segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Quem é Tainara Fernandes, brasileira presa em Malta com R$ 802 mil em cocaína no estômago


Tainara Fernandes, 22, presa no Aeroporto Internacional de Malta, no sul da Europa, com 66 cápsulas de cocaína no estômago – Foto: Reprodução

A brasileira Tainara Fernandes, de 22 anos, foi presa no Aeroporto Internacional de Malta, no sul da Europa, com 66 cápsulas de cocaína no estômago. A droga, avaliada em 130 mil euros (cerca de R$ 802 mil), foi descoberta após a polícia local observar seu comportamento suspeito. A mulher havia chegado à Malta em um voo vindo de Barcelona, na Espanha, no domingo (3).

Segundo a polícia, a jovem tentou fugir ao perceber a aproximação dos agentes, mas foi rapidamente detida. Um exame de raio-X realizado no aeroporto confirmou a presença de drogas em seu corpo, com cápsulas escondidas no estômago e em outras áreas. Após isso, ela foi encaminhada ao Hospital Mater Dei para a remoção da substância.

Quem é Tainara Fernandes?

Natural de Goiás, Tainara já trabalhou como assessora na Secretaria de Assistência Social da prefeitura de Abadiânia, conforme informações do Portal da Transparência. A prefeitura informou que a jovem foi exonerada de seu cargo em 1º de novembro de 2024, deixando de ter vínculo com a administração municipal.
Tainara Fernandes posa em foto em frente a Torre Eiffel, 
em Paris – Foto: Reprodução 

Dias antes da prisão, a criminosa postou nas redes sociais um vídeo comemorando sua viagem a Barcelona, onde afirmava estar animada para “dar um rolê” na cidade. O vídeo chamou atenção após a divulgação de sua detenção em Malta, gerando repercussão nas redes da mulher, que foram restritas posteriormente.

A Polícia de Malta informou que a jovem foi abordada por volta das 11h devido aos “movimentos suspeitos” notados pelos agentes de segurança. Após o raio-X que revelou as cápsulas, Tainara foi presa formalmente sob a acusação de tráfico de drogas.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores declarou estar à disposição para prestar a assistência consular necessária à brasileira, embora detalhes específicos do caso não tenham sido divulgados devido a políticas de privacidade. Tainara permanece sob custódia, aguardando os desdobramentos legais.

Fonte: DCM

Bolsonaro celebrou conquista de Boulos; saiba qual


Jair Bolsonaro e Guilherme Boulos durante debate promovido pela Band nas eleições de 2018. Foto: reprodução

O deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) viu uma de suas conquistas ser celebrada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em outubro, um gesto surpreendente, considerando que o psolista sempre foi visto como um dos principais adversários do ex-capitão e de seus aliados nas disputas eleitorais.

Esse apoio indireto de Bolsonaro ocorreu no contexto da eleição municipal de São Paulo, quando Boulos conseguiu vencer Pablo Marçal (PRTB) e avançou para o segundo turno contra o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

O ex-presidente demonstrou alívio ao ver o psolista alcançar o segundo lugar na eleição, já que ele e seus aliados viam sua base nas redes sociais mais ameaçada do que nunca com a ascensão do ex-coach.

A celebração de Bolsonaro foi discreta, restrita ao círculo íntimo, mas expressava claramente sua satisfação com o resultado. Em conversas com aliados próximos, o ex-mandatário chegou a manifestar torcida por uma vitória de Boulos contra Marçal, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Fonte: DCM com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo

O forte relato de Angélica sobre ter sido vítima de abuso: “Não sabia que era errado”


A apresentadora Angélica, que, recentemente, revelou ter sido vítima de abuso quando jovem – Foto: Reprodução

A apresentadora Angélica revelou que foi vítima de abuso, mas, na época, não conseguiu identificar o que era errado devido à falta de informação. A declaração foi feita durante uma conversa no programa “50 & Uns”, apresentado por ela e disponível no Globoplay. Na ocasião, a edição contou com a presença de Lázaro Ramos, Antonio Fagundes e Gil do Vigor.

Em seu relato, a comunicadora falou sobre a pressão da mídia em torno de sua imagem ao longo dos anos e como isso afetou sua percepção sobre desejo e sexualidade. “A imprensa me perguntava de sexo o tempo todo. Eu mesma sabia que não tinha o direito de falar de desejo. Eu servia para ser desejada, mas não para abrir a boca sobre esse assunto”, revelou. “Hoje eu tenho a consciência que sofri abuso, porque eu não sabia direito o que era sexo. Então não sabia o que era certo e errado”.

Atualmente, mãe de Joaquim, Benício e Eva, Angélica mantém um diálogo aberto com os filhos sobre sexo e segurança, buscando orientá-los e criar um ambiente de confiança. “Falar de sexo com os jovens é uma questão de segurança”, explicou a apresentadora.

Fonte: DCM

Folha publica artigo de Bolsonaro, que tentou golpe de Estado, sobre “democracia”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): ele tenta resgatar seu papel como líder da direita brasileira. Foto: reprodução

A Folha de S.Paulo publicou, nesta segunda-feira (11), um artigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), protagonista da crise democrática que resultou na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, organizada por seus apoiadores.

No artigo, intitulado “Aceitem a democracia”, Bolsonaro busca resgatar sua relevância no cenário político brasileiro ao discutir o conceito de “democracia”. No texto, ele argumenta que as recentes vitórias eleitorais em diferentes países, especialmente nos Estados Unidos e na Argentina, com a ascensão de Donald Trump e Javier Milei, são reflexos de uma “onda conservadora” irreprimível.

Leia o artigo na íntegra:

Os ventos da democracia sopram com direção e sentido bem definidos. Na Argentina, no Brasil, nos Estados Unidos, a maioria dos eleitores escolhe candidatos, partidos e programas da direita. Alguns analistas e cientistas políticos, pouco confortáveis com as soberanas decisões populares, tentam apresentar muitos desses movimentos como se fossem uma guinada “ao centro”. Não é. Basta prestar atenção às propostas ultimamente aprovadas nas urnas.

Nos lugares onde o povo tem sido chamado a opinar, a maioria escolhe a ordem, o desenvolvimento, o progresso, a liberdade econômica, a liberdade de expressão, o respeito às famílias e à religião, o patriotismo. São as bandeiras que nós, da direita, vimos levantando há anos, mesmo sob graves ameaças autoritárias.

Nada consegue conter a onda conservadora. Nem a censura, nem os cancelamentos, nem o boicote econômico, nem as perseguições policiais, nem as longas, arbitrárias e injustas prisões.

A resistência e a resiliência da direita têm uma razão muito simples: nossas bandeiras, mesmo sob ataque do grosso dos veículos de comunicação e de seus jornalistas, expressam os sentimentos e anseios mais profundos da maioria da sociedade. E nenhuma medida administrativa ou repressiva tem sido capaz de modificar essa tendência. Pois, quando uma ideia ganha a alma do povo, é inútil tentar matá-la simplesmente por meio da violência.

A moda é nos acusar de inimigos da democracia. Mas quem mostra dificuldade de aceitar a democracia é a esquerda, quando a maioria do povo decide por caminhos diferentes do que ela gostaria. Basta olhar a reação da esquerda às suas derrotas.

Quando pode, como na Venezuela, simplesmente frauda, na caradura, o resultado eleitoral. Quando não, como agora no vitorioso retorno do presidente Donald Trump à Casa Branca, lamenta-se por ter permitido que seus adversários da direita disputem as eleições.

Esses são os que se apresentam como “democratas”, autonomeados “salvadores da democracia”, uma democracia que pisoteiam quando podem. Além do mais, vivem numa realidade paralela, ilhados dentro das suas bolhas, afastados do povo e dos trabalhadores que um dia disseram representar. São incapazes de compreender que não é possível, a não ser numa ditadura absoluta, impedir a manifestação da vontade popular, da qual os líderes são apenas portadores. Se suprimirem um líder, outro aparecerá.

E como têm aparecido líderes capazes de canalizar e expressar a vontade majoritária do povo!
Agora mesmo, nas nossas eleições para prefeitos e vereadores, os homens e as mulheres da direita invadiram democraticamente, pela força do voto, a arena política, num tsunami de afirmação poucas vezes visto. Nossos quadros, nos diversos partidos, surgem às dezenas, centenas. E onde estão os novos quadros da esquerda? Alguém sabe? Alguém viu? Não estão em lugar nenhum. O cenário da esquerda é de envelhecimento e desolação.

Até os seus porta-vozes menos alheios à realidade reconhecem.

Isso ocorre por uma razão muito simples: o jardim da política só floresce quando é irrigado pela vontade popular. Quando uma força política se desconecta do sentimento da maioria, é inevitável que definhe. Pode até resistir por um tempo à custa da repressão e do uso desavergonhado dos orçamentos públicos, mas seu destino está traçado. Está destinada à irrelevância, ou mesmo a desaparecer. Com quantas antigas potências do cenário político não vimos isso acontecer?

Cada um que faça suas escolhas. Nós, da direita, tão injustamente acusados de “extremismo”, continuaremos perseverando no caminho que sempre defendemos, o da liberdade e da democracia, entendida como o governo do povo.

Continuaremos nos esforçando para ouvir o povo e estar conectados aos anseios mais profundos da sociedade, mesmo quando estes não encontram espaço nos mecanismos tradicionais de formação da opinião pública.

E trabalharemos com a serenidade e a obstinação de quem se esforça todos os dias por um futuro melhor para as pessoas, para as famílias e para o nosso Brasil.

Fonte: DCM

Governo prepara pacote de concessões de rodovias para 2025, com contratos "enxutos" para atrair o setor privado

Estradas com menor fluxo terão contratos mais flexíveis e foco em manutenção. Novas concessões visam retorno rápido e pedágios acessíveis

(Foto: Governo do Estado de São Paulo)

 O governo Lula (PT) prepara um pacote de concessões de rodovias para 2025, adotando contratos “enxutos” para atrair o setor privado. As informações foram dadas pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, em entrevista ao g1. Estão em estudo rodovias na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O plano inclui a redução de exigências contratuais e menor investimento inicial, com prazos de concessão mais curtos e retorno financeiro rápido, especialmente nas estradas com baixo fluxo de veículos, mas importantes para o transporte de cargas.

Santoro explicou que, em concessões tradicionais, duplicações e amplas obras de melhoria são exigidas, visando atender a um tráfego elevado. No entanto, nas estradas selecionadas para este modelo, o tráfego é menor, e as necessidades de duplicação são reduzidas. Esse modelo é pensado para garantir pedágios mais acessíveis aos usuários e maior viabilidade para os investidores.

As rodovias em análise incluem: 

• BR-393, “Rodovia do Aço”, no Rio de Janeiro
• BR-356 e rodovia estadual RJ-240, conectando o Porto do Açu a Minas Gerais
• BR-242 e BR-101 na Bahia
• Rodovias em Santa Catarina
• BR-040 em Goiás
• BR-262 em Minas Gerais e Espírito Santo

Contratos mais flexíveis e tarifas reduzidas - A iniciativa reduz o número de obrigações exigidas das concessionárias. Entre as principais mudanças, está a flexibilização para os serviços de resgate e manutenção, que não serão mais de responsabilidade integral das empresas. Em vez disso, esses custos poderão ser cobertos por seguradoras ou pelos próprios proprietários dos veículos envolvidos em acidentes, reduzindo os valores de pedágio. “Hoje, esse recurso é cobrado na tarifa, o que eleva o valor para todos. Sem essa cobrança, o projeto ganha viabilidade”, justificou Santoro.

O secretário detalhou que o investimento imediato será voltado para a recuperação e melhoria das rodovias, com foco em sinalização e correção de traçados. A ideia é oferecer um piso em boas condições, sem compromissos pesados de duplicação ou aumento de serviços.

Potenciais “gatilhos” para investimento adicional - Santoro acrescentou que alguns contratos poderão incluir “gatilhos” de investimento, ativados conforme o aumento do fluxo de tráfego. Essa medida visa evitar que o Estado arque com custos elevados e, ao mesmo tempo, garante que as melhorias atendam às demandas futuras, conforme a movimentação nas estradas. Em algumas concessões do Nordeste, por exemplo, o governo planeja uma injeção de recursos para evitar tarifas elevadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Inaugurado primeiro museu do Café do Brasil no leste da China

O museu apresenta de forma vívida a história de quase 300 anos de desenvolvimento da indústria cafeeira brasileira

Inaugurado primeiro museu do Café do Brasil no leste da China (Foto: Xinhua)

Agência Xinhua – O Museu do Café do Brasil foi inaugurado nesta sexta-feira na fábrica de torrefação da maior rede de cafeterias chinesa, Luckin Coffee, em Kunshan, Província de Jiangsu, no leste da China.

Como o primeiro museu temático do café brasileiro estabelecido na China, representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), do Consulado Geral do Brasil em Shanghai e das associações da indústria cafeeira participaram da cerimônia de inauguração.

O museu apresenta de forma vívida a história de quase 300 anos de desenvolvimento da indústria cafeeira brasileira e seus esforços incessantes para o desenvolvimento sustentável. O público pode conhecer através das exposições toda a cadeia de produção do café do Brasil, desde o plantio, processamento até a comercialização.

"O café brasileiro é sustentável e aberto ao mundo", disse no evento Jorge Viana, presidente da APEX-Brasil, expressando sua esperança de que o museu possa promover a difusão do café brasileiro de alta qualidade e da cultura cafeeira brasileira.

"O café se tornou um vínculo de amizade entre a China e o Brasil. Esperamos que através da cooperação com a indústria brasileira, possamos promover o café brasileiro de alta qualidade para o mercado chinês, reforçar o intercâmbio cultural bilateral, e impulsionar a cooperação da indústria cafeeira entre os dois países", afirmou Guo Jinyi, cofundador, presidente e CEO da Luckin Coffee.

Durante a visita à China do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, em junho deste ano, ele assinou memorandos de entendimento para a promoção do café brasileiro na Luckin Coffee. A empresa chinesa planeja comprar um total de cerca de 120 mil toneladas de grãos de café das regiões produtoras de café no Brasil neste ano e no próximo.

Segundo um relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, de 2023 a 2024, as exportações de grãos de café do Brasil para a China aumentaram 186,1% em relação ao período de 2022 a 2023 - o maior crescimento jamais registrado.

Fonte: Brasil 247 com Agência Xinhua

PF prende foragido do 8/1 que havia fugido para a Argentina

Condenado havia sido preso em flagrante durante as depredações no Palácio do Planalto, mas fugiu antes do julgamento

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

 A Polícia Federal (PF) prendeu na noite de sábado (9), em Cascavel (PR), um homem condenado por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro do ano passado. Segundo a CNN Brasil, Moacir José dos Santos, que havia fugido para a Argentina antes de ser julgado, foi localizado e preso após um trabalho conjunto entre as forças de segurança locais e a PF.

Ele havia sido condenado a 17 anos de prisão por crimes como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, e depredação de patrimônio público. A prisão foi um desdobramento de uma operação coordenada, que teve a participação da Guarda Municipal de Cascavel.

A prisão de Santos ocorreu após uma análise detalhada do seu celular, que revelou seu envolvimento com o movimento extremista desde a proclamação do resultado das eleições de 2022. O conteúdo do aparelho também indicou que o réu estava familiarizado com táticas para evitar ser identificado pelas forças de segurança, como o uso de vestimentas e acessórios específicos e estratégias para minimizar os efeitos de gás lacrimogêneo.

O condenado havia sido preso em flagrante durante as depredações no Palácio do Planalto, mas fugiu antes do julgamento. Ele foi encontrado na Argentina e, após retornar ao Brasil, foi detido em sua cidade natal, no Paraná. O caso é mais uma ação no esforço de captura de foragidos que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Em outro desdobramento da investigação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu Rubem Abdalla Barroso Júnior, também envolvido nos protestos de 8 de janeiro, enquanto estava dentro de um carro na BR-290, em Rosário do Sul (RS). Barroso estava escondido no Uruguai antes de retornar ao Brasil para comprar uma geladeira.

Essas operações fazem parte de um esforço para localizar e prender todos os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. A PF já recebeu da Argentina uma lista com cerca de 60 nomes de brasileiros procurados pela Justiça, e está em processo de elaboração dos pedidos de extradição.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Trump confirma vitória em todos os estados-pêndulo e encaminha maioria no Congresso

O segundo mandato de Trump começará com menos obstáculos

Donald Trump em Palm Beach County, na Flórida, 6/11/2024 (Foto: REUTERS/Callaghan O'Hare)

 Donald Trump foi oficialmente declarado vencedor no Arizona neste domingo, encerrando uma série de vitórias cruciais para os republicanos nos estados decisivos ("swing states") e consolidando uma vantagem importante sobre os democratas, informa o The Guardian. Em um gesto simbólico, o presidente eleito se encontrará com Joe Biden na Casa Branca, na quarta-feira, para discutir a transição de poder.

Durante seu primeiro mandato, Trump enfrentou dificuldades para fazer avançar sua agenda, com líderes republicanos no Congresso, como Paul Ryan e Mitch McConnell, distantes de sua ala do partido. Além disso, os democratas controlaram a Câmara dos Representantes na segunda metade de sua presidência, limitando ainda mais sua atuação.

No entanto, seu segundo mandato começa com menos obstáculos. Com uma série de disputas ainda indefinidas, os republicanos parecem prestes a garantir o controle das duas câmaras do Congresso, informa o The Economist. A perspectiva é que o partido alcance 53 cadeiras no Senado caso vença na Pensilvânia, o que seria uma maioria sólida para confirmar nomeações de juízes federais e cargos no gabinete. Na Câmara, os republicanos estão perto de obter uma pequena maioria, com Mike Johnson, presidente da Câmara, contando com o apoio de Trump. Mesmo com possíveis desafios internos, Trump terá uma base forte para avançar em sua agenda.

Com uma campanha inicialmente prevista como acirrada, Trump surpreendeu ao conquistar 312 votos no colégio eleitoral contra os 226 de Kamala Harris. Além do Arizona, ele venceu em estados decisivos como Nevada, Geórgia e Carolina do Norte, e também em regiões industriais como Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, onde os republicanos prevaleceram por margens estreitas. Os republicanos também retomaram o controle do Senado, somando 53 cadeiras contra 46 dos democratas, e têm vantagem para manter a liderança na Câmara dos Representantes, com 212 assentos contra 202 dos democratas e 21 disputas ainda indefinidas.

Após um período eleitoral marcado por intensa polarização, a vitória republicana desafia o Partido Democrata a reavaliar sua plataforma. Trump também obteve a maioria no voto popular, algo que nenhum republicano conquistava desde George W. Bush em 2004, após os atentados de 11 de setembro.

A pedido de Biden, Trump visitará formalmente o Salão Oval na quarta-feira, um gesto que o próprio Trump não fez em 2020, ao se recusar a aceitar a vitória de Biden.O atual presidente já declarou que “dedicará toda a sua administração para assegurar uma transição pacífica e organizada”.

Apesar da disposição pública, alguns pontos na transição permanecem pendentes: Trump ainda não enviou à equipe de Biden certos acordos, como compromissos éticos para evitar conflitos de interesse. Esses documentos são necessários para garantir o acesso à equipe de Biden às informações da administração atual antes da posse, marcada para ocorrer em 72 dias.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional, afirmou que Biden abordará com Trump questões de política externa, destacando que “o presidente terá a chance de explicar ao presidente Trump sua visão”. Sullivan disse ainda que Biden buscará novos recursos para a Ucrânia antes de deixar o cargo e que a comunidade internacional precisa “aumentar a pressão sobre o Hamas para negociar um acordo em Gaza”.

A repercussão da vitória de Trump ainda ecoa, especialmente entre os democratas. Estima-se que a campanha de Harris gastou cerca de US$ 1 bilhão nos últimos três meses e agora enfrenta uma dívida de aproximadamente US$ 20 milhões. Frank Luntz, consultor republicano, criticou a estratégia de Harris, afirmando que o foco em Trump durante a campanha foi um “erro de cálculo”. Já Bernie Sanders, senador progressista, defendeu Harris, argumentando que “a classe trabalhadora tem motivos para estar descontente”, destacando que "enquanto os ricos prosperam, 60% da população vive de salário em salário".

A vitória de Trump também reabriu uma questão desconfortável para os republicanos: por que o partido afirma que a eleição de 2020 foi fraudulenta, mas defende que a de 2024 foi justa? Jim Jordan, presidente republicano do Comitê Judiciário da Câmara, celebrou a vitória de Trump como “o maior retorno político da história”.

Jordan e Barry Loudermilk, ambos republicanos, enviaram uma carta ao procurador especial Jack Smith para solicitar a preservação dos registros das investigações contra Trump. Questionado sobre a possibilidade de perseguição a opositores políticos, Jordan negou, afirmando: “Somos o partido que se opõe à perseguição política”.

Por fim, Byron Donalds, congressista republicano da Flórida, refutou rumores de uma “lista de inimigos”, alegando que isso “é uma mentira da esquerda democrata” e que Trump jamais teria feito tal compromisso.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal The Guardian

Ator e humorista da Globo descobre grave problema cardíaco e diabetes após dor muscular

Ele passou por cirurgia de emergência e adotou novos hábitos de vida depois de receber os diagnósticos

(Foto: Reprodução)

 O ator e humorista Welder Rodrigues, conhecido por suas atuações em produções da TV Globo, revelou ter enfrentado um grave susto com sua saúde recentemente. Em entrevista ao programa Fantástico, da emissora, ele relatou que uma dor muscular abaixo da costela o levou a procurar um médico. O diagnóstico, porém, trouxe uma surpresa alarmante: suas artérias estavam severamente entupidas, necessitando uma intervenção cardíaca urgente. Além disso, o ator também foi diagnosticado com diabetes, relata o Metrópoles.

Segundo Welder, a descoberta aconteceu de forma inesperada. “Foi uma sequência de sortes, né? Eu estava sentindo uma dor muscular, embaixo da costela, do lado esquerdo. Fui ao médico, fiz uma tomografia e aí [ouvi]: ‘O seu coração está entupido’”, revelou o ator, emocionado. Após o diagnóstico, ele não hesitou em decidir pela cirurgia. Com um tom de alívio e determinação, explicou: “eu falei: ‘Vamos resolver!’. Fui ver vídeos da operação para ver como era o procedimento e vi vídeos pós-operação. Saí da cirurgia e de noite já estava em pé”.

A experiência, no entanto, trouxe outra surpresa que exigiu uma mudança radical em sua rotina: Welder descobriu que era diabético. “Eu não sabia que tinha a coisa da diabetes e comia açúcar de uma forma desesperada”, comentou. O diagnóstico levou o ator a “recalcular a rota”, segundo suas palavras, e a cortar o açúcar de sua dieta. Ele descreveu como decidiu descartar guloseimas de sua casa em um “ritual do lixo”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Boletim Focus: analistas elevam projeção do dólar para R$ 5,55 ao fim de 2024

Economistas também elevaram a previsão para o IPCA em 2024, de 4,59% para 4,62%

Notas de reais e dólares (Foto: Reuters/Ricardo Moraes)

Por Felipe Moreira, InfoMoney - As projeções dos analistas para a inflação, a variação do PIB e a taxa de câmbio em 2024 voltaram a subir nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Relatório Focus do Banco Central. Destaque para a estimativa do dólar no fim deste ano, que passou de R$ 5,50 para R$ 5,55.

Economistas consultados também elevaram a previsão para o IPCA em 2024, de 4,59% para 4,56%, na sexta semana consecutiva de alta. Enquanto isso, o crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) projetado para 2024 mantenve-se em 3,10%.

◉ Inflação - A previsão para a inflação de 2025 passou de 4,03% para 4,10%. A projeção para 2026 passou de 3,61% para 3,65%, enquanto para 2027, a estimativa continua em 3,50% há 71 semanas.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2024 voltaram a cair nesta semana, de 5,06% para 5,03%. As projeções para 2025 ficaram estáveis a 3,82%. Para 2026, a estimativa se manteve em 3,70%. A previsão para 2027 subiu de 3,50% para 3,54 após várias semanas de estabilidade.

Para o IGP-M, as projeções para 2024 subiram de 5,35% para 5,39%, enquanto a estimativa para 2025 manteve-se em 4,00%. Para 2026, a projeção de inflação permaneceu em 4,0% e a de 2027 ficou em 3,75%.

◉ PIB - Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 permaneceu em 3,10%. A previsão para 2025 subiu de 1,93% para 1,94%. A estimativa para 2026 permanece nos mesmos 2,0% há 66 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 68 semanas.

◉ Selic - As projeções dos analistas para a taxa básica de juros (Selic) em 2024 se mantiveram em 11,75%, há 6 semanas. A estimativa para 2025 continuou em 11,50%. A projeção para 2026 também subiu de 9,75% para 10% e a de 2027 ficou estável em 9,25%.

◉ Câmbio - A mediana das projeções para o dólar em 2025 subiu R$ 5,43 para R$ 5,48. Para 2026, a estimativa ficou em R$ 5,40, enquanto a projeção para 2027 ficou em R$ 5,40.

◉ Resultado primário - A projeção para o resultado primário brasileiro para 2024 ficou estável em -0,60% do PIB pela décima semana seguida, enquanto a estimativa para 2025 permaneceu em -0,70% do PIB. A previsão para 2026 ficou em -0,50% do PIB. A de 2027 foi mantida em -0,30% do PIB, pela sétima semana seguida.

◉ Dívida pública - Para a dívida líquida do setor público, as estimativas se mantiveram para 2024, com a projeção permanecendo nos mesmos 63,50% do PIB. A previsão para 2025 caiu de 66,66% para 66,64% do PIB. As estimativas para 2026 caíram de 69,22% do PIB para 69,11%, enquanto as de 2027 permaneceram em 71,50% do PIB.

◉ Balança comercial - A projeção para a balança comercial brasileira 2024 caiu de US$ 77,78 bilhões para US$ 77,59 bilhões, enquanto o saldo positivo estimado para 2025 subiu de US$ 76,50 bilhões para US$ 76,65 bilhões. Para 2026, a projeção subiu de US$ 78,50 bilhões para R$ 78,68 bilhões, enquanto a estimativa para 2027 caiu de US$ 80,11 bilhões para US$ 80,10 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Dívida pública bruta do Brasil cai em setembro e fica abaixo do esperado, mostra BC

Dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou setembro em 78,3%, contra 78,5% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,4%, de 62,0%

Prédio do Banco Central em Brasília 25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Reuters - A dívida bruta do Brasil registrou queda e ficou abaixo do esperado em setembro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou setembro em 78,3%, contra 78,5% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,4%, de 62,0%.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 78,8% para a dívida bruta e de 62,3% para a líquida.

A queda na dívida bruta decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), do resgate líquido de dívida (-0,2 p.p.), da valorização cambial (-0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.).

Já o resultado da dívida líquida refletiu os impactos da valorização cambial de 3,7% no mês (+0,5 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,4 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.).

Em setembro, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 7,340 bilhões de reais, menos do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 8,0 bilhões de reais.

O desempenho mostra que o governo central teve déficit de 3,974 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram saldo negativo primário de 3,173 bilhões de reais e as estatais tiveram déficit de 192 milhões de reais, mostraram os dados do Banco Central.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

VÍDEOS: fotógrafo é atingido por bomba em treta na final da Copa do Brasil


O fotógrafo Nuremberg José Maria foi atingido por uma bomba arremessada durante final da Copa do Brasil entre Atlético-MG e Flamengo na Arena MRV – Foto: Dhavid Normando

Durante a final da Copa do Brasil entre Atlético-MG e Flamengo, na Arena MRV, uma bomba arremessada ao gramado atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos. O profissional, que estava trabalhando atrás de um dos gols, sofreu fratura em três dedos do pé e foi levado para um hospital em Belo Horizonte, onde precisará passar por cirurgia.

A confusão na Arena MRV também incluiu vandalismo e brigas entre torcedores do Atlético-MG. A súmula da partida registrou vários problemas de segurança e conduta, e a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deve denunciar o clube mineiro nos próximos dias. Relatos apontam que a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais já havia alertado sobre riscos de segurança para profissionais na Arena.

Rafael Menin, acionista da SAF do Atlético, minimizou os acontecimentos, preferindo focar na trajetória do time até a final. O Atlético emitiu nota lamentando o ocorrido e se colocou à disposição para ajudar Nuremberg em sua recuperação. O caso ainda está sob investigação, e o clube promete colaborar com as autoridades para identificar os responsáveis.

Fonte: DCM

‘Maduro é problema da Venezuela, não do Brasil’, diz Lula após aumento de ofensivas


Lula e Nicolás Maduro: petista disse que venezuelano não é um “problema” do Brasil. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Nicolás Maduro, presidente reeleito da Venezuela, não é um “problema” para o Brasil. As declarações, feitas em entrevista à RedeTV!, que foi transmitida neste domingo (10), marcam o fim de um período em que o petista se manteve em silêncio sobre o tema.

Lula destacou que não deveria se “preocupar” com a situação interna da Venezuela, defendendo que Maduro é um “problema” exclusivo do povo venezuelano.

“Eu aprendi que a gente tem que ter muito cuidado quando a gente vai tratar de outros países e de outros presidentes. Eu acho que o Maduro é um problema da Venezuela, não é um problema do Brasil”, disse o presidente, que havia evitado se pronunciar sobre a relação com o país vizinho desde o início de uma série de ataques do governo venezuelano contra o Brasil.

Em resposta a uma pergunta do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que questionava se não era hora de o Brasil “ignorar” Maduro, Lula enfatizou que o foco deve ser no bem-estar do povo brasileiro.

“Eu quero que a Venezuela viva bem, que eles cuidem do povo com dignidade. Eu vou cuidar do Brasil, o Maduro cuida dele, o povo venezuelano cuida do Maduro, e eu cuido do Brasil. E vamos seguir em frente. Porque também não posso ficar me preocupando. Ora brigar com a Nicarágua, ora brigar com a Venezuela, ora brigar com não sei com quem. Tenho é que tentar brigar para fazer esse país dar certo”, afirmou o presidente.

Sobre a postura do Brasil nas recentes eleições venezuelanas, que foram amplamente contestadas internacionalmente, Lula relembrou a postura do país na época do pleito. A eleição, que foi vista como controversa por diversos países e organizações globais, culminou na reeleição de Maduro.

Em meio aos questionamentos sobre a transparência do processo eleitoral, o governo brasileiro, juntamente com a Colômbia e o México, pediu a divulgação das atas eleitorais e defendeu uma apuração imparcial dos votos. No entanto, como os órgãos venezuelanos não apresentaram os detalhes solicitados, o governo brasileiro não reconheceu a vitória de Maduro.

Ofensiva de Maduro contra o Brasil

Nos últimos meses, as relações entre Brasil e Venezuela passaram por uma série de tensões. O ponto de virada ocorreu em março deste ano, quando o Itamaraty expressou “preocupação” com o andamento do processo eleitoral na Venezuela, após a proibição da candidatura de uma oposição. Esse posicionamento foi considerado “intervencionista” pelo governo venezuelano.

Governo Maduro chama nota do Itamaraty sobre eleição de 'cinzenta' e 'intervencionista' – Mundo – CartaCapital
Nicolás Maduro: Lula disse que o venezuelano é um “problema” do país sul-americano. Foto: reprodução

Em julho, Maduro fez uma acusação sem provas, afirmando que as eleições brasileiras não eram auditadas. Essa declaração foi prontamente refutada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após as eleições na Venezuela, que também geraram controvérsias sobre sua legitimidade, o governo brasileiro optou por não reconhecer formalmente a vitória de Maduro.

A relação voltou a ser tensionada em outubro, quando a Venezuela não foi incluída na lista de países convidados a integrar o bloco BRICS, o qual reúne economias emergentes, incluindo o Brasil. O governo venezuelano classificou a exclusão como uma “agressão inexplicável”, com o Brasil sendo acusado de vetar a inclusão da Venezuela e da Nicarágua.

No final de outubro, a polícia venezuelana publicou uma imagem da bandeira brasileira acompanhada da frase “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”, com uma silhueta que parecia se referir a Lula.

Em resposta, o Itamaraty emitiu uma nota oficial condenando o tom das declarações venezuelanas como “ofensivo”. O regime de Maduro também voltou a criticar o Brasil, acusando o governo brasileiro de realizar uma “agressão descarada e grosseira” contra o presidente venezuelano.

Post sombrio e ameaçador de Venezuela contra Lula é apagado | Mundo | Pleno.News
postagem feita pela Polícia Nacional Bolivariana da Venezuela com silhueta de Lula e mensagem provocativa ao Brasil. Foto: reprodução

Fonte: DCM

A reação de Moraes à vitória de Trump nos EUA


Trump e Moraes. Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes reagiu com sarcasmo e risos à vitória de Donald Trump, especialmente ao comentar os potenciais desafios que podem surgir para o Supremo Tribunal Federal (STF) com o retorno do republicano à Casa Branca.

Em particular, o magistrado fez observações sobre o risco de ter seu visto revogado pelas autoridades dos Estados Unidos.

Após a confirmação da vitória de Trump, Moraes iniciou uma conversa com seus colegas no STF sobre as reportagens publicadas pela imprensa brasileira, que alertavam sobre a possibilidade de ele ser impedido de viajar para os EUA.

O ministro abordou o tema de forma bem-humorada, minimizando qualquer chance de que isso realmente acontecesse, segundo um interlocutor disse à coluna de Malu Gaspar, do Globo.

Fonte: DCM

Disputa pela vice de Lula em 2026 incomoda Alckmin e o PSB

Vice-presidente gostaria de ter prioridade na formação da chapa

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vice-presidente Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )

Os rumores de que o MDB e o PSD podem ser chamados a compor a chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2026 estão gerando desconforto no PSB e no vice-presidente Geraldo Alckmin. A reportagem do Valor aponta que Alckmin, que se filiou ao PSB em 2022 para formar a "frente ampla" que ajudou a levar Lula de volta ao poder, está atento às movimentações políticas em torno da próxima disputa presidencial.

O desempenho das eleições municipais, que consagrou o MDB e o PSD como os partidos com maior número de prefeitos eleitos, aliado ao fraco resultado das siglas de esquerda, reforçou a percepção de que uma composição com essas legendas pode ser essencial para viabilizar a reeleição de Lula. Contudo, lideranças do PSB, como o presidente do partido, Carlos Siqueira, e o prefeito do Recife, João Campos, que deve assumir a presidência da legenda em breve, afirmam que o PSB não abrirá mão da vice.

Em entrevista ao programa Roda Viva, João Campos advertiu que “se houver mudança [na vice], pode desagradar muita gente”. Alckmin, por sua vez, tem evitado comentar amplamente o tema, afirmando a interlocutores que a discussão é precoce e que a decisão caberá exclusivamente a Lula. Fontes próximas ao vice-presidente destacam que ele se sente confiante na relação com Lula, ao contrário do MDB, que ainda carrega o estigma do impeachment de Dilma Rousseff em 2016.Carlos Siqueira destacou em declarações ao Valor que Alckmin teve um papel fundamental na eleição de Lula em 2022, quando formou a frente ampla que derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro por uma margem estreita. Essa importância, segundo ele, não pode ser subestimada.

No entanto, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, desempenha um papel ambíguo. Apesar de fazer parte do secretariado de Tarcísio de Freitas, potencial adversário de Lula em 2026, Kassab mantém ministros importantes no governo, como Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura). Ele tem defendido que Tarcísio não dispute a presidência, mesmo com Bolsonaro inelegível, alimentando especulações de que o PSD poderia integrar a chapa governista.

Entre os nomes do MDB cotados para a vice, destacam-se o governador do Pará, Helder Barbalho, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro dos Transportes, Renan Filho. Helder Barbalho, em particular, surge como um forte candidato devido à visibilidade que ganhou com a organização da COP30, evento que trouxe bilhões em investimentos federais para Belém e reforçou seu papel de liderança na região Norte.

Aliados de Helder reconhecem a ambição do governador em ocupar a vice-presidência, especialmente após dois mandatos consecutivos à frente do governo do Pará. Essa possibilidade agrada ao Planalto, que vê na candidatura de Barbalho uma forma de garantir votos na região Norte e reforçar a presença do MDB na chapa.

A figura de Alckmin, entretanto, divide opiniões no Palácio do Planalto. Enquanto alguns veem sua relevância para a manutenção da imagem de uma frente ampla como algo que já cumpriu seu papel, outros ainda consideram fundamental sua atuação como interlocutor com a indústria no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Críticos atribuem a ele parte das dificuldades de diálogo com o setor agropecuário, ainda majoritariamente alinhado ao bolsonarismo. Seus defensores argumentam que Alckmin mantém um diálogo com o setor agro empresarial não radical, e que a negociação com o agro bolsonarista é inviável.

Fonte: Brasil 247

“Lula faz um bom governo e deve ser apoiado", diz Sarney

Líder histórico do MDB, ex-presidente defende aliança com o presidente Lula em 2026

Lula, José Sarney e Geraldo Alckmin (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 Em entrevista exclusiva à jornalista Monica Gugliano, publicada pelo jornal Estado de S. Paulo, o ex-presidente da República José Sarney, uma das figuras mais influentes e longevas da política brasileira, defendeu a continuidade do apoio do MDB ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026, caso Lula opte por concorrer. A declaração de Sarney surge em meio a uma disputa interna no MDB, evidenciada pela posição divergente do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que se aproxima do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Sarney, que já foi adversário político de Lula e hoje se diz amigo pessoal do presidente, elogiou a gestão atual e ressaltou a relevância de manter a aliança. “Sou amigo pessoal do Lula, gosto muito dele. De maneira que, se o Lula for candidato, sou da opinião que nós devemos apoiar o Lula. E ele está fazendo um bom governo, não tá? Tá. Como sempre fez em outros mandatos”, afirmou Sarney. Segundo o ex-presidente, Lula representa a voz da classe trabalhadora e foi o líder que expandiu a participação de todas as camadas sociais no governo.

A posição de Sarney contrasta com a postura de Nunes, que, mesmo sendo do MDB, demonstrou apoio a Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Para Sarney, o partido tem atualmente uma posição de apoio informal ao governo, destacando a presença do MDB em ministérios estratégicos, como Planejamento, com Simone Tebet; Cidades, com Jader Filho; e Transportes, com Renan Filho. “O MDB tem três ministérios robustos entre as 37 pastas importantes... mas acontece que não há um apoio formal”, explicou Sarney, destacando que o alinhamento com Lula é resultado de diálogos contínuos.

O ex-presidente também comentou sobre a resiliência histórica do MDB, enfatizando sua importância na consolidação da democracia no Brasil. “Não teria sido feita a transição democrática, em 1985... e não haveria democracia no Brasil se não fosse o MDB”, afirmou. Ele relembrou o papel fundamental do partido na luta contra a ditadura militar e sua atuação na redemocratização do país, capitaneada por figuras como Ulysses Guimarães.

Questionado sobre a possibilidade de novas candidaturas no partido, como a de Pablo Marçal, Sarney preferiu manter uma postura de distanciamento. “Eu não posso entrar nessa coisa... Eu já estou na fase de estar olhando as coisas com uma certa isenção, de longe. Já estou muito velho para estar querendo influir ou participar diretamente, disso ou daquilo”, disse ele.

O ex-presidente destacou ainda a solidez do MDB frente ao desaparecimento de outros partidos ao longo das últimas décadas. Para Sarney, essa resistência é uma prova das raízes históricas do partido, que sempre esteve ao lado da democracia. “Muitos partidos desapareceram e o MDB está firme e forte... A luta do MDB foi a luta pela volta do regime democrático e nós tivemos parte nessa luta”, concluiu.

A fala de Sarney reforça as discussões internas no MDB sobre o futuro alinhamento político da sigla, principalmente à medida que se aproximam as eleições de 2026. O ex-presidente, mesmo com suas limitações de idade e afastamento da linha de frente, ainda exerce uma influência significativa e seu posicionamento pode impactar as decisões do partido em um momento crucial.

Fonte: Brasil 247