segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Entenda como funciona o processo eleitoral dos Estados Unidos

Sistema é indireto e presidente é eleito por colégio eleitoral
Eleições nos Estados Unidos (Foto: REUTERS/Carlos Barria/David Swanson)


Agência Brasil – Apontados como “a maior democracia do mundo”, os Estados Unidos (EUA) não elegem seu presidente por meio do voto direto. E nem sempre o eleito é aquele que conquista a maioria dos votos. Algo difícil de ser entendido pelos brasileiros, que tiveram, como mote para a retomada da democracia, nos anos 80, o lema Diretas Já.

“Não são só eleições diretas que caracterizam uma democracia. A democracia tem outras instituições que a caracterizam, como, por exemplo, o Judiciário e os direitos do cidadão, como liberdade de expressão e direito ao voto, ainda que de forma indireta. Vejo como problema maior o fato de o sistema eleitoral dos EUA ser excludente e eivado de vícios, com um monte de problemas. Por exemplo, o fato de não haver, lá, um órgão centralizador do processo, como o nosso TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, explicou à Agência Brasil o pesquisador do Instituto Nacional de Estudos sobre os EUA (Ineu) Roberto Goulart Menezes.

Segundo o professor do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) Virgílio Caixeta Arraes, o processo que faz a escolha indireta para a presidência norte-americana “foi assim definido como forma de evitar candidaturas demagógicas ou populistas com propostas sedutoras, porém inviáveis, ou desagregadoras. Arraes disse à Agência Brasil que, na época, avaliava-se que os delegados teriam mais experiência ou amadurecimento político que o restante do eleitorado.

As diferenças entre os processos eleitorais de Brasil e Estados Unidos têm, como ponto de partida, as cartas magnas dos dois países. Com uma Constituição bem mais simplificada do que a brasileira, os EUA delegam boa parte de suas leis às normas locais, dando, aos estados, mais autonomia, prerrogativas, poderes e responsabilidades. Dessa forma, muitas tipificações criminais e penas são estabelecidas a partir de leis estaduais.

Doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do Instituto de Relações Internacionais da UnB, Goulart Menezes explicou que as eleições presidenciais são organizadas pelos governos estaduais, o que acaba resultando em algumas dificuldades que não ocorrem em países como o Brasil, onde o processo é centralizado.

De acordo com Menezes, há estados que trazem, para o processo eleitoral local, algumas de suas características históricas que podem ser consideradas questionáveis. “Na Geórgia, por exemplo, estado de maioria negra, uma lei local que tira o direito ao voto de pessoas com três ou mais condenações na Justiça. Com isso, muitos abusos cometidos por policiais acabam por retirar o direito a voto de negros [e latinos]”, ressaltou o pesquisador.

● Como funciona

Como a votação é indireta, nenhum dos eleitores votará, nesta terça-feira (5), diretamente nos candidatos Kamala Harris, do Partido Democrata, ou em Donald Trump, do Partido Republicano. “Eles votarão em delegados de seus estados, e estes, sim, votarão nos candidatos à Presidência dos Estados Unidos”, acrescentou Menezes.

O colégio eleitoral dos EUA é formado por 538 delegados. O número de delegados por estado é proporcional ao tamanho da população, o que define também seus representantes no Legislativo.

“O número de delegados é revisto periodicamente, a cada duas eleições. A Califórnia, por exemplo, tinha, em 2016, 55 delegados. Em 2024, terá 54”, disse Menezes, referindo-se ao estado com maior número de delegados.

O segundo estado com mais delegados é o Texas (40), seguido da Flórida (30), Nova York (28 ) e de Illinois e Pensilvânia (19, cada um). Os com menor número são Dakota do Norte, Delaware, Dakota do Sul, Vermont, Wyoming, distrito de Columbia e Alasca (3 delegados, cada); Maine, Montana, Idaho, New Hampshire, Virgínia Ocidental, Rhode Island e Havaí (4 delegados, cada).

● The winner takes it all

Todos os estados, menos Maine e Nebraska, usam o sistema de eleição de delegados conhecido como “the winner takes all”, no qual “o vencedor leva tudo”. No caso, todos os votos dos delegados do estado.

Dessa forma, o sistema oferece possibilidades reais de que seja eleito o candidato menos votado, caso tenha vencido a disputa nos estados mais populosos – portanto, com maior número de delegados.

Isso, inclusive, já ocorreu em alguns pleitos, como o de 2016, quando o republicano Trump foi eleito tendo quase 3 milhões de votos a menos que a democrata Hillary Clinton.

Situação similar ocorreu em 2000, favorecendo também o Partido Republicano, no embate que colocou, na Presidência dos EUA, George W. Bush – mesmo com seu adversário, o democrata Al Gore, tendo recebido quase 500 mil votos a mais.

As duas situações foram possíveis porque, apesar de a maior parte dos votos ter ido para os democratas, quem obteve a maior parte de votos entre os 538 delegados foram os republicanos.

● Estados Pêndulo

Se, por um lado, existem estados em que o resultado da disputa costuma ser mais previsível, com eleitores historicamente apoiadores de um ou outro partido, por outro, há estados em que, também historicamente, não há maioria absoluta nas intenções de votos. São os chamados swing states – em tradução livre, “estados pendulares”, onde qualquer partido pode sair vitorioso.

Com isso, esses estados acabam sendo alvo preferencial das campanhas eleitorais, com grandes chances de definir o resultado final do pleito. Sete estados são considerados pêndulos: Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.

Segundo Goulart Menezes, quando as eleições são muito apertadas, os candidatos costumam focar também nos dois únicos estados onde o sistema eleitoral não segue a linha do “the winner takes it all” – Maine e Nebraska. “Mesmo sendo pequenos e com pouco peso, é possível que o voto decisivo venha dali, principalmente em caso de eleições acirradas”, destacou Goulart Menezes.

A luta pela maioria dos votos não para aí. “Uma estratégia adotada para formar maioria em algumas localidades é definir o desenho dos distritos eleitorais, de forma a formar maioria para esta ou aquela tendência e, na contabilização final, favorecer um lado, contabilizando todos os votos dos delegados para o candidato da preferência do governador estadual”, detalhou o pesquisador.

“Isso é algo aterrador porque, em muitos casos, esse desenho não segue nenhuma lógica, e tem por trás muitos interesses. O desenho do distrito eleitoral é definido pelo governador a partir de informações sobre como vota uma determinada área. O objetivo é fazer uma distribuição que resulte em maioria para seu partido”, acrescentou.

● Voto antecipado

Outra peculiaridade do sistema eleitoral norte-americano é que alguns estados permitem o voto antecipado, mecanismo adotado sob a justificativa de evitar longas filas e tumulto no dia das eleições.

Pelo processo antecipado, o eleitor pode mandar seu voto pelos Correios, até mesmo do exterior, ou depositá-lo em locais predeterminados. Quase 50 milhões de eleitores já votaram dessa forma para o próximo pleito.

Goulart Menezes disse que o procedimento do voto a distância tem sido usado pelo atual candidato do Partido Republicano para disseminar desinformação e notícias falsas (fake news). “Trump tem dito que o voto pelos Correios de lá possibilita voto duplo de alguns eleitores, novamente lançando dúvidas improcedentes sobre o processo eleitoral, criando mais uma possibilidade de insurgência, caso perca as eleições.”

Segundo o professor, isso não procede porque, para enviar o voto por via postal, o eleitor, antes, tem de se registrar na internet. Para cada cédula recebida, há um código correspondente, o que inviabiliza, ao eleitor, votar mais de uma vez.

“Até mesmo essa situação de votos incendiados antes de serem contabilizados não gera problemas, porque, registrados, os eleitores que não tiveram seus votos chegando ao destino poderão fazê-lo posteriormente. Nenhum voto, portanto, é perdido”, esclareceu Menezes.

● Prévias eleitorais

A definição sobre quem serão os candidatos nos partidos norte-americanos é feita por meio de uma programação complexa e demorada, denominada prévias eleitorais. Ao longo de vários meses – em geral, mais de sete meses –, dezenas de candidatos dos principais partidos, além dos independentes, disputam o voto popular.

Como se trata de uma organização cara, que exige dos partidos o funcionamento de máquina operacional em todos os estados norte-americanos, só os democratas e os republicanos conseguem concluir o processo com possibilidades reais de chegar à Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos.

As prévias têm modelos diferentes em cada estado: em alguns, qualquer eleitor pode votar em qualquer eleição primária. Outros estados exigem que o eleitor mostre a filiação partidária para votar nas primárias da área em que está registrado.

Além de escolhidos pelas prévias, os candidatos precisam, também, ter a candidatura oficializada em convenções partidárias. As convenções duram em média quatro dias e nunca ocorrem em Washington, capital norte-americana.

● Resultados

A autonomia dos estados para definir suas leis eleitorais costuma gerar alguma imprevisibilidade com relação ao tempo em que o resultado do pleito presidencial é anunciado. Em 2000, devido a polêmicas na Flórida, o processo de contagem dos votos demorou mais de um mês. Já em 2008, devido à boa vantagem de Barack Obama em muitos estados, o democrata já era o presidente eleito no final do dia da votação.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Na reta final, Kamala Harris pede apoio a cristãos e árabes americanos, enquanto Trump adota retórica violenta

Pesquisas mostram disputa acirrada e resultado incerto em sete estados-chave

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters)

Reuters - Kamala Harris fez seu discurso final na campanha pela presidência dos Estados Unidos em uma igreja historicamente negra e para árabes-americanos no campo de batalha de Michigan neste domingo (3), enquanto seu rival Donald Trump adotou uma retórica violenta em um comício na Pensilvânia.

Pesquisas de opinião mostram que a dupla está em uma disputa acirrada , com a vice-presidente Harris apoiada fortemente por eleitoras, enquanto o ex-presidente Trump ganha terreno com os eleitores hispânicos, especialmente os homens.

Os eleitores, em geral, têm uma visão desfavorável de ambos os candidatos, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos , mas isso não os dissuadiu de votar.

Mais de 78 milhões de americanos já o fizeram antes do dia da eleição de terça-feira (5), de acordo com o Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida, aproximando-se da metade do total de 160 milhões de votos emitidos em 2020, quando a participação eleitoral dos EUA foi a maior em mais de um século.

O controle do Congresso também estará em disputa na terça-feira, com os republicanos sendo os favoritos para capturar a maioria no Senado, enquanto os democratas são vistos como tendo uma chance igual de derrubar a estreita maioria dos republicanos na Câmara dos Representantes.

"Em apenas dois dias, temos o poder de decidir o destino da nossa nação para as gerações futuras", disse Harris aos paroquianos da Greater Emmanuel Institutional Church of God in Christ, em Detroit. "Devemos agir. Não basta apenas rezar; não basta apenas falar."

Mais tarde, em um comício em East Lansing, Michigan, ela se dirigiu aos 200.000 árabes-americanos do estado, começando seu discurso com um aceno às vítimas civis das guerras de Israel em Gaza e no Líbano .

"Este ano tem sido difícil, dada a escala de morte e destruição em Gaza e dadas as baixas civis e deslocamentos no Líbano, é devastador. E como presidente, farei tudo ao meu alcance para acabar com a guerra em Gaza", disse Harris.

Muitos árabes e muçulmanos americanos, bem como grupos ativistas contrários à guerra, condenaram o apoio dos EUA a Israel em meio às dezenas de milhares de mortes de civis em Gaza e no Líbano, e o deslocamento de milhões. Israel diz que está mirando os grupos militantes Hamas e Hezbollah.

Trump visitou Dearborn, Michigan, o coração da comunidade árabe-americana, na sexta-feira e prometeu acabar com o conflito no Oriente Médio, sem dizer como.

Em vez de mencionar Trump pelo nome, Harris escolheu destacar o histórico de seu oponente durante seu último domingo de campanha.

Trump, em seu primeiro de três comícios no domingo, frequentemente abandonava seu teleprompter com comentários improvisados ​​nos quais denunciava pesquisas de opinião mostrando movimento a favor de Harris. Ele chamou os democratas de "partido demoníaco", ridicularizou o presidente democrata Joe Biden e falou sobre o alto preço das maçãs.

Ele reclamou no domingo com seus apoiadores sobre as brechas no vidro à prova de balas que o cercava enquanto falava e refletiu que um assassino teria que atirar na mídia para pegá-lo.

"Para me pegar, alguém teria que espalhar notícias falsas, e isso não me importa tanto", disse Trump, que há muito tempo critica a mídia e tenta irritar o sentimento público contra ela.

Na semana passada, ele sugeriu que uma importante crítica republicana, a ex-congressista Liz Cheney, deveria enfrentar tiros em combate por sua política externa agressiva, levando um promotor do Arizona a abrir uma investigação.

O porta-voz da campanha, Steven Cheung, emitiu uma declaração dizendo que o comentário de Trump não foi direcionado à mídia, mas sim: "Foi sobre ameaças contra ele que foram estimuladas pela retórica perigosa dos democratas".

Mais tarde, Trump discursou em Kinston, Carolina do Norte, e em Macon, Geórgia, onde aproveitou o relatório de empregos da semana passada, que mostrou que a economia dos EUA produziu apenas 12.000 empregos no mês passado.

Ele disse a uma grande multidão reunida em um anfiteatro que o relatório mostrava que os Estados Unidos eram uma "nação em declínio" e alertou sombriamente, sem evidências, sobre uma possível repetição da Grande Depressão de 1929, com "pessoas pulando de prédios".

Altos funcionários da campanha de Harris disseram que seu argumento final foi criado para atingir uma fatia estreita de eleitores indecisos. Isso contrastou com Trump, que variou pouco de seu discurso padrão, destinado a inspirar seus apoiadores leais.

"A campanha de Kamala é baseada no ódio e na demonização", disse Trump.

Perto do final de seu discurso na Pensilvânia, Trump — cujas falsas alegações de que sua derrota em 2020 foi resultado de fraude inspiraram o ataque de seus apoiadores ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 — refletiu que teria preferido não ter entregue o poder.

"Tínhamos a fronteira mais segura da história do nosso país no dia em que eu saí. Eu não deveria ter saído. Quer dizer, honestamente, porque saímos assim, nos saímos muito bem", disse Trump.

Trump disse durante seus comentários que os resultados das eleições deveriam ser anunciados na noite da eleição, apesar dos avisos de autoridades em vários estados de que poderia levar dias para determinar o resultado final.

Os democratas dizem que têm planos em andamento caso Trump tente reivindicar a vitória prematuramente desta vez.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Semana é marcada por reunião do Copom e possível alta na taxa de juros

Com decisões sobre juros no Brasil e nos EUA, inflação e dados econômicos globais, investidores acompanham uma semana decisiva

Sede do Banco Central, em Brasília 22/03/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A semana que se inicia traz movimentações relevantes para os mercados, com foco nas reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, além de indicadores econômicos essenciais. Entre os destaques, está a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, a ser anunciada na quarta-feira (6/11). No início da semana, o Relatório Focus consolidará as projeções de inflação, PIB e juros, oferecendo uma perspectiva do mercado para a economia nacional antes do encontro do Copom.

Segundo reportagem do Infomoney, a equipe econômica da XP sugere que o cenário de inflação pode levar o Copom a aumentar a taxa de juros em 0,50 ponto percentual, o que representaria uma elevação mais agressiva. Segundo os analistas, "o fluxo de dados recentes é preocupante e justifica um ajuste mais expressivo para conter a inflação". O Itaú reforça essa perspectiva, acreditando que o comitê manterá "um balanço de riscos assimétrico para cima", sinalizando que o combate à inflação permanece como prioridade.

Nos Estados Unidos, a reunião do Federal Reserve (Fed) na quinta-feira (7/11) também promete influenciar os mercados globais. Com apostas de um ajuste de 0,25 ponto percentual, o banco central americano deve seguir elevando gradualmente os juros para combater as pressões inflacionárias. Na sexta-feira (8/11), o Índice de Confiança da Universidade de Michigan dará uma prévia sobre o humor dos consumidores americanos, fator crucial para avaliar o futuro do consumo e o estado da economia dos EUA.

Além da política monetária, a agenda brasileira será marcada pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro na sexta-feira. Segundo projeções do Itaú, a inflação mensal pode fechar em 0,59%, impulsionada pelo aumento de preços em serviços e alimentos, como proteínas. Esse índice deve elevar a inflação acumulada em 12 meses para 4,8%, ante 4,4% no mês anterior.

A B3 (B3SA3) também trará novidades, estendendo o horário de negociação do mercado à vista e fracionário para as 17h55, a partir de segunda-feira (4/11). A mudança ocorre em sincronia com o horário de verão dos EUA, com o objetivo de manter o alinhamento de operação com os mercados internacionais.

Na quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentará a Pesquisa Industrial Mensal – Regional, oferecendo um panorama do desempenho da indústria nos estados. O Tesouro Nacional também divulgará o resultado primário do Governo Central para setembro, essencial para avaliar a saúde das contas públicas.

No cenário internacional, a Europa trará dados relevantes, incluindo o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Zona do Euro e a decisão de juros do Banco da Inglaterra, no contexto de incertezas econômicas. Na Ásia, a China divulgará indicadores da balança comercial e índices de preços ao produtor e consumidor de outubro, oferecendo uma visão da recuperação econômica e do impacto do comércio global.

Com eventos econômicos e monetários de peso, a semana promete um ambiente de atenção máxima para investidores, que devem acompanhar os desdobramentos nos principais mercados mundiais.

Fonte: Brasil 247

Reservas internacionais do Brasil atingem maior patamar em cinco anos

A valorização dos títulos americanos e aumento de receitas impulsionam as reservas para US$ 372 bilhões, o maior nível desde 2018

Reservas em dólares aumentaram (Foto: Kim Hong Ji - Reuters)

O Brasil encerrou setembro com reservas internacionais no valor de US$ 372 bilhões, o maior nível em cinco anos, de acordo com dados do Banco Central (BC). Em dezembro de 2022, o montante era de US$ 355 bilhões, revelando um crescimento expressivo ao longo dos últimos meses. Segundo apuração do jornal Valor Econômico, especialistas atribuem essa alta à valorização dos títulos públicos americanos, que compõem uma grande parte das reservas brasileiras, além de receitas elevadas com juros.

As reservas internacionais funcionam como uma espécie de “colchão” financeiro, garantindo uma maior estabilidade para o país em períodos de volatilidade econômica e incertezas externas. A alta nas reservas oferece maior segurança, pois permite ao governo enfrentar possíveis crises cambiais e proteger a moeda nacional.

O aumento significativo no valor das reservas é, em grande parte, impulsionado pela valorização dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Com taxas de juros elevadas no país norte-americano, os títulos se tornam ativos mais rentáveis para as economias que detêm reservas em dólares, como o Brasil. “A tendência é que, com os juros altos nos EUA, a valorização desses ativos continue a contribuir para as reservas brasileiras”, aponta um especialista do mercado financeiro, destacando o impacto positivo que essa política americana pode ter na composição das reservas do Brasil.

Além disso, as receitas com juros contribuíram para o reforço das reservas, uma vez que o Brasil obteve maiores rendimentos sobre seus ativos no exterior. Essas receitas representam uma fonte relevante de recursos para o país, especialmente em um momento em que as economias globais enfrentam desafios complexos, como as flutuações nos preços das commodities e a instabilidade dos mercados financeiros.

As reservas internacionais do Brasil vêm sendo geridas para garantir não só uma segurança imediata, mas também uma estabilidade de médio e longo prazo. Para o Banco Central, essa política permite ao Brasil uma posição de maior controle diante de turbulências no cenário internacional, que, nos últimos anos, têm incluído desde crises econômicas até mudanças bruscas nas políticas monetárias das principais economias.

Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico

Índice de abstenção no primeiro dia do Enem cai para 26,6%

Balanço preliminar foi divulgado na noite deste domingo (3) pelo MEC

O ministro da Educação, Camilo Santana, concede entrevista coletiva após primeiro dia de provas do Enem 2024.
Frame Canal GOV
© Frame Canal GOV

Balanço preliminar do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostra que caiu de 28,1%, em 2023, para 26,6%, em 2024, o percentual de candidatos inscritos que não se apresentaram para fazer as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação dissertativa-argumentativa. A informação foi divulgada na noite deste domingo (3) pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

O MEC também registrou que, em 2024, 94% dos estudantes que estão concluindo o ensino médio em escolas públicas este ano se inscreveram no Enem. O percentual em 2023 foi de 58%. Em 14 estados, o índice chegou a 100%. Na Região Nordeste, o único estado que não atingiu essa proporção foi o Maranhão (83%).

“A gente considera que foi um salto importante, um esforço que o ministério tem feito para estimular que o aluno se inscreva no Enem. Até antes de 2023, sempre havia uma queda, um declínio no número de inscritos, e agora nós estamos retomando o crescimento, são quase 1 milhão [de candidatos] a mais”, comparou Camilo Santana.

As provas e a redação foram aplicadas em 1.753 municípios, 10.776 locais de prova, e quase 150 mil salas. De acordo com o ministro, 90% dos candidatos inscritos foram alocados em até 10 quilômetros das suas residências. “Isso foi um passo importante este ano”, disse o ministro que afirmou que “todas as ações este ano foram cumpridas no horário da entrega das provas” e que houve aprimoramento dos protocolos de segurança.

Quase 5 mil candidatos (4.999) foram eliminados por deixarem o local da prova levando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais de aplicação; por portar equipamento eletrônico; por se ausentar antes do horário permitido; por utilizar impressos; ou por não atender orientações dos fiscais.

O primeiro dia do Enem também registrou 689 ocorrências e problemas logísticos como emergências médicas; interrupções temporárias de energia elétrica e problemas de abastecimento de água. “O participante que foi afetado com alguma ocorrência de problema logístico pode requisitar realizar a nova prova”, assegurou Camilo Santana. O candidato deve fazer a solicitação de reaplicação na página do Enem, no período de 11 a 15 de novembro.

Fonte: Agência Brasil

Ceará bate Avaí e segue com chance de retornar à Série A do Brasileiro

Erick Pulga e Lucas Bugne marcaram os gols da vitória no 2º tempo

Ceará faz 2 a 0 no Avaí em casa em 03/11/2024 - Série b
© Stephan Eilert/Ceará SC/Direitos Reservados

Atual quinto colocado na classificação da Série B, o Ceará fez 2 a 0 no Avaí na noite deste domingo (3) e segue firme na luta pelo retorno à elite do futebol brasileiro. Com a vitória na Arena Castelão, em Fortaleza, o Vozão totalizou 57 pontos, dois a menos que o Mirassol (4º lugar) e o Sport (5º). Já o Avaí segue com 46 pontos, na 11ª posição, a três rodadas do fim da competição. Apenas os quatro primeiros colocados subirão para a Série A no ano que vem.

Os rivais do Vozão na briga pelo acesso ainda entrarão em campo esta semana na pela 35ª rodada. O Sport visita o Operário nesta segunda-feira (4), às 19h (horário de Brasília), em Ponta Grossa (PR). Já o Mirassol fecha a rodada jogando em casa contra o Coritiba, às 21h30 de terça (5).
O Ceará buscou mais o gol no início da primeira etapa, mas pecou nas finalizações. Com o tempo, o Avaí ficou mais prositivo, com boa troca de passes. Aos 24 minutos, após cobrança de escateio, Hygor mandou de cabeça no travessão, e no rebote Rodrigo Santos abriu o placar para os catarinenses. No entanto, após revisão do VAR, o gol foi anulado por impedimento de Rodrigo. O Vozão seguiu empenhado no ataque, mas sem efetividade.
Após o intervalo, a história do jogo foi outra. Mais criativo, o Ceará abriu o placar aos 12 minutos. Após um cruzamento perfeito do argentino Lucas Mugni, o artilheiro Erick Pulga estufou a rede. Foi o 12º gol dele na competição. Dez minutos depois, após cruzamento dentro da área, Hygor desperdiçou uma chance incrível de empatar. Na sequência, o camisa 10 Mugni aproveitou o ótmo passe de Saulo Mineiro para chutar na saída de bola do goleiro César, e ampliar para 2 a 0 a vitória do Ceará. Após o segundo gol, o Vozão administrou a vantagem até o apito final.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 3 de novembro de 2024

Lady Gaga, Katy Perry e Oprah Winfrey participam de comícios de Kamala Harris na véspera da eleição nos EUA

Vice-presidente dos EUA tem intensificado seu apelo ao público com o apoio de celebridades

Kamala Harris (Foto: Reuters/Evelyn Hockstein)

Lady Gaga, Katy Perry e Oprah Winfrey participarão dos comícios da vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata a presidente, Kamala Harris, na véspera da eleição na Pensilvânia, um estado-pêndulo. Na segunda-feira, Gaga, os Roots, Jazmine Sullivan e Winfrey se apresentarão na Filadélfia, ao lado de outros artistas como Fat Joe, Freeway, e DJ Jazzy Jeff. Em Pittsburgh, Katy Perry liderará o evento, com Andra Day e D-Nice também esperados para subir ao palco, segundo informações da revista Rolling Stone.

Kamala Harris comparecerá a ambos os comícios, reforçando sua campanha com o apoio de grandes nomes da música e da mídia.

A eleição presidencial dos Estados Unidos está marcada para o dia 5 de novembro. Esperava-se que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, representasse os democratas. No entanto, após seu fraco desempenho no debate de junho com Donald Trump, ele optou por sair da disputa e endossou Kamala Harris, que foi posteriormente nomeada oficialmente como candidata do partido à presidência na Convenção Nacional Democrata em Chicago.

Fonte: Brasil 247

Kamala Harris e Trump estão empatados em pesquisa final para presidência dos EUA

Pesquisa NBC mostra que Harris obteve o apoio de 49% dos eleitores registrados em um confronto direto, enquanto Trump obteve idênticos 49%

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters/Umit Bektas/Elizabeth Frantz)

 A pesquisa nacional final da NBC News para a campanha presidencial dos Estados Unidos de 2024 revelou que a vice-presidente Kamala Harris e o candidato republicano Donald Trump estão empatados.

A NBC destacou que o apoio a Harris se baseia no "aumento do entusiasmo democrata, uma vantagem de 20 pontos sobre Trump na questão do aborto e uma percepção de que Harris é a candidata que melhor representa a classe média."

Segundo o canal de TV, Trump é apoiado por "dois terços dos eleitores que acreditam que o país está no caminho errado, uma avaliação favorável de sua presidência — especialmente em comparação com o desempenho atual do presidente Joe Biden — e uma vantagem de dois dígitos sobre a economia e o custo de vida."

A pesquisa foi realizada entre 30 de outubro e 2 de novembro com 1.000 eleitores registrados, sendo a maioria contatada por telefone celular. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.

A eleição presidencial dos Estados Unidos está marcada para o dia 5 de novembro. Esperava-se que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, representasse os democratas. No entanto, após seu fraco desempenho no debate de junho com Donald Trump, ele optou por sair da disputa e endossou Kamala Harris, que foi posteriormente nomeada oficialmente como candidata do partido à presidência na Convenção Nacional Democrata em Chicago. 

Fonte: Brasil 247 com informações da TASS

PCdoB confirma saída de Manuela D'Ávila e lamenta decisão

Partido destacou que se esforçou para evitar a saída da ex-deputada

Manuela D´Ávila (Foto: flickr/PCdoBnaCamara)

A Executiva Nacional do PCdoB confirmou neste domingo (3) a saída da ex-deputada Manuela d'Ávila, após ela passar mais de duas décadas nas fileiras comunistas.

Em nota, o PCdoB disse lamentar a decisão, e que se esforçou para evitar a desfiliação. A nota destaca ainda que o partido se empenha em fortalecer a frente ampla do governo do presidente Lula. Leia abaixo a íntegra:

Sobre o desligamento de Manuela d’Ávila

Manuela d’Ávila comunicou publicamente sua saída das fileiras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), depois de mais de duas décadas de militância. Respeitamos, mas lastimamos tal decisão. Ser membro do PCdoB é um ato de liberdade e de convicções.

Manuela se formou no PCdoB e se integrou ao elenco das lideranças da esquerda e do campo progressista brasileiro. Alcançou esse destaque pela confluência entre suas capacidades, a força e o talento do coletivo militante e a política justa da legenda comunista.

Convictos de que no PCdoB Manuela poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do País, nesse momento de grandes exigências da luta de classes no Brasil e no mundo, empreendemos com ela um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro.

O PCdoB, legenda centenária, envolto nas grandes lutas da contemporaneidade, sustentado pelas convicções e compromissos de seu coletivo militante e de suas lideranças, segue em sua jornada por um Brasil democrático, soberano, desenvolvido. Para tal, empenha-se no fortalecimento da frente ampla, impulsionada pela esquerda, num processo de unidade e luta, tática indispensável ao êxito do governo Lula e para isolar e derrotar a extrema-direita.

O PCdoB, na agenda da democracia interna que o rege, iniciará em breve, os debates de seu 16º Congresso. Sempre confiante na sabedoria do seu coletivo e no método de dialogar e interagir com o pensamento progressista e revolucionário de nosso país, irá debater os problemas e dilemas que desafiam a esquerda brasileira a empreender, agora e já, a luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento que, na concepção de seu Programa, é o caminho brasileiro para o socialismo.

Brasília, 3 de novembro de 2024

Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Otoni de Paula critica infiltração do bolsonarismo e de Israel nas igrejas brasileiras

Deputado da bancada evangélica vem se afastando do ex-capitão e busca aproximação com governo

Otoni de Paula (Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

Ex-aliado de Jair Bolsonaro, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), fez fortes críticas ao bolsonarismo pelo "sequestro" das igrejas evangélicas no Brasil. Ele também criticou a idolatria a Israel, citando os massacres de civis palestinos na Faixa de Gaza.

“Estamos perdendo mais tempo defendendo Israel do que pregando o evangelho”, afirmou o deputado, em entrevista ao canal O Fuxico Gospel, divulgada nas redes sociais neste domingo (3).

Segundo o parlamentar, é necessário que os fiéis compreendam que o modelo de vida cristã deve ser inspirado em Jesus Cristo. “Tudo é Israel, tudo é Israel… Israel erra também, Israel mata inocente também, Israel destrói vidas também”, pontuou Otoni.

Na entrevista, Otoni também criticou o discurso de extrema-direita nas igrejas. "O fenômeno do ódio, que dividiu famílias e tirou gente da igreja, é de agora e sequestrou a bandeira nacional. Como não podíamos levantar a bandeira do PL, levantávamos a bandeira do Brasil. Mas estava agora com um grupo de pastores que votaram em Bolsonaro, como eu, e questionei onde estava a bandeira do Brasil. Esta é a prova que o pavilhão nacional foi sequestrado pela política".

Fonte: Brasil 247

Kamala Harris vota por correio e diz estar confiante em se tornar a próxima presidente dos EUA

Vice-presidente dos EUA reconheceu que a disputa será "apertada"

Kamala Harris aparece em vídeo divulgado no X (Foto: Reprodução/Vídeo/X)

A atual vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata à presidência, Kamala Harris, afirmou neste domingo (3) que votou por correio e expressou confiança em sua vitória.

"Sua voz é seu voto, e seu voto é seu poder. Votei por correio", escreveu Harris na plataforma X.

A vice-presidente reconheceu que a disputa será "apertada", mas demonstrou confiança na vitória, dizendo que os votos de seus apoiadores são "uma das razões pelas quais vamos vencer." "Certifiquem-se de preencher sua cédula", incentivou.

A eleição presidencial dos EUA será realizada em 5 de novembro. Harris e seu oponente republicano, o ex-presidente Donald Trump, estão concorrendo ao cargo mais alto do país.

Fonte: Brasil 247 com informações da RIA Novosti

Trump diz que não deveria ter deixado a Casa Branca após perder a eleição de 2020

Ex-presidente dos EUA se recusou a reconhecer a derrota para Joe Biden

Invasão ao Capitólio e Donald Trump (Foto: Reuters)

Infomoney - O ex-presidente Donald Trump disse, neste domingo (3), durante comício em Lititz, Pensilvânia, EUA, que “não deveria ter deixado” a Casa Branca após perder a eleição de 2020, que ele ainda não reconheceu. As informações são da CNN.

“Tínhamos a fronteira mais segura da história do nosso país no dia em que saí. Eu não deveria ter saído. Quero dizer, honestamente, porque… fizemos um ótimo trabalho. Quero dizer, toda cabine de votação tem centenas de advogados ali”, afirmou Trump.

Donald Trump se recusou a reconhecer a derrota na eleição de 2020 e tem promovido teorias da conspiração sobre aquele pleito e a eleição deste ano.

De acordo com o livro de 2022 da repórter do New York Times Maggie Haberman, o ex-presidente disse repetidamente a assessores que permaneceria na Casa Branca em vez de permitir que o presidente eleito Joe Biden assumisse o cargo.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Benedita da Silva deve ser a aposta do PT do Rio de Janeiro para o Senado em 2026

Deputada foi a primeira senadora negra, vice-governadora e governadora interina do Rio de Janeiro
Benedita da Silva (Foto: Pablo Valadares /Câmara dos Deputados)

O PT do Rio de Janeiro aposta na candidatura da deputada federal Benedita da Silva ao Senado em 2026, visando uma das duas vagas pelo estado.

Tiago Santana, presidente do diretório carioca do PT, reconheceu em entrevista à coluna Radar, na revista Veja, os desafios relacionados à idade (Benedita tem 82 anos), mas destaca que Benedita, com seu perfil evangélico e origem popular, tem potencial para dialogar com o eleitorado fora do círculo tradicional da esquerda, incluindo zonas periféricas e metropolitanas do Rio.

Com uma carreira marcada por representatividade, Benedita foi a primeira senadora negra, vice-governadora e governadora interina do Rio de Janeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Copa do Brasil: Flamengo faz 3 a 1 no Atlético-MG em 1º jogo da final


Decisivo, Gabigol marcou duas vezes para delírio dos rubro-negros

Soccer Football - Copa do Brasil - Final - First Leg - Flamengo v Atletico Mineiro - Estadio Maracana, Rio de Janeiro, Brazil - November 3, 2024 Flamengo's Gabriel Barbosa celebrates scoring their second goal REUTERS/Sergio Moraes
© Reuters/Sergio Moraes/Direitos Reservados

O Flamengo levou a melhor sobre o Atlético-MG com vitória por 3 a 1 no primeiro jogo da final da Copa do Brasil no Maracanã. Arrascaeta abriu o placar e Gabigol marcou duas vezes para o Flamengo. Alan Kardec diminuiu para os mineiros nos minutos finais. No próximo domingo (10), no jogo da volta da final em Belo Horizonte, o time carioca conquista o pentacampeonato mesmo se perder por 1 a 0. Já o Galo precisa ao menos vencer por dois gols de diferença para levar a decisão para a cobrança de pênaltis. O time mineiro luta pelo terceiro título do torneio.

O jogo mal começou, e o goleiro Rossi do Flamengo evitou que um chute certeiro Gustavo Scarpa, de fora da área, abrisse o placar para o Galo no Maracanã. Mas o ímpeto do time mineiro parou por aí. Aos 10 minutos, Gerson sai com a bola, lança Wesley, que avança sozinho pelo meio campo até rolar para Gabigol finalizar. O goleiro Everson espalmou, e no rebote, Arrascaeta mandou para o fundo do gol, abrindo o placar no Maracanã.

Mais bem posicionado em campo e aproveitando falha na defesa do Galo, o Rubro-Negro passou a controlar o jogo. Aos 28 minutos, Léo Pereira quase amplia ao chutar da intermediária, mas Everson atento espalmou para fora. Dez minutos depois, Gerson lançou a bola pela direita na intermediária, Plata desviou sutilmente de cabeça para Gabigo avançar sozinho e ampliar para os cariocas ao chutar na saída do goleiro Everson.
Após o intervalo, o Atlético-MG começou pressionando: aos 11 minutos quase diminuiu, depois de cruzamento de Hulk para Alonso que cabeceou para o chão, mas a bola passou rente a trave e não entrou. O jogo seguiu com pouca qualidade técnica de ambos os lados, até que aos 28 minutos: Zaracho perde a bola no meio de campo e o atacante rubro-negro Alcaraz aproveita o vacilo, para lançar Gabigol, que disparou um chute cruzado, ampliando para 3 a 0 a vantagem do Flamengo. Na sequência, aos 34 minutos, Zaracho se redime: lança a bola pra Alan Kardec dentro da área. O atacante do Galo, que acabara de deixar o banco de resera, ainda contou a falha do zagueiro Léo Ortiz, para finalizar, diminuindo a desvantagem no marcador. Motivado após o primeiro gol, o Atlético-MG sufocou o Flamengo nos minutos finais em cobrança de escanteios, mas sem êxito. O jogo terminou mesmo com triunfo de 3 a 1 para o Flamengo.

Fonte: Agência Brasil

Paulistão Feminino: Corinthians vence Sao Paulo em 1º jogo da semi

Vaga na final será decidida no próximo domingo, na casa do Timão

Corinthians vence fora de casa o São Paulo, por 1 a 0, no primeiro jogo da semifinal do Paulista feminino, em 03/11/2024
© Rodrigo Corsi e Guilherme Veiga/Ag. Paulistão/Centauro/Direitos Reservados

Atual tetracampeão, o Corinthians ficou mais perto de garantir vaga na final do Campeonato Paulista Feminino neste domingo (3), ao superar o São Paulo – mandante da partida - por 1 a 0, no Estádio do Canindé. Duda Sampaio, meio-campista seleção brasileira, marcou para as Brabas no segundo tempo, no embate que reeditou final do ano passado do Brasileirão Feminino, vencida pelo Timão, hexacapeão da competição nacional.

No próximo domingo (10), às 11h (horário de Brasília), o Corinthians decide a classificação contra o Tricolor paulista, na Neo Química Arena, com vantagem do empate. O Paulistão, que começou em setembro com 11 times, é o maior estadual de futebol feminino do país.

A outra semi no domingo (11), entre Palmeiras e Ferroviária, ocorrerá às 15h30, no Allianz Parque, casa do Verdão. A disputa segue em aberto, já que a primeira partida, no sábado (2), houve empate em 1 a 1 na Fonte Luminosa, em Araquara (SP). A lateral-direita Katiuscia abriu o placar em casa, aos 36 minutos, mas na sequência as Guerreiras Grenás ficaram com uma jogadora a menos em campo com a expulsão da meio-campista Micaelly. No segundo tempo, a ataante Amanda Gutierres, também da seleção, empatou aos 16 minutos.

Vitória de Trump nos EUA pode reativar projeto golpista do bolsonarismo no Brasil

Eventual vitória de Trump pode favorecer anistia aos golpistas do 8 de janeiro e reativar laços com família Bolsonaro
Ex-presidente dos EUA Donald Trump durante comício em Greensboro, EUA, 22/10/2024 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)

Por Leandro Melito, do Brasil de Fato - Apesar da forte influência que os Estados Unidos ainda mantêm no cenário internacional, o efeito das eleições presidenciais entre a candidata democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump para o Brasil está mais relacionado à política interna. Analistas ouvidos pelo Brasil de Fato apontam que a volta da extrema direita ao governo dos EUA favoreceria projetos golpistas, como o do bolsonarismo, hoje na mira do Supremo Tribunal Federal.

Eles dizem que uma eventual vitória de Donald Trump pode facilitar a anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que reproduziram em Brasília a tentativa de golpe do eleitorado de Trump com a invasão do Capitólio em Washington após a derrota do republicano para Joe Biden em 2020.

“Os desdobramentos nas eleições estadunidenses têm ressoado na política interna brasileira, tendo em vista as conexões entre a direita trumpista e a chamada extrema direita no Brasil”, avalia Layla Dawood, professora de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Para o professor de História Moderna da América Latina e de História e Cultura do Brasil na Brown University James Green, a vitória do candidato republicano reforça os laços que a família Bolsonaro e a extrema direita brasileira têm com o movimento trumpista nos EUA.

“Deve aumentar a pressão contra as medidas de punição dos insurrecionistas na Praça dos Três Poderes no 8 de janeiro e forjar alianças mais estreitas com o movimento evangélico religioso, a extrema direita e as forças do partido republicana controlada pelo Trump como o ipac é outras forças é no Brasil”.

Green recorda que o governo de Joe Biden barrou a iniciativa de Bolsonaro de desacreditar as eleições brasileiras em 2022, durante reunião com embaixadores - evento que posteriormente o tornaria inelegível. ”A administração Biden definitivamente foi essencial com um posicionamento claramente a favor da democracia brasileira e contra qualquer tentativa de questionar os resultados eleitorais e as urnas eletrônicas.”

Um elo importante entre Donald Trump e o bolsonarismo, Steve Bannon, ex-conselheiro do candidato republicano, foi libertado da prisão na manhã de terça-feira (29), depois de passar quase quatro meses detido. "Não estou quebrado, estou empoderado", disse Bannon, de 70 anos, ao jornal The New York Times ao deixar a prisão federal em Connecticut.

Ele foi condenado por desafiar uma intimação para testemunhar ao painel do Congresso que investigava o ataque de apoiadores de Trump em 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio e liberado uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA. Trump concedeu um indulto geral para Bannon antes de deixar a presidência, o que provocou o abandono das acusações contra ele. Outros acusados por este caso foram declarados culpados.

Bannon desempenhou um papel importante na campanha de Trump em 2016, que o levou à presidência, e depois trabalhou na Casa Branca como estrategista-chefe, cargo que deixou após sete meses, supostamente devido a conflitos com outros funcionários. Embora ele não trabalhe mais oficialmente para o ex-presidente, continuou utilizando sua influência para que Trump retorne à Casa Branca, principalmente com seu podcast "The War Room".

Relações Bilaterais

Uma eventual eleição de Kamala Harris, deve seguir essa linha de garantir a manutenção da democracia brasileira e repudiar novas tentativas golpistas por parte da família Bolsonaro, porém com uma “relação complexa e contraditória” entre Brasil e Estados Unidos em outras pautas, avalia Green.

“A administração de Kamala Harris vai seguir essa linha, porém ainda há divergências sobre várias questões geopolíticas entre os dois países, mas com mais diálogo e maior possibilidade de encontrar pontos em comum entre os dois países", diz ele.

Layla Dawood aponta que o Brasil, assim como toda a região da América Latina, não tem aparecido como prioridade na política externa e de defesa dos Estados Unidos. Nesse sentido, ela avalia que a vitória da chapa republicana ou democrata não deve ter grandes repercussões para as relações bilaterais entre EUA e Brasil no curto prazo.

Por outro lado, Dawood aponta que a nova presidência dos EUA terá que lidar com grandes desafios globais como a escalada das tensões no Oriente Médio, a guerra na Ucrânia e a ascensão econômica e militar da China, diante dos quais, “o Brasil não está completamente alinhado com os interesses dos EUA”.

“A China é um importante parceiro comercial do Brasil; e a China e a Rússia são parceiros do Brasil no BRICS. Nos próximos anos, é preciso observar as pressões que serão realizadas sobre o Brasil por parte da nova administração estadunidense para que adotemos um posicionamento mais próximo dos interesses dos EUA.” 

Fonte: Brasil 247 e Brasil de Fato com informações da AFP

Enem 2024: prova de redação tem como tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”

Nesta etapa, os 4.325.960 candidatos confirmados também enfrentarão questões de linguagens e ciências humanas

Enem (Foto: Agência Brasil )

A primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 foi aplicada neste domingo (3). Nesta fase da prova, os 4.325.960 inscritos confirmados enfrentarão questões de linguagens, ciências humanas e a redação.

Após o fechamento dos portões e o início das provas, o ministro da Educação, Camilo Santana, divulgou na tarde deste domingo, na rede social X, o tema da redação que os alunos irão enfrentar.

“Na redação do Enem 2024, milhões de estudantes vão escrever sobre o tema: “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil””, informou.

A duração da prova será de cinco horas e meia neste primeiro domingo do Enem 2024 e o término regular está agendado para as 19h, no horário de Brasília. Para o participante com solicitação de tempo adicional aprovada, o exame será encerrado às 20h. 

Fonte: Brasil 247 com informações de Agência Brasil