sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Boulos ataca Tarcísio e Bolsonaro em primeiro discurso público após eleição municipal

Ex-candidato do Psol reúne militância e mantém discurso de luta

Guilherme Boulos (Foto: Reuters/Maira Erlich)

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) afirmou, nesta quinta-feira (7), que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pode botar a "viola no saco porque não será presidente da República em 2026".

Ele também disse que a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos "animou uma turma do lado de lá a dizer que o inelegível tem que se tornar elegível", em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Eles vão ter que passar por cima da gente, porque não vai ser", completou.

O deputado realizou, na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro, seu primeiro evento público após ter perdido para o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi reeleito por 59,35% a 40,65%, informa a Folha de S.Paulo.

Boulos defendeu ainda a inelegibilidade de Tarcísio e a cassação de Nunes pelo que considerou crime eleitoral —sua campanha entrou com ação nesse sentido.

O deputado criticou indiretamente Bolsonaro ao dizer que houve quem perdesse a eleição sem reconhecer isso e querendo dar golpe.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo descarta desvincular benefícios de salário mínimo

Alteração dos pisos de saúde e educação ainda está em debate, mas podem não acontecer

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou, mais uma vez, a decisão sobre pacote de medidas para corte de gastos. Uma nova reunião deve ser realizada na sexta-feira (8) à tarde, com ministros das áreas econômica e social, informa a Folha de S.Paulo.

Um integrante da equipe econômica que participou da reunião com Lula na quinta disse, reservadamente, que algumas medidas ainda precisam ser explicadas.

A desvinculação de benefícios sociais, como o abono e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), em relação ao salário mínimo, defendida por economistas e pelo mercado pelo impacto potente que produziria nas contas, está descartado.

Segundo pessoas a par das discussões, o abono salarial (espécie de 13º salário pago a trabalhadores com carteira que ganham até dois salários mínimos) deve ser alvo de um redesenho e há mais de um formato em análise.

O diagnóstico é de que o benefício, que custará R$ 30,7 bilhões em 2025, pode ser mais concentrado nos mais pobres. Sob as regras atuais, a própria política de valorização do salário mínimo tem contribuído para que um número cada vez maior de pessoas tenha direito ao repasse.

Alterar os pisos de saúde e educação ainda é uma opção na mesa, mas, segundo um dos interlocutores, é um "candidato fraco" a figurar no cardápio final das mudanças.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Câmara dos Deputados dará medalha de mérito Legislativo a Donald Trump

Indicação foi feita pelo deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS)

A Câmara dos Deputados concederá a Medalha de Mérito Legislativo a Donald Trump, eleito nesta semana como o novo presidente dos Estados Unidos. A indicação para receber a honraria foi feita pelo deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo-vice-presidente da Casa, informa o Metrópoles.

Antes de indicar a medalha ao novo presidente norte-americano, Sóstenes conversou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para confirmar a indicação de Trump.

A cerimônia de entrega da medalha está prevista para ocorrer durante a posse do novo presidente dos Estados Unidos em 2025.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

“Só Lula pode evitar a volta da extrema-direita ao poder”, diz Boulos

Deputado do Psol reflete sobre derrota em São Paulo, desafios da esquerda e aponta Lula como única liderança capaz de conter o avanço do bolsonarismo

Guilherme Boulos e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em entrevista ao Valor, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), derrotado no segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo, analisou o cenário político brasileiro e destacou a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como peça fundamental para impedir o retorno da extrema-direita ao poder em 2026. “Quem achou que a vitória do presidente Lula há dois anos representaria o fim do bolsonarismo no país e que a extrema-direita não avançaria no mundo estava enganado”, declarou Boulos, enfatizando que o campo progressista precisa se reorganizar para enfrentar os novos desafios.

Boulos sofreu uma derrota expressiva para o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que, apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), venceu por quase 20 pontos percentuais. A campanha, marcada por ataques e disseminação de notícias falsas, foi considerada pelo parlamentar uma das mais agressivas que já enfrentou. “Com Covas foi uma campanha civilizada. Agora foi uma campanha muito baixa e suja, de ataque despropositado. Logicamente reconheci o resultado. Não é do meu lado que vocês vão ver questionamento de urna”, completou Boulos, em uma crítica direta às táticas empregadas por seus adversários.

● As lições da derrota e os sinais para a esquerda

O deputado destacou que a derrota em São Paulo e a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos servem como alertas para a esquerda brasileira. “A esquerda precisa fazer a lição de casa e mudar o discurso para apresentar uma perspectiva de futuro se quiser manter-se no comando da Presidência em 2026 e barrar o avanço da direita no país”, pontuou. Segundo Boulos, a campanha sofreu com o atraso em estabelecer um diálogo mais efetivo com as “novas periferias” — eleitores pobres e de baixa escolaridade que, no passado, votaram em candidatos de esquerda, mas que atualmente se inclinam para opções mais conservadoras.

Essa lacuna foi explorada por rivais como o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar com 28% dos votos e desempenhou um papel decisivo na derrota de Boulos. “Ele foi o responsável por levar o sentimento [dos eleitores] mais à direita, por normalizar Nunes, e sua máquina de internet ajudou a aumentar muito a minha rejeição”, afirmou o parlamentar.

● O papel de Lula e a ameaça de hegemonia da extrema-direita

Para Boulos, Lula é a figura central que pode evitar o retorno da extrema-direita. “O que nos salvou de uma reeleição do Bolsonaro em 2022 foi o Lula, com a força da sua liderança e capilaridade social. Em 2026, ele é o único que pode evitar o retorno da extrema-direita”, afirmou. O deputado destacou que, diferentemente dos EUA, que não têm uma liderança popular capaz de barrar Trump, o Brasil conta com Lula, cuja liderança é vital para manter a esquerda no poder e afastar o país do “fundamentalismo cultural” proposto pelo bolsonarismo.

Boulos também reforçou a necessidade de uma aliança ampla para enfrentar a extrema-direita, algo que Lula já demonstrou ser capaz de fazer em 2022. “A esquerda tem de dialogar com o centro e fazer a aliança mais ampla possível em 2026”, disse. Ele próprio tentou articular uma aliança em São Paulo, mas não obteve sucesso.

● Enfrentando a anistia e a inelegibilidade de Bolsonaro

O deputado prometeu que, no Congresso Nacional, lutará contra as tentativas de anistiar bolsonaristas envolvidos nos atos de 8 de janeiro e de derrubar a inelegibilidade de Bolsonaro. “Seria o maior absurdo político da história recente se isso passasse. Anistiar os participantes do 8 de Janeiro é comprar a visão de que aquilo foi um piquenique de senhoras e não uma tentativa de golpe”, criticou. Para Boulos, normalizar Bolsonaro após tudo o que aconteceu seria um retrocesso inaceitável.

● Reflexões sobre o futuro e a necessidade de renovação

Boulos defende que a esquerda precisa entrar na “disputa de valores” de forma mais incisiva, assim como a extrema-direita tem feito nos últimos anos. “O que a extrema-direita fez nos últimos anos, do ponto de vista de disputa social e cultural, é similar ao que a esquerda fez nos anos 1980 e 1990. A extrema-direita, no mundo todo, se dedicou a fazer uma disputa de horizonte, de visão de mundo, de valores. A esquerda acreditou que as melhorias sociais seriam suficientes e não entrou nessa disputa”, avaliou. Essa negligência, segundo ele, abriu espaço para que setores que antes apoiavam os governos do PT passassem a votar em representantes da extrema-direita.

● Próximos passos

Apesar do revés eleitoral, Boulos mantém otimismo e disposição para continuar na luta política. “Tenho paciência histórica. Você não chega aos objetivos que quer na política construindo atalhos artificiais”, declarou. Sobre uma possível candidatura à prefeitura em 2028 ou ao governo de São Paulo, ele preferiu não dar detalhes, mas ressaltou que continuará buscando caminhos para fortalecer a esquerda.

Horas após a entrevista, Boulos reuniu seus apoiadores em São Paulo para reafirmar o compromisso de continuar mobilizando forças contra o bolsonarismo e motivar a militância, que se mostrou desanimada após a derrota.

Fonte: Brasil 247

Lula e Haddad retomam nesta sexta debate sobre ajuste fiscal

Reunião no Planalto avança em busca de consenso sobre corte de gastos sem comprometer pilares como salário mínimo e educação

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 03/07/2024 (Foto: REUTERS/Andressa Anholete)

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou nesta quinta-feira, 7, que as discussões sobre as medidas para ajuste fiscal serão retomadas às 14h desta sexta-feira, 8, no Palácio do Planalto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que inicialmente embarcaria para São Paulo, permanecerá em Brasília para participar das negociações.

As deliberações têm como objetivo ajustar o pacote de cortes de despesas a ser enviado ao Congresso como uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Contudo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já determinou que o reajuste do salário mínimo e os investimentos em educação permanecerão inalterados, reforçando compromissos históricos de sua gestão. “Blindar esses pontos das mudanças é crucial para manter o apoio popular e a confiança em sua liderança”, indicam fontes do Planalto.

● Propostas e resistência

Entre as medidas sugeridas pela equipe econômica liderada por Haddad e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, está a desindexação do reajuste do piso salarial das aposentadorias e de outros benefícios previdenciários e trabalhistas. Essa abordagem visa conter a escalada das despesas obrigatórias, que pressionam o orçamento.

Haddad tem incentivado a análise de estudos como o artigo do economista Bráulio Borges, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Borges detalha os desafios estruturais das contas públicas e aponta a desindexação como um caminho viável para o ajuste fiscal. Entretanto, Lula já deixou claro que mexer em benefícios que atingem a base da pirâmide social é um terreno sensível.

● Educação e saúde sob proteção presidencial

Outro ponto que enfrenta resistência de Lula é a revisão das regras que vinculam os mínimos constitucionais de saúde e educação à receita. Para o presidente, cortes nessas áreas, que ele considera investimentos em vez de despesas, não são uma opção. Essa postura reflete seu compromisso com políticas que visam a redução da desigualdade social e a inclusão educacional.

● Preocupações políticas e de popularidade

O ministro da Fazenda e a ministra do Planejamento enfatizaram que a aprovação de um pacote de cortes de despesas em 2024 seria essencial para criar impactos positivos na economia em 2026, ano eleitoral. Contudo, Lula expressou apreensão com a repercussão dessas medidas em regiões onde sua base eleitoral é mais forte, como o Norte e o Nordeste. Nessas áreas, muitos cidadãos dependem de programas sociais e benefícios trabalhistas.

O mercado financeiro também exerce pressão, observando com ceticismo a postura do governo em relação ao ajuste fiscal. A alta do dólar, a inflação persistente e as taxas de juros elevadas reforçam a urgência de medidas que possam reverter o quadro. De acordo com economistas do governo, a aprovação de um pacote em 2025 poderia ajudar a controlar a inflação e a reduzir o dólar, o que, por sua vez, facilitaria uma queda nos juros e criaria um cenário mais favorável para a economia em 2026.

● Desafios no horizonte político

A ala política do governo está consciente dos desafios de enviar propostas ao Congresso em um momento de queda na popularidade de Lula, mesmo com os recentes indicadores de crescimento econômico de 3% e o aumento na geração de empregos. Manter o equilíbrio entre um ajuste fiscal robusto e a preservação de políticas sociais que sustentam a base eleitoral do presidente será a prova de fogo para a equipe econômica.

A reunião desta sexta-feira será decisiva para definir os próximos passos e ajustar as propostas de forma que sejam palatáveis tanto para a base aliada no Congresso quanto para os setores que apoiam a manutenção das políticas sociais. O resultado dessas negociações será crucial para o governo assegurar um equilíbrio fiscal sem sacrificar seu capital político.

Fonte: Brasil 247

Mega-Sena acumula novamente e prêmio principal vai para R$ 200 milhões

Números sorteados foram: 03 – 09 – 14 – 20 – 28 – 52

(Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil)

Agência Brasil – Nenhum apostador aceitou as seis dezenas do concurso 2.794, que foram sorteadas na noite desta quinta-feira (7) no Espaço da Sorte, em São Paulo. O prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 200 milhões.

Este foi o 11º sorteio consecutivo sem ganhadores do prêmio principal.

Os números sorteados hoje foram: 03 – 09 – 14 – 20 – 28 – 52

A quina teve 160 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 51.793,93. Já a quadra registrou 13.197 ganhadores, com prêmio de R$ 897,06 para cada.

O concurso 2.795 será realizado sábado (9). As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Comércio entre Brasil e Rússia atinge novos recordes

Exportações brasileiras para a Rússia dobram em um ano, enquanto importações de produtos russos também crescem significativamente

Presidente Lula e Vladimir Putin (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Sputnik/Alexander Kazakov/Pool via REUTERS)

Em outubro, o comércio entre Brasil e Rússia alcançou números históricos, conforme informações da Sputnik baseadas em dados do Comex Stat. O Brasil exportou para a Rússia mercadorias no valor de US$ 216 milhões (R$ 1,29 bilhão), registrando o maior volume desde fevereiro de 2022. Este aumento representa um crescimento de 100% em comparação com o mesmo mês do ano anterior e 1,4 vez em relação a setembro de 2024.

As exportações brasileiras para a Rússia têm mostrado um forte crescimento em um cenário de crescente cooperação econômica. Este recorde reflete uma retomada e intensificação das relações comerciais entre os dois países, que se mantiveram resilientes mesmo diante de desafios globais e tensões geopolíticas.

● Importações e comércio bilateral em ascensão

No mesmo período, as vendas de produtos russos para o Brasil aumentaram 9% em relação ao mês anterior e 25% comparado ao ano anterior, somando US$ 1,05 bilhão (R$ 6,29 bilhões). Os principais produtos adquiridos pelo Brasil incluem itens energéticos, como produtos petrolíferos, que atingiram valores recordes de importação.

O comércio bilateral total entre os dois países saltou para US$ 1,3 bilhão (R$ 7,7 bilhões) em outubro, superando os US$ 1,1 bilhão de setembro e os US$ 938 milhões de outubro do ano passado. Esse crescimento se destaca após um período de dois meses consecutivos de retração nos negócios.

● Crescimento acumulado no ano

Nos dez primeiros meses de 2024, o volume total de comércio entre Brasil e Rússia somou US$ 10,8 bilhões (R$ 64,7 bilhões), um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2023. Este marco reforça a posição do Brasil como um importante parceiro comercial da Rússia e evidencia uma tendência de ampliação da troca de mercadorias entre os dois países.

● Perspectivas e importância estratégica

O aumento nas exportações brasileiras reflete uma maior demanda russa por produtos do agronegócio e outros bens essenciais que o Brasil oferece. Por outro lado, a elevação das importações de produtos russos, especialmente de combustíveis, destaca a relevância estratégica da Rússia como fornecedor de energia em um momento de oscilações no mercado global.

Especialistas apontam que esse crescimento no comércio bilateral não apenas fortalece os laços econômicos entre Brasil e Rússia, mas também contribui para a diversificação das parcerias comerciais brasileiras, reduzindo a dependência de mercados tradicionais e abrindo espaço para uma colaboração mais profunda em setores estratégicos.

Com a intensificação das trocas comerciais, Brasil e Rússia demonstram uma resiliência significativa em suas relações bilaterais. O crescimento contínuo reflete o potencial de ambas as nações em explorar novas oportunidades econômicas e fortalecer parcerias em um cenário internacional cada vez mais complexo.

Fonte: Brasil 247

Entenda por que Lula não irá à posse de Trump

Presidente brasileiro busca evitar constrangimentos diplomáticos e tradição dos EUA reforça decisão

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deverá comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para 20 de janeiro em Washington, D.C. De acordo com informações da jornalista Malu Gaspar, do Globo, embora o petista tenha expressado apoio à democrata Kamala Harris na disputa eleitoral contra Trump, uma tradição diplomática dos Estados Unidos serve como justificativa para evitar possíveis desconfortos na eventual ida de Lula ao evento.

“Os EUA não recebem enviados estrangeiros, nem chefes de Estado, nem de governo, nem ministros, nem enviados especiais. Os representantes na posse são os embaixadores locais. Nenhum chefe de Estado vai”, explicou um membro do alto escalão do governo ao blog da jornalista. Fontes americanas também confirmaram que esta é uma prática consolidada e que os convidados para a cerimônia de posse ainda serão definidos pela equipe de transição de Trump.

● Bolsonaro e a posse de Trump

Em entrevista ao Globo, o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou que há a possibilidade de ser convidado pela nova administração americana para participar da solenidade no Capitólio. No entanto, sua presença dependerá de uma decisão favorável do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já que Bolsonaro teve seu passaporte apreendido em fevereiro deste ano em meio a investigações sobre uma trama golpista que visava impedir a posse de Lula.

Bolsonaro aproveitou a oportunidade para alfinetar Lula, afirmando: “A informação que tenho é que vou ser convidado. Vou fazer uma petição para o Alexandre [de Moraes]. Ele decidirá. Se indeferir, tem alguma alternativa? Eu fico no Brasil e assisto pela TV. Você acha que Trump vai convidar Lula para a posse? A não ser protocolarmente”.

● Mobilização bolsonarista

Apoiadores de Bolsonaro no Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado, já começaram a se organizar para viajar a Washington e prestigiar a posse de Trump, em um movimento similar à caravana que esteve presente na posse do presidente argentino Javier Milei em dezembro de 2023.

Um dia após o resultado eleitoral nos Estados Unidos, Lula adotou uma postura protocolar e foi às redes sociais para parabenizar Donald Trump pela vitória, desejando-lhe sucesso no novo mandato. “Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”, escreveu Lula.

Essa mensagem, contudo, contrastou com o tom crítico que Lula utilizou em uma entrevista ao canal francês TF1, antes do desfecho das eleições. Na ocasião, o presidente brasileiro expressou preocupação com o retorno de figuras como Trump ao poder, mencionando o ataque ao Capitólio em 2021 como um sinal alarmante. “Com Kamala Harris é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia. Nós vimos o que foi o presidente Trump (...), aquele ataque ao Capitólio. Uma coisa que era impensável acontecer nos EUA, porque se apresentavam ao mundo como modelo de democracia. E esse modelo ruiu”, disse Lula.

● Pragmatismo nas relações futuras

Após a vitória expressiva de Trump, que garantiu todos os sete Estados-pêndulo decisivos, a expectativa no Palácio do Planalto é que as relações com a Casa Branca se baseiem em pragmatismo e interesses mútuos, em vez de alinhamentos ideológicos. Essa abordagem visa manter um diálogo aberto e produtivo entre as duas potências, mesmo diante de divergências políticas e de visão.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Aliados de Trump dizem a bolsonaristas que EUA podem ter 'embaixador da liberdade de expressão'

A nova função seria desenhada para combater o que consideram "perseguição" de influenciadores e políticos de direita

Donald Trump em Palm Beach County, na Flórida, 6/11/2024 (Foto: REUTERS/Callaghan O'Hare)

Aliados de Donald Trump estão em tratativas com figuras próximas aJair Bolsonaro para discutir a criação de um cargo inédito: o de "embaixador para a liberdade de expressão", informa o jornal Folha de S.Paulo.

A informação, revelada em primeira mão por auxiliares de Trump, indica que a nova função seria desenhada para combater o que consideram "perseguição" de influenciadores e políticos de direita por redes sociais, governos e até órgãos judiciais em diversos países, incluindo o Brasil, ignorando os atentados contra a democracia brasileira promovidos pelas figuras da extema-direita.

Esse esforço reflete um interesse do grupo de Trump em responder ao que chamam de censura global contra vozes conservadoras. Entre as pautas da iniciativa estaria a garantia de que influenciadores e políticos, especialmente alinhados à direita, possam expressar suas opiniões sem o risco de terem suas contas suspensas ou de enfrentarem sanções legais, fenômenos que ganharam destaque no Brasil durante o governo de Bolsonaro.

Fontes próximas ao presidente eleito dos EUA informaram ao grupo de Bolsonaro que o caso brasileiro tem sido observado como uma das principais prioridades. Desde a vitória eleitoral de Trump, assessores passaram a se comunicar com pessoas próximas a Bolsonaro, mencionando a necessidade de um esforço coordenado para enfrentar essas restrições

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Trump fará 'pressão máxima' sobre Maduro e cobrará apoio de Lula

O objetivo central da nova política externa de Trump para a América Latina é construir uma coalizão regional contra o regime de Nicolás Maduro

Nicolás Maduro e Donald Trump (Foto: Reuters | Reprodução)

O governo de Donald Trump, que se inicia em 20 de janeiro, pretende adotar uma estratégia de "pressão máxima" sobre a Venezuela, segundo informações divulgadas por assessores republicanos ao jornalista Jamil Chade, no portal UOL. O objetivo central da nova política externa de Trump para a América Latina é construir uma coalizão regional contra o regime de Nicolás Maduro. De acordo com os conselheiros, essa abordagem visa a reduzir a influência de potências estrangeiras, como China e Irã, na região, ao mesmo tempo em que impulsiona uma política energética focada em fontes locais de petróleo.

O Projeto 2025, documento elaborado por 140 ex-conselheiros de Trump e coordenado por Kiron Skinner, que atuou como diretora de Planejamento de Políticas no Departamento de Estado em seu primeiro mandato, orienta a nova estratégia republicana para a Venezuela. No texto, Skinner afirma que "a liderança comunista (da Venezuela) se aproximou de alguns dos maiores inimigos internacionais dos Estados Unidos, incluindo a China e o Irã, que há muito tempo buscam uma posição nas Américas".

Com a nova administração, Trump promete revisar a postura adotada por Joe Biden, que tentou alcançar uma solução pacífica com Maduro por meio do acordo de Barbados em outubro de 2023. Esse acordo previa eleições livres em troca da retirada de parte das sanções impostas pelos EUA. No entanto, republicanos afirmam que Biden "foi trapaceado" pelo líder venezuelano, e que agora o tempo para diálogos pacíficos estaria se esgotando.

● Energia como pilar estratégico

A nova política de Trump também pretende focar em uma reestruturação das relações energéticas para reduzir a dependência dos Estados Unidos de regiões distantes. A intenção, segundo os documentos, é concentrar o abastecimento de petróleo e gás no hemisfério, em cooperação com o México e o Canadá. "Os Estados Unidos devem trabalhar com o México, o Canadá e outros países para desenvolver uma política energética focada no hemisfério", detalha o documento, defendendo uma produção integrada que garanta o fluxo de energia na América.

Esse posicionamento, segundo os republicanos, ajudaria a fortalecer os laços econômicos e históricos com a região, evitando que países latino-americanos entrem na "esfera de atores estatais externos antiamericanos". No entendimento de Skinner e outros conselheiros, apenas uma integração energética próxima e segura poderá proteger os interesses econômicos e geopolíticos dos EUA.

● Brasil pressionado a adotar posição mais firme

Para Trump e seus assessores, a postura do Brasil em relação ao governo Maduro também terá que ser revisada, com uma expectativa de um posicionamento mais claro do país. Em setembro, uma missão do governo brasileiro em Washington já havia notado o tom de "forte pressão" dos republicanos sobre a Venezuela. Contudo, a decisão do Brasil de não reconhecer o resultado das eleições de julho em Caracas foi vista como um gesto positivo, facilitando o início de um diálogo entre as administrações.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Treta na extrema direita: Bolsonaro ironiza Ricardo Salles e o chama de "viúvo" e "marçalete"

Bolsonaro critica apoio de seu ex-ministro a Marçal e usa termos como "intergaláctico" e "viúvo" para alfinetar aliados que se afastaram de sua liderança

Ricardo Salles e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Em declaração recente, Jair Bolsonaro (PL) não poupou críticas ao ex-ministro do Meio Ambiente e atual deputado federal Ricardo Salles, que se afastou de Bolsonaro ao apoiar Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Em uma série de declarações irônicas, Bolsonaro afirmou que Salles estaria "viúvo" após ter se tornado "marçalete" – termo que ele usa para se referir a apoiadores de Marçal, informa a Folha de S. Paulo.

Bolsonaro abordou o afastamento de Salles e de outros antigos aliados, usando o termo "intergalácticos" para se referir àqueles que, segundo ele, tentam "se impor como líderes". Bolsonaro sugeriu que a liderança de fato se conquista com apoio popular, e não com discursos isolados ou alinhamento a figuras que, em suas palavras, "não têm base".

"Tem cara que quer se impor como líder. Liderança você não ganha, você conquista", afirmou Bolsonaro. Ele também relembrou a trajetória política de Salles, destacando sua proximidade com figuras como Geraldo Alckmin (quando ainda estava no PSDB) e João Amoêdo, ex-presidente do partido Novo, de onde Salles se desligou e para onde recentemente retornou. "Logo o Salles, que lá atrás estava assim com o Alckmin, depois com o Amoêdo, que diz que votou no Lula", ironizou.

A relação entre Bolsonaro e Salles começou a se desgastar quando o ex-ministro, que havia se posicionado como uma figura de destaque no entorno bolsonarista, passou a apoiar Marçal e decidiu deixar o PL para retornar ao Novo. Na ocasião, Salles já havia perdido o respaldo de Bolsonaro, que declarou seu apoio à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) à prefeitura paulistana. Segundo Bolsonaro, Salles foi eleito em 2022 com votos da "órbita de influência" de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Polêmicas nas redes sociais - Um ponto de especial incômodo para Bolsonaro foi um tuíte de Salles após o anúncio da eleição de Donald Trump. Salles afirmou que Trump é "o maior dos intergalácticos" e que "não se curvou, não negociou, não cedeu". Ao comentar o termo "intergalácticos", Bolsonaro destacou que a expressão se refere àqueles que desafiam sua influência e liderança no campo da direita.

Em resposta, Salles tentou atenuar o impacto da publicação, ressaltando seu respeito pelo "legado" de Bolsonaro e dizendo que "opiniões pontualmente diferentes" são normais entre aliados. "Nossa gratidão, reconhecimento e respeito por ele estão acima disso", escreveu o deputado, buscando desfazer a impressão de rivalidade.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

O recado de Silvio Almeida para a família antes das acusações de assédio

A exoneração de Silvio Almeida ocorreu em 6 de setembro, após denúncias que incluem um relato da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco

Silvio Almeida (Foto: Tatiana Nnahuz/MDHC)

Em um período conturbado, o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, antecipou a familiares a possibilidade de enfrentar graves acusações. Conforme relatado pela coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, Almeida se reuniu com mulheres de sua família semanas antes das denúncias de assédio e importunação sexual serem divulgadas, em setembro deste ano, para alertá-las de que poderia ser alvo de uma “acusação grave”. Durante a conversa, Almeida afirmou que estaria sendo “perseguido” por figuras políticas que teriam interesse em sua saída do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na mesma época, Almeida já expressava a seus aliados, tanto dentro quanto fora da gestão petista, que acreditava estar sendo alvo de uma campanha de desestabilização conduzida por outros ministros.

A exoneração de Silvio Almeida ocorreu em 6 de setembro, após denúncias que incluem um relato da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela informou que, em uma reunião oficial sobre combate ao racismo, em maio de 2023, Almeida teria passado a mão entre suas pernas por baixo da mesa, enquanto o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também estava presente.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Preparem-se: meteorologistas projetam como será o verão de 2025 no Brasil

Especialistas alertam para a necessidade de preparação, especialmente nas regiões mais vulneráveis

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

As previsões meteorológicas indicam que o verão de 2025 pode ser um dos mais intensos já registrados no Brasil, com temperaturas elevadas e eventos climáticos extremos. A informação foi divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e destacada em fontes meteorológicas nacionais, que alertam para o impacto das mudanças climáticas globais. O aquecimento do Atlântico Norte, aliado ao fenômeno La Niña, promete desencadear tanto ondas de calor quanto chuvas intensas e secas prolongadas, alterando o clima em várias regiões do país.

O fenômeno La Niña ocorre quando as águas do Oceano Pacífico Equatorial se resfriam, impactando os padrões de chuva e temperatura no Brasil. Em 2025, a La Niña deve trazer chuvas acima da média para o Norte e Nordeste, com destaque para a região do Matopiba, que compreende os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa região é uma das maiores produtoras de grãos do país e depende de uma boa distribuição de chuvas para a colheita. O meteorologista explica que “enquanto o Norte e Nordeste tendem a enfrentar chuvas mais abundantes, o Sul deverá ver uma redução significativa na precipitação, o que pode prejudicar áreas agrícolas dependentes de chuva regular.”

Outro ponto de atenção é o aquecimento do Atlântico Norte, que, em 2024, atingiu temperaturas recordes, influenciando diretamente os eventos climáticos no Brasil. Esse aquecimento pode aumentar o risco de secas prolongadas na Amazônia, reduzir a umidade em várias áreas e intensificar tempestades no Sul do país. O efeito do aquecimento global, que em 2023 elevou a média global para 24,92°C no Brasil — acima da histórica de 24,23°C —, é cada vez mais evidente e preocupante, como apontam os dados da OMM.

As mudanças climáticas globais já trouxeram um padrão de verões mais quentes e secos, mas o de 2025 é esperado com grande apreensão, dado o acúmulo de fatores de risco. Com o verão oficialmente se iniciando no Brasil em 21 de dezembro de 2024 e se estendendo até 20 de março de 2025, as altas temperaturas e a forte umidade deverão impactar o dia a dia nas grandes cidades, exigindo cuidados especiais no consumo de água e energia. A sensação térmica, que se intensifica com a combinação de calor e umidade, também deve impactar a saúde pública, com aumento dos casos de desidratação e de doenças respiratórias, principalmente entre idosos e crianças.

Para o Brasil, enfrentar um verão marcado por extremos climáticos já não é mais novidade, mas a intensidade esperada para 2025 levanta preocupações em setores críticos, como a agricultura e o abastecimento de água nas cidades. Especialistas alertam para a necessidade de preparação, especialmente nas regiões mais vulneráveis aos impactos das secas e inundações.

Fonte: Brasil 247

Ambulante é espancado por filho de Maguila em frente a casa de show em São Paulo

Segundo o ambulante, a presença dos dois seguranças vem transformando a rotina dos trabalhadores que dependem das vendas nas ruas

Filho de Maguila agride ambulante

Em São Paulo, a noite de trabalho de um ambulante terminou em violência, após uma suposta agressão envolvendo o filho do ex-boxeador Maguila. De acordo com a vítima, que foi socorrida com ferimentos graves, dois homens contratados por casas de shows estariam intimidando vendedores informais da região. O incidente ocorreu na Rua Tagipuru, no bairro da Barra Funda, e foi relatado pelo ambulante ao portal UOL, onde ele denunciou os abusos e o impacto que tais agressões têm causado no cotidiano dos trabalhadores informais.

Segundo o ambulante, identificado como Osvaldo, a presença dos dois seguranças – que atuam na área há cerca de três meses – vem transformando a rotina dos trabalhadores que dependem das vendas nas ruas. "Eles estão recebendo das casas de show para não deixar a gente trabalhar na rua. Já tem uns três meses isso, são metidos a polícia, oprimem os ambulantes, falam que vão virar os nossos carrinhos, tocam o terror", revelou Osvaldo, explicando como a pressão dos seguranças tem se tornado insuportável.

A situação culminou em um episódio de violência que, segundo Osvaldo, deixou-o gravemente ferido. Após ser agredido, ele foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro de Santana. O ambulante detalhou que precisou de pontos na testa e sofreu uma lesão grave no crânio. “Estou todo arrebentado, com a cabeça toda ferida, só estou vivo porque o pessoal tirou ele de cima de mim, mas meu rosto está muito machucado, eu uso aparelho, então a minha boca também está cortada", desabafou.

Uma mudança de vida e de profissão

O episódio de agressão intensifica uma reviravolta na vida de Osvaldo, que perdeu o emprego de motorista executivo em 2023. Ele contou ao UOL que começou a trabalhar como ambulante para sobreviver e que já tinha experiência no ramo, pois costumava fazer "bicos" nos fins de semana para complementar a renda. "Trabalhava para complementar a renda, quando tinha tempo, mas desde que perdi o emprego, ser ambulante se tornou a minha profissão", explicou.

Osvaldo vende água, cerveja e refrigerante em um carrinho e diz que trabalha no local onde ocorreu a agressão há cerca de três anos. Antes disso, segundo ele, sempre conseguiu atuar nas redondezas das casas de shows sem maiores problemas. “Eu sempre consegui trabalhar, nunca aconteceu nada parecido, tem regras de não poder ficar na frente da casa, mas na fila e na rua, a gente sempre trabalhou", afirmou, relatando que respeitava as normas locais para evitar conflitos.

A denúncia de Osvaldo levanta uma discussão sobre a relação conflituosa entre trabalhadores informais e seguranças contratados, refletindo a necessidade de proteção aos direitos dos ambulantes.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Ciclone bomba se aproxima do Sul e Paraná vai ser um dos estados afetados

Fenômeno pode causar significativas rajadas de vento no Paraná na terça-feira (12)

Reprodução/NOA/Nasa – Imagem do ciclone (ilustrativa)

Após uma semana de chuvas intensas, o Sul do Brasil pode enfrentar um novo fenômeno meteorológico: a possível formação de um ciclone bomba no Oceano Atlântico, próximo ao litoral brasileiro, segundo informações do ClimaTempo. Conforme as previsões, o sistema pode se formar na terça-feira (12), trazendo ventos fortes para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O ciclone bomba ocorre quando há uma queda rápida de pressão atmosférica — de 24 milibares ou mais em 24 horas —, o que resulta na intensificação dos ventos. Embora o ciclone deva se formar sobre o mar e não atingir diretamente o território brasileiro, ele pode gerar rajadas significativas de vento no Paraná, especialmente nas áreas litorâneas, devido ao forte gradiente de pressão gerado pelo sistema.

Meteorologistas estão monitorando o desenvolvimento do fenômeno. Modelos meteorológicos, como o GFS e o ECMWF, indicam a intensificação do sistema, reforçando a previsão de ventos fortes na região Sul.

Fonte: Bem Paraná

Eduardo Pimentel vai criar três secretarias e anunciar em dezembro nomes do primeiro escalão

O prefeito eleito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PMD), disse em entrevista à BandNews que vai encaminhar à Câmara Municipal um pedido de ajuste na administração que prevê a criação de três secretarias e mudanças de nomes em algumas outras. As novas secretarias são as da Mulher, de Recursos Humanos e de Gestão de Pessoas.

Ele também anunciou que vai revelar em dezembro o nome das pessoas que ocuparão os cargos do primeiro escalão. Pimentel afirmou que poderá indicar o vice eleito, Paulo Martins (PL) para uma Secretaria, pois deseja um vice atuante, assim ele próprio foi e ainda é para o prefeito Rafael Greca (PSD).

Pimentel, que toma posse no dia 1º de janeiro de 2025, garantiu na entrevista que a criação das três Secretarias e os ajustes na administração não significam aumento nas despesas da máquina pública municipal.

Eduardo Pimentel está exercendo interinamente o cargo de prefeito interino. É que Rafael Greca está em viagem oficial pela Europa.

Fonte: Contraponto

TRF-4 mantém no cargo procurador que pagou outdoor da Lava Jato

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre, decidiu nessa quarta-feira (6) manter Diogo Castor de Mattos no cargo de procurador da República no Paraná, no âmbito do processo em que ele admite ter mandado instalar, em 2019, um outdoor exaltando a Operação Lava Jato. A informação é da jornalista Catarina Scortecci, da Folha de S. Paulo.

Por unanimidade, a 12ª Turma do TRF-4 negou recurso do Ministério Público Federal (MPF), que pretendia reverter a sentença da Justiça Federal no Paraná favorável a Castor de Mattos.

Com a decisão, fica valendo a sentença de novembro de 2023 da juíza substituta Thais Sampaio da Silva Machado, da 1ª Vara Federal de Curitiba, que permitiu que ele continuasse no serviço público.

O outdoor foi instalado nas proximidades do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba.

Fonte: Contraponto com informações da Folha de S. Paulo

Itamaraty presta solidariedade a Cuba após furacão Rafael chegar à ilha caribenha

A tempestade atravessou o país com ventos de até 185 km/h
Mauro Vieira (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota de solidariedade ao povo cubano. O Itamaraty afirmou que teve "consternação" devido à passagem do furacão Rafael por Cuba. A rede elétrica caiu na quarta-feira, depois que a tempestade atravessou Cuba com ventos de até 185 quilômetros por hora, danificando casas, derrubando árvores e postes telefônicos. De acordo com estimativas oficiais, a população de 10 milhões de pessoas chegou a ficar sem eletricidade – o segundo incidente desse tipo em menos de um mês na ilha.

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), a temporada de furacões do Atlântico, que teve início oficialmente em 1º de junho e termina em 30 de novembro, terá atividade “acima da média”, com entre oito e 13 furacões, incluindo de quatro a sete de grande tamanho. Ao todo, 11 furacões se formaram desde o início do ano: Beryl, Debby, Ernesto, Francine, Helene, Isaac, Kirk, Lesley, Milton, Oscar e Rafael, dos quais Beryl e Milton atingiram a categoria 5, a mais alta na escala de intensidade Saffir-Simpson.

"O fenômeno climático extremo causou danos materiais de grande envergadura à infraestrutura do país caribenho e ocasionou a queda do sistema elétrico nacional. O desastre natural ocorreu apenas alguns dias após a passagem do furacão Oscar e a emergência energética, o que impõe novos e complexos desafios logísticos e humanitários a Cuba", disse a pasta chefiada por Mauro Vieira.

"O Brasil reitera sua plena solidariedade ao governo e ao povo cubanos. Em caso de emergência, recomenda-se aos viajantes brasileiros que se encontram no país contatar o plantão consular da Embaixada do Brasil em Havana: +53 5285-1576".

Autoridades de Cuba disseram que começaram a restabelecer a energia elétrica no lado leste da ilha, um dia depois de o furacão Rafael derrubar a rede do país, deixando dez milhões de pessoas no escuro.

O furacão se dirigiu ao Golfo do México e não é mais uma ameaça a qualquer região de terra, disse o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, que tem sede em Miami. O furacão Rafael foi o mais recente problema enfrentado pela precária rede elétrica da ilha comunista. O sistema já havia caído várias vezes há duas semanas, deixando muitos habitantes sem eletricidade por dias, o que causou protestos.

O Ministério das Minas e Energia disse nesta quinta-feira que está restaurando a eletricidade em regiões do centro e do leste de Cuba, mas alertou que o processo será mais lento em outras regiões da ilha, que foram atingidas de forma mais dura pela tempestade.

Havana, capital do país e cidade que tem 2 milhões de habitantes, continua sem energia elétrica nesta quinta-feira. Autoridades não disseram quando ela voltará. As obsoletas usinas a petróleo do país lutam há décadas para manter as luzes acesas na ilha, mas neste ano o sistema entrou em crise depois que caíram as importações do produto vindo de Venezuela, Rússia e México 

Fonte: Brasil 247 com Reuters

'Não é só cortar', afirma Dirceu ao defender que o debate sobre gastos precisa acontecer 'fora dos palácios'

De acordo com o ex-ministro, 'o presidente Lula também está certo solicita do Congresso e do empresariado financeiro que façam sua parte no esforço fiscal'

José Dirceu (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

 O ex-ministro José Dirceu (PT) afirmou que o debate no governo federal sobre corte de gastos deve "sair dos palácios" e envolver trabalhadores, empresários e partidos.

"Está também correto o presidente Lula quando solicita do Congresso e do empresariado financeiro que façam sua parte no esforço fiscal. O que não dá é para cortar as despesas sociais, trabalhistas e previdenciárias", disse à coluna de Mônica Bergamo.

"Entre indignado e esperançoso, convoco para um debate nacional sobre nosso futuro. Essa discussão tem que sair dos palácios e ganhar as ruas, as organizações, os sindicatos. Vamos buscar recursos nas despesas tributárias e numa reforma tributária sobre a renda, riqueza e patrimônio, no Imposto de Renda da Pessoa Física, nos lucros e dividendos, senão é cortar e cortar e nunca atender aos reclamos do chamado mercado".

O presidente Lula se reuniu nesta quinta-feira (7) com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão) e Simone Tebet (Planejamento), para debater como será o pacote de cortes.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo

Pesquisas apontam queda de 12 pontos percentuais em 4 meses na popularidade de Milei

Os números estão em pesquisas de opinião publicadas no El País

Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

A avaliação positiva do presidente argentino, Javier Milei, foi de quase 54% em maio para 42% em setembro em quatro meses. Foi o que apontaram pesquisas de opinião publicadas no jornal El País.

Pelas estatísticas, a avaliação negativa do ultradireitista argentino aumentou 22 pontos desde o início do mandato. Em dezembro de 2023, quando Milei assumiu a presidência, 24,54% dos argentinos disseram achar negativo o trabalho dele, e 48,01% o viam de forma positiva.

Nas pesquisas de setembro, a avaliação negativa alcançou 46,42%, e a positiva ficou em 41,88%, 12 pontos abaixo do pico de 53,85% registrado em maio.

De acordo com analistas, eleitores entraram na 'fase do desencanto' com Milei. "Não é uma situação terminal, mas já começa a ser notável a queda na sua aprovação", diz ao El País a analista Analía Del Franco. "O problema de Milei é que, no dia a dia, nada está mudando, para não dizer que está pior. Há também outra questão: a sensação de que o presidente não dá respostas ao que a população está pedindo".

Segundo Mariel Fornoni, sócia-diretora da Management & Fit, "embora seja verdade que Milei depende de bons índices de popularidade, mais do que outros presidentes, também é verdade que há muito tempo a oposição não estava tão diluída como está neste momento". "As pessoas que não querem Milei também não querem que nada do que já esteve ali. (...) Hoje ninguém vê uma opção superior ou que tenha o 'músculo' necessário para enfrentar Milei".

Fonte: Brasil 247

Petrobras eleva lucro em 22,3% no 3º trimestre

Resultado da companhia somou 32,6 bilhões de reais no período de julho a setembro

Petrobras (Foto: Reprodução)

Por Marta Nogueira e Andre Romani

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - O lucro líquido da Petrobras cresceu 22,3% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionado por uma forte geração operacional de caixa, apesar de um recuo nos preços do petróleo, informou a estatal em relatório nesta quinta-feira.

O resultado da companhia somou 32,6 bilhões de reais no período de julho a setembro, após ter registrado no segundo trimestre o primeiro prejuízo em quase quatro anos, de 2,6 bilhões de reais, impactado por efeitos tributários e cambiais.

"Apresentamos um lucro líquido expressivo no trimestre, com uma forte geração de caixa e redução tanto da dívida financeira quanto da dívida bruta. Tudo isso em um cenário desafiador, de queda no preço do petróleo Brent", disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em nota.

O fluxo de caixa operacional da estatal -- um indicador da capacidade da petroleira de gerar recursos a partir de suas operações regulares -- somou 62,7 bilhões de reais, alta de 11% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado e avanço de 33% ante o segundo trimestre.

O petróleo Brent somou média de 80,18 dólares por barril no terceiro trimestre, queda de 7,6% na comparação com o mesmo período do ano passado e recuo de 5,6% ante o segundo trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou 63,7 bilhões de reais entre julho e setembro, queda de 3,8% versus o mesmo período de 2023. Na comparação com o segundo trimestre, o Ebitda ajustado subiu 28%.

A receita de vendas da petroleira somou 129,59 bilhões de reais no terceiro trimestre, alta de 3,8% na comparação anual e avanço de 6% versus o trimestre anterior.

A empresa havia reportado no mês passado que sua produção de petróleo no Brasil caiu 8,2% entre julho e setembro ante igual período do ano passado, em meio a paradas para manutenção e declínio em campos maduros.

A Petrobras produziu média de 2,13 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no terceiro trimestre, versus 2,32 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2023.

Diante do resultado, o conselho da petroleira aprovou o pagamento de dividendos e/ou juros sobre capital próprio de 17,12 bilhões de reais, a serem pagos em fevereiro e março.

INVESTIMENTOS E DÍVIDA

O diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo, afirmou no relatório que a empresa investiu 4,5 bilhões de dólares no terceiro trimestre, cerca de 30% acima do mesmo trimestre do ano passado e também do segundo trimestre. Somando os primeiros nove meses do ano, os investimentos da Petrobras somaram 10,9 bilhões de dólares, alta de 19,5% versus o mesmo período de 2023.

"Isso demonstra nosso compromisso em entregar nossos projetos e executar nosso Plano Estratégico com diligência", adicionou o executivo.

A companhia encerrou o terceiro trimestre com uma dívida bruta de 59,1 bilhões de dólares, queda de 0,8% na comparação com o fim do segundo trimestre e dentro do intervalo de referência entre 50 bilhões e 65 bilhões de dólares.

Fonte: Brasil 247