quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Gleisi: explosões em Brasília “repetem o cenário, os alvos e a violência do 8/1”


deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), de roupa preta, falando em microfone e gesticulando
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) – Divulgação

Na noite desta quarta-feira (13), a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) usou sua página no X/Twitter para comentar as explosões que aconteceram na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores classificou o episódio como “gravíssimo” e o comparou com os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“Os gravíssimos fatos desta noite na Praça dos Três Poderes repetem o cenário, os alvos e a violência do 8 de janeiro. O carro com explosivos na Câmara dos Deputados é de um candidato a vereador do PL de Santa Catarina”, iniciou a parlamentar, se referindo a Francisco Wanderley Luiz, que morreu por conta dos explosivos que carregava consigo.

Gleisi completou: “São muitos elementos que nos alertam para permanecer vigilantes em defesa da democracia. Sabemos quem são seus inimigos e saberemos defende-la mais uma vez”.

Francisco Wanderley Luiz usava as redes sociais para atacar autoridades e, em 2020, foi candidato a vereador de Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Antes de pôr o ataque à Praça dos Três Poderes em prática, o homem fez uma publicação nas redes sociais antecipando as explosões: “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba na casa dos comunistas de merda: William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso… Vocês 4 são VELHOS CEBOSOS nojentos”.

Ele ainda alertou: “Cuidado ao abrir gavetas, armários, estantes, depósito de materiais, etc. Início às 17h48 do dia 13/11/2024… O jogo termina em 16/11/2024. Boa sorte!”

Fonte: DCM

Bolsonarista que se explodiu no STF foi denunciado por promover festas na pandemia

Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

O bolsonarista que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (13) já possuía um histórico de polêmicas. Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) durante a pandemia, por promover festas em plena crise sanitária.

Em 2021, Francisco era proprietário da Tenda Park, localizada em Rio do Sul (SC), onde realizava eventos em desrespeito às normas de distanciamento. Mesmo após fiscalizações da Polícia Militar, ele continuava a organizar festas com aglomerações, ignorando as recomendações de saúde.

Em junho daquele ano, o Ministério Público abriu um termo circunstanciado contra Francisco, apontando sua conduta como “descuidada e omissa”, com foco no lucro, desconsiderando a saúde pública. Segundo a promotora Caroline Sartori, ele não tomava medidas para evitar a transmissão de doenças, como uso de máscaras e restrição de público.

Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França – Foto: Reprodução

Histórico

Além de suas atividades festivas, Francisco foi candidato a vereador em Rio do Sul pelo Partido Liberal (PL) em 2020. No entanto, ele ganhava destaque nas redes sociais por publicações polêmicas, inclusive com ameaças envolvendo explosivos e mensagens radicais contra figuras políticas.

Recentemente, Francisco se mudou para Brasília, onde vivia afastado da família. Ele, que havia trabalhado como chaveiro, deixou dois filhos biológicos e um adotivo.

Fonte: DCM



“Enterro da anistia”: a reação dos aliados de Bolsonaro ao atentado no STF

Corpo do bolsonarista Francisco Wanderley Luiz morto em frente ao prédio do STF após explosões nesta quarta-feira (13). Foto: reprodução

Deputados bolsonaristas afirmaram em grupos de WhatsApp que as explosões na Praça dos Três Poderes, na noite da última quarta-feira (13), enterraram de vez a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro.

Apesar da reação tímida dos aliados do ex-presidente nas redes sociais, o episódio virou assunto entre parlamentares em grupos de WhatsApp. As mensagens, de acordo com a Folha de S.Paulo, foram enviadas em dois grupos com deputados da oposição.

O homem que morreu após detonar a bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi identificado como o bolsonarista Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como Tiü França. Ele foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido de Bolsonaro, em 2020.

Em um dos grupos, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) compartilhou uma imagem do suspeito das explosões e escreveu: “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp.”

O também deputado federal Capitão Alden (PL-BA) respondeu ao comentário de Gayer, afirmando: “Lá se foi qualquer possibilidade de aprovar a anistia. Adeus, redes sociais, e esperem os próximos 2 anos de perseguição ferrenha! Com certeza o inquérito das fake news será prorrogado ad eternum”.

Em outro grupo, Eli Borges (PL-TO) comentou: “Se tentou ajudar, atrapalhou”. O deputado federal acrescentou: “agora o Xandão [apelido para Alexandre de Moraes] vai dizer: ‘É a prova que o 8 de janeiro era necessário’”.

Pelo jeito, eles estavam certos. Após as explosões, ministros da corte enviaram uma mensagem direta aos líderes do Congresso: “Não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso”. Telefonemas foram feitos para importantes líderes da Câmara, reforçando uma postura de tolerância zero.

A Polícia Federal (PF) conduz as investigações sobre o atentado e, diante da possibilidade de novos ataques aos Três Poderes, encaminhará o inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator da investigação dos atos golpistas em Brasília.

Fonte: DCM

O único modo de nos salvarmos do terrorismo da extrema-direita é prender Bolsonaro

O bolsonarista Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) – Foto: Reprodução

O carro que explodiu na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira, 13, pertencia a Francisco Wanderley Luiz, natural de Santa Catarina.

Uma hora antes da explosão, ele fez uma publicação nas redes sociais com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes das duas Casas do Congresso Nacional.

Seguia o ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) e o falecido guru psicótico Olavo de Carvalho.

Wanderley, de 59 anos, também seguia perfis de fã clubes do ex-presidente da República e páginas como “Gabinete do Ódio de Bolsonaro” e “Movimento Avança Brasil”.

Além de gostar de comentar sobre política, tentou disputar uma vaga de vereador em 2020 na cidade de Rio Sul, em Santa Catarina.

Imagem de quando Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) – Reprodução/Redes Sociais

Ele concorreu pelo PL, partido de Bolsonaro, mas não se elegeu. Naquele ano, declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 263 mil. Ele informou ainda ser casado e ter ensino médio incompleto.

A radicalização desse tipo de idiota, que se transformou em terrorista, tem um mentor. Ele está livre, leve e solto, graças à inação do senhor Paulo Gonet, procurador-geral da República. É a continuação do 8 de janeiro.

A única maneira de tentar salvar o Brasil de virar o novo cenário do terrorismo fascista é prender o homem inspira esses criminosos. Urgentemente.

Bolsonaro na cadeia já.

Fonte: DCM

William Bonner viraliza no X após ser citado por homem que atacou STF


O jornalista William Bonner foi citado na carta de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, autor do ataque com bomba no STF na quarta-feira, 13 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

O nome de William Bonner alcançou os trending topics do X, antigo Twitter, após a revelação de que o jornalista foi mencionado na carta de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, autor do ataque com bomba no STF (Supremo Tribunal Federal). Na mensagem compartilhada antes do ataque, o bolsonarista se referiu ao apresentador como “comunista de merda”, junto a outras figuras públicas.

A declaração, enviada a ele mesmo pelo WhatsApp, detalhava suas intenções, incluindo um ultimato de 72 horas para a Polícia Federal desativar os explosivos. Além de Bonner, Tiü França também citou políticos como José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

O ato ocorreu na noite de quarta-feira (13). O simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro acabou morrendo após se explodir com suas próprias bombas. Internautas destacam o fato de o bolsonarista classificar Bonner como “comunista”.


Fonte: DCM

Para Lula e ministros do STF, atentado bolsonarista detona anistia aos golpistas de 8 de janeiro

Presidente e ministros do Supremo se reuniram no Palácio da Alvorada após as explosões na Praça dos Três Poderes. Encontro já estava marcado

Supremo Tribunal Federal e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação I Ueslei Marcelino / Reuters)

 Na noite de quarta-feira (13), um encontro entre o presidente Lula (PT) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi marcado por discussões sobre a explosão em frente ao prédio da Corte, que resultou na morte de um homem. A reunião, previamente agendada e inicialmente planejada como uma ocasião informal, teve seu foco alterado pelo atentado, que aumentou as preocupações com segurança nas sedes dos Três Poderes. A coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, divulgou que Lula recebeu Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada, onde as questões de segurança e resposta ao incidente foram discutidas.

Durante o encontro, Lula conversou com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para atualizar informações e direcionar medidas de segurança. Diante do atentado, Lula e os ministros avaliaram que a proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em trâmite no Congresso, perdeu sustentação. O incidente fortaleceu a defesa de um posicionamento mais rigoroso nas investigações e condenações contra os envolvidos nos atos golpistas, considerados uma ameaça à ordem democrática.

O ataque trouxe à tona a necessidade de intensificar a vigilância em torno das instituições democráticas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Moraes será o relator do inquérito que apura atentado a bomba em Brasília

Ministro do STF é o relator dos processos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023

Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) para apurar as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta-feira (13), deverá ser encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destaca o Correio Braziliense. A PF investiga a possibilidade de motivação política para o atentado, o que faz com que o inquérito seja encaminhado para Moraes, relator dos processos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Santa Catarina, foi identificado como a vítima fatal do ataque e segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), ele estava com explosivos amarrados ao corpo no momento da explosão. Na madrugada desta quinta-feira (14), equipes do Comando de Operações Táticas (COT) da PF, peritos e o Grupo Antibombas da instituição estiveram na Praça dos Três Poderes para realizar a primeira linha de apurações e perícias sobre o caso.

Segundo a PMDF, Francisco Wanderley Luiz havia se mudado recentemente para o Distrito Federal, onde alugou uma casa em Ceilândia. A Polícia Militar também fez buscas no imóvel, que estava ligado ao homem de Santa Catarina.

Ao menos duas explosões foram ouvidas na noite de quarta-feira, uma delas em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal, o que provocou o fechamento imediato da área pela segurança do STF e pela Polícia Militar. Imagens de vídeos mostram densa fumaça e o som de várias explosões na região da Esplanada dos Ministérios, normalmente um local de intenso movimento. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Polícia Civil foram deslocados para o local, e a área foi isolada para varreduras de segurança.

O STF informou em nota que "ao final da sessão, dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela". A nota destaca ainda que a segurança do STF está colaborando com as autoridades da Polícia Federal e da Polícia Civil nas investigações.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que a perícia foi imediatamente acionada. O delegado Bruno Dias, responsável pela 5ª Delegacia de Polícia, afirmou que, até o momento, apenas uma vítima foi identificada e que a varredura continuaria até que o local seja considerado seguro para a realização de novas diligências.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Correio Braziliense

"Sem anistia" bomba nas redes após atentado terrorista nos 3 Poderes

Internautas ressaltam nas redes que não existe possibilidade de anistia aos bolsonaristas

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 
(Foto: Reuters)

Após as explosões que abalaram a Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13), provocadas pelo extremista Francisco Vanderlei Luiz, que tirou a própria vida após lançar os artefatos, internautas se manifestaram nas redes sociais defendendo que não haja anistia para apoiadores bolsonaristas envolvidos em crimes contra a democracia.

A rápida mobilização dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reforçou esse posicionamento. Em comunicado ao Congresso Nacional, destacaram: "não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso", segundo informou Natuza Nery, do g1. Os ministros sublinharam uma postura de "tolerância zero" em relação a qualquer proposta de anistia para os participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Veja a repercussão:



 

Fonte: Brasil 247

Após explosão em frente ao STF, operação da PM desativa quatro "artefatos suspeitos"

Forças de segurança do Distrito Federal realizaram explosões controladas para neutralizar os riscos

Viaturas policiais em frente ao Supremo Tribunal Federal (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

Forças de segurança do Distrito Federal atuam desde o início da madrugada desta quinta-feira (14) em uma operação emergencial na Praça dos Três Poderes. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desativaram quatro "artefatos suspeitos" encontrados nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas foram intensificadas depois de um incidente trágico na noite anterior, quando Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu ao detonar explosivos em frente ao prédio do STF.

A operação de desativação, que começou ainda de madrugada, teve como objetivo neutralizar qualquer ameaça de novos incidentes, após a identificação de objetos suspeitos na região. Segundo o Metrópoles, os agentes, ao menos quatro vezes, efetuaram detonações controladas dos artefatos para eliminar qualquer risco.

O primeiro episódio que alarmou as autoridades aconteceu ainda na noite de quarta-feira, quando um veículo lançou fogos de artifício próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados, acendendo o alerta na segurança da Esplanada. Logo em seguida, Francisco acionou explosivos em frente ao STF, em um ato que o levou a óbito. Após o incidente, a PMDF rapidamente isolou toda a área, bloqueando o trânsito de pedestres e veículos entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, por tempo indeterminado.

A Praça dos Três Poderes e os arredores permanecem interditados, enquanto a polícia trabalha na investigação dos motivos e da origem dos explosivos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Jorge Goetten revela conhecer autor de ataque a bomba em Brasília e diz que ele tinha 'problemas mentais'

"Percebi que ele tinha problemas mentais depois do divórcio", contou o deputado

Deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC),disse que Francisco Wanderley Luiz, dono do carro que explodiu na Praça dos Três Poderes em Brasília, na noite desta quarta-feira (13). disse que conhece Luiz desde a juventude e que ele teria apresentado "sérios problemas mentais" após o divórcio.

Goetten é do município de de Rio do Sul (SC), mesma cidade de Luiz, e conhece o autor do ataque desde a juventude. O congressista informou que Luiz se mudou para Brasília depois de se separar de sua esposa em Rio do Sul, e passou a morar em uma área considerada de risco na capital federal.

"Percebi que ele tinha problemas mentais depois do divórcio", contou o deputado, de acordo com o UOL. Ele ressaltou que Luiz já foi um empresário de sucesso na região, mas, nos últimos anos, parecia ter tomado um caminho diferente, o que preocupava seus conhecidos.

Embora tenha circulado pela Câmara dos Deputados no dia do incidente, a equipe de Goetten confirmou que Luiz não esteve em seu gabinete, embora tenha sido visitante habitual nos últimos meses. "Ele visitou meu gabinete algumas vezes no último ano, mas não o vi hoje", afirmou o parlamentar.

Goetten também se mostrou consternado com a situação, destacando que Luiz vinha de "uma família boa" de Rio do Sul. "Lamento a morte dele e lamento o que ele causou", disse o deputado. O suspeito, que já trabalhou como chaveiro e camelô, havia se apresentado nas redes sociais como empreendedor e investidor, mas também deixava mensagens ameaçadoras, incluindo promessas de bombas em locais de autoridades políticas. Em uma postagem, ele chegou a advertir : "cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc".

Nas eleições de 2020, Luiz se declarou casado e com ensino médio incompleto, mas não há registros de outras candidaturas. Ele disputou o pleito pelo PL.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Cães farejadores encontram explosivos na casa do homem-bomba de Brasília

Grupo Especializado em Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia Federal foi acionado

Francisco Wanderley Luiz, o "Tiu França" (Foto: DivulgaCand/TSE)

Na madrugada desta quinta-feira (14), policiais federais e militares, acompanhados pelo Corpo de Bombeiros, realizaram uma operação em um imóvel de Ceilândia, Distrito Federal, ligado a Francisco Wanderley Luiz, o "Tiu França", chaveiro de 59 anos que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi reportada pela Folha de S. Paulo, que esteve no local enquanto as equipes realizavam buscas e verificações.

A operação teve início por volta das 22h, após a explosão que abalou a Praça dos Três Poderes e atingiu as proximidades de um anexo da Câmara dos Deputados. Moradores relataram que policiais à paisana cercaram o local antes da chegada das viaturas e dos cães farejadores da Polícia Militar. A presença de artefatos suspeitos levou o Grupo Especializado em Bombas e Explosivos (GBE) da Polícia Federal a ser acionado para investigar possíveis ameaças de bomba.

Por volta das 2h30, uma van do GBE chegou ao local com agentes especializados. Em meio à operação, duas pequenas explosões foram realizadas para desarmar eventuais dispositivos explosivos, gerando fumaça na residência. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para apoiar a ação, que durou até cerca de 4h30. No local, que integra um conjunto de kitnets de aluguel, policiais relataram a presença de uma desordem generalizada com objetos espalhados, indicando uma possível preparação de artefatos.

Francisco Wanderley, que em 2020 se candidatou a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, é o dono do carro encontrado com explosivos nas proximidades da Câmara dos Deputados. Ele publicou em suas redes sociais mensagens fazendo alusão a explosões e desafiando a Polícia Federal. Em uma das postagens, ele incitava as autoridades: “vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”, escreveu.

Segundo testemunhas, entre elas o segurança do STF, Natanael Carmelo, Francisco carregava uma mochila e apresentava atitude suspeita próximo à estátua da Justiça. Em depoimento, Natanael relatou que Francisco retirou alguns objetos e, ao perceber a aproximação dos seguranças, abriu a camisa e os advertiu para não se aproximarem. No momento crítico, ele deitou no chão, acendeu um dos artefatos, e aguardou a explosão, que resultou em sua morte.

As autoridades continuam as investigações para entender as motivações do ato.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Explosões em frente ao STF serão investigadas como ato terrorista, diz diretor-geral da PF

"O que justifica o inquérito para apurar o ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato", disse o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues

Andrei Passos Rodrigues (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar as explosões que ocorreram na noite de quarta-feira (13), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O caso está sendo tratado como um ato terrorista. "O que justifica o inquérito para apurar o ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato. Já concluímos a varredura por parte da PF no local onde houve a explosão", disse o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, segundo o g1.

Durante a madrugada, as forças de segurança, incluindo a PF e a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), realizaram uma varredura na área em busca de outros possíveis artefatos explosivos. As investigações preliminares indicam que o homem responsável pelas explosões, identificado como Francisco Wanderley Luiz, morreu após detonar explosivos em frente ao STF. Ele havia alugado uma casa em Ceilândia, a cerca de 30 km da Praça dos Três Poderes, onde foram encontrados mais artefatos explosivos.

As duas explosões ocorreram com um intervalo de apenas 20 segundos, sendo a primeira em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Em seguida, o ataque se concentrou em frente ao STF, quando Francisco Wanderley Luiz tentou ingressar no prédio. De acordo com testemunhas, ele mostrou artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um explosivo na nuca.

Equipes de bombeiros e militares especializados em explosivos foram acionadas e isolaram a área para realizar uma varredura. Até a última atualização, o corpo de Luiz ainda não havia sido retirado do local.

Como medida de segurança, as atividades no STF e na Câmara dos Deputados foram suspensas até o meio-dia desta quinta-feira (14), enquanto o Senado optou por cancelar o expediente. A Presidência da República ainda não se manifestou sobre a manutenção da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Homem-bomba da Praça dos Três Poderes usava traje inspirado no Coringa

"Tiu França" teria planejado o ataque nas redes sociais e publicou uma mensagem enigmática que citava o Provérbio 16:18: “a soberba precede a queda”

Francisco Wanderley Luiz, o "Tiu França" (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 Francisco Wanderley Luiz, 59 , também conhecido como "Tiu França", morreu após causar duas explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta-feira (13). Segundo relatos de testemunhas e conforme noticiado pelo Correio Braziliense, ele usava um traje que remetia ao personagem Coringa, conhecido vilão da cultura pop. Francisco foi candidato a vereador pelo PL na cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, nas eleições de 2020. Ele teria planejado o ataque nas redes sociais e, em uma das publicações, declarou estar “dentro do STF”, com uma mensagem enigmática que citava o Provérbio 16:18: “a soberba precede a queda”. As explosões ocorreram em frente à estátua da Justiça, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

● Mensagens enigmáticas e provocação nas redes sociais - Horas antes do ataque, Francisco postou em uma de suas redes sociais uma foto tirada dentro do prédio do STF, sugerindo ter conseguido acesso ao local com uma referência provocativa: “deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)”. A postagem exibia uma troca de mensagens no WhatsApp, onde Francisco reafirmava estar dentro da sede do Supremo Tribunal Federal e sinalizava um ato premeditado, marcado para ocorrer entre os dias 13 e 16 de novembro.

● Reação das autoridades e evacuação de emergência - Assim que o som das explosões foi ouvido, o Supremo Tribunal Federal emitiu uma nota informando sobre a evacuação imediata do prédio. “Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança”, informou o STF. Todos os servidores e colaboradores foram orientados a deixar as instalações, por precaução, enquanto as autoridades organizavam o isolamento da área.

● Polícia e perícia investigam o caso - A Polícia Civil do Distrito Federal, em conjunto com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, acionou perícia para investigar os artefatos utilizados e as circunstâncias da morte de Francisco Wanderley Luiz. Segundo Bruno Dias, delegado da 5ª Delegacia de Polícia, ainda não é possível fornecer detalhes mais específicos sobre as motivações exatas do ato, embora uma varredura completa no local esteja sendo realizada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).

● O Coringa - O Coringa é um dos vilões mais icônicos da franquia Batman e, por extensão, do universo da DC Comics. O personagem é retratado como um gênio do crime com uma personalidade caótica e uma aparência marcante: pele branca, cabelos verdes e um sorriso característico que remete ao de um palhaço.

O Coringa é conhecido por sua imprevisibilidade e por não seguir uma lógica convencional, o que o torna um oponente complexo para Batman. Embora sua origem tenha sido adaptada diversas vezes ao longo dos anos, ele é, geralmente, descrito como alguém que sofreu um trauma profundo e, a partir disso, adotou uma visão de mundo distorcida e violenta. Diferente de muitos vilões, o Coringa não busca riqueza ou poder tradicional: seu objetivo principal parece ser o caos em si e, em várias histórias, ele mostra uma obsessão em provocar Batman, vendo o herói quase como um “contraponto” necessário à sua própria existência.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Correio Braziliense

Terrorismo bolsonarista enterra discussão sobre anistia aos golpistas: "tolerância zero", dizem ministros do STF

"Não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso", dizem os ministros em mensagem de "tolerância zero" a parlamentares

Viaturas policiais em frente ao Supremo Tribunal Federal após explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília 13/11/2024 (Foto: REUTERS/Tom Molina)

 Em meio à repercussão das explosões que estremeceram a praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se mobilizaram rapidamente para enviar um recado contundente ao Congresso Nacional: "não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso". A informação foi revelada por Natuza Nery, do g1, que destacou a mensagem de "tolerância zero" dos ministros em relação a eventuais propostas de anistia para envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

As explosões, que ocorreram com um intervalo de apenas 20 segundos, elevaram a tensão e a preocupação entre as autoridades de Brasília. O primeiro artefato foi detonado em um veículo estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados, localizado próximo ao STF. Minutos depois, uma segunda explosão foi registrada em frente ao Supremo. O carro utilizado no atentado estava registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020. Francisco foi identificado como a vítima fatal da segunda explosão, que ocorreu depois de uma tentativa frustrada de invadir o STF.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, a suspeita inicial é de que Francisco tenha atuado sozinho. No entanto, as investigações foram encaminhadas à Polícia Federal, que considera a hipótese de um plano mais amplo e possivelmente articulado, motivando o envolvimento do ministro Alexandre de Moraes como relator das investigações. A gravidade do episódio levou à necessidade de medidas mais rigorosas para a segurança da Esplanada, agora não apenas contra multidões, mas também contra ameaças aparentemente isoladas e atentados pontuais.

Fontes ligadas ao setor de segurança e ao próprio STF relataram que a percepção entre as autoridades é de que o incidente representa uma escalada preocupante, sugerindo a necessidade de uma revisão na proteção das sedes dos Três Poderes. Além disso, o episódio reforçou a determinação dos ministros em não aceitar, sob qualquer circunstância, discussões sobre anistia. Deputados e senadores receberam telefonemas ainda na mesma noite, reforçando a mensagem do STF de que o atentado representa uma linha vermelha que não pode ser cruzada.

A área onde ocorreram as explosões permanece isolada, enquanto as autoridades tentam estabelecer o percurso de Francisco antes de chegar à Praça dos Três Poderes.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1