a camisa 5 se desequilibrou na hora de chutar e perdeu a bola para a atacante adversária Carol Nogueira. Com o fim da partida se aproximando, os times administraram o resultado até o apito final.

Pênaltis

A colombiana Kate Tapia, goleira do Palmeiras, foi o grande destaque nas penalidades. Ela defendeu a primeira cobrança de Duda Sampaio para o Corinthians. Na sequência, a artilheira Amanda Gutierrez desperdiçou chutando na trave. Depois foi a vez da corintiana Eudmilla mandar na trave também. O placar seguia 0 a 0 quando Fê Palermou acertou o fundo da rede, colocando o Palmeira na frente. Depois Milene cobrou para o Corinthians e Tapia voltou a brilhar evitando o gol das Brabas. Na quarta cobrança do Palmeiras, Ingryd ampliou para as Palestrinas e, em seguida, Tapia defendeu a cobrança de Carol Santiago, selando a vitória do Verdão por 2 a 0.

Fonte: Agência Brasil

Agente da PF preso por plano golpista tentou esconder celular

Wladimir Soares foi preso junto com outros militares

Lula (mais destaque) e Wladimir Soares (Foto: Divulgação I Reprodução)

 O agente da Polícia Federal Wladimir Soares tentou esconder o telefone celular dos investigadores durante a prisão por colaborar com um plano golpista que tinha como objetivo assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A informação sobre o celular foi divulgada no blog de Daniela Lima.

De acordo com as apurações, o agente vazou informações sobre a segurança de Lula durante o período de transição de governo, em 2022. Soares foi preso junto com outros 4 militares após acusações de envolvimento numa tentativa de ruptura institucional.

Os materiais apreendidos na Operação Contragolpe ainda vão ser submetidos a perícia. A PF tenta identificar pelo menos 4 suspeitos de integrar a organização criminosa.

A corporação vai entregar o relatório final ao STF até o final do mês. Depois o ministro do Supremo Alexandre de Moraes avaliará a possibilidade de levantar o sigilo e tornar públicos os documentos e provas reunidos pela Polícia Federal. O material será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai decidir se apresenta denúncia criminal contra os indiciados.

Fonte: Brasil 247 com informações do blog da jornalista Daniela Lima

Militar foi à residência de Alexandre de Moraes para sequestrá-lo, revela PF

O plano de sequestrar Alexandre de Moraes só não foi colocado em prática por uma alteração na pauta do STF

Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Investigações da Polícia Federal apontam que um militar foi a quadra onde fica a residência do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para sequestrá-lo no final de 2022, informa o Metrópoles. O agente, como codinome “Gana”, participou de uma operação que previa os assassinatos de Moraes e do presidente Lula (PT) para posterior execução de um golpe de Estado bolsonarista.

De acordo com as apurações, seis militares participaram dos preparativos para sequestrar e matar Moraes. O grupo se organizou para investir contra a vida do magistrado no dia 15 de dezembro de 2022. “Conforme exposto, de acordo com as mensagens analisadas, Gana estava inicialmente no final do bairro Asa Sul. Em uma das mensagens ele diz: ‘Andei a Asa Sul inteira’. Nesse sentido, os dados obtidos pela investigação confirmaram que o ministro Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022, tinha residência funcional [no local]”, diz um trecho do relatório da PF.

“Ou seja, o ministro residia no final da Asa Sul, endereço que tem pertinência geográfica com a localização de Gana no período da realização da ação clandestina [...] O local inicial, onde a pessoa com o codinome Gana estava para cumprir a ação planejada, reforça que os investigados estavam executando um plano para, possivelmente, prender o ministro Alexandre de Moraes”, completa o documento.

As investigações mostram que o plano de sequestrar Alexandre de Moraes só não foi colocado em prática por uma alteração na pauta do STF. “Considerando que a ordem para abortar a missão foi dada às 20h59min”, resume o relatório, e há a “contextualização do conteúdo e horários das mensagens, são convergentes com a possibilidade de ‘Gana’ estar nas imediações da residência funcional do Ministro”, diz o documento.

Chamou a atenção dos investigadores o fato de Gana ter andado e tentado, sem sucesso, pedir um táxi, para evitar o registro de embarque e desembarque em aplicativos como o Uber. De acordo com os diálogos obtidos pela PF, ele andou até o shopping Pátio Brasil, onde foi resgatado pelo tenente-coronel Rafael de Oliveira, preso nesta terça-feira.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lindbergh diz que Mauro Cid 'omitiu novas provas' e critica declarações de Flávio Bolsonaro

O deputado também repudiou um projeto que prevê anistia para participantes dos atos golpistas

Mauro Cid, Jair Bolsonaro e Lindbergh Farias (Foto: Reprodução | Agência Câmara )

 O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) escreveu nesta quarta-feira (20) uma mensagem apontando que o tenente-coronel Mauro Cid omitiu informações a investigadores da Polícia Federal quando prestou depoimentos para falar do plano golpista arquitetado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A trama envolvia os assassinatos do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, indicaram as investigações da PF.

"Absurdo! Segundo o relatório da Polícia Federal, um militar ligado ao Bolsonaro tentou sequestrar Alexandre de Moraes no final de 2022! Sem anistia! Lugar de golpista é na cadeia! Alexandre de Moraes intimou Mauro Cid a depor nesta quinta-feira! O depoimento será pra explicar o porquê de ele ter omitido as novas provas encontradas!", afirmou Lindbergh na rede social X.

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid vai depor no Supremo Tribunal Federal nesta quinta (21). Em delação, o tenente havia dito que o ex-mandatário consultou comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de Estado, após a derrota nas urnas em 2022.

Deputado do PT do Rio de Janeiro, Lindbergh também comentou sobre declarações do senador Flávio Bolsonaro (PL), que tentou defender o pai, Jair, das investigações da PF. "Planejar o assassinato de um presidente eleito, de seu vice e de um Ministro do STF não são crimes? Imprimir o plano no Palácio do Planalto não é? Ajustar o atentado na casa do ex-ministro do pai dele não é? Na cabeça do criminoso, nada é crime", publicou o petista.

O filho de Bolsonaro havia comentado sobre a Operação Contragolpe, da PF. "Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um 'gabinete de crise' integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam??? Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes", continuou.

"Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas".

Uma das linhas de investigação é a conexão do plano golpista com as manifestações terroristas do 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O PT e o Psol protocolaram na Câmara dos Deputados um pedido para arquivar o Projeto de Lei conhecido como PL da Anistia, proposta de autoria de Rodrigo Valadares (União-SE), que pretende anistiar (perdoar) os participantes daquela invasão à Praça dos Três Poderes.

O STF já emitiu mais de 260 condenações das 1.390 denúncias feitas pela PGR no inquérito dos atos golpistas de 2023, quando bolsonaristas invadiram as estruturas do Congresso, do Planalto e do Supremo.

Atualmente, Jair Bolsonaro está inelegível por fake news em 2022, quando fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores em Brasília (DF) que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes. Partidos de oposição, estudiosos e ativistas denunciaram tentativa de golpe na época.

 


 

 

Fonte: Brasil 247

Carlos Bolsonaro comenta sobre inquérito do plano golpista e defende carro blindado para o seu pai

'Desdenham carro blindado ao ex-presidente ', escreveu o parlamentar. Internautas reagiram

Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) resolveu sair em defesa de Jair Bolsonaro (PL) depois que investigações da Polícia Federal apontarem a existência de um plano golpista, com o objetivo de assassinar o presidente Lula, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

"Mais um exemplo de planejamento de assassinato. Isso sempre passa despercebido pelos defensores da democracia, suas indignações e alardes inabaláveis. Então democraticamente desdenham carro blindado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a PF alega que não há necessidade de renovação do porte de um dos contínuos alvos e tudo segue na mais pujante normalidade de ser dar inveja à Nicarágua", escreveu o parlamentar no X.

Internautas reagiram. "Isso não justifica o plano descoberto para para matar Lula, o vice e Alexandre de Moraes no contexto de uma tentativa de golpe. . Crimes não justificam outros crimes. Isso é raciocino básico", escreveu um deles.

Outra conta fez a seguinte postagem: "Rapaz, tinha um vereador do município do Rio de Janeiro, dando pitacos na Administração Federal. Começa tudo errado daí. Um lunático, com problemas mentais, cognição limitadíssima. Um doente mental, com acesso a dinheiro e muitas armas. Você deveria estar na cadeia!".

 

 

 


Fonte: Brasil 247

PF irá indiciar Bolsonaro, Braga Netto e Heleno por tentativa de golpe de estado nesta semana

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Alan Santos/PR

A Polícia Federal (PF) irá finalizar nesta semana o inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. O documento tem mais de 700 páginas e será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O relatório final deverá indiciar inúmeras pessoas por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Apesar disso, não há previsão de pedidos de prisão antecipada dos envolvidos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Walter Braga Netto, Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid e outros envolvidos na trama serão indiciados, segundo uma fonte do caso ouvida pela revista Veja.

A operação deflagrada pela PF na terça-feira (19), que resultou na prisão de quatro militares e um policial federal por suspeita de integrarem uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estará no documento.

Os materiais apreendidos durante a operação ainda passarão por perícia.

Segundo as investigações, o grupo planejava assassinar o petista, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes, que vinha sendo monitorado pelos golpistas.

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Rosinei Coutinho/STF

Após receber o relatório, Moraes avaliará a possibilidade de levantar o sigilo e tornar públicos os documentos e provas obtidas pela PF. Em seguida, o material será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará denúncia criminal contra os envolvidos.

Cid foi intimado por Moraes a prestar esclarecimentos na próxima quinta-feira (21) na sala de audiências do STF. O depoimento ocorrerá às 14h.

A audiência foi agendada pelo próprio ministro para esclarecer “contradições” entre os depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e as investigações da PF.

Fonte: DCM