sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Manifestantes vão às ruas pelo fim da escala de trabalho 6x1

Atos foram convocados em diversas cidades, como São Paulo e Rio

São Paulo (SP), 15/11/2024 - Pessoas participam de ato em defesa do fim da jornada 6x1. Foto: Letycia Bond/Agência Brasil
© Letycia Bond/Agência Brasil

Manifestantes realizaram atos nesta sexta-feira (15) em diversas cidades pelo fim da escala de seis dias de trabalho e um dia de folga. Foram convocados atos em São Paulo, Brasília, Manaus, Fortaleza, no Rio de Janeiro e no Recife.

O tema ganhou repercussão nesta semana em razão da proposta de emenda à Constituição Federal (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), que propõe jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana no Brasil.

Os atos foram convocados pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que tem mobilizado as redes sociais a favor da PEC. Em petição online, o movimento já reuniu quase 3 milhões de assinaturas a favor da mudança.

A proposta de emenda constitucional foi elaborada na causa defendida pelo VAT, que a jornada de trabalho no Brasil, 6x1 é uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores, além de impedir o convívio dos trabalhadores com a família e amigos e a prática de atividades físicas, de lazer ou estudo.

São Paulo

Em São Paulo, os manifestantes reuniram-se na Avenida Paulista.

De um carro de som, uma das líderes do ato, Priscila Araújo Kashimira, ressaltou que os jovens estão entre os mais afetados pela jornada de trabalho 6x1, pela dificuldade em conciliar os estudos para tentar entrar em uma instituição de ensino superior. Ela contou ainda que o convívio com a mãe, que estava também no carro de som, foi muito afetado em razão dessa escala de trabalho.

Priscila Kashimira apontou ainda que outros trabalhadores prejudicados pela atual jornada são funcionários de shoppings e telemarketing. Ela criticou as empresas de telemarketing por sujeitar os funcionários a intervalos curtos, "de menos de 20 minutos para almoço".

"Se fechar farmácia, mercado e shopping, esse país para", afirmou.

Um dos integrantes do VAT, Washington Soares, salientou que a mobilização pela petição online começou um ano atrás, incluindo panfletagens.

Para ele, a pluralização das manifestações e adesões favoráveis, como de partidos e parlamentares, se deve por ser uma pauta que independe de posições partidárias e ideologias. "É uma pauta para todo mundo", disse.

"Muita gente nem acreditava e, nessa semana, depois do sábado, começou. Todo mundo entrando em contato com os deputados. Não importa se é de direita, de esquerda, todo mundo trabalha. Nenhum político quer ficar queimado com a população, eles sabem o que vão ter que fazer. Querem fazer um ajuste e tal, ok, tudo bem. Vai ser muito difícil na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados]. Essa foi nossa primeira vitória. Não vai ser fácil, mas nunca foi. Aqui no Brasil, nunca foi. A gente tem mesmo que arrancar nossas conquistas e está muito confiante", contou.

"Um deputado de direita disse que não é uma questão ideológica, que é uma questão do trabalhador, e é exatamente isso que a gente pensa", acrescentou.

Operadora de telemarketing há cinco anos, Viviane da Silva, de 38 anos, começou a graduação este ano e, por isso, divide o dia entre estudar pela manhã e trabalhar, a tarde. Ela já teve outros empregos e em um deles cumpria escala 6 por 1.

"Meses atrás, eu comecei a tomar medicação para depressão e ansiedade, por estar pesada a carga de trabalho com estudo e não ter a folga necessária para descanso e desempenhar as duas funções", relatou.

Em uma ocasião, contou a trabalhadora, uma chefe chamou sua atenção por ela ter marcado consultas médicas e odontológicas em horário de trabalho, duas vezes no mesmo mês.

"A gente não é tratada bem quando precisa sair mais cedo, entrar mais tarde. Por lei, eles precisam aceitar declaração de comparecimento a uma consulta médica, mas os superiores não aceitam bem."

Rio de Janeiro

O protesto levou uma multidão à Cinelândia, no Rio de Janeiro. Os manifestantes destacavam a necessidade do descanso e do lazer na vida do trabalhador e pediam a redução das horas trabalhadas sem perdas salariais.


Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 - Manifestantes se reunem em protesto pelo fim da jornada  de trabalho 6 x 1, na Cinelândia, centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 - Manifestantes reúnem-se em protesto pelo fim da jornada de trabalho 6x1, na Cinelândia. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


O tema também foi debatido no G20 Social, que ocorre no Rio de Janeiro entre 14 e 16 de novembro.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, argumentou que a mudança beneficiaria as mulheres, mas classificou que o debate precisa ser mais amadurecido.

Já o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse nesta semana que o assunto ainda não foi discutido no núcleo do governo.

Brasília

Na capital federal, o ato reuniu representantes de diferentes categorias e movimentos sociais na Rodoviária do Plano Piloto, na região central.

Para Abel Santos, motofretista e coordenador do VAT no Distrito Federal, os atos mostraram a a união dos trabalhadores "independentemente da categoria na luta por melhores condições de trabalho e vida". As manifestações realizadas no país aumentam a pressão para que os parlamentares aprovem a proposta pelo fim da atual escala de trabalho.

Na avaliação do antropólogo e integrante do Movimento Passe Livre, Paiques Duque Santarém, os movimentos precisam se articular a partir de agora para manter a mobilização em torno da pauta, com o objetivo de evitar um esfriamento institucional, e uma estratégia de argumentos para barrar as narrativas contrárias à proposta.

"O tempo até que será colocado em votação na CCJ, para que o relator apresente o parecer. Esse tempo de ser colocado em pauta, em votação na Câmara, em votação no Senado. Esse é um processo muito demorado, que contribui para esfriar o debate", disse.
Brasília (DF), 15/11/2024 - Pessoas participam de ato em defesa do fim da jornada 6x1, realizado na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/11/2024 - Ato em defesa do fim da jornada 6x1, na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.

Ao menos outras duas PEC tratam da redução de jornada no Congresso Nacional, mas não acabam com a jornada 6 por 1, que é a principal demanda do VAT.

Fonte: Agência Brasil com colaboração redações do Rio de Janeiro e de Brasília

Homem que ameaçou deputada gaúcha Bruna Rodrigues (PCdoB) é preso no interior de SP

Coletiva com a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) abordou prisão de suspeito de ameaças à parlamentar – Foto: Isabelle Rieger/Sul21

“Ver o rosto de uma pessoa por trás de algo tão cruel é, sem dúvida, algo que mexe muito comigo.” A frase é da deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB), em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (14), na qual anunciou a prisão de um dos suspeitos por trás de ameaças de morte e estupro contra ela e sua filha, denunciadas há cerca de um mês. Ainda sem nome divulgado, o indivíduo, de 36 anos, foi detido em Jundiaí (SP), em operação realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Em outubro, Bruna relatou que os ataques, recebidos por e-mail, eram acompanhados de críticas ao seu mandato e atuação parlamentar, além de tentar minar sua presença política em defesa de grupos marginalizados. “Sua macaca esquerdista maldita, vou estuprar…”, dizia uma das mensagens. Segundo a deputada, “há pouco mais de um mês, recebi um e-mail dizendo que matariam a minha filha. O teor do e-mail é o mais cruel que eu já recebi, ao mesmo tempo que reflete a escalada da violência que vou sentindo ao longo dessa chegada ao Parlamento”. Logo após ler as ameaças, a deputada registrou um boletim de ocorrência.

Investigado pela Polícia Federal há cinco anos, o suspeito é acusado de cometer diversos crimes de ódio, incluindo ameaças de morte, violência sexual e a disseminação de mensagens racistas e extremistas. Conforme os agentes, o homem, integrante de um grupo de extrema-direita da deep web, utilizava um serviço de e-mail (se apropriando de dados de pessoas comuns) com sede baseada na Suíça, a qual não possui acordo de cooperação com as autoridades brasileiras.

Durante a ação, foram apreendidos um computador de mesa, um notebook, dois tablets, dois celulares, diversos pen drives e outros itens. Segundo a polícia, esse material será analisado para identificar possível envolvimento de terceiros nos delitos. Até o momento, foram encontradas ameaças de atentados com explosivos (bombas) direcionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Congresso Nacional e ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP).

Em um e-mail endereçado a Alexandre de Moraes, o hacker ameaçava realizar um ato terrorista. “Iremos explodir o STF com todos dentro. Este é o aviso de um grupo de brasileiros, patriotas, que não irão aceitar o golpe. Temos aproximadamente 20 kg de explosivo PETN e estamos prontos e instruídos a usar. Espero que vocês estejam preparados para recolher pedaços de corpos, principalmente negros, nordestinos e homossexuais”, escreveu.

Para Bruna, que se emocionou ao relembrar os ataques sofridos, o maior “gargalo” nestes casos é a integridade de sua filha. “Minha filha é ameaçada por conta da minha atividade parlamentar e só eu tenho a segurança da minha atividade parlamentar garantida, né”, pontuou. Segundo a deputada, se a proteção oferecida pelo Estado não abranger, além dela, seu mandato e sua família, ela se torna falha. A parlamentar ressaltou que essa situação é uma das razões pelas quais muitas mulheres desistem da política.

Coletiva com a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) abordou prisão de suspeito de ameaças à parlamentar / Foto: Isabelle Rieger/Sul21

A deputada, que solicitou à Assembleia Legislativa uma medida de segurança, defendeu a criação de um protocolo mais eficaz e claro, que ofereça condições adequadas para que os parlamentares possam exercer suas funções. Conforme ela, atualmente não há orientações diretas sobre o que fazer caso recebam ameaças ou enfrentem situações de risco, o que torna a proteção insuficiente.

Ao falar sobre a explosão que ocorreu no STF ontem, Bruna afirmou que o episódio é um reflexo de uma onda de ódio crescente no Brasil. “É óbvio que seria leviano falar de correlações, mas é inegável que há uma escalada de violência no país e que, se essa escalada seguir sendo permitida, podemos vivenciar um cenário trágico”, disse, e complementou: “Ver um rosto, ver uma pessoa disposta a morrer por conta de uma política de ódio é assustador”.

Originalmente publicado por Brasil de Fato

“Quando Bolsonaro perdeu, ele enlouqueceu”, diz ex-mulher de terrorista do STF

Francisco Wanderley Luiz, o “Tiü França”, terrorista que morreu durante atentado na Praça dos Três Poderes na última quarta (13). Foto: Reprodução

A cuidadora Margarete Versino (57), ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, terrorista que se explodiu na Praça dos Três Poderes nesta quarta (13), afirmou que ele “enlouqueceu” após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Eles foram casados por 17 anos e tiveram dois filhos.

“Tiü França”, como era conhecido o terrorista, nunca foi engajado em política e só passou a se interessar pelo tema após a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018, segundo Margarete. Ela se casou com o ex-marido no final da década de 1980.

“Nunca se envolveu com política. Era outra pessoa. Com o tempo, começou a mudar de atitude. E quando o Bolsonaro perdeu, ele enlouqueceu. Acho que foi ali que começou um problema mais forte, sabe?”, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo.

A ex-mulher relata que o interesse pelo tema virou “fanatismo” e que tentou alertá-lo, mas que “ele estava indignado com a política”. Margarete diz que “ele expressava bastante indignação com as pessoas presas” pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023, mas que não sabe se ele teve participação no episódio.

O homem-bomba estava morando na Ceilândia (DF), onde alugou uma casa, há poucos meses. A ex-mulher afirma que a mudança foi interpretada como uma tentativa de “fugir dos problemas”, já que ele passava por uma separação tumultuada com a segunda companheira, Daiane Dias.

Margarete ainda nega que o objetivo de “Tiü França” era matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como afirmou Daiane em depoimento à Polícia Federal. “A intenção dele não era matar ninguém, como já falaram aí. Tenho certeza que não. Ele era uma pessoa do bem. Fez mal para ele”, acrescenta.

Corpo de Francisco Wanderley Luiz após jogar bombas em frente ao STF. 
Foto: Evaristo Sá /AFP

Apesar da separação, Margarete diz que sempre foi próxima do ex-marido e o descreve como “um ótimo pai”. Ele deixou dois filhos, uma missionária de 37 anos que vive na Tailândia e um engenheiro mecânico de 34 anos que mora em Itapema (SC), além de um enteado, filho de Daiane, que o ajudava no trabalho.

A mãe de “Tiü França”, que tem 89 anos, precisou ser internada duas vezes desde o atentado da última quarta, segundo a ex-mulher. A família também contratou um advogado para atuar em Brasília e ainda aguarda informações sobre a liberação do corpo para o sepultamento.

“É um choque para os filhos terem que aceitar isso, um fim tão trágico para o pai deles, e uma coisa que ele escolheu. A gente acaba se culpando por não ter visto que ele estava tão doente. A gente nunca esperava isso dele. Se você for em Rio do Sul inteiro, você só vai ouvir bem dele”, completou.

Fonte: DCM

Projeto de Estudo para o “Trem Pé-Vermelho” entre Londrina e Maringá avança com previsão de conclusão para julho

Mobilidade e integração regional ganham força com trem que deve atender 2 milhões de pessoas no Norte do Paraná
Foto: Assessoria de Imprensa

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a implementação do trem de passageiros “pé-vermelho”, que conectará Londrina a Maringá, está em fase inicial e deve ser concluído até julho do próximo ano. A informação foi confirmada pelo secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, durante reunião com a deputada federal Luísa Canziani (PSD-PR), que lidera as discussões locais. O encontro contou ainda com Danaê Fernandes, secretária de Segurança Pública e Transportes de Cambé, e com técnicos da secretaria e responsáveis pelo projeto.

A empresa Volar Engenharia foi contratada pelo governo federal para conduzir o EVTEA, enquanto a Infra S.A. iniciou o diálogo com o governo do Paraná e prefeituras para alinhar projetos preexistentes. A ideia de compartilhar a malha ferroviária existente será avaliada tecnicamente, com um percurso previsto de Paiçandu a Ibiporã, abrangendo uma população de cerca de 2 milhões de pessoas.

A deputada Canziani destacou o impacto do projeto na mobilidade e segurança urbana para os trabalhadores da região. Já Danaê Fernandes apontou que o projeto inclui a ligação dos aeroportos de Londrina e Maringá, possibilitando transporte de cargas de alto valor agregado e a construção da primeira ciclovia regional do país, com mais de 100 quilômetros. Em outubro, o governo estadual concluiu o projeto funcional, com a proposta de uma malha ferroviária dedicada ao transporte de passageiros, evitando conflitos de horário e manutenção com os trens de carga. O G6, grupo de prefeitos de Londrina, Ibiporã, Cambé, Rolândia, Arapongas e Apucarana, discutiu a iniciativa como estratégia de integração regional. Uma nova reunião com o governo estadual está marcada para o final deste mês, buscando alinhamento entre projetos e viabilidade.

Com informações da Assessoria de Imprensa.

VÍDEO: Milei é interrompido em discurso nos EUA bajulando Trump e retirado do palco


O puxa-saco Milei entre seus donos Musk (esq.) e Trump em Mar-a-Lago

Durante um jantar organizado na Flórida para comemorar o retorno de Donald Trump à Casa Branca, o presidente da Argentina, Javier Milei, não mediu esforços para puxar o saco do líder americano e de seu cupincha, o bilionário Elon Musk. Nem isso o salvou de um vexame ao final do discurso, quando foi tratado como cucaracha.

“Foi o maior retorno político da história, desafiando todo o ‘establishment’ político, inclusive arriscando a própria vida”, falou Milei. “Graças a isto, hoje o mundo é um mundo muito melhor. Hoje, sopram os ventos da liberdade, sopram com muito mais força”.

O evento foi organizado pelo ‘America First Policy Institute’ em Mar-a-Lago, a residência particular do magnata na Flórida. Milei fez questão de posar para fotos com Trump e Milei, como uma fã deslumbrada.

“Você sabe que pode contar com a Argentina para tornar os Estados Unidos grandes novamente”, postou o sabujo no Instagram e na rede X, misturando a arrogância platina com uma subjugação abjeta de vira-latas.

O excesso de bajulação de Milei acabou por cansar os presentes, e, ao final de sua falação, a mestre de cerimônias teve de intervir, pedindo que Milei se retirasse do palco. O palhaço balbuciou um “OK” e se calou, bovinamente, antes de puxar o carro.

Fonte: DCM

Bluesky atrai milhões de usuários enquanto plataforma de Musk enfrenta êxodo após vitória de Trump

Novo termo de serviço da X e preocupações com desinformação motivam migração para alternativas como Bluesky

Bluesky (Foto: Divulgação / Bluesky)

Reuters – A plataforma de mídia social Bluesky, considerada uma das principais alternativas à X (anteriormente conhecida como Twitter), registrou um aumento significativo de usuários após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. De acordo com a Reuters, a Bluesky ganhou cerca de 2,5 milhões de novos usuários na última semana, elevando seu total para mais de 16 milhões.

O crescimento da plataforma ocorre em meio à crescente insatisfação com a X, adquirida por Elon Musk. Um dos fatores que impulsionaram essa migração foi uma iminente mudança nos termos de serviço da plataforma, que, segundo especialistas, pode complicar disputas legais futuras para os usuários. O Bluesky divulgou que está vendo "níveis recordes de atividade em todas as formas de engajamento: curtidas, seguidores, novas contas, etc., e estamos no caminho de adicionar 1 milhão de novos usuários em um único dia", afirmou em comunicado.

● Desinformação e preocupações legais

A X enfrentou duras críticas de especialistas em desinformação durante a eleição por ter facilitado a disseminação de informações falsas sobre os estados-chave da disputa eleitoral. Dados da SimilarWeb mostraram que, em 6 de novembro, o dia em que a vitória de Trump foi confirmada, a X registrou 46,5 milhões de visitas nos EUA, um recorde anual. No entanto, mais de 115 mil usuários desativaram suas contas na plataforma, marcando o maior êxodo desde que Musk assumiu o controle.Personalidades e organizações, incluindo o Center for Countering Digital Hate, o jornal britânico The Guardian e o ex-âncora da CNN Don Lemon, anunciaram sua saída da X devido a preocupações com o conteúdo e as mudanças nos termos de uso. O novo termo, que entra em vigor na sexta-feira, exige que todas as disputas legais sejam levadas exclusivamente aos tribunais do Distrito Norte do Texas ou aos tribunais estaduais no Condado de Tarrant, no Texas. Críticos argumentam que a mudança facilita que Musk enfrente processos em jurisdições favoráveis a ele.

● Concorrência e alternativas

O analista Abraham Yousef, da Sensor Tower, comentou que o crescimento de plataformas como Bluesky pode ter sido impulsionado por conteúdos polêmicos e problemas técnicos enfrentados pela X. "A saída de contas populares, personalidades da mídia ou organizações pode ter levado os consumidores a concluir que a X não é mais a plataforma preferida, alimentando o crescimento de alternativas como Bluesky e Threads", explicou.

No dia 6 de novembro, a Bluesky atraiu cerca de 1,2 milhão de visitantes em seu site, superando a Threads, da Meta, que atraiu cerca de 950 mil visitantes, embora a Threads ainda mantenha uma base de usuários maior, com aproximadamente 252 milhões de usuários ativos mensais em seu aplicativo móvel. A X, por sua vez, possui cerca de 317 milhões de usuários, de acordo com a Sensor Tower.

● Perspectivas e desafios

Gil Luria, analista da D.A. Davidson & Co, acredita que, apesar da concorrência, a X pode estar em uma posição mais forte devido ao apoio de Trump. "X parece estar em uma posição melhor do que há algum tempo, dada a capacidade de representar as visões do presidente eleito Trump", afirmou. Ele acrescentou que plataformas concorrentes podem enfrentar dificuldades para alcançar a X devido aos efeitos de rede significativos do microblogging.

Por outro lado, o Center for Countering Digital Hate alertou que as novas regras da X podem criar um ambiente jurídico que favorece Musk e prejudica aqueles que se opõem a ele. "Agora, o bilionário poderá mover ações em tribunais favoráveis contra quem discordar dele em sua plataforma", comentou a organização.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lula já tem mais de dez reuniões bilaterais previstas durante G20, incluindo Biden e Macron

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preparando uma intensa agenda de reuniões bilaterais com importantes líderes globais

Lula e Joe Biden no G7 na Itália (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preparando uma intensa agenda de reuniões bilaterais com importantes líderes globais durante a Cúpula do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. De acordo com informações do Palácio do Planalto, entre os encontros programados estão com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se encontra na reta final de seu mandato, o presidente francês Emmanuel Macron, além dos primeiros-ministros do Reino Unido, Keir Starmer, e da Itália, Giorgia Meloni. As informações são do portal CNN Brasil.

Além destes, Lula também deverá se reunir com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que participará do evento G20 Social, e com outros líderes, como os presidentes do Japão, Malásia, Egito, Emirados Árabes, além do secretário-geral da ONU, António Guterres, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A agenda, ainda em fase de finalização, promete incluir uma série de conversas estratégicas para o Brasil no cenário internacional. Embora o calendário já contemple encontros importantes, fontes do governo alertam que o cronograma pode sofrer ajustes até o início da Cúpula, com mais reuniões sendo inseridas ou modificadas.

As reuniões com os líderes internacionais terão início já no sábado (16), com a chegada do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que acompanhará o presidente Lula no encerramento das atividades do G20 Social. O domingo (17) foi reservado para a realização da maior parte dos encontros reservados, em um momento crucial de preparação para a Cúpula de Líderes do G20.

Reuniões bilaterais previstas:

Joe Biden – Presidente dos Estados Unidos
Giorgia Meloni – Primeira-ministra da Itália
Narendra Modi – Primeiro-ministro da Índia
Emmanuel Macron – Presidente da França
Keir Starmer – Primeiro-ministro do Reino Unido
Abdel Fattah Al-Sisi – Presidente do Egito
Anwar Ibrahim – Primeiro-ministro da Malásia
Shigeru Ishiba – Primeiro-ministro do Japão
Cyril Ramaphosa – Presidente da África do Sul
Mohammed bin Zayed Al Nahyan – Primeiro-ministro dos Emirados Árabes
António Guterres – Secretário-geral da ONU
Ursula von der Leyen – Presidente da Comissão Europeia

A cúpula no Brasil reunirá 55 líderes de países e chefes de organizações internacionais, com um foco em debates sobre economia global, mudanças climáticas e outras questões de relevância mundial. O evento representa uma oportunidade estratégica para o Brasil reforçar seu papel na diplomacia internacional e avançar com suas propostas nas principais questões globais.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

600 mil brasileiros já utilizam cannabis medicinal, aponta estudo

Pesquisa da Kaya Mind revela crescimento do uso terapêutico da cannabis e projeta expansão no número de médicos habilitados até 2025

(Foto: Shutterstock)

Uma pesquisa realizada pela Kaya Mind e divulgada em 13 de novembro durante a coletiva de imprensa da ExpoCannabis, maior feira de cannabis da América Latina, revelou que cerca de 600 mil brasileiros fazem uso de cannabis medicinal. A feira, que ocorrerá entre 15 e 17 de novembro no São Paulo Expo, destaca a relevância deste mercado em expansão e suas implicações para a saúde e a economia do país.

A cannabis medicinal, indicada para o tratamento de diversas patologias, é comercializada em diferentes formas, como gotas, óleos, pomadas e cremes. Este segmento tem se mostrado promissor, não apenas pela variedade de produtos disponíveis, mas pelo crescente número de profissionais da saúde habilitados a prescrever tais tratamentos. Atualmente, mais de 10 mil médicos estão capacitados para a prescrição de cannabis medicinal no Brasil, com a projeção de que esse número triplique até 2025. “O mercado está evoluindo, e os profissionais de saúde estão se conscientizando cada vez mais sobre os benefícios terapêuticos da cannabis”, comenta Maria Eugênia, CEO da Kaya Mind.

Apesar do crescimento, o setor ainda enfrenta desafios, especialmente relacionados à burocracia na importação de produtos à base de cannabis. No entanto, o mercado jurídico vem se adaptando para facilitar esses processos, contribuindo para que pacientes possam ter acesso mais ágil aos tratamentos.

Durante a ExpoCannabis, representantes de diversos setores da indústria participarão de painéis de discussão e apresentarão suas soluções. A feira oferece aos visitantes a oportunidade de receberem orientações sobre o uso medicinal da cannabis e de obterem gratuitamente uma carteirinha digital, ferramenta que auxilia nos trâmites necessários para o acesso aos tratamentos.

Fonte: Brasil 247

Maior plano global para erradicação da fome será lançado na cúpula do G20, no Rio de Janeiro

Objetivo é alcançar 500 milhões com programas de transferência de renda e garantir refeições escolares a 150 milhões de crianças até 2030

Lula, Mauro Vieira e Wellington Dias (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

RIO DE JANEIRO, 15 de novembro de 2024 – Em um movimento que demonstra a união global sem precedentes, governos, organizações multilaterais, bancos de desenvolvimento e entidades filantrópicas anunciaram hoje, durante a Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro, a mais ampla iniciativa coletiva já vista para erradicar a fome e a pobreza extrema. A iniciativa, conhecida como “2030 Sprints”, marca o início das ações da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que será oficialmente lançada em 18 de novembro.

A Aliança Global surge em um momento crítico, uma vez que projeções indicam que, sem mudanças significativas, 622 milhões de pessoas ainda viverão em extrema pobreza em 2030, um número muito superior ao desejado. Além disso, cerca de 582 milhões de pessoas enfrentarão a fome em 2030, um patamar semelhante ao de 2015, quando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram adotados.

◉ Compromissos globais e apoio financeiro

Entre os compromissos anunciados, destacam-se a ampliação de programas de transferência de renda que visam alcançar 500 milhões de pessoas em países de baixa e média renda até 2030. Akihiko Nishio, vice-presidente de Finanças de Desenvolvimento do Banco Mundial, afirmou: “O Banco Mundial se compromete plenamente com a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, apoiando a ambição através da IDA 21 para estender a proteção social a 500 milhões de pessoas”.

Outro destaque foi o apoio à expansão de refeições escolares de qualidade para mais 150 milhões de crianças em regiões afetadas pela pobreza e fome endêmicas. Cindy McCain, diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA), ressaltou: “Programas de refeições escolares são transformadores na luta contra a desigualdade e a fome. Eles abrem portas para a educação e fortalecem os sistemas alimentares locais”.

◉ Iniciativas de inclusão socioeconômica e desenvolvimento infantil

O Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou seu compromisso em liderar esforços regionais e globais. “Enquanto houver famílias sem comida e jovens sem esperança, não haverá paz”, declarou Lula, destacando o sucesso de políticas públicas como o Bolsa Família. O país também anunciou a expansão de programas de visitas domiciliares na primeira infância para atingir mais 300 mil crianças e 25 mil gestantes.

A Aliança Global busca também apoiar 100 milhões de pessoas em programas de inclusão socioeconômica, com enfoque em mulheres, e fornecer assistência nutricional e de saúde a 200 milhões de mulheres e crianças de 0 a 6 anos. Shameran Abed, diretor executivo do BRAC, elogiou o papel do Brasil: “Estamos orgulhosos de trabalhar com governos para implementar abordagens comprovadas na redução da pobreza em grande escala”.

◉ Soluções para agricultores e acesso à água

Em apoio aos pequenos agricultores, responsáveis por até 70% dos alimentos consumidos em países de renda baixa e média, foram anunciadas parcerias entre o Brasil, a FAO, o FIDA e o PMA para conectar produtores familiares a programas de merenda escolar. Alvaro Lario, presidente do FIDA, enfatizou a necessidade de investimentos estratégicos: “Para acabar com a pobreza e a fome, precisamos fornecer aos pequenos agricultores acesso a ferramentas, tecnologia e financiamento”.

No que diz respeito ao acesso à água, a Bolívia e o Brasil se comprometeram com a expansão de sistemas de cisternas e soluções de irrigação para melhorar a segurança alimentar e hídrica. “A construção de cisternas é uma solução de baixo custo que transforma a vida das famílias pobres, garantindo acesso à água”, afirmou Álvaro Mollinedo, vice-ministro de Desenvolvimento Agrícola da Bolívia.

◉ Compromisso contínuo para alcançar os ODS

O ministro brasileiro Wellington Dias destacou a importância da colaboração internacional: “Como diz o presidente Lula, é uma questão de prioridade política, de incluir os pobres no orçamento”. Ele reforçou que a Aliança Global está apenas começando e convida outros países e parceiros a se unirem aos esforços para ampliar o impacto e cumprir a visão de um mundo sem fome e pobreza.

Fonte: Brasil 247

“Desemprego está perto da mínima histórica e o Brasil tem hoje grandes oportunidades de investimento”, diz Meirelles

Ex-ministro Henrique Meirelles elogia a condução da política econômica e diz que sustentabilidade do crescimento depende da expansão da oferta

Henrique Meirelles (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Durante fórum empresarial promovido pelo Lide em Lisboa, Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e reconhecido por sua experiência no setor econômico, apresentou uma análise detalhada sobre o panorama econômico brasileiro e as oportunidades para investimentos. Segundo ele, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tem superado as expectativas nos últimos anos. "Se olharmos os números divulgados pelo IBGE, vemos um crescimento econômico em 2023 e 2024 maior do que o esperado, alcançando cerca de 3% ao ano", enfatizou Meirelles, durante o encontro promovido pelo Lide.

Essa trajetória de expansão econômica, de acordo com o ex-ministro, cria um ambiente propício para novos investimentos. No entanto, ele ressalta que a sustentabilidade desse crescimento está atrelada às reformas estruturais implementadas nos últimos anos. “O que realmente impulsiona o crescimento econômico do Brasil são as reformas realizadas nos últimos anos, que aumentaram a produtividade e reduziram a burocracia”, destacou. Um estudo do Banco Mundial, mencionado por Meirelles, indicou que o empresário brasileiro dedicava cerca de 1.600 horas por ano apenas para cumprir obrigações tributárias, um gargalo mitigado por essas reformas.

◉ Oportunidades e setores em alta

Meirelles destacou que, embora o consumo no Brasil tenha crescido 3,7% nos últimos 12 meses, os investimentos não acompanharam o mesmo ritmo. "Esse descompasso mostra que há uma demanda reprimida por investimentos em diversas áreas, especialmente em setores como automotivo e infraestrutura", afirmou. Ele também mencionou o potencial de crescimento no mercado de carros elétricos, que está em ascensão devido às novas demandas da economia verde.

Outro ponto de destaque foi o setor de infraestrutura, que, segundo Meirelles, precisa de aportes significativos. A venda da Sabesp e a previsão de investimentos de R$ 15 bilhões em São Paulo, além de R$ 16 bilhões em outros estados, foram exemplos citados. Ele também alertou sobre a necessidade de aproximadamente R$ 300 bilhões para a universalização dos serviços de saneamento no país. "O setor de saneamento básico é vital e apresenta um grande potencial para atrair investimentos", completou.

◉ Desafios e vantagens no cenário global

Meirelles mencionou, ainda, o impacto das políticas protecionistas dos Estados Unidos, especialmente sob o governo de Donald Trump, que impuseram restrições às importações. No entanto, ele apontou que o Brasil possui uma vantagem comparativa. “A indústria brasileira, por ter como foco principal o mercado interno e exportar majoritariamente commodities, acaba menos impactada por essas barreiras comerciais”, explicou.

Além disso, destacou a relevância do agronegócio como motor econômico do país. "O Brasil é um grande produtor de grãos, e há uma oportunidade significativa de agregar valor à cadeia produtiva, exportando não apenas matérias-primas, mas também produtos manufaturados", afirmou. Meirelles concluiu sua apresentação reforçando que o Brasil possui uma base sólida para atrair investimentos sustentáveis nos próximos anos, desde que continue a adotar políticas que favoreçam a produtividade e o ambiente de negócios. “Há espaço para crescimento e oportunidades em setores variados, desde a tecnologia até a infraestrutura. O Brasil está preparado e demanda investimentos que sejam bem direcionados e necessários”, finalizou. 

Confira:

Fonte: Brasil 247

Série de ataques israelenses contra o Líbano deixa pelo menos 43 mortos


O Ministério da Saúde libanês relatou quase dez ataques de Israel contra diferentes partes do país nas últimas horas

Israel ataca Líbano (Foto: Reuters)

Cerca de 43 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no Líbano depois de uma série de ataques israelenses em diversas regiões do país, incluindo dois centros de Defesa Civil, informou nesta sexta-feira (15) o Ministério da Saúde Pública libanês.

O ataque mais mortal relatado pelas autoridades libanesas ocorreu na noite de quinta-feira na província de Baalbek, onde pelo menos 12 pessoas foram mortas, segundo o governador libanês Bachir Khodr.

Segundo o Ministério da Saúde do país árabe, pelo menos uma pessoa ficou ferida no segundo ataque israelense contra um centro de saúde afiliado ao Estado libanês “em menos de duas horas”.

Também na região de Baalbek e segundo a entidade de Saúde, cerca de oito pessoas morreram num ataque israelita contra o bairro Al Shaab, deixando também 29 feridos.

Ao atacarem um posto da Agência de Saúde e Defesa Civil, as forças israelitas mataram seis pessoas, incluindo quatro paramédicos, na cidade de Arab Salim, no sul do Líbano.

Além destes três ataques, o Ministério da Saúde libanês reportou quase dez em diferentes partes do país que deixaram uma série de mortes, elevando o número total de vítimas mortais reportadas pelas autoridades libanesas para 43 nas últimas horas.

A dúzia de ataques incluiu um na cidade de Shamstar, que deixou duas pessoas mortas, enquanto pelo menos três pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas em Tamnine al Tahta.

O Ministério também registrou mortes e feridos em outras sete cidades: Sareen al Tahta, Al Bazoorba, Hanawiyya, Aytit, Qana, Al Bayyadh e Shihin.

Com o número de mortos nos últimos bombardeios israelenses, a entidade libanesa de Saúde elevou o número total de mortos para 3.386, enquanto o número de feridos se situou em 14.417 desde o início da agressão israelita contra o Líbano, em Outubro de 2023.

Fonte: Brasil 247

Atentado pressiona Congresso a abandonar anistia; PF vê inquérito do golpe mais fortalecido

Integrantes do STF e parlamentares da base do governo federal reiteraram a necessidade de punição severa aos envolvidos

Viaturas policiais em frente ao Supremo Tribunal Federal após explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília 13/11/2024 (Foto: REUTERS/Tom Molina)

Uma explosão nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), provocada por um homem-bomba na noite de quarta-feira, reacendeu o debate sobre a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.O ato, que culminou com a morte do responsável pelo ataque, aumentou a pressão sobre o Congresso Nacional para arquivar o projeto que perdoa os participantes das manifestações antidemocráticas. A notícia foi detalhada pelo jornal O Globo.

Integrantes do STF e parlamentares da base do governo federal reiteraram a necessidade de punição severa aos envolvidos, apontando o episódio como prova de que a pacificação do país depende de responsabilizações efetivas. O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre os atos antidemocráticos, afirmou durante evento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP):

— A impunidade vai gerar mais agressividade. A pacificação do país, que é necessária, só é possível com a responsabilização de todos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos.

Até o momento, o STF condenou 265 pessoas por envolvimento nos ataques, enquanto outros 476 acusados firmaram acordos de não persecução penal. Apesar disso, a proposta de anistia permanece à espera da instalação de uma comissão especial na Câmara dos Deputados, o que tem gerado tensão no Legislativo.

● Radicalização preocupa autoridades

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, enfatizou que ações como a do homem-bomba são um alerta contra a naturalização de atos extremistas:

— Algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Querem perdoar sem antes sequer condenar.

A Polícia Federal, que lidera a investigação, revelou que o homem-bomba, Francisco Wanderley Luiz, deixou explosivos armados como “armadilhas” para agentes em sua residência alugada em Brasília. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, trata-se de um claro ataque ao estado democrático de direito:

— Estamos falando em tentativa de homicídio e armadilhas a policiais que estavam fazendo uma investigação. Não é aceitável que se proponha anistia.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou. O procurador-geral, Paulo Gonet, ressaltou a importância das ações conjuntas com o STF para combater o desrespeito às instituições democráticas.

● Parlamentares divididos

Entre os congressistas, o episódio gerou reações diversas. Enquanto governistas como Gleisi Hoffmann (PT-PR) defenderam que a punição é “imprescindível”, oposicionistas bolsonaristas tentaram desviar o foco. Em conversas privadas, porém, reconheceram o impacto do ataque. Segundo mensagens reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) admitiu que a anistia “foi enterrada”.

A cúpula da PF interpreta o ato como um reforço às investigações sobre as tentativas de golpe de Estado que se seguiram à derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O relatório final do inquérito será remetido ao STF nos próximos dias, consolidando as acusações contra os responsáveis.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Sede do PT em Alagoas é alvo de vandalismo e invasão pela sétima vez

Diretório estadual e municipal do partido em Maceió seguem sem condições de funcionamento após mais um ataque

(Foto: Lula Marques)

Pela sétima vez desde 2023, a sede do diretório regional do Partido dos Trabalhadores (PT) em Alagoas foi invadida, vandalizada e teve objetos furtados. De acordo com Paulo Cappelli, no Metrópoles, a denúncia foi feita pelo presidente estadual da sigla, Ricardo Barbosa, que destacou os prejuízos e a necessidade de reorganização após os constantes ataques.

De acordo com Barbosa, a estrutura da sede, que também abrigava o diretório municipal em Maceió, foi gravemente danificada. “Todas essas portas aqui foram arrancadas. Os delinquentes entraram por aqui, e tivemos que fazer essa armação com madeira para impedir um novo arrombamento”, disse o dirigente, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Além das portas e janelas arrombadas, foram roubados computadores, móveis e outros equipamentos essenciais para o funcionamento do partido. Segundo Barbosa, os danos deixaram o local sem condições de operar, obrigando os funcionários a trabalharem em home office. “Onde tínhamos o nosso auditório, a janela foi quebrada, e a estrutura foi forçada. Aqui era onde funcionava o diretório municipal de Maceió, que também teve a porta arrombada”, detalhou o presidente estadual do PT.
Prejuízos e reorganização

A primeira medida adotada pelo partido será a recuperação do prédio, como previsto em contrato com os proprietários. Segundo Barbosa, o momento também exige uma reorganização das atividades e da estrutura da legenda. “Nós estamos discutindo, junto com o Partido dos Trabalhadores na capital, uma vez que essa sede era conjunta, como será agora a nova estrutura de sede que teremos”, afirmou.

Os ataques recorrentes às sedes do PT em Alagoas levantam questionamentos sobre a segurança local e as motivações por trás das invasões. Apesar dos prejuízos materiais, o partido mantém a intenção de reerguer suas estruturas e seguir com suas atividades políticas no estado.

Até o momento, não há informações sobre a identificação dos responsáveis pelas invasões. O caso está sendo investigado pelas autoridades locais, mas a ausência de respostas efetivas preocupa os dirigentes. Para Barbosa, a prioridade agora é garantir a segurança da nova sede e o retorno pleno das operações do partido em Alagoas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PL pede desfiliação de homem-bomba responsável por atentado ao STF

O PL solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a desfiliação de Francisco no mesmo dia em que o atentado ocorreu

Francisco Wanderley Luiz (Foto: X)

O PL, partido liderado por Jair Bolsonaro, tomou medidas rápidas para se dissociar de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, responsável por lançar explosivos contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de se suicidar na última quarta-feira (13), em Brasília. A informação foi revelada pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.

Tiü França, que havia sido candidato a vereador nas eleições de 2020 pelo PL em Rio do Sul (SC), recebeu apenas 98 votos na ocasião, não conquistando uma vaga na Câmara Municipal da cidade de 72,5 mil habitantes. Apesar de integrar os registros da legenda desde abril daquele ano, líderes do partido afirmam que ele já estava afastado da vida partidária há algum tempo.

Segundo documentos obtidos pela equipe de Malu Gaspar, o PL solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a desfiliação de Francisco no mesmo dia em que o atentado ocorreu. No entanto, como o processo leva cerca de dois dias para ser concluído, o nome de Tiü França ainda consta nos registros como filiado ao partido. A certidão de filiação, que não especifica o horário do pedido, reforça a suspeita de que a legenda buscou uma resposta rápida para se desvincular do episódio.

Nos bastidores, lideranças do PL têm destacado que a filiação de Francisco ocorreu antes de Jair Bolsonaro ingressar no partido, em 2021, como tentativa de minimizar a associação entre o incidente e o partido.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo