segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Quincy Jones, lenda da música que trabalhou com Sinatra e Michael Jackson, morre em Los Angeles

Quincy Jones morreu no domingo, aos 91 anos de idade

Quincy Jones durante Festival de Fazz de Montreux 29/6/2018 REUTERS/Denis Balibouse (Foto: REUTERS/Denis Balibouse)

Reuters- Quincy Jones, o homem conhecido simplesmente como "Q", foi uma grande influência na música norte-americana em seu trabalho com artistas que vão de Count Basie a Frank Sinatra e reformulou a música pop em suas colaborações com Michael Jackson.

Jones morreu no domingo, aos 91 anos de idade, informou seu agente.

Houve muito pouco que Jones não fez em uma carreira musical de mais de 65 anos. Ele foi trompetista, líder de banda, arranjador, compositor, produtor e ganhador de 27 prêmios Grammy.

Viciado em trabalho de estúdio e virtuoso em lidar com egos delicados, ele deu forma a gravações de grandes nomes do jazz, como Miles Davis, produziu Sinatra e montou o conjunto de superestrelas que gravou "We Are the World", em 1985, o maior sucesso da época.

Jones também foi um prolífico escritor de trilhas sonoras para filmes e co-produziu o filme "A Cor Púrpura", bem como o programa de televisão dos anos 90 "Um Maluco no Pedaço", que lançou a carreira de Will Smith.

O círculo de amigos de Jones incluía algumas das figuras mais conhecidas do Século 20. Ele jantou com Pablo Picasso, conheceu o papa João Paulo 2º, ajudou Nelson Mandela a comemorar seu 90º aniversário e uma vez se retirou para a ilha de Marlon Brando no Pacífico Sul para se recuperar de um colapso.

Tudo o que ele fazia era marcado por seu estilo universal e inegável. Bono, líder do U2, chamou Jones de "a pessoa mais legal que já conheci".

As realizações mais duradouras de Jones foram em colaboração com Michael Jackson. Eles fizeram três álbuns marcantes -- "Off the Wall", em 1979, "Thriller", em 1982, e "Bad", em 1987 -- que mudaram o cenário da música pop norte-americana. "Thriller" vendeu cerca de 70 milhões de cópias, e seis das nove músicas do álbum se tornaram os 10 melhores singles.

INVASÃO MUSICAL - Quincy Delight Jones Jr. nasceu em 14 de março de 1933, em Chicago. Quando menino, ele desejava ser um gângster como os que via em seu complicado bairro. Ele tinha 7 anos quando sua mãe foi levada para uma instituição mental. Seu pai, um carpinteiro, casou-se novamente e transferiu a família para Bremerton, no Estado de Washington, onde o jovem Quincy seguiu uma vida de pequenos delitos.

Jones disse que seu interesse pela música floresceu em Bremerton, quando ele e alguns amigos encontraram um piano depois de entrarem sorrateiramente no centro comunitário do conjunto habitacional segregado da época da guerra onde moravam.

Ele experimentou diferentes instrumentos na banda da escola antes de se decidir pelo trompete e, aos 13 anos, já tocava jazz, música popular e rhythm-and-blues em casas noturnas. Aos 14 anos, em Seattle, Jones conheceu Ray Charles, de 16 anos, ainda não famoso, que o ensinou a fazer arranjos e compor músicas.

Basie e o trompetista Clark Terry também foram mentores do jovem Jones e ele ganhou uma bolsa de estudos para o que viria a ser a Berklee School of Music, em Boston. No entanto, ele desistiu da bolsa para ir para a estrada com a banda de Lionel Hampton como trompetista adolescente no início dos anos 1950.

A música era a única coisa que eu podia controlar", escreveu Jones em sua autobiografia. "Era o único mundo que me oferecia liberdade... Eu não precisava procurar respostas. As respostas não estavam além do sino do meu trompete e de minhas partituras rabiscadas a lápis. A música me tornou pleno, forte, popular, autoconfiante e descolado."

No final da década de 1950, ele participou de turnês pelo mundo patrocinadas pelo governo dos EUA com uma banda organizada pelo pioneiro do jazz bebop Dizzy Gillespie. Em seguida, Jones liderou sua própria banda pela Europa. No início da década de 1960, ele estava muito endividado quando aceitou um emprego na Mercury Records, em Nova York, tornando-se um dos primeiros executivos negros em uma gravadora de propriedade de brancos.

Lá, Jones se aventurou a sair do gênero jazz e produziu seu primeiro single de sucesso, "It's My Party", uma música de Lesley Gore que chegou ao topo da parada pop dos EUA em 1964.

Os puristas do jazz o consideraram um vendido por fazer música pop, mas Jones disse mais tarde à Rolling Stone: "A motivação subjacente de qualquer artista, seja ele Stravinsky ou Miles Davis, é fazer o tipo de música que deseja e ainda assim fazer com que todos a comprem".

Na Mercury, Jones conseguiu seu primeiro trabalho de trilha sonora de filme, "O Homem do Prego", de Sidney Lumet Ele passou a fazer a trilha sonora de quase 40 filmes, incluindo "No Calor da Noite", "A Sangue Frio", "O Ouro de Mackenna", "O Mágico Inesquecível" e parte da minissérie de televisão "Raízes".

As pessoas com quem Jones trabalhou preencheriam um hall da fama do jazz ou do R&B: Basie, Gillespie, Tommy Dorsey, Dinah Washington, Nat King Cole, Sarah Vaughan, Aretha Franklin. Mas ele também produziu em outros gêneros com, entre outros, Paul Simon, Amy Winehouse, Barbra Streisand e Donna Summer.

Ele fez o arranjo do sucesso de Sinatra, "Fly Me to the Moon", que o astronauta Buzz Aldrin tocou em uma fita cassete durante o primeiro pouso na lua em 1969. Anos depois, Jones disse à revista GQ que Sinatra "me ligou e parecia uma criança: 'Temos a primeira música na lua, cara!"

Suas próprias gravações foram igualmente ecléticas, variando do jazz ao soul, do africano ao brasileiro. Em 1991, seu disco "Back on the Block" ganhou o Grammy de álbum do ano e também Grammys nas categorias rap, rhythm and blues, jazz fusion e instrumental.

O trabalho de Jones com Michael Jackson foi histórico, embora a gravadora de Jackson inicialmente achasse que Jones era muito jazzístico para ser seu produtor. Começaram em 1979 com "Off the Wall", depois que o cantor se separou de seus irmãos do Jackson 5 e montou uma mistura de faixas dançantes e baladas. O álbum apresentou quatro músicas que se tornaram os 10 maiores sucessos.

Sua colaboração em 1982, "Thriller", tornou-se um marco cultural da década de 1980. Jones e Michael Jackson queriam ampliar a base de fãs do cantor e, por isso, acrescentaram elementos de rock, fazendo com que o guitarrista Eddie Van Halen tocasse um solo explosivo em "Beat It", que se tornou um dos maiores sucessos de Michael Jackson. Complementado por vídeos deslumbrantes que apresentavam a dança hipnotizante do cantor no momento em que a MTV estava amadurecendo, "Thriller" transformou o artista em uma das maiores estrelas do mundo.

COLABORAÇÃO DIVINA - Sucessos como "Beat It", "Billie Jean" e a música-título fizeram de "Thriller" o álbum mais vendido de todos os tempos. O álbum ganhou três Grammys para Jones e sete para Michael Jackson.

Depois disso, em 1987, lançaram "Bad", que teve cinco sucessos número 1, incluindo "Smooth Criminal" e "Man in the Mirror".

Em 1985, Jones, Michael Jackson e o cantor Lionel Richie organizaram "We Are the World", um disco para arrecadar dinheiro para combater a fome na Etiópia. O enorme coro de estrelas contou com a participação de Ray Charles, Bob Dylan, Diana Ross, Bruce Springsteen e Smokey Robinson. Jones deu o tom da sessão de gravação com um cartaz que dizia: "Deixe seu ego na porta".

Michael Jackson morreu em 2009, e Jones posteriormente processou o espólio do cantor, alegando que foi "enganado em muito dinheiro" em royalties. Em julho de 2017, um júri de Los Angeles concedeu a Jones 9,4 milhões de dólares.

Jones criou sua própria gravadora, a Qwest, bem como a Vibe, uma revista que cobria o mundo do hip-hop, e teve várias fundações e projetos humanitários.

Ele continuou lançando novos projetos bem depois da idade tradicional de aposentadoria. Em 2018, Jones, então com 84 anos, disse à revista GQ: "Nunca estive tão ocupado em minha vida".

Jones foi casado três vezes. Sua primeira esposa foi Jeri Caldwell, sua namorada do ensino médio, com quem teve uma filha; sua segunda esposa foi a modelo sueca Ulla Andersson, com quem teve dois filhos, incluindo Quincy 3º, que se tornou produtor de hip-hop.

Sua terceira esposa foi a atriz de "Mod Squad", Peggy Lipton, com quem teve duas filhas, incluindo a atriz Rashida Jones. Ele teve outros dois filhos fora de seus casamentos, incluindo um com a atriz Nastassja Kinski.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Líderes evangélicos tentam se distanciar do bolsonarismo após ‘patrulhamento’ nas eleições

Integrantes de igrejas evangélicas afirmam que a agressividade do bolsonarismo ao cobrar dos eleitores foi mal digerida por algumas lideranças

(Foto: Reprodução/Lucas Rocha/Sputnik)

Líderes de igrejas evangélicas estão criticando a influência de políticos de direita entre os seus fiéis após serem cobrados por bolsonaristas para que apoiassem seus candidatos nas eleições municipais deste ano, informa O Globo. Alguns pastores defendem a ideia de uma reposicionamento das igrejas para se desvencilhar do discurso bolsonarista.

No Rio de Janeiro e em São Paulo, pastores de denominações como a Assembleia de Deus de Madureira e a Igreja Universal do Reino de Deus manifestaram incômodo com o “patrulhamento” de bolsistas durante as eleições. Nas eleição fluminense, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegaram a acusar pastores que não apoiavam Alexandre Ramagem (PL) de terem “se vendido” para o prefeito Eduardo Paes (PSD).

Entre os evangélicos alvos do bolsonarismo estão o pastor Cláudio Duarte, organizador da Marcha para Jesus, e o bispo Abner Ferreira, líder da igreja de Madureira no Rio, que apareceram em mensagens de apoio a Paes. O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), ligado à igreja de Madureira, verbalizou esse incômodo.

“Até pouco tempo atrás, o eleitor evangélico não era enxergado pela política. Agora, muitos passaram a dizer a esse eleitor que quem vota em um lado do espectro político é de Deus, e quem não vota é do diabo. Minha luta é para devolver a igreja ao lugar onde sempre deveria ter estado, de representante do Senhor, e não de um lado político”, afirmou.

Já em São Paulo, as igrejas evangélicas apoiaram, em sua maioria, Ricardo Nunes (MDB). No entanto, uma parte significativa desse eleitorado votou em Pablo Marçal (PRTB), influenciado por lideranças bolsonaristas como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que disse que votar em Nunes era o mesmo que “se dobrar ao sistema”. Integrantes de igrejas evangélicas afirmam que a agressividade do bolsonarismo ao cobrar dos eleitores foi mal digerida por algumas lideranças.

Esse incômodo fez com que as igrejas adotassem mudanças sutis em seus discursos. A Igreja Universal, por exemplo, afirmava em 2022 que “cirstão não vota esquerda”. Agora, em seus canais oficiais, os discurso é de que a igreja não pode ser nem de esquerda, nem de direita”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trump lidera em todos os estados-pêndulo dos EUA, aponta pesquisa AtlasIntel

O republicano está à frente de Harris por pelo menos 1 ponto percentual em cada estado-pêndulo

Donald Trump em Grand Rapids, Michigan 20/7/2024 REUTERS/Tom Brenner (Foto: Tom Brenner)

O candidato presidencial republicano Donald Trump está liderando nos estados-pêndulo dos EUA e ultrapassando a candidata democrata Kamala Harris por 1,8 pontos percentuais, alcançando 49% de intenção de voto, de acordo com duas pesquisas realizadas pela empresa de pesquisa AtlasIntel.

"Trump lidera nos estados-pêndulo, com margens particularmente significativas no Arizona e em Nevada. A disputa permanece acirrada nos estados-chave da Cintura da Ferrugem (MI, WI e PA)", disse a empresa na X.

Trump está à frente de Harris por pelo menos 1 ponto percentual em cada estado-pêndulo, conforme a pesquisa. A maior diferença, de 6,8 pontos percentuais em favor do candidato republicano, é observada no Arizona e em Nevada (5,5 pontos percentuais), apontou a pesquisa. A menor diferença é observada em Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, onde Trump lidera por 1,3, 1,5 e 1,7 pontos percentuais, respectivamente. Harris também está 1,8 pontos percentuais atrás de Trump na Geórgia e 3,6 pontos percentuais na Carolina do Norte.

Os resultados de outra pesquisa mostraram que 49% dos eleitores dos EUA votariam em Trump e 47,2% votariam em Harris na próxima eleição presidencial.

A pesquisa sobre intenção de voto foi realizada entre 2.463 cidadãos americanos de 1 a 2 de novembro, com uma margem de erro de cerca de 2 pontos percentuais.

Outra pesquisa sobre o nível de apoio aos candidatos nos estados-pêndulo também foi realizada de 1 a 2 de novembro. O número de entrevistados foi de 967 no Arizona, 1.174 na Geórgia, 1.198 em Michigan, 782 em Nevada, 1.310 na Carolina do Norte, 2.049 na Pensilvânia e 728 em Wisconsin. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para a Pensilvânia, 4 pontos percentuais para Nevada e Wisconsin e 3 pontos percentuais para os outros estados-pêndulo.

A eleição presidencial nos Estados Unidos será realizada em 5 de novembro. Trump está concorrendo à presidência pela terceira vez.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Sputnik

Após exames, Lula é liberado para viagens curtas e mantém quadro estável

Presidente sofreu um acidente doméstico e bateu a cabeça no último dia 19

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília, 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 O presidente Lula foi liberado para realizar viagens curtas após passar por novos exames de imagem que confirmaram estabilidade em seu quadro de saúde, informou a Folha de São Paulo neste domingo (3), citando os exames mais recentes do presidente.

A decisão foi tomada após novos exames de imagem realizados no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, neste domingo, que confirmaram estabilidade em seu quadro. Segundo o boletim médico, Lula “permanece sem sintomas e o exame apresenta estabilidade em relação aos anteriores, devendo manter suas atividades habituais".

No dia 19 de outubro, o presidente sofreu uma queda no banheiro da residência oficial, o Palácio da Alvorada, bateu a cabeça e precisou levar cinco pontos na região da nuca. Exames de imagem realizados logo após o acidente mostraram uma pequena hemorragia no cérebro do presidente. Após a queda, a equipe recomendou, por precaução, que Lula evitasse viagens de longa distância.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Entenda como funciona o processo eleitoral dos Estados Unidos

Sistema é indireto e presidente é eleito por colégio eleitoral
Eleições nos Estados Unidos (Foto: REUTERS/Carlos Barria/David Swanson)


Agência Brasil – Apontados como “a maior democracia do mundo”, os Estados Unidos (EUA) não elegem seu presidente por meio do voto direto. E nem sempre o eleito é aquele que conquista a maioria dos votos. Algo difícil de ser entendido pelos brasileiros, que tiveram, como mote para a retomada da democracia, nos anos 80, o lema Diretas Já.

“Não são só eleições diretas que caracterizam uma democracia. A democracia tem outras instituições que a caracterizam, como, por exemplo, o Judiciário e os direitos do cidadão, como liberdade de expressão e direito ao voto, ainda que de forma indireta. Vejo como problema maior o fato de o sistema eleitoral dos EUA ser excludente e eivado de vícios, com um monte de problemas. Por exemplo, o fato de não haver, lá, um órgão centralizador do processo, como o nosso TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, explicou à Agência Brasil o pesquisador do Instituto Nacional de Estudos sobre os EUA (Ineu) Roberto Goulart Menezes.

Segundo o professor do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) Virgílio Caixeta Arraes, o processo que faz a escolha indireta para a presidência norte-americana “foi assim definido como forma de evitar candidaturas demagógicas ou populistas com propostas sedutoras, porém inviáveis, ou desagregadoras. Arraes disse à Agência Brasil que, na época, avaliava-se que os delegados teriam mais experiência ou amadurecimento político que o restante do eleitorado.

As diferenças entre os processos eleitorais de Brasil e Estados Unidos têm, como ponto de partida, as cartas magnas dos dois países. Com uma Constituição bem mais simplificada do que a brasileira, os EUA delegam boa parte de suas leis às normas locais, dando, aos estados, mais autonomia, prerrogativas, poderes e responsabilidades. Dessa forma, muitas tipificações criminais e penas são estabelecidas a partir de leis estaduais.

Doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do Instituto de Relações Internacionais da UnB, Goulart Menezes explicou que as eleições presidenciais são organizadas pelos governos estaduais, o que acaba resultando em algumas dificuldades que não ocorrem em países como o Brasil, onde o processo é centralizado.

De acordo com Menezes, há estados que trazem, para o processo eleitoral local, algumas de suas características históricas que podem ser consideradas questionáveis. “Na Geórgia, por exemplo, estado de maioria negra, uma lei local que tira o direito ao voto de pessoas com três ou mais condenações na Justiça. Com isso, muitos abusos cometidos por policiais acabam por retirar o direito a voto de negros [e latinos]”, ressaltou o pesquisador.

● Como funciona

Como a votação é indireta, nenhum dos eleitores votará, nesta terça-feira (5), diretamente nos candidatos Kamala Harris, do Partido Democrata, ou em Donald Trump, do Partido Republicano. “Eles votarão em delegados de seus estados, e estes, sim, votarão nos candidatos à Presidência dos Estados Unidos”, acrescentou Menezes.

O colégio eleitoral dos EUA é formado por 538 delegados. O número de delegados por estado é proporcional ao tamanho da população, o que define também seus representantes no Legislativo.

“O número de delegados é revisto periodicamente, a cada duas eleições. A Califórnia, por exemplo, tinha, em 2016, 55 delegados. Em 2024, terá 54”, disse Menezes, referindo-se ao estado com maior número de delegados.

O segundo estado com mais delegados é o Texas (40), seguido da Flórida (30), Nova York (28 ) e de Illinois e Pensilvânia (19, cada um). Os com menor número são Dakota do Norte, Delaware, Dakota do Sul, Vermont, Wyoming, distrito de Columbia e Alasca (3 delegados, cada); Maine, Montana, Idaho, New Hampshire, Virgínia Ocidental, Rhode Island e Havaí (4 delegados, cada).

● The winner takes it all

Todos os estados, menos Maine e Nebraska, usam o sistema de eleição de delegados conhecido como “the winner takes all”, no qual “o vencedor leva tudo”. No caso, todos os votos dos delegados do estado.

Dessa forma, o sistema oferece possibilidades reais de que seja eleito o candidato menos votado, caso tenha vencido a disputa nos estados mais populosos – portanto, com maior número de delegados.

Isso, inclusive, já ocorreu em alguns pleitos, como o de 2016, quando o republicano Trump foi eleito tendo quase 3 milhões de votos a menos que a democrata Hillary Clinton.

Situação similar ocorreu em 2000, favorecendo também o Partido Republicano, no embate que colocou, na Presidência dos EUA, George W. Bush – mesmo com seu adversário, o democrata Al Gore, tendo recebido quase 500 mil votos a mais.

As duas situações foram possíveis porque, apesar de a maior parte dos votos ter ido para os democratas, quem obteve a maior parte de votos entre os 538 delegados foram os republicanos.

● Estados Pêndulo

Se, por um lado, existem estados em que o resultado da disputa costuma ser mais previsível, com eleitores historicamente apoiadores de um ou outro partido, por outro, há estados em que, também historicamente, não há maioria absoluta nas intenções de votos. São os chamados swing states – em tradução livre, “estados pendulares”, onde qualquer partido pode sair vitorioso.

Com isso, esses estados acabam sendo alvo preferencial das campanhas eleitorais, com grandes chances de definir o resultado final do pleito. Sete estados são considerados pêndulos: Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.

Segundo Goulart Menezes, quando as eleições são muito apertadas, os candidatos costumam focar também nos dois únicos estados onde o sistema eleitoral não segue a linha do “the winner takes it all” – Maine e Nebraska. “Mesmo sendo pequenos e com pouco peso, é possível que o voto decisivo venha dali, principalmente em caso de eleições acirradas”, destacou Goulart Menezes.

A luta pela maioria dos votos não para aí. “Uma estratégia adotada para formar maioria em algumas localidades é definir o desenho dos distritos eleitorais, de forma a formar maioria para esta ou aquela tendência e, na contabilização final, favorecer um lado, contabilizando todos os votos dos delegados para o candidato da preferência do governador estadual”, detalhou o pesquisador.

“Isso é algo aterrador porque, em muitos casos, esse desenho não segue nenhuma lógica, e tem por trás muitos interesses. O desenho do distrito eleitoral é definido pelo governador a partir de informações sobre como vota uma determinada área. O objetivo é fazer uma distribuição que resulte em maioria para seu partido”, acrescentou.

● Voto antecipado

Outra peculiaridade do sistema eleitoral norte-americano é que alguns estados permitem o voto antecipado, mecanismo adotado sob a justificativa de evitar longas filas e tumulto no dia das eleições.

Pelo processo antecipado, o eleitor pode mandar seu voto pelos Correios, até mesmo do exterior, ou depositá-lo em locais predeterminados. Quase 50 milhões de eleitores já votaram dessa forma para o próximo pleito.

Goulart Menezes disse que o procedimento do voto a distância tem sido usado pelo atual candidato do Partido Republicano para disseminar desinformação e notícias falsas (fake news). “Trump tem dito que o voto pelos Correios de lá possibilita voto duplo de alguns eleitores, novamente lançando dúvidas improcedentes sobre o processo eleitoral, criando mais uma possibilidade de insurgência, caso perca as eleições.”

Segundo o professor, isso não procede porque, para enviar o voto por via postal, o eleitor, antes, tem de se registrar na internet. Para cada cédula recebida, há um código correspondente, o que inviabiliza, ao eleitor, votar mais de uma vez.

“Até mesmo essa situação de votos incendiados antes de serem contabilizados não gera problemas, porque, registrados, os eleitores que não tiveram seus votos chegando ao destino poderão fazê-lo posteriormente. Nenhum voto, portanto, é perdido”, esclareceu Menezes.

● Prévias eleitorais

A definição sobre quem serão os candidatos nos partidos norte-americanos é feita por meio de uma programação complexa e demorada, denominada prévias eleitorais. Ao longo de vários meses – em geral, mais de sete meses –, dezenas de candidatos dos principais partidos, além dos independentes, disputam o voto popular.

Como se trata de uma organização cara, que exige dos partidos o funcionamento de máquina operacional em todos os estados norte-americanos, só os democratas e os republicanos conseguem concluir o processo com possibilidades reais de chegar à Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos.

As prévias têm modelos diferentes em cada estado: em alguns, qualquer eleitor pode votar em qualquer eleição primária. Outros estados exigem que o eleitor mostre a filiação partidária para votar nas primárias da área em que está registrado.

Além de escolhidos pelas prévias, os candidatos precisam, também, ter a candidatura oficializada em convenções partidárias. As convenções duram em média quatro dias e nunca ocorrem em Washington, capital norte-americana.

● Resultados

A autonomia dos estados para definir suas leis eleitorais costuma gerar alguma imprevisibilidade com relação ao tempo em que o resultado do pleito presidencial é anunciado. Em 2000, devido a polêmicas na Flórida, o processo de contagem dos votos demorou mais de um mês. Já em 2008, devido à boa vantagem de Barack Obama em muitos estados, o democrata já era o presidente eleito no final do dia da votação.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Na reta final, Kamala Harris pede apoio a cristãos e árabes americanos, enquanto Trump adota retórica violenta

Pesquisas mostram disputa acirrada e resultado incerto em sete estados-chave

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters)

Reuters - Kamala Harris fez seu discurso final na campanha pela presidência dos Estados Unidos em uma igreja historicamente negra e para árabes-americanos no campo de batalha de Michigan neste domingo (3), enquanto seu rival Donald Trump adotou uma retórica violenta em um comício na Pensilvânia.

Pesquisas de opinião mostram que a dupla está em uma disputa acirrada , com a vice-presidente Harris apoiada fortemente por eleitoras, enquanto o ex-presidente Trump ganha terreno com os eleitores hispânicos, especialmente os homens.

Os eleitores, em geral, têm uma visão desfavorável de ambos os candidatos, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos , mas isso não os dissuadiu de votar.

Mais de 78 milhões de americanos já o fizeram antes do dia da eleição de terça-feira (5), de acordo com o Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida, aproximando-se da metade do total de 160 milhões de votos emitidos em 2020, quando a participação eleitoral dos EUA foi a maior em mais de um século.

O controle do Congresso também estará em disputa na terça-feira, com os republicanos sendo os favoritos para capturar a maioria no Senado, enquanto os democratas são vistos como tendo uma chance igual de derrubar a estreita maioria dos republicanos na Câmara dos Representantes.

"Em apenas dois dias, temos o poder de decidir o destino da nossa nação para as gerações futuras", disse Harris aos paroquianos da Greater Emmanuel Institutional Church of God in Christ, em Detroit. "Devemos agir. Não basta apenas rezar; não basta apenas falar."

Mais tarde, em um comício em East Lansing, Michigan, ela se dirigiu aos 200.000 árabes-americanos do estado, começando seu discurso com um aceno às vítimas civis das guerras de Israel em Gaza e no Líbano .

"Este ano tem sido difícil, dada a escala de morte e destruição em Gaza e dadas as baixas civis e deslocamentos no Líbano, é devastador. E como presidente, farei tudo ao meu alcance para acabar com a guerra em Gaza", disse Harris.

Muitos árabes e muçulmanos americanos, bem como grupos ativistas contrários à guerra, condenaram o apoio dos EUA a Israel em meio às dezenas de milhares de mortes de civis em Gaza e no Líbano, e o deslocamento de milhões. Israel diz que está mirando os grupos militantes Hamas e Hezbollah.

Trump visitou Dearborn, Michigan, o coração da comunidade árabe-americana, na sexta-feira e prometeu acabar com o conflito no Oriente Médio, sem dizer como.

Em vez de mencionar Trump pelo nome, Harris escolheu destacar o histórico de seu oponente durante seu último domingo de campanha.

Trump, em seu primeiro de três comícios no domingo, frequentemente abandonava seu teleprompter com comentários improvisados ​​nos quais denunciava pesquisas de opinião mostrando movimento a favor de Harris. Ele chamou os democratas de "partido demoníaco", ridicularizou o presidente democrata Joe Biden e falou sobre o alto preço das maçãs.

Ele reclamou no domingo com seus apoiadores sobre as brechas no vidro à prova de balas que o cercava enquanto falava e refletiu que um assassino teria que atirar na mídia para pegá-lo.

"Para me pegar, alguém teria que espalhar notícias falsas, e isso não me importa tanto", disse Trump, que há muito tempo critica a mídia e tenta irritar o sentimento público contra ela.

Na semana passada, ele sugeriu que uma importante crítica republicana, a ex-congressista Liz Cheney, deveria enfrentar tiros em combate por sua política externa agressiva, levando um promotor do Arizona a abrir uma investigação.

O porta-voz da campanha, Steven Cheung, emitiu uma declaração dizendo que o comentário de Trump não foi direcionado à mídia, mas sim: "Foi sobre ameaças contra ele que foram estimuladas pela retórica perigosa dos democratas".

Mais tarde, Trump discursou em Kinston, Carolina do Norte, e em Macon, Geórgia, onde aproveitou o relatório de empregos da semana passada, que mostrou que a economia dos EUA produziu apenas 12.000 empregos no mês passado.

Ele disse a uma grande multidão reunida em um anfiteatro que o relatório mostrava que os Estados Unidos eram uma "nação em declínio" e alertou sombriamente, sem evidências, sobre uma possível repetição da Grande Depressão de 1929, com "pessoas pulando de prédios".

Altos funcionários da campanha de Harris disseram que seu argumento final foi criado para atingir uma fatia estreita de eleitores indecisos. Isso contrastou com Trump, que variou pouco de seu discurso padrão, destinado a inspirar seus apoiadores leais.

"A campanha de Kamala é baseada no ódio e na demonização", disse Trump.

Perto do final de seu discurso na Pensilvânia, Trump — cujas falsas alegações de que sua derrota em 2020 foi resultado de fraude inspiraram o ataque de seus apoiadores ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 — refletiu que teria preferido não ter entregue o poder.

"Tínhamos a fronteira mais segura da história do nosso país no dia em que eu saí. Eu não deveria ter saído. Quer dizer, honestamente, porque saímos assim, nos saímos muito bem", disse Trump.

Trump disse durante seus comentários que os resultados das eleições deveriam ser anunciados na noite da eleição, apesar dos avisos de autoridades em vários estados de que poderia levar dias para determinar o resultado final.

Os democratas dizem que têm planos em andamento caso Trump tente reivindicar a vitória prematuramente desta vez.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Semana é marcada por reunião do Copom e possível alta na taxa de juros

Com decisões sobre juros no Brasil e nos EUA, inflação e dados econômicos globais, investidores acompanham uma semana decisiva

Sede do Banco Central, em Brasília 22/03/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A semana que se inicia traz movimentações relevantes para os mercados, com foco nas reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, além de indicadores econômicos essenciais. Entre os destaques, está a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, a ser anunciada na quarta-feira (6/11). No início da semana, o Relatório Focus consolidará as projeções de inflação, PIB e juros, oferecendo uma perspectiva do mercado para a economia nacional antes do encontro do Copom.

Segundo reportagem do Infomoney, a equipe econômica da XP sugere que o cenário de inflação pode levar o Copom a aumentar a taxa de juros em 0,50 ponto percentual, o que representaria uma elevação mais agressiva. Segundo os analistas, "o fluxo de dados recentes é preocupante e justifica um ajuste mais expressivo para conter a inflação". O Itaú reforça essa perspectiva, acreditando que o comitê manterá "um balanço de riscos assimétrico para cima", sinalizando que o combate à inflação permanece como prioridade.

Nos Estados Unidos, a reunião do Federal Reserve (Fed) na quinta-feira (7/11) também promete influenciar os mercados globais. Com apostas de um ajuste de 0,25 ponto percentual, o banco central americano deve seguir elevando gradualmente os juros para combater as pressões inflacionárias. Na sexta-feira (8/11), o Índice de Confiança da Universidade de Michigan dará uma prévia sobre o humor dos consumidores americanos, fator crucial para avaliar o futuro do consumo e o estado da economia dos EUA.

Além da política monetária, a agenda brasileira será marcada pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro na sexta-feira. Segundo projeções do Itaú, a inflação mensal pode fechar em 0,59%, impulsionada pelo aumento de preços em serviços e alimentos, como proteínas. Esse índice deve elevar a inflação acumulada em 12 meses para 4,8%, ante 4,4% no mês anterior.

A B3 (B3SA3) também trará novidades, estendendo o horário de negociação do mercado à vista e fracionário para as 17h55, a partir de segunda-feira (4/11). A mudança ocorre em sincronia com o horário de verão dos EUA, com o objetivo de manter o alinhamento de operação com os mercados internacionais.

Na quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentará a Pesquisa Industrial Mensal – Regional, oferecendo um panorama do desempenho da indústria nos estados. O Tesouro Nacional também divulgará o resultado primário do Governo Central para setembro, essencial para avaliar a saúde das contas públicas.

No cenário internacional, a Europa trará dados relevantes, incluindo o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Zona do Euro e a decisão de juros do Banco da Inglaterra, no contexto de incertezas econômicas. Na Ásia, a China divulgará indicadores da balança comercial e índices de preços ao produtor e consumidor de outubro, oferecendo uma visão da recuperação econômica e do impacto do comércio global.

Com eventos econômicos e monetários de peso, a semana promete um ambiente de atenção máxima para investidores, que devem acompanhar os desdobramentos nos principais mercados mundiais.

Fonte: Brasil 247

Reservas internacionais do Brasil atingem maior patamar em cinco anos

A valorização dos títulos americanos e aumento de receitas impulsionam as reservas para US$ 372 bilhões, o maior nível desde 2018

Reservas em dólares aumentaram (Foto: Kim Hong Ji - Reuters)

O Brasil encerrou setembro com reservas internacionais no valor de US$ 372 bilhões, o maior nível em cinco anos, de acordo com dados do Banco Central (BC). Em dezembro de 2022, o montante era de US$ 355 bilhões, revelando um crescimento expressivo ao longo dos últimos meses. Segundo apuração do jornal Valor Econômico, especialistas atribuem essa alta à valorização dos títulos públicos americanos, que compõem uma grande parte das reservas brasileiras, além de receitas elevadas com juros.

As reservas internacionais funcionam como uma espécie de “colchão” financeiro, garantindo uma maior estabilidade para o país em períodos de volatilidade econômica e incertezas externas. A alta nas reservas oferece maior segurança, pois permite ao governo enfrentar possíveis crises cambiais e proteger a moeda nacional.

O aumento significativo no valor das reservas é, em grande parte, impulsionado pela valorização dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Com taxas de juros elevadas no país norte-americano, os títulos se tornam ativos mais rentáveis para as economias que detêm reservas em dólares, como o Brasil. “A tendência é que, com os juros altos nos EUA, a valorização desses ativos continue a contribuir para as reservas brasileiras”, aponta um especialista do mercado financeiro, destacando o impacto positivo que essa política americana pode ter na composição das reservas do Brasil.

Além disso, as receitas com juros contribuíram para o reforço das reservas, uma vez que o Brasil obteve maiores rendimentos sobre seus ativos no exterior. Essas receitas representam uma fonte relevante de recursos para o país, especialmente em um momento em que as economias globais enfrentam desafios complexos, como as flutuações nos preços das commodities e a instabilidade dos mercados financeiros.

As reservas internacionais do Brasil vêm sendo geridas para garantir não só uma segurança imediata, mas também uma estabilidade de médio e longo prazo. Para o Banco Central, essa política permite ao Brasil uma posição de maior controle diante de turbulências no cenário internacional, que, nos últimos anos, têm incluído desde crises econômicas até mudanças bruscas nas políticas monetárias das principais economias.

Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico

Índice de abstenção no primeiro dia do Enem cai para 26,6%

Balanço preliminar foi divulgado na noite deste domingo (3) pelo MEC

O ministro da Educação, Camilo Santana, concede entrevista coletiva após primeiro dia de provas do Enem 2024.
Frame Canal GOV
© Frame Canal GOV

Balanço preliminar do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostra que caiu de 28,1%, em 2023, para 26,6%, em 2024, o percentual de candidatos inscritos que não se apresentaram para fazer as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação dissertativa-argumentativa. A informação foi divulgada na noite deste domingo (3) pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

O MEC também registrou que, em 2024, 94% dos estudantes que estão concluindo o ensino médio em escolas públicas este ano se inscreveram no Enem. O percentual em 2023 foi de 58%. Em 14 estados, o índice chegou a 100%. Na Região Nordeste, o único estado que não atingiu essa proporção foi o Maranhão (83%).

“A gente considera que foi um salto importante, um esforço que o ministério tem feito para estimular que o aluno se inscreva no Enem. Até antes de 2023, sempre havia uma queda, um declínio no número de inscritos, e agora nós estamos retomando o crescimento, são quase 1 milhão [de candidatos] a mais”, comparou Camilo Santana.

As provas e a redação foram aplicadas em 1.753 municípios, 10.776 locais de prova, e quase 150 mil salas. De acordo com o ministro, 90% dos candidatos inscritos foram alocados em até 10 quilômetros das suas residências. “Isso foi um passo importante este ano”, disse o ministro que afirmou que “todas as ações este ano foram cumpridas no horário da entrega das provas” e que houve aprimoramento dos protocolos de segurança.

Quase 5 mil candidatos (4.999) foram eliminados por deixarem o local da prova levando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais de aplicação; por portar equipamento eletrônico; por se ausentar antes do horário permitido; por utilizar impressos; ou por não atender orientações dos fiscais.

O primeiro dia do Enem também registrou 689 ocorrências e problemas logísticos como emergências médicas; interrupções temporárias de energia elétrica e problemas de abastecimento de água. “O participante que foi afetado com alguma ocorrência de problema logístico pode requisitar realizar a nova prova”, assegurou Camilo Santana. O candidato deve fazer a solicitação de reaplicação na página do Enem, no período de 11 a 15 de novembro.

Fonte: Agência Brasil

Ceará bate Avaí e segue com chance de retornar à Série A do Brasileiro

Erick Pulga e Lucas Bugne marcaram os gols da vitória no 2º tempo

Ceará faz 2 a 0 no Avaí em casa em 03/11/2024 - Série b
© Stephan Eilert/Ceará SC/Direitos Reservados

Atual quinto colocado na classificação da Série B, o Ceará fez 2 a 0 no Avaí na noite deste domingo (3) e segue firme na luta pelo retorno à elite do futebol brasileiro. Com a vitória na Arena Castelão, em Fortaleza, o Vozão totalizou 57 pontos, dois a menos que o Mirassol (4º lugar) e o Sport (5º). Já o Avaí segue com 46 pontos, na 11ª posição, a três rodadas do fim da competição. Apenas os quatro primeiros colocados subirão para a Série A no ano que vem.

Os rivais do Vozão na briga pelo acesso ainda entrarão em campo esta semana na pela 35ª rodada. O Sport visita o Operário nesta segunda-feira (4), às 19h (horário de Brasília), em Ponta Grossa (PR). Já o Mirassol fecha a rodada jogando em casa contra o Coritiba, às 21h30 de terça (5).
O Ceará buscou mais o gol no início da primeira etapa, mas pecou nas finalizações. Com o tempo, o Avaí ficou mais prositivo, com boa troca de passes. Aos 24 minutos, após cobrança de escateio, Hygor mandou de cabeça no travessão, e no rebote Rodrigo Santos abriu o placar para os catarinenses. No entanto, após revisão do VAR, o gol foi anulado por impedimento de Rodrigo. O Vozão seguiu empenhado no ataque, mas sem efetividade.
Após o intervalo, a história do jogo foi outra. Mais criativo, o Ceará abriu o placar aos 12 minutos. Após um cruzamento perfeito do argentino Lucas Mugni, o artilheiro Erick Pulga estufou a rede. Foi o 12º gol dele na competição. Dez minutos depois, após cruzamento dentro da área, Hygor desperdiçou uma chance incrível de empatar. Na sequência, o camisa 10 Mugni aproveitou o ótmo passe de Saulo Mineiro para chutar na saída de bola do goleiro César, e ampliar para 2 a 0 a vitória do Ceará. Após o segundo gol, o Vozão administrou a vantagem até o apito final.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 3 de novembro de 2024

Lady Gaga, Katy Perry e Oprah Winfrey participam de comícios de Kamala Harris na véspera da eleição nos EUA

Vice-presidente dos EUA tem intensificado seu apelo ao público com o apoio de celebridades

Kamala Harris (Foto: Reuters/Evelyn Hockstein)

Lady Gaga, Katy Perry e Oprah Winfrey participarão dos comícios da vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata a presidente, Kamala Harris, na véspera da eleição na Pensilvânia, um estado-pêndulo. Na segunda-feira, Gaga, os Roots, Jazmine Sullivan e Winfrey se apresentarão na Filadélfia, ao lado de outros artistas como Fat Joe, Freeway, e DJ Jazzy Jeff. Em Pittsburgh, Katy Perry liderará o evento, com Andra Day e D-Nice também esperados para subir ao palco, segundo informações da revista Rolling Stone.

Kamala Harris comparecerá a ambos os comícios, reforçando sua campanha com o apoio de grandes nomes da música e da mídia.

A eleição presidencial dos Estados Unidos está marcada para o dia 5 de novembro. Esperava-se que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, representasse os democratas. No entanto, após seu fraco desempenho no debate de junho com Donald Trump, ele optou por sair da disputa e endossou Kamala Harris, que foi posteriormente nomeada oficialmente como candidata do partido à presidência na Convenção Nacional Democrata em Chicago.

Fonte: Brasil 247

Kamala Harris e Trump estão empatados em pesquisa final para presidência dos EUA

Pesquisa NBC mostra que Harris obteve o apoio de 49% dos eleitores registrados em um confronto direto, enquanto Trump obteve idênticos 49%

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters/Umit Bektas/Elizabeth Frantz)

 A pesquisa nacional final da NBC News para a campanha presidencial dos Estados Unidos de 2024 revelou que a vice-presidente Kamala Harris e o candidato republicano Donald Trump estão empatados.

A NBC destacou que o apoio a Harris se baseia no "aumento do entusiasmo democrata, uma vantagem de 20 pontos sobre Trump na questão do aborto e uma percepção de que Harris é a candidata que melhor representa a classe média."

Segundo o canal de TV, Trump é apoiado por "dois terços dos eleitores que acreditam que o país está no caminho errado, uma avaliação favorável de sua presidência — especialmente em comparação com o desempenho atual do presidente Joe Biden — e uma vantagem de dois dígitos sobre a economia e o custo de vida."

A pesquisa foi realizada entre 30 de outubro e 2 de novembro com 1.000 eleitores registrados, sendo a maioria contatada por telefone celular. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.

A eleição presidencial dos Estados Unidos está marcada para o dia 5 de novembro. Esperava-se que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, representasse os democratas. No entanto, após seu fraco desempenho no debate de junho com Donald Trump, ele optou por sair da disputa e endossou Kamala Harris, que foi posteriormente nomeada oficialmente como candidata do partido à presidência na Convenção Nacional Democrata em Chicago. 

Fonte: Brasil 247 com informações da TASS

PCdoB confirma saída de Manuela D'Ávila e lamenta decisão

Partido destacou que se esforçou para evitar a saída da ex-deputada

Manuela D´Ávila (Foto: flickr/PCdoBnaCamara)

A Executiva Nacional do PCdoB confirmou neste domingo (3) a saída da ex-deputada Manuela d'Ávila, após ela passar mais de duas décadas nas fileiras comunistas.

Em nota, o PCdoB disse lamentar a decisão, e que se esforçou para evitar a desfiliação. A nota destaca ainda que o partido se empenha em fortalecer a frente ampla do governo do presidente Lula. Leia abaixo a íntegra:

Sobre o desligamento de Manuela d’Ávila

Manuela d’Ávila comunicou publicamente sua saída das fileiras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), depois de mais de duas décadas de militância. Respeitamos, mas lastimamos tal decisão. Ser membro do PCdoB é um ato de liberdade e de convicções.

Manuela se formou no PCdoB e se integrou ao elenco das lideranças da esquerda e do campo progressista brasileiro. Alcançou esse destaque pela confluência entre suas capacidades, a força e o talento do coletivo militante e a política justa da legenda comunista.

Convictos de que no PCdoB Manuela poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do País, nesse momento de grandes exigências da luta de classes no Brasil e no mundo, empreendemos com ela um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro.

O PCdoB, legenda centenária, envolto nas grandes lutas da contemporaneidade, sustentado pelas convicções e compromissos de seu coletivo militante e de suas lideranças, segue em sua jornada por um Brasil democrático, soberano, desenvolvido. Para tal, empenha-se no fortalecimento da frente ampla, impulsionada pela esquerda, num processo de unidade e luta, tática indispensável ao êxito do governo Lula e para isolar e derrotar a extrema-direita.

O PCdoB, na agenda da democracia interna que o rege, iniciará em breve, os debates de seu 16º Congresso. Sempre confiante na sabedoria do seu coletivo e no método de dialogar e interagir com o pensamento progressista e revolucionário de nosso país, irá debater os problemas e dilemas que desafiam a esquerda brasileira a empreender, agora e já, a luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento que, na concepção de seu Programa, é o caminho brasileiro para o socialismo.

Brasília, 3 de novembro de 2024

Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Otoni de Paula critica infiltração do bolsonarismo e de Israel nas igrejas brasileiras

Deputado da bancada evangélica vem se afastando do ex-capitão e busca aproximação com governo

Otoni de Paula (Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

Ex-aliado de Jair Bolsonaro, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), fez fortes críticas ao bolsonarismo pelo "sequestro" das igrejas evangélicas no Brasil. Ele também criticou a idolatria a Israel, citando os massacres de civis palestinos na Faixa de Gaza.

“Estamos perdendo mais tempo defendendo Israel do que pregando o evangelho”, afirmou o deputado, em entrevista ao canal O Fuxico Gospel, divulgada nas redes sociais neste domingo (3).

Segundo o parlamentar, é necessário que os fiéis compreendam que o modelo de vida cristã deve ser inspirado em Jesus Cristo. “Tudo é Israel, tudo é Israel… Israel erra também, Israel mata inocente também, Israel destrói vidas também”, pontuou Otoni.

Na entrevista, Otoni também criticou o discurso de extrema-direita nas igrejas. "O fenômeno do ódio, que dividiu famílias e tirou gente da igreja, é de agora e sequestrou a bandeira nacional. Como não podíamos levantar a bandeira do PL, levantávamos a bandeira do Brasil. Mas estava agora com um grupo de pastores que votaram em Bolsonaro, como eu, e questionei onde estava a bandeira do Brasil. Esta é a prova que o pavilhão nacional foi sequestrado pela política".

Fonte: Brasil 247

Kamala Harris vota por correio e diz estar confiante em se tornar a próxima presidente dos EUA

Vice-presidente dos EUA reconheceu que a disputa será "apertada"

Kamala Harris aparece em vídeo divulgado no X (Foto: Reprodução/Vídeo/X)

A atual vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata à presidência, Kamala Harris, afirmou neste domingo (3) que votou por correio e expressou confiança em sua vitória.

"Sua voz é seu voto, e seu voto é seu poder. Votei por correio", escreveu Harris na plataforma X.

A vice-presidente reconheceu que a disputa será "apertada", mas demonstrou confiança na vitória, dizendo que os votos de seus apoiadores são "uma das razões pelas quais vamos vencer." "Certifiquem-se de preencher sua cédula", incentivou.

A eleição presidencial dos EUA será realizada em 5 de novembro. Harris e seu oponente republicano, o ex-presidente Donald Trump, estão concorrendo ao cargo mais alto do país.

Fonte: Brasil 247 com informações da RIA Novosti

Trump diz que não deveria ter deixado a Casa Branca após perder a eleição de 2020

Ex-presidente dos EUA se recusou a reconhecer a derrota para Joe Biden

Invasão ao Capitólio e Donald Trump (Foto: Reuters)

Infomoney - O ex-presidente Donald Trump disse, neste domingo (3), durante comício em Lititz, Pensilvânia, EUA, que “não deveria ter deixado” a Casa Branca após perder a eleição de 2020, que ele ainda não reconheceu. As informações são da CNN.

“Tínhamos a fronteira mais segura da história do nosso país no dia em que saí. Eu não deveria ter saído. Quero dizer, honestamente, porque… fizemos um ótimo trabalho. Quero dizer, toda cabine de votação tem centenas de advogados ali”, afirmou Trump.

Donald Trump se recusou a reconhecer a derrota na eleição de 2020 e tem promovido teorias da conspiração sobre aquele pleito e a eleição deste ano.

De acordo com o livro de 2022 da repórter do New York Times Maggie Haberman, o ex-presidente disse repetidamente a assessores que permaneceria na Casa Branca em vez de permitir que o presidente eleito Joe Biden assumisse o cargo.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Benedita da Silva deve ser a aposta do PT do Rio de Janeiro para o Senado em 2026

Deputada foi a primeira senadora negra, vice-governadora e governadora interina do Rio de Janeiro
Benedita da Silva (Foto: Pablo Valadares /Câmara dos Deputados)

O PT do Rio de Janeiro aposta na candidatura da deputada federal Benedita da Silva ao Senado em 2026, visando uma das duas vagas pelo estado.

Tiago Santana, presidente do diretório carioca do PT, reconheceu em entrevista à coluna Radar, na revista Veja, os desafios relacionados à idade (Benedita tem 82 anos), mas destaca que Benedita, com seu perfil evangélico e origem popular, tem potencial para dialogar com o eleitorado fora do círculo tradicional da esquerda, incluindo zonas periféricas e metropolitanas do Rio.

Com uma carreira marcada por representatividade, Benedita foi a primeira senadora negra, vice-governadora e governadora interina do Rio de Janeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja