quarta-feira, 20 de novembro de 2024

“China e Brasil colocam a paz e o diálogo em primeiro lugar”, diz Lula ao lado de Xi Jinping

O presidente destacou a parceria entre os dois países nas relações internacionais e na luta por um mundo menos desigual

20.11.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a 14.07.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada. Brasília - DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na manhã desta quarta-feira (20) a visita oficial do presidente da China, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Os dois assinaram 37 atos de cooperação internacional em diferentes áreas e fizeram uma declaração à imprensa após o evento. Em sua fala, Lula destacou a parceria entre os dois países não apenas no âmbito comercial, mas também nas relações internacionais e na luta por um mundo menos desigual.

“O que China e Brasil fazem juntos reverbera no mundo. Mantemos profícua coordenação na ONU, na OMC e em arranjos como o G20 e o BRICS. Defendemos a reforma da governança global e um sistema internacional mais democrático, justo, equitativo e ambientalmente sustentável. Em um mundo assolado por conflitos armados e tensões geográficas e políticas, China e Brasil colocam a paz e o diálogo em primeiro lugar”, disse.

O presidente brasileiro também destacou o apoio da China à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e voltou a criticar os conflitos armados. “Jamais vencermos o flagelo da fome em meio à insensatez das guerras. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma das iniciativas mais importantes da presidência brasileira no G20. A China foi parceira de primeira hora nessa empreitada para devolver a dignidade a 733 milhões de pessoas que passam fome no mundo em pleno século XXI”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Gleisi Hoffmann e Odair Cunha pedem arquivamento do PL da Anistia

Segundo Gleisi e Cunha, a continuidade da tramitação do projeto é “inoportuna e inconveniente para o processo democrático e paz nacional”

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e o líder do partido na Cãmara dos Deputados, Odair Cunha, apresentaram nesta quarta-feira (19) um requerimento ao presidente da Câmara, Arthur Lira, solicitando o arquivamento do projeto de lei 2.858, o PL da Anistia. O texto, apoiado por parlamentares bolsonaristas, propõe a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Segundo Gleisi e Cunha, a continuidade da tramitação do projeto é “inoportuna e inconveniente para o processo democrático e paz nacional”. No documento, os deputados afirmam que o PL não contribui para a reconciliação e pode reforçar o estímulo à radicalização de grupos extremistas.

O requerimento cita como justificativa os recentes ataques à sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e as descobertas feitas pela Polícia Federal durante as investigações do 8 de janeiro. Um dos pontos centrais levantados pelos parlamentares é que a proposta de anistia poderia beneficiar figuras diretamente envolvidas nos ataques e em planos golpistas.

“O recente atentado a bomba contra a sede do STF, bem como as revelações de planos para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, demonstram o caráter gravíssimo dessa trama. A tramitação do projeto é um estímulo à impunidade e à radicalização de grupos extremistas”, afirmam.

O texto do requerimento também destaca os resultados da “Operação Contragolpe”, conduzida pela Polícia Federal, que revelou a existência de um plano intitulado “Punhal Verde e Amarelo”. Elaborado pelo general Mário Fernandes, o plano incluía ações como o uso de armamento pesado e a tentativa de envenenar lideranças políticas.

Entre os presos durante a operação estão cinco militares, além da apreensão de documentos detalhando a execução de um golpe de Estado, que previa a criação de um “gabinete institucional de gestão de crise” liderado pelos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

“Esses indivíduos não podem ser beneficiados por anistias que só reforçam a percepção de impunidade, deslegitimando nossas instituições democráticas”, argumentaram Gleisi e Cunha no requerimento.

Fonte: Brasil 247

Operação Raízes do Cedro: décimo segundo voo chegou hoje no Brasil

Aeronave pousou em Guarulhos com 204 pessoas, incluindo três crianças de colo, e quatro pets


Operação “Raizes do Cedro” em Guarulhos. Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Por Flávia Albuquerque, repórter da Agência Brasil - O 12º voo da Operação Raízes do Cedro, montada pelo governo federal para repatriar brasileiros e familiares da zona de conflito no Líbano, pousou às 4h56 (horário de Brasília) desta quarta-feira (20), na Base Aérea de São Paulo (BASP), em Guarulhos (SP), segundo informações da FAB. O KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) deixou o Líbano com 204 pessoas, incluindo três crianças de colo, e quatro pets, às 14h (horário de Brasília) de ontem (19).

Com isso, a operação, iniciada em 5 de outubro, repatriou 2.513 pessoas e 33 pets. Trata-se da maior missão de repatriação de brasileiros de uma zona de conflito da história do Brasil.

Na chegada a Guarulhos, a operação conta com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), do Ministério da Saúde, da Polícia Federal, da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

Segundo as informações do governo federal, o Itamaraty, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, segue em contato com brasileiros e familiares para prestar assistência consular e verificar a necessidade de promover novos voos de repatriação, a depender da demanda e das condições de segurança no terreno.

“O governo brasileiro reitera o alerta para que todos sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos, que procurem deixar o território libanês por meios próprios”, diz o governo.

De acordo com as informações, o aeroporto de Beirute continua em operação, com a realização de voos diários da companhia libanesa Middle East Airlines. A empresa, após negociações com a Embaixada do Brasil em Beirute, está priorizando passageiros portadores de passaportes brasileiros em seus voos com destino a Madri, Frankfurt, Londres e Roma.

A Operação Raízes do Cedro foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir do confronto entre Israel e o grupo Hezbollah, que atua no Líbano. A logística de repatriação envolve o uso de aeronaves e de servidores da Força Aérea Brasileira e um intenso trabalho de articulação do Itamaraty.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Desigualdade cai, mas pretos e pardos ganham 40% menos que demais trabalhadores no Brasil

Rendimento médio dos negros é de R$ 2.392 por mês, enquanto outros trabalhadores ganham R$ 4.008, mostra Dieese

Desigualdade cai, mas pretos e pardos ganham 40% menos que demais trabalhadores no Brasil (Foto: Marcello Casal Jr / Abr)

Por Vinicius Konchinski, do Brasil de Fato - Os trabalhadores pretos e pardos do Brasil têm um rendimento mensal, em média, 40% menor do que os trabalhadores não negros. A diferença está registrada em um boletim especial elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para o Dia Consciência Negra.

Neste ano, pela primeira vez, o 20 de novembro será celebrada num feriado nacional. Diversas atividades serão realizadas por todo o território brasileiro, como atos e encontros culturais. A discussão das desigualdades no trabalho está na pauta dos atos.

Usando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Dieese apontou que, no segundo trimestre deste ano, o ganho médio mensal dos trabalhadores negros no país era de R$ 2.392. Os demais trabalhadores recebiam R$ 4.008 por mês.

Segundo a entidade, os negros recebem, em média, R$ 899 mil a menos que os não negros ao longo de toda sua vida de trabalho. Considerando somente os trabalhadores com ensino superior, essa diferença chega a R$ 1,1 milhão.

Isso porque negros ocupam cargos de chefia numa proporção menor do que os não negros. Um a cada 48 trabalhadores negro é líder. Entre os demais, um a cada 18.

Também porque os negros são minoria nas profissões mais bem pagas e maioria nas piores remuneradas. Nas 10 ocupações mais bem pagas, os negros representam 27%. Ao mesmo tempo, são 70% dos trabalhadores com piores rendimentos.

“Uma em cada seis mulheres negras trabalha como empregada doméstica”, exemplifica o Dieese. “O rendimento médio das domésticas sem carteira é R$ 461 menos que o salário mínimo [hoje, R$ 1.412].”

“Os negros enfrentam maiores taxas de desemprego, há maior concentração de negros em profissões com baixos rendimentos, além de alta informalidade”, complementa o órgão. “A discriminação que esses trabalhadores sofrem dificulta a ascensão na carreira e faz com que as desigualdades de rendimento cresçam ao longo da vida.”

◉ Maioria prejudicada

O Brasil tem hoje 56,4 milhões de trabalhadores negros, o que representa 55,4% do total – ou seja, mais da metade. O número considera aqueles que se declararam pretos ou pardos em levantamentos do IBGE.

Esses trabalhadores estão em empregos informais mais frequentemente que não negros. Entre as mulheres, 45,6% das negras tinham trabalhos sem carteira assinada e sem garantia de direitos trabalhistas. Entre as brancas, eram 34,1%.

Negros também são os mais afetados pelo desemprego. No segundo trimestre deste ano, ele atingia em média 6,9% dos trabalhadores. Entre os negros, a taxa de desocupação era de 8%. Já entre os brancos, amarelos e indígenas, ele era de 5,5%.

◉ Melhora recente

As diferenças em salários, taxa de desemprego e informalidade, contudo, já foram maiores.

Dados do IBGE compilados pelo Brasil de Fato apontam que, no quarto trimestre de 2019 – durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) - , um preto ganhava em média R$ 2.206. Isso era R$ 842 a menos do que o rendimento médio de um trabalhador brasileiro, R$ 3.048.

Os dados mais recentes disponíveis apontam uma diferença de R$ 794.

Em 2020, a diferença na taxa de desemprego geral do país e a taxa de desemprego entre pretos chegou a 4,5 pontos percentuais: 13,6% contra 18,1%. Hoje, essa diferença é de 1,6 ponto percentual: 6,9% contra 8,5%.

Já a diferença na taxa de informalidade atingiu 3,2 pontos em 2021. Hoje, é de 2,9 pontos.

Entre os pardos, a taxa de informalidade atual é a segunda mais baixa já registrada pelo IBGE, que apura esses dados desde 2015. Está em 43,2%. Ela é 4,6 pontos maior do que a taxa média – a menor diferença já verificada.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Apesar de divergências, Lula e Meloni mantêm boa relação; premiê italiana pode ser ponte com Trump, avalia diplomata

Ex-embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise elogia o pragmatismo e a ênfase no multilateralismo adotados por Lula

17.11.2024 - Presidente Lula tem reunião com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, Rio de Janeiro-RJ (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Com o Brasil e a Itália em destaque no cenário global devido às presidências do G20 e do G7, respectivamente, o presidente Lula (PT) e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, têm demonstrado que, apesar de divergências ideológicas, os interesses estruturais e complementares de seus países prevalecem. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Michele Valensise, ex-embaixador da Itália no Brasil, avalia que a relação entre os dois países segue sólida e promissora.

Valensise, que atuou como embaixador em Brasília entre 2004 e 2009 e foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores italiano, aponta que a postura pragmática de Lula e Meloni reforça a ideia de que afinidades políticas são secundárias em comparação às necessidades bilaterais. "Me parece que nossos dois líderes, Lula e Meloni, têm plena consciência disso", afirmou.

◉ Cúpulas e pragmatismo - A colaboração entre Brasil e Itália se consolidou ao longo de 2023, com encontros estratégicos em eventos como o G20 e o G7. Durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Lula e Meloni mantiveram uma reunião bilateral, onde o presidente brasileiro destacou a necessidade de melhorar os serviços da Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo. Apesar das críticas feitas pela premiê italiana no passado, a relação institucional entre os dois líderes tem se mostrado cordial.

A visita de Estado do presidente italiano Sergio Mattarella ao Brasil, em julho, reforçou os laços bilaterais. Valensise destacou que a integração das comunidades italianas e ítalo-descendentes no Brasil, somada ao dinamismo econômico entre os dois países, permanece como um pilar estratégico.

◉ Desafios e oportunidades - Embora Meloni mantenha relações próximas com figuras como Donald Trump e Javier Milei, líderes que se opõem às políticas de Lula, o diplomata acredita que esses alinhamentos não comprometem as relações com o Brasil. Pelo contrário, Meloni pode desempenhar um papel diplomático relevante, caso consiga equilibrar interesses europeus e internacionais.

Sobre a política externa brasileira, Valensise elogiou o pragmatismo e a ênfase no multilateralismo adotados por Lula. Para ele, a postura do Brasil diante de potências globais, como os Estados Unidos, é marcada por equilíbrio. "O Brasil sempre soube manter uma relação equilibrada com os EUA, independentemente da cor política da administração em Washington", observou.

◉ O impacto de Trump no cenário internacional - A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos pode apresentar desafios para o protagonismo brasileiro na América Latina e para os resultados obtidos no G20. Contudo, Valensise acredita que a história diplomática entre Brasil e EUA, especialmente durante o primeiro mandato de Lula, é um indicativo de que um relacionamento pragmático pode prevalecer.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

PF investiga se Dino também era alvo do plano assassino de militares golpistas bolsonaristas

Codinome ‘Juca’ pode ter sido referência ao ministro Flávio Dino, atual integrante do STF


A repórter Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de São Paulo, revelou que a Polícia Federal (PF) está aprofundando as investigações sobre um plano macabro que envolvia militares com o intuito de assassinar autoridades e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de Lula, o então vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estavam entre os alvos. Agora, as investigações se voltam para determinar se Flávio Dino, na época senador eleito e indicado para comandar o Ministério da Justiça, também figurava como um dos objetivos da conspiração, segundo sua coluna na Folha de S. Paulo.

Apelidado de “Juca” em documentos apreendidos, Dino, hoje ministro do STF, pode ter sido considerado uma peça-chave a ser “neutralizada” pela operação. A PF encontrou um detalhamento com três páginas que mencionava os alvos sob codinomes e que teria sido impresso no Palácio do Planalto em novembro de 2022. A suspeita é de que o material, posteriormente, foi levado ao Palácio da Alvorada, onde residia o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O plano atribuía a Lula o codinome “Jeca”, sugerindo um possível envenenamento ou colapso orgânico devido à vulnerabilidade de sua saúde na época. A morte de Lula, segundo os envolvidos, abalaria a chapa vencedora e causaria um forte impacto político. Alckmin, por sua vez, foi identificado como “Joca”, com menção à extinção da chapa e a impossibilidade de um substituto automático que pudesse assumir a presidência.

A ameaça à democracia e a resposta da justiça

Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, revelou em uma decisão tornada pública que a PF havia solicitado a prisão preventiva de cinco suspeitos, incluindo um general da reserva, como parte das investigações sobre o planejamento do golpe. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também deu seu aval, reforçando as evidências de um plano bem articulado e com ameaças concretas ao Estado Democrático de Direito.

Entre os investigados estão militares do Exército com formação em Forças Especiais e um agente da Polícia Federal. O plano, codinome “Copa 2022”, incluía ações como vigilância e possível detenção ou eliminação de figuras estratégicas do novo governo. Conversas obtidas de dispositivos do ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, apontam para a preparação meticulosa das ações, envolvendo também o coronel Marcelo Câmara.

Os detidos, incluindo Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra Azevedo, Mário Fernandes e Wladimir Matos Soares, foram alvo de medidas que vão desde a busca e apreensão de dispositivos eletrônicos até a suspensão de funções públicas e a entrega de passaportes. Moraes destacou que essas ações são “necessárias e adequadas” para garantir a investigação completa e proteger a democracia.

A operação revela uma tentativa audaciosa e altamente organizada de subversão, evidenciando como a ameaça ao sistema democrático foi mais profunda e calculada do que se supunha inicialmente.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de São Paulo, via portal Brasil 247

Alexandre de Moraes conduzirá pessoalmente novo depoimento de Mauro Cid no STF nesta quinta-feira, 21

Cid terá de esclarecer contradições entre acordo de delação premiada e descobertas da PF sobre a trama golpista


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumirá a condução do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), marcado para a tarde de quinta-feira (21), informa Teo Cury, da CNN Brasil. A audiência, prevista para as 14h, ocorre no contexto de uma investigação sobre uma suposta trama golpista, cujos desdobramentos levaram à prisão de cinco suspeitos nesta terça-feira (19).

Cid foi convocado a prestar esclarecimentos devido a contradições entre seu acordo de delação premiada, firmado em setembro de 2023, e informações levantadas pela Polícia Federal (PF). A corporação encaminhou um relatório ao STF detalhando omissões e inconsistências nos depoimentos recentes do militar, que podem comprometer a validade de sua colaboração com a Justiça.

Em um depoimento de quase três horas à PF na terça-feira, Mauro Cid negou qualquer envolvimento ou conhecimento sobre planos que incluíam a tentativa de um golpe de Estado e o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do próprio ministro Alexandre de Moraes. Investigadores, no entanto, apontam indícios de que o militar teria ocultado informações cruciais.

Conexão com a trama golpista – O militar, que já havia sido preso em março de 2023 por envolvimento em outros crimes investigados pela Justiça, ganhou liberdade condicional após fechar o acordo de delação premiada. No entanto, os avanços da investigação colocam sob suspeita sua narrativa, especialmente após ele ter mencionado que Jair Bolsonaro teria sondado comandantes das Forças Armadas sobre a viabilidade de um golpe de Estado. A suposta reunião teria ocorrido no Palácio da Alvorada logo após a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022.

A PF acredita que o plano golpista também poderia envolver ataques contra integrantes do Judiciário e membros do governo eleito, incluindo a tentativa de assassinato de figuras centrais da administração. A prisão dos cinco suspeitos nesta semana reforça o avanço das apurações e amplia a pressão sobre Mauro Cid.

Ameaça ao acordo de delação – Caso fique comprovado que o tenente-coronel mentiu ou omitiu informações em seus depoimentos, o acordo de delação premiada firmado com a Justiça pode ser anulado. Isso exporia o militar a penalidades mais severas e colocaria em risco sua estratégia de colaboração com as autoridades.

Fontes ligadas ao caso afirmam que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa de Mauro Cid foram notificadas da audiência desta quinta-feira, considerada decisiva para esclarecer pontos obscuros nas investigações.

Fonte: Agenda do Poder com informações da CNN Brasil via portal Brasil 247

PM recupera parte das armas furtadas em batalhão do Paraná

O suspeito não possui antecedentes criminais e não integra o Exército

Revólver (Foto: Divulgação)

Um homem foi preso na noite de terça-feira (19) em Espigão Alto do Iguaçu, no oeste do Paraná, com quatro das nove armas furtadas do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada do Exército, em Cascavel (PR). Conforme relatado pelo g1, o suspeito não possui antecedentes criminais e não integra o Exército.

De acordo com o relatório da PM, o furto ocorreu no sábado (16) e foi descoberto no domingo (17). Durante a operação, além das quatro pistolas Beretta, calibre 9 mm, foram apreendidas 150 munições de 9 mm e 50 cartuchos de calibre 12 na casa do suspeito. A quinta arma foi recuperada em Quedas do Iguaçu, após o suspeito informar a localização dela às autoridades. No local, a polícia também encontrou outras 150 munições de 9 mm.

A PM ainda confirmou que as circunstâncias do furto estão sendo investigadas, incluindo a possibilidade de envolvimento de militares no crime. Até o momento, quatro das nove armas continuam desaparecidas.

Fonte: Brasil 247 cominformações do G1

Prefeitura de Apucarana investe R$ 4,2 milhões na reforma e ampliação de escola na Vila Martins

Apucarana investiu aproximadamente R$ 4,2 milhões na reforma e ampliação da Escola Municipal Professora Maria Madalena Côco. O prefeito Junior da Femac e a secretária de educação Marli Fernandes realizaram a entrega oficial das obras, na tarde de ontem (19/11), à comunidade da Vila Martins. O prédio da unidade de ensino quase dobrou de tamanho, passando de 1.273,82 m2 para 2.474,96 m2. O número de salas de aula também aumentou de cinco para quinze.

De acordo com o prefeito Junior da Femac, a execução das obras só foi possível após a regularização da propriedade do imóvel. “O prédio onde a escola funciona era do Estado, e o município não poderia investir recursos nele. Após intensas negociações, em 2022, conseguimos que a Paraná Edificações transferisse a escritura para a Prefeitura, tornando a ampliação um projeto viável”, afirmou o prefeito.



◉ Novas estruturas e melhorias significativas

Entre os principais benefícios da reforma, destacam-se a construção de dez novas salas de aula e a criação de um novo setor de serviços, com cozinha, lavanderia, depósito de merenda, depósito de materiais de limpeza, além de um amplo refeitório e acesso exclusivo para carga e descarga. Também foram reformadas as dependências administrativas, como as salas de professores, secretaria, direção e coordenação.

A escola ganhou ainda novos sanitários para alunos e funcionários, além de uma quadra esportiva totalmente reformada, com novo piso, alambrados, fechamento lateral e uma arquibancada coberta. A segurança também foi reforçada com a instalação de um sistema de prevenção e combate a incêndios, que inclui hidrantes, caixa d’água, extintores, alarmes e sinalização de emergência.

“Com a ampliação, garantimos maior conforto e segurança para alunos e professores. A circulação entre os blocos agora é totalmente coberta, oferecendo proteção em qualquer condição climática”, explicou a secretária de Educação, Marli Fernandes.

◉ Aumento na capacidade de atendimento

A Escola Municipal Professora Maria Madalena Côco atende atualmente crianças de diversos bairros da cidade, como Vila Martins, Vila São Carlos, Jardim Interlagos, Núcleo João Paulo, Vila Regina, Residencial Orlando Bacarin, Núcleo Dom Romeu Alberti, Jardim Sabiá, e até de comunidades rurais, como São Domingos, Barreiro, Tatuzinho e Nova Ucrânia.

Com a ampliação, a unidade escolar poderá aumentar significativamente a quantidade de vagas, passando de 180 para cerca de 400, beneficiando ainda mais famílias da região. “A nova estrutura permitirá atender a demanda crescente de alunos e proporcionar um ambiente de aprendizado mais adequado e moderno”, concluiu a secretária Marli Fernandes.

◉ Agradecimento ao deputado Antônio Anibelli Neto

Durante a cerimônia de entrega das obras, o prefeito Junior da Femac aproveitou a ocasião para entregar um certificado de agradecimento ao deputado estadual Antônio Anibelli Neto (MDB), em reconhecimento à sua contribuição para o desenvolvimento educacional de Apucarana. “Graças à indicação do deputado Anibelli, nós conquistamos R$ 2,6 milhões em recursos do Governo do Estado para a construção de dois novos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), que serão edificados nos residenciais Solo Sagrado e Interlagos, por meio do Programa Infância Feliz”, detalhou o prefeito.

“Sem dúvida alguma, Apucarana é a terra da educação, onde se realiza um investimento significativo para garantir as melhores condições tanto para os professores quanto para os alunos, possibilitando um ensino de qualidade. Como deputado, tenho percorrido todo o Paraná e posso afirmar que é raro encontrar uma escola com uma estrutura tão excelente quanto a que vi hoje na Escola Professora Madalena Côco. Podem contar comigo para continuar trabalhando com empenho, visando destinar ainda mais recursos para a educação”, falou o deputado Anibelli Neto.

A construção dos CMEIs representa um avanço significativo na oferta de educação infantil no município, ampliando as opções de atendimento para as crianças e suas famílias.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Operação Saturação da Polícia Militar tem o reforço dos guardas municipais de Apucarana



O 10º Batalhão da Policia Militar lançou ontem a “Operação Saturação” em Apucarana. A ação foi deflagrada às 15 horas, na Praça Rui Barbosa e terá como força auxiliar a Guarda Civil Municipal, incluindo a participação dos novos agentes concursados que acabaram de assumir seus cargos na corporação.

O lançamento da operação pelo comandante do 10º BPM, tenente- coronel Robson Falk, teve a presença do comandante da GCM, Reinaldo Andrade, e do superintendente de segurança da prefeitura de Apucarana Marcos José Fácio.

“A forças de segurança estão unidas no combate ao crime em nossa cidade. Nossos guardas municipais estão juntos com os policiais militares neste esforço para garantir à nossa população mais segurança em toda a cidade”, afirma o comandante da GCM, Reinando Andrade.

O superintende de segurança, José Marcos Fácio, informa que a participação dos guardas municipais na operação saturação atende ao pedido da Polícia Militar. “Essa ação é por tempo indeterminado sempre com o reforço extra de nossos agentes. É a Guarda Municipal cumprindo seu papel de atuar de forma mais intensiva para proporcionar segurança aos apucaranenses”, afirma Fácio.

O comandante do 10º BPM, Robson Falk, explica que a ação tem por objetivo intensificar o policiamento ostensivo, proporcionando maior segurança à comunidade. A operação visa combater diferentes tipos de crime que afetam a sociedade e irá envolver a abordagem de pessoas em condição suspeita, fiscalização de veículos, combate ao tráfico e uso de armas irregulares. “Vamos redobrar o policiamento na área central e nos bairros, em especial naqueles que estão com alto índice de criminalidade neste momento”, destaca Falk.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

'Se o general Braga Netto sabia, você acha que o Bolsonaro não?', diz José Dirceu sobre plano golpista

"Bolsonaro está totalmente comprometido com o que aconteceu", disse o ex-ministro

José Dirceu (Foto: Lula Marques)

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu declarou, em entrevista ao UOL News, que a tentativa de golpe de Estado articulada por militares, presos pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira (19), certamente ocorreu com o conhecimento do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).

“É assustador nesse caso. A segurança do presidente das instituições está acima de qualquer outra questão. Porque senão não podemos falar em democracia, se a própria pessoa do presidente eleito pode ser vítima de um assassinato. A participação intelectual, autoria, eram só dos oficiais? Se o general Braga Netto sabia, o Bolsonaro não sabia? Isso era inverossímil”, afirmou.

“Isso beira o ridículo. Então, a responsabilidade do Bolsonaro é muito grande. Dele ter ido para os Estados Unidos já era um sinal péssimo. Ficar fora do país, ter acontecido o 8 de janeiro, mais grave agora com essas revelações, o Bolsonaro está totalmente comprometido com o que aconteceu. Não vejo como não estar”, enfatizou.

Na operação da PF, quatro oficiais do Exército e um policial federal foram presos, acusados de conspirar para realizar um golpe contra o resultado das eleições de 2022. O plano incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Brasil 247

Militar preso pela PF roubou dados de engenheiro para golpe de Estado após acidente de carro

Segundo a PF, o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira "utilizou dados de terceiros para viabilizar a habilitação da linha telefônica usada na ação"

(Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)

Por Alex Rodrigues, repórter da Agência Brasil - Um dos oficiais do Exército alvos da Operação Contragolpe, que a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19), usou documentos de uma pessoa com quem ele não tem nenhuma relação para adquirir a linha de telefone celular que usou para trocar mensagens com outros acusados de planejar um golpe de Estado, em 2022.

Segundo a PF, o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira “utilizou dados de terceiros para viabilizar a habilitação da linha telefônica usada na ação”. Para os investigadores, a fraude revela o emprego de uma técnica militar, a anonimização, “prevista na doutrina de Forças Especiais do Exército” e cujo propósito é dificultar a identificação do verdadeiro usuário da linha telefônica.

Foi a partir de informações extraídas do celular apreendido com Oliveira, em fevereiro deste ano, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que os investigadores da PF conseguiram avançar na apuração dos indícios de que, no fim de 2022, oficiais de alta patente do Exército monitoraram, ilicitamente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e planejavam dar um golpe de Estado, impedindo a posse do presidente recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin.

A pedido da Polícia Federal (PF), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, autorizou, nesta terça-feira, a prisão preventiva de Oliveira e também do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima e Rodrigo Bezerra Azevedo. Também foi autorizada a prisão preventiva do policial Wladimir Matos Soares.

Em sua decisão, Moraes afirma que, ao longo da investigação, a PF reuniu indícios de que, após executá-lo, o grupo planejava matar o presidente Lula e vice-presidente Geraldo Alckmin para “impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir o livre exercício da democracia e do Poder judiciário brasileiro”.

Documento - Entre os arquivos extraídos do aparelho apreendido, duas fotografias permitiram aos investigadores associar Oliveira ao codinome teixeiralafaiete230, com o qual o celular que ele usava para conversar com os outros militares em um aplicativo de troca de mensagens instantâneas estava registrado. As imagens eram as fotos de uma Carteira Nacional de Habilitação e dos documentos do carro de Lafaiete Teixeira Caitano.

Segundo a PF, Caitano e Oliveira se envolveram em um acidente automobilístico em 24 de novembro de 2022, na rodovia BR-060, entre Brasília e Goiânia. Caitano registrou um boletim de ocorrência na ocasião, assumindo ter colidido contra o carro que Rafael dirigia – e que o militar tinha alugado três dias antes, no Aeroporto de Goiânia.

De posse destas e de outras informações, os investigadores concluíram que Oliveira usou a cópia dos documentos que Caitano lhe deu para que sua seguradora fosse acionada para habilitar uma das linhas telefônicas que passou a usar no planejamento do golpe de Estado. A Agência Brasil conversou com Caitano, que corroborou a conclusão da PF. O engenheiro mecânico confirmou que bateu no carro de Oliveira e que lhe forneceu cópia de seus documentos.

“Eu disponibilizei os documentos para fazermos todo o trâmite junto à seguradora”, disse Caitano, revelando surpresa ao saber dos desdobramentos que só hoje vieram a público. “Credo! Eu não estava sabendo desta operação [da PF]. Não me fala um trem deste não! Estou no trabalho. Trabalhei o dia todo e não vi nada. Nunca soube nada sobre um outro telefone em meu nome além do meu. Nenhuma operadora jamais me comunicou isso e este número com o qual estamos conversando é o único que habilitei”, acrescentou Caitano antes de compartilhar com a reportagem prints das mensagens que trocou com Oliveira após o acidente.

“Tô em choque. A gente vê notícias deste tipo, mas nunca imagina que algo assim vai acontecer com a gente. Graças a eficiência da polícia, foi constatado que eu sou vítima”, comentou o engenheiro. "Ele agiu de má fé mesmo", conclui.

De acordo com a PF, o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira já tinha habilitado, em junho de 2022, outra linha em nome de outra pessoa, identificada como Luis Henrique Silva do Nascimento, morador de Belo Horizonte.

Consultando a empresa de telefonia responsável pela linha, os investigadores obtiveram não só o número de identificação do aparelho celular (Imei), como a informação de que, só entre o fim de maio e meados de dezembro de 2022, este mesmo telefone recebeu 1.423 linhas telefônicas. “Destaque-se que o referido Imei pertence exatamente ao aparelho telefônico vinculado a Rafael de Oliveira, o qual foi apreendido no âmbito da Operação Tempus Veritatis.

A equipe da Agência Brasil tentou contato com a defesa dos militares citados nesta reportagem, mas até o momento não obteve retorno.

Fonte: Brasil 247

Governo tem pressa e espera concluir acordo Mercosul-UE até 6 de dezembro

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que “os avanços são bastante animadores para que se chegue a um bom termo”

Bandeiras do Mercosul e União Europeia (Foto: Bandeiras do Mercosul e União Europeia)

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou na segunda-feira (18) que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul deve ser anunciado em 6 de dezembro, durante a reunião de cúpula do bloco sul-americano. A informação foi divulgada pelo Valor Econômico.

Durante um evento do G20 no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, Fávaro demonstrou otimismo, afirmando que “os avanços são bastante animadores para que se chegue a um bom termo”. O ministro também enfatizou que “nunca estivemos tão perto desse acordo”.

De acordo com o chefe da pasta da Agricultura e Pecuária, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu “tratar e superar questionamentos do Paraguai” em relação à negociação. Fávaro também manifestou confiança de que a França acabará cedendo ao acordo, uma vez que deve receber “pressão, inclusive do bloco europeu, que tem interesse nessa formalização”.

Fonte: Brasil 247

Câmara aprova 30% das vagas em concursos federais para pretos, pardos, indígenas e quilombolas

Projeto será enviado ao Senado

Deputada Carol Dartora (PT-PR) (Foto: Gustavo Bezerra)

Agência Câmara de Notícias - A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1958/21, do Senado, que reserva às pessoas pretas e pardas, aos indígenas e aos quilombolas 30% das vagas em concursos públicos federais. Como o projeto foi alterado na Câmara, ele volta ao Senado.

De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o texto pretende substituir a Lei de Cotas no Serviço Público, que perdeu a vigência em junho deste ano. A lei previa a reserva de 20% das vagas em concursos públicos para negros.

Conforme a proposta, a regra de cotas abrangerá processos seletivos simplificados e contratação temporária, e envolverá a administração pública direta, autarquias, fundações, empresas e sociedades de economia mista controladas pela União.

A relatora, deputada Carol Dartora (PT-PR), afirmou que o projeto é crucial na luta por justiça e igualdade. "Isso não é apenas uma reparação histórica. É uma estratégia concreta para combater o racismo institucional e garantir acesso justo às oportunidades no serviço público", disse.

A aprovação da proposta, para Dartora, é um reconhecimento de que o serviço público precisa refletir a diversidade do povo brasileiro e "garantir que espaços de poder e decisão sejam ocupados por aqueles historicamente excluídos".

Dartora acatou duas alterações ao texto para garantir a aprovação. A primeira foi a redução de 10 para 5 anos no tempo de revisão da política. A outra foi a retirada da previsão de procedimentos de confirmação complementar à autodeclaração com participação de especialistas.

Cálculo

A reserva de 30% valerá sempre que forem ofertadas duas ou mais vagas e será aplicada se, eventualmente, surgirem outras durante a validade do concurso.

Quando o cálculo resultar em números fracionários, haverá arredondamento. A reserva também deverá ser aplicada às vagas que, eventualmente, surgirem depois, durante a validade do concurso.

Quando o certame oferecer menos de duas vagas ou for apenas para formar cadastro de reserva, esse público-alvo poderá se inscrever por meio de reserva de vagas para o caso de elas surgirem no futuro durante o prazo de validade do concurso público ou do processo seletivo simplificado. Nesse caso, a cota deverá ser aplicada, com a nomeação das pessoas pretas, pardas, indígenas ou quilombolas aprovadas.

◉ Outros grupos

O projeto fixa regras também de alternância para preenchimento de vagas por meio de cotas em conjunto com outros grupos, como pessoas com deficiência.

Assim, deverão ser seguidos critérios de alternância e proporcionalidade com esses grupos dos quais o projeto não trata, considerada a relação entre o número total de vagas e o número de vagas reservadas para cada política de cotas.

Na hipótese de todos os aprovados da ampla concorrência serem nomeados e ainda existirem cargos vagos durante o prazo de validade do certame, poderão ser nomeados os aprovados que ainda se encontrarem na lista da reserva de vagas, de acordo com a ordem de classificação.

◉ Autodeclaração

Pelo texto, serão consideradas pretas ou pardas as pessoas que assim se autodeclaram.

Serão consideradas indígenas as pessoas que se identificarem como parte de uma coletividade indígena e forem reconhecidas por ela, mesmo que não vivam em território indígena.

Como quilombolas, serão considerados aqueles que se identificarem como pertencentes a grupo étnico-racial com trajetória histórica própria e relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra.

Caso haja indícios de fraude ou má-fé, o candidato poderá ser eliminado ou, se já tiver sido nomeado, terá anulada a admissão.

Aqueles que se inscreverem em concursos para disputar vagas reservadas estarão concorrendo também, simultaneamente, às vagas de ampla concorrência. No caso de aprovação nas vagas de ampla concorrência, o candidato não será computado na classificação de vagas reservadas.

◉ Debate em Plenário

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) criticou a versão inicial do projeto que exigia procedimentos complementares para confirmar as autodeclarações dos concursados. "O critério não é da autoidentificação? Como admitiremos que haja uma banca para definir se a pessoa é de tal cor, raça e etnia?", questionou. Segundo ele, essas bancas seriam tribunais raciais. O ponto foi retirado do texto após acordo entre os deputados.

Já a deputada Jack Rocha (PT-ES) afirmou que a proposta repara mazelas existenciais e seculares do Brasil. "Não nos verão voltando para a senzala onde nos querem. Nos verão fazendo política, fortalecimento da democracia e podem acostumar a ver nossos corpos e rostos no protagonismo da democracia."

O deputado Daniel Barbosa (PP-AL) afirmou que a reparação da proposta não é apenas racial, mas também social. "Se formos às favelas e aos locais mais vulneráveis do nosso país, vamos ver de quem é a cor da pele."

A deputada Dandara (PT-MG) ressaltou a importância de se aprovar o tema nas vésperas do primeiro feriado nacional do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. “As cotas no serviço público significaram um grande avanço e contribuíram para a eficácia e a qualidade do serviço que chega na ponta”, disse.

O deputado Helio Lopes (PL-RJ) defendeu a aprovação de cotas por condições socioeconômicas ao invés de cotas raciais. "Vamos defender a cota social, vamos pensar no pobre, em quem precisa. Onde tem um preto pobre tem um branco pobre também", afirmou.

De acordo com Lopes, a proposta segrega ao focar apenas na cor da pele e não buscar beneficiar o povo mais vulnerável.

Fonte: Brasil 247 com Agência Câmara

Lula recebe Xi Jinping no Palácio da Alvorada

Presidente chinês realiza visita de Estado ao país. Lula e Xi farão reunião privada e, depois, ampliada

Lula recebe Xi Jinping no Palácio da Alvorada (Foto: Reprodução/Canal Gov)

O presidente Lula (PT) recebeu no Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (20) o presidente da China, Xi Jinping, que realiza uma visita de Estado ao país. A agenda ocorre logo após a participação de ambos na Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro.

Xi Jinping desembarcou na capital federal na terça-feira (19), trazendo consigo uma comitiva robusta que reflete a importância da visita. As atividades oficiais começam no Palácio da Alvorada, com uma reunião restrita entre os dois líderes, seguida por um encontro ampliado com suas equipes. Entre os temas discutidos estão o fortalecimento da parceria econômica, a cooperação tecnológica e a coordenação em fóruns multilaterais. Após as reuniões, será realizada uma cerimônia de assinatura de atos bilaterais e uma declaração conjunta à imprensa.

Lula oferecerá um almoço oficial no Palácio da Alvorada. À noite, o Palácio Itamaraty será palco de um jantar diplomático que encerrará as atividades formais da visita. O presidente chinês deixará o Brasil na manhã de quinta-feira (21).

Fonte: Brasil 247

De férias, pescando, Bolsonaro diz que as prisões de militares pela PF vão dar em nada

O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para variar, está de férias.

Estava em Alagoas quando soube da operação da Polícia Federal (PF) contra um grupo de militares, incluindo o general da reserva Mário Fernandes, seu ex-secretário-executivo. A ação policial, deflagrada na terça-feira (19), investiga um suposto plano de atentado contra lideranças do governo federal e do STF.

Bolsonaro está hospedado na casa de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, em São Miguel dos Milagres. Ele foi visto pescando com Machado e, segundo informações da colunista Bela Megale, comentou a operação, minimizando sua relevância e reforçando críticas ao governo atual.

Para Bolsonaro, a ação da PF teria como objetivo impressionar líderes do G20 e mostrar um governo comprometido com a democracia. Ele teria afirmado, sem apresentar provas, que as prisões seriam parte de uma estratégia política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Chegada de Bolsonaro em Maceió

Ao chegar ao aeroporto de Maceió, Bolsonaro foi recebido por apoiadores. Em um rápido discurso, ele aproveitou a oportunidade para criticar o governo Lula, destacando supostas diferenças entre seus ex-ministros e os atuais, além de fazer comparações entre Michelle Bolsonaro e Janja.

O ex-presidente também exaltou a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos como um exemplo de vitória conservadora. As declarações reforçaram o tom de polarização que ele mantém desde o fim de seu mandato.

Fonte: DCM

Braga Netto e Heleno podem ser próximos alvos da PF; entenda

Os generais Augusto Heleno (à esquerda) e Walter Braga Netto – Foto: Reprodução

A tensão entre os militares próximos ao governo Bolsonaro cresce após as investigações da Polícia Federal (PF) indicarem novos alvos. Nos bastidores, segundo informações da colunista Monica Gugliano, do Estadão, há quem aposte que os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto estão prestes a enfrentar investigações mais profundas, com possíveis consequências legais.

As operações realizadas na terça-feira (19) que resultaram na prisão de um general reformado e outros envolvidos despertaram grande atenção entre os militares. Entre os detidos, estavam membros das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos,” e um policial federal, acusados de planejar ações contra lideranças do governo e do Judiciário, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Segundo relatos, depoimentos e documentos reforçam as suspeitas de que Heleno e Braga Netto tinham papéis significativos no planejamento das ações. O tenente-coronel Mauro Cid, em sua colaboração, apresentou informações detalhadas que fortalecem as acusações contra os generais.

O tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

O inquérito da PF, com mais de 200 páginas, descreve nomes, codinomes, conversas e estratégias utilizadas no plano. As provas incluem detalhes sobre armamentos, como metralhadoras e equipamentos pesados, além do uso de celulares descartáveis.

Dentre as ações apuradas, há o envolvimento de Mário Fernandes, ex-assessor do governo Bolsonaro, acusado de imprimir os planos dentro do Palácio do Planalto. Fernandes teria atuado sem o conhecimento de seu chefe direto, Luiz Eduardo Ramos, que aparentava estar alheio às movimentações e foi visto viajando pelo exterior após o fim do governo.

Ainda de acordo com as investigações, o sucesso do plano dependia de um comando explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro, que nunca foi dado. Bolsonaro teria esperado manifestações populares em apoio à continuidade de seu mandato, mas esse apoio não se concretizou, enfraquecendo qualquer tentativa de ação.

Braga Netto e Heleno, que se mantêm discretos desde o fim do governo Bolsonaro, são avaliados como peças fundamentais nas articulações. As suspeitas crescem diante de novos depoimentos e evidências apresentadas à Polícia Federal.

Fonte: DCM