quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Com Trump no horizonte, ministros avaliam que governo deve "fazer o dever de casa" e acionar o "modo pragmatismo"

Mudança no cenário político internacional também intensifica a necessidade de aprovar um robusto pacote de cortes de gastos no país

Lula e Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos já está gerando reflexões dentro do governo brasileiro. Em meio a um cenário de acusações de crimes e impeachment enfrentados por ele, ministros ouvidos pela coluna a jornalista Renata Agostini, de O Globo, afirmam que sua volta à Casa Branca pressiona a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a se comprometer com um ajuste nas contas públicas e a realizar seu “dever de casa”.

Um auxiliar do presidente avalia que a ascensão de Trump exige que o governo brasileiro esteja “na ponta dos cascos”, ou seja, pronto para lidar com uma administração americana que pode não ver o Brasil como um aliado. Essa mudança no cenário político também intensifica a necessidade de aprovar um robusto pacote de cortes de gastos no país.

Ainda conforme um outro integrante do governo ouvido pela reportagem, a eleição de Trump é um problema interno dos Estados Unidos, e o Brasil deve focar em “comer em real”, o que significa que resolver as questões internas é essencial para o futuro próximo. A análise feita por ministros nesta quarta-feira (6) sugere que, do ponto de vista econômico, será necessário lidar com as instabilidades da economia global, reforçando a necessidade de um foco nas contas internas.

Outro auxiliar presidencial compartilha essa visão, enfatizando a necessidade de o governo se conectar mais com pautas populares, em vez de se restringir a um pequeno grupo de influenciadores. Nesta linha, o objetivo não é ignorar pautas minoritárias, mas priorizar aquelas que promovem a união do país, como empreendedorismo, emprego, renda, crédito e oportunidades no ensino superior.

A conquista de Trump também serve como um alerta sobre os riscos que uma comunicação inadequada pode trazer para um mandatário. Um auxiliar de Lula observa que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, cometeu diversos erros de comunicação e “perdeu a narrativa”, mesmo apresentando uma economia em crescimento e com baixa taxa de desemprego.

Em relação ao apoio de Lula à eleição de Kamala Harris, um ministro ressaltou que essa escolha não deve ser encarada como um erro, pois “não havia espaço para neutralidade” nem possibilidade de apoio a Trump. A prioridade agora deve ser acionar o “modo pragmatismo” e buscar convergências.

Por fim, outro ministro menciona que o gesto de Lula em relação a Kamala não deve interditar as relações com os Estados Unidos. Historicamente, a América Latina sempre foi de pouco interesse para os americanos, e ele alerta que um possível gesto de Trump em direção à Argentina, sob a liderança de Javier Milei, pode ter impactos positivos para o Mercosul.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Dólar hoje salta quase 2%, a R$ 5,86, impulsionado pela vitória de Trump nos EUA

Moeda americana se fortaleceu em relação a outras grandes moedas globais nesta quarta-feira

Notas de dólar (Foto: Reuters/Sukree Sukplang)

Por Felipe Moreira, InfoMoney - O dólar comercial operava com forte alta em relação ao real nas primeiras negociações desta quarta-feira (6), com investidores repercutindo a vitória do republicano Donald Trump na corrida pela Casa Branca.

Trump reconquistou a Casa Branca nesta quarta-feira ao garantir mais do que os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para ganhar a Presidência, segundo projeção da Edison Research, após uma campanha de retórica sombria que aprofundou a polarização no país.

Qual a cotação do dólar hoje? - Às 9h22, o dólar à vista operava com alta de 1,66%, cotado a R$ 5,841 na compra e R$ 5,842 na venda. Na máxima, chegou a bater R$ 5,862. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,86%, a 5.873 pontos.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,62%, cotado a 5,7472 reais.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 14.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

Dólar comercial:
• Compra: R$ 5,841
• Venda: R$ 5,842

Dólar turismo
• Compra: R$ 5,853
• Venda: R$ 6,033

O que aconteceu com o dólar hoje? - A divisa americana também se fortaleceu em relação a outras grandes moedas globais nesta quarta-feira, quando o ex-presidente Donald Trump reconquistou a Casa Branca, tornando-se apenas o segundo presidente na história a retornar para ganhar dois mandatos não consecutivos na Casa Branca.

As propostas de Trump para aumentar tarifas contra os principais parceiros comerciais dos EUA resultariam, em tese, em um dólar mais forte.

Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que todos os ministros do governo estão “muito conscientes” da tarefa de reforçar o arcabouço fiscal, acrescentando que a rodada de reuniões pedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se discutir medidas fiscais foi concluída.

Falando a jornalistas, Haddad apontou que o próximo passo do presidente provavelmente será pedir uma conversa com os presidentes das duas Casas do Congresso para que se discuta o envio das medidas fiscais para análise dos parlamentares.

Ainda na seara nacional, os destaques ficam por conta da decisão de política monetária do Banco Central e balanços corporativos.

(Com Reuters)

Tarcísio busca apoio em Brasília após TRE-SP levantar possível inelegibilidade

Governador de São Paulo recorre a nomes do Judiciário para discutir cenário após afirmações do presidente do TRE-SP

Tarcísio de Freitas (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, procurou apoio em Brasília após o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Silmar Fernandes, sugerir que ele pode enfrentar inelegibilidade. Segundo o Metrópoles, Tarcísio realizou ligações a figuras importantes do Judiciário para discutir a situação, buscando opiniões sobre o possível desdobramento do caso.

A ação movida pelo PSol visa contestar a declaração feita por Tarcísio logo após a vitória de Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, que derrotou Guilherme Boulos, candidato do PSol. Em meio a esse contexto, o governador demonstrou "alguma preocupação", mas frisou que não acredita que o processo culminará em sua inelegibilidade, conforme destacou ao consultar suas fontes em Brasília.

A movimentação de Tarcísio ocorre em um cenário onde ele possui ampla rede de contatos, tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com planos para concorrer à reeleição em 2026, o governador é visto por aliados como improvável de ser penalizado pela Justiça Eleitoral. Fontes políticas ligadas ao governo afirmam que ele está "bem relacionado" e contam com um cenário de estabilidade para a candidatura futura.

Nos bastidores, muitos analistas e figuras políticas avaliam que as chances de uma sanção severa são baixas, ainda que a ação siga tramitando. "A aposta é que o governador não sofrerá punição grave pela declaração dada no dia da vitória do aliado Ricardo Nunes", afirmam fontes próximas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Haddad diz acreditar que rodada de reuniões com ministros sobre medidas fiscais está concluída

Ministro da Fazenda avalia que Lula deverá pedir uma conversa com os presidentes das duas Casas do Congresso para discutir o envio do pacote fiscal

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião no Palácio do Planalto, em Brasília 17/09/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que todos os ministros do governo estão "muito conscientes" da tarefa de reforçar o arcabouço fiscal, acrescentando que a rodada de reuniões pedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se discutir medidas fiscais foi concluída.

Falando a jornalistas, Haddad apontou que o próximo passo do presidente provavelmente será pedir uma conversa com os presidentes das duas Casas do Congresso para que se discuta o envio das medidas fiscais para análise dos parlamentares.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Com passaporte retido, Bolsonaro não poderá ir à posse de Trump

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal após ordem do STF no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022
Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não poderá comparecer à posse do seu aliado Donald Trump, marcada para janeiro do próximo ano, nos Estados Unidos, porque está com o passaporte retido e proibido de deixar o país, informa a Folha de S. Paulo. O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Os advogados do ex-presidente podem recorrer da decisão no STF com pedido de revogação da medida. No entanto, em outras ocasiões, a revogação foi negada. Em março, Moraes rejeitou o pedido do ex-presidente para que tivesse o passaporte devolvido a fim de viajar a Israel. Os advogados do ex-mandatário haviam solicitado ao magistrado a autorização para que ele pudesse ir a Israel a convite do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

A devolução do passaporte depende de uma decisão individual de Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a tentativa de golpe, ou de uma votação na Primeira Turma do STF. Nesta quarta-feira (6), Bolsonaro publicou um vídeo com Trump em suas redes sociais, acompanhado de uma passagem bíblica: "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã."

Caso seja processado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente pode ser condenado a uma pena de 23 anos de prisão e inelegibilidade de mais de 30 anos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Com Trump eleito, aliados de Bolsonaro veem nova chance para reverter sua inelegibilidade e concorrer em 2026

Avaliação é de que o STF não conseguirá resistir ao "vento contra" que poderá emergir dos Estados Unidos

Trump e Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

A vitória de Donald Trump nas eleições nos Estados Unidos resultou em uma onda de alento entre os aliados de Jair Bolsonaro (PL).. Segundo informações de interlocutores próximos ao ex-mandatário ouvidos pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, essa nova dinâmica pode revitalizar os esforços para torná-lo elegível para as eleições presidenciais de 2026, algo que parecia distante após ele ser declarado inelegível pela Justiça.

A avaliação é que o Supremo Tribunal Federal (STF), que detém o poder de decidir sobre os direitos políticos de Bolsonaro e eventuais anistias, não conseguirá resistir ao que chamam de "vento contra" que poderá emergir dos Estados Unidos. Ainda segundo a reportagem, dentro do STF há uma percepção crescente de que as pressões sobre a Corte devem aumentar, alimentadas por figuras influentes, como o próprio Trump e Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), aliados do estadunidense.

Musk, conhecido por suas críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, se fortaleceu após o pleito, tendo participado de um jantar organizado por Trump na Flórida na última terça-feira (5), onde o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também estava presente. Essa aproximação pode influenciar as estratégias políticas no Brasil, especialmente agora que os Republicanos assumem a maioria no Congresso dos EUA.

Durante o governo de Joe Biden, houve tentativas de pressão sobre o STF, mas estas não resultaram em avanços significativos. No entanto, a atual correlação de forças pode alterar esse cenário, levando a medidas que poderiam dificultar a presença de Moraes nos Estados Unidos e até a possível implementação de sanções econômicas ao Brasil. Essa nova conjuntura poderia facilitar a aprovação de uma anistia para Bolsonaro no Congresso, permitindo que o STF não impusesse barreiras para sua elegibilidade já em 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula parabeniza Trump e diz que "democracia deve ser sempre respeitada"

"O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade", afirmou o presidente

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente Lula (PT) publicou uma mensagem nas redes sociais nesta quarta-feira (6) parabenizando Donald Trump pela vitória eleitoral sobre Kamala Harris. O líder brasileiro pregou respeito à democracia e apelou pela "paz, desenvolvimento e prosperidade". "Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo".

O presidente Lula é um crítico antigo de Trump, visto por ele como uma espécie de inspiração para Jair Bolsonaro (PL) e seu modus operandi, baseado em fake news e discurso de ódio visando a manutenção do poder. No último dia 1, Lula reconheceu que estava torcendo pela vitória da candidata democrata Kamala Harris: “eu acho que com Kamala Harris é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia, é muito mais seguro. Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato fazendo aquele ataque ao Capitólio”.

“Como eu sou amante da democracia, acho a democracia a coisa mais sagrada que nós conseguimos construir para bem governar os nossos países, eu, obviamente, fico torcendo para a Kamala ganhar as eleições”, completou.

Fonte: Brasil 247

Lula se prepara para reconhecer vitória de Trump nas eleições de 2024

Expectativa é de que o presidente divulgue uma mensagem reconhecendo a vitória do candidato republicano sobre Kamala Harris ainda nesta quarta-feira

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá reconhecer a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2024, de acordo com informações de ministros ouvidos pela coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. A expectativa é de que Lula divulgue uma mensagem reconhecendo a vitória do candidato republicano sobre Kamala Harris ainda nesta quarta-feira (6),

Apesar disso, os auxiliares do Palácio do Planalto afirmam que não há planos para uma ligação direta de Lula para Trump, uma vez que o presidente brasileiro não costuma contatar candidatos vitoriosos após eleições, algo considerado raro em sua atuação.

Durante a campanha eleitoral, Lula manifestou torcer pela vitória de Kamala Harris, afirmando que sua vitória seria mais benéfica para a democracia.

“Sou amante da democracia. Acho que é o melhor sistema de governo que a sociedade construiu no mundo. Ela permite aos contrários, os antagônicos, uma disputa civilizada na discussão de ideias, sem violência. Acho que, a Kamala ganhando as eleições, é muito mais seguro para fortalecer a democracia nos Estados Unidos”, disse Lula no dia 1 de novembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Irã minimiza importância das eleições nos EUA e se diz pronto para confronto

"As eleições nos EUA não são realmente da nossa conta. Nossas políticas são estáveis e não mudam com base em indivíduos", disse uma porta-voz do governo

Trump em campanha para as eleições presidenciais de 2024 (Foto: SAM WOLFE/REUTERS)

Reuters - Os meios de subsistência dos iranianos não serão afetados pelas eleições nos Estados Unidos, disse a porta-voz do governo, Fatemeh Mohajerani, nesta quarta-feira, depois que Donald Trump declarou vitória na votação presidencial.

Autoridades árabes e ocidentais disseram à Reuters que Trump pode reimpor sua "política de pressão máxima" por meio de sanções mais severas contra a indústria petrolífera do Irã e dar poder a Israel para atacar suas instalações nucleares e realizar assassinatos.

"As eleições nos EUA não são realmente da nossa conta. Nossas políticas são estáveis e não mudam com base em indivíduos. Fizemos as previsões necessárias anteriormente e não haverá mudanças no modo de vida das pessoas", disse Mohajerani, de acordo com a agência de notícias semioficial Tasnim.

A Guarda Revolucionária não reagiu diretamente à vitória eleitoral de Trump, mas disse que Teerã e seus grupos armados aliados na região estão prontos para o confronto com Israel.

"Os sionistas não têm o poder de nos confrontar e devem esperar por nossa resposta... nossos depósitos têm armas suficientes para isso", disse o vice-chefe da Guarda, Ali Fadavi, na quarta-feira, quando se espera que Teerã responda aos ataques de Israel em 25 de outubro em seu território que mataram quatro soldados.

Em seu primeiro mandato, Trump reaplicou as sanções ao Irã depois que se retirou de um pacto nuclear de 2015 entre o Irã e as potências mundiais que havia restringido o programa nuclear de Teerã em troca de benefícios econômicos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Banco Central anuncia hoje decisão sobre Selic e deve elevar taxa para 11,25% ao ano

A decisão deve unir os nove diretores, inclusive Galípolo e o atual presidente, Roberto Campos Neto.


O Banco Central deve pisar no acelerador e aumentar o ritmo de alta de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cuja decisão será anunciada nesta quarta-feira. Esta é a primeira reunião após a aprovação de Gabriel Galípolo para comandar a instituição em 2025.

Com preocupações fiscais e o dólar nas alturas, a expectativa é de que Copom eleve a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, de 10,75% para 11,25% ao ano, de acordo com as expectativas do mercado. A decisão deve unir os nove diretores, inclusive Galípolo e o atual presidente, Roberto Campos Neto.

Em setembro, o comitê retomou o ciclo de alta com um aumento de 0,25 pp. De lá para cá, o cenário é de inflação mais acentuada, com a alta do dólar, e há mais ceticismo com o ajuste fiscal. No último encontro do Copom, o câmbio considerado foi de R$ 5,60, mas a moeda americana fechou em quase R$ 5,87 na sexta-feira passada, o segundo maior valor nominal da história.

A fraqueza do real é resultado de aspectos externos e locais. No âmbito internacional, pesam as dúvidas sobre o resultado das eleições americanas. Aqui, sem novidades sobre um pacote de medidas para conter a expansão dos gastos públicas, aumentaram os temores em relação à sustentabilidade do arcabouço fiscal e da dívida.

Além disso, dados no Brasil reforçaram um cenário de economia sobreaquecida, o que tende a elevar os preços. As expectativas de inflação se distanciaram ainda mais da meta de 3,0%. Para 2024, o mercado financeiro passou a prever estouro do limite superior da meta, de 4,5%. Para 2025, subiu de 3,95% para 4,0%. Já para o final de 2026, a mediana é de 3,60%.

Economia aquecida

Na Tendências Consultoria, a expectativa é de aumento da Selic a 11,25% nesta semana, seguido de mais duas altas de 0,50 ponto percentual e uma de 0,25 pp, encerrando o ciclo de aperto monetário em 12,50%.

— Com essa piora adicional de ambiente na margem e a renovação dos números fortes do mercado de trabalho, o Copom precisa dar uma resposta mais firme. Ou seja, acelerar o ritmo de aperto é o que deve ser feito agora — explica o sócio da consultoria Silvio Campos Neto.

Para o economista, além do mercado de trabalho, o Copom deve destacar a deterioração dos ativos brasileiros, principalmente do câmbio.

— Lá fora, o mês de outubro foi mais negativo, com os temores de um Fed mais cauteloso e o “Trump trade”. No mínimo, o BC deve alertar para estas maiores incertezas externas, que voltaram a pesar. O câmbio pressionado com economia aquecida e expectativas desancoradas é sempre mais perigoso para a inflação.

Nesse contexto, Silvio Campos Neto avalia que o comitê deve dar algum sinal de que é mais provável seguir no ritmo de 0,50 pp nos encontros seguintes, mas evitando um maior comprometimento.

A Terra Investimentos também espera que Selic atinja 11,25% nesta quarta, mas passou a prever um aumento para 13,00% até o fim do ciclo diante da economia sobreaquecida, do “persistente” descolamento das expectativas de inflação e “da falta de visibilidade em relação à política fiscal”.

A instituição também pontua que a nova composição do Copom anda precisa ser testada. Na prática, nesta reunião, o BC terá dois presidentes aprovados, embora só um empossado — algo inédito.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo recebeu o aval do Senado para comandar a autoridade monetária, mas só vai assumir o cargo após o fim do mandato de Campos Neto, em 31 de dezembro. Em janeiro, também devem chegar ao BC três novos diretores, e as indicações de Lula ao órgão serão maioria.

Para o economista-chefe da Terra Investimentos, João Mauricio Rosal, a conjuntura atual indica uma unanimidade da decisão sobre a Selic, o que trará pouca informação sobre a nova diretoria.

— Minha preocupação maior é quando esses novos passarem a ter maioria, no inicio do próxima ano –— disse, sobre possível interferência de Lula.

O economista da Tendências afirma que todos os membros do Copom devem estar igualmente preocupados com o cenário atual:

— A responsabilidade é de todos e até aqui o Galípolo demonstra estar ciente disso. Mas claro que incertezas sobre o comportamento do BC ao longo do tempo ainda persistem.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Após triunfo nas urnas, processos contra Trump devem ser arquivados

Após sua vitória nas urnas, Donald Trump tem a expectativa de reverter os quatro processos que enfrenta

Donald Trump em Grand Rapids, Michigan 20/7/2024 REUTERS/Tom Brenner (Foto: Tom Brenner)

 A eleição de Donald Trump para um segundo mandato à frente da Presidência dos Estados Unidos deverá refletir em um fortalecimento do republicano nas instâncias judiciais, onde ele se defende de dois processos criminais, litiga um terceiro e aguarda a sentença de um quarto caso, destaca a Folha de S. Paulo. Trump, que já prometeu demitir "em dois segundos" o procurador Jack Smith, responsável pelas acusações nos processos federais, se prepara para uma batalha judicial intensa.

Um dos processos mais significativos contra Trump envolve acusações de que ele tentou reverter sua derrota nas eleições de 2020. Esse caso foi paralisado após uma decisão da Suprema Corte, que reconheceu uma imunidade parcial para presidentes, impactando também o processo referente à invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021, quando seus apoiadores tomaram o prédio do Congresso.

Outro litígio em andamento se refere à suposta posse ilegal de documentos sigilosos. Embora a juíza que supervisiona o caso, indicada por Trump, tenha arquivado a ação, a Procuradoria já apresentou um recurso. Ainda de acordo com a reportagem, a possibilidade de que ambos os processos sejam abandonados é respaldada pela prática do Departamento de Justiça, que geralmente não atua em casos que envolvem presidentes. Além disso, Trump ainda poderia, em última instância, conceder um indulto a si mesmo.

No que tange à tentativa de interferência nas eleições na Geórgia, os advogados de Trump argumentam que ações contra um presidente devem tramitar na Justiça federal, e não na estadual, o que poderia levar à suspensão do processo.

Por fim, destaca-se o caso em Nova York envolvendo Stormy Daniels, uma atriz pornô com quem Trump supostamente teve um relacionamento. Ele já foi condenado em maio deste ano pela compra de silêncio para evitar que detalhes sobre essa relação viessem à tona durante a campanha de 2016. A sentença está prevista para ser anunciada em 26 de novembro. No entanto, mesmo antes das eleições, a expectativa era de que a punição não fosse severa e seus advogados já planejam recorrer com base na decisão da Suprema Corte sobre a imunidade presidencial.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Milei parabeniza Trump pela "formidável vitória" e pede: "torne a América grande novamente"

“Você sabe que pode contar com a Argentina para cumprir essa tarefa”, disse o presidente argentino

Javier Milei (Foto: Reuters/Agustin Marcarian)

Em uma demonstração de alinhamento ideológico e subserviência, o presidente argentino, Javier Milei, parabenizou o republicano Donald Trump por sua vitória na eleição presidencial de 2024, comemorada pelo ex-presidente como um retorno triunfal à Casa Branca após quatro anos fora do cargo. “Torne a América grande novamente”, declarou Milei, ecoando o icônico slogan de campanha de Trump, seguido de uma promessa de apoio: “você sabe que pode contar com a Argentina para cumprir essa tarefa".

A vitória de Trump, projetada pela Fox News, marca um feito notável em sua trajetória política, voltando ao poder depois de uma disputa acirrada com a democrata Kamala Harris. Em discurso para uma multidão de apoiadores no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach, na Flórida, o republicano celebrou o que chamou de “maior movimento político de todos os tempos”. “A América nos deu um mandato poderoso e sem precedentes”, afirmou Trump, ao lado de familiares e aliados.

Com uma postura confiante, Trump prometeu devolver a prosperidade e a segurança aos norte-americanos, afirmando que seu novo governo será a “era de ouro da América”. “Eu não vou descansar até devolver essa América segura e próspera que merecemos”, afirmou o republicano. Ao longo de seu discurso, evitou menções diretas à adversária Kamala Harris, que, segundo sua campanha, deve se pronunciar ainda nesta quarta-feira.

Em sua fala, Trump defendeu uma política de imigração rígida, reforçando a promessa de fechar as fronteiras e de intensificar o controle sobre a entrada de estrangeiros. Ele deixou claro que a restrição não visa impedir a imigração, mas sim garantir que o ingresso no país ocorra de maneira legal. Durante a campanha, Trump prometeu a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos e criticou nações da América Latina, acusando-as de enviar criminosos para o território norte-americano.

O republicano adotou um novo lema para seu mandato: “Promessas feitas serão cumpridas”, com o objetivo de restaurar a economia e reforçar a segurança nacional. Além disso, Trump aproveitou para mencionar o fortalecimento do Partido Republicano, que conquistou a maioria no Senado ao reverter cadeiras democratas em West Virginia e Ohio. No entanto, a disputa pelo controle da Câmara dos Representantes permanece equilibrada, com uma leve vantagem republicana.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro celebra a vitória do “guerreiro Trump” e pede segunda chance

Inelegível, ex-presidente já tenta construir sua volta ao poder, após a eleição de Trump

Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

Após a vitória do ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos, o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro celebrou publicamente o que chamou de “vitória épica” do “guerreiro Trump”. A mensagem foi publicada em suas redes sociais, incluindo a plataforma X (antigo Twitter), onde Bolsonaro exaltou a trajetória de Trump e destacou seu retorno ao poder como uma inspiração para conservadores ao redor do mundo. Com palavras de forte cunho ideológico, Bolsonaro sugeriu que a reeleição do republicano pode impulsionar um novo ciclo de governos de direita, incluindo no Brasil. “Que a vitória de Trump inspire o Brasil a seguir o mesmo caminho”, declarou Bolsonaro, pedindo uma "segunda chance" para concluir sua própria “missão”.

Bolsonaro, que atualmente está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, apontou para o que enxerga como uma "perseguição judicial" tanto contra ele quanto contra Trump, traçando paralelos entre as trajetórias dos dois líderes. “Hoje, testemunhamos o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro. Um homem que, mesmo após enfrentar um processo eleitoral brutal em 2020 e uma injustificável perseguição judicial, ergueu-se novamente”, escreveu Bolsonaro, em defesa do republicano americano.

Além de expressar apoio ao retorno de Trump à Casa Branca, Bolsonaro usou a ocasião para lançar uma crítica implícita ao atual cenário político brasileiro e às ações do governo Lula, ao destacar a importância de valores como "liberdade" e "soberania". Ele afirmou que a vitória de Trump marca “o triunfo da vontade popular sobre os desígnios arrogantes de alguns poucos que desprezam nossos valores, nossas crenças e nossas tradições”. Bolsonaro, que sempre se mostrou próximo de Trump e alinhado às suas políticas, enalteceu o retorno do aliado como um símbolo de resistência contra o que chamou de “censura e abuso de autoridade”.

Ao final de seu post, Bolsonaro sinalizou uma possível intenção de retorno ao poder, apesar das barreiras legais que enfrenta. “Talvez em breve Deus também nos conceda a chance de concluir nossa missão com dignidade e nos devolva tudo o que foi tirado de nós”, declarou. Em um discurso marcado por referências à soberania e à segurança, Bolsonaro voltou a destacar seu desejo de “restaurar o Brasil como uma terra de liberdade, onde o povo é senhor de seu próprio destino”.

A manifestação de Bolsonaro reacendeu o debate sobre suas ambições políticas e sua tentativa de reconectar-se com a base eleitoral conservadora, mirando um futuro onde, inspirado pela trajetória de Trump, ele possa também “renascer” politicamente. Essa aproximação ideológica entre os dois ex-líderes reafirma a expectativa de Bolsonaro em fortalecer o movimento conservador no Brasil, mesmo diante das adversidades judiciais e políticas que enfrenta. 
Confira:

Fonte: Brasil 247

"É uma grande vitória da extrema-direita e Trump não vai parar a máquina de guerra", diz Pedro Paiva

Correspondente da TV 247 prevê turbulências na América Latina

Pedro Paiva, correspondente da TV 247 em Nova York (Foto: Reprodução Youtube)

Washington – Em meio às projeções que indicam vitória de Donald Trump sobre Kamala Harris na eleição presidencial de 2024, analistas já começam a avaliar o impacto de seu retorno ao poder. Pedro Paiva, correspondente da TV 247, alerta para as consequências desse resultado para a América Latina, onde prevê um fortalecimento de grupos de extrema-direita e um aumento das tensões geopolíticas.

Durante uma superlive na TV 247, Paiva destacou que “o próximo governo Trump agirá em prol de seus aliados locais”, fazendo referência direta ao bolsonarismo e a lideranças que compartilham ideais ultraconservadores. Segundo ele, a América Latina será um foco de interesse estratégico do novo governo republicano, com destaque para o México, país que já foi alvo de declarações polêmicas do próprio Trump. "Trump já falou até em invadir o território mexicano", comentou Paiva, enfatizando que a retórica beligerante do candidato republicano não deve diminuir com seu retorno ao poder.

Paiva também apontou que o fortalecimento de lideranças como Javier Milei, na Argentina, é uma consequência direta desse cenário político, afirmando que a vitória de Trump representa uma “grande vitória da extrema-direita” em escala global. Segundo o correspondente, essa ascensão das forças de direita é parte de uma estratégia mais ampla que envolve o apoio a aliados locais em toda a América Latina, alimentando uma “máquina de guerra” dos Estados Unidos que, conforme alertou, “não vai parar com Trump, muito pelo contrário”.

Em sua análise, Paiva foi enfático ao dizer que a máquina de guerra norte-americana possui uma independência que transcende a figura do presidente, “controlando o país e seus líderes”. Ele argumenta que, mesmo com a retórica populista e nacionalista de Trump, a estrutura de poder nos EUA favorece o expansionismo militar e econômico, com consequências diretas para países latino-americanos que resistam às diretrizes de Washington. Ele também previu a continuidade da guerra na Ucrânia e do genocídio na Palestina.

O impacto dessa mudança na Casa Branca, caso a vitória de Trump se confirme, também traz preocupações para as relações internacionais. Com a Edison Research projetando uma liderança de Trump em estados decisivos como Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, muitos analistas e jornalistas já discutem a provável retomada de uma agenda de confronto e apoio a governos alinhados à extrema-direita na América Latina, prevendo uma fase de instabilidade para o continente.

Kamala Harris ainda não se pronunciou oficialmente sobre o desenrolar das apurações, mas seu co-chair de campanha, Cedric Richmond, declarou que "ainda temos votos a serem contados", sugerindo que a contagem continua em áreas-chave. Se confirmado, o retorno de Trump à Casa Branca deverá dar início a um novo capítulo de políticas exteriores agressivas, com desdobramentos na América Latina que, segundo Pedro Paiva, “não deverão ser ignorados por quem defende a paz e a soberania no continente.”

Fonte: Brasil 247

Netanyahu comemora retorno de Trump à Casa Branca e exalta aliança de Israel com os EUA

Conheça esta e outras reações globais à vitória de Trump
Benjamin Netanyahu (à esq.) e Donald Trump se reúnem na Casa Branca em 2020 (Foto: TOM BRENNER /REUTERS)

Reuters - Reações do mundo todo começaram a surgir depois que a Fox News projetou que o republicano Donald Trump havia derrotado a vice-presidente democrata Kamala Harris, o que coroa um retorno político impressionante quatro anos depois de ele deixar a Casa Branca.

BENJAMIN NETANYAHU, PRIMEIRO-MINISTRO DE ISRAEL

"Parabéns pelo maior retorno da história! Seu retorno histórico à Casa Branca oferece um novo começo para a América e um poderoso novo compromisso com a grande aliança entre Israel e a América. Esta é uma grande vitória! Em verdadeira amizade", escreveu Netanyahu no X.

VOLODYMYR ZELENSKIY, PRESIDENTE DA UCRÂNIA

"Eu aprecio o comprometimento do Presidente Trump com a abordagem 'paz pela força' em assuntos globais. Este é exatamente o princípio que pode praticamente trazer a paz justa na Ucrânia para mais perto", disse Zelenskiy no X.

KEIR STARMER, PRIMEIRO-MINISTRO BRITÂNICO

"Parabéns, Presidente eleito Trump, por sua histórica vitória eleitoral. Estou ansioso para trabalhar com você nos próximos anos. Como os aliados mais próximos, estamos lado a lado na defesa de nossos valores compartilhados de liberdade, democracia e empreendedorismo."

MARK RUTTE, SECRETÁRIO-GERAL DA OTAN

"Acabei de parabenizar Donald Trump por sua eleição como Presidente dos Estados Unidos. Sua liderança será novamente essencial para manter nossa Aliança forte. Estou ansioso para trabalhar com ele novamente para promover a paz por meio da força por meio da OTAN", disse ele em um post no X.

EMMANUEL MACRON, PRESIDENTE DA FRANÇA

"Parabéns, Presidente Donald Trump. Pronto para trabalharmos juntos, assim como soubemos fazer durante quatro anos. Com suas convicções e com as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade.", escreveu Macron no X.

ITAMAR BEN-GVIR, MINISTRO DA SEGURANÇA NACIONAL ISRAELENSE

"Simmmmm, Deus abençoe Trump", disse Ben-Gvir no X.

DMITRY MEDVEDEV, EX-PRESIDENTE RUSSO

"Trump tem uma qualidade útil para nós: como um homem de negócios de coração, ele tem uma aversão mortal por gastar dinheiro com vários puxa-sacos e aliados puxa-sacos estúpidos, em projetos de caridade ruins e em organizações internacionais vorazes", postou Medvedev, agora um alto funcionário de segurança, em sua conta oficial no Telegram.

KARL NEHAMMER, CHANCELER AUSTRÍACO

"Parabéns a @realDonaldTrump pela vitória eleitoral. Os Estados Unidos são um parceiro estratégico importante para a Áustria. Estamos ansiosos para expandir e fortalecer ainda mais nossas relações transatlânticas para enfrentar com sucesso os desafios globais juntos."

MATTEO SALVINI, VICE PRIMEIRO MINISTRO ITALIANO

"Nos Estados Unidos, uma vitória para o bom senso, a paixão e o futuro. Boa sorte com seu trabalho, Presidente Donald Trump", postou Salvini, adicionando a hashtag "GODonaldGO".

NAYIB BUKELE, PRESIDENTE DE EL SALVADOR

"Parabéns ao Presidente Eleito dos Estados Unidos da América, @realDonaldTrump. Que Deus o abençoe e o guie", Bukele postou no X.

VIKTOR ORBAN, PRIMEIRO-MINISTRO HÚNGARO

"O maior retorno da história política dos EUA! Parabéns ao presidente @realDonaldTrump

em sua enorme vitória. Uma vitória muito necessária para o Mundo!" Orban postou no X.

GEERT WILDERS, POLÍTICO HOLANDÊS

"PARABÉNS PRESIDENTE TRUMP! PARABÉNS AMÉRICA! NUNCA PARE, SEMPRE CONTINUE LUTANDO E GANHE AS ELEIÇÕES!", disse Wilders no X.

Fonte: Brasil 247

China se prepara para mais 4 anos de ataques de Trump, mas vê oportunidade de expandir influência global

Estrategistas chineses avaliam que a política externa isolacionista de Trump pode dar a Pequim um vácuo para expandir sua influência global

Xi Jinping e Trump. (Foto: REUTERS)

Reuters - À medida que o republicano Donald Trump declarou vitória nas eleições presidenciais dos EUA, derrotando a democrata Kamala Harris, a China se prepara para mais quatro anos de uma amarga rivalidade de superpotências em questões de comércio, tecnologia e segurança. Trump mostrou força em amplas áreas do país, conquistando uma parcela maior dos votos em nível nacional do que há quatro anos, segundo os boletins de apuração.

Estratégistas chineses disseram que, embora esperem mais retórica agressiva e tarifas potencialmente devastadoras de Trump, alguns consideram que sua política externa isolacionista pode dar a Pequim um espaço para expandir sua influência global. “Pequim esperava uma disputa acirrada nas eleições dos EUA. Embora a vitória de Trump não seja o resultado preferido da China e levante preocupações, não é totalmente inesperada”, disse Tong Zhao, pesquisador sênior da Carnegie Endowment for International Peace.

"A liderança chinesa provavelmente se esforçará para manter uma aparência de relação pessoal cordial com Trump, enquanto intensifica os esforços para projetar o poder e a força da China."

Da Wei, diretor do Centro de Segurança Internacional e Estratégia da Universidade Tsinghua em Pequim, afirmou que a vitória de Trump "pode representar um desafio relativamente grande para as relações sino-americanas" com base em suas propostas políticas de campanha e nas ações de seu mandato anterior. “Devido à alta imprevisibilidade de Trump, acho difícil para a China afirmar que há um plano completamente formado para fazer ‘x’ quando Trump assumir o poder. Também dependerá das políticas que o governo Trump implementará.”

◆ Ameaça de tarifas de Trump - Trump propôs tarifas sobre importações chinesas superiores a 60% e o fim do status de nação mais favorecida da China no comércio, e analistas afirmam que a perspectiva de uma guerra comercial abalou a liderança chinesa. A China vende bens no valor de mais de US$ 400 bilhões anualmente aos EUA e outros bilhões em componentes para produtos que os americanos compram de outros países.

“Pequim está particularmente cautelosa com uma possível retomada da guerra comercial sob Trump, especialmente à medida que a China enfrenta atualmente desafios econômicos internos significativos”, disse Zhao. “A China também espera que Trump acelere o desacoplamento das tecnologias e das cadeias de suprimento, uma medida que pode ameaçar o crescimento econômico da China e impactar indiretamente sua estabilidade social e política.”

Em resposta, a China provavelmente intensificará seus esforços para alcançar maior autossuficiência tecnológica e econômica, ao mesmo tempo em que sente mais pressão para fortalecer laços econômicos com países como a Rússia, acrescentou. “No futuro, Pequim provavelmente irá elaborar uma lista de barganhas e trocas de interesses claras que poderia propor a Washington, na esperança de que consiga focar em suas preocupações econômicas internas enquanto Trump se ocupa com outras questões”, disse Brian Wong, professor assistente da Universidade de Hong Kong que estuda estratégia global.

◆ Vácuo de poder global - A China provavelmente reforçará os laços com o Sul Global, a Europa e os países do Nordeste Asiático no caso de uma vitória de Trump, dada sua política externa "transacional, isolacionista, anti-globalista e anti-multilateral", disse Wong. O presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, chegaram a uma rara reaproximação no mês passado, enquanto Pequim iniciou contatos cautelosos com o novo governo japonês neste outono, após anos de relações tensas.

“A China espera que o segundo governo Trump se afaste ainda mais de acordos e compromissos internacionais, criando oportunidades para a China expandir sua influência em novos vácuos de poder”, acrescentou Zhao. Trump deixou Taiwan, governada democraticamente, inquieta ao dizer que deveria pagar a Washington por sua defesa e que havia prejudicado os negócios de semicondutores dos EUA.

“A administração Biden aplicou táticas de alta pressão sobre a China em Taiwan, com tropas americanas estacionadas em Taiwan e até fornecendo armas para Taiwan... uma grande ruptura com a política da administração Trump sobre Taiwan”, disse Shen Dingli, acadêmico de relações internacionais em Xangai. No mês passado, Washington aprovou uma venda de armas no valor de US$ 2 bilhões para Taiwan.

“Trump provavelmente não dará o mesmo apoio a Taiwan no futuro.”

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto deve ser indiciado no 'inquérito do golpe'

PF aponta líder do PL como peça-chave no esquema que questionou as eleições e inflamou tensões sobre suposta fraude no sistema eleitoral

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deve ser indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado com o objetivo de impedir a posse do presidente Lula (PT). Segundo apuração de Bela Megale, do jornal O Globo, a PF identificou que Valdemar desempenhou um papel ativo na estratégia de questionamento da lisura do processo eleitoral ao solicitar, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas no segundo turno das eleições de 2022. Esse pedido teria sido um dos fatores que intensificou as suspeitas de fraude entre apoiadores, criando um ambiente de descrença que contribuiu para o planejamento de ações radicais.

Para os investigadores, a ação do PL não só lançou dúvidas sobre a transparência das eleições, mas também impulsionou a crença infundada em irregularidades, o que desencadeou uma escalada de reações antidemocráticas no país. Valdemar se destacou como um dos principais fiadores desse movimento, relatam fontes da investigação, que apontam seu papel como central para mobilizar uma parte da população convencida de que o sistema eleitoral brasileiro estava comprometido.

Ainda conforme o relatório da PF, Jair Bolsonaro (PL) é o principal alvo das apurações, visto como a peça central nas articulações para impedir a posse do então presidente eleito. Valdemar Costa Neto, que chegou a ser alvo de busca e apreensão e foi preso em flagrante em fevereiro deste ano por posse ilegal de arma de fogo, permanece proibido de ter contato com Bolsonaro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A conclusão do inquérito, prevista para este mês, deve trazer à tona os desdobramentos e o grau de envolvimento das lideranças do PL e de outros aliados de Bolsonaro nas tentativas de desestabilização da democracia.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Chefes de Estado parabenizam Trump pela vitória eleitoral

Líderes de Israel, França, Ucrânia e outros países reagem ao retorno do republicano à Casa Branca

Donald Trump (Foto: Reuters/Brendan McDermid)

Donald Trump, o candidato republicano à Casa Branca, garantiu virtualmente sua vitória sobre Kamala Harris, a adversária democrata, ao assegurar a maioria dos delegados na Pensilvânia nas primeiras horas desta quarta-feira (6). Apesar de ainda não atingir oficialmente os 270 delegados necessários para vencer no Colégio Eleitoral, Trump se declarou eleito para um novo mandato, relata o jornal O Globo.

Após seu discurso aos apoiadores na Flórida, o ex-presidente recebeu uma série de mensagens de congratulação de chefes de Estado e autoridades globais, sinalizando o impacto imediato de seu retorno ao cenário mundial. Entre os primeiros a reagir esteve o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que descreveu a vitória de Trump como "o maior retorno da história" e enfatizou a "forte aliança entre Israel e os Estados Unidos".

O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou seu desejo de continuidade na colaboração com Trump, apesar das conhecidas diferenças em pautas globais, como questões ambientais. "Parabéns, Presidente Donald Trump. Prontos para trabalhar juntos como temos feito há quatro anos, com suas crenças e com as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade", escreveu Macron em publicação no X.

Na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky também saudou Trump pela vitória e manifestou sua esperança de que o retorno do republicano traga "paz para a Ucrânia" diante do contexto de conflito com a Rússia. Para Zelensky, o resultado representou "um triunfo impressionante".

Keir Starmer, o primeiro-ministro do Reino Unido, sublinhou a relevância dos valores compartilhados entre os dois países e o compromisso em defendê-los "ombro a ombro" ao longo dos próximos anos. Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz parabenizou Trump e destacou que "Alemanha e EUA têm trabalhado juntos com sucesso há muito tempo para promover a prosperidade e a liberdade em ambos os lados do Atlântico". "Continuaremos a fazê-lo para o bem de nossos cidadãos e cidadãs", prometeu.

O retorno de Trump também foi celebrado entre lideranças conservadoras na Europa. Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro, declarou que a vitória de Trump representa a "maior volta por cima na história política dos EUA" e é "necessária para o mundo". Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, ressaltou a "aliança inabalável" entre as duas nações e a importância da parceria estratégica. Em publicação no X, ela reafirmou seu compromisso com a cooperação entre Itália e EUA, descrevendo os países como "nações irmãs".

O primeiro-ministro indiano Narendra Modi, outro entusiasta da vitória de Trump, classificou o momento como "histórico", destacando a possibilidade de fortalecer a parceria bilateral. Modi defendeu o trabalho conjunto em prol da "paz, estabilidade e prosperidade globais".

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, também se manifestou, destacando a importância da vitória de Trump para fortalecer a aliança transatlântica. Durante o primeiro mandato do republicano, Trump pressionou os membros da Otan a aumentarem os investimentos em defesa, promovendo mudanças significativas na política de segurança do bloco. Em sua mensagem, Rutte afirmou estar "ansioso para trabalhar com Trump novamente para promover a paz através da força".

Com a vitória ainda não formalmente consolidada no Colégio Eleitoral, o retorno de Donald Trump à Casa Branca já provoca uma nova dinâmica de cooperação entre os Estados Unidos e diversos países. Os apoios recebidos refletem o potencial de fortalecimento das parcerias com Israel, Europa e Índia, ao mesmo tempo em que indicam uma continuidade no enfoque conservador para a política externa dos EUA.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trump volta à Casa Branca com protecionismo reforçado e pode impactar economia brasileira

Aumento das tarifas nos EUA deve atingir setores cruciais da economia brasileira e intensificar efeitos negativos no comércio global

Casa Branca em Washington 21/07/2022 (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

A volta de Donald Trump ao governo dos Estados Unidos traz perspectivas preocupantes para o Brasil e outros países exportadores, segundo analistas ouvidos pela Folha de S. Paulo. Eles apontam que, caso Trump cumpra suas promessas de campanha, o novo governo republicano reforçará políticas protecionistas, com aumento de tarifas sobre produtos importados, cortes de impostos e outras medidas que podem afetar diretamente o comércio exterior brasileiro, especialmente em setores como agronegócio, biocombustíveis e produtos de ferro e aço.

Uma das promessas mais destacadas de Trump é a elevação de tarifas entre 10% e 20% para todas as importações, incluindo as de países aliados, e até 60% para produtos chineses. Para o Brasil, que fechou 2023 com uma balança comercial deficitária com os EUA, os impactos podem ser relevantes. Segundo dados oficiais, as exportações brasileiras para o mercado americano somaram US$ 36,9 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 38 bilhões, uma relação que pode se agravar com o aumento das tarifas.

Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, observa que setores como aço, alumínio e cobre já sofrem com medidas antidumping americanas, mas novos aumentos tarifários podem se estender a outras áreas estratégicas. “Aço, alumínio e cobre brasileiros já estão sendo afetados, e temos uma exportação importante de autopeças e partes de equipamentos, principalmente de multinacionais americanas instaladas no Brasil”, comenta.

Outro ponto que preocupa os analistas é a possível desaceleração da economia chinesa diante das tarifas americanas. José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), alerta que uma redução no comércio entre China e Estados Unidos pode prejudicar o Brasil indiretamente, já que a China é um dos maiores compradores de commodities brasileiras. “A situação afeta a maioria dos países, inclusive o Brasil, que depende da exportação de commodities para os chineses”, pontua Castro.

As tarifas protecionistas dos EUA também podem criar uma dinâmica em que produtos asiáticos busquem mercados alternativos. Segundo Marcos Lélis, especialista da Unisinos, “os produtos asiáticos inundando outros mercados de forma predatória já é um problema para o Brasil, especialmente na América do Sul e Central, mercados ocupados pela China”.

Além das implicações comerciais, o retorno de Trump pode intensificar tensões econômicas internas nos Estados Unidos. Segundo o professor Márcio Garcia, da PUC-Rio, a expansão fiscal proposta por Trump, com cortes de impostos para os mais ricos, pode agravar o déficit público e levar a um aumento na dívida. “A confiança nos títulos do Tesouro americano depende da ordem fiscal. Podemos ver os títulos sendo vistos como arriscados”, explica Garcia, ressaltando que isso também geraria pressão inflacionária no mercado interno dos EUA.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo