segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Mercado financeiro eleva previsão para inflação este ano

Expectativa para a alta do IPCA em 2024 subiu ainda mais além do teto da meta, para 4,59%, de 4,55% antes
Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

Reuters - Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver menos afrouxamento monetário no próximo ano com nova elevação da perspectiva para a taxa básica de juros, de acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a projeção agora é de que a Selic termine 2025 a 11,50%, de 11,25% na semana anterior.

Para este ano, os especialistas continuam vendo dois aumentos de 0,50 ponto percentual nas últimas duas reuniões do ano. Assim, a Selic passaria dos atuais 10,75% para 11,25% na quarta-feira e então a 11,75% em dezembro.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA em 2024 subiu ainda mais além do teto da meta, para 4,59%, de 4,55% antes. Para 2025 a estimativa foi a 4,03%, de 4,00%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o dólar a conta também aumentou, com os especialistas consultados calculando a moeda norte-americana a 5,50 reais este ano e a 5,43 reais em 2025, de 5,45 reais e 5,40 reais antes. Na sexta-feira, o dólar disparou e fechou a 5,8699 reais, maior valor de fechamento desde 13 de maio de 2020.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano melhorou ligeiramente a 3,10%, de 3,08%, e para 2025 permaneceu em 1,93%.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Tarcísio leiloa segundo lote do projeto que privatiza construção de escolas estaduais

Entidades educacionais temem o comprometimento da autonomia pedagógica

Tarcísio de Freitas (Foto: Patricia Cruz/Governo do Estado de SP)


O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) realizará nesta segunda-feira (4), às 14h, o leilão do segundo lote do projeto PPP Novas Escolas, que prevê a construção de escolas estaduais em São Paulo pela iniciativa privada. Essa etapa acontece após a revalidação do primeiro leilão, que havia sido suspenso pela Justiça.

Segundo o Metrópoles, a concessão em pauta envolve a construção e gestão de 16 novas unidades de ensino, localizadas em cidades da região leste do estado, com um investimento estimado em R$ 1,05 bilhão. As novas escolas serão construídas em municípios como Guarulhos, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos, entre outros, e prometem gerar 17.680 novas vagas no sistema estadual de ensino, além de 476 salas de aula.

O governo estadual assegura que a implementação do projeto não interferirá nas atividades pedagógicas, que continuarão sob a supervisão da Secretaria da Educação. A recente sequência de leilões teve início com a venda do primeiro lote, correspondente às escolas da região oeste, que, apesar de uma liminar inicial que suspendeu o processo, foi rapidamente revertida por uma decisão do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Fernando Antônio Torres Garcia. Este ressaltou que a interrupção do leilão prejudicaria o cronograma de obras e serviços essenciais para a educação.

A suspensão anterior foi solicitada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que argumentou que a gestão privada das escolas poderia comprometer a autonomia pedagógica, afirmando que não é viável dissociar o projeto pedagógico da administração das estruturas escolares.

Tarcísio de Freitas tem se posicionado firmemente contra a ideia de que o projeto constitua uma privatização das escolas, argumentando que muitas delas estão em condições precárias e que a PPP Novas Escolas é uma oportunidade de modernizar a infraestrutura educacional.

"Estão falando que vou privatizar escolas. Privatizar o que, se elas não existem? Se vão ser construídas do zero? Isso é moderno, a gente precisa ofertar o melhor serviço para o cidadão e é isso o que a gente está fazendo", defendeu.

O projeto global da PPP Novas Escolas visa delegar a construção e gestão administrativa de 33 colégios à iniciativa privada, com a expectativa de que as empresas selecionadas sejam responsáveis por serviços como manutenção, limpeza, vigilância e alimentação dos alunos.

O consórcio que ganhou o primeiro lote receberá do estado um valor total de R$ 3,3 bilhões para viabilizar a construção e gestão das unidades, gerando preocupações, uma vez que uma das empresas envolvidas, a Engeform, está associada à Consolare, que tem enfrentado críticas por sua administração dos cemitérios na capital paulista.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Página com o tema da redação do Enem 2024 vaza antes do horário permitido

Polícia Federal investiga incidente que pode comprometer a credibilidade do exame

Prova do Enem (Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil)

Imagens das páginas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2024 começaram a circular antes do horário oficial de término das provas, causando alvoroço entre estudantes e autoridades educacionais. De acordo com reportagem do Diário do Nordeste, o vazamento ocorreu por volta das 16h30, quando as primeiras fotos do tema da redação e dos temas motivadores foram compartilhadas online.

A Polícia Federal já está conduzindo investigações para identificar os responsáveis pelo incidente. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) assegurou que o vazamento não comprometeu a "lisura do exame". "Os episódios são registrados em ata de sala de aplicação e não comprometem a lisura", afirmou o órgão responsável. Além disso, o Inep destacou que "deixar o local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais de prova é motivo de eliminação do participante".

Segundo informações do jornal O Globo, as imagens vazadas incluíam o samba da Mangueira "História para ninar gente grande" e uma fotografia de alunos da rede municipal do Rio na Pequena África, servindo de inspiração para o tema "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil". Por volta das 17 horas, documentos com todas as questões da prova também começaram a circular, aumentando a preocupação sobre a integridade do exame.

Fonte: Brasil 247 com informações do Diário do Nordeste

Empreendedorismo feminino: mulheres lideram 29,83% das empresas no Rio Grande do Norte

Embora ainda sejam minoria nas grandes empresas, mulheres ampliam participação em microempresas e representam mais de 54% dos futuros empreendedores

Empreendedorismo feminino (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

No Rio Grande do Norte, 29,83% das empresas contam com mulheres no quadro societário, somando 102.445 negócios. Destas, 90,27% são microempresas. Já o número de empresas exclusivamente lideradas por mulheres alcança 25,75%, enquanto 70,17% são de homens, de acordo com dados de março da Junta Comercial do Estado, segundo reportagem da agência Saiba Mais.

Nacionalmente, as mulheres representam 34,4% dos donos de negócios, segundo levantamento do Sebrae baseado em dados do IBGE de 2022. O setor de serviços é o principal empregador feminino, com 53% das trabalhadoras. Esse mercado impulsionou o surgimento de empreendimentos como o Caza Rosa, um espaço de coworking para mulheres que buscam um ambiente de atendimento especializado. “Nossas clientes são mulheres empreendedoras que desejam estar em um ambiente feminino sofisticado para atender aos clientes de forma especial”, explica Kaline Ferreira, gerente do local.

A pesquisa Monitor Global de Empreendedorismo 2023 aponta um aumento da participação feminina no empreendedorismo potencial, com 54,6% das intenções de investir em negócios nos próximos três anos, superando os homens que lideravam esse índice em 2022. O perfil dos novos empreendedores é majoritariamente jovem, até 34 anos, e composto por mulheres pretas e pardas.

Fonte: Brasil 247

Claudia Leitte lamenta morte de bailarina de 21 anos

Em um vídeo compartilhado com seus seguidores no Instagram, Claudia aparece em oração ao lado de sua equipe, relembrando a trajetória de Isabella



A cantora Claudia Leitte expressou profunda tristeza ao comunicar o falecimento de Isabella Oliveira, bailarina de 21 anos que fazia parte do elenco de seu projeto audiovisual "Intemporal". A notícia foi publicada nas redes sociais da artista no último sábado (2), sem a divulgação da causa da morte. Em um desabafo emocionado, Claudia revelou a dor da perda: "Ainda não me recompus". As informações são do G1.

Em um vídeo compartilhado com seus seguidores no Instagram, Claudia aparece em oração ao lado de sua equipe, relembrando a trajetória de Isabella, carinhosamente chamada de Bella. “Em breve, vou lançar uma tour de Intemporal, onde ela interpreta com louvor a mente de alguém, vivendo um dilema bem invasivo, denso... Uma menina de 21 anos deu vida a algo tão profundo... Uma menina de 21 anos...”, escreveu a cantora, destacando a profundidade e sensibilidade que Bella emprestou à performance.

As imagens compartilhadas foram ilustradas com uma cruz e acompanhadas pela música "Arrepio", uma faixa de seu álbum "Intemporal", em parceria com o cantor Tom Kray. Segundo Claudia, Bella era peça central no projeto, trazendo à cena uma interpretação complexa e carregada de significado, ainda mais impactante pela pouca idade da dançarina.

Em uma publicação feita por Bella em abril, a jovem bailarina já havia mencionado seu apreço pelo projeto e pela parceria com Claudia e os coreógrafos envolvidos, descrevendo a experiência como especial. Em maio, ao refletir sobre o audiovisual, Bella comentou sobre a "saudade sem fim" que sentia, uma frase que agora ganha novo sentido e ecoa como uma despedida precoce e inesperada.

A equipe e os fãs de Claudia Leitte também expressaram apoio e homenagens à memória de Bella, reforçando o impacto deixado pela jovem artista. Nas redes sociais, seguidores compartilharam mensagens de luto e destacaram o legado artístico da bailarina no projeto que marcou sua trajetória.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

O peso da eleição de Trump na possível prisão de Bolsonaro

Trump teria se comprometido a ajudar o líder brasileiro caso assuma novamente a presidência dos EUA
Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

Às vésperas de ser indiciado pela Polícia Federal, Jair Bolsonaro conta com uma possível vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos para angariar apoio em sua defesa. A expectativa entre aliados do ex-presidente brasileiro é que Trump, se eleito, possa pressionar publicamente e até em canais diplomáticos em defesa de Bolsonaro, apresentando-o como "perseguido político" diante das acusações que enfrenta no Brasil. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo, na coluna de Bela Megale.

Segundo fontes próximas à família Bolsonaro, Trump teria se comprometido a ajudar o líder brasileiro caso assuma novamente a presidência dos EUA. Em declarações a correligionários do Partido Liberal (PL), membros do círculo íntimo de Bolsonaro afirmaram que Trump poderia usar suas redes sociais para apoiar o ex-capitão, além de influenciar nas relações oficiais entre os países. "A ideia é que ele mostre ao mundo que Bolsonaro é um líder perseguido politicamente", revelou uma fonte próxima à família.

Contudo, a expectativa de que a vitória de Trump possa mudar o curso do processo judicial de Bolsonaro é vista com ceticismo no Brasil. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que pressões externas não influenciam as decisões da Justiça brasileira. "É um erro imaginar que um presidente americano terá poder para interferir no Judiciário brasileiro", avaliou um ministro, sob condição de anonimato.

O exemplo recente do empresário Elon Musk reforça essa posição. Envolvido em disputas com o STF por conta de políticas de conteúdo de sua rede social, o X, Musk acabou sendo obrigado a acatar as determinações do Tribunal após a plataforma enfrentar sanções no país. Esse episódio serviu como alerta para que apoiadores de Bolsonaro compreendam os limites da influência de atores internacionais sobre decisões judiciais no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluan da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

Contratações do setor industrial têm salto de 75% e jovens são maioria

Setor criou 405.493 novos postos de trabalho de janeiro a setembro

Indústria brasileira (Foto: Agência Brasil )

Por Bruno Bocchini, repórter da Agência Brasil - O número de postos de trabalho criados pelo setor industrial brasileiro teve aumento expressivo nos nove primeiros meses de 2024, com destaque para a contratação de jovens.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a indústria criou 405.493 novos postos de trabalho de janeiro a setembro, um salto de 75,5% em relação aos 230.943 registrados no mesmo período de 2023.

Somente em setembro, os empregos industriais tiveram saldo de 59.827 vagas — aumento de 40% em relação a setembro de 2023 e de 16% em relação a agosto.

Do total de vagas abertas no mês, 93% vieram da indústria da transformação (55.860), principalmente dos ramos de alimentação (22.488), borracha e material plástico (3.578), e veículos automotores (3.389).

Pelo segundo mês consecutivo, o Nordeste foi a região em que a indústria mais contratou, com participação de 42,4% das vagas criadas em setembro (25.417). Em seguida vêm Sudeste (37,8%), Sul (9,9%), Norte (5,3%), e Centro-Oeste (4,2%).

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, programas do governo federal têm contribuído com o aumento das contratações. A pasta cita o programa Mover, voltado ao setor automotivo, a Depreciação Acelerada, que promove a modernização do parque industrial de 23 setores, a retomada do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) e o Programa Brasil Semicondutores.

“Como resultado, o setor produtivo já anunciou planos de investimentos que chegam a R$ 1,6 trilhão para os próximos anos, R$ 1,06 trilhão da indústria da construção, R$ 130 bilhões do setor automotivo, R$ 120 bilhões de alimentos, R$ 105 bi de papel e celulose, R$ 100 bi de semicondutores e eletroeletrônicos; R$ 100 bi de siderurgia e R$ 39,5 bi do complexo industrial da saúde”, destacou o ministério.

Jovens - Do total das 405.493 novos postos de trabalho criados nos nove primeiros meses de 2024, 57,4% das vagas foram ocupadas por jovens de 18 e 24 anos. Entre os novos contratados está Caio Cabral, de 18 anos, que conseguiu seu primeiro emprego com carteira assinada em junho, na empresa APS Soluções, na zona Sul da capital paulista.

Caio está cursando o último ano do ensino médio, mas já é formado em eletrotécnica há dois anos. “Foi fácil encontrar o emprego, eu não estava à procura de trabalho. Eu recebi um convite da empresa para uma oportunidade na minha área”, conta.

A função de Caio na empresa é de auxiliar técnico de laboratório. Segundo ele, o emprego tem correspondido à sua expectativa. “O meu salário está dentro do que eu esperava e a empresa é relativamente perto da minha, tenho deslocamento de uns 40 minutos”.

O novo trabalho tem colaborado também com a formação de caio. “Tenho a oportunidade de aprender a cada dia e isso está sendo muito bom para mim e para minha carreira. A estrutura do laboratório é ótima e os profissionais têm muita experiência e me ajudam”.

Marli Matias Lima, de 20 anos, não teve a mesma facilidade de Caio para encontrar um emprego. Desde que terminou o ensino médio, em dezembro de 2022, estava à procura de uma vaga, que só veio encontrar em setembro do ano passado, na Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP).

“Foi difícil conseguir a vaga porque era muita gente fazendo o processo seletivo. Inclusive, o processo abriu em abril de 2023 e eu só fui convocada na segunda chamada, em setembro”, afirma.

Hoje, Marli é preparadora de carrocerias na montadora e cursa faculdade de análise e desenvolvimento de sistemas. “O salário está dentro da minha expectativa porque permite cobrir os gastos que eu tenho. A fábrica não é perto de casa, mas temos o ônibus fretado, que leva 40 minutos para fazer o trajeto”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Quem é a influenciadora que vendia conteúdo sobre psicologia desmascarada por uso de diploma falso

Mulher teve seu registro anulado pelo Conselho Regional de Psicologia e enfrenta acusações de fraude acadêmica

(Foto: Reprodução)

A influenciadora digital Gabriela Sayago, que acumulava seguidores em suas redes sociais ao compartilhar conteúdos de psicologia, enfrenta agora sérias acusações de fraude acadêmica. Segundo informações da coluna Metrópoles DF, Gabriela, que possuía cerca de 70 mil seguidores no Instagram e promovia conteúdos sobre "autoconhecimento e autossuperação", teve seu registro profissional anulado pelo Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região, em São Paulo, após constatações de irregularidades em sua formação.

Em sua biografia nas redes sociais, Gabriela dizia "ajudar pessoas a se ajudarem", uma promessa que conquistou um público fiel. No entanto, após investigações, o Conselho Regional de Psicologia identificou que o diploma de Gabriela é falso, o que resultou na anulação de seu registro profissional. Em nota oficial, o conselho destacou a obrigatoriedade do diploma autenticado pelo Ministério da Educação para a atuação na área. "O registro profissional nos Conselhos Regionais é condição obrigatória para o exercício profissional da psicologia", afirmou o órgão.

A suposta formação de Gabriela teria ocorrido na Faculdade Funorte, com sede em Montes Claros, Minas Gerais. Contudo, a instituição se pronunciou desmentindo qualquer vínculo com a influenciadora. "O Centro Universitário Funorte já passou todas as informações sobre a questão ao Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, comprovando que o diploma é falso e que a pessoa nunca foi aluna da instituição", reforçou a faculdade em nota enviada ao Metrópoles DF.

Apesar da anulação do registro, Gabriela continua a atuar como psicóloga, oferecendo serviços como atendimentos particulares, palestras, treinamentos e conteúdos diários em uma plataforma digital. Ela vende planos mensais e anuais para acesso ao material, com valores que variam de R$ 49,90 por mês até R$ 397 por ano. Em suas publicações, Gabriela afirma trabalhar com técnicas que ajudam "as pessoas a reforçarem seus pontos positivos por meio do autoconhecimento".

A coluna Metrópoles DF tentou contato com Gabriela Sayago, mas até o momento ela não respondeu às solicitações. O espaço permanece aberto para manifestações da influenciadora.

Fraude Acadêmica: “Fábrica de Diplomas”

O caso de Gabriela Sayago surge em meio a investigações sobre um esquema de falsificação de diplomas de ensino superior que tem facilitado a entrada de pessoas não qualificadas em diversas áreas de atuação. Segundo reportagem publicada em março deste ano pela coluna Metrópoles DF, um grupo de estelionatários operava uma “fábrica de diplomas”, oferecendo documentos falsos de graduação em áreas como direito, fisioterapia, psicologia e engenharia.

Em declarações captadas durante a investigação, os criminosos prometiam entregar um diploma reconhecido em apenas três dias. "Te transformo em advogado em 72 horas", garantiu um dos falsários. Os diplomas eram acompanhados de documentação aparentemente autêntica, que simulava registros oficiais e possuía menções a instituições renomadas. “Temos quatro grandes universidades espalhadas pelo país. Basta decidir qual é mais do seu agrado”, afirmava um dos envolvidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles DF

Air France suspende sobrevoo no Mar Vermelho após avistamento de "objeto luminoso"

A empresa também informou ajustes nas rotas de alguns voos e o retorno de certas aeronaves ao aeroporto de origem

(Foto: Divulgação)

A Air France anunciou neste domingo (3) a suspensão temporária de sobrevoo em uma área do Mar Vermelho, após a tripulação de um de seus aviões reportar a presença de um "objeto luminoso" em alta altitude sobre o Sudão. A medida, segundo informações da AFP, é descrita como precaução devido à crescente instabilidade geopolítica na região.

Em comunicado enviado à agência, a Air France esclareceu que a decisão de suspender o tráfego aéreo sobre a área afetada foi tomada com base em "um princípio de precaução", e que essa suspensão permanecerá "até nova ordem". "A Air France confirma que, por princípio de precaução, decidiu suspender até nova ordem o sobrevoo de uma área do Mar Vermelho", informou a companhia. A decisão surge após a tripulação de um dos voos ter identificado "um objeto luminoso em grande altitude na região do Sudão", detalhou a empresa.

A empresa também informou ajustes nas rotas de alguns voos e o retorno de certas aeronaves ao aeroporto de origem. Ainda de acordo com fontes do setor, a Air France é a única companhia a adotar essa medida até o momento, e o espaço aéreo do Mar Vermelho permanece oficialmente aberto para navegação.

Desde novembro de 2023, a região tem sido marcada por alta tensão geopolítica e militar. Grupos rebeldes houthis, que controlam vastas áreas do Iêmen, têm lançado mísseis e drones contra embarcações que consideram aliadas de Israel. As ações dos houthis, em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza, representam um reflexo do agravamento do conflito com Israel e o grupo Hamas, que se intensificou desde outubro de 2023.

Fonte: Brasil 247

'Eleitores fugiram do radicalismo', diz Kassab sobre crescimento do PSD nas eleições municipais

"Sempre tem aquele candidato moderado, preocupado com os problemas locais. Prevaleceram essas vitórias", disse o presidente nacional do PSD

(Foto: ABr)

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que seu partido saiu fortalecido nas eleições municipais deste ano, ressaltando que os eleitores optaram por alternativas mais moderadas em vez de se deixar levar pelo radicalismo. A declaração, segundo a CNN Brasil,foi feita durante uma entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibido no domingo (3), onde Kassab analisou o cenário político atual e os impactos das eleições de 2022.

Na entrevista, Kassab lembrou que as eleições gerais de 2022 foram marcadas por um ambiente de “ânimos acirrados”, refletindo o confronto entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Ele comentou sobre o “clima de ódio” que permeou o período, levando alguns a declarar o fim do centro político no Brasil.

“Naquela eleição só tinha Lula e Bolsonaro, o eleitor tinha que fazer uma opção. Como eram duas propostas que representavam extremos, quem não gostava de um só tinha o outro”, observou, enfatizando que quase 70% dos eleitores não se identificavam com nenhum dos dois.

Kassab destacou que, nas eleições municipais, o cenário era diferente. “A maior parte das cidades não era esquerda x direita. Sempre tem aquele candidato moderado, preocupado com os problemas locais. Prevaleceram essas vitórias”, disse, apontando que o PSD e outros partidos do centro se beneficiaram desse clima de busca por entendimento e moderação.

O presidente do PSD também fez questão de ressaltar a importância de candidaturas de “qualidade”, mencionando o sucesso de prefeitos como Rafael Greca (Curitiba), Fuad Noman (Belo Horizonte), Eduardo Braide (São Luís) e Eduardo Paes (Rio de Janeiro). Kassab previu que Paes, embora deseje concluir seu mandato até 2028, poderá ser chamado para concorrer ao governo do estado.

Kassab defendeu, ainda, a necessidade de reduzir o número de partidos políticos no Brasil, argumentando que isso ajudaria a evitar a entrada de “aventureiros” na política. “Partido grande não dá espaço a pessoas como essas, por isso precisa reduzir o número de partidos”, afirmou.

O dirigente partidário também delineou as bandeiras do centro, afirmando que o PSD é “liberal na economia” e defende investimentos em saúde, educação e segurança. Ele reforçou a importância da reforma administrativa como um dos principais objetivos do partido e defendeu, com ênfase, o voto distrital.

“O voto distrital é mais importante do que nunca com a aproximação dos influencers na política. Ela é perigosa, não por serem pessoas ‘do mal’, mas por não terem experiência na vida pública”, concluiu Kassab.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Quincy Jones, lenda da música que trabalhou com Sinatra e Michael Jackson, morre em Los Angeles

Quincy Jones morreu no domingo, aos 91 anos de idade

Quincy Jones durante Festival de Fazz de Montreux 29/6/2018 REUTERS/Denis Balibouse (Foto: REUTERS/Denis Balibouse)

Reuters- Quincy Jones, o homem conhecido simplesmente como "Q", foi uma grande influência na música norte-americana em seu trabalho com artistas que vão de Count Basie a Frank Sinatra e reformulou a música pop em suas colaborações com Michael Jackson.

Jones morreu no domingo, aos 91 anos de idade, informou seu agente.

Houve muito pouco que Jones não fez em uma carreira musical de mais de 65 anos. Ele foi trompetista, líder de banda, arranjador, compositor, produtor e ganhador de 27 prêmios Grammy.

Viciado em trabalho de estúdio e virtuoso em lidar com egos delicados, ele deu forma a gravações de grandes nomes do jazz, como Miles Davis, produziu Sinatra e montou o conjunto de superestrelas que gravou "We Are the World", em 1985, o maior sucesso da época.

Jones também foi um prolífico escritor de trilhas sonoras para filmes e co-produziu o filme "A Cor Púrpura", bem como o programa de televisão dos anos 90 "Um Maluco no Pedaço", que lançou a carreira de Will Smith.

O círculo de amigos de Jones incluía algumas das figuras mais conhecidas do Século 20. Ele jantou com Pablo Picasso, conheceu o papa João Paulo 2º, ajudou Nelson Mandela a comemorar seu 90º aniversário e uma vez se retirou para a ilha de Marlon Brando no Pacífico Sul para se recuperar de um colapso.

Tudo o que ele fazia era marcado por seu estilo universal e inegável. Bono, líder do U2, chamou Jones de "a pessoa mais legal que já conheci".

As realizações mais duradouras de Jones foram em colaboração com Michael Jackson. Eles fizeram três álbuns marcantes -- "Off the Wall", em 1979, "Thriller", em 1982, e "Bad", em 1987 -- que mudaram o cenário da música pop norte-americana. "Thriller" vendeu cerca de 70 milhões de cópias, e seis das nove músicas do álbum se tornaram os 10 melhores singles.

INVASÃO MUSICAL - Quincy Delight Jones Jr. nasceu em 14 de março de 1933, em Chicago. Quando menino, ele desejava ser um gângster como os que via em seu complicado bairro. Ele tinha 7 anos quando sua mãe foi levada para uma instituição mental. Seu pai, um carpinteiro, casou-se novamente e transferiu a família para Bremerton, no Estado de Washington, onde o jovem Quincy seguiu uma vida de pequenos delitos.

Jones disse que seu interesse pela música floresceu em Bremerton, quando ele e alguns amigos encontraram um piano depois de entrarem sorrateiramente no centro comunitário do conjunto habitacional segregado da época da guerra onde moravam.

Ele experimentou diferentes instrumentos na banda da escola antes de se decidir pelo trompete e, aos 13 anos, já tocava jazz, música popular e rhythm-and-blues em casas noturnas. Aos 14 anos, em Seattle, Jones conheceu Ray Charles, de 16 anos, ainda não famoso, que o ensinou a fazer arranjos e compor músicas.

Basie e o trompetista Clark Terry também foram mentores do jovem Jones e ele ganhou uma bolsa de estudos para o que viria a ser a Berklee School of Music, em Boston. No entanto, ele desistiu da bolsa para ir para a estrada com a banda de Lionel Hampton como trompetista adolescente no início dos anos 1950.

A música era a única coisa que eu podia controlar", escreveu Jones em sua autobiografia. "Era o único mundo que me oferecia liberdade... Eu não precisava procurar respostas. As respostas não estavam além do sino do meu trompete e de minhas partituras rabiscadas a lápis. A música me tornou pleno, forte, popular, autoconfiante e descolado."

No final da década de 1950, ele participou de turnês pelo mundo patrocinadas pelo governo dos EUA com uma banda organizada pelo pioneiro do jazz bebop Dizzy Gillespie. Em seguida, Jones liderou sua própria banda pela Europa. No início da década de 1960, ele estava muito endividado quando aceitou um emprego na Mercury Records, em Nova York, tornando-se um dos primeiros executivos negros em uma gravadora de propriedade de brancos.

Lá, Jones se aventurou a sair do gênero jazz e produziu seu primeiro single de sucesso, "It's My Party", uma música de Lesley Gore que chegou ao topo da parada pop dos EUA em 1964.

Os puristas do jazz o consideraram um vendido por fazer música pop, mas Jones disse mais tarde à Rolling Stone: "A motivação subjacente de qualquer artista, seja ele Stravinsky ou Miles Davis, é fazer o tipo de música que deseja e ainda assim fazer com que todos a comprem".

Na Mercury, Jones conseguiu seu primeiro trabalho de trilha sonora de filme, "O Homem do Prego", de Sidney Lumet Ele passou a fazer a trilha sonora de quase 40 filmes, incluindo "No Calor da Noite", "A Sangue Frio", "O Ouro de Mackenna", "O Mágico Inesquecível" e parte da minissérie de televisão "Raízes".

As pessoas com quem Jones trabalhou preencheriam um hall da fama do jazz ou do R&B: Basie, Gillespie, Tommy Dorsey, Dinah Washington, Nat King Cole, Sarah Vaughan, Aretha Franklin. Mas ele também produziu em outros gêneros com, entre outros, Paul Simon, Amy Winehouse, Barbra Streisand e Donna Summer.

Ele fez o arranjo do sucesso de Sinatra, "Fly Me to the Moon", que o astronauta Buzz Aldrin tocou em uma fita cassete durante o primeiro pouso na lua em 1969. Anos depois, Jones disse à revista GQ que Sinatra "me ligou e parecia uma criança: 'Temos a primeira música na lua, cara!"

Suas próprias gravações foram igualmente ecléticas, variando do jazz ao soul, do africano ao brasileiro. Em 1991, seu disco "Back on the Block" ganhou o Grammy de álbum do ano e também Grammys nas categorias rap, rhythm and blues, jazz fusion e instrumental.

O trabalho de Jones com Michael Jackson foi histórico, embora a gravadora de Jackson inicialmente achasse que Jones era muito jazzístico para ser seu produtor. Começaram em 1979 com "Off the Wall", depois que o cantor se separou de seus irmãos do Jackson 5 e montou uma mistura de faixas dançantes e baladas. O álbum apresentou quatro músicas que se tornaram os 10 maiores sucessos.

Sua colaboração em 1982, "Thriller", tornou-se um marco cultural da década de 1980. Jones e Michael Jackson queriam ampliar a base de fãs do cantor e, por isso, acrescentaram elementos de rock, fazendo com que o guitarrista Eddie Van Halen tocasse um solo explosivo em "Beat It", que se tornou um dos maiores sucessos de Michael Jackson. Complementado por vídeos deslumbrantes que apresentavam a dança hipnotizante do cantor no momento em que a MTV estava amadurecendo, "Thriller" transformou o artista em uma das maiores estrelas do mundo.

COLABORAÇÃO DIVINA - Sucessos como "Beat It", "Billie Jean" e a música-título fizeram de "Thriller" o álbum mais vendido de todos os tempos. O álbum ganhou três Grammys para Jones e sete para Michael Jackson.

Depois disso, em 1987, lançaram "Bad", que teve cinco sucessos número 1, incluindo "Smooth Criminal" e "Man in the Mirror".

Em 1985, Jones, Michael Jackson e o cantor Lionel Richie organizaram "We Are the World", um disco para arrecadar dinheiro para combater a fome na Etiópia. O enorme coro de estrelas contou com a participação de Ray Charles, Bob Dylan, Diana Ross, Bruce Springsteen e Smokey Robinson. Jones deu o tom da sessão de gravação com um cartaz que dizia: "Deixe seu ego na porta".

Michael Jackson morreu em 2009, e Jones posteriormente processou o espólio do cantor, alegando que foi "enganado em muito dinheiro" em royalties. Em julho de 2017, um júri de Los Angeles concedeu a Jones 9,4 milhões de dólares.

Jones criou sua própria gravadora, a Qwest, bem como a Vibe, uma revista que cobria o mundo do hip-hop, e teve várias fundações e projetos humanitários.

Ele continuou lançando novos projetos bem depois da idade tradicional de aposentadoria. Em 2018, Jones, então com 84 anos, disse à revista GQ: "Nunca estive tão ocupado em minha vida".

Jones foi casado três vezes. Sua primeira esposa foi Jeri Caldwell, sua namorada do ensino médio, com quem teve uma filha; sua segunda esposa foi a modelo sueca Ulla Andersson, com quem teve dois filhos, incluindo Quincy 3º, que se tornou produtor de hip-hop.

Sua terceira esposa foi a atriz de "Mod Squad", Peggy Lipton, com quem teve duas filhas, incluindo a atriz Rashida Jones. Ele teve outros dois filhos fora de seus casamentos, incluindo um com a atriz Nastassja Kinski.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Líderes evangélicos tentam se distanciar do bolsonarismo após ‘patrulhamento’ nas eleições

Integrantes de igrejas evangélicas afirmam que a agressividade do bolsonarismo ao cobrar dos eleitores foi mal digerida por algumas lideranças

(Foto: Reprodução/Lucas Rocha/Sputnik)

Líderes de igrejas evangélicas estão criticando a influência de políticos de direita entre os seus fiéis após serem cobrados por bolsonaristas para que apoiassem seus candidatos nas eleições municipais deste ano, informa O Globo. Alguns pastores defendem a ideia de uma reposicionamento das igrejas para se desvencilhar do discurso bolsonarista.

No Rio de Janeiro e em São Paulo, pastores de denominações como a Assembleia de Deus de Madureira e a Igreja Universal do Reino de Deus manifestaram incômodo com o “patrulhamento” de bolsistas durante as eleições. Nas eleição fluminense, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegaram a acusar pastores que não apoiavam Alexandre Ramagem (PL) de terem “se vendido” para o prefeito Eduardo Paes (PSD).

Entre os evangélicos alvos do bolsonarismo estão o pastor Cláudio Duarte, organizador da Marcha para Jesus, e o bispo Abner Ferreira, líder da igreja de Madureira no Rio, que apareceram em mensagens de apoio a Paes. O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), ligado à igreja de Madureira, verbalizou esse incômodo.

“Até pouco tempo atrás, o eleitor evangélico não era enxergado pela política. Agora, muitos passaram a dizer a esse eleitor que quem vota em um lado do espectro político é de Deus, e quem não vota é do diabo. Minha luta é para devolver a igreja ao lugar onde sempre deveria ter estado, de representante do Senhor, e não de um lado político”, afirmou.

Já em São Paulo, as igrejas evangélicas apoiaram, em sua maioria, Ricardo Nunes (MDB). No entanto, uma parte significativa desse eleitorado votou em Pablo Marçal (PRTB), influenciado por lideranças bolsonaristas como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que disse que votar em Nunes era o mesmo que “se dobrar ao sistema”. Integrantes de igrejas evangélicas afirmam que a agressividade do bolsonarismo ao cobrar dos eleitores foi mal digerida por algumas lideranças.

Esse incômodo fez com que as igrejas adotassem mudanças sutis em seus discursos. A Igreja Universal, por exemplo, afirmava em 2022 que “cirstão não vota esquerda”. Agora, em seus canais oficiais, os discurso é de que a igreja não pode ser nem de esquerda, nem de direita”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trump lidera em todos os estados-pêndulo dos EUA, aponta pesquisa AtlasIntel

O republicano está à frente de Harris por pelo menos 1 ponto percentual em cada estado-pêndulo

Donald Trump em Grand Rapids, Michigan 20/7/2024 REUTERS/Tom Brenner (Foto: Tom Brenner)

O candidato presidencial republicano Donald Trump está liderando nos estados-pêndulo dos EUA e ultrapassando a candidata democrata Kamala Harris por 1,8 pontos percentuais, alcançando 49% de intenção de voto, de acordo com duas pesquisas realizadas pela empresa de pesquisa AtlasIntel.

"Trump lidera nos estados-pêndulo, com margens particularmente significativas no Arizona e em Nevada. A disputa permanece acirrada nos estados-chave da Cintura da Ferrugem (MI, WI e PA)", disse a empresa na X.

Trump está à frente de Harris por pelo menos 1 ponto percentual em cada estado-pêndulo, conforme a pesquisa. A maior diferença, de 6,8 pontos percentuais em favor do candidato republicano, é observada no Arizona e em Nevada (5,5 pontos percentuais), apontou a pesquisa. A menor diferença é observada em Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, onde Trump lidera por 1,3, 1,5 e 1,7 pontos percentuais, respectivamente. Harris também está 1,8 pontos percentuais atrás de Trump na Geórgia e 3,6 pontos percentuais na Carolina do Norte.

Os resultados de outra pesquisa mostraram que 49% dos eleitores dos EUA votariam em Trump e 47,2% votariam em Harris na próxima eleição presidencial.

A pesquisa sobre intenção de voto foi realizada entre 2.463 cidadãos americanos de 1 a 2 de novembro, com uma margem de erro de cerca de 2 pontos percentuais.

Outra pesquisa sobre o nível de apoio aos candidatos nos estados-pêndulo também foi realizada de 1 a 2 de novembro. O número de entrevistados foi de 967 no Arizona, 1.174 na Geórgia, 1.198 em Michigan, 782 em Nevada, 1.310 na Carolina do Norte, 2.049 na Pensilvânia e 728 em Wisconsin. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para a Pensilvânia, 4 pontos percentuais para Nevada e Wisconsin e 3 pontos percentuais para os outros estados-pêndulo.

A eleição presidencial nos Estados Unidos será realizada em 5 de novembro. Trump está concorrendo à presidência pela terceira vez.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Sputnik

Após exames, Lula é liberado para viagens curtas e mantém quadro estável

Presidente sofreu um acidente doméstico e bateu a cabeça no último dia 19

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília, 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 O presidente Lula foi liberado para realizar viagens curtas após passar por novos exames de imagem que confirmaram estabilidade em seu quadro de saúde, informou a Folha de São Paulo neste domingo (3), citando os exames mais recentes do presidente.

A decisão foi tomada após novos exames de imagem realizados no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, neste domingo, que confirmaram estabilidade em seu quadro. Segundo o boletim médico, Lula “permanece sem sintomas e o exame apresenta estabilidade em relação aos anteriores, devendo manter suas atividades habituais".

No dia 19 de outubro, o presidente sofreu uma queda no banheiro da residência oficial, o Palácio da Alvorada, bateu a cabeça e precisou levar cinco pontos na região da nuca. Exames de imagem realizados logo após o acidente mostraram uma pequena hemorragia no cérebro do presidente. Após a queda, a equipe recomendou, por precaução, que Lula evitasse viagens de longa distância.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Entenda como funciona o processo eleitoral dos Estados Unidos

Sistema é indireto e presidente é eleito por colégio eleitoral
Eleições nos Estados Unidos (Foto: REUTERS/Carlos Barria/David Swanson)


Agência Brasil – Apontados como “a maior democracia do mundo”, os Estados Unidos (EUA) não elegem seu presidente por meio do voto direto. E nem sempre o eleito é aquele que conquista a maioria dos votos. Algo difícil de ser entendido pelos brasileiros, que tiveram, como mote para a retomada da democracia, nos anos 80, o lema Diretas Já.

“Não são só eleições diretas que caracterizam uma democracia. A democracia tem outras instituições que a caracterizam, como, por exemplo, o Judiciário e os direitos do cidadão, como liberdade de expressão e direito ao voto, ainda que de forma indireta. Vejo como problema maior o fato de o sistema eleitoral dos EUA ser excludente e eivado de vícios, com um monte de problemas. Por exemplo, o fato de não haver, lá, um órgão centralizador do processo, como o nosso TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, explicou à Agência Brasil o pesquisador do Instituto Nacional de Estudos sobre os EUA (Ineu) Roberto Goulart Menezes.

Segundo o professor do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) Virgílio Caixeta Arraes, o processo que faz a escolha indireta para a presidência norte-americana “foi assim definido como forma de evitar candidaturas demagógicas ou populistas com propostas sedutoras, porém inviáveis, ou desagregadoras. Arraes disse à Agência Brasil que, na época, avaliava-se que os delegados teriam mais experiência ou amadurecimento político que o restante do eleitorado.

As diferenças entre os processos eleitorais de Brasil e Estados Unidos têm, como ponto de partida, as cartas magnas dos dois países. Com uma Constituição bem mais simplificada do que a brasileira, os EUA delegam boa parte de suas leis às normas locais, dando, aos estados, mais autonomia, prerrogativas, poderes e responsabilidades. Dessa forma, muitas tipificações criminais e penas são estabelecidas a partir de leis estaduais.

Doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do Instituto de Relações Internacionais da UnB, Goulart Menezes explicou que as eleições presidenciais são organizadas pelos governos estaduais, o que acaba resultando em algumas dificuldades que não ocorrem em países como o Brasil, onde o processo é centralizado.

De acordo com Menezes, há estados que trazem, para o processo eleitoral local, algumas de suas características históricas que podem ser consideradas questionáveis. “Na Geórgia, por exemplo, estado de maioria negra, uma lei local que tira o direito ao voto de pessoas com três ou mais condenações na Justiça. Com isso, muitos abusos cometidos por policiais acabam por retirar o direito a voto de negros [e latinos]”, ressaltou o pesquisador.

● Como funciona

Como a votação é indireta, nenhum dos eleitores votará, nesta terça-feira (5), diretamente nos candidatos Kamala Harris, do Partido Democrata, ou em Donald Trump, do Partido Republicano. “Eles votarão em delegados de seus estados, e estes, sim, votarão nos candidatos à Presidência dos Estados Unidos”, acrescentou Menezes.

O colégio eleitoral dos EUA é formado por 538 delegados. O número de delegados por estado é proporcional ao tamanho da população, o que define também seus representantes no Legislativo.

“O número de delegados é revisto periodicamente, a cada duas eleições. A Califórnia, por exemplo, tinha, em 2016, 55 delegados. Em 2024, terá 54”, disse Menezes, referindo-se ao estado com maior número de delegados.

O segundo estado com mais delegados é o Texas (40), seguido da Flórida (30), Nova York (28 ) e de Illinois e Pensilvânia (19, cada um). Os com menor número são Dakota do Norte, Delaware, Dakota do Sul, Vermont, Wyoming, distrito de Columbia e Alasca (3 delegados, cada); Maine, Montana, Idaho, New Hampshire, Virgínia Ocidental, Rhode Island e Havaí (4 delegados, cada).

● The winner takes it all

Todos os estados, menos Maine e Nebraska, usam o sistema de eleição de delegados conhecido como “the winner takes all”, no qual “o vencedor leva tudo”. No caso, todos os votos dos delegados do estado.

Dessa forma, o sistema oferece possibilidades reais de que seja eleito o candidato menos votado, caso tenha vencido a disputa nos estados mais populosos – portanto, com maior número de delegados.

Isso, inclusive, já ocorreu em alguns pleitos, como o de 2016, quando o republicano Trump foi eleito tendo quase 3 milhões de votos a menos que a democrata Hillary Clinton.

Situação similar ocorreu em 2000, favorecendo também o Partido Republicano, no embate que colocou, na Presidência dos EUA, George W. Bush – mesmo com seu adversário, o democrata Al Gore, tendo recebido quase 500 mil votos a mais.

As duas situações foram possíveis porque, apesar de a maior parte dos votos ter ido para os democratas, quem obteve a maior parte de votos entre os 538 delegados foram os republicanos.

● Estados Pêndulo

Se, por um lado, existem estados em que o resultado da disputa costuma ser mais previsível, com eleitores historicamente apoiadores de um ou outro partido, por outro, há estados em que, também historicamente, não há maioria absoluta nas intenções de votos. São os chamados swing states – em tradução livre, “estados pendulares”, onde qualquer partido pode sair vitorioso.

Com isso, esses estados acabam sendo alvo preferencial das campanhas eleitorais, com grandes chances de definir o resultado final do pleito. Sete estados são considerados pêndulos: Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.

Segundo Goulart Menezes, quando as eleições são muito apertadas, os candidatos costumam focar também nos dois únicos estados onde o sistema eleitoral não segue a linha do “the winner takes it all” – Maine e Nebraska. “Mesmo sendo pequenos e com pouco peso, é possível que o voto decisivo venha dali, principalmente em caso de eleições acirradas”, destacou Goulart Menezes.

A luta pela maioria dos votos não para aí. “Uma estratégia adotada para formar maioria em algumas localidades é definir o desenho dos distritos eleitorais, de forma a formar maioria para esta ou aquela tendência e, na contabilização final, favorecer um lado, contabilizando todos os votos dos delegados para o candidato da preferência do governador estadual”, detalhou o pesquisador.

“Isso é algo aterrador porque, em muitos casos, esse desenho não segue nenhuma lógica, e tem por trás muitos interesses. O desenho do distrito eleitoral é definido pelo governador a partir de informações sobre como vota uma determinada área. O objetivo é fazer uma distribuição que resulte em maioria para seu partido”, acrescentou.

● Voto antecipado

Outra peculiaridade do sistema eleitoral norte-americano é que alguns estados permitem o voto antecipado, mecanismo adotado sob a justificativa de evitar longas filas e tumulto no dia das eleições.

Pelo processo antecipado, o eleitor pode mandar seu voto pelos Correios, até mesmo do exterior, ou depositá-lo em locais predeterminados. Quase 50 milhões de eleitores já votaram dessa forma para o próximo pleito.

Goulart Menezes disse que o procedimento do voto a distância tem sido usado pelo atual candidato do Partido Republicano para disseminar desinformação e notícias falsas (fake news). “Trump tem dito que o voto pelos Correios de lá possibilita voto duplo de alguns eleitores, novamente lançando dúvidas improcedentes sobre o processo eleitoral, criando mais uma possibilidade de insurgência, caso perca as eleições.”

Segundo o professor, isso não procede porque, para enviar o voto por via postal, o eleitor, antes, tem de se registrar na internet. Para cada cédula recebida, há um código correspondente, o que inviabiliza, ao eleitor, votar mais de uma vez.

“Até mesmo essa situação de votos incendiados antes de serem contabilizados não gera problemas, porque, registrados, os eleitores que não tiveram seus votos chegando ao destino poderão fazê-lo posteriormente. Nenhum voto, portanto, é perdido”, esclareceu Menezes.

● Prévias eleitorais

A definição sobre quem serão os candidatos nos partidos norte-americanos é feita por meio de uma programação complexa e demorada, denominada prévias eleitorais. Ao longo de vários meses – em geral, mais de sete meses –, dezenas de candidatos dos principais partidos, além dos independentes, disputam o voto popular.

Como se trata de uma organização cara, que exige dos partidos o funcionamento de máquina operacional em todos os estados norte-americanos, só os democratas e os republicanos conseguem concluir o processo com possibilidades reais de chegar à Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos.

As prévias têm modelos diferentes em cada estado: em alguns, qualquer eleitor pode votar em qualquer eleição primária. Outros estados exigem que o eleitor mostre a filiação partidária para votar nas primárias da área em que está registrado.

Além de escolhidos pelas prévias, os candidatos precisam, também, ter a candidatura oficializada em convenções partidárias. As convenções duram em média quatro dias e nunca ocorrem em Washington, capital norte-americana.

● Resultados

A autonomia dos estados para definir suas leis eleitorais costuma gerar alguma imprevisibilidade com relação ao tempo em que o resultado do pleito presidencial é anunciado. Em 2000, devido a polêmicas na Flórida, o processo de contagem dos votos demorou mais de um mês. Já em 2008, devido à boa vantagem de Barack Obama em muitos estados, o democrata já era o presidente eleito no final do dia da votação.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Na reta final, Kamala Harris pede apoio a cristãos e árabes americanos, enquanto Trump adota retórica violenta

Pesquisas mostram disputa acirrada e resultado incerto em sete estados-chave

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters)

Reuters - Kamala Harris fez seu discurso final na campanha pela presidência dos Estados Unidos em uma igreja historicamente negra e para árabes-americanos no campo de batalha de Michigan neste domingo (3), enquanto seu rival Donald Trump adotou uma retórica violenta em um comício na Pensilvânia.

Pesquisas de opinião mostram que a dupla está em uma disputa acirrada , com a vice-presidente Harris apoiada fortemente por eleitoras, enquanto o ex-presidente Trump ganha terreno com os eleitores hispânicos, especialmente os homens.

Os eleitores, em geral, têm uma visão desfavorável de ambos os candidatos, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos , mas isso não os dissuadiu de votar.

Mais de 78 milhões de americanos já o fizeram antes do dia da eleição de terça-feira (5), de acordo com o Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida, aproximando-se da metade do total de 160 milhões de votos emitidos em 2020, quando a participação eleitoral dos EUA foi a maior em mais de um século.

O controle do Congresso também estará em disputa na terça-feira, com os republicanos sendo os favoritos para capturar a maioria no Senado, enquanto os democratas são vistos como tendo uma chance igual de derrubar a estreita maioria dos republicanos na Câmara dos Representantes.

"Em apenas dois dias, temos o poder de decidir o destino da nossa nação para as gerações futuras", disse Harris aos paroquianos da Greater Emmanuel Institutional Church of God in Christ, em Detroit. "Devemos agir. Não basta apenas rezar; não basta apenas falar."

Mais tarde, em um comício em East Lansing, Michigan, ela se dirigiu aos 200.000 árabes-americanos do estado, começando seu discurso com um aceno às vítimas civis das guerras de Israel em Gaza e no Líbano .

"Este ano tem sido difícil, dada a escala de morte e destruição em Gaza e dadas as baixas civis e deslocamentos no Líbano, é devastador. E como presidente, farei tudo ao meu alcance para acabar com a guerra em Gaza", disse Harris.

Muitos árabes e muçulmanos americanos, bem como grupos ativistas contrários à guerra, condenaram o apoio dos EUA a Israel em meio às dezenas de milhares de mortes de civis em Gaza e no Líbano, e o deslocamento de milhões. Israel diz que está mirando os grupos militantes Hamas e Hezbollah.

Trump visitou Dearborn, Michigan, o coração da comunidade árabe-americana, na sexta-feira e prometeu acabar com o conflito no Oriente Médio, sem dizer como.

Em vez de mencionar Trump pelo nome, Harris escolheu destacar o histórico de seu oponente durante seu último domingo de campanha.

Trump, em seu primeiro de três comícios no domingo, frequentemente abandonava seu teleprompter com comentários improvisados ​​nos quais denunciava pesquisas de opinião mostrando movimento a favor de Harris. Ele chamou os democratas de "partido demoníaco", ridicularizou o presidente democrata Joe Biden e falou sobre o alto preço das maçãs.

Ele reclamou no domingo com seus apoiadores sobre as brechas no vidro à prova de balas que o cercava enquanto falava e refletiu que um assassino teria que atirar na mídia para pegá-lo.

"Para me pegar, alguém teria que espalhar notícias falsas, e isso não me importa tanto", disse Trump, que há muito tempo critica a mídia e tenta irritar o sentimento público contra ela.

Na semana passada, ele sugeriu que uma importante crítica republicana, a ex-congressista Liz Cheney, deveria enfrentar tiros em combate por sua política externa agressiva, levando um promotor do Arizona a abrir uma investigação.

O porta-voz da campanha, Steven Cheung, emitiu uma declaração dizendo que o comentário de Trump não foi direcionado à mídia, mas sim: "Foi sobre ameaças contra ele que foram estimuladas pela retórica perigosa dos democratas".

Mais tarde, Trump discursou em Kinston, Carolina do Norte, e em Macon, Geórgia, onde aproveitou o relatório de empregos da semana passada, que mostrou que a economia dos EUA produziu apenas 12.000 empregos no mês passado.

Ele disse a uma grande multidão reunida em um anfiteatro que o relatório mostrava que os Estados Unidos eram uma "nação em declínio" e alertou sombriamente, sem evidências, sobre uma possível repetição da Grande Depressão de 1929, com "pessoas pulando de prédios".

Altos funcionários da campanha de Harris disseram que seu argumento final foi criado para atingir uma fatia estreita de eleitores indecisos. Isso contrastou com Trump, que variou pouco de seu discurso padrão, destinado a inspirar seus apoiadores leais.

"A campanha de Kamala é baseada no ódio e na demonização", disse Trump.

Perto do final de seu discurso na Pensilvânia, Trump — cujas falsas alegações de que sua derrota em 2020 foi resultado de fraude inspiraram o ataque de seus apoiadores ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 — refletiu que teria preferido não ter entregue o poder.

"Tínhamos a fronteira mais segura da história do nosso país no dia em que eu saí. Eu não deveria ter saído. Quer dizer, honestamente, porque saímos assim, nos saímos muito bem", disse Trump.

Trump disse durante seus comentários que os resultados das eleições deveriam ser anunciados na noite da eleição, apesar dos avisos de autoridades em vários estados de que poderia levar dias para determinar o resultado final.

Os democratas dizem que têm planos em andamento caso Trump tente reivindicar a vitória prematuramente desta vez.

Fonte: Brasil 247 com Reuters