segunda-feira, 11 de novembro de 2024

PF prende foragido do 8/1 que havia fugido para a Argentina

Condenado havia sido preso em flagrante durante as depredações no Palácio do Planalto, mas fugiu antes do julgamento

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

 A Polícia Federal (PF) prendeu na noite de sábado (9), em Cascavel (PR), um homem condenado por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro do ano passado. Segundo a CNN Brasil, Moacir José dos Santos, que havia fugido para a Argentina antes de ser julgado, foi localizado e preso após um trabalho conjunto entre as forças de segurança locais e a PF.

Ele havia sido condenado a 17 anos de prisão por crimes como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, e depredação de patrimônio público. A prisão foi um desdobramento de uma operação coordenada, que teve a participação da Guarda Municipal de Cascavel.

A prisão de Santos ocorreu após uma análise detalhada do seu celular, que revelou seu envolvimento com o movimento extremista desde a proclamação do resultado das eleições de 2022. O conteúdo do aparelho também indicou que o réu estava familiarizado com táticas para evitar ser identificado pelas forças de segurança, como o uso de vestimentas e acessórios específicos e estratégias para minimizar os efeitos de gás lacrimogêneo.

O condenado havia sido preso em flagrante durante as depredações no Palácio do Planalto, mas fugiu antes do julgamento. Ele foi encontrado na Argentina e, após retornar ao Brasil, foi detido em sua cidade natal, no Paraná. O caso é mais uma ação no esforço de captura de foragidos que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Em outro desdobramento da investigação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu Rubem Abdalla Barroso Júnior, também envolvido nos protestos de 8 de janeiro, enquanto estava dentro de um carro na BR-290, em Rosário do Sul (RS). Barroso estava escondido no Uruguai antes de retornar ao Brasil para comprar uma geladeira.

Essas operações fazem parte de um esforço para localizar e prender todos os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. A PF já recebeu da Argentina uma lista com cerca de 60 nomes de brasileiros procurados pela Justiça, e está em processo de elaboração dos pedidos de extradição.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Trump confirma vitória em todos os estados-pêndulo e encaminha maioria no Congresso

O segundo mandato de Trump começará com menos obstáculos

Donald Trump em Palm Beach County, na Flórida, 6/11/2024 (Foto: REUTERS/Callaghan O'Hare)

 Donald Trump foi oficialmente declarado vencedor no Arizona neste domingo, encerrando uma série de vitórias cruciais para os republicanos nos estados decisivos ("swing states") e consolidando uma vantagem importante sobre os democratas, informa o The Guardian. Em um gesto simbólico, o presidente eleito se encontrará com Joe Biden na Casa Branca, na quarta-feira, para discutir a transição de poder.

Durante seu primeiro mandato, Trump enfrentou dificuldades para fazer avançar sua agenda, com líderes republicanos no Congresso, como Paul Ryan e Mitch McConnell, distantes de sua ala do partido. Além disso, os democratas controlaram a Câmara dos Representantes na segunda metade de sua presidência, limitando ainda mais sua atuação.

No entanto, seu segundo mandato começa com menos obstáculos. Com uma série de disputas ainda indefinidas, os republicanos parecem prestes a garantir o controle das duas câmaras do Congresso, informa o The Economist. A perspectiva é que o partido alcance 53 cadeiras no Senado caso vença na Pensilvânia, o que seria uma maioria sólida para confirmar nomeações de juízes federais e cargos no gabinete. Na Câmara, os republicanos estão perto de obter uma pequena maioria, com Mike Johnson, presidente da Câmara, contando com o apoio de Trump. Mesmo com possíveis desafios internos, Trump terá uma base forte para avançar em sua agenda.

Com uma campanha inicialmente prevista como acirrada, Trump surpreendeu ao conquistar 312 votos no colégio eleitoral contra os 226 de Kamala Harris. Além do Arizona, ele venceu em estados decisivos como Nevada, Geórgia e Carolina do Norte, e também em regiões industriais como Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, onde os republicanos prevaleceram por margens estreitas. Os republicanos também retomaram o controle do Senado, somando 53 cadeiras contra 46 dos democratas, e têm vantagem para manter a liderança na Câmara dos Representantes, com 212 assentos contra 202 dos democratas e 21 disputas ainda indefinidas.

Após um período eleitoral marcado por intensa polarização, a vitória republicana desafia o Partido Democrata a reavaliar sua plataforma. Trump também obteve a maioria no voto popular, algo que nenhum republicano conquistava desde George W. Bush em 2004, após os atentados de 11 de setembro.

A pedido de Biden, Trump visitará formalmente o Salão Oval na quarta-feira, um gesto que o próprio Trump não fez em 2020, ao se recusar a aceitar a vitória de Biden.O atual presidente já declarou que “dedicará toda a sua administração para assegurar uma transição pacífica e organizada”.

Apesar da disposição pública, alguns pontos na transição permanecem pendentes: Trump ainda não enviou à equipe de Biden certos acordos, como compromissos éticos para evitar conflitos de interesse. Esses documentos são necessários para garantir o acesso à equipe de Biden às informações da administração atual antes da posse, marcada para ocorrer em 72 dias.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional, afirmou que Biden abordará com Trump questões de política externa, destacando que “o presidente terá a chance de explicar ao presidente Trump sua visão”. Sullivan disse ainda que Biden buscará novos recursos para a Ucrânia antes de deixar o cargo e que a comunidade internacional precisa “aumentar a pressão sobre o Hamas para negociar um acordo em Gaza”.

A repercussão da vitória de Trump ainda ecoa, especialmente entre os democratas. Estima-se que a campanha de Harris gastou cerca de US$ 1 bilhão nos últimos três meses e agora enfrenta uma dívida de aproximadamente US$ 20 milhões. Frank Luntz, consultor republicano, criticou a estratégia de Harris, afirmando que o foco em Trump durante a campanha foi um “erro de cálculo”. Já Bernie Sanders, senador progressista, defendeu Harris, argumentando que “a classe trabalhadora tem motivos para estar descontente”, destacando que "enquanto os ricos prosperam, 60% da população vive de salário em salário".

A vitória de Trump também reabriu uma questão desconfortável para os republicanos: por que o partido afirma que a eleição de 2020 foi fraudulenta, mas defende que a de 2024 foi justa? Jim Jordan, presidente republicano do Comitê Judiciário da Câmara, celebrou a vitória de Trump como “o maior retorno político da história”.

Jordan e Barry Loudermilk, ambos republicanos, enviaram uma carta ao procurador especial Jack Smith para solicitar a preservação dos registros das investigações contra Trump. Questionado sobre a possibilidade de perseguição a opositores políticos, Jordan negou, afirmando: “Somos o partido que se opõe à perseguição política”.

Por fim, Byron Donalds, congressista republicano da Flórida, refutou rumores de uma “lista de inimigos”, alegando que isso “é uma mentira da esquerda democrata” e que Trump jamais teria feito tal compromisso.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal The Guardian

Ator e humorista da Globo descobre grave problema cardíaco e diabetes após dor muscular

Ele passou por cirurgia de emergência e adotou novos hábitos de vida depois de receber os diagnósticos

(Foto: Reprodução)

 O ator e humorista Welder Rodrigues, conhecido por suas atuações em produções da TV Globo, revelou ter enfrentado um grave susto com sua saúde recentemente. Em entrevista ao programa Fantástico, da emissora, ele relatou que uma dor muscular abaixo da costela o levou a procurar um médico. O diagnóstico, porém, trouxe uma surpresa alarmante: suas artérias estavam severamente entupidas, necessitando uma intervenção cardíaca urgente. Além disso, o ator também foi diagnosticado com diabetes, relata o Metrópoles.

Segundo Welder, a descoberta aconteceu de forma inesperada. “Foi uma sequência de sortes, né? Eu estava sentindo uma dor muscular, embaixo da costela, do lado esquerdo. Fui ao médico, fiz uma tomografia e aí [ouvi]: ‘O seu coração está entupido’”, revelou o ator, emocionado. Após o diagnóstico, ele não hesitou em decidir pela cirurgia. Com um tom de alívio e determinação, explicou: “eu falei: ‘Vamos resolver!’. Fui ver vídeos da operação para ver como era o procedimento e vi vídeos pós-operação. Saí da cirurgia e de noite já estava em pé”.

A experiência, no entanto, trouxe outra surpresa que exigiu uma mudança radical em sua rotina: Welder descobriu que era diabético. “Eu não sabia que tinha a coisa da diabetes e comia açúcar de uma forma desesperada”, comentou. O diagnóstico levou o ator a “recalcular a rota”, segundo suas palavras, e a cortar o açúcar de sua dieta. Ele descreveu como decidiu descartar guloseimas de sua casa em um “ritual do lixo”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Boletim Focus: analistas elevam projeção do dólar para R$ 5,55 ao fim de 2024

Economistas também elevaram a previsão para o IPCA em 2024, de 4,59% para 4,62%

Notas de reais e dólares (Foto: Reuters/Ricardo Moraes)

Por Felipe Moreira, InfoMoney - As projeções dos analistas para a inflação, a variação do PIB e a taxa de câmbio em 2024 voltaram a subir nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Relatório Focus do Banco Central. Destaque para a estimativa do dólar no fim deste ano, que passou de R$ 5,50 para R$ 5,55.

Economistas consultados também elevaram a previsão para o IPCA em 2024, de 4,59% para 4,56%, na sexta semana consecutiva de alta. Enquanto isso, o crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) projetado para 2024 mantenve-se em 3,10%.

◉ Inflação - A previsão para a inflação de 2025 passou de 4,03% para 4,10%. A projeção para 2026 passou de 3,61% para 3,65%, enquanto para 2027, a estimativa continua em 3,50% há 71 semanas.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2024 voltaram a cair nesta semana, de 5,06% para 5,03%. As projeções para 2025 ficaram estáveis a 3,82%. Para 2026, a estimativa se manteve em 3,70%. A previsão para 2027 subiu de 3,50% para 3,54 após várias semanas de estabilidade.

Para o IGP-M, as projeções para 2024 subiram de 5,35% para 5,39%, enquanto a estimativa para 2025 manteve-se em 4,00%. Para 2026, a projeção de inflação permaneceu em 4,0% e a de 2027 ficou em 3,75%.

◉ PIB - Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 permaneceu em 3,10%. A previsão para 2025 subiu de 1,93% para 1,94%. A estimativa para 2026 permanece nos mesmos 2,0% há 66 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 68 semanas.

◉ Selic - As projeções dos analistas para a taxa básica de juros (Selic) em 2024 se mantiveram em 11,75%, há 6 semanas. A estimativa para 2025 continuou em 11,50%. A projeção para 2026 também subiu de 9,75% para 10% e a de 2027 ficou estável em 9,25%.

◉ Câmbio - A mediana das projeções para o dólar em 2025 subiu R$ 5,43 para R$ 5,48. Para 2026, a estimativa ficou em R$ 5,40, enquanto a projeção para 2027 ficou em R$ 5,40.

◉ Resultado primário - A projeção para o resultado primário brasileiro para 2024 ficou estável em -0,60% do PIB pela décima semana seguida, enquanto a estimativa para 2025 permaneceu em -0,70% do PIB. A previsão para 2026 ficou em -0,50% do PIB. A de 2027 foi mantida em -0,30% do PIB, pela sétima semana seguida.

◉ Dívida pública - Para a dívida líquida do setor público, as estimativas se mantiveram para 2024, com a projeção permanecendo nos mesmos 63,50% do PIB. A previsão para 2025 caiu de 66,66% para 66,64% do PIB. As estimativas para 2026 caíram de 69,22% do PIB para 69,11%, enquanto as de 2027 permaneceram em 71,50% do PIB.

◉ Balança comercial - A projeção para a balança comercial brasileira 2024 caiu de US$ 77,78 bilhões para US$ 77,59 bilhões, enquanto o saldo positivo estimado para 2025 subiu de US$ 76,50 bilhões para US$ 76,65 bilhões. Para 2026, a projeção subiu de US$ 78,50 bilhões para R$ 78,68 bilhões, enquanto a estimativa para 2027 caiu de US$ 80,11 bilhões para US$ 80,10 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Dívida pública bruta do Brasil cai em setembro e fica abaixo do esperado, mostra BC

Dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou setembro em 78,3%, contra 78,5% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,4%, de 62,0%

Prédio do Banco Central em Brasília 25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Reuters - A dívida bruta do Brasil registrou queda e ficou abaixo do esperado em setembro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou setembro em 78,3%, contra 78,5% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,4%, de 62,0%.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 78,8% para a dívida bruta e de 62,3% para a líquida.

A queda na dívida bruta decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), do resgate líquido de dívida (-0,2 p.p.), da valorização cambial (-0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.).

Já o resultado da dívida líquida refletiu os impactos da valorização cambial de 3,7% no mês (+0,5 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,4 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.).

Em setembro, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 7,340 bilhões de reais, menos do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 8,0 bilhões de reais.

O desempenho mostra que o governo central teve déficit de 3,974 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram saldo negativo primário de 3,173 bilhões de reais e as estatais tiveram déficit de 192 milhões de reais, mostraram os dados do Banco Central.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

VÍDEOS: fotógrafo é atingido por bomba em treta na final da Copa do Brasil


O fotógrafo Nuremberg José Maria foi atingido por uma bomba arremessada durante final da Copa do Brasil entre Atlético-MG e Flamengo na Arena MRV – Foto: Dhavid Normando

Durante a final da Copa do Brasil entre Atlético-MG e Flamengo, na Arena MRV, uma bomba arremessada ao gramado atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos. O profissional, que estava trabalhando atrás de um dos gols, sofreu fratura em três dedos do pé e foi levado para um hospital em Belo Horizonte, onde precisará passar por cirurgia.

A confusão na Arena MRV também incluiu vandalismo e brigas entre torcedores do Atlético-MG. A súmula da partida registrou vários problemas de segurança e conduta, e a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deve denunciar o clube mineiro nos próximos dias. Relatos apontam que a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais já havia alertado sobre riscos de segurança para profissionais na Arena.

Rafael Menin, acionista da SAF do Atlético, minimizou os acontecimentos, preferindo focar na trajetória do time até a final. O Atlético emitiu nota lamentando o ocorrido e se colocou à disposição para ajudar Nuremberg em sua recuperação. O caso ainda está sob investigação, e o clube promete colaborar com as autoridades para identificar os responsáveis.

Fonte: DCM

‘Maduro é problema da Venezuela, não do Brasil’, diz Lula após aumento de ofensivas


Lula e Nicolás Maduro: petista disse que venezuelano não é um “problema” do Brasil. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Nicolás Maduro, presidente reeleito da Venezuela, não é um “problema” para o Brasil. As declarações, feitas em entrevista à RedeTV!, que foi transmitida neste domingo (10), marcam o fim de um período em que o petista se manteve em silêncio sobre o tema.

Lula destacou que não deveria se “preocupar” com a situação interna da Venezuela, defendendo que Maduro é um “problema” exclusivo do povo venezuelano.

“Eu aprendi que a gente tem que ter muito cuidado quando a gente vai tratar de outros países e de outros presidentes. Eu acho que o Maduro é um problema da Venezuela, não é um problema do Brasil”, disse o presidente, que havia evitado se pronunciar sobre a relação com o país vizinho desde o início de uma série de ataques do governo venezuelano contra o Brasil.

Em resposta a uma pergunta do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que questionava se não era hora de o Brasil “ignorar” Maduro, Lula enfatizou que o foco deve ser no bem-estar do povo brasileiro.

“Eu quero que a Venezuela viva bem, que eles cuidem do povo com dignidade. Eu vou cuidar do Brasil, o Maduro cuida dele, o povo venezuelano cuida do Maduro, e eu cuido do Brasil. E vamos seguir em frente. Porque também não posso ficar me preocupando. Ora brigar com a Nicarágua, ora brigar com a Venezuela, ora brigar com não sei com quem. Tenho é que tentar brigar para fazer esse país dar certo”, afirmou o presidente.

Sobre a postura do Brasil nas recentes eleições venezuelanas, que foram amplamente contestadas internacionalmente, Lula relembrou a postura do país na época do pleito. A eleição, que foi vista como controversa por diversos países e organizações globais, culminou na reeleição de Maduro.

Em meio aos questionamentos sobre a transparência do processo eleitoral, o governo brasileiro, juntamente com a Colômbia e o México, pediu a divulgação das atas eleitorais e defendeu uma apuração imparcial dos votos. No entanto, como os órgãos venezuelanos não apresentaram os detalhes solicitados, o governo brasileiro não reconheceu a vitória de Maduro.

Ofensiva de Maduro contra o Brasil

Nos últimos meses, as relações entre Brasil e Venezuela passaram por uma série de tensões. O ponto de virada ocorreu em março deste ano, quando o Itamaraty expressou “preocupação” com o andamento do processo eleitoral na Venezuela, após a proibição da candidatura de uma oposição. Esse posicionamento foi considerado “intervencionista” pelo governo venezuelano.

Governo Maduro chama nota do Itamaraty sobre eleição de 'cinzenta' e 'intervencionista' – Mundo – CartaCapital
Nicolás Maduro: Lula disse que o venezuelano é um “problema” do país sul-americano. Foto: reprodução

Em julho, Maduro fez uma acusação sem provas, afirmando que as eleições brasileiras não eram auditadas. Essa declaração foi prontamente refutada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após as eleições na Venezuela, que também geraram controvérsias sobre sua legitimidade, o governo brasileiro optou por não reconhecer formalmente a vitória de Maduro.

A relação voltou a ser tensionada em outubro, quando a Venezuela não foi incluída na lista de países convidados a integrar o bloco BRICS, o qual reúne economias emergentes, incluindo o Brasil. O governo venezuelano classificou a exclusão como uma “agressão inexplicável”, com o Brasil sendo acusado de vetar a inclusão da Venezuela e da Nicarágua.

No final de outubro, a polícia venezuelana publicou uma imagem da bandeira brasileira acompanhada da frase “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”, com uma silhueta que parecia se referir a Lula.

Em resposta, o Itamaraty emitiu uma nota oficial condenando o tom das declarações venezuelanas como “ofensivo”. O regime de Maduro também voltou a criticar o Brasil, acusando o governo brasileiro de realizar uma “agressão descarada e grosseira” contra o presidente venezuelano.

Post sombrio e ameaçador de Venezuela contra Lula é apagado | Mundo | Pleno.News
postagem feita pela Polícia Nacional Bolivariana da Venezuela com silhueta de Lula e mensagem provocativa ao Brasil. Foto: reprodução

Fonte: DCM

A reação de Moraes à vitória de Trump nos EUA


Trump e Moraes. Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes reagiu com sarcasmo e risos à vitória de Donald Trump, especialmente ao comentar os potenciais desafios que podem surgir para o Supremo Tribunal Federal (STF) com o retorno do republicano à Casa Branca.

Em particular, o magistrado fez observações sobre o risco de ter seu visto revogado pelas autoridades dos Estados Unidos.

Após a confirmação da vitória de Trump, Moraes iniciou uma conversa com seus colegas no STF sobre as reportagens publicadas pela imprensa brasileira, que alertavam sobre a possibilidade de ele ser impedido de viajar para os EUA.

O ministro abordou o tema de forma bem-humorada, minimizando qualquer chance de que isso realmente acontecesse, segundo um interlocutor disse à coluna de Malu Gaspar, do Globo.

Fonte: DCM

Disputa pela vice de Lula em 2026 incomoda Alckmin e o PSB

Vice-presidente gostaria de ter prioridade na formação da chapa

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vice-presidente Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )

Os rumores de que o MDB e o PSD podem ser chamados a compor a chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2026 estão gerando desconforto no PSB e no vice-presidente Geraldo Alckmin. A reportagem do Valor aponta que Alckmin, que se filiou ao PSB em 2022 para formar a "frente ampla" que ajudou a levar Lula de volta ao poder, está atento às movimentações políticas em torno da próxima disputa presidencial.

O desempenho das eleições municipais, que consagrou o MDB e o PSD como os partidos com maior número de prefeitos eleitos, aliado ao fraco resultado das siglas de esquerda, reforçou a percepção de que uma composição com essas legendas pode ser essencial para viabilizar a reeleição de Lula. Contudo, lideranças do PSB, como o presidente do partido, Carlos Siqueira, e o prefeito do Recife, João Campos, que deve assumir a presidência da legenda em breve, afirmam que o PSB não abrirá mão da vice.

Em entrevista ao programa Roda Viva, João Campos advertiu que “se houver mudança [na vice], pode desagradar muita gente”. Alckmin, por sua vez, tem evitado comentar amplamente o tema, afirmando a interlocutores que a discussão é precoce e que a decisão caberá exclusivamente a Lula. Fontes próximas ao vice-presidente destacam que ele se sente confiante na relação com Lula, ao contrário do MDB, que ainda carrega o estigma do impeachment de Dilma Rousseff em 2016.Carlos Siqueira destacou em declarações ao Valor que Alckmin teve um papel fundamental na eleição de Lula em 2022, quando formou a frente ampla que derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro por uma margem estreita. Essa importância, segundo ele, não pode ser subestimada.

No entanto, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, desempenha um papel ambíguo. Apesar de fazer parte do secretariado de Tarcísio de Freitas, potencial adversário de Lula em 2026, Kassab mantém ministros importantes no governo, como Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura). Ele tem defendido que Tarcísio não dispute a presidência, mesmo com Bolsonaro inelegível, alimentando especulações de que o PSD poderia integrar a chapa governista.

Entre os nomes do MDB cotados para a vice, destacam-se o governador do Pará, Helder Barbalho, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro dos Transportes, Renan Filho. Helder Barbalho, em particular, surge como um forte candidato devido à visibilidade que ganhou com a organização da COP30, evento que trouxe bilhões em investimentos federais para Belém e reforçou seu papel de liderança na região Norte.

Aliados de Helder reconhecem a ambição do governador em ocupar a vice-presidência, especialmente após dois mandatos consecutivos à frente do governo do Pará. Essa possibilidade agrada ao Planalto, que vê na candidatura de Barbalho uma forma de garantir votos na região Norte e reforçar a presença do MDB na chapa.

A figura de Alckmin, entretanto, divide opiniões no Palácio do Planalto. Enquanto alguns veem sua relevância para a manutenção da imagem de uma frente ampla como algo que já cumpriu seu papel, outros ainda consideram fundamental sua atuação como interlocutor com a indústria no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Críticos atribuem a ele parte das dificuldades de diálogo com o setor agropecuário, ainda majoritariamente alinhado ao bolsonarismo. Seus defensores argumentam que Alckmin mantém um diálogo com o setor agro empresarial não radical, e que a negociação com o agro bolsonarista é inviável.

Fonte: Brasil 247

“Lula faz um bom governo e deve ser apoiado", diz Sarney

Líder histórico do MDB, ex-presidente defende aliança com o presidente Lula em 2026

Lula, José Sarney e Geraldo Alckmin (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 Em entrevista exclusiva à jornalista Monica Gugliano, publicada pelo jornal Estado de S. Paulo, o ex-presidente da República José Sarney, uma das figuras mais influentes e longevas da política brasileira, defendeu a continuidade do apoio do MDB ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026, caso Lula opte por concorrer. A declaração de Sarney surge em meio a uma disputa interna no MDB, evidenciada pela posição divergente do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que se aproxima do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Sarney, que já foi adversário político de Lula e hoje se diz amigo pessoal do presidente, elogiou a gestão atual e ressaltou a relevância de manter a aliança. “Sou amigo pessoal do Lula, gosto muito dele. De maneira que, se o Lula for candidato, sou da opinião que nós devemos apoiar o Lula. E ele está fazendo um bom governo, não tá? Tá. Como sempre fez em outros mandatos”, afirmou Sarney. Segundo o ex-presidente, Lula representa a voz da classe trabalhadora e foi o líder que expandiu a participação de todas as camadas sociais no governo.

A posição de Sarney contrasta com a postura de Nunes, que, mesmo sendo do MDB, demonstrou apoio a Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Para Sarney, o partido tem atualmente uma posição de apoio informal ao governo, destacando a presença do MDB em ministérios estratégicos, como Planejamento, com Simone Tebet; Cidades, com Jader Filho; e Transportes, com Renan Filho. “O MDB tem três ministérios robustos entre as 37 pastas importantes... mas acontece que não há um apoio formal”, explicou Sarney, destacando que o alinhamento com Lula é resultado de diálogos contínuos.

O ex-presidente também comentou sobre a resiliência histórica do MDB, enfatizando sua importância na consolidação da democracia no Brasil. “Não teria sido feita a transição democrática, em 1985... e não haveria democracia no Brasil se não fosse o MDB”, afirmou. Ele relembrou o papel fundamental do partido na luta contra a ditadura militar e sua atuação na redemocratização do país, capitaneada por figuras como Ulysses Guimarães.

Questionado sobre a possibilidade de novas candidaturas no partido, como a de Pablo Marçal, Sarney preferiu manter uma postura de distanciamento. “Eu não posso entrar nessa coisa... Eu já estou na fase de estar olhando as coisas com uma certa isenção, de longe. Já estou muito velho para estar querendo influir ou participar diretamente, disso ou daquilo”, disse ele.

O ex-presidente destacou ainda a solidez do MDB frente ao desaparecimento de outros partidos ao longo das últimas décadas. Para Sarney, essa resistência é uma prova das raízes históricas do partido, que sempre esteve ao lado da democracia. “Muitos partidos desapareceram e o MDB está firme e forte... A luta do MDB foi a luta pela volta do regime democrático e nós tivemos parte nessa luta”, concluiu.

A fala de Sarney reforça as discussões internas no MDB sobre o futuro alinhamento político da sigla, principalmente à medida que se aproximam as eleições de 2026. O ex-presidente, mesmo com suas limitações de idade e afastamento da linha de frente, ainda exerce uma influência significativa e seu posicionamento pode impactar as decisões do partido em um momento crucial.

Fonte: Brasil 247

Mercado eleva novamente projeção de inflação para 2024

Mediana das expectativas para a inflação ao consumidor no Brasil este ano agora é de 4,62%, ante 4,59% na semana anterior

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Reuters - Analistas consultados pelo Banco Central subiram pela sexta vez consecutiva sua projeção para a alta do IPCA neste ano, elevando também as expectativas para a inflação em 2025 e 2026 e para as cotações do dólar, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a inflação ao consumidor no Brasil este ano agora é de 4,62%, de 4,59% na semana anterior.

Para 2025, também houve aumento, o quarto em sequência, com a projeção do IPCA marcando alta de 4,10%, de 4,03% anteriormente. Os analistas também elevaram pela segunda vez seguida a conta para 2026, chegando a 3,65%, de 3,61%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com uma banda de 1,5 ponto percentual permitida para cima ou para baixo.

A mudança na previsão ocorre na esteira da divulgação de dados do IPCA de outubro na sexta-feira, que mostraram uma aceleração dos preços acima do esperado. A alta do índice foi de 0,56% no mês, de um avanço de 0,44% em setembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,53%.

Nos 12 meses até outubro, o IPCA acumulou avanço de 4,76%, de 4,42% no mês anterior, deixando o índice acima do teto da meta de inflação para este ano e marcando o resultado mais elevado nessa base de comparação desde outubro do ano passado (4,82%).

Contribuindo para o aumento das expectativas de inflação, também está o acirramento das preocupações do mercado com o equilíbrio das contas públicas, com investidores na espera de medidas prometidas pelo governo para cumprir as regras do arcabouço fiscal.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na previsão quanto ao preço do dólar ao fim deste ano, agora em 5,55 reais, de 5,50 reais há uma semana. Em 2025, a expectativa avançou para 5,48 reais, de 5,43 reais antes.

Para além dos fatores domésticos, o aumento nas previsões para o preço do dólar ocorrem depois da eleição presidencial dos Estados Unidos, que teve uma grande vitória do ex-presidente Donald Trump. Segundo analistas, as promessas do republicano para a economia, incluindo tarifas, têm potencial inflacionário, o que valorizaria a moeda norte-americana ao manter os juros elevados.

Em relação à expansão da economia, houve manutenção na expectativa para o crescimento do PIB neste ano em 3,10%. Em 2025, a economia brasileira deve crescer 1,94%, de 1,93% na previsão anterior.

Sobre a Selic, foi mantida a expectativa tanto para o fim deste quanto do próximo, com a taxa básica de juros indo a 11,75% em 2024 e a 11,50% em 2025.

Na quarta-feira, o Copom acelerou o ritmo de seu aperto monetário, elevando a Selic em 50 pontos-base, depois de uma alta de 25 pontos em setembro. A taxa agora está em 11,25%.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lula pressiona Nísia a avançar com o PMAE, programa de acesso a especialistas no SUS

Avaliação é de que o PMAE pode ser o “novo Farmácia Popular” e a 'vitrine' do governo ao lado do Pé-de-Meia

Luiz Inácio Lula da Silva e Nísia Trindade (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Com o desafio de liderar o Ministério da Saúde em um período de forte cobrança por resultados e enfrentando críticas internas, a ministra Nísia Trindade se vê em uma posição delicada. Segundo informações d'O Globo, ela é pressionada pelo presidente Lula (PT) para que avance no programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), visto como potencial “marca” de sua gestão. Simultaneamente, Nísia lida com a insatisfação de servidores da rede hospitalar federal do Rio de Janeiro, que questionam as recentes mudanças impostas na administração dos hospitais federais.

Lançado em abril com a meta de ampliar consultas e procedimentos especializados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o PMAE é uma das iniciativas que Lula pretende consolidar como um legado de seu atual mandato. A expectativa é de que o programa reduza as longas filas para diagnósticos e tratamentos especializados, agilizando o processo em até 60 dias em comparação aos atuais seis meses a um ano de espera. Com um orçamento inicial de R$ 1 bilhão, o programa ainda não foi implementado em todos os estados, mas já apresenta avanços em lugares como Pernambuco, Acre e São Paulo.

Nos bastidores, a pressão por resultados é intensa. Lula vem acompanhando a evolução do programa e se reuniu com Nísia para discutir o andamento da ação. A ministra e o secretário de Atenção Especializada, Adriano Massuda, detalharam ao presidente as adesões estaduais e os procedimentos realizados até o momento. Apesar dos avanços, o calendário eleitoral de 2024 tem sido apontado como um fator que freia o avanço da iniciativa, sobretudo em estados onde a transição de gestão interfere nos processos.

Aos olhos de Lula, o PMAE tem o potencial de se tornar o “novo Farmácia Popular”, uma referência bem-sucedida de suas gestões anteriores. O presidente tem dado ao programa o mesmo peso do Pé-de-Meia. Especialistas, contudo, destacam que o PMAE enfrenta desafios, como a falta de médicos especialistas em determinadas áreas. A ginecologia, por exemplo, conta com mais de 22 mil médicos no SUS, mas áreas como oncologia pediátrica e cirurgia de cabeça e pescoço possuem menos de mil profissionais na rede pública.

O programa, que busca agilizar o acesso a especialidades como oftalmologia, ortopedia e cardiologia, também adota a telessaúde para alcançar regiões remotas do país. Ainda assim, o PMAE é apenas uma peça em um sistema que carece de reestruturações mais amplas, especialmente para enfrentar as desigualdades na distribuição de profissionais e de recursos entre as diferentes regiões brasileiras.

Enquanto isso, as medidas para reestruturar a rede hospitalar do Rio de Janeiro despertaram forte reação. Recentemente, servidores manifestaram descontentamento diante da decisão do ministério de transferir o Hospital do Andaraí para administração municipal e de passar o Complexo Hospitalar da UFRJ para a Ebserh, além de mudanças na gestão do Hospital Federal de Bonsucesso. Sindicatos denunciam o “fatiamento” das unidades, temendo que essas ações possam abrir portas para futuras privatizações na rede pública. Trindade, no entanto, minimiza as críticas, afirmando que a maioria dos servidores apoia as mudanças propostas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula diz que não é mais visto como inimigo da bancada ruralista

"O agronegócio nunca recebeu tanto dinheiro quanto no governo desse 'comunista', que eles tratam assim", disse o presidente

Lula (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em entrevista ao podcast PODK Liberados, apresentado pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF), que não é mais visto como um "inimigo" pela bancada ruralista no Congresso Nacional. "Eles estão ficando mais sustentáveis e ambientalistas. Correm o risco de não conseguir vender sua soja, vender sua carne", disse o petista. A entrevista, de acordo com o Estadão Conteúdo, foi gravada na quarta-feira (6) e exibida pela RedeTV! e no YouTube na noite deste domingo (10).

Lula destacou que o agronegócio brasileiro nunca recebeu tanto investimento quanto durante seu governo. "O agronegócio nunca recebeu tanto dinheiro quanto no governo desse 'comunista', que eles tratam assim", afirmou. Além disso, o presidente ressaltou que a relação com o Congresso como um todo melhorou. "Vocês nos ajudaram a chegar onde chegamos", disse Lula aos senadores. "Estamos aprovando tudo." Ele também enfatizou que considera normal o fato de algumas propostas serem rejeitadas pelos parlamentares.

A relação entre o governo Lula e a bancada ruralista passou por altos e baixos nos últimos meses. Em setembro, o presidente criticou o uso de agrotóxicos no país e buscou dialogar com a bancada ruralista, afirmando que queria descobrir "quem é sério e quem não é sério" dentro do setor. No entanto, em dezembro, o governo vetou trechos de um projeto de lei que flexibilizava o uso de agrotóxicos, o que gerou críticas da bancada ruralista.

Apesar dessas divergências, o presidente Lula tem buscado estreitar os laços com o agronegócio, reconhecendo sua importância para a economia brasileira. Recentemente, o governo anunciou investimentos significativos no setor, visando modernização e sustentabilidade. Além disso, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem atuado como interlocutor entre o governo e a bancada ruralista.

Fonte: Brasil 247 com Estadão Conteúdo

Lula: "a economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento"

Presidente ressalta aumento de empregos, valorização do salário mínimo e necessidade de proteção ambiental

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em uma entrevista concedida ao programa "Podk Liberados", da RedeTV, neste domingo (10), o presidente Lula (PT) enfatizou o foco de seu governo em promover um crescimento econômico sustentável, com fortalecimento do emprego formal e incentivo aos pequenos e médios empreendedores. A conversa foi conduzida pelos senadores Jorge Kajuru e Leila Barros, que exploraram com o presidente pontos essenciais para a recuperação e desenvolvimento da economia brasileira. Lula destacou o empenho da administração em assegurar que o crescimento econômico beneficie toda a população, especialmente os mais necessitados. “A economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento desse país”, ressaltou, abordando políticas voltadas tanto para os mais vulneráveis quanto para a classe média.

Lula frisou ainda a importância de deixar um legado positivo para a sociedade brasileira, com mais oportunidades educacionais e melhores condições de trabalho. “O legado que quero deixar é o da autoestima do povo brasileiro”, afirmou, enfatizando seu desejo de que o brasileiro tenha acesso à educação de qualidade e ao emprego digno. Essa perspectiva é, segundo ele, uma chave para a construção de um país mais próspero e equilibrado.

Na entrevista, o presidente trouxe números que reforçam a solidez de sua visão para o Brasil, lembrando o impacto da valorização do salário mínimo, que, ao colocar mais renda na mão do trabalhador, aquece o consumo e fortalece a economia em sua totalidade. Lula relembrou como o aumento do poder de compra, desde sua primeira gestão, representou uma mudança significativa no cotidiano dos brasileiros. "Quando o salário mínimo cresce, é dinheiro distribuído, é gente consumindo mais, comércio vendendo, fábrica fabricando”, destacou.

◉ Empreendedores e a economia formal - Outro tema de destaque foi o apoio aos pequenos e médios empreendedores, uma das vertentes fundamentais para o desenvolvimento da economia. “Temos que cuidar dos pequenos e médios empreendedores individuais", afirmou Lula, referindo-se aos brasileiros que optam pelo trabalho autônomo e pela independência financeira. Ele mencionou a necessidade de um apoio governamental que incentive o crescimento desse setor, garantindo as condições para que esses empreendedores possam prosperar.

◉ Segurança e federalismo - Lula também se debruçou sobre a segurança pública, área que, segundo ele, requer um esforço conjunto entre as esferas federal e estadual. "O Governo Federal não quer se intrometer nos estados”, esclareceu, reforçando o desejo de cooperação para que os cidadãos possam viver em um ambiente seguro e com menos violência, seja nas periferias ou nos centros urbanos. Para ele, essa abordagem integrada pode combater a criminalidade de forma eficaz e preservar a tranquilidade das comunidades.

◉ Transição energética e proteção ambiental - A pauta ambiental também recebeu grande destaque na fala do presidente. Lula ressaltou a importância do Brasil no cenário global de transição energética, afirmando que o país tem o potencial de se tornar um exemplo para o mundo, com sua diversidade de fontes de energia limpa, como a solar, eólica, biomassa e o hidrogênio verde. “Vamos fazer muita energia solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde”, afirmou, reafirmando o compromisso de seu governo com a sustentabilidade e a preservação da Amazônia.

Com a decisão de sediar a COP30 em Belém, no Pará, o presidente vê uma oportunidade de elevar a voz da Amazônia, promovendo a preservação das florestas e chamando a atenção para a necessidade de manutenção desses ecossistemas como um ativo essencial para a sobrevivência do planeta. Para ele, “o mundo rico precisa pagar” pelo impacto ambiental causado ao longo dos anos, enquanto os países em desenvolvimento devem ser incentivados a manter suas florestas de pé.

Parceria com o Congresso e apoio do setor produtivo - Lula destacou ainda a cooperação com o Congresso na aprovação de pautas importantes, especialmente na área ambiental. Ele frisou que o setor produtivo, incluindo agricultores e pecuaristas, está cada vez mais consciente da necessidade de preservar o meio ambiente, uma mudança de postura que, segundo ele, tem sido bem recebida no legislativo.

Fonte: Brasil 247

Morto no Aeroporto de Guarulhos, empresário denunciou roubo de policiais e conexão com PCC

Antônio Vinicius expôs relações com o PCC e ameaças de morte, em delação com o Ministério Público. Detalhes do caso revelam extorsão, atentado e execução

Execução no Aeroporto de Guarulhos (Foto: Reprodução/TV Globo)

O empresário Antônio Vinicius, ex-corretor imobiliário com ligações com o crime organizado, teve sua história de delação e conflito com o Primeiro Comando da Capital (PCC) revelada pelo programa Fantástico, da Rede Globo. Em audiência exclusiva à qual o programa teve acesso, Vinicius relatou ameaças, um atentado e o sequestro que sofreu de membros da facção, enquanto aguardava julgamento por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro para o grupo criminoso. A reportagem também destacou uma série de denúncias contra policiais, apontando para um suposto roubo de bens de luxo pertencentes ao empresário.

Vinicius revelou detalhes sobre sua relação com Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como "Cara Preta", integrante do PCC assassinado em 2021. O empresário negou envolvimento no crime, mas admitiu ter colaborado com a facção para lavar dinheiro por meio de transações imobiliárias, onde intermediava negócios entre membros do grupo e utilizava nomes de familiares como laranjas. O Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), ofereceu ao empresário um acordo de delação premiada. Em troca de proteção, ele passou a colaborar com informações sobre o esquema de lavagem de dinheiro da facção, expondo também os perigos que enfrentava ao romper com a organização.

Durante o processo de delação, Vinicius foi alvo de um atentado em seu apartamento no dia de Natal de 2023. Em meio às ameaças, recusou-se a ingressar no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), insistindo em uma escolta policial particular, o que não foi possível, conforme explicou o promotor de Justiça do GAECO, Lincoln Gakiya.

Em um novo depoimento, Vinicius também denunciou supostos abusos cometidos por policiais civis durante sua primeira prisão. Segundo ele, investigadores roubaram R$ 20 mil em dinheiro e uma coleção de relógios de sua residência, sendo que parte dos relógios foi vista posteriormente nas redes sociais de um dos policiais. O Ministério Público confirmou que a Corregedoria da Polícia Civil está investigando essas denúncias, agora integradas ao acordo de delação do empresário.

No momento de sua execução, na sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, Antônio Vinicius retornava de Maceió ao lado de sua namorada, levando consigo joias avaliadas em cerca de R$ 1 milhão, supostamente obtidas como pagamento de uma dívida. Em meio a um tumulto no aeroporto, ele foi abordado e morto a tiros, em uma cena que chocou os presentes e levantou dúvidas sobre a possível conexão entre o crime e as informações que ele detinha. “Ele era um arquivo vivo”, declarou Lincoln Gakiya, prometendo que o Ministério Público seguirá acompanhando as investigações até que se chegue à resolução do caso.

A Polícia Civil informou que armas encontradas próximas ao aeroporto estão em perícia para identificar uma possível ligação com o ataque, enquanto os seguranças de Vinicius, todos policiais militares, foram afastados temporariamente de suas funções.

Fonte: Brasil 247

Executivos redefinem sucesso com equilíbrio entre vida e carreira

Autoconhecimento e maturidade impulsionam líderes a buscar uma vida profissional mais alinhada ao bem-estar pessoal

(Foto: Freepik)

Executivos experientes estão repensando a relação entre carreira e vida pessoal, buscando equilíbrio entre ambição e bem-estar. Com o tempo, muitos líderes passam a valorizar uma abordagem mais consciente para suas jornadas profissionais, onde o sucesso inclui não apenas metas alcançadas, mas uma conexão mais profunda com seus valores e motivações pessoais.

De acordo com uma pesquisa da Deloitte, 61% dos executivos atualmente priorizam o bem-estar como um valor central, enquanto 84% colocam a saúde mental, física e financeira entre suas principais prioridades. Esses números refletem uma tendência de profissionais que buscam uma integração maior entre suas vidas pessoal e profissional, promovendo uma visão de sucesso que transcende a simples conquista de metas corporativas.

A estrategista de negócios Andrea Eboli, com mais de 25 anos de carreira, observa essa mudança como uma conquista de maturidade. “O amadurecimento leva a uma visão mais ampla do que significa realmente ter sucesso. Não se trata mais apenas de resultados, mas de viver de forma alinhada aos próprios valores, buscando equilíbrio entre as esferas da vida”, afirma Eboli. Esse novo olhar valoriza o tempo como um recurso precioso, abrindo espaço para que executivos reconsiderem suas escolhas e priorizem atividades que favoreçam seu bem-estar.

Executivos que adotam essa visão relatam que seu estilo de liderança evolui para algo mais humano e acolhedor. Eboli reforça que essa abordagem é benéfica tanto para os líderes quanto para suas equipes. “Liderar com uma perspectiva de vida integral cria uma conexão mais próxima com a equipe e promove um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo,” explica.

Fonte: Brasil 247