quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Brasil registra maior queda em emissões de gases do efeito estufa em 15 anos

Redução no desmatamento da Amazônia contribui para a baixa de 12% nas emissões em 2023

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Em um movimento que marca um importante avanço na luta contra as mudanças climáticas, o Brasil registrou em 2023 a maior queda nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) dos últimos 15 anos. Dados divulgados pelo Observatório do Clima através do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg) indicam uma redução de 12% em comparação ao ano anterior. O país emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e), frente aos 2,6 bilhões de GtCO2e emitidos em 2022. A principal razão para essa diminuição foi a queda significativa no desmatamento da Amazônia, apontam os dados.

A redução do desmatamento na Amazônia, que foi de 30,6% no período de agosto de 2023 a julho de 2024, é atribuída ao fortalecimento das políticas de controle ambiental, em especial a reativação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), sob o governo do presidente Lula (PT). Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), essa redução evitou a perda de aproximadamente 2.800 km² de floresta em relação ao ano anterior, preservando um vasto bioma que é fundamental para a regulação climática global.

No entanto, o avanço na preservação da Amazônia contrasta com os números de outros setores. A agropecuária, por exemplo, que representa 28% das emissões nacionais, registrou aumento de 2,2% em suas emissões, acumulando o quarto recorde anual consecutivo. Esse aumento está associado principalmente à expansão do rebanho bovino e ao uso de fertilizantes nitrogenados. "O desafio para o setor, bastante suscetível aos impactos da crise climática, é alinhar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa com a eficiência da produtividade”, explica Gabriel Quintana, analista de ciência do clima do Imaflora, organização que colabora no cálculo das emissões agropecuárias do Seeg.

Além da agropecuária, o setor de energia também registrou um aumento de 1% nas emissões, impulsionado pelo crescimento no consumo de combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, em um cenário de recuperação econômica que impulsionou o PIB do país em 2,9% em 2023. Outros segmentos, como processos industriais e resíduos, também viram um leve aumento em suas emissões, mantendo-se estáveis em níveis ainda elevados.

Apesar da expressiva redução no desmatamento, a dependência brasileira da preservação da Amazônia para alcançar as metas climáticas do Acordo de Paris ainda é uma questão que exige atenção. David Tsai, coordenador do Seeg, afirma que o país "excessivamente dependente do que acontece na Amazônia, já que as políticas para os outros setores são tímidas ou inexistentes”.

Com a aproximação da COP29, que acontecerá de 11 a 22 de novembro em Baku, no Azerbaijão, o Brasil se prepara para reafirmar seus compromissos com a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que prevê uma redução de 37% nas emissões até 2025, em relação aos níveis de 2005, e de 43% até 2030.

Fonte: Brasil 247

Jaques Wagner nega concorrer à presidência do PT e sinaliza apoio a Edinho Silva

O prefeito de Araraquara tem como principal concorrente o deputado José Guimarães

Jaques Wagner (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

 O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou nesta quinta-feira (7) que não vai concorrer à presidência do PT, conforme havia sido noticiado pelo jornal O Globo nesta semana. Wagner agradeceu a lembrança do seu nome, mas sinalizou o apoio à candidatura do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, ao comando da sigla.

“Esta semana saiu na imprensa a informação de que eu poderia ser uma ‘terceira via’ possível na sucessão da presidência do PT. Agradeço a lembrança do meu nome para disputar a presidência do meu partido, e me sentiria honrado em presidi-lo. Mas há nomes colocados de pessoas muito preparadas para assumir este importante cargo. Entre elas, destaco o nome de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, por quem eu tenho um grande apreço”, escreveu em suas redes sociais.

Atualmente, a disputa pela presidência do PT conta com a candidatura de Edinho, que tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do deputado José Guimarães, candidato da atual presidente do partido, Gleisi Hoffmann.

Esta semana saiu na imprensa a informação de que eu poderia ser uma "terceira via" possível na sucessão da presidência do PT. Agradeço a lembrança do meu nome para disputar a presidência do meu partido, e me sentiria honrado em presidi-lo. Mas há nomes colocados de pessoas muito…

— Jaques Wagner (@jaqueswagner) November 7, 2024

Fonte: Brasil 247

Lula publica vídeo descontraído parabenizando Alckmin, que completa 72 anos nesta quinta

"Presidente Lula, quando a gente faz o que gosta, ao lado de quem admira, a gente rejuvenesce!", disse o vice-presidente

Geraldo Alckmin e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula (PT) publicou nas redes sociais um vídeo descontraído do telefonema que fez ao vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que completa 72 anos nesta quinta-feira (7).

Fonte: Brasil 247

Gleisi: nota do Copom para “explicar” a nova alta dos juros é puro terrorismo de mercado

O Copom do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (6) elevar a taxa básica de juros (Selic) em 50 pontos-base, para em 11,25% ao ano

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: ABr)

 “A nota do Copom para ‘explicar’ a nova alta dos juros é puro terrorismo de mercado. Chega a projetar uma taxa Selic de 14,5% se não houver ‘mudanças estruturais’ no orçamento. Uma indecência usar esse tipo de chantagem, ameaçando até com disparada do câmbio, para tentar impedir o governo de investir no crescimento e executar as políticas que atendem o povo”, disse a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, nesta quinta-feira (7).

Saiba mais - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (6) elevar a taxa básica de juros (Selic) em 50 pontos-base, para em 11,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. A decisão do colegiado de diretores do BC foi unânime – todos os nove membros do Copom votaram pela alta nessa magnitude.

Em seu comunicado sobre a decisão, o Copom avaliou que avalia que há uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação.

Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, foram destacados a desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; a maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.

Entre os riscos de baixa, foram ressaltados uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

Para o Banco Central, o ambiente externo continuou desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que traz maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração da desinflação e, consequentemente, sobre as decisões do Fed.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, diz o comunicado.

Em relação ao cenário doméstico, o BC diz que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo. “A inflação cheia e as medidas subjacentes se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.”

Segundo o texto, as expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,6% e 4,0%, respectivamente. “A projeção de inflação do Copom para o segundo trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência”, afirma o comunicado.

Fonte: Brasil 247

Ao comunicar alta na taxa de juros, Copom pressionou governo por corte de gastos

A autoridade monetária também fez ameaças de novas altas nos juros em caso de depreciação da taxa de câmbio

Reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Foto: Raphael Ribeiro/BCB)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cobrou um pacote de contenção de gastos por parte do governo federal ao comunicar a decisão de aumentar a taxa de juros em 0,5%, informa o Jota. O texto que justifica a alta nos juros afirma que as medidas fiscais ajudariam no controle da inflação e, consequentemente, na política monetária.

“O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, diz o documento.

A autoridade monetária também fez ameaças de novas altas nos juros em caso de depreciação da taxa de câmbio. “Uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada”, afirma o colegiado.

Nos últimos dias, o governo federal, liderado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Planejamento, Simone Tebet (MDB), promoveu diversas reuniões ministeriais para definir como será feito o pacote fiscal. A expectativa é de que as medidas sejam anunciadas nesta quinta-feira (7) para posterior envio para serem aprovadas pelo Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do blog do Jota

Bolsonaro se submete a Trump e pede pressão sobre o Judiciário brasileiro

O ex-mandatário brasileiro disse saber "seu lugar" na aliança com o republicano

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

 O ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) afirmou saber "seu lugar" na aliança com Donald Trump, reeleito na última quarta-feira (6) nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Bolsonaro destacou que acredita que seu apoio é reconhecido pelo republicano.

"Fui o último chefe de Estado a reconhecer a vitória do [Joe] Biden, ele não esquece isso. E eu sei o meu lugar perto dele. Eu estou para ele como o Paraguai está para o Brasil”, disse.

O ex-mandatário brasileiro fez uma comparação entre a própria trajetória e a de Trump. Ele sugere que “quase tudo o que acontece lá [nos Estados Unidos] acontece aqui [no Brasil]”, citando ainda o que considera ser uma "perseguição" do sistema judiciário.

"Lá teve o Capitólio, que teve mortes. Tentaram de todas as maneiras colocar na conta dele. Lógico, ele é uma pessoa de uma diferença enorme em relação a mim, foi presidente de um país muito rico, fantástico, tem boas amizades com todo mundo, o cara é bilionário. Enfrentou a perseguição do Judiciário. Eu aqui me esquivo. Mas não deixa de ser uma sinalização para cá de "faça as coisas direito".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

“O presidente Lula vai saber se ele tem condições de disputar um novo mandato”, diz Tarso Genro

Ex-governador avalia cenário político e o papel de Lula frente ao avanço do conservadorismo no Brasil

(Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert / PR)

Em entrevista ao Boa Noite 247, Tarso Genro, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Sul, refletiu sobre o futuro político de Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente Lula vai saber se ele tem condições de disputar um novo mandato”, afirmou Genro, destacando que a decisão depende da saúde e do vigor político do atual presidente. Em um contexto de crescente polarização e avanço do conservadorismo, Lula tem sido uma figura central na resistência ao que Genro classifica como “fascismo no Brasil”.

Genro reforça que o presidente possui uma posição singular para confrontar as tendências autoritárias no país, acrescentando: “Mas ele é a única pessoa que tem condições de enfrentar o fascismo no Brasil”. Para o ex-governador, o cenário político brasileiro exige uma liderança experiente e com ampla aceitação popular, características que Lula mantém, mesmo diante de anos de ataques de seus opositores.

A possível candidatura de Lula em 2026, segundo Tarso Genro, traria ao país a oportunidade de resistir aos impulsos antidemocráticos que vêm ganhando espaço. No entanto, ele observa que essa escolha deverá ser cuidadosamente ponderada pelo próprio Lula, que deve avaliar suas condições e o contexto político que emergirá nos próximos anos. 

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Tarso Genro: "Precisamos aprender com os jovens e adequar o PT aos novos tempos"

Genro fala da importância de Zé Dirceu para o PT, critica estratégias antigas e enfatiza a urgência de uma comunicação mais conectada com a juventude

(Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação)

Em entrevista concedida ao programa Boa Noite 247, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, falou sobre os desafios contemporâneos do Partido dos Trabalhadores (PT), a importância de figuras históricas como José Dirceu e a necessidade de modernizar a comunicação com as novas gerações. Com uma visão crítica e detalhada, Tarso abordou a trajetória de Zé Dirceu e o impacto do ex-ministro para o PT, destacando-o como “uma personalidade política importante dos governos do Lula e da esquerda latino-americana”. Segundo Genro, Dirceu continua a ser essencial no combate às forças de extrema direita no país.

Em tom reflexivo, Tarso Genro comentou as diferenças ideológicas entre ele e José Dirceu, mas ressaltou a união em torno da defesa da democracia e dos valores progressistas. “Sempre fui uma espécie de adversário dele dentro do partido, dentro das normas de debate político e civilizado, e também de questões ideológicas que articulávamos de formas diferentes. Mas Zé Dirceu foi uma personalidade política importante dos governos do Lula e é uma figura relevante da esquerda latino-americana”, declarou o ex-governador. Para ele, as divergências internas no partido não são um problema, desde que a unidade seja mantida em prol de causas maiores.

Outro ponto levantado por Genro foi a necessidade urgente de renovar as estratégias e formas de atuação política do partido para se adaptar ao contexto atual. Ele afirmou que o partido precisa “buscar as universalidades fundantes de uma nova época para que o PT se renove”. Segundo o ex-governador, as grandes narrativas que orientaram a política partidária em décadas passadas perderam espaço para demandas cotidianas que afetam diretamente a população, como a crise ambiental e a desigualdade social. Para Genro, a nova geração tem ferramentas e conhecimentos que precisam ser incorporados na atuação do PT. “Temos mais a aprender com eles do que a ensiná-los”, refletiu.

Genro também mencionou a importância de uma adaptação nas estruturas de comunicação para se alinhar às novas plataformas e estéticas que moldam o debate público. Ele citou a influência de redes sociais como TikTok entre os jovens, destacando que essas novas ferramentas são essenciais para uma comunicação eficaz e acessível: “As pessoas formam suas opiniões e conceitos éticos a partir dessas novas mídias, mas nossa política de comunicação ainda não se adaptou a essas novas estéticas e modos de vida.”

Ao comentar os desafios internos do PT, o ex-governador elogiou a liderança de Gleisi Hoffmann, presidente do partido, que, segundo ele, enfrenta desafios complexos na estruturação de alianças. Ele também criticou o “federalismo oligárquico” e o orçamento secreto, apontando a necessidade de combater práticas que perpetuam estruturas arcaicas no governo. “A grandeza desses problemas ainda não foi acompanhada por uma grandeza nas decisões políticas que o governo precisa tomar”, avaliou.

Sobre a crise climática, Tarso alertou para a urgência de políticas que promovam uma transição sustentável. Como exemplo, ele citou as ações do governo federal após uma catástrofe no Rio Grande do Sul. Embora o governo tenha dado uma resposta rápida às necessidades imediatas, ele considerou insuficiente a falta de medidas duradouras que enfrentem a questão climática. “O Rio Grande do Sul poderia ser um exemplo para o Brasil na questão climática, com uma recuperação não só material, mas também no imaginário popular, organizando a sociedade para enfrentar os desafios ambientais”, defendeu.

Genro também refletiu sobre o impacto das mudanças sociais e a fragmentação das classes, reforçando a necessidade de o PT se reinventar para manter sua relevância na sociedade brasileira. Segundo ele, o partido precisa se comunicar com setores que antes eram tradicionalmente alinhados à esquerda, como os trabalhadores autônomos e as camadas médias. A fragmentação do mundo do trabalho e o surgimento de novas demandas fazem com que a política tradicional não alcance mais esses grupos, o que, para Genro, representa um risco de afastamento entre o partido e a base popular. Ele mencionou, por exemplo, as dificuldades de diálogo com trabalhadores de aplicativos, que muitas vezes não se veem representados pelas estruturas sindicais tradicionais.

“É fundamental compreender essas mudanças para que possamos nos comunicar e atuar de forma mais eficaz”, afirmou Genro. Na conclusão de sua entrevista, ele enfatizou a importância de adaptar o PT aos novos tempos, renovando tanto suas estratégias quanto seus métodos de comunicação para que o partido possa seguir relevante e conectado com as demandas da sociedade brasileira.

Assista:

 

Fonte: Brasil 247



“Nós caímos em uma armadilha”, diz José Genoino sobre plano de austeridade e corte de gastos

Ex-presidente do PT analisa desafios do governo e critica aliança com Arthur Lira

(Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

 O ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoino, concedeu entrevista ao programa Conversa de Política, da TV 247, na qual comentou os desafios enfrentados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, criticou estratégias do partido no Congresso e analisou as transformações políticas e econômicas globais.

Para Genoino, o cenário atual exige que o PT assuma uma postura mais incisiva e independente. “Em política nunca dá pra dizer tanto faz”, afirmou, defendendo uma reavaliação das alianças estabelecidas pelo partido e o retorno a uma atuação mais alinhada com os interesses populares e com uma esquerda combativa. O ex-presidente do PT expressou preocupação com a influência de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, sobre decisões estratégicas do governo e a postura do PT frente a essa liderança. “O PT está cometendo um erro ao apoiar o candidato de Lira à presidência da Câmara. Temos que colocar certas exigências. Não é o modelo mais adequado, fica muito servil”, disse.

Genoino alertou ainda sobre a pressão econômica que vem desafiando o governo, referindo-se aos planos de austeridade e corte de gastos: “O governo Lula está sendo emparedado” e criticou a meta de déficit zero, afirmando: “Nós caímos em uma armadilha”.

Ao discutir a política econômica global, Genoino apontou para o que vê como uma transição importante no cenário internacional. “As entranhas do imperialismo estão expostas”, declarou. Ele ressaltou que o caminho multipolar adotado por novas potências e blocos emergentes representa “um caminho difícil, mas promissor”.

Em uma análise crítica sobre as forças que dominam a economia global, Genoino apontou para o esgotamento do modelo neoliberal, afirmando: “O deus do mercado, o deus do império está caindo por terra”.

Para o ex-presidente do PT, é fundamental que o partido se reconecte com a sociedade, ao invés de ceder a alianças que enfraquecem sua autonomia. “Temos que fazer o enfrentamento, dialogar mais com a sociedade”, afirmou. Ao avaliar o momento político do Brasil, Genoino também frisou o que considera uma expectativa popular de mudança de postura da esquerda brasileira: “A população quer uma esquerda com maior dignidade, quer uma esquerda de cabeça erguida”.

Genoino encerrou sua participação defendendo uma postura menos conciliadora e mais determinada para o PT e demais partidos progressistas, refletindo, segundo ele, o desejo da população por mudanças estruturais e uma atuação política mais independente e transparente.

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Eugênio Aragão: "A justiça está deixando o Brasil em esplêndido estado de espera"

Ex-ministro Eugênio Aragão critica lentidão do tribunal e alerta para risco de impunidade nas investigações contra Bolsonaro e aliados

(Foto: Agencia Camara | ABR)

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão abordou a necessidade de avanço nas investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados em supostos esquemas de tentativa de golpe. Durante a conversa, Aragão foi enfático ao afirmar que Bolsonaro deve ser indiciado pela Polícia Federal, destacando que, para ele, “não há dúvidas” de que o ex-presidente enfrentará consequências legais, assim como outros envolvidos. No entanto, o ex-ministro apontou que a lentidão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem sido motivo de preocupação, colocando em risco a justiça no processo eleitoral.

“A Polícia Federal está fazendo um trabalho minucioso”, afirmou Aragão, destacando o uso de tecnologia sofisticada para recuperar dados de dispositivos que, segundo ele, foram apagados com o intuito de esconder provas. “Se as pessoas tentaram apagar arquivos para não se incriminar, isso foi um tiro n'água”, completou, confiante nas consequências que as investigações trarão.

Apesar do otimismo em relação ao trabalho da Polícia Federal, Aragão criticou o TSE pela falta de agilidade, mencionando que ainda há 15 Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIGs) aguardando julgamento, algumas relacionadas ao uso indevido de redes sociais por aliados de Bolsonaro para disseminar desinformação. “O TSE está deixando isso em esplêndido estado de espera, nada sai. Não se sabe a quantas anda a tramitação disso”, lamentou, sugerindo que a corte eleitoral estaria agindo com cautela excessiva para não parecer politizada.

Durante a entrevista, Aragão também lembrou que ações propostas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) durante as investigações contra Bolsonaro têm sido colocadas em segundo plano no TSE, em favor de ações semelhantes de outros partidos, como o PDT. Em sua avaliação, essa preferência pode refletir uma tentativa de “neutralizar a aparência de parcialidade” do tribunal, evitando que o PT seja visto como protagonista das acusações contra Bolsonaro e o bolsonarismo.

Além do TSE, Aragão afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) enfrenta um desafio de proporcionalidade em suas decisões. Segundo ele, penas pesadas foram impostas aos “pequenos” envolvidos nos atos de vandalismo de oito de janeiro de 2023, enquanto os “grandalhões” por trás do suposto projeto golpista seguem impunes. “Não acho razoável o Supremo dar penas tão pesadas para os pequenos e deixar os grandões impunes. A questão das penas é importante para estabelecer o impacto histórico da decisão”, argumentou.

Ao final, Aragão fez uma reflexão sobre a influência internacional no cenário político brasileiro, observando que, para o Brasil, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos pode ter consequências negativas. “É claro que, para a democracia brasileira, um governo democrata nos Estados Unidos é muito mais saudável do que o governo Trump”, concluiu, ressaltando que o Brasil poderá sofrer sanções se Trump retornasse à presidência.

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

“Só Lula e o PT podem decidir se ele será candidato em 2026”, afirma Jorge Folena

Jurista rebate especulações sobre futuro político de Lula e destaca o papel do ex-presidente na luta por um projeto democrático popular


(Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert / PR)

Em entrevista à TV 247,o advogado Jorge Folena abordou as especulações de que Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil, poderia não se candidatar à reeleição em 2026. Para o jurista, apenas duas instâncias têm autoridade para definir o futuro político de Lula: o próprio ex-presidente e o Partido dos Trabalhadores (PT). "Só dois agentes podem dizer que Lula não vai ser candidato em 2026: o próprio Lula e o PT, se o partido assim decidir", afirmou Folena, rechaçando as tentativas de “plantar” incertezas sobre a candidatura do presidente nas próximas eleições.

Folena argumentou que essas especulações são uma estratégia da elite para enfraquecer o governo de Lula e influenciar a opinião pública. Ele também destacou que o presidente enfrenta uma situação política complicada, com um Congresso controlado em parte por interesses conservadores e o orçamento público dominado pelo Centrão, o que limita a atuação do governo federal. "Lula pegou um país devastado, sem orçamento e com um Banco Central atrelado ao mercado financeiro, legado deixado pelo governo anterior", acrescentou o jurista.

As falas de Folena ressaltam o embate entre as forças políticas no Brasil e o desafio de Lula em liderar um governo de coalizão. O jurista defendeu que, mesmo com as dificuldades, o presidente tem promovido avanços importantes, como a redução do desemprego e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Para Folena, o projeto democrático popular, apoiado por Lula, continua a ser uma força necessária para transformar a realidade brasileira.

“Eles sabem que, se Lula for candidato, ele tem grandes chances de vencer. É uma estratégia antiga de enfraquecimento”, concluiu Folena, referindo-se ao histórico antipetismo e às tentativas de limitar o alcance político de Lula.


Fonte: Brasil 247

STF deve manter apreendido passaporte e impedir Bolsonaro de comparecer à posse de Trump

Passaporte deve continuar retido enquanto durar a investigação sobre a tentativa de golpe. Expectativa é, inclusive, por mais celeridade no processo

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

O Supremo Tribunal Federal (STF) não deve permitir que Jair Bolsonaro (PL) viaje aos Estados Unidos para comparecer à posse do presidente norte-americano eleito, Donald Trump. Segundo Luísa Martins, da CNN Brasil, a maioria dos ministros do STF está disposta a manter o passaporte de Bolsonaro retido, dado o avanço das investigações sobre seu possível envolvimento em uma trama golpista após as eleições de 2022.

O passaporte de Bolsonaro foi entregue às autoridades após ordem do ministro Alexandre de Moraes, decisão referendada em outubro pela Primeira Turma do STF, que votou unanimemente pela medida. Segundo o entendimento da Corte, a retenção do documento seria necessária para evitar que o ex-presidente deixe o país enquanto a investigação segue em andamento. As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) estão próximas de uma conclusão, e espera-se que o relatório final seja entregue ainda este ano.

Em sua decisão, Moraes destacou que "o desenrolar dos fatos demonstrou a possibilidade de tentativa de evasão dos investigados", o que reforça a necessidade de controle sobre o deslocamento de Bolsonaro. A defesa de Bolsonaro, contudo, indicou que, caso um convite formal de Trump para a posse se concretize, pretende solicitar novamente ao STF a liberação do passaporte.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Temer nega rumores sobre ser vice de Bolsonaro em eventual candidatura em 2026

Bolsonaro, que está inelegível, chegou a falar sobre ter Temer como candidato a vice

Michel Temer (Foto: Reuters)

Michel Temer (MDB) se manifestou sobre os rumores de que poderia concorrer como vice numa eventual candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência em 2026 - Bolsonaro está, neste momento, inelegível e impedido de se candidatar na próxima eleição presidencial.

Ao atender o celular na manhã desta quinta-feira (7), segundo relato de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Temer, brincando, perguntou: “você vota em mim para vice-presidente?”, desmentindo em seguida a possibilidade de qualquer retorno à vida política.

A especulação sobre uma possível aliança ganhou força depois de Bolsonaro mencionar o assunto em entrevista à Folha de S.Paulo, na qual ele manifestou o desejo de se candidatar caso consiga reverter a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em sua fala, Bolsonaro afirmou que acredita que o recém-eleito presidente dos EUA, Donald Trump, apoiaria seu retorno à Presidência, aludindo ao desejo de que Temer o acompanhasse em uma possível chapa. “Tenho certeza de que ele [Trump] gostaria que eu viesse [a ser] candidato”, afirmou Bolsonaro. “Está na mídia, não sei se é verdade ou não, eu não falo sobre esse assunto, é o [Michel] Temer [MDB] de vice”.

Temer, no entanto, afastou de forma clara essa possibilidade, afirmando que já encerrou sua trajetória pública. “Eu saí da vida pública”, declarou, desmentindo que tenha conversado com Bolsonaro sobre o assunto. Temer reforçou que, mesmo se houvesse essa abordagem, não mudaria de opinião. “Já fiz o que tinha que fazer ao longo de 32 anos”, declarou, relembrando seu histórico na política, que inclui cargos como secretário de Segurança, presidente da Câmara dos Deputados, vice-presidente e Presidente da República.

Apesar de manter contato ocasional com Bolsonaro, Temer esclareceu que essas conversas são esporádicas e sem intenções políticas. “Desde aquele episódio com o Alexandre [de Moraes], [quando intermediou um diálogo entre ele e Bolsonaro após as manifestações de 7 de setembro de 2021] Bolsonaro me pede palpites de vez em quando. Mas nada mais do que isso”, explicou Temer.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Fortuna dos 10 mais ricos do mundo cresce US$64 bilhões após eleição de Trump

Elon Musk, um dos principais apoiadores de Trump, foi quem mais faturou

Elon Musk durante evento de campanha de Donald Trump no Madison Square Garden, em Nova York 27/10/2024 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)

A fortuna dos dez bilionários mais ricos do mundo cresceu US$63,5 bilhões em um único dia após a eleição do Donald Trump para seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, informa O Globo. Segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, Elon Musk, CEO da Tesla e um dos principais apoiadores de Trump, foi o que mais faturou, com US$26,5 milhões.

Além de Musk, nomes como Jeff Bezos, da Amazon, e Larry Ellison, da Oracle, estão entre os principais ganhadores. É o principal aumento diário do índice da Bloomberg desde a sua criação, em 2012. A grande parte desse ganho vem do aumento nas ações nos EUA, destacando as apostas de que Trump diminuirá impostos e a regulamentação durante o seu governo. O índice S&P 500 subiu 2,5%, alcançando o melhor desempenho pós-eleitoral da história, enquanto o dólar americano também se valorizou.

Outros ultrarricos que viram sua fortuna crescer pós a eleição de Trump são os bilionários do setor de criptomoedas. Brian Armstrong, cofundador e CEO da Coinbase Global, viu seu patrimônio aumentar 30%, chegando a US$11 bilhões. Changpeng Zhao, fundador da Binance, a maior corretora de criptomoedas do mundo, adicionou US$12,1 bilhões após a eleição, elevando sua fortuna para US$52,7 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

O novo plano de Bolsonaro para bajular o STF e Moraes para ir à posse de Trump


Jair Bolsonaro e Donald Trump: posse do republicano será 3ª tentativa do ex-presidente de convencer Moraes a devolver passaporte. Foto: reprodução

Após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mobilizou seus aliados para retomar a tentativa de liberar seu passaporte junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A estratégia inclui um contato direto com o ministro Alexandre de Moraes, buscando convencer o magistrado a permitir que Bolsonaro compareça à cerimônia de posse de Trump, marcada para o dia 20 de janeiro, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Para isso, Bolsonaro teria dado sinal verde para diálogos com o ex-presidente Michel Temer, que atuaria como ponte com Moraes. As pretensões do ex-mandatário de acompanhar in loco a posse do republicano vão marcar a terceira tentativa para obter de volta o seu passaporte.

No entorno de Bolsonaro, a avaliação é de que a vitória de Trump poderia levar o ministro a considerar um gesto político em resposta ao novo presidente dos EUA.

Bolsonaro cumprimenta Moraes depois de notícia-crime no STF
Bolsonaro e Moraes: aliados do ex-capitão buscarão diretamente o magistrado. Foto: reprodução

Os aliados pretendem argumentar que a ausência de Bolsonaro na posse, um evento de destaque global, reforçaria sua imagem de “perseguido” e colocaria o STF sob pressão. Eles acreditam que a negativa ao pedido pode desencadear uma nova onda de críticas internacionais à corte.

Contudo, até o momento, ministros do STF não enxergam uma mudança de posicionamento que favoreça Bolsonaro. Magistrados enfatizam que a corte é soberana e independente, e consideram improvável que Moraes se sinta inclinado a fazer concessões para agradar ao governo de Trump. O próprio ministro teria indicado a auxiliares que “nada muda” com a eleição do republicano.

Segundo Andrei Passos Rodrigues, diretor da Polícia Federal, a eleição americana não exerce “influência alguma” nas investigações contra o ex-presidente.

Vale destacar que o passaporte de Bolsonaro foi confiscado em fevereiro, no contexto de uma operação da Polícia Federal que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado. Desde então, o ex-capitão já requisitou a devolução do documento, mas o pedido não foi atendido.

Fonte: DCM

Lula reúne ministros hoje e deve bater o martelo sobre pacote de corte de gastos

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad: ele reforçou que será necessário uma Emenda à Constituição. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza, nesta quinta-feira (7), uma reunião com ministros do governo para finalizar o pacote de corte de gastos, que vem sendo elaborado pelo Executivo há algumas semanas, conforme informações do Globo.

Na noite da última quarta-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou que essas medidas também poderão ser apresentadas aos líderes do Congresso na sexta-feira. A reunião está programada para começar às 9h30.

“Tem dois detalhes de todas as medidas para a gente fechar com o presidente amanhã (quinta-feira) e aí ele vai decidir o procedimento em relação ao Congresso, se ele vai querer que eu e Rui (Costa, da Casa Civil) tenhamos que antecipar aos presidentes pelo menos o formato das medidas”, afirmou Haddad.

Além de Lula e Haddad, a reunião contará com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa; da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

Em reunião, Haddad e Tebet debatem corte de gastos e supersalários | Metrópoles
O ministro Fernando Haddad ao lado das ministras Simone Tebet e Esther Dweck: petista diz que são questões “simples” que compõe o quadro de ações que serão feitas pelo Executivo

Haddad mencionou que as pendências são “simples” e fazem parte do conjunto de ações definidas pelo Executivo, que já conta com a aprovação dos outros ministros envolvidos.

Na terça-feira, houve uma série de reuniões entre ministros para ajustar o pacote de cortes de gastos preparado pela Fazenda. Apesar das resistências de áreas que podem ser impactadas por cortes estruturais, o governo estuda mudanças em políticas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a realização de um novo pente-fino no Bolsa Família.

Segundo Haddad, as propostas exigirão uma Emenda à Constituição e um projeto de lei adicional. “O que estamos levando ao presidente é consistente com a nossa tese de fortalecer o arcabouço fiscal”, afirmou o ministro.

Ele ressaltou ainda que todas as decisões foram baseadas não apenas no impacto fiscal, mas também nas repercussões políticas e na possibilidade de aprovação pelo Congresso. “Resolvidos os detalhes, a questão é como o presidente vai optar por dialogar com as duas Casas. Mas acredito que até o final da manhã de amanhã teremos essas questões definidas’, concluiu Haddad.

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Efeito Lula: Desmatamento cai 30% na Amazônia e registra 1ª queda em 5 anos no Cerrado, diz Inpe


Região amazônica abrange a maior floresta tropical do mundo – Foto: Reprodução

O desmatamento na Amazônia apresentou uma queda de 30,6% entre agosto de 2023 e julho de 2024 em relação ao ano anterior, conforme dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados na quarta-feira (6). Foram 6.288 km² de floresta desmatada, comparados a 9.064 km² no período anterior, marcando o menor índice de destruição na última década.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, celebrou o resultado, destacando que a redução do desmatamento “traz alívio para nossos embaixadores”, dado o peso do tema ambiental em discussões internacionais. Ela representará o Brasil na COP29, no Azerbaijão, onde apresentará os dados positivos como reflexo das políticas ambientais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os estados da Amazônia Legal que mais reduziram o desmatamento foram Rondônia (62,5%) e Mato Grosso (45,1%), seguidos por Amazonas (29%) e Pará (28,4%). Em contrapartida, Roraima foi o único estado da região a registrar aumento, com uma alta de 53,5% nas áreas desmatadas.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Foto: Reprodução

No Cerrado, o desmatamento também caiu, apresentando a primeira redução em cinco anos, com queda de 25,7%. Foram desmatados 8.174 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024, contra 11.002 km² no período anterior. A maior parte do desmatamento ocorreu na região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que concentrou 76,4% da devastação.

Na região do Matopiba, a Bahia foi o estado que mais reduziu o desmatamento, com uma queda de 63,3%, seguida pelo Maranhão (15,1%), Piauí (10,1%) e Tocantins (9,6%).

Segundo Marina Silva, o resultado reflete a cooperação entre os governos estaduais e federal no combate ao desmatamento.

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Sem anistia: integrantes da CPMI do Golpe vão a Gonet e cobram punição para envolvidos


Deputado federal Rogério Correia (PT-MG) e outros parlamentares foram recebidos, na terça-feira (5), pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e pediram celeridade no processo da tentativa de golpe e outros casos que envolvem Jair Bolsonaro e seu grupo criminoso

A cara do golpe: parlamentares cobram que Bolsonaro seja punido por todos os crimes que cometeu

O deputado Rogério Correia (PT-MG) e outros parlamentares que integraram a CPMI do Golpe se reuniram, na tarde de terça-feira (5), com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para cobrar celeridade no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Ao site do PT, o deputado relatou que o grupo de congressistas reforçou posição contrária a qualquer tipo de anistia para os envolvidos.

“O que nós solicitamos e falamos com o procurador é a pressa desse assunto, a celeridade do processo. Afinal de contas, a tentativa de golpe já vai completar dois anos, foi em 8 de janeiro 2023, então precisa ter uma agilização desse procedimento”, afirmou Correia, sublinhando que a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda está aguardando o recebimento desse inquérito para decidir sobre uma eventual apresentação de denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“É o inquérito maior. A Polícia Federal tem informado que pretende terminá-lo agora no mês de novembro”, disse o parlamentar, destacando que a PF colheu novos elementos sobre o caso a partir do acesso ao celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por meio de uma senha.

Correia ressaltou que os inquéritos relativos ao roubo e venda de joias da União e à falsificação de cartões de vacina, dos quais Bolsonaro também é alvo, já estão na PGR. Até o momento, porém, o órgão não se decidiu sobre apresentação de denúncia.

Participaram também da reunião na PGR a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).

“Sem anistia para golpista”

Rogério Correia também falou sobre a reunião pela rede social X. “Conversamos sobre a expectativa para a chegada da terceira parte do inquérito da PF que incrimina Bolsonaro pela tentativa de golpe no Brasil. Seguimos vigilantes e atentos para que não haja anistia”, enfatizou.

No vídeo da postagem, Eliziane Gama relatou que foi uma reunião muito importante para acompanhar o desdobramento do relatório da CPMI do 8 de Janeiro e “dizer que estamos atentos em relação às denúncias que virão desse relatório em relação àqueles que participaram diretamente dos atos do 8 de Janeiro”.

Além disso, Jandira Feghali falou sobre a expectativa pela conclusão do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado. “Estamos absolutamente ansiosos para que a Polícia Federal conclua, para que possa chegar à PGR e que siga para julgamento no Supremo Tribunal Federal”, afirmou a deputada. Em coro, o grupo exigiu: “Sem anistia para golpista”.



Inelegível põe extrema direita na berlinda

“Bolsonaro está em apuros. Ele teve uma derrota grande porque precisava de uma vitória acachapante e agora começa a sentir que a própria direita não tem nele a única alternativa. E ele, inelegível, e com a possibilidade real de prisão, vai colocar também a extrema direita na berlinda”, analisou Rogério Correia, em entrevista ao canal Diário do Centro do Mundo (DCM), horas antes de se encontrar com Gonet.

No Congresso, deputados bolsonaristas vergonhosamente tem tentado viabilizar um projeto para anistiar aos condenados por participação na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

O relatório final da CPMI dos Atos Golpistas, aprovado dia 18 de outubro de 2023, atribuiu a Bolsonaro o crime de golpe de Estado e pediu seu indiciamento e de 60 de seus apoiadores. A comissão identificou o núcleo duro que agiu ao lado do ex-presidente, o que inclui 30 militares, sendo oito deles generais

À época, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), considerou a aprovação um momento histórico. “Que sejam punidos para que nunca mais sequer pensem em repetir o 8 de janeiro. É assim que a democracia se fortalece”, postou ela, nas redes sociais.

Fonte: PT Nacional