sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Autor do atentado em Brasília trabalhava com entretenimento e teve discotecas até eleição de Bolsonaro, quando radicalizou discurso

Em 2020, se filiou ao PL, atual partido do ex-presidente, para tentar uma vaga de vereador, mas conseguiu apenas 98 votos


Autor do ataque com explosivos direcionado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, era conhecido em Rio do Sul (SC), cidade de 72 mil habitantes a 200 quilômetros da capital catarinense, como um empresário do ramo do entretenimento. Quem conviveu com ele afirma que seu interesse pela política coincidiu com a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência, em 2018. Já o discurso radical, que incluía ameaças a instituições, passou a fazer parte de seu repertório após a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Desde então, bandeiras do Brasil, referências militares e ataques ao comunismo passaram a dominar suas redes sociais.

O Globo ouviu parentes, amigos e vizinhos de Francisco Luiz, conhecido como “França”, sobre o processo de radicalização que o transformou de um empresário bem-sucedido do interior catarinense no “homem-bomba” da Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Francisco é de uma família conhecida de comerciantes da cidade de Rio do Sul. Desde a juventude, empreendia na área de eventos e shows, mas ficou mais conhecido quando inaugurou, na década de 1980, diversas discotecas na cidade.

Um dos frequentadores era o deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC), que se mudou para o município catarinense aos 13 anos. Dono de uma lanchonete na cidade, o parlamentar conta que considerava Francisco “um visionário”, com grande tino empreendedor. Um de seus últimos negócios foi uma casa onde tocava rock.

Amigos e familiares contam que o comerciante nunca foi de falar de política e não tinha interesse pelo que acontecia em Brasília, mas que isso começou a mudar a partir de 2018, com a eleição de Bolsonaro. Em 2020, se filiou ao PL, atual partido do ex-presidente, para tentar uma vaga de vereador, mas conseguiu apenas 98 votos. “Paz, amor, generosidade, sinceridade, perdão e humildade” era uma das mensagens disseminadas por ele durante sua campanha.

— Ele entrou na política, foi candidato a vereador. E com a bandeira do Bolsonaro, sempre. Acredito que (a eleição de Bolsonaro) deva ter desencadeado esse lado político nessa época. Nunca tinha visto envolvimento dele antes — disse Eduardo Marzall, ex-presidente do PL de Rio do Sul.

Marzall contou conhecer Francisco há 40 anos, desde quando começou a frequentar uma discoteca que ele e dois irmãos possuíam na cidade. O ex-dirigente partidário afirma que o amigo nunca demonstrou comportamento que indicasse ser capaz de um ato extremo, como o ataque a bombas ao STF.

— Ele era daqueles caras que tudo o que o Bolsonaro falava era amém. Mas em momento nenhum (demonstrou ser) uma pessoa que faz uma atitude errada como ele fez — contou Marzall.

Familiares ouvidos pela reportagem afirmam que tudo mudou em 2022, após a derrota de Bolsonaro nas urnas. Foi nessa época que, na cidade natal, passou a frequentar manifestações golpistas que antecederam as invasões do 8 de Janeiro.

Em uma declaração gravada em vídeo pela Polícia Federal, a ex-mulher dele, identificada apenas como Daiane, afirmou que desde então Francisco “só falava de política” e estava obcecado com a ideia de matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo ela, o plano era assassinar o magistrado e “quem estivesse perto” no momento.

Daiane disse ainda aos agentes da PF em Santa Catarina que Francisco chegou a compartilhar com ela pesquisas no Google para planejar o atentado que tentaria executar na quinta-feira.

Mensagens postadas por Francisco nas redes sociais evidenciavam sua guinada em direção ao extremismo. Ele chegou a visitar o Supremo já com planos para o ataque, em agosto de 2024, quando postou uma foto dentro do plenário da Corte: “Deixaram a raposa entrar dentro do galinheiro (chiqueiro) ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo. Provérbios 16:18 (A soberba precede a queda)”, escreveu na legenda.

Nas redes sociais, publicava prints de mensagens de WhatsApp enviadas por ele mesmo nas quais citava que o Brasil já era “um país socialista e comunista” e que iria “entregar a sua vida” para que “as crianças cresçam com liberdade”. Em uma postagem, reproduziu teoria conspiratória anticomunista ligada ao grupo de extrema direita QAnon.

Desde o ano passado, Francisco passou a viajar com frequência a Brasília. Para se hospedar na cidade, alugou uma quitinete na Ceilândia, região administrativa da capital federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes. No espelho do banheiro do imóvel de 25 metros quadrados, deixou uma mensagem escrita com batom vermelho: “Debora Rodrigues. Por favor, não desperdice o batom. Isso é para deixar as mulheres bonitas, estátua de merda se usa TNT”, numa referência à golpista presa por pichar a estátua da Justiça durante os atos de 8 de janeiro. Na ocasião, ela pichou “perdeu, mané” na estátua, em referência a uma frase dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF.

Além do recado, Francisco deixou duas bombas no local, que foram desativadas pela PM. Vizinha de porta, Gleide Silva diz que conhecia Francisco desde o início do ano passado. Segundo ela, o homem-bomba era uma pessoa “normal, falante e prestativa”.

— Ele veio pela primeira vez e morou quatro meses. Aí ele voltou para Santa Catarina. Ficou lá um ano e pouco. Agora, no mês de agosto, ele veio de novo — relatou ela.

Em uma das visitas a Brasília, Francisco visitou o deputado Jorge Goetten em seu gabinete na Câmara, em agosto de 2023. O parlamentar afirma que na ocasião estranhou o comportamento do amigo.

— Me chamou atenção porque ele falava muito da separação da mulher dele. Eu falei para o pessoal do gabinete: “Esse França não é o França que eu conhecia”. Ele me pareceu com a saúde emocional abalada. Estranhei essa atitude dele — afirmou Goetten.

Imagens do circuito interno da Câmara mostram que Francisco voltou à Câmara na quarta-feira, cerca de 11 horas antes de morrer ao explodir um artefato. A assessoria da Casa confirma que ele entrou no Anexo IV às 8h15, foi ao banheiro, e saiu do local na sequência. Às 19h30, atirou duas bombas em direção à sede do STF e, em seguida, explodiu uma terceira junto à sua cabeça.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Polícia Federal vai pedir quebra de sigilos fiscal, bancário e telemático do homem que fez atentado contra STF

Pedido deve ser feito nos próximos dias e depende de aprovação do Supremo Tribunal Federal


A Polícia Federal (PF) vai pedir a quebra do sigilo fiscal, bancário e telemático – de telefone e pesquisas da internet – de Francisco Vanderlei Luiz, autor do atentado na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13).

O pedido deve ser feito nos próximos dias e depende de aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Neste momento, os peritos estão tentando acessar o conteúdo do celular, que foi localizado bloqueado e com senha.

Os investigadores querem saber os detalhes do planejamento do atentado e como Francisco Vanderlei estava sobrevivendo em Brasília sem exercer sua profissão de chaveiro. Em depoimento à PF, um dos filhos contou que ele recebia um salário de R$ 5 mil.

Segundo a Polícia Civil, ele era de Santa Catarina, mas alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, para realizar o ataque às instituições.

A PF também colhe nesta tarde o depoimento de pessoas que tinham contato com Francisco Vanderlei, em Brasília, e segue buscando mais imagens por onde Vanderlei andou no dia do atentado.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Milei dança para Trump, abraça Sylvester Stallone e posa com Elon Musk em agendas nos EUA (vídeos)

Presidente argentino participa de evento da extrema-direita na Flórida

Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC) (Foto: @OPRArgentina/X)

O presidente da Argentina, Javier Milei, participou da cúpula de investidores da Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC), um fórum da extrema-direita global, realizada na mansão de Mar-A-Lago, residência do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na Flórida, EUA.

Durante os eventos desta sexta-feira (15), Milei foi parabenizado por Trump em seu discurso. O presidente argentino também discursou, posou para fotos com o republicano e com o bilionário de extrema-direita Elon Musk, conforme relatado pela conta oficial do Escritório da Presidência Argentina na plataforma X.

Milei ainda teve um breve encontro com o ator hollywoodiano Sylvester Stallone, famoso por interpretar Rocky Balboa nos filmes "Rocky".

Fonte: Brasil 247

Justiça argentina ordena prisão de 61 bolsonaristas foragidos

Governo de Javier Milei endureceu as regras e apertou o cerco contra bolsonaristas

Golpistas invadem e depredam prédios do governo em 8 de janeiro de 2023 | Javier Milei (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil | REUTERS/Agustin Marcarian)

A Justiça argentina emitiu mandados de prisão contra 61 bolsonaristas foragidos, condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, após pedidos de extradição do Brasil. O juiz Daniel Rafecas, da 3ª Vara Federal, determinou as capturas, com duas detenções já confirmadas, informou a Folha de São Paulo nesta sexta-feira (15).

A extradição será decidida em audiência, e os detidos podem recorrer à Suprema Corte. Apesar do pedido de refúgio de 185 brasileiros na Argentina, novas regras do governo do presidente Javier Milei estabelecem que crimes graves, como terrorismo ou violações de direitos humanos, não serão protegidos.

Em 8 de janeiro de 2023, extremistas depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional — sedes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. 741 acusados pela Procuradoria-Geral da República de crimes pelo 8/1 já foram responsabilizados penalmente.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Cooperativas de reciclagem no Paraná se tornam franquias sociais, aumentando renda e fortalecendo a economia circular


Projeto social, que é fruto de parceria entre os grupos Ambipar e Klabin, fortalece trabalhadores de cooperativas de reciclagem

Trabalhadores de cooperativa de reciclagem no Paraná (Foto: Divulgação)

Em uma iniciativa pioneira, as cooperativas de reciclagem Acamarango, de Reserva, e ReciclaTB, de Telêmaco Borba, transformaram-se em franquias sociais, consolidando um modelo de gestão que eleva a renda de profissionais da reciclagem e fortalece a economia circular na região. O projeto, fruto da parceria entre a Klabin, a Ambipar Environment e as prefeituras locais, foi inaugurado nos dias 12 e 13 de novembro, marcando uma nova fase de desenvolvimento para os trabalhadores do setor.

Desde 2012, as cooperativas integravam o Programa de Resíduos Sólidos da Klabin, agora denominado Klabin Transforma Território Circular, que visa apoiar municípios na adaptação à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Por meio de doações de equipamentos, assessoria técnica e capacitação, o programa tem impulsionado a profissionalização das cooperativas, garantindo operações sustentáveis e beneficiando toda a comunidade.

A transformação para o modelo de franquia social oferece autonomia às cooperativas e reforça a circularidade econômica. Leonir dos Santos, presidente da Acamarango, destacou a importância do novo espaço, que inclui refeitório, cozinha, banheiros acessíveis e um escritório, além de melhorar as condições de trabalho e a produtividade. “Com a ajuda da Klabin, conseguimos um preço maior para os resíduos e aumentamos nossa renda no fim do mês”, comemorou Santos.

A ReciclaTB, que também faz parte do programa desde 2021, experimentou um crescimento notável, com a renda média dos cooperados saltando de R$ 1.200 para R$ 4.000. A Ambipar, que contribuiu com expertise técnica e suporte, celebrou o impacto social e ambiental positivo da iniciativa, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Uilson Paiva, gerente de Responsabilidade Social da Klabin, afirmou que essa nova fase reafirma o compromisso da empresa com a sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconômico dos Campos Gerais. “As cooperativas se tornam referências em gestão ambiental eficiente, beneficiando a comunidade e promovendo a conscientização sustentável”, concluiu.

A iniciativa é um exemplo inspirador de como parcerias estratégicas e inovação em gestão podem transformar realidades, promover trabalho decente e reduzir desigualdades, impulsionando a economia local e melhorando a qualidade de vida de seus trabalhadores.

Entenda o que é a economia circular e como ela pode aumentar a renda de pessoas mais vulneráveis

A economia circular é um modelo econômico que busca redefinir a forma como os recursos são utilizados, promovendo a reutilização, reciclagem e regeneração dos materiais em vez do descarte após um único uso. Ao contrário da economia linear, que segue a lógica de “extrair, produzir e descartar”, a economia circular foca em prolongar a vida útil dos produtos e maximizar o valor dos materiais, fechando o ciclo de uso e minimizando o desperdício.

Esse modelo baseia-se em princípios como a eliminação de resíduos e poluição, onde o design dos produtos considera todo o ciclo de vida para reduzir o impacto ambiental e permitir que os materiais retornem ao sistema de produção. Também promove a reutilização de materiais, por meio da reparação, renovação e reciclagem, mantendo a utilidade e o valor dos produtos, e incentiva práticas que regeneram os ecossistemas, como o uso de energia renovável e métodos agrícolas que preservam os recursos naturais.

A economia circular pode ser uma poderosa aliada na promoção de oportunidades econômicas para pessoas em situação de vulnerabilidade. A implementação de práticas de reciclagem e recuperação de materiais cria novos empregos em comunidades que antes dependiam de trabalho sazonal ou informal. Cooperativas de reciclagem, como as de Telêmaco Borba e Reserva, que se tornaram franquias sociais, são exemplos concretos de como esse modelo pode oferecer uma fonte estável de renda e melhores condições de trabalho para catadores e profissionais do setor.

Além disso, a economia circular inclui iniciativas de treinamento técnico e capacitação, preparando trabalhadores para lidar com novas tecnologias e processos de reciclagem e manufatura reversa. Essa qualificação melhora as chances de inserção no mercado de trabalho formal e amplia o potencial de ganhos. Outro aspecto relevante é a valorização dos produtos reciclados, pois o apoio de grandes empresas e políticas públicas focadas na economia circular pode garantir preços melhores para materiais recicláveis, aumentando a rentabilidade das cooperativas. A profissionalização e suporte técnico, como no caso da parceria entre a Klabin e a Ambipar com as cooperativas Acamarango e ReciclaTB, fizeram com que a renda dos trabalhadores dessas comunidades subisse significativamente.

Por fim, a economia circular também estimula o empreendedorismo local, promovendo um ambiente em que pequenos negócios podem prosperar. A criação de produtos reciclados, serviços de conserto e iniciativas comunitárias de gestão de resíduos são apenas algumas das formas pelas quais essa abordagem impulsiona a economia local, proporcionando mais oportunidades de geração de renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades envolvidas.

Fonte: Brasil 247

PF recupera dados apagados por Mauro Cid e avança em investigação sobre tentativa de golpe

Informações reveladas por equipamento israelense colocam colaboração de ex-ajudante de Bolsonaro em xeque

Mauro Cid (à esq.) e Jair Bolsonaro. Foto: Reuters

A Polícia Federal (PF) recuperou dados apagados dos computadores de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, utilizando tecnologia israelense de última geração. De acordo com reportagem do G1, as informações obtidas fortaleceram as investigações sobre a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e permitiram cruzamentos com dispositivos de outros investigados. O material revela novas narrativas sobre planos para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, adiando a conclusão do relatório final do caso, que estava previsto para este mês.

Os dados recuperados levantaram dúvidas sobre o acordo de colaboração firmado entre Mauro Cid e as autoridades. Investigações apontam que ele pode ter omitido informações relevantes sobre os fatos apurados, o que comprometeria sua colaboração. “Não é facultado ao delator a possibilidade de omitir informações”, destacou uma fonte ligada à investigação. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o acordo pode ser revisto, prejudicando as condições negociadas pelo ex-ajudante.

A defesa de Mauro Cid afirmou que ele está cooperando plenamente com as autoridades, mesmo após a divulgação de mensagens críticas à PF por meio da revista Veja. No entanto, os novos dados representam um avanço significativo na apuração de responsabilidades e podem implicar Bolsonaro e membros próximos de sua equipe no relatório final, que será decisivo para os próximos passos judiciais.

Fonte: Brasil 247

"O Brasil volta a olhar para o seu futuro e para o futuro do planeta", diz Lula no G20

Presidente também destaca a necessidade de união diante dos desafios globais

Paulo Pimenta, Lula, Eduardo Paes e Mauro Vieira (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, nesta sexta-feira (15), as instalações da Cúpula do G20 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (RJ). Lula destacou as prioridades do Brasil como líder do fórum de cooperação econômica internacional e celebrou as transformações que permitiram ao país reverter os retrocessos herdados da gestão anterior.

Ele também ressaltou a importância da união entre as nações para enfrentar os principais desafios globais. "Fui conhecer as instalações onde será realizada a Cúpula do G20, que acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O Brasil receberá delegações de todo o mundo para debater temas como o combate à fome, a transição energética e a construção de um mundo com mais cooperação e trabalho para enfrentar os desafios globais. Somos hoje um país bem diferente de alguns anos atrás, que volta a olhar para o seu futuro e para o futuro do planeta", escreveu Lula em postagem na plataforma social X.

O Brasil detém a presidência rotativa do G20 de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. A Cúpula de Líderes do G20 acontece nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, reunindo líderes dos 19 países membros, além da União Africana e da União Europeia.

Fonte: Brasil 247

Justiça portuguesa condena mulher por racismo contra filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

Sentença inclui indenização à família, multa à SOS Racismo e liberdade condicional

(Foto: Reprodução)

A Justiça de Portugal condenou Adélia Barros por racismo contra Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, em um episódio ocorrido em 2022. Durante o incidente, a mulher chamou as crianças de “pretos imundos” e pediu que deixassem o restaurante onde estavam na Costa da Caparica, além de ofender uma família de turistas angolanos. A sentença, proferida pelo Tribunal de Almada, determinou uma pena de oito meses de prisão, que será cumprida em liberdade condicional, desde que Adélia não repita o crime nos próximos quatro anos, destaca o G1.

Além da pena, Adélia foi condenada a pagar uma indenização de 14 mil euros (aproximadamente R$ 85 mil) por danos morais à família das crianças e 2.500 euros (cerca de R$ 15 mil) à associação SOS Racismo. A decisão judicial também exige que ela se submeta a tratamento contra o alcoolismo. Segundo o jornal Público, o valor estipulado é inferior ao pedido inicial de 35 mil euros pela defesa de Giovanna e Bruno.

O caso chamou atenção para a gravidade do racismo em Portugal e ganhou repercussão internacional. Este é o segundo episódio de racismo envolvendo Titi a ser julgado recentemente. Em agosto, a Justiça Federal do Brasil condenou a influenciadora Dayane Alcântara a 8 anos e 9 meses de prisão por injúrias raciais contra Titi, em 2017, quando a menina tinha apenas 4 anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Alerta de bomba em aeroporto de Goiânia mobiliza Polícia Federal

Objeto foi encontrado em banheiro do aeroporto. Até o momento não há registro de suspensão de voos ou fechamento da unidade

(Foto: Reprodução/Infraero)

Na manhã desta sexta-feira (15), a administração do Aeroporto de Goiânia acionou as forças de segurança após a descoberta de um objeto suspeito em um dos sanitários na área pública do terminal. De acordo com reportagem do Metrópoles, foi informado em nota oficial que todos os protocolos de segurança foram seguidos imediatamente, incluindo o acionamento da Polícia Federal, que assumiu a investigação do caso.

Até o momento, as autoridades ainda apuram se o objeto se trata de um artefato explosivo. Equipes especializadas foram destacadas para inspecionar o terminal, que segue com medidas de segurança reforçadas.

Embora ainda não haja confirmação de que o item seja um artefato explosivo, a área foi isolada e equipes especializadas permanecem no local. Passageiros relataram apreensão diante do ocorrido, mas até o momento não há registro de suspensão de voos ou fechamento do aeroporto.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Manifestantes vão às ruas pelo fim da escala de trabalho 6x1

Atos foram convocados em diversas cidades, como São Paulo e Rio

São Paulo (SP), 15/11/2024 - Pessoas participam de ato em defesa do fim da jornada 6x1. Foto: Letycia Bond/Agência Brasil
© Letycia Bond/Agência Brasil

Manifestantes realizaram atos nesta sexta-feira (15) em diversas cidades pelo fim da escala de seis dias de trabalho e um dia de folga. Foram convocados atos em São Paulo, Brasília, Manaus, Fortaleza, no Rio de Janeiro e no Recife.

O tema ganhou repercussão nesta semana em razão da proposta de emenda à Constituição Federal (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), que propõe jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana no Brasil.

Os atos foram convocados pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que tem mobilizado as redes sociais a favor da PEC. Em petição online, o movimento já reuniu quase 3 milhões de assinaturas a favor da mudança.

A proposta de emenda constitucional foi elaborada na causa defendida pelo VAT, que a jornada de trabalho no Brasil, 6x1 é uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores, além de impedir o convívio dos trabalhadores com a família e amigos e a prática de atividades físicas, de lazer ou estudo.

São Paulo

Em São Paulo, os manifestantes reuniram-se na Avenida Paulista.

De um carro de som, uma das líderes do ato, Priscila Araújo Kashimira, ressaltou que os jovens estão entre os mais afetados pela jornada de trabalho 6x1, pela dificuldade em conciliar os estudos para tentar entrar em uma instituição de ensino superior. Ela contou ainda que o convívio com a mãe, que estava também no carro de som, foi muito afetado em razão dessa escala de trabalho.

Priscila Kashimira apontou ainda que outros trabalhadores prejudicados pela atual jornada são funcionários de shoppings e telemarketing. Ela criticou as empresas de telemarketing por sujeitar os funcionários a intervalos curtos, "de menos de 20 minutos para almoço".

"Se fechar farmácia, mercado e shopping, esse país para", afirmou.

Um dos integrantes do VAT, Washington Soares, salientou que a mobilização pela petição online começou um ano atrás, incluindo panfletagens.

Para ele, a pluralização das manifestações e adesões favoráveis, como de partidos e parlamentares, se deve por ser uma pauta que independe de posições partidárias e ideologias. "É uma pauta para todo mundo", disse.

"Muita gente nem acreditava e, nessa semana, depois do sábado, começou. Todo mundo entrando em contato com os deputados. Não importa se é de direita, de esquerda, todo mundo trabalha. Nenhum político quer ficar queimado com a população, eles sabem o que vão ter que fazer. Querem fazer um ajuste e tal, ok, tudo bem. Vai ser muito difícil na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados]. Essa foi nossa primeira vitória. Não vai ser fácil, mas nunca foi. Aqui no Brasil, nunca foi. A gente tem mesmo que arrancar nossas conquistas e está muito confiante", contou.

"Um deputado de direita disse que não é uma questão ideológica, que é uma questão do trabalhador, e é exatamente isso que a gente pensa", acrescentou.

Operadora de telemarketing há cinco anos, Viviane da Silva, de 38 anos, começou a graduação este ano e, por isso, divide o dia entre estudar pela manhã e trabalhar, a tarde. Ela já teve outros empregos e em um deles cumpria escala 6 por 1.

"Meses atrás, eu comecei a tomar medicação para depressão e ansiedade, por estar pesada a carga de trabalho com estudo e não ter a folga necessária para descanso e desempenhar as duas funções", relatou.

Em uma ocasião, contou a trabalhadora, uma chefe chamou sua atenção por ela ter marcado consultas médicas e odontológicas em horário de trabalho, duas vezes no mesmo mês.

"A gente não é tratada bem quando precisa sair mais cedo, entrar mais tarde. Por lei, eles precisam aceitar declaração de comparecimento a uma consulta médica, mas os superiores não aceitam bem."

Rio de Janeiro

O protesto levou uma multidão à Cinelândia, no Rio de Janeiro. Os manifestantes destacavam a necessidade do descanso e do lazer na vida do trabalhador e pediam a redução das horas trabalhadas sem perdas salariais.


Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 - Manifestantes se reunem em protesto pelo fim da jornada  de trabalho 6 x 1, na Cinelândia, centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 - Manifestantes reúnem-se em protesto pelo fim da jornada de trabalho 6x1, na Cinelândia. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


O tema também foi debatido no G20 Social, que ocorre no Rio de Janeiro entre 14 e 16 de novembro.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, argumentou que a mudança beneficiaria as mulheres, mas classificou que o debate precisa ser mais amadurecido.

Já o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse nesta semana que o assunto ainda não foi discutido no núcleo do governo.

Brasília

Na capital federal, o ato reuniu representantes de diferentes categorias e movimentos sociais na Rodoviária do Plano Piloto, na região central.

Para Abel Santos, motofretista e coordenador do VAT no Distrito Federal, os atos mostraram a a união dos trabalhadores "independentemente da categoria na luta por melhores condições de trabalho e vida". As manifestações realizadas no país aumentam a pressão para que os parlamentares aprovem a proposta pelo fim da atual escala de trabalho.

Na avaliação do antropólogo e integrante do Movimento Passe Livre, Paiques Duque Santarém, os movimentos precisam se articular a partir de agora para manter a mobilização em torno da pauta, com o objetivo de evitar um esfriamento institucional, e uma estratégia de argumentos para barrar as narrativas contrárias à proposta.

"O tempo até que será colocado em votação na CCJ, para que o relator apresente o parecer. Esse tempo de ser colocado em pauta, em votação na Câmara, em votação no Senado. Esse é um processo muito demorado, que contribui para esfriar o debate", disse.
Brasília (DF), 15/11/2024 - Pessoas participam de ato em defesa do fim da jornada 6x1, realizado na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/11/2024 - Ato em defesa do fim da jornada 6x1, na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.

Ao menos outras duas PEC tratam da redução de jornada no Congresso Nacional, mas não acabam com a jornada 6 por 1, que é a principal demanda do VAT.

Fonte: Agência Brasil com colaboração redações do Rio de Janeiro e de Brasília

Homem que ameaçou deputada gaúcha Bruna Rodrigues (PCdoB) é preso no interior de SP

Coletiva com a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) abordou prisão de suspeito de ameaças à parlamentar – Foto: Isabelle Rieger/Sul21

“Ver o rosto de uma pessoa por trás de algo tão cruel é, sem dúvida, algo que mexe muito comigo.” A frase é da deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB), em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (14), na qual anunciou a prisão de um dos suspeitos por trás de ameaças de morte e estupro contra ela e sua filha, denunciadas há cerca de um mês. Ainda sem nome divulgado, o indivíduo, de 36 anos, foi detido em Jundiaí (SP), em operação realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Em outubro, Bruna relatou que os ataques, recebidos por e-mail, eram acompanhados de críticas ao seu mandato e atuação parlamentar, além de tentar minar sua presença política em defesa de grupos marginalizados. “Sua macaca esquerdista maldita, vou estuprar…”, dizia uma das mensagens. Segundo a deputada, “há pouco mais de um mês, recebi um e-mail dizendo que matariam a minha filha. O teor do e-mail é o mais cruel que eu já recebi, ao mesmo tempo que reflete a escalada da violência que vou sentindo ao longo dessa chegada ao Parlamento”. Logo após ler as ameaças, a deputada registrou um boletim de ocorrência.

Investigado pela Polícia Federal há cinco anos, o suspeito é acusado de cometer diversos crimes de ódio, incluindo ameaças de morte, violência sexual e a disseminação de mensagens racistas e extremistas. Conforme os agentes, o homem, integrante de um grupo de extrema-direita da deep web, utilizava um serviço de e-mail (se apropriando de dados de pessoas comuns) com sede baseada na Suíça, a qual não possui acordo de cooperação com as autoridades brasileiras.

Durante a ação, foram apreendidos um computador de mesa, um notebook, dois tablets, dois celulares, diversos pen drives e outros itens. Segundo a polícia, esse material será analisado para identificar possível envolvimento de terceiros nos delitos. Até o momento, foram encontradas ameaças de atentados com explosivos (bombas) direcionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Congresso Nacional e ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP).

Em um e-mail endereçado a Alexandre de Moraes, o hacker ameaçava realizar um ato terrorista. “Iremos explodir o STF com todos dentro. Este é o aviso de um grupo de brasileiros, patriotas, que não irão aceitar o golpe. Temos aproximadamente 20 kg de explosivo PETN e estamos prontos e instruídos a usar. Espero que vocês estejam preparados para recolher pedaços de corpos, principalmente negros, nordestinos e homossexuais”, escreveu.

Para Bruna, que se emocionou ao relembrar os ataques sofridos, o maior “gargalo” nestes casos é a integridade de sua filha. “Minha filha é ameaçada por conta da minha atividade parlamentar e só eu tenho a segurança da minha atividade parlamentar garantida, né”, pontuou. Segundo a deputada, se a proteção oferecida pelo Estado não abranger, além dela, seu mandato e sua família, ela se torna falha. A parlamentar ressaltou que essa situação é uma das razões pelas quais muitas mulheres desistem da política.

Coletiva com a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) abordou prisão de suspeito de ameaças à parlamentar / Foto: Isabelle Rieger/Sul21

A deputada, que solicitou à Assembleia Legislativa uma medida de segurança, defendeu a criação de um protocolo mais eficaz e claro, que ofereça condições adequadas para que os parlamentares possam exercer suas funções. Conforme ela, atualmente não há orientações diretas sobre o que fazer caso recebam ameaças ou enfrentem situações de risco, o que torna a proteção insuficiente.

Ao falar sobre a explosão que ocorreu no STF ontem, Bruna afirmou que o episódio é um reflexo de uma onda de ódio crescente no Brasil. “É óbvio que seria leviano falar de correlações, mas é inegável que há uma escalada de violência no país e que, se essa escalada seguir sendo permitida, podemos vivenciar um cenário trágico”, disse, e complementou: “Ver um rosto, ver uma pessoa disposta a morrer por conta de uma política de ódio é assustador”.

Originalmente publicado por Brasil de Fato

“Quando Bolsonaro perdeu, ele enlouqueceu”, diz ex-mulher de terrorista do STF

Francisco Wanderley Luiz, o “Tiü França”, terrorista que morreu durante atentado na Praça dos Três Poderes na última quarta (13). Foto: Reprodução

A cuidadora Margarete Versino (57), ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, terrorista que se explodiu na Praça dos Três Poderes nesta quarta (13), afirmou que ele “enlouqueceu” após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Eles foram casados por 17 anos e tiveram dois filhos.

“Tiü França”, como era conhecido o terrorista, nunca foi engajado em política e só passou a se interessar pelo tema após a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018, segundo Margarete. Ela se casou com o ex-marido no final da década de 1980.

“Nunca se envolveu com política. Era outra pessoa. Com o tempo, começou a mudar de atitude. E quando o Bolsonaro perdeu, ele enlouqueceu. Acho que foi ali que começou um problema mais forte, sabe?”, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo.

A ex-mulher relata que o interesse pelo tema virou “fanatismo” e que tentou alertá-lo, mas que “ele estava indignado com a política”. Margarete diz que “ele expressava bastante indignação com as pessoas presas” pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023, mas que não sabe se ele teve participação no episódio.

O homem-bomba estava morando na Ceilândia (DF), onde alugou uma casa, há poucos meses. A ex-mulher afirma que a mudança foi interpretada como uma tentativa de “fugir dos problemas”, já que ele passava por uma separação tumultuada com a segunda companheira, Daiane Dias.

Margarete ainda nega que o objetivo de “Tiü França” era matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como afirmou Daiane em depoimento à Polícia Federal. “A intenção dele não era matar ninguém, como já falaram aí. Tenho certeza que não. Ele era uma pessoa do bem. Fez mal para ele”, acrescenta.

Corpo de Francisco Wanderley Luiz após jogar bombas em frente ao STF. 
Foto: Evaristo Sá /AFP

Apesar da separação, Margarete diz que sempre foi próxima do ex-marido e o descreve como “um ótimo pai”. Ele deixou dois filhos, uma missionária de 37 anos que vive na Tailândia e um engenheiro mecânico de 34 anos que mora em Itapema (SC), além de um enteado, filho de Daiane, que o ajudava no trabalho.

A mãe de “Tiü França”, que tem 89 anos, precisou ser internada duas vezes desde o atentado da última quarta, segundo a ex-mulher. A família também contratou um advogado para atuar em Brasília e ainda aguarda informações sobre a liberação do corpo para o sepultamento.

“É um choque para os filhos terem que aceitar isso, um fim tão trágico para o pai deles, e uma coisa que ele escolheu. A gente acaba se culpando por não ter visto que ele estava tão doente. A gente nunca esperava isso dele. Se você for em Rio do Sul inteiro, você só vai ouvir bem dele”, completou.

Fonte: DCM

Projeto de Estudo para o “Trem Pé-Vermelho” entre Londrina e Maringá avança com previsão de conclusão para julho

Mobilidade e integração regional ganham força com trem que deve atender 2 milhões de pessoas no Norte do Paraná
Foto: Assessoria de Imprensa

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a implementação do trem de passageiros “pé-vermelho”, que conectará Londrina a Maringá, está em fase inicial e deve ser concluído até julho do próximo ano. A informação foi confirmada pelo secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, durante reunião com a deputada federal Luísa Canziani (PSD-PR), que lidera as discussões locais. O encontro contou ainda com Danaê Fernandes, secretária de Segurança Pública e Transportes de Cambé, e com técnicos da secretaria e responsáveis pelo projeto.

A empresa Volar Engenharia foi contratada pelo governo federal para conduzir o EVTEA, enquanto a Infra S.A. iniciou o diálogo com o governo do Paraná e prefeituras para alinhar projetos preexistentes. A ideia de compartilhar a malha ferroviária existente será avaliada tecnicamente, com um percurso previsto de Paiçandu a Ibiporã, abrangendo uma população de cerca de 2 milhões de pessoas.

A deputada Canziani destacou o impacto do projeto na mobilidade e segurança urbana para os trabalhadores da região. Já Danaê Fernandes apontou que o projeto inclui a ligação dos aeroportos de Londrina e Maringá, possibilitando transporte de cargas de alto valor agregado e a construção da primeira ciclovia regional do país, com mais de 100 quilômetros. Em outubro, o governo estadual concluiu o projeto funcional, com a proposta de uma malha ferroviária dedicada ao transporte de passageiros, evitando conflitos de horário e manutenção com os trens de carga. O G6, grupo de prefeitos de Londrina, Ibiporã, Cambé, Rolândia, Arapongas e Apucarana, discutiu a iniciativa como estratégia de integração regional. Uma nova reunião com o governo estadual está marcada para o final deste mês, buscando alinhamento entre projetos e viabilidade.

Com informações da Assessoria de Imprensa.

VÍDEO: Milei é interrompido em discurso nos EUA bajulando Trump e retirado do palco


O puxa-saco Milei entre seus donos Musk (esq.) e Trump em Mar-a-Lago

Durante um jantar organizado na Flórida para comemorar o retorno de Donald Trump à Casa Branca, o presidente da Argentina, Javier Milei, não mediu esforços para puxar o saco do líder americano e de seu cupincha, o bilionário Elon Musk. Nem isso o salvou de um vexame ao final do discurso, quando foi tratado como cucaracha.

“Foi o maior retorno político da história, desafiando todo o ‘establishment’ político, inclusive arriscando a própria vida”, falou Milei. “Graças a isto, hoje o mundo é um mundo muito melhor. Hoje, sopram os ventos da liberdade, sopram com muito mais força”.

O evento foi organizado pelo ‘America First Policy Institute’ em Mar-a-Lago, a residência particular do magnata na Flórida. Milei fez questão de posar para fotos com Trump e Milei, como uma fã deslumbrada.

“Você sabe que pode contar com a Argentina para tornar os Estados Unidos grandes novamente”, postou o sabujo no Instagram e na rede X, misturando a arrogância platina com uma subjugação abjeta de vira-latas.

O excesso de bajulação de Milei acabou por cansar os presentes, e, ao final de sua falação, a mestre de cerimônias teve de intervir, pedindo que Milei se retirasse do palco. O palhaço balbuciou um “OK” e se calou, bovinamente, antes de puxar o carro.

Fonte: DCM

Bluesky atrai milhões de usuários enquanto plataforma de Musk enfrenta êxodo após vitória de Trump

Novo termo de serviço da X e preocupações com desinformação motivam migração para alternativas como Bluesky

Bluesky (Foto: Divulgação / Bluesky)

Reuters – A plataforma de mídia social Bluesky, considerada uma das principais alternativas à X (anteriormente conhecida como Twitter), registrou um aumento significativo de usuários após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. De acordo com a Reuters, a Bluesky ganhou cerca de 2,5 milhões de novos usuários na última semana, elevando seu total para mais de 16 milhões.

O crescimento da plataforma ocorre em meio à crescente insatisfação com a X, adquirida por Elon Musk. Um dos fatores que impulsionaram essa migração foi uma iminente mudança nos termos de serviço da plataforma, que, segundo especialistas, pode complicar disputas legais futuras para os usuários. O Bluesky divulgou que está vendo "níveis recordes de atividade em todas as formas de engajamento: curtidas, seguidores, novas contas, etc., e estamos no caminho de adicionar 1 milhão de novos usuários em um único dia", afirmou em comunicado.

● Desinformação e preocupações legais

A X enfrentou duras críticas de especialistas em desinformação durante a eleição por ter facilitado a disseminação de informações falsas sobre os estados-chave da disputa eleitoral. Dados da SimilarWeb mostraram que, em 6 de novembro, o dia em que a vitória de Trump foi confirmada, a X registrou 46,5 milhões de visitas nos EUA, um recorde anual. No entanto, mais de 115 mil usuários desativaram suas contas na plataforma, marcando o maior êxodo desde que Musk assumiu o controle.Personalidades e organizações, incluindo o Center for Countering Digital Hate, o jornal britânico The Guardian e o ex-âncora da CNN Don Lemon, anunciaram sua saída da X devido a preocupações com o conteúdo e as mudanças nos termos de uso. O novo termo, que entra em vigor na sexta-feira, exige que todas as disputas legais sejam levadas exclusivamente aos tribunais do Distrito Norte do Texas ou aos tribunais estaduais no Condado de Tarrant, no Texas. Críticos argumentam que a mudança facilita que Musk enfrente processos em jurisdições favoráveis a ele.

● Concorrência e alternativas

O analista Abraham Yousef, da Sensor Tower, comentou que o crescimento de plataformas como Bluesky pode ter sido impulsionado por conteúdos polêmicos e problemas técnicos enfrentados pela X. "A saída de contas populares, personalidades da mídia ou organizações pode ter levado os consumidores a concluir que a X não é mais a plataforma preferida, alimentando o crescimento de alternativas como Bluesky e Threads", explicou.

No dia 6 de novembro, a Bluesky atraiu cerca de 1,2 milhão de visitantes em seu site, superando a Threads, da Meta, que atraiu cerca de 950 mil visitantes, embora a Threads ainda mantenha uma base de usuários maior, com aproximadamente 252 milhões de usuários ativos mensais em seu aplicativo móvel. A X, por sua vez, possui cerca de 317 milhões de usuários, de acordo com a Sensor Tower.

● Perspectivas e desafios

Gil Luria, analista da D.A. Davidson & Co, acredita que, apesar da concorrência, a X pode estar em uma posição mais forte devido ao apoio de Trump. "X parece estar em uma posição melhor do que há algum tempo, dada a capacidade de representar as visões do presidente eleito Trump", afirmou. Ele acrescentou que plataformas concorrentes podem enfrentar dificuldades para alcançar a X devido aos efeitos de rede significativos do microblogging.

Por outro lado, o Center for Countering Digital Hate alertou que as novas regras da X podem criar um ambiente jurídico que favorece Musk e prejudica aqueles que se opõem a ele. "Agora, o bilionário poderá mover ações em tribunais favoráveis contra quem discordar dele em sua plataforma", comentou a organização.

Fonte: Brasil 247 com Reuters