sábado, 9 de novembro de 2024

Gasto com militares na reserva é 16 vezes maior do que com aposentados do INSS


Soldados militares. Foto: Divulgação

Um recente relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou uma significativa disparidade nos gastos previdenciários da União, especialmente no que se refere às aposentadorias militares. Segundo o levantamento, os salários dos militares reformados impactam as finanças públicas de forma muito mais acentuada em comparação com os aposentados do INSS, apesar de representarem apenas 11,6% do déficit previdenciário total.

Em 2023, o déficit previdenciário da União alcançou a impressionante cifra de R$ 428 bilhões. Deste montante, R$ 49,7 bilhões foram destinados aos salários dos militares reformados, o que representa a segunda maior despesa, atrás apenas dos servidores públicos, que custaram R$ 54,8 bilhões ao erário, correspondendo a 12,8% do déficit total.

No entanto, o maior peso financeiro continua a ser atribuído aos aposentados do INSS, cujos custos somaram R$ 315,7 bilhões, ou 73,7% do total. A disparidade nos custos per capita entre militares reformados e aposentados do INSS é impressionante. Cada militar aposentado custa, em média, R$ 158,8 mil por ano, enquanto o gasto com cada servidor público é de R$ 69 mil.

Militares cumprimentando o presidente Lula. Foto: Divulgação

Já os aposentados do INSS geram um impacto muito menor, com um custo médio de apenas R$ 9.400 por ano. Em resposta ao relatório, as Forças Armadas questionaram a metodologia utilizada pelo TCU, alegando que os gastos com militares são frequentemente classificados de forma inadequada, sendo alocados em orçamentos distintos.

Segundo representantes das Forças Armadas, essa divisão nos orçamentos pode distorcer a verdadeira situação financeira e gerar uma interpretação equivocada dos dados. O relatório do TCU e a discussão sobre os altos custos das aposentadorias militares têm gerado debates sobre a sustentabilidade das contas públicas e a necessidade de revisão nas políticas de aposentadoria do setor militar.

A crescente disparidade entre os diferentes grupos de aposentados é uma questão que, com certeza, continuará a ser discutida no âmbito do governo federal e das Forças Armadas.

Fonte: DCM

Fake news de Tarcísio sobre elo entre Boulos e PCC será investigada pelo MP

Denúncia foi enviada pelo ministro Kássio Nunes Marques ao Ministério Público Eleitoral

Guilherme Boulos (mais destaque) e Tarcísio de Freitas (Foto: Zeca Ribeiro - Agência Câmara I Governo de SP)

 O ministro Kassio Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que a Procuradoria-geral Eleitoral (PGE) analise a queixa-crime apresentada por Guilherme Boulos (PSOL) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A decisão foi tomada após declarações falsas feitas por Tarcísio durante o segundo turno das eleições municipais, em que ele associou Boulos ao Primeiro Comando da Capital (PCC) sem apresentar provas, conforme noticiado pelo Globo.

A controvérsia começou no dia 27 de outubro, data do segundo turno, quando Tarcísio, após votar, conversou com jornalistas e afirmou que interceptações de conversas do PCC apontavam uma suposta orientação de voto em favor de Boulos. Essas declarações geraram forte repercussão, levando Boulos a apresentar uma queixa-crime à Justiça Eleitoral, na qual alega que o governador divulgou informações falsas com o objetivo de influenciar a opinião pública.
Impacto das declarações e queixa de Boulos

Na queixa-crime enviada ao TSE, Boulos argumentou que as falas de Tarcísio já vinham sendo disseminadas entre seus apoiadores, configurando uma estratégia coordenada para manchar sua imagem e influenciar o resultado eleitoral. “O conteúdo da entrevista já vinha sendo veiculado entre os respectivos apoiadores, transparecendo uma ação coordenada no intuito de influenciar o eleitorado”, disse Boulos no documento. Ele destacou ainda que as alegações eram “sabidamente inverídicas” e que, considerando a importância do cargo ocupado por Tarcísio e a repercussão de suas falas na mídia, o potencial de dano foi elevado.

A denúncia também inclui o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB), aliado de Tarcísio, com a solicitação de que ele seja investigado por possível participação na divulgação da alegada desinformação durante o período de campanha.
Andamento do processo

O envio do caso para análise da Procuradoria-geral Eleitoral é uma etapa esperada no processo, pois o relator precisa da manifestação da PGE antes de tomar uma decisão sobre o prosseguimento do inquérito. Se a PGE considerar pertinente, poderá recomendar a abertura de uma investigação formal para apurar a responsabilidade criminal de Tarcísio e Ricardo Nunes.

A declaração de Tarcísio associando Boulos ao PCC gerou polêmica e críticas, tanto de políticos quanto de setores da sociedade civil, que viram na fala um exemplo de desinformação que pode distorcer o processo democrático. A campanha de Boulos reiterou a gravidade de uma acusação sem fundamento, ressaltando o risco de deslegitimar adversários políticos por meio de fake news.

O TSE tem reforçado nos últimos anos a importância do combate à desinformação, especialmente durante o período eleitoral, para garantir a integridade das eleições. A decisão de Nunes Marques de enviar a denúncia ao Ministério Público Eleitoral sinaliza a continuidade dessa postura rígida. O desdobramento deste caso será acompanhado de perto, tanto pelo impacto nas carreiras políticas de Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes, quanto pelo exemplo que pode estabelecer no combate à disseminação de fake news em campanhas eleitorais. A análise da PGE será crucial para determinar os próximos passos e avaliar se a fala de Tarcísio resultará em consequências legais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Assassinato do PCC em Guarulhos: investigações apontam para participação de policiais no crime

Depoimentos revelam que falha mecânica e paradas estratégicas atrasaram escolta de delator do PCC

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach (Foto: Reprodução )

A morte de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC executado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos na última sexta-feira, 8, revelou possíveis falhas na segurança oferecida por policiais militares que faziam sua escolta. De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, detalhes dos depoimentos desses agentes à Polícia Civil levantam suspeitas sobre a conduta e a real atuação dos PMs durante o ocorrido.

Gritzbach, que voltava de viagem com a namorada, foi assassinado no Terminal 2, onde seria recebido pelo filho de 11 anos e por quatro policiais militares contratados como seguranças. Contudo, uma alegada falha mecânica e uma parada em um posto de gasolina próximo ao aeroporto contribuíram para que três dos agentes não estivessem presentes no momento do ataque.

● Depoimentos contraditórios e falhas na operação

Um dos depoimentos obtidos pelo jornal, dado por um PM de 39 anos que estava no local, revelou que, a caminho do aeroporto, o grupo parou em um posto de gasolina na Rodovia Hélio Smidt, em Guarulhos. Os policiais teriam feito um lanche e, ao tentarem seguir viagem, a Amarok usada pela escolta apresentou problemas e não ligou. “Alguns minutos depois, o filho de Antonio [Gritzbach] ligou dizendo: ‘Deram tiro aqui, tio, deram tiro aqui’”, relatou o agente.

Essa versão foi corroborada por um segundo policial, de 34 anos, que prestou depoimento à meia-noite no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana (DHPP). Ele afirmou que, após nove meses de trabalho contínuo para Gritzbach, havia interrompido a função por suspeitar de sua possível ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Contudo, aceitou uma escala esporádica para a escolta no dia do assassinato.

O segundo agente confirmou que o grupo chegou ao posto por volta das 15h20, e o assassinato ocorreu perto das 16h. “Tivemos um problema mecânico na Amarok e ficamos impossibilitados de seguir ao aeroporto. Um dos policiais sugeriu que a Trailblazer voltasse ao posto para reorganizar a escolta, mas isso não ocorreu a tempo”, explicou.

● Celulares apreendidos e novas pistas

A Polícia Civil afastou os policiais envolvidos e apreendeu seus celulares, além dos aparelhos da namorada de Gritzbach, do filho e de um amigo da família. A investigação busca esclarecer se houve comunicação entre os agentes e possíveis terceiros que poderiam ter facilitado a execução, bem como verificar se a falha mecânica foi realmente um incidente ou uma manobra premeditada.

A perícia inicial apontou que pelo menos 27 disparos de fuzil atingiram o delator do PCC, sugerindo uma emboscada meticulosamente planejada. Apesar da violência do ataque, os depoimentos dos agentes afirmam não saber quem foi o mandante do crime.

● Impacto e próximas etapas

O caso traz à tona questões preocupantes sobre a integridade e a eficiência de agentes da segurança pública em situações que envolvem o crime organizado. As investigações em curso buscam determinar se a conduta dos PMs foi meramente negligente ou se houve, de fato, algum nível de colaboração intencional.

Fonte: Brasil 247

Caiado usa o crime do PCC em Guarulhos para atacar Lula e omite a responsabilidade do governo paulista

Governador de Goiás tentou responsabilizar o presidente Lula por uma possível falha dos policiais de São Paulo

Ronaldo Caiado e Lula (Foto: ABR)

A execução de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na última sexta-feira, 8, gerou grande repercussão no meio político. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, usou as redes sociais para criticar o governo federal e cobrar uma postura firme do presidente Lula. Em uma série de tweets, Caiado acusou a administração federal de inércia diante da ação das facções criminosas, afirmando que crimes dessa magnitude exigem respostas diretas e incisivas de Brasília.

Caiado iniciou suas declarações destacando a ousadia das facções: “O PCC se permite a audácia de entrar no maior aeroporto do Brasil e executar, com tiros de fuzil, uma testemunha. Atuam à vontade, à luz do dia. Ou o estado brasileiro acaba com as facções ou as facções tomarão de vez o estado brasileiro.” Em seguida, reforçou a crítica ao afirmar que o atentado ocorreu em uma área de jurisdição federal, sugerindo que o governo de Lula tem a obrigação de resolver o caso: “Está aí uma oportunidade para o governo Lula dar uma resposta dura às facções, solucionando o crime e pegando os responsáveis. Para isto não precisa de PEC e nem de amarrar as polícias estaduais. Precisa de ação.”

● Responsabilidades e desvios no discurso de Caiado

No entanto, as declarações de Caiado são vistas como um desvio da verdadeira responsabilidade pelo caso. Embora o Aeroporto Internacional de Guarulhos esteja sob jurisdição federal, a operação de segurança e a proteção imediata da vítima estavam a cargo das autoridades do estado de São Paulo. Depoimentos colhidos pela Polícia Civil e reportados pelo jornal Estado de S. Paulo indicam possíveis falhas e até conivência por parte dos policiais que faziam a escolta de Gritzbach.

Relatos apontam que os agentes de segurança pararam em um posto de gasolina, alegando uma falha mecânica no veículo de escolta. Essa parada resultou na ausência de três dos quatro policiais no momento do assassinato. Um dos depoimentos revelou que, após a falha, os policiais ouviram do filho de Gritzbach pelo telefone o relato desesperado do ataque: “Deram tiro aqui, tio, deram tiro aqui.”

● A crítica de Caiado: estratégica ou leviana?

A tentativa de Caiado de responsabilizar Lula pode ser interpretada como uma estratégia para politizar o episódio e desviar o foco das autoridades estaduais, que têm a responsabilidade direta pela segurança local e pela escolta de Gritzbach. Em sua argumentação, Caiado comparou a situação à atuação do FBI nos Estados Unidos, afirmando: “Nos EUA, quando se tem um crime federal desta proporção, o FBI entra e resolve. No Brasil, o governo federal fica assistindo.”

No entanto, analistas de segurança pública ressaltam que, embora crimes envolvendo facções possam ter implicações federais, a execução e gestão da segurança local são primariamente tarefas dos governos estaduais. A possível conivência dos policiais paulistas reforça essa perspectiva, indicando que a solução do caso depende de uma investigação robusta conduzida pelas próprias autoridades de São Paulo.

Fonte: Brasil 247

Assassinos de vereador eleito no Paraná morrem em confronto em Curitiba; polícia quer entender por que atiradores eram da Capital

Crime abalou cidade do interior do Paraná; polícia quer entender ligação com assassinos de Curitiba

morte vereador
Polícia entrou em confronto com suspeitos de morte de vereador eleito (Foto: João Frigério)

Um confronto na tarde deste sábado (9) acabou com dois suspeitos mortos em Curitiba. Segundo informações da polícia, os mortos são suspeitos de terem assassinado na madrugada deste sábado o vereador eleito de Salto do Itararé, Norte Pioneiro do Paraná.

João Domiciano Neto (União), mais conhecido como João Garré, foi morto a tiros durante a madrugada, na residência de seus pais, em Santana do Itararé, cidade vizinha.


Os suspeitos teriam fugido de Santana do Itararé, onde ocorreu o crime e vindo para Curitiba. O veículo suspeito vinha sendo monitorado.

Logo após o crime, a Polícia Civil conseguiu imagens que mostram os suspeitos embarcando em um veículo. Pela placa do carro a origem era Curitiba, e assim a PC emitiu alerta.

Em Curitiba, patrulhas da Rone esperavam pelo veículo na região do endereço registrado. Quando o carro foi identificado, houve a abordagem, mas os suspeitos atiraram contra os policiais, que revidaram.

Os suspeitos batiam com a aparência dos homens flagrados fugindo de Santana do Itararé, mas a Polícia Científica ficará a cargo do reconhecimento.

As investigações seguem para tentar entender a ligação entre a morte do vereador e os homens que teriam saido de Curitiba para executar o crime, assim com descobrir motivação e se houve um mandante.

Fonte: Bem Paraná com João Frigério

Dono do Bahamas, prostíbulo de luxo, Oscar Maroni está com demência e vive em casa de repouso


Oscar Maroni. Foto: Reprodução
Oscar Maroni, fundador do Bahamas Hotel Club em São Paulo, enfrenta sérios problemas de saúde. Aos 73 anos, ele foi diagnosticado com Alzheimer e está em um estágio avançado da doença, com demência de nível 2, o que compromete sua capacidade de falar e realizar tarefas simples.

A doença começou a se manifestar há cerca de cinco anos, dificultando sua relação com os filhos, Aratã e Aruã. Os dois, que já haviam se afastado dos negócios familiares devido a desentendimentos com o pai, agora são responsáveis pela gestão do patrimônio.

Em 2023, sua saúde piorou, e ele precisou de uma cirurgia após uma queda, o que levou os filhos a buscar acompanhamento médico especializado. Foi nesse contexto que o diagnóstico de Alzheimer foi confirmado. Oscar Maroni, que sempre foi independente, não aceitava ter uma cuidadora, o que tornou a situação ainda mais difícil para a família.

Durante os últimos meses de 2023, os irmãos se revezaram para cuidar do pai, que estava cada vez mais incapaz de lidar com suas próprias necessidades. Por isso, a internação de Oscar em uma casa de repouso foi o passo necessário para garantir que ele recebesse os cuidados adequados.

Fonte: DCM

STF envia ao MP queixa-crime de Boulos por crime eleitoral de Tarcísio

Tarcísio afirmou em uma entrevista que a facção PCC teria recomendado voto em Boulos no segundo turno das eleições municipais

Guilherme Boulos (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

O ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-geral Eleitoral (PGE) a queixa-crime do deputado federal Guilherme Boulos (Psol) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) por crime eleitoral, informa O Globo. No dia do segundo turno das eleições municipais, Tarcísio afirmou em uma entrevista que a facção PCC teria recomendado voto em Boulos, então candidato a prefeito de São Paulo.

No pedido feito à Justiça Eleitoral, o deputado alega que houve divulgação de falsa imputação e pede a instauração de inquérito policial para averiguar a responsabilidade criminal de Tarcísio e do candidato que ele apoiou, o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB). A decisão de Nunes Marques segue o rito esperado, já que o ministro precisa do parecer do PGE para tomar sua decisão.

Na queixa-crime, Boulos afirma que “o conteúdo da entrevista já vinha sendo veiculado entre os respectivos apoiadores, transparecendo uma ação coordenada no intuito de influenciar o eleitorado”. Ele diz ainda que “se trata de divulgação de fatos sabidamente inverídicos durante a campanha eleitoral” e, por isso, com “alto potencial lesivo” diante da importância do cargo de Tarcísio e a repercussão de sua fala nos veículos de comunicação

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Um dos líderes dos atos golpistas de 8 de janeiro é preso no interior do RS

Rubem Abdalla Barros Júnior ficou conhecido como chefe da “máfia do pix”, que financiava os acampamentos em frente aos quartéis

Estátua do STF 'A Justiça' vandalizada no 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

 Rubem Abdalla Barros Júnior, apontado como um dos líderes dos atos democráticos de 8 de janeiro de 2023, foi encontrado e preso pela Polícia Federal na BR-290, em Rosário do Sul, no Rio Grande do Sul, informa a Zero Hora. Os agentes desconfiaram da rota do veículo onde estava o criminoso após desviar de postos policiais e realizarem a abordagem do carro, com placas do Distrito Federal.

O veículo era conduzido por um uruguaio e acompanhado pelo brasileiro, que tem 46 anos e reside em Cuiabá. Ao consultar o nome, os agentes confirmaram que se tratava de um foragido, com prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Abdalla ficou conhecido como chefe da “máfia do pix”, que financiava os acampamentos em frente aos quartéis. Ele arrecadava recursos para manter a alimentação dos acampados e chegou a ser preso em flagrante no dia 8 de janeiro, mas foi solto.

Fonte: Brasil 247 com informações do Zero Hora

Palocci nega ter intermediado doação da Odebrecht para campanha de ex-presidente do Peru

A acusação foi feita por Jorge Barata, ex-superintendente da Odebrecht, durante uma investigação do caso Lava Jato no Peru

Ex-ministro Antonio Palocci (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

 O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci enviou uma carta às autoridades peruanas negando ter intermediado qualquer doação da construtora Odebrecht para a campanha do ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, ou para o Partido Nacionalista Peruano, conforme relatado pelo jornal La Republica. A declaração de Palocci foi motivada pelas acusações feitas por Jorge Barata, ex-superintendente da Odebrecht, durante uma investigação do caso Lava Jato no Peru.

Barata afirmou que, em nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Palocci teria pedido um aporte de US$3 milhões para a campanha de Humala em 2011, supostamente de fundos ilícitos do Partido dos Trabalhadores (PT). Essas acusações foram lidas durante o julgamento de Humala e sua esposa, Nadine Heredia, que respondem por lavagem de dinheiro. Palocci, no entanto, não foi convocado para depor nesse processo e decidiu enviar uma carta ao governo peruano para desmentir as alegações.

Na carta, enviada ao Peru por intermédio dos advogados Marco Aurélio de Carvalho, Antônio Carlos de Almeida Castro (conhecido como Kakay) e Gustavo Badaró, membros do grupo Prerrogativas, Palocci afirmou: "Nunca solicitei nenhum aporte, dinheiro ou qualquer forma de assistência à pessoa, partido ou campanha de Ollanta Humala Tasso para as eleições presidenciais na República do Peru nos anos de 2006, 2011 ou em qualquer outro período, seja em meu nome ou em nome da Presidência da República, do PT ou de qualquer outra pessoa."

O ex-ministro também garantiu que jamais conheceu pessoalmente o ex-presidente Humala e nunca discutiu com Marcelo Odebrecht sobre a possibilidade de financiamento à campanha eleitoral no Peru. Em resposta, Humala também negou veementemente ter recebido qualquer valor vindo do Brasil para financiar serviços, como os do publicitário Valdemar Garreta, e acusou Barata de mentir para garantir a colaboração premiada da Odebrecht com as investigações.

O julgamento no Peru, centrado nas acusações de lavagem de dinheiro, entrou na fase final. Humala e os demais réus ainda prestam depoimento, e a próxima etapa será dedicada aos argumentos finais da promotoria, da procuradoria e das defesas. Após essa fase, o tribunal emitirá o veredicto, determinando a inocência ou culpa dos acusados, além das penas, caso sejam condenados.

Fonte: Brasil 247 com jornal La Republica

Luiz Marinho aponta infiltração do crime organizado na polícia paulista após assassinato do PCC em Guarulhos

"O crime organizado estaria infiltrado nas forças de segurança paulista”, disse o ministro

Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (Foto: Reprodução)

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), afirmou neste sábado que o assassinato de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na noite de sexta (8), aponta a infiltração do crime organizado na polícia paulista. Gritzbach era delator de esquemas da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e era acompanhado por seguranças no momento do crime.

Segundo as investigações, as circunstâncias do assassinato apontam par auma “falha na escolta”, que pode ter sido proposital. “Se a linha de investigação do DHPP, do envolvimento de policiais militares que faziam a segurança do delator assassinado no aeroporto de Guarulhos, estiver correta, a situação é mais grave do que se imagina. O crime organizado estaria infiltrado nas forças de segurança paulista”, disse Luiz Marinho.

Segundo os seguranças, o veículo que buscaria Gritzbach quebrou durante o trajeto até o aeroporto. Como alternativa, um dos policiais responsáveis por sua segurança decidiu prosseguir com a escolta em outro carro, levando o filho de Vinicius. Os demais seguranças permaneceram onde o veículo teria apresentado problemas. Essa escolha de não abandonar o carro e garantir a presença de todos na chegada do empresário ao aeroporto é uma das atitudes que as autoridades investigam.

Além das inconsistências nos relatos, os investigadores descobriram que os assassinos pareciam estar informados sobre o horário exato do desembarque de Gritzbach, sugerindo que ele vinha sendo monitorado desde Goiás.

Fonte: Brasil 247

Arquidiocese de SP arquiva investigação sobre padre Júlio Lancellotti

A investigação aberta em fevereiro para apurava denúncias de abuso sexual contra o padre

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

A Arquidiocese de São Paulo anunciou o arquivamento de uma investigação aberta em fevereiro para apurar denúncias de abuso sexual contra o padre Júlio Lancellotti, informa a Folha de S. Paulo. Segundo a instituição, a Comissão Arquidiocesana de Tutela contra Abusos de Menores e Adultos Vulneráveis conduziu uma série de entrevistas com as supostas vítimas, além de ouvir o próprio padre. Contudo, “não foi possível confirmar a verossimilhança” das acusações, levando a Cúria Metropolitana a encerrar o caso.

Em comunicado oficial, a Arquidiocese detalhou o processo de apuração: “A Comissão Arquidiocesana de Tutela chamou e ouviu todas as pessoas que alegaram, através de órgãos de imprensa, terem sido vítimas de abusos cometidos pelo referido padre, que também foi ouvido”. Após a etapa inicial, uma Comissão de Investigação Prévia foi criada para aprofundar as denúncias. Ao fim dos trabalhos, a investigação foi arquivada por não haver comprovação de veracidade das alegações.

Esta é a segunda vez que o nome de Lancellotti é investigado pela Igreja e posteriormente inocentado. Em 2020, após a circulação de um vídeo de conteúdo sexual sem autenticidade comprovada e que supostamente envolvia o padre, a Arquidiocese também concluiu a apuração sem evidências de materialidade, levando ao arquivamento do caso. Na ocasião, o Ministério Público de São Paulo avaliou as denúncias e optou por não instaurar uma ação penal.

A situação de Lancellotti, que é responsável pela paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, e coordena a Pastoral do Povo da Rua, também repercutiu na Câmara Municipal de São Paulo. Em abril deste ano, o vereador Rubinho Nunes (União) apresentou um pedido para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) voltada à conduta do padre, alegando a existência de provas “contundentes” contra o religioso. Inicialmente, a proposta de CPI mirava a atuação de ONGs na região da cracolândia, no centro de São Paulo, mas acabou sendo redirecionada para focar especificamente em Lancellotti.

No entanto, a iniciativa não avançou e segue sem previsão para retomada. O padre sempre negou as acusações, reiterando em nota que as alegações “são completamente falsas, inverídicas”, e mantendo sua atuação social com pessoas em situação de rua.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

"Não vamos permitir esse negócio de anistia: Bolsonaro vai ser preso", diz Rogerio Correia

Deputado Rogério Correia critica concessão de anistia e defende mobilização contra a impunidade

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Mario Agra / Câmara dos Deputados )

Em entrevista ao programa Bom Dia 247, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) reforçou sua oposição à possibilidade de anistia aos envolvidos na tentativa de golpe e nos esquemas investigados contra a democracia brasileira. Correia declarou que espera ver punições severas aos responsáveis, incluindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, e apontou a necessidade de mobilização para garantir que esses processos avancem sem concessões.

"Vai dar prisão. Não tem outra. Bolsonaro vai ser preso. O que não podemos é criar um clima de anistia no Brasil, que é o que eles querem fazer," disse Correia. Ele destacou a euforia da extrema direita com a vitória de Donald Trump nas eleições americanas, e como isso tem influenciado os defensores da anistia no Brasil. "Estão eufóricos com a vitória do maluco lá nos EUA, Trump. Estão eufóricos achando que isso influenciará para que tenha anistia aqui."

O deputado enfatizou a importância de resistir à pressão pela anistia e de mobilizar a sociedade na defesa da democracia: "Nós não podemos deixar de fazer a disputa na sociedade. Sempre falo isso. Não podemos ficar olhando a extrema direita jogar e deixar eles jogarem sozinhos. Eles vão para as redes, inventam versões. Se a esquerda não se preocupa em fazer a defesa enfática da democracia e pedir a punição, eles vão ficando em um terreno livre para agir."

Correia defendeu a criação de um movimento que reforce a oposição à anistia e que cobre agilidade na análise dos processos: "É preciso criar um movimento sem anistia e que seja célere na apreciação dos processos que estão na Polícia Federal. Acho que a partir da entrega pela Polícia Federal dos inquéritos no mês de novembro, teremos material muito farto para fazer as denúncias, retomar o processo sem anistia, ir para as ruas, ir para as redes, mostrar o significado de acabar com a democracia."

Correia também criticou a postura dos envolvidos nas tentativas de golpe que agora disputam cargos públicos, ressaltando a contradição na atitude desses candidatos: "Eles são cara de pau. Aquele que disputou a eleição aqui, um dia, no debate, falei com ele: você está disputando a eleição depois de ter tentado dar um golpe? Ou seja, agora, as urnas eletrônicas valem? Porque não valia na época em que Lula ganhou do Bolsonaro? Era só para tumultuar."

Convocando a esquerda para a mobilização, Correia usou a entrevista no 247 para lançar um chamado: "Aproveito o programa no 247 para lançar para toda a esquerda esse desafio. Vamos para cima. Não vamos permitir esse negócio de anistia, não vamos arriar nossas lutas." Correia também reforçou a importância de o PT e a esquerda manterem suas bandeiras: "Esse negócio do PT ir para o centro, de esquecermos nossas bandeiras… se negócio fosse ir para o centro e vencer a eleição, a Kamala tinha dado de goleada. Ela nem foi para o centro, foi para a direita."

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro espera que governo Trump pressione o STF a salvar seu pai

“É a mesma história. Se o Trump voltou, então há chance de Bolsonaro voltar lá”, afirmou

Eduardo Bolsonaro (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

 O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acredita que a recente vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos pode salvar seu pai da prisão e da inelegibilidade. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele afirmou que a volta de Trump ao poder pode incentivar uma nova correlação de forças favorável à direita no Brasil e impactar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista, o parlamentar, que acompanhou a apuração dos votos nos Estados Unidos ao lado de Trump e figuras como Elon Musk, afirmou que o controle republicano no Senado americano facilitará a aprovação de um projeto de lei que pode restringir a entrada nos EUA de autoridades que, na visão dos republicanos, tenham violado a liberdade de expressão. “Isso se aplica a ministros que praticaram abusos, como no caso recente envolvendo o X”, disse, em alusão à disputa entre o proprietário da rede, Elon Musk, e autoridades brasileiras.

Contexto internacional e comparação com a trajetória de Trump - Eduardo vê paralelos entre os desafios enfrentados por Trump e Bolsonaro, destacando que ambos foram alvo de processos judiciais e acusações. Ele acredita que o retorno de Trump após acusações e tentativas de prisão pode servir como exemplo para Bolsonaro. “É a mesma história. Se o Trump voltou, então há chance de Bolsonaro voltar lá”, afirmou, acrescentando que o retorno de Trump deixa o STF “menos confortável para fazer perseguições”.

Sobre as eleições de 2026, Eduardo enfatizou que Bolsonaro é “o plano A, B e C” da direita e reforçou que não há outro nome para substituí-lo. “Impossível foi tirar o Lula da cadeia e torná-lo elegível. Se fizeram isso, acredito que é possível reverter a situação de Bolsonaro”, disse o deputado.

Repercussão da vitória de Trump no Brasil - Para Eduardo, a ascensão de Trump representa um fortalecimento da direita global e traz impactos diretos para o Brasil. Ele destaca a influência do republicano sobre o Judiciário americano e sugere que isso também pode gerar pressão sobre as instituições brasileiras, especialmente o STF, ao lidar com investigações e condenações relacionadas a Bolsonaro e a aliados.

Debate sobre anistia - Eduardo afirmou que defende o PL da Anistia, projeto em tramitação no Congresso que quer anistiar os condenados pleos atos golpistas de 8 de janeiro. Embora reconheça “alguma responsabilidade” nos eventos, ele refuta a ideia de que se tratou de uma tentativa de golpe. “Não foi dado nenhum tiro e não foi apreendida nenhuma arma”, argumentou, classificando as condenações como exageradas.

Para Eduardo, o movimento de anistia visa combater o que ele chama de “prisões arbitrárias” que, segundo ele, têm o objetivo de intimidar apoiadores de Bolsonaro e da direita no país. Ele defende que os envolvidos nos ataques sejam julgados individualmente, mas critica o que considera uma “instrumentalização” do Judiciário para coibir manifestações de apoio ao ex-presidente.

Expectativas de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro - Com Jair Bolsonaro inelegível até 2030 após condenação por abuso de poder político e econômico pelo TSE, Eduardo vê possibilidades de reverter a decisão. Ele compara a situação de seu pai com a reabilitação política de Lula. “Se fizeram o impossível com Lula, também acredito na reversão para o Bolsonaro”, afirmou, reforçando que a volta de Trump pode fortalecer a campanha por essa mudança.

Fonte: Brasil 247

Lista de possíveis indultos de Trump vai de Julian Assange até golpistas

Trump declarou em maio de 2024 que “consideraria seriamente” conceder clemência a Assange

Donald Trump e Julian Assange (Foto: Reuters)

 Após derrotar Kamala Harris nas urnas, Donald Trump já se movimenta para iniciar seu segundo mandato com uma série de possíveis indultos a figuras controversas, incluindo participantes dos ataques de 6 de janeiro ao Capitólio e o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, infomra o NDTV. Observadores políticos apontam que as medidas são parte de uma estratégia para consolidar seu apoio entre eleitores e questionar o que considera ser um sistema legal tendencioso.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a clemência presidencial é garantida pela Constituição dos EUA no Artigo II, Seção 2, Cláusula 1, que assegura ao presidente o “Poder de conceder adiamentos e indultos por Ofensas contra os Estados Unidos, exceto em Casos de Impeachment”. Embora um indulto presidencial possa extinguir uma condenação criminal, algumas restrições, como a impossibilidade de votar em determinados estados, podem ainda se aplicar.

Trump tem sido firme em seu apoio a alguns dos envolvidos nos distúrbios no Capitólio, mas evita especificar quais seriam seus critérios. Em julho, ele declarou: “Se forem inocentes, eu os perdoaria.” Karoline Leavitt, porta-voz da campanha, confirmou que os indultos serão analisados “caso a caso”. Desde a eleição de Trump, em 5 de novembro, réus têm utilizado a expectativa de um possível perdão como argumento em seus processos.

Entre os nomes que podem ser contemplados, está Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden, atualmente enfrentando acusações de sonegação de impostos e posse de armas. Em outubro, Trump afirmou a um apresentador conservador que a possibilidade de perdoá-lo “não está fora de questão”, citando o que chamou de “perseguição” contra ele e sua família.

Outro potencial beneficiado é Ross Ulbricht, fundador do Silk Road, um mercado online ilegal. Ulbricht, condenado à prisão perpétua em 2015, é visto por apoiadores libertários como vítima de um sistema penal excessivamente rígido. Nas redes sociais, simpatizantes de Ulbricht celebraram a possível clemência, com um usuário afirmando: “ROSS VAI VOLTAR PARA CASA EM JANEIRO.”

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, também pode ser perdoado. Trump declarou em maio de 2024 que “consideraria seriamente” conceder clemência a Assange, uma figura controversa por sua atuação na publicação de documentos confidenciais do governo americano.

Outro possível beneficiário é Peter Navarro, ex-conselheiro de Trump, condenado a quatro meses de prisão por desacato ao Congresso. Trump elogiou Navarro como “um grande patriota” e criticou o tratamento recebido pelo ex-assessor.

A questão do autoperdão presidencial continua em aberto. Em entrevistas anteriores, Trump desconsiderou a ideia, afirmando ser “muito improvável” que considerasse perdoar a si próprio, pois “não fez nada de errado”. Juristas, no entanto, seguem divididos sobre a possibilidade de um presidente se autoconceder clemência. Embora Trump possa evitar acusações federais através do autoperdão, processos estaduais em Nova York e Geórgia estariam além de sua autoridade presidencial, o que mantém o tema em debate.

Fonte: Brasil 247 com NDTV

Tarcísio promete “punição severa” após morte de delator do PCC em Guarulhos

“Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas", declarou

Tarcísio de Freitas (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestou-se neste sábado sobre o assassinato de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator da organização criminosa Priemiro Comando da Capital (PCC), na última sexta-feira (8), no Aeroporto de Guarulhos, informa o Estado de S. Paulo. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Tarcísio associou o episódio ao crime organizado e prometeu medidas rigorosas para punir os envolvidos.

“Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem”, afirmou o governador em sua postagem.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também usou as redes sociais para condenar o episódio e ressaltar o compromisso da administração estadual com a segurança dos cidadãos. Em uma publicação no Instagram, Derrite enfatizou a postura rígida do governo contra o crime organizado. “Não vamos permitir que situações como essa se repitam em nosso estado”, declarou o secretário, demonstrando apoio ao combate intenso às atividades criminosas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

"A democracia não pode relaxar com a vigilância, sem anistia", diz Gleisi sobre plano golpista para raptar Lula e Moraes

"É pra essa gente e para ele mesmo que o chefe do golpe, o inelegível Bolsonaro, pede anistia ao Congresso", disse a presidente do PT

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

 A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou neste sábado (9) que os golpistas que tramaram um plano para raptar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o UOL, a Polícia Federal identificou que os criminosos levantaram informações detalhadas sobre as rotinas dos seguranças do presidente e do ministro em um movimento que faria parte da trama golpista de 8 de janeiro de 2023.

“A PF descobriu que os golpistas da extrema direita fizeram levantamento dos nomes, da rotina e até das armas de seguranças de Lula e do então presidente do STF, Alexandre de Moraes. Claramente o objetivo era atacar pessoalmente os chefes dos poderes. É pra essa gente e para ele mesmo que o chefe do golpe, o inelegível Bolsonaro, pede anistia ao Congresso. O Brasil e a democracia não podem relaxar a vigilância. Muito menos deixá-los impunes. Sem anistia!”, escreveu Gleisi.

Entre as informações buscadas pelos golpistas, estão os nomes dos seguranças e o tipo de armamento usado pelos agentes. Fontes ligadas à investigação afirmam que o levantamento era parte de um plano que previa confrontos armados com os responsáveis pela segurança das autoridades. Essas descobertas resultaram na prorrogação do inquérito por mais 60 dias, decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes.

 

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

VÍDEO: Jornalistas da GloboNews achincalham ministros que são contra cortes nas áreas sociais

Natuza Nery, da GloboNews

No X, o jornalista Tiago Barbosa comentou a reação da bancada da GloboNews diante do adiamento do anúncio do pacote de medidas de corte de gastos do governo. Natuza Nery e cia. atacaram Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Carlos Lupi (Previdência) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social):

Esse é um dos vídeos mais asquerosos e reveladores da subserviência voluntária da mídia ao dinheiro e à ideologia do mercado. Jornalistas debocham e ridicularizam ministros por serem contra cortes no orçamento de pastas sociais.

Tripudiam do sindicalismo – a única e combalida resistência, aliás, contra o esquartejamento das redações e a imposição da pejotização exploratória. Não respeitam sequer a categoria.

Zombam da defesa da previdência social, boia de salvação de famílias pobres, de quem trabalhou a vida inteira. Tratam como anacrônicos e antiquados quadros relevantes ao tecido social do país e inflamam a presidência a defenestrar quem se recusa a capitular a esse neoliberalismo estúpido e injusto.

Esse vídeo é o retrato da degradação da mídia brasileira, a selvageria na essência, a cara de um jornalismo antinacional, antipopular, submisso ao rentismo, limitado e orgulhoso da própria maldade.

É desoladora a humilhação do Brasil por quem deveria, no mínimo, respeitar a pluralidade, a realidade e a ideia de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Fonte: DCM

Saiba quem é Antonio Vinicius Gritzbach, assassinado pelo PCC no Aeroporto de Guarulhos

Empresário delator estava no centro de uma das maiores investigações sobre a lavagem de dinheiro do tráfico em São Paulo

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach (Foto: Reprodução )

O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, assassinado no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, estava no centro de uma das maiores investigações já realizadas sobre a lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Conforme revelado em reportagem do jornal Estado de S. Paulo, Gritzbach desempenhou um papel crucial ao delatar o esquema de movimentação financeira da facção na zona leste de São Paulo, especialmente na região do Tatuapé.

Gritzbach firmou um acordo de delação premiada em abril de 2024, após negociações iniciadas em setembro do ano anterior. Sua colaboração com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) expôs detalhes sensíveis sobre as operações financeiras do PCC, incluindo transações com imóveis de luxo e envolvimento em negócios ligados ao futebol. Sua delação também implicava a construtora Porte Engenharia e Urbanismo, da qual ele fez parte até 2018, em supostas vendas de imóveis para traficantes e transações com pagamento em dinheiro vivo.

● Delação e ameaça de morte

O perigo para Gritzbach se intensificou após o acordo de delação, quando a facção criminosa colocou uma recompensa de R$ 3 milhões por sua morte. Em dezembro de 2023, quando ainda estava em prisão domiciliar, ele foi alvo de um disparo de fuzil enquanto se encontrava em seu apartamento no Tatuapé, tentativa que falhou por pouco. No entanto, o atentado no aeroporto revelou-se fatal, encerrando uma vida cercada por traições e alianças perigosas.

● Conexão com figuras do crime

A ligação de Gritzbach com o mundo do crime remonta ao início de sua carreira como corretor de imóveis na Porte Engenharia. Foi nesse período que conheceu Anselmo Bechelli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, figura importante no tráfico de drogas. Gritzbach foi acusado de desviar R$ 100 milhões em criptomoedas de Cara Preta, o que culminou na execução do traficante em 2021. O ato resultou na primeira sentença de morte contra ele, emitida pelo PCC. O assassinato de Cara Preta também levou à morte de Antonio Corona Neto, apelidado de Sem Sangue.

O executor do crime, Noé Alves Schaum, foi posteriormente capturado, julgado pelo "tribunal do crime" e executado de forma brutal por um criminoso conhecido como Klaus Barbie, em alusão ao carniceiro de Lyon, oficial nazista famoso por sua crueldade. O corpo de Schaum foi deixado em Suzano, na Grande São Paulo, e sua cabeça, exposta no Tatuapé, onde Cara Preta havia sido morto.

● Investigações e impacto no futebol

Entre os elementos mais surpreendentes da delação de Gritzbach estava a revelação de um esquema de lavagem de dinheiro que passava pelo futebol. Documentos e mensagens apresentados aos promotores indicavam que dirigentes de empresas ligadas à carreira de jogadores eram suspeitos de atuar como agentes na operação de lavagem de recursos oriundos do tráfico. Embora o Gaeco não tenha, até o momento, encontrado evidências que impliquem atletas ou clubes diretamente, a apuração segue investigando a possibilidade de que o dinheiro usado nas negociações de atletas tenha origem no tráfico de drogas.

A Porte Engenharia afirmou que Gritzbach deixou a empresa em 2018 e que desconhecia a existência de qualquer envolvimento dele com o crime organizado. A construtora se posicionou publicamente, declarando que está à disposição para colaborar com as investigações. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) garantiu que investigações rigorosas serão conduzidas em caso de desvio de conduta de agentes.

A história de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, marcada por alianças perigosas, ambições e uma tentativa de reabilitação por meio da colaboração com a Justiça, chega ao fim de forma trágica. Seu caso lança luz sobre a complexidade do crime organizado em São Paulo e a audácia do PCC em retaliar, mesmo sob os holofotes das maiores investigações já realizadas contra a facção.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo