terça-feira, 19 de novembro de 2024

PF coloca no centro da cena golpista o entorno mais próximo de Bolsonaro, diz Jorge Messias

Ministro-chefe da AGU classificou como "estarrecedoras" as descobertas sobre plano de militares que queriam assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Advogado-geral da União, Jorge Messias (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) colocou no centro das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta terça-feira (19) o Ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. Segundo ele, o trabalho da PF revelou o envolvimento direto do entorno do ex-mandatário em ações planejadas para atacar a democracia - pretendendo assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal - e promover um golpe de Estado.

"A operação da PF de hoje trouxe revelações estarrecedoras. O competente trabalho da nossa polícia judiciária coloca no centro da cena golpista o entorno mais próximo do ex-mandatário. O 8 de janeiro, como já disse, não foi um passeio dominical. Foi resultado de uma ação meticulosamente planejada por quem odeia a democracia e buscou dar um golpe contra o Estado de direito", afirmou Messias em publicação no X (antigo Twitter). Ele ainda reiterou sua posição contra o autoritarismo, citando Ulisses Guimarães: “Temos ódio e nojo à ditadura. Não passarão!”.


Operação Contragolpe e os planos golpistas

A declaração de Messias segue a deflagração da Operação Contragolpe, pela Polícia Federal, que desarticulou uma organização criminosa formada por militares e apoiadores do ex-presidente. Segundo a PF, o grupo planejava assassinar Lula, Alckmin e Moraes como parte de um plano maior para instaurar um regime ditatorial no Brasil.

Apelidado de "Punhal Verde e Amarelo", o esquema previa ações coordenadas com alto nível técnico-militar. Entre os objetivos estavam o assassinato de líderes políticos, a abolição do Estado Democrático de Direito e a imposição de um governo de exceção. De acordo com as investigações, os conspiradores possuíam treinamento avançado e recursos suficientes para implementar a estratégia.

A PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva — quatro contra militares, incluindo um general da reserva, e um policial federal —, além de três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. As operações ocorreram no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, com apoio do Exército Brasileiro.

A PF também identificou que Bolsonaro revisou e ajustou uma "minuta do golpe", que visava intervir no Judiciário, impedir a posse de Lula e convocar novas eleições. Mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, revelam que o ex-mandatário buscava apoio militar para consolidar a tentativa de golpe.

Entre os detidos na operação estão nomes de peso, como o general da reserva Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral e assessor do deputado Eduardo Pazuello, e o coronel Hélio Ferreira Lima, ex-comandante de forças especiais em Manaus. O grupo é acusado de coordenar desde o financiamento de manifestantes golpistas até o planejamento de atentados contra autoridades.

Fonte: Brasil 247

Mensagens expõem pressão de parlamentares e do agronegócio sobre Bolsonaro para golpe de Estado

"A pressão que ele recebe é de todo mundo. Ele está… é cara do agro. São alguns deputados, né?", disse Mauro Cid em mensagem ao general Freire Gomes

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Uma troca de mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, revelou que o ex-mandatário sofria enfrentava pressões de deputados e membros do agronegócio para “tomar uma medida mais pesada utilizando as forças [armadas]”. As mensagens são parte de uma investigação que aponta a existência de um plano arquitetado por uma organização criminosa para cometer assassinatos e tentar um golpe de Estado no Brasil.

As informações, segundo a CNN Brasil, foram destacadas na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (19). O objetivo da operação, batizada de Contragolpe, foi desarticular o grupo que planejava um golpe de Estado visando manter Bolsonaro no poder e assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes.

"Boa tarde, General! Só para atualizar o senhor que vem acontecendo é o seguinte. O presidente tem recebido várias pressões para tomar uma medida mais pesada, onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né? Mas ele sabe, ele ainda continua com aquela ideia, que ele saiu da última reunião, mas a pressão que ele recebe é de todo mundo. Ele está… é cara do agro. São alguns deputados, né?", diz Cid em uma das mensagens.

Ainda segundo Cid, Bolsonaro teria ajustado uma minuta de decreto para um golpe de Estado, deixando-o mais "enxuto". Essa minuta havia sido revelada em fevereiro de 2023 pela Polícia Federal, que indicou que o ex-mandatário participou ativamente do processo de elaboração do texto golpista,

A Operação Contragolpe foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (19). Os agentes cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. Entre os alvos estão quatro militares e um policial federal. Segundo a investigação, a organização criminosa era composta majoritariamente por militares das Forças Especiais, conhecidos como "kids pretos". O grupo planejava realizar os assassinatos no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O plano operacional, batizado de "Punhal Verde e Amarelo", tinha como objetivo eliminar as principais lideranças do governo eleito, instaurar o caos e criar condições para um golpe de Estado. O grupo acreditava que as mortes seriam suficientes para impedir a posse do novo governo.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Flávio Bolsonaro minimiza operação da PF e diz que 'pensar em matar alguém não é crime'

PF desarticulou organização criminosa que planejou, em 2022, matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes e instaurar uma ditadura bolsonarista



Operação da Polícia Federal (PF), batizada de Contragolpe, desarticulou nesta terça-feira (19) uma organização criminosa composta por militares apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), acusada de planejar o assassinato de autoridades e a implantação de uma ditadura no Brasil. Em meio às revelações, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu nas redes sociais que 'pensar em matar alguém não é crime', minimizando a gravidade do caso.

Em publicação no X (antigo Twitter), Flávio questionou a narrativa apresentada pela imprensa e pelas autoridades policiais. “Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de cinco pessoas tinha um plano para matar autoridades e, na sequência, eles criariam um ‘gabinete de crise’ integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam? Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime”, escreveu o parlamentar.

O senador ainda mencionou o projeto de lei de sua autoria, o PL 2109/2023, que busca criminalizar atos preparatórios de crimes que envolvam lesão ou morte de três ou mais pessoas. “Hoje isso simplesmente não é crime”, defendeu. Ele também criticou decisões judiciais que considera “sem amparo legal”, chamando-as de “repugnantes e antidemocráticas”.

Plano de golpe e assassinatos: os detalhes da operação - Segundo a Polícia Federal, o plano, chamado de "Punhal Verde e Amarelo", previa o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de instaurar um regime autoritário no Brasil.

As investigações indicam que o grupo possuía conhecimento técnico-militar avançado e articulava ações coordenadas para realizar atentados e consolidar o golpe. Entre os detidos estão militares da ativa, da reserva e um policial federal. Destaque para o general da reserva Mário Fernandes, ex-assessor de Eduardo Pazuello, e o coronel Hélio Ferreira Lima, que comandava uma unidade de Forças Especiais do Exército.

Relações com o governo Bolsonaro e a "minuta do golpe" - A operação também revelou conexões diretas entre os investigados e figuras de destaque do governo Bolsonaro. Informações obtidas por meio de mensagens do ex-ajudante de ordens Mauro Cid sugerem que Jair Bolsonaro esteve diretamente envolvido na redação de um decreto que visava convocar novas eleições, parte de um plano maior para impedir a posse de Lula.

Além disso, o grupo investigado teria se reunido para planejar os ataques e articulado apoio militar, incluindo reuniões com generais de alta patente. O financiamento de manifestantes golpistas e o levantamento de recursos bélicos também estão sob investigação.

Fonte: Brasil 247

Golpistas planejavam alegar "fraude eleitoral" para derrubar Lula e manter Bolsonaro no poder, diz PF

Elemento central da trama seria a execução de mandados coercitivos e a ampla divulgação publicitária das ações do novo regime com viés autoritário

Lula e Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Ricardo Stuckert | Reuters)

As investigações da Polícia Federal (PF) sobre o planejamento de um golpe de Estado em 2022, supostamente articulado por uma organização criminosa com o objetivo de anular as eleições e impedir a posse do presidente Lula (PT), incluía a propagação de uma narrativa global de “fraude eleitoral” como justificativa para afastar Lula e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. Segundo o Metrópoles, um elemento central da trama seria a execução de mandados coercitivos e a ampla divulgação publicitária das ações do novo regime, com o objetivo de destruir as bases da democracia brasileira.

Entre as evidências apresentadas, destaca-se a chamada "minuta do golpe", um decreto ilegal redigido e ajustado que teria tido a participação direta do próprio Jair Bolsonaro. Segundo a PF, mensagens trocadas entre o tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, confirmam que o ex-mandatário realizou alterações no documento para torná-lo mais objetivo.

Em uma das comunicações analisadas, Mauro Cid relata que Bolsonaro enfrentava "pressões para tomar uma medida mais pesada" por parte de deputados favoráveis ao golpe. Além disso, a PF apurou que, no dia 9 de dezembro de 2022, Bolsonaro teria se reunido com o general Estevam Cals Theofilo para discutir o apoio militar à execução do plano.

A investigação trouxe à tona um aspecto ainda mais alarmante da conspiração: o plano de assassinato de Lula, seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Batizada de “Punhal Verde e Amarelo”, a operação foi discutida em 12 de novembro na casa do general Braga Netto e incluía métodos como envenenamento e o uso de artefatos explosivos.

Documentos impressos no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro, e posteriormente transferidos para o Palácio da Alvorada, descreviam detalhadamente os planos de execução. Lula era identificado pelo codinome “Jeca” e Alckmin como “Joca”.

Conforme o relatório da PF, "a possibilidade de envenenamento ou uso de químicos para causar colapso orgânico" era considerada para atingir Lula, enquanto Moraes seria alvo de um atentado em evento público, com explosivos ou métodos semelhantes. Entretanto, os conspiradores avaliaram que o risco de “danos colaterais” e a probabilidade de fracasso eram altos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Após golpe, ditadura bolsonarista começaria com “Gabinete de Crise” comandado por Augusto Heleno e Braga Netto

Também comporiam o gabinete Mario Fernandes, preso nesta terça, e Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro

Augusto Heleno e Walter Braga Netto (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O plano golpista que planejava as execuções do presidente Lula (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), previa a criação de um “Gabinete de Crise” chefiado pelos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto. Segundo o G1, a medida seria adotada logo após os assassinatos, marcando o primeiro passo da instalação de uma ditadura bolsonarista no Brasil.

De acordo com a decisão de Alexandre de Moraes que autorizou a operação da PF para prender os militares envolvidos, também fariam parte do Gabinete de Crise o general Mario Fernandes, um dos autores do plano golpista preso nesta terça, e o ex-assessor do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins. Os agentes encontraram, inclusive, uma minuta para a criação do gabinete junto com Fernandes.

Além das execuções de Lula, Alckmin e Moraes, os primeiros passos da ditadura bolsonarista envolveriam prisões de ministros do STF e mudanças no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para “reestabelecer o regime jurídico e a credibilidade do processo eleitoral”.

A investigações da PF também apontaram que houveram discussões sobre a trama golpista dentro do Palácio do Planalto, onde o plano “Punhal Verde e Amarelo” teria sido impresso por Mario Fernandes no dia 9 de novembro de 2022. Dados coletados pelos agentes mostram que os aparelhos telefônicos dos investigados Rafael Martins de Oliveira e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, estavam conectados à rede de internet que cobre o Planalto. Na sequência, o documento teria sido levado ao Palácio da Alvorada, onde residia o então presidente.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Militares cogitaram usar veneno e explosivos para “eliminar” Lula, Moraes e Alckmin


O presidente Lula (PT). Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) revelou que os militares presos nesta terça-feira (19) consideraram utilizar explosivos e veneno para assassinar o presidente Lula (PT), o ministro do STF Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin. A conspiração teria sido planejada para dezembro de 2022, logo após as eleições presidenciais.

“Para execução do presidente Lula, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, afirma a PF.

A execução estava prevista para 15 de dezembro de 2022, apenas três dias após sua diplomação como presidente eleito pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Entre os presos pela PF estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira. Todos eles faziam parte das forças especiais do Exército, conhecidas como “kids pretos”, e foram localizados no Rio de Janeiro.

Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR
Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR

Além disso, o plano incluía um confronto direto com a segurança de Moraes. Conforme apontam os documentos apreendidos, os militares já monitoravam os trajetos do ministro e haviam definido os armamentos necessários para sequestrar ou assassiná-lo.

Um dos trechos dos registros encontrados com o general da reserva Mario Fernandes mencionava “danos colaterais passíveis e aceitáveis”, considerando a possibilidade de mortes na equipe de segurança do ministro.

A PF também confirmou que o documento com os detalhes do plano foi levado à residência oficial de Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. O general Mario Fernandes teria imprimido o material em 9 de novembro de 2022, dias após a derrota de Bolsonaro nas urnas, e o entregado diretamente no local.

“Para execução do presidente LULA, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, reforça outro trecho do relatório.

Ainda segundo a investigação, “o contexto de emprego de armamentos extremamente letais, bem como de uso de artefato explosivo ou envenenamento, revelam que o grupo investigado trabalhava com a possibilidade de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. Tal fato é reforçado pelo tópico denominado ‘Danos colaterais passíveis e aceitáveis’, em que o documento descreve como passível ‘100%’ e aceitável também o percentual de ‘100%'”.

A operação

A operação da PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes, a proibição de contato entre os investigados e a suspensão do exercício de funções públicas.

Os mandados foram executados com o apoio do Exército Brasileiro em estados como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, reforçando a abrangência e gravidade da investigação.


Fonte: DCM

Gonet defende no STF prisão de militares golpistas alvos da PF

O procurador-geral da República, Paulo Gonet: ele se manifestou em favor da prisão de militares golpistas alvos da PF. Foto: reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou favoravelmente à prisão dos militares e do policial federal envolvidos na operação deflagrada nesta terça-feira (19). A ação teve como alvo uma organização criminosa suspeita de planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

O parecer, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, e ocorre após o caso ser submetido à análise do órgão pelo ministro Alexandre de Moraes, conforme informações do Blog do Valdo Cruz, do G1.

No documento, a PGR destaca que “há provas suficientes da existência de crime e indícios razoáveis de autoria”. Além disso, o texto enfatiza que “a gravidade das condutas veiculadas e sua natureza violenta evidenciam o perigo concreto de que a liberdade dos investigados represente risco à garantia da ordem pública”.

A PGR também classificou a prisão como “proporcional” e essencial para a condução das investigações. “A prisão dos envolvidos é necessária para a instrução criminal, pois permitirá a compreensão adequada da extensão das condutas perpetradas”, afirma outro trecho do parecer.

Entre os detidos estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira. Todos os militares pertenciam às forças especiais do Exército, conhecidas como “kids pretos”, e foram localizados no Rio de Janeiro.

As investigações apontam que o grupo também teria planejado um atentado para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR
Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR

Fonte: DCM

Lula reagiu com "surpresa e indignação" ao saber de plano para matá-lo, conta diretor-geral da PF

Uma ação da PF prendeu quatro militares acusados de participação em uma trama golpista para matar Lula, Alckmin e Moraes

Presidente Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou que comunicou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a deflagração da Operação Contragolpe na manhã desta terça-feira (19), informa o G1. A ação da PF prendeu quatro militares acusados de participação em uma trama golpista para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Rodrigues, Lula reagiu com “surpresa e indignação” ao saber do plano. "Comuniquei ao presidente, por volta das 6h30, após o cumprimento das medidas, dada a gravidade dos fatos e as ameaças à sua vida e ao vice-presidente. Também comuniquei ao Alckmin", disse à jornalista Daniela Lima.

O plano para executar Lula, Alckmin e Moraes fazia parte de uma trama golpista que seria executada após as eleições presidenciais de 2022. Militares do grupo de elite “kids pretos” cogitaram a possibilidade de envenenar o presidente eleito e seu vice após uma reunião na casa do general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa com Jair Bolsonaro naquele ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

"Sem anistia!", diz Gleisi após PF revelar plano bolsonarista para assassinar Lula

"Cinco servidores atentando contra a democracia e a vida. Esse foi o tamanho da nossa vitória em 2022", destacou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), classificou como “extremamente grave” a revelação de que militares apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) planejaram o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em uma declaração contundente, Gleisi enfatizou: “sem anistia!”.

A denúncia veio à tona após a Polícia Federal (PF) deflagrar, nesta terça-feira (19), a Operação Contragolpe, que desarticulou uma organização criminosa composta por militares com conhecimento técnico-militar avançado. O grupo, segundo a PF, pretendia não apenas cometer os assassinatos, mas também instaurar uma ditadura no Brasil.

O plano - Batizado como “Punhal Verde e Amarelo”, o plano previa ações coordenadas contra líderes políticos e instituições democráticas. O ataque inicial estava planejado para 15 de dezembro de 2022, com a execução simultânea de Lula e Alckmin e a prisão e morte de Alexandre de Moraes. A operação também previa o controle de centros estratégicos e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, que seria comandado pelos golpistas para consolidar o regime autoritário.

De acordo com investigações da PF, o grupo vinha monitorando Moraes há semanas e possuía conhecimento técnico-militar avançado, devido à formação em Forças Especiais e experiências prévias no Exército Brasileiro

Em suas redes sociais, Gleisi destacou a gravidade do caso: “hoje foram presos quatro militares e um policial que planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes na trama golpista. Um caso extremamente grave! Foram reuniões conspiratórias, descrédito das urnas, desvio de dinheiro para organizar a ida de caravanas bolsonaristas para acampamentos em frente aos quartéis... Lembrem que os cinco são servidores públicos, com o conhecimento técnico-militar que aprenderam através do Estado, atentando contra a democracia e a vida. Esse foi o tamanho da nossa vitória em 2022. Sem anistia!”.

Fonte: Brasil 247

Reunião na casa de Braga Netto discutiu plano para executar Lula, Alckmin e Moraes, aponta PF

Candidato a vice na chapa com Bolsonaro em 2022, Braga Netto foi um dos mais envolvidos na trama golpista, apontam investigações

Jair Bolsonaro e Walter Souza Braga Netto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 O plano de execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, foi discutido no dia 12 novembro daquele ano na casa do general Walter Braga Netto, informa a jornalista Andréia Sadi, do G1. Braga Netto foi o candidato a vice na chapa com Bolsonaro nas eleições presidenciais.

A Polícia Federal colheu depoimentos que comprovam o encontro, confirmado pelo braço direito de Bolsonaro, Mauro Cid, em sua delação. Materiais apreendidos com o general de brigada Mario Fernandes corroboram com a informação.

Segundo as investigações, Braga Netto foi um dos mais envolvidos no roteiro da tentativa de golpe de Estado após ser derrotado nas eleições de 2022. Além de ser vice na chapa com Bolsonaro, o general foi ministro da Defesa e ministro-chefe da Casa Civil durante o governo do ex-presidente.

Na manhã desta terça-feira, a PF prendeu Mario Fernandes e outros três militares do grupo de elite conhecido como “kids pretos” por participação de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, para matar Alckmin e Lula no dia 15 de dezembro de 2022.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PF: Bolsonaro atuou diretamente na redação e ajuste da 'minuta do golpe'

Mensagens enviadas por Mauro Cid ao general Freire Gomes, então comandante do Exército, indicam que Bolsonaro "enxugou" o texto para torná-lo mais objetivo
(Foto: ABr)

A investigação da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de golpe de Estado visando impedir a posse do presidente Lula (PT) conecta Jair Bolsonaro (PL) à redação e ajustes da chamada "minuta do golpe". O documento previa uma intervenção no Judiciário com o objetivo de impedir a posse de Lula e convocar novas eleições.

Segundo o Metrópoles, as evidências coletadas pelos investigadores, obtidas através de mensagens trocadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, apontam o envolvimento direto do ex-mandatário no planejamento de um golpe de Estado.

De acordo com a PF, Jair Bolsonaro teria redigido e ajustado pessoalmente o texto do decreto golpista. Mensagens enviadas por Mauro Cid ao general Freire Gomes, então comandante do Exército, indicam que Bolsonaro "enxugou" o texto para torná-lo mais objetivo. Em uma das comunicações, Cid revelou que Bolsonaro estava sob pressão de "deputados" para adotar medidas mais drásticas, envolvendo o uso das Forças Armadas.

Além disso, as investigações apontam que o ex-mandatário se reuniu com o general Estevam Cals Theophilo, então comandante do Exército Brasileiro, em 9 de dezembro de 2022. O objetivo seria angariar apoio militar para consumar o golpe.

A Operação Contragolpe da PF foi deflagrada nesta terça-feira (19) para desarticular a organização criminosa suspeita de planejar não apenas o golpe, mas também o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo a PF, o plano operacional, denominado "Punhal Verde e Amarelo", previa a execução dessas autoridades para instaurar um regime de exceção no país.

A operação, autorizada pelo próprio Moraes, cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas.Entre os detidos na operação estão militares da ativa, da reserva e um policial federal: coronel Hélio Ferreira Lima: ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus. Foi destituído do cargo em fevereiro de 2024; general Mário Fernandes: ex-ministro interino da Secretaria-Geral e atualmente assessor do deputado Eduardo Pazuello; major Rafael Martins de Oliveira: acusado de negociar com Mauro Cid o pagamento de R$ 100 mil para financiar a ida de manifestantes a Brasília; major Rodrigo Bezerra de Azevedo, e o policial federal Wladimir Matos Soares.

As investigações revelam que o grupo de militares conhecido como "kids pretos" (força de elite da unidade de operações especiais do Exército) estava à frente do planejamento das ações. O esquema incluía articulações para financiar manifestantes golpistas, atentados contra autoridades e a imposição de um governo sob tutela militar.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula comanda reunião de encerramento do G20 e passa presidência do grupo para a África do Sul


O presidente Lula (PT): ele comandará a reunião de encerramento da reunião de líderes do grupo. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conclui nesta terça-feira (19) sua participação no G20, evento que foi liderado pelo Brasil em 2024.

Lula presidirá a terceira sessão da reunião de líderes, que terá como foco central o desenvolvimento sustentável. Em seguida, ele comandará a cerimônia de encerramento da Cúpula de Líderes e oficializará a passagem da presidência do grupo para a África do Sul.

Durante o dia, Lula realizará encontros bilaterais com vários chefes de Estado. Entre os compromissos agendados, está uma reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Além disso, o presidente oferecerá um almoço ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele também terá conversas com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, e com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

Na véspera do G20, Lula terá 11 reuniões bilaterais neste domingo (17)
O presidente Lula: o petista também concederá entrevista coletiva após encerramento do evento. Foto: reprodução

Outra atividade de destaque será o anúncio dos resultados de uma rodada de investimentos em saúde, feito em parceria com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Mais tarde, o chefe do Executivo brasileiro participará de uma coletiva de imprensa com jornalistas que acompanham a cúpula, composta pelas 19 maiores economias do planeta, além da União Europeia e da União Africana.

O Brasil assumiu a presidência rotativa do G20 em 1º de dezembro do ano passado, estabelecendo três pilares principais para a agenda de discussões: inclusão social e o enfrentamento da fome e da pobreza; transição energética aliada ao desenvolvimento sustentável; e a reforma da governança global.

Fonte: DCM

Mauro Cid presta novo depoimento à PF nesta terça após omissões sobre tentativa de golpe


O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, durante depoimento – Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (19), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), comparece à Polícia Federal (PF) para prestar novo depoimento. A convocação ocorre no contexto das investigações sobre a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.

A nova convocação de Cid foi motivada pela recuperação de dados que haviam sido apagados de aparelhos eletrônicos ligados a ele. Esses dados foram obtidos com o uso de tecnologia avançada pela PF, que utilizou um equipamento israelense para acessar informações que podem ser cruciais para a conclusão das investigações.

O militar foi um dos principais assessores de Bolsonaro durante seu mandato, tendo participado diretamente de questões sensíveis do governo. Ele firmou um acordo de delação premiada, comprometendo-se a colaborar com as investigações em troca de benefícios legais, incluindo a possibilidade de redução de pena. No entanto, as novas descobertas levantaram dúvidas sobre a amplitude de sua colaboração.

Mauro Cid e Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Entre os dados recuperados, a PF encontrou indícios de conversas e articulações entre alvos investigados, o que atrasou a finalização do relatório sobre o caso. Inicialmente previsto para este mês, o documento deve conter as conclusões da PF e apontar possíveis responsabilidades de Bolsonaro e outros aliados. Esses achados estão sendo cruzados com outras evidências já obtidas.

A recuperação de dados representou também um teste à credibilidade do acordo de colaboração de Mauro Cid. De acordo com investigadores, delatores têm a obrigação de revelar todas as informações que possuem sobre os crimes investigados. “O que a gente precisa entender é se o acordo para de pé”, declarou uma fonte da PF.

A investigação sobre a tentativa de golpe busca desvendar as redes de apoio e financiamento das ações antidemocráticas de 8 de janeiro. Mauro Cid, como ex-ajudante de ordens, estava diretamente ligado ao gabinete presidencial e, portanto, possui informações estratégicas sobre as atividades do núcleo duro do governo.

Mensagens divulgadas anteriormente pela imprensa mostram que Cid chegou a criticar a atuação da PF, evidenciando tensões entre o investigado e os agentes da corporação.

Fonte: DCM

Gleisi exalta sucesso do G20 sob a presidência do Brasil: "mostrou que ainda é possível construir consensos"

Documento final do G20 incluiu propostas como a taxação dos super-ricos, reforma da ONU e reafirmação do Protocolo de Kyoto para a luta climática

18.11.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante foto oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Rio de Janeiro - RJ Foto: Ricardo Stuckert/PR (Foto: Ricardo Stuckert)

A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) destacou nesta terça-feira (19) o impacto histórico da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro sob a presidência brasileira. Em postagem nas redes sociais, Gleisi enfatizou o papel do presidente Lula (PT) na promoção de um diálogo global mais inclusivo e democrático.

“O presidente Lula e o Brasil fazem a história avançar com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e o documento final da Cúpula do G20”, afirmou Gleisi. Ela destacou a adesão de 81 países e organismos internacionais à proposta brasileira de ações concretas e recursos para enfrentar os desafios da fome e da pobreza. “A Cúpula do Rio mostrou que ainda é possível construir consensos, quando há diálogo democrático e respeito pelas diferenças, num momento em que o mundo se vê ameaçado pelo extremismo de direita e pela ganância do sistema financeiro e suas políticas neoliberais".

Sob a liderança de Lula, o evento consolidou a imagem do Brasil como potência global pacífica, com destaque para a inclusão de propostas como a taxação global dos super-ricos, a reforma da ONU e a reafirmação do Protocolo de Kyoto como pilar para a luta climática. O documento final do G20 também defendeu o cessar-fogo em Gaza, a solução de dois Estados para Palestina e Israel, e reforçou os esforços diplomáticos para resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Brasil como protagonista global - A cúpula no Rio reafirmou o papel histórico do Brasil na promoção da paz e do desenvolvimento sustentável, colocando o país no centro das discussões globais. O presidente Lula, que emergiu como uma das vozes mais influentes no cenário internacional, recebeu elogios de líderes de diferentes espectros políticos. Até mesmo o presidente argentino, Javier Milei, frequentemente crítico de fóruns multilaterais, aderiu à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e firmou um importante acordo energético com o Brasil.

Além disso, a Cúpula do G20 destacou a urgência de avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, priorizando ações para mitigar desigualdades e proteger o meio ambiente.

Fonte: Brasil 247 

General preso por envolvimento em trama golpista para matar Lula, Alckmin e Mores foi ex-secretário do governo Bolsonaro

Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro e atualmente assessora o deputado Eduardo Pazuello

(Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira 19) para desarticular um plano de militares da reserva e um policial federal para executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve como um os dos alvos centrais, o general da reserva Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL) e atual assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ). Pazuello é general da reserva do EXército e foi ministro da Saúde do governo Bolsonaro. A informação é do jornal O Globo.

Ainda de acordo com a reportagem, Fernandes, descrito em delação como um dos militares mais radicais do núcleo golpista, teria articulado com o então comandante do Exército, general Freire Gomes, buscando apoio para a trama. Ele já havia sido alvo de buscas na Operação Tempus Veritatis, quando evidências apontaram seu envolvimento em reuniões golpistas.

Além de Fernandes, os outros presos pela PF nesta terça-feira são os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrantes dos chamados "kids pretos", além do policial federal Wladimir Matos Soares. Os "kids pretos", militares das forças de operações especiais, teriam utilizado treinamento técnico-militar para planejar ações contra o Estado brasileiro.

De acordo com a PF, o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo” previa, para o dia 15 de dezembro de 2022, o assassinato de Lula e Alckmin, além da prisão e execução de Moraes. Como parte da conspiração, os envolvidos criariam um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise" para assumir o controle após a tentativa de golpe.

Os mandados de prisão e busca foram cumpridos com acompanhamento do Exército em Goiás, Rio de Janeiro, Amazonas e Distrito Federal. A operação visa identificar crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e golpe de Estado.

Os "kids pretos" e sua atuação - O grupo de elite "kids pretos", formado por militares de forças especiais, destacou-se por sua atuação técnica e operacional, inclusive na intentona golpista de 8 de janeiro de 2023, durante a invasão ao Congresso Nacional. O apelido refere-se aos gorros pretos usados nas operações.

Treinados em ações de comandos, o grupo conta com formação intensa, envolvendo restrições severas de sono e alimentação, além de técnicas como resistência a gás lacrimogêneo. Muitos integraram missões de grande porte, como a intervenção no Haiti e operações antiterrorismo na Copa do Mundo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Kids pretos presos nesta manhã faziam a segurança de autoridades no G20

Integrantes das forças especiais estavam em missão de proteção de líderes mundiais durante evento internacional; prisões ocorreram por ordem do STF
Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes (Foto: Arquivo pessoal/Reprodução)

Nesta terça-feira (19), uma operação da Polícia Federal resultou na prisão de cinco pessoas, entre elas quatro militares das forças especiais do Exército Brasileiro, conhecidos como "kids pretos". Os militares integravam a missão de segurança do G20, evento que reúne líderes das principais economias do mundo e está acontecendo no Rio de Janeiro. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Os presos, identificados como o general de brigada Mário Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira, desempenhavam papéis estratégicos na segurança de autoridades internacionais durante o evento. Além deles, Wladimir Matos Soares, policial federal, também foi detido. As prisões foram cumpridas antes das 6h50 desta manhã, segundo apuração da GloboNews.

A ação policial, batizada de "Contragolpe", investiga a atuação de uma organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Judiciário. Entre as revelações mais alarmantes está o plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin em 15 de dezembro de 2022, além da execução de um ministro do STF. Investigações apontam que o ministro Alexandre de Moraes seria o principal alvo.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo vinha realizando monitoramento constante das autoridades e elaborou um "detalhado planejamento operacional". As ações incluíam ainda a prisão e a execução de outras figuras políticas, caso o golpe fosse consumado.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews

Saiba quem são os kids pretos, que pretendiam assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Um policial federal, além de quatro militares ligados às forças especiais do Exército, também foi preso na operação Contragolpe

Kids Pretos (Foto: Exército Brasileiro)

A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19) para desarticular uma organização criminosa composta por militares e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que teria planejado assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, teve quatro militares ligados às forças especiais do Exército, os chamados “kids pretos”, e um policial federal como alvos.

Os quatros militares presos foram identificados como o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. O agente federal Wladimir Matos Soares também foi preso pela suspeita de participar da trama golpista.

Além disso, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão e aplicou 15 medidas cautelares, como a entrega de passaportes e a proibição de contato entre os investigados. As ações ocorreram no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, com o apoio do Exército Brasileiro.

Batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, o plano previa o assassinato de Lula e Alckmin no dia 15 de dezembro de 2022, além da prisão e execução de Alexandre de Moraes. Segundo a PF, o grupo havia monitorado o ministro do STF por semanas e possuía conhecimento técnico-militar avançado para executar as ações.

A investigação revelou ainda que o grupo tinha um projeto para instituir um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, comandado pelos golpistas, com o objetivo de administrar os conflitos resultantes do golpe de Estado e consolidar o regime autoritário.

Os envolvidos, em sua maioria militares com formação em Forças Especiais, utilizavam técnicas operacionais avançadas para planejar o golpe. O esquema também incluía o levantamento de recursos humanos e bélicos suficientes para ações coordenadas contra alvos estratégicos.

As ações e planos configuram crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, conforme aponta a investigação.

Fonte: Brasil 247

Preso pela PF por tentativa de golpe e plano para matar Lula, militar defendeu "medida radical" diante de Bolsonaro

Mario Fernandes aparece em vídeo de reunião em que Bolsonaro e ministros discutem formas de minar a confiança nas eleições e tomar medidas antes do pleito

Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil | Marcelo Camargo/Agência Brasil | Reuters/Adriano Machado)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (19), a Operação Contragolpe, desarticulando uma organização criminosa composta por militares e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). O grupo é acusado de planejar assassinatos do presidente Lula (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, como parte de um plano maior para implantar uma ditadura no Brasil.

Além do policial federal Wladimir Matos Soares e dos militares do Exército Helio Ferreira Lima (tenente-coronel), Rodrigo Bezerra Azevedo (major) e Rafael Martins de Oliveira (major), foi preso também o general de brigada da reserva Mario Fernandes. Todos os militares eram ligados às forças especiais, os chamados "kids pretos", do Exército.

Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022 e atualmente ocupa o cargo de assessor do deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ).

Em julho de 2022, Fernandes, conforme relata reportagem do g1, defendeu em reunião ministerial, na presença de Jair Bolsonaro (PL), "alternativas" antes das eleições presidenciais daquele ano, e admitiu o risco de "conturbar o país". A fala consta em gravação apreendida no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Na ocasião, ministros de Bolsonaro discutiam formas de minar a confiança no sistema eleitoral e tomar medidas antes do pleito.

Fernandes defendeu que o governo Bolsonaro desse um prazo para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrando que os Três Poderes fiscalizassem as eleições: "nós temos que...um prazo para isso acontecer, por parte do Judiciário, do TSE, e uma previsão de uma próxima reunião pra alternativas se isso não acontecer nesse prazo".

Ele ainda citou uma "medida mais radical": "daqui a pouco nós estamos nas vésperas do primeiro turno. E aí, com a própria pressa internacional, a liberdade de ação do senhor e do governo vai ser bem menor. A população vai começar a acreditar: 'não, tá tranquilo, o governo não tomou a medida mais radical, tá tranquilo'. Então, eu acho que realmente nós temos que ter um prazo para que isso aconteça, e não... para que eles raciocinem que é importante avaliar essa possibilidade. Mas principalmente, para que uma alternativa seja tomada, como o senhor bem disse, antes que aconteça".

O militar também fez referência ao golpe militar de 1964. "Porque no momento que acontecer, o que vai acon... É 64 de novo? É uma junta de governo? É um governo militar? É um atraso de tudo que se avançou no país? Porque isso vai acontecer. O país vai ser todo desarticulado. Eu não tô falando dos nossos postos não. Eu tô falando do país como um todo, todo o planejamento estratégico vai ser desarticulado".

"Então, tem que ser antes. Tem que acontecer antes, como nós queremos, dentro de um estado de normalidade. Mas é muito melhor assumir um pequeno risco de conturbar o país, pensando assim para que aconteça antes, do que assumir um risco muito maior da conturbação quando a fotografia lá for de quem a fraude determinar", continuou.

Plano de assassinato - A Operação Contragolpe, desta terça-feira (19), revelou que os presos pela Polícia Federal tinham um plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. Batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, o plano previa o assassinato de Lula e Alckmin no dia 15 de dezembro de 2022, além da prisão e execução de Alexandre de Moraes. Segundo a PF, o grupo havia monitorado o ministro do STF por semanas e possuía conhecimento técnico-militar avançado para executar as ações.

A investigação revelou ainda que o grupo tinha um projeto para instituir um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, comandado pelos golpistas, com o objetivo de administrar os conflitos resultantes do golpe de Estado e consolidar o regime autoritário.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1