sábado, 16 de novembro de 2024

Musk responde a “fuck you” de Janja: ‘Vão perder a próxima eleição’


Elon Musk. Foto: Divulgação

O empresário bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), respondeu à declaração da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que ganhou repercussão durante o painel Cria G20, no G20 Social, realizado no sábado (16). Na ocasião, ela criticou ele e usou uma expressão direta para atacá-lo, afirmando: “Fuck you, Elon Musk”.

A fala de Janja ocorreu enquanto ela discutia a importância de regulamentar as plataformas digitais e combater a desinformação, temas abordados no evento organizado pelo governo do presidente Lula. Após um breve comentário sobre Musk, ela declarou: “Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk”, sendo aplaudida pelo público presente.

Musk não deixou o comentário passar em branco e utilizou sua rede social para responder à provocação. Em uma publicação breve, ele escreveu: “Eles perderão a próxima eleição”, sem mencionar diretamente a primeira-dama ou o contexto de sua fala.

Fonte: DCM

Justiça Eleitoral cassa candidatura de prefeita reeleita em Mato Grosso

A prefeita reeleita de Barra do Bugres, Maria Azenilda Pereira (Republicanos), foi por compra de votos
(Foto: Reprodução redes sociais)

 A Justiça Eleitoral cassou o registro de candidatura da prefeita reeleita de Barra do Bugres (Mato Grosso), Maria Azenilda Pereira (Republicanos) por compra de votos.

De acordo com o site Portal de Prefeitura, a decisão é do juiz Arom Olímpio Pereira, que decretou a inelegibilidade da prefeita por 8 anos e determinou o pagamento de uma multa de R$ 200 mil.

O vice-prefeito, Arthur José Franco Pereira, também teve o registro de candidatura cassado e foi condenado a dividir o pagamento da multa.

Com isso, novas eleições municipais devem ser realizadas e foram marcadas para janeiro de 2025.

De acordo com a denúncia, Carlos Luiz Pereira Neto, filho de Maria Azenilda e atual secretário de Administração do município, teria oferecido R$ 2 mil a Luciana Viana da Silva durante um comício em troca de voto e apoio político para a reeleição de sua mãe.

O marido da prefeita, Arnaldo Pereira, e Rosandria Cardoso da Silva, esposa do vice-prefeito Arthur, teriam prometido benefícios à mesma eleitora. Entre as vantagens oferecidas, estariam a construção de um muro na residência dela e um emprego com melhores condições.

A decisão ainda cabe recurso e por meio de nota a defesa dos candidatos garantiram que a situação será esclarecida no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Fonte: Brasil 247

Janja manda recado direto a Elon Musk: "vai se f****" (vídeo)

Primeira-dama não mediu palavras contra o bilionário de extrema-direita

Janja e Elon Musk (Foto: Antonio Cruz/AgÂncia Brasil | REUTERS/Gonzalo Fuentes)

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, rasgou o verbo e disparou ofensas ao bilionário de extrema-direita Elon Musk, dono da plataforma social X e apoiador do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Musk integrará a futura gestão da Casa Branca, chefiando o "Departamento de Eficiência Governamental".

"Fuck you, Elon Musk", disse Janja durante um evento do G20 Social, no Rio de Janeiro (RJ).

Trump e Musk foram alvo de diversas críticas durante o evento, que ocorre antes da Cúpula de Líderes do bloco, quando os presidentes Lula e Joe Biden devem se reunir. A primeira-dama vem alertando para os perigos do futuro governo em Washington, principalmente na área ambiental.

Fonte: Brasil 247

 

Cármen Lúcia vota por Robinho preso e placar contra habeas corpus no STF chega a 5×1


Robinho está preso desde o dia 21 de março em Tremembé. Foto: reprodução

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou neste sábado (16) pela manutenção da prisão do ex-jogador Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália. Com seu voto, o placar do julgamento no STF chegou a 5 a 1, favorável à permanência de Robinho na prisão. Gilmar Mendes foi o único ministro a votar pela soltura do ex-jogador até o momento.

Robinho está preso em Tremembé, interior de São Paulo, desde março, cumprindo pena de nove anos de reclusão. Ele foi condenado pela Justiça italiana pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa em uma boate em Milão, em 2013. A sentença é definitiva e não cabe mais recurso. Apesar disso, como o Brasil não extradita brasileiros natos, a Itália solicitou que Robinho cumprisse a pena em território brasileiro.

Durante seu voto, Cármen Lúcia destacou a gravidade dos crimes cometidos contra mulheres, reforçando que a impunidade apenas perpetua o problema. “A impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas de desumanidade e cinismo”, afirmou. Ela acrescentou que tais atos configuram uma violação à dignidade de todas as mulheres.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com expressão séria e mão no queixo
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – Divulgação

Além de Cármen Lúcia, já votaram pela manutenção da prisão de Robinho os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Edson Fachin. O julgamento ocorre em plenário virtual e tem previsão de encerramento no dia 26 de novembro. O STF conta com 11 ministros, e restamapenas um voto para que a decisão da prisão alcance a maioria absoluta.

O caso foi analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu validar no Brasil a condenação proferida pela Justiça italiana. Robinho e seu amigo Ricardo Falco foram considerados culpados e receberam penas de nove anos. O STJ avaliou os aspectos formais e legais da sentença italiana, sem discutir o mérito da culpa ou inocência dos condenados.

Cármen Lúcia reforçou, em sua manifestação, que crimes como o praticado por Robinho causam danos profundos não apenas às vítimas diretas, mas a toda a sociedade. “Mulheres em todo o mundo são submetidas a crimes como o de que aqui se cuida, causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta, e também a vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo”, concluiu a ministra.

Fonte: DCM

VÍDEO: Janja rebate mulher que chamou evento ligado ao G20 de “Janjapalooza”


Janja da Silva. Foto: Reprodução

Durante um evento na agenda do G20, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (14), a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, reagiu a um comentário da plateia que chamou o festival promovido por ela de “Janjapalooza”. A expressão, que faz referência ao Lollapalooza, foi usada enquanto a socióloga perguntava: “Quem esteve no festival?”.

Após ouvir a palavra, seguida de risos da plateia, Janja respondeu prontamente. “Não, filha, é Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Vamos ver se consegue entender a mensagem, tá?”, rebateu, destacando o propósito do evento. A iniciativa é parte das ações do governo para a presidência brasileira do G20, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza busca reunir experiências de combate à desigualdade e promoção do desenvolvimento social. Janja tem sido uma das principais vozes na articulação do projeto, que integra esforços nacionais e internacionais para enfrentar questões estruturais de desigualdade e fome.

Fonte: DCM

Leia a Declaração Final do G20 Social

O texto reúne sugestões debatidas nos últimos dias para os chefes de Estado que virão ao Rio de Janeiro — não necessariamente serão acatadas

Encerramento do G20 Social, 16/11/24, Rio de Janeiro-RJ (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Declaração Final da Cúpula Social do G20 (G20 Social) foi lida e aprovada simbolicamente na manhã deste sábado (16). O documento será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, esta tarde — a nação africana assumirá a liderança do G20 para 2025.

O texto reúne sugestões debatidas nos últimos dias para os chefes de Estado que virão ao Rio de Janeiro — não necessariamente serão acatadas.

Leia a íntegra:

A Cúpula Social do G20, reunida entre os dias 14 e 16 de novembro, no Rio de Janeiro, ao final do amplo processo de participação do G20 Social, convocado pela Presidência Brasileira do G20, dirige aos líderes mundiais, que se reunirão entre os dias 18 e 19 de novembro, na Cúpula do G20, a seguinte DECLARAÇÃO sobre as principais propostas da sociedade civil global, consensuadas durante os trabalhos realizados ao longo do ano, em torno dos três temas centrais da presidência brasileira do G20:

● Combate à Fome, à Pobreza e à Desigualdade;
● Sustentabilidade, Mudanças do Clima e Transição Justa;
● Reforma da Governança Global.

QUEM SOMOS E DE ONDE FALAMOS

Representamos movimentos sociais e organizações da sociedade civil do Brasil e do mundo, reunidos ao final de intensos processos participativos, que buscaram dar voz aos mais diversos segmentos da sociedade global, frequentemente impactados, mas raramente ouvidos nas grandes decisões geopolíticas e macroeconômicas conduzidas por um seleto grupo de mandatários.

Durante esses meses de trabalho, buscamos incorporar as demandas, reivindicações e propostas historicamente construídas pelas organizações e movimentos de mulheres, negros e negras, povos originários e indígenas, comunidades tradicionais, pessoas com deficiências, LGBTQIA+, jovens, crianças, adolescentes, pessoas idosas, populações deslocadas ou em situação de rua, migrantes, refugiados e apátridas, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, da economia formal, informal, solidária e de cuidados. Todos clamando por uma reforma da governança global que assegure o fim dos conflitos armados, o desenvolvimento e a justiça socioambiental para si e para todo o planeta.

COMBATE À FOME, À POBREZA E À DESIGUALDADE

Em caráter de urgência e prioridade máxima, é imperiosa a adesão de todos os países do G20 e outros Estados, à iniciativa da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, essa aliança deve promover a cooperação e a intercooperação entre países e organismos internacionais, estabelecendo um fundo específico para financiar políticas públicas e programas de combate à fome, de forma a garantir o acesso universal à alimentação adequada.

Defendemos a soberania alimentar, a partir da produção de alimentos saudáveis, como um pilar para erradicar o flagelo da fome em cada nação e no plano global. Os povos devem ter reconhecido o direito do acesso democratizado à terra e à água, de controlar sua própria produção e distribuição de alimentos, com ênfase em práticas agroecológicas e de preservação do meio ambiente. A promoção de uma alimentação saudável deve ser central para assegurar justiça socioambiental, garantindo que todos os grupos sociais, independentemente de raça, classe, gênero ou origem, tenham acesso igualitário aos benefícios ambientais, respeitando as culturas alimentares tradicionais e evitando a mercantilização dos recursos naturais.

Reafirmamos a centralidade do trabalho decente, conforme os padrões da OIT, como elemento essencial na superação da pobreza e das desigualdades. É crucial combater o trabalho escravo, infantil, o tráfico humano e todas as demais formas de exploração e de precarização do trabalho. Enfatizamos a defesa da formalização do mercado de trabalho e de economias inclusivas e contra-hegemônicas, como a economia popular e solidária, cooperativas, cozinhas solidárias e o reconhecimento e valorização da economia de cuidados. É essencial assegurar que todos, especialmente jovens, população negra, mulheres e os mais vulneráveis, tenham acesso a empregos dignos, sistemas de seguridade e proteção social e à ampliação dos direitos sindicais.


SUSTENTABILIDADE, MUDANÇAS DO CLIMA E TRANSIÇÃO JUSTA

Os mesmos dilemas que atingem milhões de pessoas vítimas da fome, das desigualdades e da pobreza refletem-se no descompromisso da maioria dos países desenvolvidos e de suas elites com o enfrentamento das mudanças climáticas e o aquecimento global. As populações mais afetadas pela fome e peta pobreza são as que mais sofrem com as emergências climáticas e desastres naturais, que se tornam mais intensos e frequentes em todo o mundo.

Reiteramos a urgência de enfrentar as mudanças climáticas, com respeito à ciência e os conhecimentos tradicionais dos nossos povos, destacando a importância dos compromissos de adaptação e mitigação no âmbito da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e do Acordo de Paris. É uma exigência ética que os líderes mundiais assumam um compromisso firme com a redução de emissões de gases de efeito estufa e do desmatamento, bem como a proteção dos oceanos, condições essenciais para limitar o aquecimento global a 1,5°C e evitar danos irreversíveis ao planeta.

A transição justa, como processo de transformação socioeconômica para um modelo sustentável, deve ser o princípio norteador para substituir o modelo de produção baseado em combustíveis fósseis por uma economia de baixo carbono. Essa transformação precisa enfrentar a exclusão social, a pobreza energética e o racismo ambiental, e garantir condições equitativas para trabalhadores e trabalhadoras, pessoas negras e comunidades vulneráveis. Reforçamos que essa transição exige um esforço relevante de educação ambiental, participação social e formação cidadã.



Precisamos reforçar, também, a proteção de nossas florestas tropicais através da criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF), um mecanismo de financiamento internacional dedicado à sua proteção e inclusão socioprodutiva das populações que delas vivem e as mantém em pé. Este fundo, somado a um Novo Objetivo Quantificado Coletivo (NCQC) de financiamento climático, fortalecerá a articulação global necessária para preservar o meio ambiente, garantindo o apoio financeiro contínuo para conservar a biodiversidade e enfrentar a crise climática de forma eficaz.

REFORMA DA GOVERNANÇA GLOBAL

Para atingir esses objetivos, reivindicamos a necessária e inadiável reforma do modelo atual de governança global, que já se mostrou incapaz de oferecer respostas aos desafios contemporâneos e a manutenção da paz.

Assim, enfatizamos a necessidade inadiável de reforma das instituições internacionais para que reflitam a realidade geopolítica contemporânea, com a promoção do multilateralismo e ampliação da participação dos governos e povos dos países do Sul Global nos fóruns decisórios. Em especial, a reforma do Conselho de Segurança da ONU é imprescindível para garantir a diversidade de vozes globais e promover soluções mais equilibradas e eficazes frente aos desafios atuais.

Defendemos que esta reforma abrace a premissa da promoção da democracia e da participação da sociedade civil. A democracia está em risco quando forças de extrema direita promovem desinformação, discursos totalitários e autoritários, atentando contra os direitos humanos e veiculando mentira, ódio, preconceito, xenofobia, etarismo, racismo e violência nas relações sociais e política, dentro das fronteiras de cada país e no plano internacional. Defender a democracia implica em defender o Estado Democrático de Direito e a participação direta da população nos mecanismos nacionais e internacionais de regulação das informações. O exercício do direito à transparência e comunicação plural assegura uma governança global inclusiva, conferindo legitimidade e eficácia aos Estados e organismos internacionais.

Acreditamos que a justiça fiscal é uma ferramenta fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável. Por isso, defendemos a taxação progressiva dos super-ricos, com a garantia de que os recursos arrecadados sejam destinados a fundos nacionais e internacionais de financiamento de políticas sociais, ambientais e culturais. Esses e todos os demais fundos aqui reivindicados devem estar regidos por princípios de transparência, controle e participação da sociedade civil.

CONCLUSÃO

Senhores e senhoras líderes do G20, é hora de assumirmos a responsabilidade de liderar uma transformação que seja efetivamente profunda e duradoura. Compromissos ambiciosos são essenciais para fortalecer as instituições internacionais, combater a fome e a desigualdade, mitigar os impactos das mudanças do clima e proteger nossos ecossistemas. Este é o momento de agir com determinação e solidariedade. Com vontade política e a institucionalização de instâncias como a Cúpula Social do G20, podemos. sim, construir uma agenda coletiva que honre o compromisso com a justiça social e com a paz global.

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2024.

Fonte: Brasil 247

Levante Popular da Juventude reúne 4 mil e define plano de mobilização

Combate à extrema direita e fim da escala 6x1 estão entre as prioridades defininas no evento que recebe Aleida Guevara

(Foto: Júnior Lima/Divulgação)

Brasil de Fato - O combate à extrema direita e a defesa de pautas de interesse da classe trabalhadora estão no foco de cerca de 4 mil jovens que se reúnem até este domingo (17) no IV Acampamento do Levante Popular da Juventude, no Rio de Janeiro (RJ). No cardápio das reivindicações, o grupo escolheu como um dos destaques o fim da jornada de trabalho 6x1, caracterizada por um dia de folga a cada seis dias trabalhados, tema que está em debate no Congresso Nacional. O evento ocorre na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“As nossas principais demandas são as que tratam principalmente do direito do trabalho, e isso reverbera muito no ponto da escala 6x1, que é uma pauta que está em voga, está efervescente. É uma pauta muito pulsante e sobre a qual a gente tem falado muito no nosso acampamento, nas mesas de análise de conjuntura, assim como a pauta do enfrentamento à extrema direita, que, pra nós, é o nosso principal desafio. Esse é um consenso que a gente tirou dos nossos seminários, de reunião com as nossas militâncias, e no acampamento essa tem sido a nossa linha de atuação diante da conjuntura brasileira”, afirma Marta Gomes, militante do Levante.

O encontro escolheu para este ano o lema “Juventude quer viver: nossa luta é pelo povo no poder”, a partir do qual os jovens têm debatido desde a última quinta (14) a organização da luta popular nos diferentes espaços da vida social e os seus principais desafios. O roteiro de discussões e demandas dos participantes tem incluído também a defesa da taxação dos super-ricos, tema em discussão entre os países integrantes do G20, e o fim do extermínio da juventude negra. “A gente também incorpora a luta internacionalista e defende uma Palestina livre e soberana. Essa é uma das nossas preocupações”, acrescenta Marta Gomes.

Neste sábado, um dos destaques da programação do acampamento é a participação de integrantes do evento na “Marcha dos Povos – Palestina Livre do Rio ao Mar. Fora, Imperialismo!”, realizada na primeira parte do dia e no âmbito da programação do G20 Social, no Rio de Janeiro (RJ). O Levante Popular da Juventude levou para as ruas cerca de 3 mil pessoas do acampamento.

“Estamos aqui junto dos movimentos populares pra denunciar o extermínio da juventude, que acontece em todo o mundo. Se na Palestina eles ‘genocidam’ os jovens e as crianças, aqui no Brasil as mesmas armas nos matam nas periferias. ‘Levante pela vida da juventude’ é o recado do Levante nesta marcha de hoje, mas não só. A marcha acontece no terceiro dia do nosso evento e queremos dar um recado pra juventude de todo o Brasil: a transformação da realidade só será possível com juventude organizada nas ruas, fazendo luta popular”, brada a militante do Levante Daiane Araújo, também vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Lula e secretário-geral da ONU se reúnem para discutir ações do G20

No encontro, os dois vão conversar sobre as questões relacionadas ao G20 de 2024.

16.11.2024 - Reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, antes do encerramento do G20 Social, no Rio de Janeiro - RJ (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


Agência Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma reunião, neste sábado (16), às 10h30, com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. No encontro, os dois vão conversar sobre as questões relacionadas ao G20 de 2024.

Nesta edição, por iniciativa do Brasil, que está na presidência rotativa, pela primeira vez, está ocorrendo o G20 Social para possibilitar a participação da sociedade civil organizada nas discussões do bloco, que reúne as maiores economias, a União Europeia e a União Africana. A África do Sul, que será a sede da reunião do G20 em 2025, já confirmou que repetirá a realização do G20 Social.

Segundo o ministro da Secretária-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, o G20 Social registrou 46,8 mil inscrições e mais de 15,1 mil pessoas credenciadas para participar dos debates que, ao todo, abordaram mais de 300 temas.

Desde quinta-feira (14), debates promovidos por movimentos sociais e organizações não governamentais (ONG) ocorrem em galpões e armazéns ao longo do Boulevard Olímpico, na região portuária do Rio de Janeiro. O G20 Social termina hoje.

Nota da ONU

A ONU vai divulgar uma nota após o encontro de Lula e Guterres, que têm previstas outras reuniões bilaterais com outros líderes mundiais que participarão do G20.

De acordo com a assessoria de imprensa da ONU, durante a sua participação na Cúpula de Líderes do G20, nas próximas segunda-feira (18) e terça-feira (19), Guterres fará “discursos em sessões sobre inclusão social e combate à fome e à pobreza e reforma das instituições de governança global, bem como desenvolvimento sustentável e transição energética”.

A agenda de Guterres prevê ainda para domingo (17), às 16h, uma entrevista coletiva, no centro de imprensa da Cúpula de Líderes do G20, no Vivo Rio, que fica ao lado do Museu de Arte Moderna (MAM), onde será realizado o encontro do bloco. Ainda conforme a assessoria de imprensa da ONU, depois do G20, “o secretário-geral voltará para Baku, no Azerbaijão, onde está ocorrendo a COP29, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática”.

Fonte: Brasil 247

“O Brasil é o país central para o reencontro do equilíbrio entre economia e ecologia”, diz Patrícia Iglesias

Professora destacou o papel do Brasil no mercado de créditos de carbono e na transição ecológica

Patrícia Iglesias (Foto: Kym Willer/LIDE)

No encontro empresarial promovido pelo Lide em Lisboa, Patrícia Iglesias, professora, superintendente de Gestão Ambiental da USP, destacou o papel central do Brasil na reconciliação entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental. O evento, realizado em Portugal, reuniu líderes e especialistas para debater temas relevantes como economia circular e a era do carbono. Durante sua apresentação, Iglesias sublinhou: “A América Latina representa 22% do comércio mundial de créditos, com destaque para os créditos de reflorestamento e uso da terra”.

Ao longo de sua fala, Iglesias trouxe uma abordagem histórica, explicando a origem dos termos “economia” e “ecologia” e sua conexão com o conceito de “oikos”, que em grego significa “casa”. “Precisamos compreender que economia e ecologia se propõem ao estudo do mesmo ‘oikos’, mas sob perspectivas diferentes. A crise ambiental atual é, na verdade, uma ruptura do equilíbrio entre esses dois pontos de vista”, explicou.

◉ Era do Carbono e Sustentabilidade Empresarial

Iglesias chamou a atenção para a era do carbono, que teve início em 2013 com a detecção pelo Observatório de Mauna Loa de uma concentração de CO2 na atmosfera superior a 400 ppm. “Desde então, a influência humana sobre o meio ambiente tornou-se uma questão incontestável. O Brasil, com políticas pioneiras como o Pró-Álcool e o Proinfa, já trazia soluções antes mesmo dessa era”, comentou Iglesias.

Ela enfatizou que, apesar de o mercado brasileiro de créditos de carbono ainda estar em desenvolvimento, o potencial para crescimento e regulação é vasto. A recente aprovação do projeto de lei sobre o mercado de carbono pelo Senado foi vista como um avanço crucial. “Agora, é essencial um esforço da Câmara para a aprovação desse projeto, que é vital para viabilizar a economia circular no Brasil e promover práticas econômicas mais sustentáveis”, afirmou.

◉ Exemplos Práticos e Sustentabilidade Corporativa

Iglesias mencionou exemplos práticos de economia circular e sustentabilidade, como o uso de biodigestores para produção de biogás a partir de resíduos orgânicos na USP, destacando o potencial para atender grandes centros como São Paulo. “Essas soluções mostram como a economia circular pode reduzir emissões, aumentar a vida útil de aterros e fortalecer a sustentabilidade urbana”, explicou.

Iglesias também destacou os impactos das atividades econômicas na agricultura, segurança alimentar e saúde humana. “A sustentabilidade não é apenas uma questão ambiental, mas uma necessidade econômica. Devemos adotar uma abordagem holística para garantir que nossas atividades econômicas continuem de maneira equilibrada, respeitando os limites planetários”, reforçou.

◉ Desafios Legislativos e Ética Sustentável

A professora fez um apelo aos parlamentares presentes, ressaltando a importância de proibir a importação de resíduos que prejudica setores como o de catadores e cooperativas. “A importação de resíduos desvaloriza o trabalho local e precisa ser revista com urgência para fortalecer nossa economia circular”, alertou Iglesias.

Concluindo sua apresentação, ela mencionou o imperativo categórico de Hans Jonas: “Aja de modo que os efeitos da atuação sejam compatíveis com a permanência de uma autêntica vida sobre a Terra”. Iglesias finalizou: “Que possamos agir com responsabilidade e que nossa atividade econômica reflita uma verdadeira sustentabilidade”. 

Assista:


Fonte: Brasil 247

Lula critica neoliberalismo e defende jornada de trabalho mais equilibrada no G20 Social

Presidente cobrou medidas contra desigualdades e criticou exclusão de países da América Latina e da África no Conselho de Segurança da ONU

16.11.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Sessão de encerramento do G20 Social, no Rio de Janeiro - RJ. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o neoliberalismo e defendeu jornadas de trabalho mais equilibradas durante o encerramento do G20 Social, no Rio de Janeiro, neste sábado (16). Em seu discurso, Lula apontou que o modelo econômico agravou desigualdades e que temas como redução do custo de vida e condições mais humanas de trabalho precisam estar na agenda do G20. “O neoliberalismo agravou uma desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias”, afirmou. Apesar do tom enfático, o presidente evitou abordar diretamente debates como a escala 6x1, que segue em tramitação no Congresso.

Lula também aproveitou o evento para criticar o Conselho de Segurança da ONU, destacando a exclusão de países da América Latina e da África em processos decisórios globais. “Onde está o continente africano na ONU? Onde está o continente latino-americano?”, questionou. O presidente reafirmou a necessidade de reformar as instituições internacionais e ressaltou a importância de responsabilizar os países que dominam a economia mundial para garantir justiça social e sustentabilidade climática. O G20 Social, que teve sua primeira edição neste ano sob a presidência do Brasil, reuniu movimentos sociais para debater alternativas de desenvolvimento.

No campo interno, Lula reforçou sua posição contra cortes orçamentários em áreas sociais, classificando recursos para políticas públicas como “investimentos, não gastos”. Ele destacou a invisibilidade de populações marginalizadas nos orçamentos nacionais e cobrou atenção a essas demandas. Embora o governo esteja atento à pauta de mudanças na escala de trabalho, o Planalto mantém foco na aprovação da Lei Orçamentária Anual e das medidas de corte de gastos propostas pelo Ministério da Fazenda. “Os países do G20 representam 85% do PIB mundial e quase dois terços da população global. Podemos fazer a diferença”, concluiu Lula.

Fonte: Brasil 247

PF avança na investigação do atentado no STF e colhe depoimentos de testemunhas-chave neste sábado

Testemunhas, incluindo seguranças do STF e o PM que atendeu o caso, são ouvidas neste sábado

Região da Praça dos Três Poderes após explosões serem ouvidas perto do Supremo Tribunal Federal (STF), Brasília-DF, 13/11/2024 (Foto: André Richter/ABr)

A Polícia Federal segue apurando os detalhes do atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13), classificado como ato terrorista. Neste sábado (16), segundo informações do G1, estão sendo colhidos depoimentos de dois seguranças do Supremo Tribunal Federal (STF) e do policial militar que atendeu inicialmente a ocorrência. Além deles, outra testemunha, cuja relação com o caso ainda não foi divulgada, também será ouvida. O inquérito é conduzido pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência Policial, que busca esclarecer a motivação e as circunstâncias das explosões.

Na sexta-feira (15), a PF ouviu pessoas que tiveram contato com Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado, nos dias que antecederam o ataque. Entre os depoentes, estão o proprietário da loja onde os explosivos foram adquiridos, a locatária do imóvel onde Francisco morava em Ceilândia (DF) e um morador de rua. Essas informações estão sendo utilizadas para reconstruir os passos do homem-bomba, que morreu no local após detonar os artefatos. A investigação também tenta identificar possíveis cúmplices ou redes de apoio envolvidas no planejamento do atentado.

As explosões, que ocorreram próximo ao STF, não deixaram outras vítimas além do próprio autor. A Polícia Federal trabalha para cruzar depoimentos e provas materiais, incluindo o histórico de interações do autor e as motivações que levaram ao ataque. Até o momento, o caso é tratado como ato isolado, mas as autoridades mantêm em aberto a possibilidade de conexão com grupos organizados.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Após atentado em Brasília, deputada aciona PGR e quer intimar presidente do PL a depor sobre discursos de ódio

Luciene Cavalcante (PSol-SP) quer que Paulo Gonet assegure a devida investigação e rastreamento de células fascistas no país


A deputada Luciene Cavalcante (PSol-SP) pediu que a PGR atue para garantir que não seja concedida anistia a responsáveis pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, com intimação da Abin para que informe quais medidas adotou para coibir atentados, como as explosões na Praça dos Três Poderes no último dia 13.

Segundo informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO, a parlamentar quer que Paulo Gonet assegure a devida investigação e rastreamento de células fascistas no país, em especial aquelas que propagam discurso de ódio e incitam ataques à ordem democrática.

E tem mais: Luciene pleiteia que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, seja intimado a depor e investigado por discursos de ódio contra ministros do STF e o Judiciário, além de incitação e planejamento de atentados contra instituições democráticas disseminados por filiados ao partido.

A deputada questiona o fato de Valdemar tratar as explosões orquestradas por Francisco Wanderley Luiz como um fato isolado. Afirma:

“O que se observa, em realidade, a partir de informações públicas veiculadas pelos próprios integrantes do partido, é que a veiculação de discursos de ódio e a desmedida incitação à violência contra as instituições democráticas é o modus operandi padrão de parlamentares do PL”.

O ofício enviado à PGR ressalta ainda que a legenda tem hoje como uma de suas principais pautas anistiar condenados pelo 8 de Janeiro e quer restringir poderes do STF.

Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Seleção desembarca em Salvador para jogo contra o Uruguai

Técnico Dorival Júnior convoca os laterais Dodô e Alex Telles

seleção brasileira, salvador
© Rafael Ribeiro/CBF/Direitos Reservados

Um dia após empatar por 1 a 1 com a Venezuela pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, a seleção brasileira desembarcou nesta sexta-feira (15) em Salvador, onde mede forças com o Uruguai na próxima terça-feira (19).

Após pousarem na capital baiana, os jogadores comandados pelo técnico Dorival Júnior receberam folga, e só terão que se reapresentar no próximo sábado (16), quando realizarão um treino no estádio do Barradão a partir das 17h (horário de Brasília).

Também nesta sexta-feira os laterais Dodô, da Fiorentina (Itália), e Alex Telles, do Botafogo, foram convocados pelo técnico Dorival Júnior. Eles substituirão, respectivamente, Vanderson, suspenso por acúmulo de cartões amarelos, e Arana, que sofreu uma entorse no tornozelo direito.

O Brasil mede forças com o Uruguai a partir das 21h45 da próxima terça na Arena Fonte Nova, em Salvador.

Fonte: Agência Brasil

VÍDEO – Âncora do “Jornal da Band” ataca movimento pelo fim da escala 6×1: “Irreal”


Eduardo Oinegue, âncora do “Jornal da Band”. Foto: reprodução

Âncora do principal telejornal da Band, o jornalista Eduardo Oinegue está sendo massacrado nas redes sociais desde a noite da última sexta-feira (16) quando ele atacou a luta pelo fim da escala 6×1. Segundo ele, “reduzir jornada de trabalho sem reduzir salario é irreal”.

Vale lembrar que a campanha é embasada em movimentos semelhantes a de outros países que implantaram um sistema de jornada 4×3, quando os trabalhadores ganham três dias de descanso durante a semana, o que se mostrou positivo para o aumento da produtividade.

“O empregador que quisesse manter a produção teria que contratar mais gente. Ainda bem que essa PEC não tem a menor chance de avançar”, disse apresentador do “Jornal da Band”.

Nas redes sociais, o âncora foi comparado a um antecessor que, após os editoriais, costumava ser elogiados por posicionamentos que refletiam as necessidades populares: “Quem nasceu para ser Eduardo Oinegue nunca será Ricardo Boechat”, ironizou um internauta.

Fonte: DCM

Após bater na trave no Paulista, Santos pode quebrar jejum de oito anos com título da Série B



Após bater na trave duas vezes nos últimos quatro anos, o Santos está próximo de encerrar um jejum incômodo de troféus neste fim de semana. O Peixe vai em busca da vitória contra o CRB no domingo para sagrar-se campeão da Série B do Campeonato Brasileiro.

O torcedor do Alvinegro Praiano não vê a hora de soltar o grito de "é campeão" novamente, apesar do título da Série B não ser o ideal. O canto está entalado na garganta da torcida, uma vez que a equipe não conquista um título há oito anos.

Para sagrar-se campeão neste domingo, o Santos precisa apenas vencer o CRB, que briga contra o rebaixamento e vive momento de oscilação. O time da Baixada Santista, porém, ainda pode levar a taça sem precisar entrar em campo caso o Novorizontino, que joga neste sábado, tropece.

A última vez que o Alvinegro Praiano conquistou um título foi em 2016, ainda com o técnico Dorival Júnior no comando. Na época, o Santos sagrou-se campeão do Paulistão em cima do Audax de Fernando Diniz, com vitória de 2 a 1 no agregado.

Desde então, o Santos esteve próximo de voltar a erguer uma taça em duas principais oportunidades, mas acabou batendo na trave em ambas. A primeira delas foi em 2020, na decisão da Copa Libertadores, e a mais recente delas aconteceu em 2024, na final do Paulista.

Em 2020, o Peixe chegou à final da Libertadores desacreditado, contra um Palmeiras que já havia conquistado dois títulos no ano. O Alvinegro deu trabalho, mas o Verdão levou o título graças a um gol de Breno Lopes no apagar das luzes do segundo tempo.

Já nesta temporada, o Palmeiras foi o responsável por tirar outro título que encerraria o jejum do Santos. Os dois times estiveram frente a frente novamente, dessa vez na final do Paulistão, e o Alviverde saiu campeão mais uma vez.

O time da Baixada Santista ganhou o primeiro jogo na Vila por 1 a 0. Contudo, o Palmeiras conseguiu a virada na volta, venceu por 2 a 0 e tirou mais um troféu do Santos.

Agora, porém, não há nenhum alviverde - e quase nenhum outro rival - que possa tirar o troféu da Série B das mãos do Peixe. Segundo dados do departamento de estatística da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o time santista possui 95,9% de chances de ser campeão do torneio.

Em busca do troféu da Segunda Divisão, o Santos recebe o CRB neste domingo. A bola rola a partir das 16h (de Brasília), na Vila Viva Sorte, pela 37ª rodada da Série B.

Fonte: Gazeta Esportiva

Líderes evangélicos ficam contra fim do 6X1 para não perder o dízimo

Os pastores que se colocaram contra o fim da escala 6×1: Marco Feliciano, Silas Malafaia e Cezinha Madureira. Foto: reprodução

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir a jornada de trabalho 6×1, apresentada no Congresso pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), gerou divisões entre líderes evangélicos. Enquanto alguns parlamentares defendem a ideia de dar mais tempo para o trabalhador se dedicar à família e à fé, outros levantam preocupações sobre os impactos econômicos e questionam a origem do projeto.

A bancada evangélica, oficialmente, não tomou posição. Silas Câmara (Republicanos-AM), presidente do bloco, declarou que a questão será tratada individualmente pelos partidos. Porém, de destaque no campo bolsonarista já expuseram suas opiniões, quase sempre contrárias ao projeto que prevê melhorias aos trabalhadores.

Entre os críticos, Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, questionou a viabilidade econômica da proposta e rechaçou sua origem no PSOL. “Pode se levar a sério alguma coisa que vem do PSOL?”, disparou, tentando descredibilizar o tema. Ele comparou a iniciativa ao isolamento social na pandemia, sugerindo que alterações trabalhistas também poderiam ser prejudiciais à economia.

Cezinha de Madureira (PSD-SP), representante do Ministério Madureira, chamou o tema de “complexo”. Apesar de não se posicionar contra, destacou que o projeto exige um amplo debate para avaliar os impactos sobre empresas e trabalhadores.

Nos bastidores, há receios entre pastores sobre os reflexos econômicos. Líderes evangélicos temem que a mudança gere desemprego, afetando a renda de fiéis e, consequentemente, os dízimos das igrejas.

Apesar disso, muitos membros da base evangélica veem com bons olhos a possibilidade de ter mais tempo livre na semana, o que coloca pastores e parlamentares em uma posição delicada entre as necessidades da comunidade e o pragmatismo econômico.

Aliado ao bolsonarismo, Marcelo Crivella apoia o fim da escala 6×1. Foto: reprodução

Na contramão do movimento liderado pelo núcleo duro da extrema-direita, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), bispo licenciado da Igreja Universal, é um dos apoiadores.

“Espero que a PEC 6×1 permita que as pessoas tenham mais tempo para ir à igreja e se dedicar a causas sociais”, afirmou o ex-prefeito do Rio de Janeiro. Ele também acredita ser possível compensar a redução da jornada com aumento de produtividade.

Henrique Vieira (PSOL-RJ), pastor e colega de partido de Hilton, chamou a jornada atual de “exaustiva” e “degradante”. Para ele, a mudança é uma questão de justiça social, contradizendo críticas de líderes que se dizem defensores da família, mas se opõem à PEC.

Outro signatário do projeto é o pastor Sargento Isidório (Avante-BA), que frequentemente transita entre posições conservadoras e progressistas.

Otoni de Paula (MDB-RJ), que recentemente abandonou o bolsonarismo, tecendo críticas ao ex-presidente, considerou a proposta “meritória”, mas destacou a necessidade de um estudo claro dos impactos econômicos antes de qualquer aprovação.

Fonte: DCM