quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Reconhecimento imediato de Lula à vitória de Trump reflete maturidade, avaliam diplomatas

Postura de Lula difere da adotada por Jair Bolsonaro, que aguardou 38 dias após a eleição de Joe Biden, em 2020, para enviar cumprimentos formais

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 07/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Diplomatas brasileiros de carreira consideram o reconhecimento imediato da vitória de Donald Trump como uma demonstração de acerto e maturidade por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em contraste a postura de Jair Bolsonaro (PL), que aguardou 38 dias após a eleição de Joe Biden em 2020 para enviar cumprimentos formais.

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, três diplomatas de alto escalão do Itamaraty, que preferiram não ser identificados, destacam que o gesto de Lula é um sinal político e diplomático positivo.

Ainda de acordo com a reportagem, os diplomatas acreditam que as diferenças ideológicas entre Lula e Trump não representarão um obstáculo para a continuidade das relações entre Brasil e Estados Unidos, semelhante ao que se observa nas interações com a China, uma importante parceira comercial do Brasil.

Um dos embaixadores consultados afirmou que o presidente Lula “fez o que se espera de um chefe de Estado, de um governo democrático, também eleito pelo povo.”

Contudo, um dos diplomatas expressou que o apoio público de Lula à campanha da vice-presidente Kamala Harris teria sido “desnecessário” e “evitável”. Apesar disso, ele disse que não ver risco de que as relações bilaterais possam ser comprometidas. “Ficaria mais preocupado se o Elon Musk fosse ministro”, brincou em referência referindo-se à promessa de Trump de considerar o empresário dono da rede social X (antigo Twitter) em seu governo.

Entre os possíveis desdobramentos dessa nova relação, os diplomatas preveem impactos nas decisões do governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, além de influências no já complicado conflito entre Rússia e Ucrânia. Outra preocupação gira em torno da postura de Trump em relação à agenda ambiental, da qual o republicano tende a se distanciar, especialmente com a COP30 se aproximando e marcada para ocorrer no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Fronteiras fechadas e deportação em massa: entenda o pacote anti-imigração de Trump

"Se a coisa piorar, vamos ter que fechar nossas fronteiras e impedir que esse pessoal continue a entrar", disse o presidente eleito dos EUA em comício

(Foto: Reuters)

InfoMoney - Donald Trump foi eleito novamente para a presidência dos Estados Unidos com uma promessa clara: endurecer a política de imigração. Em seu discurso de vitória na Flórida, Trump afirmou que “não vai descansar” até devolver aos americanos uma “era de ouro”, que, segundo ele, passa pelo fechamento das fronteiras e por uma ampla política de deportação em massa. “Se a coisa piorar, vamos ter que fechar nossas fronteiras e impedir que esse pessoal continue a entrar”, disse o novo presidente eleito dos EUA.

Apoiado pelo futuro vice-presidente JD Vance e por aliados no Partido Republicano, que retomaram o controle do Senado, Trump reafirmou seu compromisso com a agenda “América em primeiro lugar”, e defendeu que seu “mandato poderoso” lhe dá carta branca para adotar ações drásticas contra a imigração ilegal.

Entenda a seguir os principais pontos das propostas de Trump para a questão migratória.

◆ Uma nova fase de deportações em massa - O novo governo de Trump planeja mobilizar diversas agências para implementar a promessa de deportar milhões de imigrantes, incluindo o uso de militares e diplomatas para reforçar essa agenda. O vice JD Vance estima que a operação pode remover até 1 milhão de pessoas por ano, visando estabelecer um recorde de deportações. Segundo aliados de Trump, ele conta com a experiência de seu primeiro mandato para pressionar estados e cidades que resistem à cooperação com a política federal.

Para cumprir essa meta ambiciosa, o novo governo pretende aumentar a alocação de recursos, expandir centros de detenção e contratar mais juízes de imigração. Apesar de Trump e seus apoiadores defendam que essa política trará segurança aos americanos, críticos, como o Conselho Americano de Imigração, alertam para o custo social e econômico dessa abordagem, calculado em cerca de US$ 968 bilhões para deportar todos os imigrantes ilegais ao longo de uma década.

Leis antigas e táticas militares para garantir deportações - Trump planeja usar a “Lei dos Inimigos Estrangeiros”, um estatuto de 1798 que permite ações rígidas contra estrangeiros em situações de guerra, para facilitar as deportações de supostos membros de gangues. Essa legislação foi aplicada pela última vez na Segunda Guerra Mundial para justificar o internamento de pessoas de ascendência japonesa, alemã e italiana. O uso dessa lei pode provocar batalhas judiciais, com grupos de direitos civis como a União Americana das Liberdades Civis (ACLU) já se preparando para contestar a constitucionalidade da medida.

Stephen Miller, arquiteto da política de imigração do primeiro mandato de Trump, sugeriu que tropas da Guarda Nacional podem ser enviadas para apoiar as deportações em estados que se recusarem a cooperar, elevando a tensão entre estados e o governo federal.

◆ Alavancas diplomáticas e ‘drible’ em autoridades - Desta vez, Trump também está determinado a superar obstáculos no Departamento de Estado, um ponto de resistência enfrentado em seu primeiro mandato. O ex-embaixador Christopher Landau expressou frustração com a falta de comprometimento dos diplomatas com as políticas de imigração de Trump, indicando que nomeações agressivas serão prioritárias para garantir a obediência da agência. O governo planeja utilizar o financiamento federal como pressão sobre estados e cidades “santuários” que rejeitam colaborar nas operações de deportação.

Para implementar a política, será fundamental garantir que países de origem aceitem de volta seus cidadãos deportados. Esse foi um desafio significativo para Trump no primeiro mandato, especialmente em relação ao México e a países da América Central. Agora, ele e seus aliados prometem adotar uma postura mais firme com esses governos.

◆ Efeitos no sistema judicial - Organizações como a ACLU estão prontas para se opor ao pacote anti-imigração de Trump, alertando que as políticas propostas podem levar à separação de famílias e à destruição de comunidades de imigrantes. “Precisamos estar coordenados e com mais recursos”, afirmou Lee Gelernt, advogado da ACLU que liderou batalhas legais contra o governo Trump no passado.

Os aliados de Trump reconhecem que a operação dependerá de um aumento substancial do orçamento. Tom Homan, ex-diretor do ICE e cotado para integrar o novo governo, afirma que a escala de deportações “depende do orçamento disponível”. A intenção de Trump em alocar mais recursos ao ICE e ampliar a atuação da unidade de Investigação de Segurança Interna (HSI) para priorizar a fiscalização da imigração pode redirecionar o foco dessa agência, que tem evitado se envolver diretamente em operações de deportação para manter a confiança das comunidades.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Senac completa 14 anos de prestação de educação profissional em Apucarana



Funcionando em uma moderna sede, na região do Lago Jaboti, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) completa 14 anos na prestação de educação profissional em Apucarana. Com capacidade de atender 1,2 mil alunos por dia, a regional da instituição, além de Apucarana, atende outros 14 municípios: Bom Sucesso, Borrazópolis, Califórnia, Cambira, Faxinal, Jandaia Do Sul, Kaloré, Mandaguari, Marilândia Do Sul, Marumbi, Mauá Da Serra, Novo Itacolomi, Ortigueira e Rio Bom.

No evento comemorativo a data, ontem (5) na sede da instituição, o prefeito Junior da Femac destacou a abrangência de atuação na formação profissional. “A unidade do Senac em Apucarana é a sexta melhor em negócios no Paraná, graças a sua qualificada equipe de profissionais da instituição e a parceria da prefeitura”, avalia Junior da Femac.

De acordo com o gerente-executivo do Senac Apucarana, Lucas Salvalaggio da Silva , “a parceria com a Prefeitura de Apucarana é fundamental para a solidez da unidade do Senac. Temos ações conjuntas como no Programa Portas Abertas, pelo qual o município nos contrata para a capacitação da mão de obra para o comércio. Somos muito gratos pela confiança em nosso trabalho”.

No Senac Apucarana em 2024, informa Salvalaggio, foram capacitados cerca 2,5 mil alunos cumprindo uma carga horária expressiva nas áreas de Gastronomia, Beleza, Saúde, Comércio, Gestão, Idiomas, Comunicação, Hospitalidade, Turismo, Tecnologia da informação, Artes e produção de alimentos. Hoje a unidade do Senac Apucarana, possui com 32 colaboradores.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana inicia nos próximos dias a instalação da decoração natalina


A Prefeitura de Apucarana definiu, por meio de licitação, a empresa que irá executar a instalação da decoração natalina. Conforme cronograma previsto no contrato com a Guimarães Materiais Elétricos Ltda, os trabalhos de montagem deverão iniciar na segunda-feira (11/11). As novidades deste ano serão o trem elétrico e uma árvore de Natal tecnológica, que completarão o cenário composto por túnel de luz, bola, caixa e
sino com passagem, bolas de Natal, taças comemorativas, letreiros, chafariz de LED e arcos luminosos nas ruas.

De acordo com o prefeito Junior da Femac, a montagem acontecerá no período de 11 a 29 de novembro. “Se tudo ocorrer dentro do esperado, poderemos até antecipar o início
dos trabalhos. O acionamento da iluminação está programado para ocorrer entre os dias 25 de novembro e 30 de novembro e os enfeites permanecem ativos até o dia 7 de janeiro, levando uma mensagem de paz, de amor e de alegria na simbologia da chegada do menino Jesus”, pontua Junior da Femac.

A decoração de Natal será instalada nas praças Rui Barbosa, Semiramis Braga (28 de Janeiro) e Interventor Manoel Ribas (Redondo). “Os enfeites estarão também na área central, abrangendo as ruas Oswaldo Cruz, João Cândido Ferreira, Ponta Grossa, Rio Branco, Osório Ribas de Paula e Avenida Curitiba. Vamos preparar uma experiência muito bonita, com cenários natalinos especiais, buscando encantar principalmente as nossas crianças”, reitera Junior da Femac.

A decoração será levada ainda para outros locais, como o Parque Jaboti. “Assim como ocorreu no ano passado, serão instaladas três vitórias régias grandes e outras 15 menores, todas iluminadas em meio ao lago e proporcionando um visual lindíssimo”, detalha Junior da Femac, acrescentando que no local também serão instalados arcos no formato de cometa, além de uma decoração especial na rotatória. “As festividades de final de ano são sempre um momento especial, abrangendo o aspecto cultural, religioso, o acolhimento de visitantes e o congraçamento entre as famílias”, frisa Junior da Femac.

O Espaço das Feiras contará com decoração especial, com chafariz e árvores com LED, além de bolas espanholas revestidas com mangueira LED e efeito de pisca. Os enfeites
também serão levados até as principais rotatórias, como as situadas próximas aos supermercados Canção e Muffato, Igreja Cristo Profeta, Vila Regina, Avenida Central do Paraná e Colégio São José. “Além de criar o ambiente natalino, a decoração acaba atraindo também pessoas de outras cidades, fomentando o comércio local”, ressalta o secretário municipal de Indústria, Comércio e Emprego, Edson Peres Estrope.

De acordo com o superintendente da pasta, Joaquim Rosina, uma das novidades neste ano será a retomada do tradicional trenzinho na Praça Rui Barbosa. “O trenzinho voltará mais moderno, feito em fibra de vidro, movido a bateria elétrica e com capacidade para 24 pessoas. O trenzinho não circulará pelas ruas, mas somente no perímetro da praça”, explica Rosina, que também deixa um ar de mistério em torno da árvore tecnológica de Natal. “Vai surpreender e encantar a todos”, garante Rosina.

Conforme dados da associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA), somente com as 150 empresas que aderiram à campanha de natal no comércio local em 2023, foram registradas vendas de aproximadamente R$10 milhões. A Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Emprego estima que, no total, o faturamento do comércio de Apucarana, no Natal de 2023, foi superior a R$30 milhões.

Para o secretário Edison Peres Estrope, os atrativos que começam a ser instalados em praças, ruas, avenidas e rotatórias na área central da cidade atraem mais consumidores
locais e de toda a região. “A cidade decorada e iluminada para o Natal, certamente agrega mais vendas no comércio e mais consumo no setor de serviços, tais como restaurantes, lanchonetes, pizzarias, cafeterias e outros”, avalia Estrope.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Em depoimento à PF, Ramagem diz 'não lembrar' de articulações golpistas para impedir posse de Lula

Deputado federal e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem depôs por quase duas horas no âmbito do inquérito que apura a suposta articulação golpista

Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirmou em seu depoimento à Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (5), não se lembrar de detalhes relacionados à suposta articulação golpista que teria ocorrido nos últimos dias do governo Jair Bolsonaro (PL) em 2022, destaca o jornal O Globo.

O depoimento de Ramagem se insere na fase final do inquérito que busca esclarecer a suposta trama golpista que envolveu ações de membros do então governo Bolsonaro para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a PF, o depoimento foi considerado pouco útil para as investigações. Ramagem, ex-delegado da PF e candidato a prefeito do Rio de Janeiro, sempre foi um dos principais aliados de Bolsonaro, tendo sido nomeado por ele para liderar a Polícia Federal.

Ramagem pode ser indiciado ao lado de Jair Bolsonaro e outros ministros de seu governo por sua suposta participação na trama. Além disso, ele enfrenta outra investigação sobre o uso da Abin para monitorar ilegalmente adversários políticos e críticos do governo. As informações de ambos os casos foram interligadas pela PF.

As investigações apontam, ainda, que diversos setores do governo anterior foram mobilizados para evitar a posse de Lula, envolvendo a Abin, a Polícia Rodoviária Federal, o Palácio do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e as Forças Armadas.

Uma das evidências citadas inclui a discussão de um plano golpista em reuniões ocorridas nos Palácios do Planalto e da Alvorada, que culminaram em tentativas de invocar um ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), bem como estados de defesa e sítio, ações que visavam obstruir a transmissão de cargo ao presidente Lula, eleito naquele ano.

De acordo com os relatos, Bolsonaro convocou os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha para debater essas medidas, mas os líderes das forças se opuseram ao plano. Além disso, um grupo de inteligência sob a gestão de Bolsonaro teria monitorado o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com o intuito de prendê-lo após a assinatura de um decreto que declararia um golpe de Estado. Informações sobre a vigilância ilegal foram fornecidas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Planalto vê Trump mais forte no retorno à Casa Branca e ameaça à democracia brasileira

Trump terá, desta vez, Legislativo e Judiciário a seu favor. Para conselheiros de Lula, Brasil deve focar no BRICS e Mercosul

Trump na convenção republicana 2024 (Foto: Andrew Kelly/REUTERS)

Aliados do presidente Lula (PT) avaliam que o novo mandato de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos terá mais força e deve pressionar a democracia brasileira, informa a jornalista Daniela Lima, do G1. Trump conseguiu vencer Kamala Harris no voto popular e deve construir maioria na Câmara e no Senado que, aliados a uma Suprema Corte conservadora, darão mais poder ao novo presidente.

"Ao contrário de 2016, ele agora teve também a maioria do voto popular. Deve fazer a maioria na Câmara, já tem a do Senado e, mesmo antes de sair, tinha moldado uma suprema corte conservadora", avalia um conselheiro de Lula. Nesse sentido, Trump pode ter mais força para implementar políticas mais extremas, como uma possível deportação em massa, além de revanches contra adversários políticos. "Algumas propostas precisam de maioria absoluta no congresso americano, mas sem dúvida ele terá mais espaço para manobra", explica o aliado do presidente brasileiro.

Diante desse cenário, o amplo poder trumpista nos Estados Unidos pode ter implicações diretas na política brasileira. Comissões na Câmara e no Senado americanos podem dar espaço para questionamentos à democracia brasileira, à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e à inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), aliado de Trump.

Com a radicalização da política externa dos Estados Unidos, com possíveis políticas protecionistas, a China deve ganhar importância estratégica para o Brasil, avaliam conselheiros de Lula. "Nesse cenário, BRICS e Mercosul precisam ser analisados como mercados estratégicos para o Brasil", defendem.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Com Trump no horizonte, ministros avaliam que governo deve "fazer o dever de casa" e acionar o "modo pragmatismo"

Mudança no cenário político internacional também intensifica a necessidade de aprovar um robusto pacote de cortes de gastos no país

Lula e Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos já está gerando reflexões dentro do governo brasileiro. Em meio a um cenário de acusações de crimes e impeachment enfrentados por ele, ministros ouvidos pela coluna a jornalista Renata Agostini, de O Globo, afirmam que sua volta à Casa Branca pressiona a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a se comprometer com um ajuste nas contas públicas e a realizar seu “dever de casa”.

Um auxiliar do presidente avalia que a ascensão de Trump exige que o governo brasileiro esteja “na ponta dos cascos”, ou seja, pronto para lidar com uma administração americana que pode não ver o Brasil como um aliado. Essa mudança no cenário político também intensifica a necessidade de aprovar um robusto pacote de cortes de gastos no país.

Ainda conforme um outro integrante do governo ouvido pela reportagem, a eleição de Trump é um problema interno dos Estados Unidos, e o Brasil deve focar em “comer em real”, o que significa que resolver as questões internas é essencial para o futuro próximo. A análise feita por ministros nesta quarta-feira (6) sugere que, do ponto de vista econômico, será necessário lidar com as instabilidades da economia global, reforçando a necessidade de um foco nas contas internas.

Outro auxiliar presidencial compartilha essa visão, enfatizando a necessidade de o governo se conectar mais com pautas populares, em vez de se restringir a um pequeno grupo de influenciadores. Nesta linha, o objetivo não é ignorar pautas minoritárias, mas priorizar aquelas que promovem a união do país, como empreendedorismo, emprego, renda, crédito e oportunidades no ensino superior.

A conquista de Trump também serve como um alerta sobre os riscos que uma comunicação inadequada pode trazer para um mandatário. Um auxiliar de Lula observa que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, cometeu diversos erros de comunicação e “perdeu a narrativa”, mesmo apresentando uma economia em crescimento e com baixa taxa de desemprego.

Em relação ao apoio de Lula à eleição de Kamala Harris, um ministro ressaltou que essa escolha não deve ser encarada como um erro, pois “não havia espaço para neutralidade” nem possibilidade de apoio a Trump. A prioridade agora deve ser acionar o “modo pragmatismo” e buscar convergências.

Por fim, outro ministro menciona que o gesto de Lula em relação a Kamala não deve interditar as relações com os Estados Unidos. Historicamente, a América Latina sempre foi de pouco interesse para os americanos, e ele alerta que um possível gesto de Trump em direção à Argentina, sob a liderança de Javier Milei, pode ter impactos positivos para o Mercosul.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Dólar hoje salta quase 2%, a R$ 5,86, impulsionado pela vitória de Trump nos EUA

Moeda americana se fortaleceu em relação a outras grandes moedas globais nesta quarta-feira

Notas de dólar (Foto: Reuters/Sukree Sukplang)

Por Felipe Moreira, InfoMoney - O dólar comercial operava com forte alta em relação ao real nas primeiras negociações desta quarta-feira (6), com investidores repercutindo a vitória do republicano Donald Trump na corrida pela Casa Branca.

Trump reconquistou a Casa Branca nesta quarta-feira ao garantir mais do que os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para ganhar a Presidência, segundo projeção da Edison Research, após uma campanha de retórica sombria que aprofundou a polarização no país.

Qual a cotação do dólar hoje? - Às 9h22, o dólar à vista operava com alta de 1,66%, cotado a R$ 5,841 na compra e R$ 5,842 na venda. Na máxima, chegou a bater R$ 5,862. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,86%, a 5.873 pontos.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,62%, cotado a 5,7472 reais.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 14.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

Dólar comercial:
• Compra: R$ 5,841
• Venda: R$ 5,842

Dólar turismo
• Compra: R$ 5,853
• Venda: R$ 6,033

O que aconteceu com o dólar hoje? - A divisa americana também se fortaleceu em relação a outras grandes moedas globais nesta quarta-feira, quando o ex-presidente Donald Trump reconquistou a Casa Branca, tornando-se apenas o segundo presidente na história a retornar para ganhar dois mandatos não consecutivos na Casa Branca.

As propostas de Trump para aumentar tarifas contra os principais parceiros comerciais dos EUA resultariam, em tese, em um dólar mais forte.

Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que todos os ministros do governo estão “muito conscientes” da tarefa de reforçar o arcabouço fiscal, acrescentando que a rodada de reuniões pedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se discutir medidas fiscais foi concluída.

Falando a jornalistas, Haddad apontou que o próximo passo do presidente provavelmente será pedir uma conversa com os presidentes das duas Casas do Congresso para que se discuta o envio das medidas fiscais para análise dos parlamentares.

Ainda na seara nacional, os destaques ficam por conta da decisão de política monetária do Banco Central e balanços corporativos.

(Com Reuters)

Tarcísio busca apoio em Brasília após TRE-SP levantar possível inelegibilidade

Governador de São Paulo recorre a nomes do Judiciário para discutir cenário após afirmações do presidente do TRE-SP

Tarcísio de Freitas (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, procurou apoio em Brasília após o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Silmar Fernandes, sugerir que ele pode enfrentar inelegibilidade. Segundo o Metrópoles, Tarcísio realizou ligações a figuras importantes do Judiciário para discutir a situação, buscando opiniões sobre o possível desdobramento do caso.

A ação movida pelo PSol visa contestar a declaração feita por Tarcísio logo após a vitória de Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, que derrotou Guilherme Boulos, candidato do PSol. Em meio a esse contexto, o governador demonstrou "alguma preocupação", mas frisou que não acredita que o processo culminará em sua inelegibilidade, conforme destacou ao consultar suas fontes em Brasília.

A movimentação de Tarcísio ocorre em um cenário onde ele possui ampla rede de contatos, tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com planos para concorrer à reeleição em 2026, o governador é visto por aliados como improvável de ser penalizado pela Justiça Eleitoral. Fontes políticas ligadas ao governo afirmam que ele está "bem relacionado" e contam com um cenário de estabilidade para a candidatura futura.

Nos bastidores, muitos analistas e figuras políticas avaliam que as chances de uma sanção severa são baixas, ainda que a ação siga tramitando. "A aposta é que o governador não sofrerá punição grave pela declaração dada no dia da vitória do aliado Ricardo Nunes", afirmam fontes próximas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Haddad diz acreditar que rodada de reuniões com ministros sobre medidas fiscais está concluída

Ministro da Fazenda avalia que Lula deverá pedir uma conversa com os presidentes das duas Casas do Congresso para discutir o envio do pacote fiscal

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião no Palácio do Planalto, em Brasília 17/09/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que todos os ministros do governo estão "muito conscientes" da tarefa de reforçar o arcabouço fiscal, acrescentando que a rodada de reuniões pedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se discutir medidas fiscais foi concluída.

Falando a jornalistas, Haddad apontou que o próximo passo do presidente provavelmente será pedir uma conversa com os presidentes das duas Casas do Congresso para que se discuta o envio das medidas fiscais para análise dos parlamentares.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Com passaporte retido, Bolsonaro não poderá ir à posse de Trump

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal após ordem do STF no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022
Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não poderá comparecer à posse do seu aliado Donald Trump, marcada para janeiro do próximo ano, nos Estados Unidos, porque está com o passaporte retido e proibido de deixar o país, informa a Folha de S. Paulo. O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Os advogados do ex-presidente podem recorrer da decisão no STF com pedido de revogação da medida. No entanto, em outras ocasiões, a revogação foi negada. Em março, Moraes rejeitou o pedido do ex-presidente para que tivesse o passaporte devolvido a fim de viajar a Israel. Os advogados do ex-mandatário haviam solicitado ao magistrado a autorização para que ele pudesse ir a Israel a convite do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

A devolução do passaporte depende de uma decisão individual de Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a tentativa de golpe, ou de uma votação na Primeira Turma do STF. Nesta quarta-feira (6), Bolsonaro publicou um vídeo com Trump em suas redes sociais, acompanhado de uma passagem bíblica: "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã."

Caso seja processado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente pode ser condenado a uma pena de 23 anos de prisão e inelegibilidade de mais de 30 anos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Com Trump eleito, aliados de Bolsonaro veem nova chance para reverter sua inelegibilidade e concorrer em 2026

Avaliação é de que o STF não conseguirá resistir ao "vento contra" que poderá emergir dos Estados Unidos

Trump e Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

A vitória de Donald Trump nas eleições nos Estados Unidos resultou em uma onda de alento entre os aliados de Jair Bolsonaro (PL).. Segundo informações de interlocutores próximos ao ex-mandatário ouvidos pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, essa nova dinâmica pode revitalizar os esforços para torná-lo elegível para as eleições presidenciais de 2026, algo que parecia distante após ele ser declarado inelegível pela Justiça.

A avaliação é que o Supremo Tribunal Federal (STF), que detém o poder de decidir sobre os direitos políticos de Bolsonaro e eventuais anistias, não conseguirá resistir ao que chamam de "vento contra" que poderá emergir dos Estados Unidos. Ainda segundo a reportagem, dentro do STF há uma percepção crescente de que as pressões sobre a Corte devem aumentar, alimentadas por figuras influentes, como o próprio Trump e Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), aliados do estadunidense.

Musk, conhecido por suas críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, se fortaleceu após o pleito, tendo participado de um jantar organizado por Trump na Flórida na última terça-feira (5), onde o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também estava presente. Essa aproximação pode influenciar as estratégias políticas no Brasil, especialmente agora que os Republicanos assumem a maioria no Congresso dos EUA.

Durante o governo de Joe Biden, houve tentativas de pressão sobre o STF, mas estas não resultaram em avanços significativos. No entanto, a atual correlação de forças pode alterar esse cenário, levando a medidas que poderiam dificultar a presença de Moraes nos Estados Unidos e até a possível implementação de sanções econômicas ao Brasil. Essa nova conjuntura poderia facilitar a aprovação de uma anistia para Bolsonaro no Congresso, permitindo que o STF não impusesse barreiras para sua elegibilidade já em 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula parabeniza Trump e diz que "democracia deve ser sempre respeitada"

"O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade", afirmou o presidente

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente Lula (PT) publicou uma mensagem nas redes sociais nesta quarta-feira (6) parabenizando Donald Trump pela vitória eleitoral sobre Kamala Harris. O líder brasileiro pregou respeito à democracia e apelou pela "paz, desenvolvimento e prosperidade". "Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo".

O presidente Lula é um crítico antigo de Trump, visto por ele como uma espécie de inspiração para Jair Bolsonaro (PL) e seu modus operandi, baseado em fake news e discurso de ódio visando a manutenção do poder. No último dia 1, Lula reconheceu que estava torcendo pela vitória da candidata democrata Kamala Harris: “eu acho que com Kamala Harris é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia, é muito mais seguro. Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato fazendo aquele ataque ao Capitólio”.

“Como eu sou amante da democracia, acho a democracia a coisa mais sagrada que nós conseguimos construir para bem governar os nossos países, eu, obviamente, fico torcendo para a Kamala ganhar as eleições”, completou.

Fonte: Brasil 247

Lula se prepara para reconhecer vitória de Trump nas eleições de 2024

Expectativa é de que o presidente divulgue uma mensagem reconhecendo a vitória do candidato republicano sobre Kamala Harris ainda nesta quarta-feira

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá reconhecer a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2024, de acordo com informações de ministros ouvidos pela coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. A expectativa é de que Lula divulgue uma mensagem reconhecendo a vitória do candidato republicano sobre Kamala Harris ainda nesta quarta-feira (6),

Apesar disso, os auxiliares do Palácio do Planalto afirmam que não há planos para uma ligação direta de Lula para Trump, uma vez que o presidente brasileiro não costuma contatar candidatos vitoriosos após eleições, algo considerado raro em sua atuação.

Durante a campanha eleitoral, Lula manifestou torcer pela vitória de Kamala Harris, afirmando que sua vitória seria mais benéfica para a democracia.

“Sou amante da democracia. Acho que é o melhor sistema de governo que a sociedade construiu no mundo. Ela permite aos contrários, os antagônicos, uma disputa civilizada na discussão de ideias, sem violência. Acho que, a Kamala ganhando as eleições, é muito mais seguro para fortalecer a democracia nos Estados Unidos”, disse Lula no dia 1 de novembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Irã minimiza importância das eleições nos EUA e se diz pronto para confronto

"As eleições nos EUA não são realmente da nossa conta. Nossas políticas são estáveis e não mudam com base em indivíduos", disse uma porta-voz do governo

Trump em campanha para as eleições presidenciais de 2024 (Foto: SAM WOLFE/REUTERS)

Reuters - Os meios de subsistência dos iranianos não serão afetados pelas eleições nos Estados Unidos, disse a porta-voz do governo, Fatemeh Mohajerani, nesta quarta-feira, depois que Donald Trump declarou vitória na votação presidencial.

Autoridades árabes e ocidentais disseram à Reuters que Trump pode reimpor sua "política de pressão máxima" por meio de sanções mais severas contra a indústria petrolífera do Irã e dar poder a Israel para atacar suas instalações nucleares e realizar assassinatos.

"As eleições nos EUA não são realmente da nossa conta. Nossas políticas são estáveis e não mudam com base em indivíduos. Fizemos as previsões necessárias anteriormente e não haverá mudanças no modo de vida das pessoas", disse Mohajerani, de acordo com a agência de notícias semioficial Tasnim.

A Guarda Revolucionária não reagiu diretamente à vitória eleitoral de Trump, mas disse que Teerã e seus grupos armados aliados na região estão prontos para o confronto com Israel.

"Os sionistas não têm o poder de nos confrontar e devem esperar por nossa resposta... nossos depósitos têm armas suficientes para isso", disse o vice-chefe da Guarda, Ali Fadavi, na quarta-feira, quando se espera que Teerã responda aos ataques de Israel em 25 de outubro em seu território que mataram quatro soldados.

Em seu primeiro mandato, Trump reaplicou as sanções ao Irã depois que se retirou de um pacto nuclear de 2015 entre o Irã e as potências mundiais que havia restringido o programa nuclear de Teerã em troca de benefícios econômicos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Banco Central anuncia hoje decisão sobre Selic e deve elevar taxa para 11,25% ao ano

A decisão deve unir os nove diretores, inclusive Galípolo e o atual presidente, Roberto Campos Neto.


O Banco Central deve pisar no acelerador e aumentar o ritmo de alta de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cuja decisão será anunciada nesta quarta-feira. Esta é a primeira reunião após a aprovação de Gabriel Galípolo para comandar a instituição em 2025.

Com preocupações fiscais e o dólar nas alturas, a expectativa é de que Copom eleve a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, de 10,75% para 11,25% ao ano, de acordo com as expectativas do mercado. A decisão deve unir os nove diretores, inclusive Galípolo e o atual presidente, Roberto Campos Neto.

Em setembro, o comitê retomou o ciclo de alta com um aumento de 0,25 pp. De lá para cá, o cenário é de inflação mais acentuada, com a alta do dólar, e há mais ceticismo com o ajuste fiscal. No último encontro do Copom, o câmbio considerado foi de R$ 5,60, mas a moeda americana fechou em quase R$ 5,87 na sexta-feira passada, o segundo maior valor nominal da história.

A fraqueza do real é resultado de aspectos externos e locais. No âmbito internacional, pesam as dúvidas sobre o resultado das eleições americanas. Aqui, sem novidades sobre um pacote de medidas para conter a expansão dos gastos públicas, aumentaram os temores em relação à sustentabilidade do arcabouço fiscal e da dívida.

Além disso, dados no Brasil reforçaram um cenário de economia sobreaquecida, o que tende a elevar os preços. As expectativas de inflação se distanciaram ainda mais da meta de 3,0%. Para 2024, o mercado financeiro passou a prever estouro do limite superior da meta, de 4,5%. Para 2025, subiu de 3,95% para 4,0%. Já para o final de 2026, a mediana é de 3,60%.

Economia aquecida

Na Tendências Consultoria, a expectativa é de aumento da Selic a 11,25% nesta semana, seguido de mais duas altas de 0,50 ponto percentual e uma de 0,25 pp, encerrando o ciclo de aperto monetário em 12,50%.

— Com essa piora adicional de ambiente na margem e a renovação dos números fortes do mercado de trabalho, o Copom precisa dar uma resposta mais firme. Ou seja, acelerar o ritmo de aperto é o que deve ser feito agora — explica o sócio da consultoria Silvio Campos Neto.

Para o economista, além do mercado de trabalho, o Copom deve destacar a deterioração dos ativos brasileiros, principalmente do câmbio.

— Lá fora, o mês de outubro foi mais negativo, com os temores de um Fed mais cauteloso e o “Trump trade”. No mínimo, o BC deve alertar para estas maiores incertezas externas, que voltaram a pesar. O câmbio pressionado com economia aquecida e expectativas desancoradas é sempre mais perigoso para a inflação.

Nesse contexto, Silvio Campos Neto avalia que o comitê deve dar algum sinal de que é mais provável seguir no ritmo de 0,50 pp nos encontros seguintes, mas evitando um maior comprometimento.

A Terra Investimentos também espera que Selic atinja 11,25% nesta quarta, mas passou a prever um aumento para 13,00% até o fim do ciclo diante da economia sobreaquecida, do “persistente” descolamento das expectativas de inflação e “da falta de visibilidade em relação à política fiscal”.

A instituição também pontua que a nova composição do Copom anda precisa ser testada. Na prática, nesta reunião, o BC terá dois presidentes aprovados, embora só um empossado — algo inédito.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo recebeu o aval do Senado para comandar a autoridade monetária, mas só vai assumir o cargo após o fim do mandato de Campos Neto, em 31 de dezembro. Em janeiro, também devem chegar ao BC três novos diretores, e as indicações de Lula ao órgão serão maioria.

Para o economista-chefe da Terra Investimentos, João Mauricio Rosal, a conjuntura atual indica uma unanimidade da decisão sobre a Selic, o que trará pouca informação sobre a nova diretoria.

— Minha preocupação maior é quando esses novos passarem a ter maioria, no inicio do próxima ano –— disse, sobre possível interferência de Lula.

O economista da Tendências afirma que todos os membros do Copom devem estar igualmente preocupados com o cenário atual:

— A responsabilidade é de todos e até aqui o Galípolo demonstra estar ciente disso. Mas claro que incertezas sobre o comportamento do BC ao longo do tempo ainda persistem.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Após triunfo nas urnas, processos contra Trump devem ser arquivados

Após sua vitória nas urnas, Donald Trump tem a expectativa de reverter os quatro processos que enfrenta

Donald Trump em Grand Rapids, Michigan 20/7/2024 REUTERS/Tom Brenner (Foto: Tom Brenner)

 A eleição de Donald Trump para um segundo mandato à frente da Presidência dos Estados Unidos deverá refletir em um fortalecimento do republicano nas instâncias judiciais, onde ele se defende de dois processos criminais, litiga um terceiro e aguarda a sentença de um quarto caso, destaca a Folha de S. Paulo. Trump, que já prometeu demitir "em dois segundos" o procurador Jack Smith, responsável pelas acusações nos processos federais, se prepara para uma batalha judicial intensa.

Um dos processos mais significativos contra Trump envolve acusações de que ele tentou reverter sua derrota nas eleições de 2020. Esse caso foi paralisado após uma decisão da Suprema Corte, que reconheceu uma imunidade parcial para presidentes, impactando também o processo referente à invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021, quando seus apoiadores tomaram o prédio do Congresso.

Outro litígio em andamento se refere à suposta posse ilegal de documentos sigilosos. Embora a juíza que supervisiona o caso, indicada por Trump, tenha arquivado a ação, a Procuradoria já apresentou um recurso. Ainda de acordo com a reportagem, a possibilidade de que ambos os processos sejam abandonados é respaldada pela prática do Departamento de Justiça, que geralmente não atua em casos que envolvem presidentes. Além disso, Trump ainda poderia, em última instância, conceder um indulto a si mesmo.

No que tange à tentativa de interferência nas eleições na Geórgia, os advogados de Trump argumentam que ações contra um presidente devem tramitar na Justiça federal, e não na estadual, o que poderia levar à suspensão do processo.

Por fim, destaca-se o caso em Nova York envolvendo Stormy Daniels, uma atriz pornô com quem Trump supostamente teve um relacionamento. Ele já foi condenado em maio deste ano pela compra de silêncio para evitar que detalhes sobre essa relação viessem à tona durante a campanha de 2016. A sentença está prevista para ser anunciada em 26 de novembro. No entanto, mesmo antes das eleições, a expectativa era de que a punição não fosse severa e seus advogados já planejam recorrer com base na decisão da Suprema Corte sobre a imunidade presidencial.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Milei parabeniza Trump pela "formidável vitória" e pede: "torne a América grande novamente"

“Você sabe que pode contar com a Argentina para cumprir essa tarefa”, disse o presidente argentino

Javier Milei (Foto: Reuters/Agustin Marcarian)

Em uma demonstração de alinhamento ideológico e subserviência, o presidente argentino, Javier Milei, parabenizou o republicano Donald Trump por sua vitória na eleição presidencial de 2024, comemorada pelo ex-presidente como um retorno triunfal à Casa Branca após quatro anos fora do cargo. “Torne a América grande novamente”, declarou Milei, ecoando o icônico slogan de campanha de Trump, seguido de uma promessa de apoio: “você sabe que pode contar com a Argentina para cumprir essa tarefa".

A vitória de Trump, projetada pela Fox News, marca um feito notável em sua trajetória política, voltando ao poder depois de uma disputa acirrada com a democrata Kamala Harris. Em discurso para uma multidão de apoiadores no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach, na Flórida, o republicano celebrou o que chamou de “maior movimento político de todos os tempos”. “A América nos deu um mandato poderoso e sem precedentes”, afirmou Trump, ao lado de familiares e aliados.

Com uma postura confiante, Trump prometeu devolver a prosperidade e a segurança aos norte-americanos, afirmando que seu novo governo será a “era de ouro da América”. “Eu não vou descansar até devolver essa América segura e próspera que merecemos”, afirmou o republicano. Ao longo de seu discurso, evitou menções diretas à adversária Kamala Harris, que, segundo sua campanha, deve se pronunciar ainda nesta quarta-feira.

Em sua fala, Trump defendeu uma política de imigração rígida, reforçando a promessa de fechar as fronteiras e de intensificar o controle sobre a entrada de estrangeiros. Ele deixou claro que a restrição não visa impedir a imigração, mas sim garantir que o ingresso no país ocorra de maneira legal. Durante a campanha, Trump prometeu a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos e criticou nações da América Latina, acusando-as de enviar criminosos para o território norte-americano.

O republicano adotou um novo lema para seu mandato: “Promessas feitas serão cumpridas”, com o objetivo de restaurar a economia e reforçar a segurança nacional. Além disso, Trump aproveitou para mencionar o fortalecimento do Partido Republicano, que conquistou a maioria no Senado ao reverter cadeiras democratas em West Virginia e Ohio. No entanto, a disputa pelo controle da Câmara dos Representantes permanece equilibrada, com uma leve vantagem republicana.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro celebra a vitória do “guerreiro Trump” e pede segunda chance

Inelegível, ex-presidente já tenta construir sua volta ao poder, após a eleição de Trump

Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

Após a vitória do ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos, o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro celebrou publicamente o que chamou de “vitória épica” do “guerreiro Trump”. A mensagem foi publicada em suas redes sociais, incluindo a plataforma X (antigo Twitter), onde Bolsonaro exaltou a trajetória de Trump e destacou seu retorno ao poder como uma inspiração para conservadores ao redor do mundo. Com palavras de forte cunho ideológico, Bolsonaro sugeriu que a reeleição do republicano pode impulsionar um novo ciclo de governos de direita, incluindo no Brasil. “Que a vitória de Trump inspire o Brasil a seguir o mesmo caminho”, declarou Bolsonaro, pedindo uma "segunda chance" para concluir sua própria “missão”.

Bolsonaro, que atualmente está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, apontou para o que enxerga como uma "perseguição judicial" tanto contra ele quanto contra Trump, traçando paralelos entre as trajetórias dos dois líderes. “Hoje, testemunhamos o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro. Um homem que, mesmo após enfrentar um processo eleitoral brutal em 2020 e uma injustificável perseguição judicial, ergueu-se novamente”, escreveu Bolsonaro, em defesa do republicano americano.

Além de expressar apoio ao retorno de Trump à Casa Branca, Bolsonaro usou a ocasião para lançar uma crítica implícita ao atual cenário político brasileiro e às ações do governo Lula, ao destacar a importância de valores como "liberdade" e "soberania". Ele afirmou que a vitória de Trump marca “o triunfo da vontade popular sobre os desígnios arrogantes de alguns poucos que desprezam nossos valores, nossas crenças e nossas tradições”. Bolsonaro, que sempre se mostrou próximo de Trump e alinhado às suas políticas, enalteceu o retorno do aliado como um símbolo de resistência contra o que chamou de “censura e abuso de autoridade”.

Ao final de seu post, Bolsonaro sinalizou uma possível intenção de retorno ao poder, apesar das barreiras legais que enfrenta. “Talvez em breve Deus também nos conceda a chance de concluir nossa missão com dignidade e nos devolva tudo o que foi tirado de nós”, declarou. Em um discurso marcado por referências à soberania e à segurança, Bolsonaro voltou a destacar seu desejo de “restaurar o Brasil como uma terra de liberdade, onde o povo é senhor de seu próprio destino”.

A manifestação de Bolsonaro reacendeu o debate sobre suas ambições políticas e sua tentativa de reconectar-se com a base eleitoral conservadora, mirando um futuro onde, inspirado pela trajetória de Trump, ele possa também “renascer” politicamente. Essa aproximação ideológica entre os dois ex-líderes reafirma a expectativa de Bolsonaro em fortalecer o movimento conservador no Brasil, mesmo diante das adversidades judiciais e políticas que enfrenta. 
Confira:

Fonte: Brasil 247

"É uma grande vitória da extrema-direita e Trump não vai parar a máquina de guerra", diz Pedro Paiva

Correspondente da TV 247 prevê turbulências na América Latina

Pedro Paiva, correspondente da TV 247 em Nova York (Foto: Reprodução Youtube)

Washington – Em meio às projeções que indicam vitória de Donald Trump sobre Kamala Harris na eleição presidencial de 2024, analistas já começam a avaliar o impacto de seu retorno ao poder. Pedro Paiva, correspondente da TV 247, alerta para as consequências desse resultado para a América Latina, onde prevê um fortalecimento de grupos de extrema-direita e um aumento das tensões geopolíticas.

Durante uma superlive na TV 247, Paiva destacou que “o próximo governo Trump agirá em prol de seus aliados locais”, fazendo referência direta ao bolsonarismo e a lideranças que compartilham ideais ultraconservadores. Segundo ele, a América Latina será um foco de interesse estratégico do novo governo republicano, com destaque para o México, país que já foi alvo de declarações polêmicas do próprio Trump. "Trump já falou até em invadir o território mexicano", comentou Paiva, enfatizando que a retórica beligerante do candidato republicano não deve diminuir com seu retorno ao poder.

Paiva também apontou que o fortalecimento de lideranças como Javier Milei, na Argentina, é uma consequência direta desse cenário político, afirmando que a vitória de Trump representa uma “grande vitória da extrema-direita” em escala global. Segundo o correspondente, essa ascensão das forças de direita é parte de uma estratégia mais ampla que envolve o apoio a aliados locais em toda a América Latina, alimentando uma “máquina de guerra” dos Estados Unidos que, conforme alertou, “não vai parar com Trump, muito pelo contrário”.

Em sua análise, Paiva foi enfático ao dizer que a máquina de guerra norte-americana possui uma independência que transcende a figura do presidente, “controlando o país e seus líderes”. Ele argumenta que, mesmo com a retórica populista e nacionalista de Trump, a estrutura de poder nos EUA favorece o expansionismo militar e econômico, com consequências diretas para países latino-americanos que resistam às diretrizes de Washington. Ele também previu a continuidade da guerra na Ucrânia e do genocídio na Palestina.

O impacto dessa mudança na Casa Branca, caso a vitória de Trump se confirme, também traz preocupações para as relações internacionais. Com a Edison Research projetando uma liderança de Trump em estados decisivos como Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, muitos analistas e jornalistas já discutem a provável retomada de uma agenda de confronto e apoio a governos alinhados à extrema-direita na América Latina, prevendo uma fase de instabilidade para o continente.

Kamala Harris ainda não se pronunciou oficialmente sobre o desenrolar das apurações, mas seu co-chair de campanha, Cedric Richmond, declarou que "ainda temos votos a serem contados", sugerindo que a contagem continua em áreas-chave. Se confirmado, o retorno de Trump à Casa Branca deverá dar início a um novo capítulo de políticas exteriores agressivas, com desdobramentos na América Latina que, segundo Pedro Paiva, “não deverão ser ignorados por quem defende a paz e a soberania no continente.”

Fonte: Brasil 247