quarta-feira, 6 de novembro de 2024

'A Alemanha é uma potência graças a Hitler. Admiro ele. Foi um cara inteligente', diz secretário de segurança

"Eu queria ser um terço daquele líder”, afirmou Anderson Gonzaga da Silva Assis

Anderson Gonzaga da Silva Assis (Foto: Reprodução (Redes Sociais))

O secretário especial de segurança e defesa social de Campo Grande (MS), Anderson Gonzaga da Silva Assis, elogiou o ex-ditador Adolf Hitler (1889-1945), que liderou o nazismo na Alemanha nos anos 30 e 40 do século 20. Uma das consequências foi o extermínio de 6 milhões de judeus, um dos maiores genocídio da história global, também conhecido como Holocausto.

"A Alemanha é a potência que é hoje graças ao Hitler. Estrategista, um cara inteligente, foi ditador, sim [...] conquistou o que conquistou graças às estratégias e inteligência dele […] Eu queria ser um terço daquele líder”, disse Anderson. “Infelizmente quando mexe com pessoas, seres humanos, cada um pensa de um jeito [...] Eu tenho a minha consciência, fizeram até videozinho meu aí na internet chamando de Hitler. Eu até admiro Hitler, porque foi um cara inteligente".

Na Lei 7.716/1989 afirma que praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime no Brasil. A punição é de 1 a 3 anos de prisão e multa. A pena vai de 2 a 5 anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social. Também é ilegal fabricar, vender, distribuir ou veicular símbolos que utilizem a cruz suástica ou gamada, para a divulgação do nazismo. A reclusão é de 2 a 5 anos e multa.

De acordo com o Portal G1, a gravação com o prefeito aconteceu no começo do ano, em uma reunião do secretário, que também seria membro da Guarda Civil Municipal GCM. Guardas protestavam por melhorias salariais.

Segundo a prefeitura da capital sul-mato-grossense, o áudio tem recortes de fala. "A fala foi retirada de contexto. Foi um momento isolado em que eu tentava justificar uma situação pessoal e, por um erro de comunicação, acabei sendo mal interpretado por alguns", disse.

“É importante esclarecer que o tema surgiu durante uma fala na qual eu me defendia sobre uma montagem maldosa de um vídeo no qual eu era comparado a Hitler. Em nenhum momento minha intenção foi minimizar as atrocidades cometidas por Hitler e seu regime. No momento em que me defendia, o que tentava destacar, era uma análise do contexto estratégico de um período histórico específico. É fundamental ressaltar que o tema não foi abordado em nenhum momento com a intenção de fazer apologia a ideologias extremistas ou a figuras como Hitler", continuou.

"Lamento profundamente qualquer desconforto que possa ter causado e reitero meu compromisso com os valores de respeito, ética e humanismo, que são fundamentais para o ambiente de trabalho que todos nós buscamos construir e manter. Sigo com a mesma dedicação no sentido de promover um diálogo construtivo, e agora mais vigilante e consciente de seu impacto. Agradeço a compreensão de todos e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais", acrescentou.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) informou que ainda não existe investigação policial sobre o ocorrido.

Fonte: Brasil 247 com informações do Portal G1

Lindbergh: 'taxa de juros alta significa menos investimento em áreas como saúde, educação e segurança' (vídeo)

'Defendem cortar direitos dos mais pobres para enriquecer os rentista', afirmou o parlamentar

Lindbergh Farias (mais destaque) e Roberto Campos Neto (Foto: Divulgação )

O deputado federal Lindbergh Farias (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que é uma "vergonha" o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros anunciado pelo Comitê de Política Monetária, ligado ao Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto.

"Decisão do Copom de aumentar a Selic em 0,5% é uma sabotagem contra o Brasil. A taxa já está em 11,25%, a segunda mais alta do mundo. Falam em cortar gastos públicos, mas só esse aumento vai significar R$ 25 bilhões a menos para saúde, educação, segurança. Defendem cortar direitos dos mais pobres para enriquecer ainda mais os rentistas! Um absurdo!", escreveu o parlamentar na rede social X.

Aliados do governo têm pressionado o Banco Central a baixar a taxa de juros, para facilitar o acesso ao crédito, o poder de compras e o crescimento da economia. O mandato de Campos Neto acaba em 31 de dezembro e quem vai assumir o lugar dele é o economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula e aprovado pelo Senado.

Fonte: Brasil 247

Selic está em patamar excessivo e incompatível, afirma CNI

Para o setor industrial, a decisão é extremamente conservadora e trará apenas prejuízos à atividade econômica, com reflexos negativos no emprego e renda para a população
Selic está em patamar excessivo e incompatível, afirma CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) recebeu com indignação a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual. Além de ser equivocado, o movimento de alta foi intensificado, já que Banco Central subiu o ritmo de aumento em 0,25 ponto percentual frente à reunião anterior.

Trata-se de mais uma decisão extremamente conservadora da autoridade monetária. Isso porque o nível em que a Selic se encontrava antes da reunião já era mais que suficiente para manter a inflação sob controle. É importante observar que a inflação tem sido impactada por fatores sobre os quais a política monetária não tem efeito. Por isso, a elevação na Selic apenas irá trazer prejuízos desnecessários à atividade econômica, com reflexos negativos em termos de criação de emprego e renda para a população.

No cenário doméstico, o quadro segue sendo de controle da inflação. Afinal, ruídos passageiros não podem se sobrepor à tendência traçada pelos núcleos de inflação, indicadores que eliminam do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) os itens com preços mais voláteis. A média dos 5 principais núcleos de inflação no acumulado em 12 meses até setembro foi de 3,8%, enquanto essa média havia registrado 4,3% no acumulado em 12 meses até dezembro de 2023.

Além disso, a CNI destaca que as acelerações do IPCA em setembro e do IPCA-15 em outubro estão concentradas na alta dos preços de energia elétrica e alimentos, que, por sua vez, estão ligadas a fatores conjunturais, com destaque para as secas extremas. Logo, esses resultados não asseguram mudança significativa na tendência da inflação. Inclusive, a bandeira tarifária vermelha praticada em setembro e outubro já foi revertida para amarela, agora em novembro, o que reduz a pressão exercida por esse item sobre a inflação.

Alta da Selic atrapalha equilíbrio das contas públicas

Outro ponto que merece melhor avaliação pelo Banco Central é a questão das contas públicas. Embora seja inegavelmente importante buscar a sustentabilidade da dívida, há um exagero na preocupação com o quadro fiscal. O impulso fiscal sobre a atividade econômica tem se reduzido significativamente ao longo de 2024, o que tende a frear a pressão sobre a inflação. As despesas primárias federais apresentaram crescimento real de 10,5% no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. Já no segundo semestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, a estimativa da CNI é de queda real de 1,7% (desconsiderando o pagamento adicional de precatórios em 2023).

O menor ritmo de crescimento das despesas somado ao forte crescimento da arrecadação federal tem mostrado que o cumprimento do limite inferior da meta de resultado primário de 2024 é totalmente viável. O Banco Central precisa levar em conta as medidas de redução de despesas públicas em 2025 que devem ser anunciadas em breve pelo Governo Federal. Ação muito positiva para a melhor sincronia entre as políticas monetária e fiscal.

Na contramão dos outros países

No cenário internacional, há clara tendência de afrouxamento dos juros. O Banco Central Europeu (BCE) promoveu em outubro o terceiro corte de juros de 2024. Na reunião desta semana nos Estados Unidos, a expectativa é que o Banco Central dos EUA (FED) promova o segundo corte do ano – e com previsão de que realize mais um até o fim de 2024. Assim, o novo aumento da Selic coloca o Brasil ainda mais na contramão da tendência global, se isolando ao lado da Rússia como os únicos países do G20 que estão subindo juros neste momento.

Além disso, não dá para ignorar o fato de que a taxa de juros real do Brasil está acima da taxa de juros neutra – aquela que não estimula nem desestimula a atividade econômica – há 34 meses. Com a subida da Selic para 11,25% ao ano e a expectativa de inflação de 4,27% para os próximos 12 meses, a taxa de juros real aumentou para 6,7% ao ano, ficando 1,9 ponto percentual acima da taxa de juros neutra estimada pelo Banco Central. Dessa forma, o Brasil segue na 2ª colocação no rankingdas maiores taxas de juros reais do mundo, atrás apenas da Rússia.

Fica evidente que a Selic está em patamar excessivo e incompatível com os elementos que influenciam o quadro inflacionário. Não à toa, a CNI estima que a taxa básica de juros de equilíbrio deveria estar em 8,4% ao ano, considerando a inflação acumulada nos últimos 12 meses. Ou seja, a Selic atual está 2,85 pontos percentuais acima do nível necessário para conter a inflação e evitar prejuízo ao crescimento econômico. Mesmo ao considerar a expectativa de inflação, a taxa de juros de equilíbrio é estimada em 9,3% ao ano, 1,95 ponto percentual acima da Selic atual.

A CNI defende que, em vez de subir a Selic, o foco deve ser a retomada dos cortes na taxa de juros. Só assim o país conseguirá avançar na agenda de redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Caso contrário, continuarão penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos empregos e renda.

Fonte: CNI

Biden parabeniza Trump e o convida para ir à Casa Branca

O atual presidente dos Estados Unidos ainda se comprometeu "a garantir uma transição suave" de governo
Joe Biden (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

WASHINGTON (Reuters) - O presidente democrata dos Estados Unidos, Joe Biden, telefonou nesta quarta-feira para parabenizar Donald Trump por sua vitória na eleição presidencial e convidá-lo para um encontro na Casa Branca, e se dirigirá à nação na quinta-feira.

A Casa Branca, em um comunicado depois que Trump derrotou a vice-presidente democrata Kamala Harris na disputa pela Presidência dos EUA, disse que Biden também se comprometeu "a garantir uma transição suave e enfatizou a importância de trabalhar para unir o país".

Biden também conversou com Kamala, acrescentou.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Taxa real de juros no Brasil é a 3ª maior do mundo, aponta consultoria

Veja o ranking dos maiores percentuais, de acordo com o monitoramento feito pela consultoria MoneYou

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Brasil passou a ter nesta quarta-feira (6) a terceira maior taxa real de juros do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciar o aumento de 0,5 ponto percentual na Selic, de 10,75% para 11,25% ao ano.

Na taxa real de juros, é descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses. Por esse critério, o percentual ficou em 8,08% no país. De acordo com o monitoramento feito pela consultoria MoneYou, a Turquia (15,18%) tem a maior da taxa real de juros, que desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses. Em segundo lugar ficou a Rússia, com 12,19%. O Brasil apareceu na terceira posição.

Em quarto lugar no ranking apareceu o México (6,50%), seguido por Indonésia (4,61%), Colômbia (4,36%) e África do Sul (3,24%). Na oitava posição ficou a Hungria (2,28%), seguida por Filipinas (2,20%) e Reino Unido (2,18%).

Fonte: Brasil 247 com informações da colsultoria MoneYou

PF encontra novas provas e inquérito sobre os atos golpistas pode ser estendido

Investigadores querem descobrir novos suspeitos de planejar ou financiar as manifestações terroristas

Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

A Polícia Federal conseguiu novas provas sobre os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 e pode adiar o fim do inquérito. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (6) pelo colunista Tales Faria.

"As novas provas que a Polícia Federal encontrou nos dispositivos eletrônicos do Mauro Cid, ajudante de ordens do Bolsonaro, estão movimentando os bastidores do meio militar", escreveu o jornalista. "Está chegando no nível mais alto. Não é ainda os tubarões, os comandantes, etc. O fechamento do alto escalão já está mais ou menos. É uma questão de tempo e de você ter a narrativa toda mostrada".

Citado pelo colunista, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que Jair Bolsonaro consultou militares para saber formas de se aplicar um golpe de Estado. Em 2024, a a PF iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”). Investigadores descobriram que a tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Fonte: Brasil 247 com informações do colunista Tales Faria

Copom aumenta juros mais uma vez e mantém Brasil com uma das maiores taxas reais do mundo

Órgão do BC optou por aumentar a Selic em 0,5 ponto, apesar das pressões do empresariado e do governo

Roberto Campos Neto e Banco Central (Foto: ABr)

Por InfoMoney - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (6) elevar a taxa básica de juros (Selic) em 50 pontos-base, para em 11,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. A decisão do colegiado de diretores do BC foi unânime – todos os nove membros do Copom votaram pela alta nessa magnitude.

Em seu comunicado sobre a decisão, o Copom avaliou que avalia que há uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação.

Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, foram destacados a desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; a maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.

Entre os riscos de baixa, foram ressaltados uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

Para o Banco Central, o ambiente externo continuou desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que traz maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração da desinflação e, consequentemente, sobre as decisões do Fed.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, diz o comunicado.

Em relação ao cenário doméstico, o BC diz que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo. “A inflação cheia e as medidas subjacentes se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.”

Segundo o texto, as expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,6% e 4,0%, respectivamente. “A projeção de inflação do Copom para o segundo trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência”, afirma o comunicado.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Fake news? Google erra cotação do dólar e mostra valor acima de R$ 6

Google mostra dólar aos R$ 6,17 nesta quarta-feira. Foto: Reprodução/Google

Internautas se assustaram com a cotação do dólar no Google nesta quarta-feira (6). A moeda estava cotada em R$ 6,17, uma alta de 7,6% em relação ao fechamento do dia anterior.

O Google informou que as cotações exibidas são baseadas em dados de terceiros e, ao detectar o erro, a aplicação foi removida. “Em caso de imprecisões, nós removemos as informações da busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível”, disse a empresa ao g1.

O dólar sofreu uma alta nesta manhã, após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas nunca atingiu o valor de R$ 6,17. Durante a tarde, a moeda começou a cair.

No fechamento, o dólar comercial registrou R$ 5,67. O valor máximo atingido no dia foi de R$ 5,8619.

O dólar turismo, utilizado em viagens e compras internacionais, chegou à máxima de R$ 6,0815, ainda distante do valor exibido no Google.

A cotação mais alta já registrada pelo dólar comercial foi R$ 5,9007, em 13 de maio de 2020.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro ameaça Moraes após eleição de Trump e fala em "frear" ministro

O deputado também demonstrou apoio a Elon Musk, bilionário da extrema-direita que fez sucessivos ataques ao magistrado do STF

Eduardo Bolsonaro (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | LR Moreira/Secom/TSE)

 O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (6) que a eleição de Donald Trump (Partido Republicano) para a presidência dos Estados Unidos vai colocar uma “espécie de freio” no ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

“Vai ser colocado uma espécie de freio. Você acha que o Alexandre de Moraes vai comprar briga com o ministro Elon Musk?!”, disse o parlamentar em entrevista à coluna de Igor Gadelha.

O ministro do STF Alexandre de Moraes atuou em inquéritos como fake news, trama golpistas e fraudes em cartões de vacinação. As investigações do Supremo atingem principalmente políticos da extrema-direita.

No seu mandato, Jair Bolsonaro (PL), inelegível atualmente, tentou passar para a população a ideia de que o Judiciário atrapalhava o governo e acusou o STF de censura.

Em decisão no ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral determinou a inelegibilidade do ex-mandatário por fake news em 2022, quando ele fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tinha segurança contra fraudes.

Fonte: Brasil 247 

Diante do Fla, Cruzeiro busca primeira vitória com Diniz no Brasileiro

Rádio Nacional transmite partida a partir das 21h desta quarta

Flamengo, Cruzeiro, Brasileiro
© Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Direitos Reservados

O Cruzeiro recebe o Flamengo, a partir das 21h (horário de Brasília) desta quarta-feira (5) na Arena Independência, em Belo Horizonte, em partida na qual buscará a primeira vitória sob o comando do técnico Fernando Diniz no Campeonato Brasileiro. A Rádio Nacional transmite ao vivo.

A Raposa chega ao confronto em um momento de euforia, após garantir a classificação para a decisão da Copa Sul-Americana. E a vaga na final foi alcançada justamente com o primeiro triunfo da equipe sob o comando de Fernando Diniz, de 1 a 0 sobre o Lanús (Argentina).


“Tenho 15 anos de carreira como treinador, nunca tinha acontecido de ficar seis jogos sem vencer. Porém, não mudei minha pessoa, nunca me achei um fracassado, mas o que faço é tentar de novo. Os jogadores tentaram de novo, fomos tentando achar a solução, pois todos trabalham com profundidade, não é coisa superficial”, declarou o comandante do Cruzeiro em entrevista coletiva.

O Flamengo também chega à partida em um momento positivo, após derrotar o Atlético-MG por 3 a 1, no último domingo (3) no estádio do Maracanã, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil. Tendo o segundo jogo da decisão da Copa do Brasil com o Galo no próximo domingo (10), o técnico Filipe Luís deve poupar alguns titulares nesta quarta diante da Raposa.

A expectativa é que peças importantes como Gabriel Barbosa, Arrascaeta, Gerson, Léo Ortiz e Wesley não sigam para Belo Horizonte, com isso o Flamengo deve iniciar a partida com: Rossi; Varela, David Luiz, Fabrício Bruno e Ayrton Lucas; Allan, Pulgar e Alcaraz; Plata, Bruno Henrique e Matheus Gonçalves.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Cruzeiro e Flamengo com a narração de Luciana Zogaib, comentários de Rachel Motta e reportagem de Carlos Molinari. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Fonte: Agência Brasil

Após vitória de Trump, ministros do STF brincam sobre quem terá visto cancelado

Ministros do Supremo Tribunal Federal no plenário da Corte. Foto: Antonio Augusto/STF

Após a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm feito piadas sobre serem barrados no país. A brincadeira é adivinhar de quem será o visto revogado pelo republicano.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, as piadas foram feitas enquanto os ministros se preparavam para entrar na sessão do plenário. Luís Roberto Barroso (presidente da Corte), Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Kassio Nunes estavam no local.

A brincadeira surgiu após um grupo de congressistas americanos solicitarem a Antony Blinken, Secretário de Estado, a revogação dos vistos de todos os ministros do Supremo. Em carta, eles chamaram Moraes de “ditador totalitário” e os demais magistrados de “cúmplices de práticas antidemocráticas”.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O pedido foi feito depois das decisões de Moraes para suspender perfis do X (ex-Twitter) e tirar a plataforma do ar no Brasil. A carta foi ignorada pelo governo Joe Biden.

Ministros acreditam que a vitória de Trump deve aumentar a pressão sobre a Corte para reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mesmo assim, os magistrados estão tranquilos sobre o novo contexto político, já que os Estados Unidos já pressionavam a instituição e nunca adotaram medidas concretas.

Aliados de Bolsonaro estão otimistas com a volta de Trump à Casa Branca e acreditam que o republicano pode ajudá-lo a disputar as eleições de 2026.

Fonte: DCM

Apucarana disponibiliza vacina gratuita contra a dengue a crianças e adolescentes


Com apenas 63 doses aplicadas nos últimos 15 dias, o prefeito de Apucarana, Júnior da Femac, voltou a reforçar nesta quarta-feira (06/11) apelo para que pais ou demais responsáveis levem as crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 14 anos, para tomar as doses da vacina contra a dengue.

No final de novembro, com a confirmação da primeira morte no Paraná ocasionada pela doença dentro do atual ciclo epidemiológico, Júnior da Femac já havia alertado sobre a disponibilidade gratuita do imunizante na rede pública e a importância da vacinação. “O cenário atual é alarmante, pois temos um panorama bastante semelhante ao enfrentado no último ciclo da doença, com cidades vizinha registrando crescente número de novos casos, e temos que agir de forma preventiva e coordenada para impedir que a doença avance. Dengue mata e todos, poder público e sociedade, precisamos fazer a nossa parte para evitarmos passar novamente por uma epidemia”, justificou o prefeito.

Segundo a Autarquia Municipal de Saúde (AMS), apesar da disponibilidade de doses suficientes para atender ao público de 10 a 14 anos, a procura tem sido baixa, com apenas 63 doses aplicadas nos últimos 15 dias. “Reiteramos aos pais e demais responsáveis que a vacina contra a dengue é segura, gratuita e está à disposição em todas as 27 Unidades Básicas de Saúde de Apucarana (UBS’s) com sala de vacinação”, diz Emídio Bachiega, secretário municipal de Saúde.

O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas. “O imunizante, que na rede privada de saúde tem custo entre R$350 e R$490, é disponibilizado gratuitamente na rede pública para crianças e adolescentes na faixa entre os 10 e 14 anos”, reforça Bachiega, pontuando que a lista das unidades básicas de saúde com sala de vacinação está disponível do portal da prefeitura na internet, no endereço: https://www.apucarana.pr.gov.br/site/unidades-basicas-de-saude-ubs. O público alvo (10 a 14 anos) foi definido pelo Ministério da Saúde.

Atendimento – A procura de atendimento médico nos primeiros sintomas da dengue é fator importante. “Em caso de sintomas da dengue, a pessoa deve procurar a UBS Bolivar Pavão, no Jardim América, que é especializada no atendimento da doença”, orienta Emídio Bachiega, secretário Municipal da Saúde. O pronto atendimento está aberto de domingo a domingo. De segunda-feira a sexta-feira funciona entre 7 e 22 horas e, sábados, domingos e feriados das 8 às 22 horas.

Sintomas – Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto e que, geralmente, dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos, o paciente também apresenta manchas vermelhas na pele.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

"Bolsa-Rentismo": economista critica efeito da alta dos juros no mercado

Segundo Bruno Mäder Lins, 'o Brasil é um dos únicos países em que títulos do Estado são quase sempre indexados'. Copom anuncia nova Selic nesta quarta (6)
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Foto: ABr)

 Mestre em Política Econômica pela Universidade de Genebra, na Suíça, e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) atualmente, Bruno Mäder Lins afirmou que está no setor financeiro a justificativa para uma taxa de juros alta (10,75%) e com possibilidades de subir 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira (6). De acordo com o estudioso, "o Brasil é um dos únicos países do mundo em que títulos emitidos pelo Estado são quase sempre indexados". "Se os juros sobem, basta ter na mão um papel da dívida pública indexado para ganhar dinheiro com ele", afirma.

Questionado sobre por que o Brasil está na lista dos países com os maiores juros do mundo, o estudioso disse que "uma hegemonia financeira se estruturou no país criando condições para expropriar renda do Estado, no mercado de títulos da dívida pública, e de outros setores da economia". "Nossa particularidade é o formato do nosso sistema financeiro. A elite brasileira nasceu já como mercado e como Estado", afirmou, acrescentando que a elite "age em ambos os terrenos, não domina um ou outro, como costuma acontecer em outros lugares".

Leia a íntegra no DW

Pelo menos 12 partidos anunciaram apoio a Hugo Motta na disputa pela presidência da Câmara


Os apoios mais recentes partiram das bancadas de 4 legendas

Hugo Motta (Foto: Mário Agra / Câmara)

Pelo menos 12 partidos que representam mais de 370 deputados federais apoiam Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa pela presidência da Câmara. Os apoios mais recentes partiram das bancadas de 4 legendas - PDT, PSB, PSDB e Cidadania.

Além do Republicanos e das 4 siglas, representantes de outras 7 legendas anunciaram apoio ao deputado com mandato pela Paraíba - PT, PL, PP, MDB, Podemos, PV e PCdoB.

O candidato precisa de 257 votos para ser eleito presidente da Câmara. A votação é secreta, e é registrada em cabines eletrônicas nos plenários. O pleito foi marcado para acontecer em fevereiro de 2025.

Fonte: Brasil 247

Desvalorização de commodities faz superávit comercial cair em outubro

Saldo positivo caiu 52,7% e somou US$ 4,343 no mês passado

Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A desvalorização de diversas commodities (bens primários com cotação internacional) e o aumento das importações decorrentes da recuperação da economia fizeram o superávit da balança comercial (exportações menos importações) despencar em outubro. No mês passado, o país exportou US$ 4,343 bilhões a mais do que importou, queda de 52,7% em relação ao mesmo mês de 2023 e o pior resultado para outubro desde 2017 (superávit de US$ 4,095 bilhões).

Com o resultado de outubro, o superávit comercial nos dez primeiros meses do ano atinge US$ 63,022 bilhões. O montante é 22% inferior ao do mesmo período de 2023, mas é o segundo melhor para o período na série histórica, que mede as estatísticas do comércio externo desde 1989.

Em relação ao resultado mensal, as exportações caíram, enquanto as importações dispararam, impulsionadas por gás natural e bens de capital (bens usados na produção). Em outubro, o Brasil vendeu US$ 29,461 bilhões para o exterior, recuo de 0,7% em relação ao mesmo mês de 2023. As compras do exterior somaram US$ 20,501 bilhões, alta de 22,5%.

Do lado das exportações, a queda no preço internacional da soja, do milho, do ferro, do aço e do açúcar foram os principais fatores que provocaram a queda no valor vendido. As vendas de alguns produtos, como café, celulose e carne bovina, subiram no mês passado, compensando a diminuição de preço dos demais produtos.

Do lado das importações, as aquisições de medicamentos, motores, máquinas, adubos e fertilizantes químicos subiram. A maior alta, no entanto, foi relacionada ao gás natural, cujo valor comprado aumentou 306,6% em outubro na comparação com outubro do ano passado. O Brasil importou 187,3% a mais em volume do combustível, com preço 41,5% mais alto na mesma comparação.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 6,6%, puxado pelo café, pela carne bovina e pela celulose, enquanto os preços caíram 6,7% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 34,2%, mas os preços médios recuaram 8,5%, indicando o aumento das compras externas decorrentes da recuperação da economia.

● Setores - No setor agropecuário, a queda no preço pesou mais na redução das exportações. O volume de mercadorias embarcadas caiu 5,3% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 7%.

A indústria de transformação foi a exceção, com a quantidade exportada subindo 9,2%, com o preço médio avançando 0,8%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 10,3%, enquanto os preços médios recuaram 22,2%.

● Estimativa - Em outubro, o governo tinha revisado para baixo a projeção de superávit comercial para 2024. A estimativa caiu US$ 79,2 bilhões para US$ 70 bilhões, queda de 28,9% em relação a 2023. Na previsão anterior, de julho, a queda estava estimada em 19,9%. Essa foi a última projeção do ano.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações devem cair 1,2% em 2024 na comparação com 2023, encerrando o ano em US$ 335,7 bilhões. As importações subirão 10,2% e fecharão o ano em US$ 264,3 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da economia, que aumenta o consumo.

As previsões estão mais pessimistas que as do mercado financeiro. O Boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 77,78 bilhões neste ano.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Senacon mantém multa de R$ 13 milhões contra a Enel SP

A sanção foi imposta em junho deste ano com base em indícios de violação do Código de Defesa do Consumidor

Ilustração com o logo da Enel (Foto: Reuters/Dado Ruvic)

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, decidiu manter, nesta quarta-feira (6), a multa de R$ 13,067 milhões aplicada à Enel Distribuidora São Paulo (Enel SP).

A sanção foi imposta em junho deste ano com base em indícios de violação do Código de Defesa do Consumidor relacionados à oferta de um "serviço inadequado" na distribuição de energia elétrica.

Com a decisão, a Senacon rejeitou o recurso apresentado pela empresa e deu seguimento ao processo de cobrança do valor.

Fonte: Brasil 247

STF mantém processos da Lava Jato e nega recurso de Eduardo Cunha

Advogados do ex-parlamentar citaram o ex-juiz suspeito Sergio Moro para fazer o pedido ao Supremo

Eduardo Cunha (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli rejeitou nesta quarta-feira (6) um pedido feito pela defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (Republicanos) para anular todos os atos e decisões referentes a dois processos da operação Lava Jato.

Advogados do ex-parlamentar pediram ao ministro que estendesse a Cunha os efeitos de decisões anteriores em que foi reconhecido um “conluio” entre o então juiz Sergio Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). Esse entendimento foi adotado no processo do empresário Marcelo Odebrecht. No caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o STF reconheceu a suspeição de Moro nas ações.

O magistrado do STF disse que o pedido feito pela defesa de Cunha não tem relação direta com os casos citados. O ex-presidente da Câmara foi condenado nos dois processos, com penas de 14 e 15 anos. O Supremo decidiu que a competência dos casos era da Justiça Eleitoral. Por consequência, as condenações foram anuladas, mas os processos continuaram.

Fonte: Brasil 247

Putin não planeja parabenizar Trump pela vitória nas eleições presidenciais dos EUA

“Não vamos esquecer que estamos falando de um país hostil que está direta e indiretamente envolvido na guerra contra nosso estado”, afirmou

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião de cúpula do Brics na cidade russa de Kazan 23/10/2024 ALEXANDER NEMENOV/Pool via REUTERS (Foto: ALEXANDER NEMENOV/Pool via REUTERS)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não tem a intenção de parabenizar Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Em declaração dada nesta quarta-feira (6), Peskov destacou que a Rússia não esquece o histórico de hostilidade do governo norte-americano em relação ao país.

“Não vamos esquecer que estamos falando de um país hostil que está direta e indiretamente envolvido na guerra contra nosso estado”, afirmou.

Segundo o porta-voz, a Rússia tem monitorado de perto dados sobre a eleição dos EUA.

“À medida que ele se prepara para entrar, ou quando já entrou no Salão Oval, reconhecemos que às vezes as declarações assumem um tom diferente. Portanto, estamos analisando tudo cuidadosamente, observando e tiraremos conclusões com base em palavras e ações específicas”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de as relações entre os dois países piorarem por causa da decisão do Kremlin em relação a vitória de Trump, Peskov afirmou que seria “praticamente impossível”. Para ele, “as relações estão atualmente em seu ponto histórico mais baixo”.

Fonte: Brasil 247

Kamala parabeniza Trump pela vitória nas eleições dos EUA e pede transição de poder pacífica

Presidente Joe Biden também ligará para o republicano, que venceu as eleições presidenciais dos EUA

Kamala Harris cumprimenta Donald Trump (Foto: Reuters/Mike Segar)

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, ligou para o presidente eleito, Donald Trump, para parabenizá-lo pela vitória nas eleições, informou a Associated Press nesta quarta-feira (6), citando um assessor sênior de Harris.

Durante a ligação, a vice-presidente discutiu com Trump a importância de uma transferência pacífica de poder, afirmou o relatório.

Espera-se que Harris faça seu discurso de concessão para seus apoiadores ainda nesta quarta-feira. Na noite desta terça-feira (5), ela não apareceu para seus apoiadores na Universidade Howard após a publicação dos dados preliminares que projetavam a vitória de Trump na corrida eleitoral.

O presidente dos EUA, Joe Biden, também planeja conversar por telefone com Trump nesta quarta-feira e se dirigir à nação nesta quinta-feira (7), informou a ABC News, citando um funcionário da administração americana. Biden pretende parabenizar Trump por sua vitória na eleição.

A eleição presidencial dos EUA foi realizada nesta terça-feira. Apesar das expectativas de uma disputa longa e difícil, Trump foi declarado o vencedor projetado da eleição presidencial americana por analistas eleitorais e redes de televisão na madrugada de quarta-feira. Segundo as projeções, ele garantiu a vitória em todos os estados decisivos. Trump discursou para apoiadores na Flórida e declarou sua vitória. 

Fonte: Brasil 247 com informações da RIA Novosti

Celso Amorim prevê relação “pragmática” com Trump e diz que Lula estará aberto ao diálogo

Assessor de Lula ainda disse ser “cedo para falar que Trump terá postura protecionista” e, para ele, vitória do republicano ‘não fortalece o bolsonarismo’

Lula e Celso Amorim (Foto: Fabio Pozzebom / Agência Brasil)

O ex-chanceler e assessor especial do presidente Lula (PT) para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, afirmou em entrevista ao jornal O Globo que o governo brasileiro terá uma relação “pragmática” com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Amorim, é comum que candidatos falem muito durante as campanhas eleitorais, mas sejam mais comedidos na hora de agir, o que pode ocorrer no novo mandato de Trump.

“É cedo para falar que ele vai ter uma postura protecionista. Candidato fala muita coisa, depois tem que pensar direitinho como vai fazer. Somos contra o protecionismo, somos a favor da OMC (Organização Mundial do Comércio). A verdade é que o protecionismo não foi restabelecido totalmente, nem parcialmente, nos últimos anos. É preciso ter calma”, disse.

O ex-chanceler comparou a situação atual com os primeiros mandatos de Lula como presidente, quando George Bush era o presidente dos EUA. “Vamos manter o pragmatismo como mantivemos com Bush. Ele (Lula) demonstrou simpatia à Kamala (Harris), mas muito mais grave foram as críticas que o Brasil fez ao Bush no ataque ao Iraque. Isso não nos impediu de ter boas relações. O Brasil fez críticas muito fortes ao Bush, não aprovou a Alca, e o Bush veio aqui duas vezes, colocou o capacete da Petrobras”, lembrou Amorim.

Celso Amorim afirmou que Lula está aberto ao diálogo com Trump, mas ainda não sabe se haverão encontros ou conversas entre os dois antes da posse. “Acabamos de ter a notícia hoje, é cedo para falar se vamos dialogar antes da posse. Por enquanto, temos a nota (de parabenização).

Sobre a relação de Trump com Jair Bolsonaro (PL), Amorim minimizou um possível crescimento da extrema direita influenciada pelas eleições americanas. “Acho que o bolsonarismo não se fortalece, cada país é um país. A economia brasileira está se fortalecendo. Lula está sabendo conduzir de modo a não radicalizar com os adversários”.Claro que se formos procurados, reagiremos positivamente”, defendeu.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

STF não é 'vassalo do poder estrangeiro' e resistirá ao bolsonarismo, mesmo sob Trump, afirma Celso de Mello

Ministro aposentado defende independência da Corte diante de especulações sobre influência política de Trump para favorecer Bolsonaro

Ministro Celso de Mello e Jair Bolsonaro (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF | REUTERS/Adriano Machado)

 A vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos trouxe nova esperança aos aliados de Jair Bolsonaro (PL), acendendo uma expectativa entre seus apoiadores de que o retorno de Trump ao poder poderá impulsionar Bolsonaro a se tornar elegível para as eleições presidenciais de 2026. Segundo fontes próximas ao ex-mandatário ouvidas pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, interlocutores veem uma onda de alento capaz de modificar o cenário desfavorável que Bolsonaro enfrenta atualmente no Brasil, inclusive com pressões políticas sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e sua atuação.

Diante desse contexto, o ministro aposentado do STF Celso de Mello pronunciou-se com firmeza sobre o compromisso da Corte Suprema com a preservação do regime democrático e a soberania nacional, rechaçando qualquer insinuação de que o STF pudesse ceder a pressões de caráter político ou ideológico vindas do exterior. Em tom categórico, Mello declarou, segundo o jornal GGN: “essa notícia certamente não procede, pois, se verdadeira fosse, representaria nódoa estigmatizante na história do STF!”.

O ex-ministro destacou que o STF, como "expressão legítima da soberania nacional", não se submete a influências ou pressões, nem "serve a governos, a pessoas ou a grupos ideológicos". Para Mello, a Corte está "longe de curvar-se aos desígnios do poder político, econômico ou corporativo" e é essencialmente fiel à sua missão constitucional. O ministro aposentado afirmou que "o STF, longe de curvar-se aos desígnios do poder político, econômico ou corporativo, jamais será infiel aos seus graves compromissos instituídos pela Lei Fundamental da República, pois tem a percepção superior de sua irrenunciável missão de velar pela supremacia da ordem constitucional, de defender a preservação do regime democrático e de proteger a intangibilidade dos valores inerentes à soberania do Estado brasileiro!”.

Essas declarações reagem diretamente à expectativa ventilada por apoiadores de Bolsonaro de que a conjuntura política estadunidense possa influenciar decisões internas da Corte.

Durante o governo de Joe Biden, também houve pressões sobre o STF e tentativas de interferência, mas sem maiores avanços. No entanto, com a nova correlação de forças nos Estados Unidos, especula-se que o cenário poderá se modificar, com imposições de sanções econômicas ao Brasil e possíveis dificuldades para autoridades como Moraes em visitas aos EUA. Essas pressões, de acordo com os apoiadores de Bolsonaro, poderiam ainda facilitar a aprovação de uma anistia para o ex-presidente no Congresso brasileiro, removendo os impedimentos à sua elegibilidade em 2026.

Celso de Mello reitera, no entanto, que a atuação do STF se manterá inabalável e independente de qualquer influência política externa. Para o ministro aposentado, o Supremo jamais "se curva à onipotência do poder ou aos desejos daqueles que o exercem". Ele considera a independência do STF como essencial à preservação dos "valores inerentes à soberania do Estado brasileiro". Nas palavras de Mello, “o Supremo Tribunal Federal, expressão legítima da soberania nacional, não é vassalo de potestades estrangeiras nem instrumento servil de pretensões contestáveis, especialmente quando fundadas em pressões (ou em sutis ameaças) conflitantes com o espírito democrático que rege o Estado de Direito em nosso País!”.

Com esse posicionamento, Celso de Mello reafirma o papel do STF como uma instituição que, acima de pressões ideológicas e interesses políticos, se mantém fiel aos princípios constitucionais e ao compromisso com o Estado Democrático de Direito. As declarações do ex-ministro refletem uma postura de resistência diante de especulações sobre o poder de influências externas sobre a Justiça brasileira, sugerindo que a integridade e independência da Corte permanecem inabaláveis, mesmo diante de possíveis novas configurações internacionais que possam tentar influenciar o futuro político do país.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo