quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Seis meses após enchentes no Rio Grande do Sul, mais de mil pessoas ainda vivem em abrigos

Seis meses após as devastadoras enchentes de maio, mais de 1.700 pessoas no Rio Grande do Sul ainda não conseguiram reconstruir suas vidas

Abrigo para idosos no Rio Grande do Sul (Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil)

Seis meses após as devastadoras enchentes de maio, mais de 1.700 pessoas no Rio Grande do Sul ainda não conseguiram reconstruir suas vidas e vivem em condições precárias em abrigos provisórios. De acordo com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do estado, 40 abrigos em 23 municípios ainda acolhem famílias que perderam suas residências para as águas. Em destaque entre as áreas mais afetadas está o município de Encantado, localizado no Vale do Taquari, que abriga 221 dessas pessoas. As informações são do G1.

Um dos relatos é o de Fabiana de Paula, dona de casa que, junto ao marido e seus dois filhos, enfrenta uma dura rotina em um abrigo desde setembro de 2023. Após perder sua casa na primeira enchente daquele ano, ela viu o abrigo fornecido pela prefeitura ser novamente invadido pela água em maio, o que resultou em mais uma perda de todos os seus pertences. Desde então, sua vida tem sido uma luta diária pela sobrevivência e por uma moradia segura.

"Não está sendo fácil aqui dentro. É tanto tempo que a gente está aqui... É calor, ninguém respeita mais ninguém, todo mundo com [os nervos] à flor da pele. É bem cansativo", desabafou Fabiana, resumindo o sofrimento compartilhado por milhares de desabrigados que, como ela, esperam uma solução definitiva do poder público.

Em resposta às demandas dos atingidos, o governo federal anunciou a destinação de R$ 2 bilhões para a compra de 10 mil residências para as famílias que perderam seus lares. Já o governo estadual comprometeu-se a investir R$ 66,7 milhões em moradias. Entretanto, enquanto as promessas não se concretizam, a realidade dos abrigos permanece, e a população mais vulnerável continua sofrendo as consequências de uma tragédia que já se estende por quase meio ano.

Fabiana expressa a angústia de todos que esperam pela segurança de um lar definitivo: "Eu quero minha casa própria, poder deitar com meus filhos e não mais me preocupar, deitar, dormir e dizer assim: 'pode chover que não tem mais perigo'". Esse desejo, simples e comum, tornou-se uma batalha para quem, como ela, vive sem a estabilidade de um teto seguro.

A situação precária dos desabrigados e a lentidão na execução dos projetos de habitação evidenciam a necessidade de medidas mais ágeis e efetivas para evitar o agravamento das condições dos que ainda estão abrigados. A cada dia que passa, a esperança de Fabiana e de tantas outras pessoas se renova com a promessa de uma vida longe das incertezas trazidas pela chuva, mas a realidade impõe uma espera que parece interminável.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Mário Frias é internado em SP com trombose arterial

O bolsonarista deu entrada no Hospital Santa Lúcia Sul, onde foi constatada uma trombose arterial em membro inferior

O secretário especial da Cultura, Mario Frias (Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, foi internado às pressas em Brasília, na noite desta quarta-feira (6), após sentir fortes dores no peito e perna gelada.

O bolsonarista deu entrada no Hospital Santa Lúcia Sul, onde foi constatada uma trombose arterial em membro inferior, segundo sua equipe.

A internação foi divulgada pela equipe do deputado, em nota nas redes sociais. “A equipe do Deputado Federal Mario Frias vem, por meio desta, esclarecer que o parlamentar encontra-se internado desde as 18h de hoje, 06 de novembro de 2024, no Hospital Santa Lúcia Sul, em Brasília-DF, para investigação de um quadro de trombose arterial em membro inferior”, diz a nota.

Essa não é a primeira internação do ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro. Em agosto do ano passado, Frias foi hospitalizado por três dias com suspeita de trombose e também passou por um cateterismo, além de uma angioplastia.

Fonte: Brasil 247

Dormir menos do que o necessário afeta o humor e piora a ansiedade

Revisão incluiu 154 estudos envolvendo 5.715 participantes que tiveram o sono interrompido por uma ou mais noites para avaliar o impacto nas emoções
(Foto: Reprodução)

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Dormir menos horas do que o necessário não nos deixa apenas cansados no dia seguinte: a privação de sono pode aumentar a ansiedade, piorar o humor e alterar todo o funcionamento emocional. A conclusão é de um estudo publicado no periódico Psychological Bulletin, da American Psychological Association.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram mais de 50 anos de pesquisa sobre privação de sono e humor. Ao todo, a revisão sistemática incluiu 154 estudos, envolvendo 5.715 participantes. Em todos esses trabalhos, os autores interromperam o sono dos participantes por uma ou mais noites para avaliar o impacto da privação do sono no afeto positivo ou negativo, nos distúrbios gerais de humor, na reatividade emocional e nos sintomas de ansiedade e depressão.

Em alguns experimentos, os participantes foram mantidos acordados por um longo período (privação total de sono). Outros tiveram uma quantidade de sono menor do que o normal (restrição parcial) e outro grupo foi acordado periodicamente durante a noite (fragmentação constante).

Cada estudo também avaliou pelo menos uma variável relacionada à emoção após essas manipulações do período do sono — entre elas, o humor autorrelatado e a resposta dos participantes aos sintomas de depressão e ansiedade.

A nova revisão aponta evidências de que períodos de vigília prolongada, duração reduzida do sono e despertares noturnos influenciam negativamente o funcionamento emocional. Isso significa que todos os três tipos de perda de sono (privação total, parcial ou sono fragmentado) resultam em menos emoções positivas — como alegria, felicidade e contentamento — e mais sintomas de ansiedade, elevação da frequência cardíaca e preocupação.

Dormir o suficiente - A pesquisa aponta que cerca de 30% dos adultos e 90% dos adolescentes não dormem o suficiente – e isso pode afetar o emocional no dia seguinte. Mas como saber a quantidade adequada de sono?

De acordo com a neurologista Letícia Soster, do Grupo Médico Assistencial do Sono do Hospital Israelita Albert Einstein, não existe uma quantidade específica de horas a serem dormidas, já que isso pode variar entre as pessoas. “Dormir suficiente é a quantidade de tempo que a pessoa dorme e se sente bem no dia seguinte. Geralmente, é uma média entre 7h e 8h, mas varia bastante”, explica Soster, que acrescenta: “E a pessoa não pode se basear em uma única noite.”

A primeira coisa a ser afetada com a perda de sono é o humor: alguém que dorme mal acorda mais mal-humorado, irritado e com tendência a ter emoções negativas. “Uma alteração de humor constante pode ser vista e percebida, assim como questões de memória. As pessoas estão se esquecendo de coisas com mais facilidade porque a atenção é mais um item que fica comprometido quando estamos em privação de sono, seja ela total ou parcial”, observa Soster.

A orientação, segundo ela, é reconhecer a necessidade de dormir e respeitar a quantidade ideal para cada um. “O sono não é algo que pode ser deixado para depois”, afirma.

Fonte: Brasil 247 com Agência Einstein

Vitória de Trump pode comprometer avanços na COP30 em Belém e preocupa governo Lula e especialistas

O triunfo de Trump nas eleições dos EUA coloca em risco negociações climáticas globais e a continuidade do Acordo de Paris

Donald Trump (Foto: Reuters/Carlos Barria)

A recente vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas gerou grande preocupação no governo brasileiro e entre especialistas em meio ambiente. Com a COP30 marcada para ocorrer em Belém em 2025, representantes do governo Lula (PT) temem que a nova administração americana fragilize as discussões globais sobre mudança climática e afete a adesão ao Acordo de Paris. O jornal O Globo, que acompanhou de perto as reações e análises dos envolvidos, apontou que a principal missão da conferência seria revisar e potencializar compromissos assumidos na COP21 em 2015, de modo a conter o aquecimento global e limitar o impacto das emissões de carbono.

Em seu mandato anterior, Trump retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, alegando ser um “prejuízo” à economia americana. A expectativa é que, em seu retorno à presidência, ele retome a mesma postura, desfazendo o comprometimento que o governo de Joe Biden havia restaurado. Ana Toni, Secretária Nacional de Mudança Climática do Brasil, evitou comentar diretamente sobre a vitória de Trump, mas reiterou a importância do compromisso contínuo na luta contra as mudanças climáticas. "Eleições nacionais ou tensões políticas podem, obviamente, afetar a governança climática global, mas temos uma responsabilidade coletiva de manter e fortalecer a estrutura climática multilateral internacional", declarou Toni.

Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o novo contexto dos EUA pode exigir negociações mais intensas com estados americanos comprometidos com a causa ambiental, contornando uma possível inércia federal. Ela questiona se países comprometidos com a redução de emissões precisarão dobrar seus esforços caso Washington se recuse a colaborar. "Os demais países vão ter que trabalhar dobrado por um país que eventualmente não queira fazer a sua parte?" ponderou a ministra, enfatizando que a questão ambiental transcende ideologias, sendo uma exigência para a sustentabilidade econômica e competitividade no mercado global.

Impacto sobre o Brasil e o Fundo Amazônia - A eleição de Trump também pode frustrar o esperado aporte financeiro de R$ 500 milhões ao Fundo Amazônia, compromisso assumido por Biden em 2023 para fortalecer a fiscalização contra crimes ambientais no Brasil. De acordo com Marcio Astrini, do Observatório do Clima, apenas 10% do valor total prometido foi entregue até o momento, e as perspectivas de continuidade são pessimistas sob a nova administração americana. Astrini teme que a mudança de governo nos EUA desmobilize recursos vitais para a preservação da floresta e a redução do desmatamento ilegal.

Desafios à transição energética e os impactos globais - A postura de Trump em relação ao setor de energia, simbolizada por seu lema “perfure, querido, perfure”, pode afetar a transição para fontes limpas de energia, um dos principais pontos da agenda da COP30. Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, explica que o governo Trump deverá priorizar o desenvolvimento dos combustíveis fósseis, sob a política conhecida como “fossil first”, o que tende a desestimular iniciativas de energia renovável no país. Apesar disso, Unterstell destaca que os EUA já se retiraram do Acordo de Paris uma vez e que, mesmo assim, outros países mantiveram seus compromissos.

O Acordo de Paris, considerado o tratado mais robusto em prol do clima, foi assinado em 2015 por 195 países. O pacto estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, meta que foi ultrapassada no primeiro semestre de 2024, colocando o mundo em alerta para a urgência de ações concretas e efetivas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Aumento da Selic preocupa os pequenos negócios, alerta Sebrae

"A situação dificulta ainda mais a tomada de crédito por parte do segmento", argumenta o presidente do Sebrae, Décio Lima

Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional (Foto: Divulgação )

Após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), ocorrida nesta quarta-feira (6), a taxa básica de juros (Selic) – atualmente em 10,75% ao ano – subiu para 11,25% ao ano. "Mais uma vez, o Banco Central prejudica os pequenos negócios com a taxa de juros, que ainda se apresenta como uma das maiores do mundo. A situação dificulta ainda mais a tomada de crédito por parte do segmento", argumenta o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima.

Uma dessas alternativas é o programa Acredita, do governo federal, do qual o Sebrae participa. Em outubro, a entidade e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram a criação de um fundo garantidor que pode alavancar mais de R$ 9,4 bilhões em crédito para microempreendedores e pequenos empresários, somado ao acompanhamento do tomador por meio de suporte do Sebrae. Além disso, no início do ano, a instituição disponibilizou R$ 2 bilhões por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o que possibilitará R$ 30 bilhões em crédito ao setor em três anos. Saiba mais em sebrae.com.br/acredita.

Pesquisa

De acordo com levantamento do Sebrae, com base em dados do Banco Central, a taxa de juros em empréstimo para um microempreendedor individual (MEI) fica, na média nacional, mais que quatro vezes maior que a Selic e pode chegar, no caso dos MEI da região Nordeste, ao nível de 51% ao ano. Segundo o estudo, a taxa média para os microempreendedores individuais está atualmente em 44%. Já para as microempresas, a média atual é de 42,49% e, para as empresas de pequeno porte (EPP), fira em torno de 31,54%.

Quando os dados são observados por regiões, a situação é ainda mais crítica. A região Nordeste superou a média nacional e tem a taxa para o Microempreendedor individual (MEI) em torno de 51% ao ano. A Região Norte está em segundo lugar, com uma taxa de 47,62% ao ano, seguida pelo Sudeste (47,09%), Centro-Oeste (44,41%) e Sul (37,21%).

Fonte: Brasil 247

Lucélia Santos defende a legalização da maconha e revela experiência espiritual com ayahuasca

Atriz fala sobre sua visão a respeito das drogas e compartilha ensinamentos adquiridos com Chico Mendes na Amazônia

Lucélia Santos (Foto: Youtube / TV 247)

A atriz Lucélia Santos, com mais de cinco décadas de carreira, abordou abertamente sua posição sobre a legalização da maconha e outras substâncias, destacando sua longa jornada de aprendizado e as experiências que viveu ao lado do líder ambientalista Chico Mendes. Em entrevista à revista Breeza, cuja cobertura foi acessada pela coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, Lucélia afirmou defender a descriminalização de todas as drogas, embora não seja usuária. "Eu sou a favor da legalização de tudo. A única coisa que faz sentido é refletir se a gente está se preparando adequadamente para morrer”, disse.

Na conversa, Lucélia relembrou momentos da década de 1980, quando viajou pela Amazônia com Chico Mendes, um dos maiores defensores da floresta. Foi durante essas jornadas que ela teve seu primeiro contato com a ayahuasca, uma bebida sagrada utilizada em rituais indígenas e que busca a expansão da consciência. A atriz revelou que consagrou a bebida durante três anos e até ajudou a levar a ayahuasca para monges tibetanos em missão junto a seu guia espiritual budista. "A ayahuasca é uma bebida sagrada, uma entidade que as pessoas ingerem, não é coisa para ficar fazendo o resto da vida", frisou Lucélia.

Ao compartilhar sua perspectiva, Lucélia enfatizou que, para ela, as drogas são como pontes que ajudam na transição para novos estados de entendimento. No entanto, a artista é clara ao afirmar que o apego a substâncias como se fossem o destino final não faz sentido.

Ao longo da entrevista, ela também compartilhou que, ao optar por não fazer das substâncias um hábito, acredita que está mantendo um equilíbrio entre sua busca espiritual e sua vida cotidiana. “Todas as respostas estão dentro das nossas mentes”, refletiu.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula e Claudia Sheinbaum, do México, são os líderes mais bem avaliados da América Latina

Pesquisa AtlasIntel, em colaboração com a Bloomberg, analisou a aprovação dos presidentes em cinco países da região

Lula e Claudia Sheinbaum (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Em uma pesquisa conduzida pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, o presidente Lula (PT) e Claudia Sheinbaum, do México, destacam-se como os únicos líderes latino-americanos com aprovação superior à reprovação entre suas populações. O levantamento, que ouviu entre 1.803 e 2.371 pessoas em cinco países da América Latina durante a segunda semana de outubro, expôs um cenário de popularidade contrastante para os governantes da região, conforme relata o jornal O Globo.

Segundo os dados, Lula é aprovado por 50,7% dos brasileiros, enquanto 45,8% desaprovam seu governo e 3,6% estão indecisos. No México, Claudia Sheinbaum, recém-eleita presidente, alcança 66,7% de aprovação, consolidando-se como a líder mais bem avaliada do levantamento, com apenas 22,5% de desaprovação. Essa avaliação reflete o apoio inicial da população mexicana à ex-prefeita da Cidade do México, agora presidente, cuja gestão é vista como "boa" ou "ótima" por mais da metade dos entrevistados.

Em contrapartida, presidentes como Javier Milei, da Argentina, enfrentam um cenário desafiador, com desaprovação de 50,7% e aprovação de apenas 42,8%. Sua imagem é positiva para 41% dos argentinos, mas negativa para 53%. Gabriel Boric, no Chile, e Gustavo Petro, na Colômbia, enfrentam índices de rejeição igualmente expressivos, com 53,3% e 51,2%, respectivamente, de acordo com o levantamento. As populações chilena e colombiana classificam suas gestões predominantemente como "ruim" ou "péssima".

A pesquisa também abordou a percepção externa de Lula nos outros países, revelando que, apesar da popularidade doméstica, o presidente brasileiro enfrenta desafios de imagem em algumas regiões do exterior, sendo aprovado por 46% dos argentinos, mas com índices de aprovação mais baixos no Chile e no México, onde apenas 26% e 19% o veem de forma positiva.

Outro dado relevante revelado pelo estudo é o nível de tensão política observado entre grupos de apoio de diferentes partidos. O Brasil aparece com 36% de sua população descrevendo esse conflito como "muito forte", índice superado apenas pela Colômbia, onde 43% compartilham essa percepção.

Esses resultados indicam uma América Latina marcada por polarização e elevada insatisfação popular, com Lula e Sheinbaum se destacando como exceções em meio à crescente divisão política da região.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Eduardo Bolsonaro será o responsável por pedir ajuda a Trump para reverter inelegibilidade de Bolsonaro no Brasil

O clã Bolsonaro acredita que uma possível intervenção de Trump poderia influenciar o STF a reverter a condenação de Bolsonaro pelo TSE

Donaldo Trump e Eduardo Bolsonaro (Foto: Joyce N. Boghosian/White House)

Em uma tentativa de articular um apoio internacional para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente brasileiro, estará em contato próximo com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Guilherme Amado, do Metrópoles, a estratégia do clã Bolsonaro é buscar influência externa para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF), na esperança de reverter a decisão que retirou os direitos políticos do ex-mandatário brasileiro.

A família Bolsonaro acredita que uma possível intervenção de Trump poderia influenciar o STF e levar a uma mudança no status de Jair Bolsonaro, que enfrenta atualmente restrições políticas após sua condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eduardo Bolsonaro esteve recentemente no resort de Trump, na Flórida, acompanhando de perto os desdobramentos das eleições americanas e transmitindo ao presidente eleito dos EUA os cumprimentos de seu pai.

Eduardo Bolsonaro se mantém como o principal articulador da família junto à direita internacional, estabelecendo conexões com figuras políticas conservadoras na América Latina e nos Estados Unidos. O parlamentar brasileiro, além de contar com Trump, busca ampliar o suporte da extrema direita americana, com o objetivo de mobilizar uma pressão internacional contra o que considera uma "perseguição" a Jair Bolsonaro por parte das instituições brasileiras.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PT e MDB disputam comando da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado

Os dois partidos querem presidir a comissão e, em troca, oferecem apoio à candidatura de Alcolumbre à presidência do Senado

Davi Alcolumbre (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

De olho na sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) encontra-se no centro de uma disputa acirrada entre PT e MDB. As bancadas de ambos os partidos, que possuem peso significativo no Congresso, se empenham para conquistar a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), uma das mais estratégicas do Senado. O impasse é visto como um fator chave para garantir o apoio à candidatura de Alcolumbre ao comando da Casa em 2025, segundo Igor Gadelha, do Metrópoles.

A CAE desempenha um papel crucial no andamento das pautas econômicas do governo e, além de debater políticas de impacto econômico, é responsável pela sabatina dos indicados à diretoria do Banco Central. Inicialmente, Alcolumbre sinalizou que o comando da CAE iria para o MDB, partido com o qual ele firmou um compromisso prévio. Diante disso, informou à bancada do PT que não atenderia à solicitação de ceder o controle da comissão aos petistas, frustrando parte dos senadores aliados ao governo.

Nas tratativas com o senador, o PT também manifestou interesse em ocupar a primeira vice-presidência do Senado, cargo de alta representatividade. No entanto, Alcolumbre revelou que já havia garantido essa posição ao PL, partido de Jair Bolsonaro. Para apaziguar os ânimos, ele ofereceu ao PT a segunda vice-presidência do Senado, além da possibilidade de liderar outra comissão, possivelmente a de Relações Exteriores, um dos espaços mais cobiçados do Parlamento.

A situação gerou um impasse entre o PT e a liderança do governo no Senado, levando a bancada petista a solicitar uma reunião com o presidente Lula (PT). A expectativa é que, durante o encontro, o partido defina os termos de seu apoio a Alcolumbre, especialmente considerando que Lula tem evitado compromissos desde um acidente doméstico que resultou em um ferimento na cabeça.

Com essa disputa ainda em aberto, Alcolumbre busca consolidar alianças para sua candidatura, equilibrando o apoio entre diferentes forças políticas do Senado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Vitória de Trump nos EUA reforça pressão por anistia no Brasil, avalia governo Lula

Governo Lula focará em equilibrar as contas, a inflação e o dólar para garantir força diante do assanhamento da extrema direita

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

A recente vitória de Donald Trump nas eleições americanas pode ter repercussões significativas no cenário político brasileiro, principalmente entre figuras de destaque da direita e entre extremistas que visam consolidar a anistia aos condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Internamente, o governo Lula (PT) avalia que uma resposta institucional sólida será essencial para preservar os valores democráticos do país, relata Julia Duailibi, do g1. De acordo com um interlocutor do presidente, o Brasil "pode mostrar que sabe lidar com seu compromisso democrático melhor que lá [EUA]", reforçando a necessidade de posicionamento firme dos Três Poderes contra tentativas de enfraquecimento da democracia.

Com o retorno de Trump ao centro das atenções, líderes políticos alinhados à direita e extrema direita brasileira manifestaram otimismo em relação ao impacto da nova fase americana sobre as pautas nacionais. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, celebrou a vitória de Trump como um "momento histórico", enquanto Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), questionou qual será a "resposta das urnas em 2026" para o Brasil, referindo-se às próximas eleições presidenciais. Entre os governistas, o entendimento é de que a oposição tentará maximizar as dificuldades na relação entre Lula e Trump, um movimento que, para os aliados do presidente, "faz parte do jogo" político.

Em relação ao governo americano, aliados de Lula indicam que estão atentos à postura que Trump adotará em seu possível segundo mandato. Para integrantes do governo, a estratégia para enfrentar os efeitos dessa nova configuração internacional passa pelo controle da inflação e do dólar, associados à política de corte de gastos planejada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Entretanto, os desafios para equilibrar as medidas econômicas e evitar a deterioração da popularidade de Lula são grandes, o que foi resumido por uma fonte como "praticamente impossível não desagradar alguém".

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Moraes diz que eleição de Trump em nada mudará sua atuação no STF

Alexandre de Moraes assegurou que o novo cenário político norte-americano não afetará sua condução de inquérito

Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: Agência Brasil I Reuters)

Em declarações reservadas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos "em nada mudará" sua atuação na Corte. As informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles, na coluna do jornalista Paulo Capppelli, nesta quarta-feira (6). Segundo o portal, Moraes assegurou que o novo cenário político norte-americano não afetará sua condução de inquéritos que envolvem figuras próximas ao presidente eleito dos EUA, como Jair Bolsonaro (PL) e o empresário Elon Musk, ambos críticos de sua atuação no Supremo e aliados declarados de Trump.

Durante as conversas, Moraes reforçou que seguirá mantendo a independência do Judiciário brasileiro e destacou que não será influenciado pelo contexto internacional. Para ele, o fortalecimento de instituições democráticas deve prevalecer independentemente de pressões externas, ressaltando que os inquéritos seguirão seu curso sem "qualquer alteração de rumo ou recuo".

Enquanto isso, no cenário político brasileiro, deputados e senadores da ala bolsonarista mantêm outra visão. Com Trump de volta ao poder, muitos acreditam que o novo alinhamento entre os governos poderia gerar um "caminho de conciliação" entre o Judiciário brasileiro e os interesses de Washington. Para essa ala, o temor de prejudicar a relação com a Casa Branca poderia reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, uma sanção que ainda o impede de disputar eleições no Brasil.

Esse cenário de especulação política ganhou novo fôlego devido à situação de Bolsonaro, que, após determinação do STF, teve seu passaporte retido e permanece impedido de viajar ao exterior, incluindo para a posse de Trump. Mesmo entre aliados, Bolsonaro está consciente de que qualquer flexibilização desse bloqueio depende exclusivamente de decisões do Supremo, e não de alianças externas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Em recado a Bolsonaro, Moraes afirma que pandemia “não foi gripezinha”

As declarações foram dadas em um julgamento no qual a Corte considerou inconstitucional uma lei de Uberlândia que impediu a vacinação compulsória

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | Antonio Augusto/Secom/TSE)

Por InfoMoney - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta quarta-feira (6), que a pandemia de Covid-19 não foi uma “gripezinha”.

O ministro também criticou o que classificou como negacionismo do governo brasileiro, à época, em relação à vacinação contra a doença.

As declarações foram dadas durante o julgamento no qual a Corte considerou inconstitucional uma lei municipal de Uberlândia (MG) que impediu a vacinação compulsória da população e proibiu sanções contra quem não se vacinou em 2022.

Durante a sessão do Supremo, Moraes disse que as medidas de restrição foram necessárias para evitar o crescimento do número de mortes no país.

“Nós não estamos falando, como foi dito à época por alguns, de uma ‘gripezinha’. Estamos falando de uma pandemia mundial na qual mais de 700 mil brasileiros morreram. O Brasil foi o segundo país em números absolutos de mortes. Os primeiros foram os Estados Unidos. Lá, como aqui, houve negacionismo governamental no combate à Covid”, criticou Moraes.

O ministro também relembrou as mensagens de desinformação que foram difundidas pelas redes sociais, como publicações que diziam que quem toma vacina “vira jacaré” ou que a pandemia era uma conspiração chinesa para o Brasil virar um país comunista. Todas essas afirmações foram, de alguma forma, difundidas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), desafeto de Moraes.

“Tudo isso, que hoje parece risível, foi trazido para que as pessoas não se vacinassem”, completou o ministro do Supremo.

Por unanimidade, o plenário do STF confirmou a decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu a lei municipal 13.691/2022 de Uberlândia. A decisão monocrática foi assinada em abril de 2022, mas precisava ser referendada pelo plenário.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Elon Musk aumenta fortuna em R$ 118 bilhões após vitória de Trump nos EUA

Boa parte desse aumento veio da valorização das ações da Tesla

Elon Musk durante evento de campanha de Donald Trump no Madison Square Garden, em Nova York (Foto: REUTERS/Carlos Barria)

InfoMoney - Elon Musk, CEO da Tesla e o homem mais rico do mundo, viu sua fortuna aumentar em cerca de US$ 20,9 bilhões (cerca de R$ 118 bilhões) após Donald Trump garantir a vitória na eleição presidencial dos EUA. Os dados são do ranking de bilionários da Forbes.

Boa parte desse aumento veio da valorização das ações da Tesla, que saltaram 13,32% nas negociações desta quarta-feira (6), fechando em US$ 288,53.

Musk possui mais de 411 milhões de ações da Tesla — cerca de 13% das ações ordinárias em circulação da empresa — tornando-o o maior acionista individual da montadora. Musk também possui grandes participações na rede social X, o ex-Twitter, e na empresa de tecnologia espacial SpaceX.

De acordo com a lista de bilionários em tempo real da Forbes, a fortuna de Musk atualmente está calculada em US$ 285,6 bilhões.

O aumento no preço das ações da Tesla coincidiu com a vitória de Trump. Musk doou quase US$ 120 milhões para a campanha de Trump.

Em seu discurso de vitória, Trump elogiou Musk, chamando-o de “uma nova estrela” e “um super gênio”. Trump destacou as conquistas de Musk com a SpaceX e o impacto do serviço de comunicação via satélite Starlink durante o furacão Helene.

Carros da Tesla fabricados na China
Carros da Tesla fabricados na China. Foto: Aly Song / Reuters

A vitória de Trump deve trazer mudanças para a indústria de veículos elétricos. Embora um governo Trump possa reduzir o apoio aos veículos elétricos ao provavelmente eliminar benefícios fiscais, a Tesla poderia se beneficiar da redução da concorrência e dos obstáculos regulatórios.

Um segundo mandato de Trump também poderia significar a redução de regulamentações — algo que Musk e Trump têm defendido — o que beneficiaria o novo negócio de táxi autônomo da Tesla.

Trump já foi um crítico feroz ao mercado de veículos elétricos, dizendo que os compradores desses carros deveriam “apodrecer no inferno”. Em uma entrevista em março, ele afirmou que os veículos elétricos “custam muito” para serem fabricados e que “serão feitos na China” no futuro.

Desde sua aproximação com Musk, Trump mudou o tom: “Bem, eu gosto do Elon, mas o carro (…) Estou a favor deles se você quiser ir à loja de doces, comprar um doce e voltar para casa. Mas se você quiser fazer uma viagem a um lugar como Mar-a-Lago para me cumprimentar, é melhor arranjar um meio de transporte diferente.”

Dias depois, em um comício, Trump disse: “Eu sou a favor de carros elétricos. Eu tenho que ser, porque o Elon me apoiou muito. Então, eu não tenho escolha.”

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Lula: mercado e imprensa corporativa agem de forma hipócrita para pressionar por cortes

Presidente defendeu que os cortes não podem afetar os mais necessitados e pediu colaboração do Congresso
Presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

 O presidente Lula rechaçou firmemente a possibilidade de realizar um corte de gastos que prejudique a população mais humilde, e denunciou a hipocrisia do mercado financeiro e da imprensa corporativa, que pressionam por um "choque fiscal".

"E eu, às vezes, acho que o mercado age com uma certa hipocrisia, com uma contribuição muito grande da imprensa brasileira, para tentar criar confusão na cabeça da sociedade", disse o presidente em entrevista à Rede TV, divulgada nesta quarta-feira (6).

Lula disse que os cortes não podem ser feitos "em cima do ombro das pessoas mais necessitadas", em meio à pressão do mercado financeiro por políticas de austeridade.

O presidente também cobrou do Congresso que se envolva nos cortes. "Se eu fizer um corte de gastos para diminuir a capacidade de investimento do orçamento, a pergunta que eu faço é o seguinte: o Congresso vai aceitar reduzir as emendas de deputados e senadores para contribuir com o ajuste fiscal que eu vou fazer?", indagou.

Fonte: Brasil 247

Entidades criticam aumento dos juros básicos da economia. CNI relata 'indignação'

Conforme alerta da Confederação Nacional da Indústria, emprego e renda no Brasil podem ser prejudicados pela alta da Selic

Prédio do Banco Central em Brasília (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de acelerar o aumento da Taxa Selic, juros básicos da economia, recebeu críticas do setor produtivo. Na avaliação deles, a elevação da taxa para 11,25% ao ano ameaça a recuperação da economia, especialmente quando os Estados Unidos começaram a cortar os juros.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que recebeu “com indignação” a decisão do Copom. Segundo a entidade, a Selic está em nível excessivo e incompatível. Para a entidade, o aumento dos juros só vai impor restrições adicionais à atividade econômica, com reflexos negativos sobre o emprego e a renda, e atrapalhar o equilíbrio das contas públicas.

“A CNI estima que a taxa básica de juros de equilíbrio deveria estar em 8,4% ao ano, considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses. Mesmo ao considerar a expectativa de inflação, a taxa de juros de equilíbrio é estimada em 9,3% ao ano”, criticou a confederação.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) considera que o choque de juros adotado pelo Banco Central tende a prejudicar a atividade econômica e desestimular os investimentos. A entidade pede que o governo avance no pacote de corte de gastos obrigatórios para que os juros possam cair no futuro.

“A Apas entende ainda que é fundamental que o conjunto da política macroeconômica avance de modo conjunto e coordenado e, neste sentido, a política fiscal possui um papel importante tanto na ancoragem das expectativas quanto no desenvolvimento consistente e sustentável da economia brasileira”, destacou em nota o economista-chefe da associação, Felipe Queiroz.

Centrais sindicais

O aumento dos juros básicos também recebeu críticas das centrais sindicais. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a medida aumenta o aperto financeiro à população e às empresas. A entidade lembrou que o Brasil está entre os maiores pagadores de taxa básica real (juros acima da inflação) do mundo, enquanto o país bate recorde em empresas com pedido de recuperação judicial.

“As consequências dessa política monetária, que vem sendo praticada pelo Banco Central nos últimos anos, são danos irreparáveis ao desenvolvimento do Brasil, porque trava toda a economia. Tem impactos nas taxas de juros de todo o sistema financeiro, ou seja, aumenta o custo do dinheiro para as famílias e empresas, aumentando também o endividamento de quem precisa de empréstimos, mas não consegue mais pagar”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

A CUT citou um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo o qual a elevação de 0,5 ponto na Selic aumentará em R$ 26 bilhões os gastos da União com os juros dos títulos públicos. O impacto é apenas da alta da última reunião, desconsiderando novos aumentos nos próximos meses. Cada 1 ponto percentual de aumento na Selic, informou o estudo, eleva em R$ 40 bilhões os custos com os títulos.

A Força Sindical classificou a decisão de “irracional, nefasta e desastrosa”. Em nota, o presidente da entidade, Miguel Torres, disse que o Banco Central vai na contramão do desenvolvimento do país.

“Aumentar a taxa é uma irracionalidade. O aumento é mais uma forma de asfixiar os trabalhadores. Sem cortes relevantes, há redução dos investimentos e das chances de crescimento. É importante ressaltar que juros em patamares proibitivos sangram as divisas do País e inviabilizam o desenvolvimento e o investimento, e, consequentemente, a geração de empregos com mais renda”, destacou Torres.

Fonte: Brasil 247

Lula espera relação civilizada com Trump e pede foco na paz mundial

O presidente também defendeu a sua política externa quando os EUA eram governados por outras lideranças

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que espera uma relação civilizada com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).

“Espero que a convivência seja civilizada, como a que eu já tive com o [George W.] Bush, que era do partido Republicano, que já tive com [Barack] Obama, que já tive com [Joe][ Biden. Uma relação entre 2 chefes de Estado, cada um representa seu país, cada um tem interesses próprios nacionais” , disse Lula em entrevista aos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Bairros (PDT-DF), no programa PODK Liberados, da RedeTV!.

"Quando a gente tiver assunto para conversar, se conversa por telefone, se marca. Eu espero que seja essa relação", disse Lula, acrescentando que não conhece Trump pessoalmente, mas de “ouvir dizer, de ler matérias sobre ele e de vê-lo na televisão”.

Fonte: Brasil 247

Gleisi: decisão anunciada pelo Copom sobre a taxa de juros é uma 'irresponsabilidade total' com o Brasil

A presidente do PT denunciou 'sabotagem' do órgão ligado ao Banco Central

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), alertou nesta quarta-feira (6) para os prejuízos da taxa básica de juros alta. A parlamentar fez referência à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que anunciou aumento de 0,5 ponto percentual, mantendo a Selic em dois dígitos.

"Copom mantém a sabotagem à economia do país e eleva ainda mais os juros estratosféricos. Irresponsabilidade total com um país que precisa e quer continuar crescendo", escreveu a parlamentar na rede social X.

O Copom é ligado ao Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto. O mandato dele vai até 31 de dezembro. Quem vai assumir o lugar ocupado pelo dirigente é o economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula e posteriormente aprovado pelo Senado.

Fonte: Brasil 247

'A Alemanha é uma potência graças a Hitler. Admiro ele. Foi um cara inteligente', diz secretário de segurança

"Eu queria ser um terço daquele líder”, afirmou Anderson Gonzaga da Silva Assis

Anderson Gonzaga da Silva Assis (Foto: Reprodução (Redes Sociais))

O secretário especial de segurança e defesa social de Campo Grande (MS), Anderson Gonzaga da Silva Assis, elogiou o ex-ditador Adolf Hitler (1889-1945), que liderou o nazismo na Alemanha nos anos 30 e 40 do século 20. Uma das consequências foi o extermínio de 6 milhões de judeus, um dos maiores genocídio da história global, também conhecido como Holocausto.

"A Alemanha é a potência que é hoje graças ao Hitler. Estrategista, um cara inteligente, foi ditador, sim [...] conquistou o que conquistou graças às estratégias e inteligência dele […] Eu queria ser um terço daquele líder”, disse Anderson. “Infelizmente quando mexe com pessoas, seres humanos, cada um pensa de um jeito [...] Eu tenho a minha consciência, fizeram até videozinho meu aí na internet chamando de Hitler. Eu até admiro Hitler, porque foi um cara inteligente".

Na Lei 7.716/1989 afirma que praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime no Brasil. A punição é de 1 a 3 anos de prisão e multa. A pena vai de 2 a 5 anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social. Também é ilegal fabricar, vender, distribuir ou veicular símbolos que utilizem a cruz suástica ou gamada, para a divulgação do nazismo. A reclusão é de 2 a 5 anos e multa.

De acordo com o Portal G1, a gravação com o prefeito aconteceu no começo do ano, em uma reunião do secretário, que também seria membro da Guarda Civil Municipal GCM. Guardas protestavam por melhorias salariais.

Segundo a prefeitura da capital sul-mato-grossense, o áudio tem recortes de fala. "A fala foi retirada de contexto. Foi um momento isolado em que eu tentava justificar uma situação pessoal e, por um erro de comunicação, acabei sendo mal interpretado por alguns", disse.

“É importante esclarecer que o tema surgiu durante uma fala na qual eu me defendia sobre uma montagem maldosa de um vídeo no qual eu era comparado a Hitler. Em nenhum momento minha intenção foi minimizar as atrocidades cometidas por Hitler e seu regime. No momento em que me defendia, o que tentava destacar, era uma análise do contexto estratégico de um período histórico específico. É fundamental ressaltar que o tema não foi abordado em nenhum momento com a intenção de fazer apologia a ideologias extremistas ou a figuras como Hitler", continuou.

"Lamento profundamente qualquer desconforto que possa ter causado e reitero meu compromisso com os valores de respeito, ética e humanismo, que são fundamentais para o ambiente de trabalho que todos nós buscamos construir e manter. Sigo com a mesma dedicação no sentido de promover um diálogo construtivo, e agora mais vigilante e consciente de seu impacto. Agradeço a compreensão de todos e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais", acrescentou.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) informou que ainda não existe investigação policial sobre o ocorrido.

Fonte: Brasil 247 com informações do Portal G1

Lindbergh: 'taxa de juros alta significa menos investimento em áreas como saúde, educação e segurança' (vídeo)

'Defendem cortar direitos dos mais pobres para enriquecer os rentista', afirmou o parlamentar

Lindbergh Farias (mais destaque) e Roberto Campos Neto (Foto: Divulgação )

O deputado federal Lindbergh Farias (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que é uma "vergonha" o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros anunciado pelo Comitê de Política Monetária, ligado ao Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto.

"Decisão do Copom de aumentar a Selic em 0,5% é uma sabotagem contra o Brasil. A taxa já está em 11,25%, a segunda mais alta do mundo. Falam em cortar gastos públicos, mas só esse aumento vai significar R$ 25 bilhões a menos para saúde, educação, segurança. Defendem cortar direitos dos mais pobres para enriquecer ainda mais os rentistas! Um absurdo!", escreveu o parlamentar na rede social X.

Aliados do governo têm pressionado o Banco Central a baixar a taxa de juros, para facilitar o acesso ao crédito, o poder de compras e o crescimento da economia. O mandato de Campos Neto acaba em 31 de dezembro e quem vai assumir o lugar dele é o economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula e aprovado pelo Senado.

Fonte: Brasil 247

Selic está em patamar excessivo e incompatível, afirma CNI

Para o setor industrial, a decisão é extremamente conservadora e trará apenas prejuízos à atividade econômica, com reflexos negativos no emprego e renda para a população
Selic está em patamar excessivo e incompatível, afirma CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) recebeu com indignação a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual. Além de ser equivocado, o movimento de alta foi intensificado, já que Banco Central subiu o ritmo de aumento em 0,25 ponto percentual frente à reunião anterior.

Trata-se de mais uma decisão extremamente conservadora da autoridade monetária. Isso porque o nível em que a Selic se encontrava antes da reunião já era mais que suficiente para manter a inflação sob controle. É importante observar que a inflação tem sido impactada por fatores sobre os quais a política monetária não tem efeito. Por isso, a elevação na Selic apenas irá trazer prejuízos desnecessários à atividade econômica, com reflexos negativos em termos de criação de emprego e renda para a população.

No cenário doméstico, o quadro segue sendo de controle da inflação. Afinal, ruídos passageiros não podem se sobrepor à tendência traçada pelos núcleos de inflação, indicadores que eliminam do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) os itens com preços mais voláteis. A média dos 5 principais núcleos de inflação no acumulado em 12 meses até setembro foi de 3,8%, enquanto essa média havia registrado 4,3% no acumulado em 12 meses até dezembro de 2023.

Além disso, a CNI destaca que as acelerações do IPCA em setembro e do IPCA-15 em outubro estão concentradas na alta dos preços de energia elétrica e alimentos, que, por sua vez, estão ligadas a fatores conjunturais, com destaque para as secas extremas. Logo, esses resultados não asseguram mudança significativa na tendência da inflação. Inclusive, a bandeira tarifária vermelha praticada em setembro e outubro já foi revertida para amarela, agora em novembro, o que reduz a pressão exercida por esse item sobre a inflação.

Alta da Selic atrapalha equilíbrio das contas públicas

Outro ponto que merece melhor avaliação pelo Banco Central é a questão das contas públicas. Embora seja inegavelmente importante buscar a sustentabilidade da dívida, há um exagero na preocupação com o quadro fiscal. O impulso fiscal sobre a atividade econômica tem se reduzido significativamente ao longo de 2024, o que tende a frear a pressão sobre a inflação. As despesas primárias federais apresentaram crescimento real de 10,5% no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. Já no segundo semestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, a estimativa da CNI é de queda real de 1,7% (desconsiderando o pagamento adicional de precatórios em 2023).

O menor ritmo de crescimento das despesas somado ao forte crescimento da arrecadação federal tem mostrado que o cumprimento do limite inferior da meta de resultado primário de 2024 é totalmente viável. O Banco Central precisa levar em conta as medidas de redução de despesas públicas em 2025 que devem ser anunciadas em breve pelo Governo Federal. Ação muito positiva para a melhor sincronia entre as políticas monetária e fiscal.

Na contramão dos outros países

No cenário internacional, há clara tendência de afrouxamento dos juros. O Banco Central Europeu (BCE) promoveu em outubro o terceiro corte de juros de 2024. Na reunião desta semana nos Estados Unidos, a expectativa é que o Banco Central dos EUA (FED) promova o segundo corte do ano – e com previsão de que realize mais um até o fim de 2024. Assim, o novo aumento da Selic coloca o Brasil ainda mais na contramão da tendência global, se isolando ao lado da Rússia como os únicos países do G20 que estão subindo juros neste momento.

Além disso, não dá para ignorar o fato de que a taxa de juros real do Brasil está acima da taxa de juros neutra – aquela que não estimula nem desestimula a atividade econômica – há 34 meses. Com a subida da Selic para 11,25% ao ano e a expectativa de inflação de 4,27% para os próximos 12 meses, a taxa de juros real aumentou para 6,7% ao ano, ficando 1,9 ponto percentual acima da taxa de juros neutra estimada pelo Banco Central. Dessa forma, o Brasil segue na 2ª colocação no rankingdas maiores taxas de juros reais do mundo, atrás apenas da Rússia.

Fica evidente que a Selic está em patamar excessivo e incompatível com os elementos que influenciam o quadro inflacionário. Não à toa, a CNI estima que a taxa básica de juros de equilíbrio deveria estar em 8,4% ao ano, considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses. Ou seja, a Selic atual está 2,85 pontos percentuais acima do nível necessário para conter a inflação e evitar prejuízo ao crescimento econômico. Mesmo ao considerar a expectativa de inflação, a taxa de juros de equilíbrio é estimada em 9,3% ao ano, 1,95 ponto percentual acima da Selic atual.

A CNI defende que, em vez de subir a Selic, o foco deve ser a retomada dos cortes na taxa de juros. Só assim o país conseguirá avançar na agenda de redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Caso contrário, continuarão penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos empregos e renda.

Fonte: CNI