domingo, 3 de novembro de 2024

De olho em 2026, direita oferece 'formação básica' para 'mulheres conservadoras' se lançarem na política

Formação consiste em palestras sobre como falar em público e se vestir. Desempenho em 2024 foi superior ao da esquerda

Michelle Bolsonaro, e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As eleições municipais de 2024 consolidaram uma nova estratégia dos partidos de direita e centro no Brasil: incentivar a participação de mulheres com perfil conservador na política. Enquanto a esquerda enfrenta desafios para emplacar lideranças femininas, os partidos da direita destacaram-se ao eleger a maior parte das 728 prefeitas do país. A liderança no número de mulheres eleitas está com MDB (129), PSD (102), PP (89), União Brasil (88), PL (60) e Republicanos (51), enquanto o PT, partido historicamente associado aos movimentos feministas, elegeu 41 prefeitas, relata o jornal O Globo.

A ampliação da presença feminina conservadora nas prefeituras é resultado de um projeto de 'capacitação' liderado por figuras como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). As três percorreram diversas cidades pelo país, promovendo um tipo de “formação básica” para mulheres interessadas em ingressar na política. O trabalho incluiu palestras sobre comunicação pública, como se portar e se vestir, além de definição de pautas voltadas a temas populares e familiares.

Damares Alves observa que muitas mulheres relutavam em se envolver na política por associarem o espaço a pautas exclusivamente focadas em aborto e igualdade de gênero. Segundo ela, o objetivo do programa foi aproximar as mulheres de temas considerados mais atrativos para a base conservadora. “Começamos a trazer pautas, como mães atípicas, empreendedorismo feminino, invisibilidade de mulheres de comunidades tradicionais, como quilombolas e marisqueiras”, explicou Damares. O foco foi capacitar essas mulheres para que tenham uma atuação política enraizada em vivências e necessidades locais.

O movimento atraiu até mesmo mulheres trans, como Thalyta Baronne, que se candidatou à vereadora pelo Republicanos em Sento Sé, Bahia. Embora não tenha sido eleita, Thalyta relata que o apoio do partido foi essencial para sua jornada. "Para mim é o partido que mais luta pelos direitos e pela defesa das mulheres e crianças. Por eu ser uma mulher trans e de direita isso traz uma perspectiva única e potencial para desafiar estereótipos e romper bolhas políticas,” afirma Thalyta.

Para 2026, nomes como Cristina Graeml, candidata pelo PMB derrotada no segundo turno em Curitiba, e Emília Corrêa, eleita pelo PL em Aracaju, despontam como potenciais candidatas a cargos de maior projeção, com o apoio de figuras influentes do campo bolsonarista. Michelle Bolsonaro também é cotada para uma possível candidatura ao Senado pelo Distrito Federal, enquanto Emília Corrêa é vista como nome forte para concorrer ao governo de Sergipe. Esses novos nomes vêm sendo promovidos por Jair Bolsonaro (PL) e por líderes partidários como parte de uma estratégia de expansão conservadora.

No outro lado do espectro político, o PT e a esquerda em geral ainda enfrentam desafios para desenvolver lideranças femininas. Anne Moura, secretária Nacional de Mulheres do PT, acredita que o desempenho modesto em 2024 deve-se ao fato de muitas lideranças femininas do partido estarem ocupadas com funções no governo. “Muitos quadros, mulheres que poderiam estar nessa linha de frente também, estão ajudando no governo. Isso tira alguns nomes que poderiam disputar na ponta”, pondera Anne. Apesar do menor número de prefeitas eleitas, ela afirma que o PT continua avançando na pauta de gênero, sendo hoje o partido com a maior bancada feminina no Congresso e liderado por uma mulher.

Ainda assim, a ausência de figuras como Lula e a primeira-dama Janja nas campanhas das principais candidatas do PT, como Marília Campos, reeleita em Contagem, e Margarida Salomão, em Juiz de Fora, foi percebida. A deputada Maria do Rosário, candidata do PT em Porto Alegre, defende que o trabalho de inclusão feminina no partido é contínuo e não se limita aos períodos eleitorais, ressaltando que a maior bancada de mulheres no Congresso hoje é do PT.

A professora Flávia Biroli, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), observa que o interesse da direita em promover mulheres na política é, paradoxalmente, um reflexo dos avanços obtidos pelos movimentos feministas nos últimos anos. Segundo Biroli, o aumento da presença feminina nos partidos conservadores é impulsionado, em parte, pela cota de gênero do fundo eleitoral. Ela destaca que Michelle Bolsonaro, embora se apresente como uma figura antifeminista, deve sua posição à luta por direitos das mulheres ao longo das décadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

sábado, 2 de novembro de 2024

Em plena Ligga Arena, Athletico perde de virada para o Vitória e entra na zona de rebaixamento

Furacão abriu o placar com Julimar no primeiro tempo, mas tomou empate 'relâmpago' e depois se perdeu no jogo

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Athletico saiu na frente, mas tomou gol de empate ‘relâmpado’ e no segundo tempo cedeu a virada (Foto: Valquir Aureliano)

O Athletico Paranaense está de volta na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado (2 de novembro), jogando em plena Ligga Arena, a equipe comandada por Lucho González foi derrotada pelo Vitória por 2 a 1, de virada. Julimar (num gol ‘sem querer querendo’) abriu o placar para os donos da casa. Os visitantes, no entanto, empataram logo em seguida, com Alerrandro. E no segundo tempo, conseguiram a virada num lance de contra-ataque, com Matheuzinho dando números finais ao confronto: 1 a 2.

Com a derrota diante de sua própria torcida, o Furacão estaciona nos 34 pontos conquistados em 31 jogos e cai para a 17ª colocação do Brasileirão, abrindo a zona de rebaixamento da competição (fica atrás do RB Bragantino, que empatou com o Cuiabá hoje e tem 35 pontos). Os baianos, por outro lado, chegam aos 38 pontos conquistados e sobem duas posições na tabela, aparecendo em 12º lugar.

No próximo sábado (9 de novembro), o Furacão volta a campo no Morumbis, para encarar o São Paulo. Já o Vitória atua no mesmo dia, às 16h30, contra o Corinthians, no Barradão.

ESCALAÇÃO DO ATHLETICO

No Athletico, os desfalques foram o ponta Canobbio, o meia Christian e o atacante Mastriani, todos machucados. O lateral-direito Madson também se lesionou e não foi relacionado. Assim, o técnico Lucho Gonzalez escalou Cuello na lateral-direita, sendo essa a única mudança em relação à partida contra o Cruzeiro. O esquema foi o mesmo, o 4-2-3-1.

PRIMEIRO TEMPO

Aproveitando-se do fator casa, o Athletico começou a partida pressionando o adversário embusca do gol. Tomou um susto aos 28 minutos, quando o goleiro Mycael falhou e em seguida operou grande defesa em finalização de Willian Oliveira, mas na sequência já abriu o placar, aos 31 minutos, num lance ‘sem querer querendo’: Julimar foi cruzar fechado e acabou mandando a bola direto para o gol, sem chance de defesa para o goleiro.

Mas nem deu tempo da torcida celebrar direito a vantagem no placar, porque no lance seguinte, praticamente, Kaique Rocha falhou e deixou Alerrandro na cara do gol. O atacante não desperdiçou e empatou o jogo.

Depois do empate, o Furacão teve mais uma chance em chute colocado de Julimar. No entanto, caiu de produção e na ‘catimba’ do adversário, que conseguiu segurar o empate.

SEGUNDO TEMPO

Na volta para o segundo tempo, o Furacão seguiu com dificuldades na criação de jogadas, como na reta final da etapa inicial. A primeira mudança, então, veio aos 16 minutos, com Zapelli substituindo João Cruz.

Mas nem deu tempo da substituição surtir algum efeito. Aos 19, o Vitória fez uma bela jogada pela esquerda num contra-ataque e Alerrandro escapou da marcação para cruzar rasteiro, na medida, para Matheuzinho aparecer bem posicionado dentro da área rubro-negra e finalizar firme, pro fundo do gol: 1 a 2.

Com o time da casa já em desvantagem, Lucho González mandou Fernandinho a campo na vaga de Erick. E já no fim do jogo, o treinador ainda apostou em Leo Godoy e Emersonn nas vagas de Cuello e Julimar.

Os mandantes tiveram duas chances claras para empatar, aos 29 e aos 30 minutos. No primeiro lance, Lucas Esteves quase fez um gol contra. No segundo, Fernandinho viu sua finalização ser tirada em cima da linha do gol pelo zagueiro Wagner Leonardo. E os baianos, por sua vez, ainda mandaram uma bola no travessão aos 39 minutos, com Machado. O placar, porém, permaneceu inalterado, para a tristeza athleticana.

✱ ATHLETICO 1 x 2 VITÓRIA

Athletico: Mycael; Cuello (Leo Godoy), Kaique Rocha, Thiago Heleno e Esquivel; Erick (Fernandinho) e Felipinho; Nikão, João Cruz e Julimar (Emersonn); Pablo. 
Técnico: Lucho González

Vitória: Lucas Arcanjo; Edu (Zé Hugo), Néris e Wagner Leonardo; Raúl Cáceres (Willean Lepo), Willian Oliveira, Ricardo Ryller (Machado), Matheuzinho e Lucas Esteves; Everaldo (Carlos Eduardo) e Alerrandro (Janderson). 
Técnico: Thiago Carpini

● Gols: Julimar (31-1º), Alerrandro (33-1º), Matheuzinho (19-2º)
Cartões amarelos: Willian Oliveira, Lucas Arcanjo, Machado (V); Cuello (A)
● Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
● Público: 40.666 total
● Local: Ligga Arena, sábado, às 18h30

◆ PRINCIPAIS LANCES

Primeiro tempo

15 – Pablo recebe de frente para o gol, na entrada da área, e arrisca uma finalização forte. Lucas Arcanjo espalma e no rebote a zaga afasta o perigo.

28 – Lançamento para a área do Vitória e Erick consegue o desvio de cabeça para criar um lance perigoso. Lucas Arcanjo espalma a bola e afasta o perigo.

29 – Erro de Mykael na saída de bola. Alerrando aciona Willian Oliveira, que fica na cara do goleiro. Mas o goleiro se recupera do erro anterior e faz grande defesa.

31 – Gol do Athletico! Julimar avança pela esquerda e, perto da área, arrisca um cruzamento fechado. Só que a bola vai direto para o gol, sem chance de defesa pro goleiro.

33 – Gol do Vitória! Chutão de Cáceres para a frente. Kaique Rocha falha e deixa Alerrando livre na grande área. O atacante chuta no canto, na saída do goleiro, e empata a partida.

34 – Julimar recebe pela esquerda e chuta colocado da entrada da área, buscando o ângulo. A bola passa por cima do gol.

Segundo tempo

2- Lançamento de Pablo para Julimar, que dispara nas costas da zaga, ajeita a bola com a cabeça, invade a área e chuta forte. A bola passa por cima.

6 – Alerrandro recebe na intermediária. Com espaço, gira em direção ao gol e chuta forte, em cima do goleiro, que segura em dois tempos.

7 – Cobrança de falta de João Cruz, que coloca a bola na cabeça de Thiago Heleno. O zagueiro cabeceia firme e a bola passa raspando a trave.

17 – Nikão lança para Julimar, que mata a bola no peito e deixa para trás Edu, na velocidade. De frente para o gol, ele chuta buscando o canto oposto e manda ao lado da meta.

19 – Gol do Vitória! Vitória faz boa trama pela esquerda do ataque, em transição. Alerrandro escapa da marcação e cruza rasteiro para Matheuzinho, que aparece bem posicionado dentro da área, de frente pro gol. Ele finaliza firme e balança a rede.

26 – Balão na área do Vitória, Erick cabeceia para o gol e Lucas Arcanjo defende. Na sequência, Felipinho chuta de fora da área e obriga mais uma boa defesa do goleiro.

29 – Cruzamento da direita. Lucas Esteves desvia contra a própria meta e por pouco não faz o gol contra.

30 – Pressão do Athletico. A bola sobra com Fernandinho, que bate de primeira. Lucas Arcanjo desvia, mas a bola ainda vai em direção ao gol. Wagner Leonardo salva em cima da linha.

39 – Mais um contra-ataque do Vitória. Carlos Eduardo ajeita para Machado, que chuta de primeira, de fora da área. A bola explode no travessão.

Fonte: Bem Paraná

Nove são presos e R$ 7 milhões são bloqueados em ação contra o tráfico no Paraná e Santa Catarina

babilonia
PCPR/Divulgação

Nove suspeitos são presos e R$ 7 milhões em bens são bloqueados em ação contra o tráfico no Paraná e Santa Catarina. A ação decorre da terceira fase da Operação Babilônia que investiga o tráfico de drogas entre os dois estado e lavagem de dinheiro.

As prisões decorrem de investigações do Ministério Público do Paraná, por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A prisões foram feitas nesta manhã de sábado, 2 de novembro.

25 mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos no âmbito da terceira fase da Operação Babilônia, que investiga delitos praticados por organização criminosa com atuação no tráfico de drogas e lavagem de capitais.

Como resultado, nove pessoas foram presas e bens avaliados em R$ 7 milhões (seis casas e 15 veículos) foram bloqueados judicialmente.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Criminal de Piraquara e executadas em conjunto com a Diretoria de Inteligência da Polícia Militar, que contou com apoio de várias outras unidades da corporação, nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Campo Largo, Colombo, Campina Grande do Sul, Piraquara, Pinhais, Cascavel, Missal e Camboriú (SC).

A operação também resultou na apreensão de 15 celulares, duas pistolas e munições, além de anotações contábeis, cartões de crédito e tokens de assinatura digital, remédios anabolizantes e quantia ainda não somada de dinheiro (cédulas de reais, dólares e guaranis).

Durante as investigações, que embasaram a decretação das medidas judiciais, foram identificados integrantes de uma organização suspeita da prática de tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro – os valores supostamente obtidos pelas práticas delituosas teriam sido utilizados para a compra de bens móveis e imóveis. Ainda apurou-se que parte do dinheiro estaria sendo utilizado para o financiamento de crimes violentos contra o patrimônio.

Fonte: Bem Paraná com Assessoria

Santos vence o Vila Nova e encaminha a volta à Série A do Brasileiro

        João Basso fez o gol da vitória do Santos sobre o Vila Nova (Crédito: Raul Baretta/SantosFC)


A agonia está acabando. O Santos venceu o Vila Nova por 3 a 0 na noite deste sábado, na Vila Viva Sorte, pela 35ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e encaminhou a volta para a Série A. Os gols santistas foram marcados por João Basso, Guilherme e Otero.

Com o resultado, o Santos chegou a 65 pontos, superou a marca estabelecida pela comissão técnica, e pode confirmar o acesso neste domingo se o Ceará não vencer o Avaí, em Fortaleza. Na próxima rodada, o Peixe encara o Coritiba, fora de casa, dia 11.

O jogo

Embalado pela torcida, o Santos teve a primeira grande chance logo aos seis minutos. Serginho cobrou escanteio da direita, Giuliano ganhou dos zagueiro e cabeceou, mas a bola explodiu no travessão. Depois da pressão inicial, o Peixe passou a ter mais dificuldade para criar jogadas e o Vila Nova começou a sair mais para o jogo, arriscando até alguns chutes de fora da área.

O Santos só voltou a ameaçar aos 26 minutos. O atacante Guilherme recebeu na esquerda e cruzou, Hayner apareceu no segundo pau e cabeceou, mas o goleiro Dênis Júnior mandou para escanteio. Após a cobrança, a bola sobrou para Giuliano, que deu uma linda bicicleta, mas o goleiro do Vila Nova fez boa defesa.

O Peixe abriu o placar aos dez minutos do segundo tempo. Otero, que tinha acabado de entrar na vaga de Serginho, cobrou falta para a área, João Basso aproveitou vacilo da defesa do Vila Nova e tocou para o gol.

O segundo gol quase saiu aos 19 minutos. Otero cobrou falta da intermediária e Dênis Júnior espalmou para o meio da área. No rebote, Giuliano cabeceou para o gol e o goleiro do Vila Nova mandou para escanteio.

O Santos voltou a ameaçar aos 34 minutos. Guilherme e Giuliano tabelaram dentro da área e o atacante finalizou, mas a bola saiu fraca e o goleiro Dênis Júnior fez boa defesa.

No final do jogo, Otero foi derrubado na área. O árbitro deixou o jogo seguir, mas foi chamado pelo VAR e marcou pênalti. O atacante Guilherme fez a cobrança e ampliou o placar.

No último minuto, Otero cobrou falta da intermediária e marcou o terceiro gol do Peixe.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 3 X 0 VILA NOVA

Competição: Série B do Campeonato Brasileiro (35ª rodada)
● Data e hora: 2 de novembro de 2024, às 16h30 (horário de Brasília
● Local: Vila Viva Sorte, Santos (SP)
● Árbitro: Yuri Elino Ferreira da Cruz (RJ)
● Assistentes: Carlos Henrique Alves de Lima Filho (RJ) e Schumacher Marques Gomes (PB)
● VAR: Wagner Reway (Fifa-ES)

● Gols: João Basso, aos 10’/2ºT (1-0), Guilherme, aos 49’/2ºT (2-0), Otero, aos 53’/2ºT (3-o)
● Cartões amarelos: João Schmidt, Otero, João Basso e Diego Pituca (SAN) e Vanderley e Jemmes (VIL)

◆ SANTOS: Gabriel Brazão; Hayner (JP Chermont, aos 21’/2ºT), João Basso, Gil e Escobar; João Schmidt (Tomás Rincón, aos 37’/2ºT), Diego Pituca, Giuliano (Willian Bigode, aos 37’/2ºT) e Serginho (Otero, aos 5’/2ºT); Guilherme e Wendel Silva (Julio Furch, aos 37’/2ºT). 
Técnico: Fábio Carille

◆ VILA NOVA: Dênis Júnior; Apodi (Rian, aos 25’/2ºT), Jemmes, Vanderley (Gabriel Silva, aos 25’/2ºT) e Dankler; Rhuan, Cristiano, Arílson e Alesson; Emerson Urso (João Lucas, aos 32’/2ºT) e Júnior Todinho (Denílson, aos 32’/2ºT). Técnico: Thiago Carvalho

Fonte: Diário do Peixe


Venezuela acusa Itamaraty de se fazer de vítima e escala tensão com Brasil

Lula e Nicolás Maduro. Foto: Divulgação

A crise diplomática entre o governo do presidente Lula e o regime de Nicolás Maduro, da Venezuela, ganhou mais um episódio neste sábado (2). Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela acusou o Itamaraty de “posar de vítima” e de promover uma “agressão descarada e grosseira” contra Maduro e as instituições venezuelanas. Segundo o governo venezuelano, o Brasil estaria realizando uma “campanha sistemática” que desrespeita os princípios da Carta da ONU.

O comunicado veio em resposta à nota emitida pelo Itamaraty na sexta-feira (1), após a Venezuela ter intensificado críticas ao Brasil desde que foi vetada de se tornar parceira do Brics, com apoio da Rússia. O país justificou o veto afirmando que uma parceria com a Venezuela exigiria diálogo franco e respeito mútuo, o que não estaria sendo demonstrado.

O governo venezuelano reiterou que o Itamaraty deveria “desistir de se imiscuir em temas que só competem aos venezuelanos” e adotar uma postura “profissional e respeitosa”, seguindo o exemplo da política externa venezuelana. A declaração do Itamaraty, por sua vez, enfatizou “o tom ofensivo de autoridades venezuelanas” e criticou o uso de ataques pessoais em vez de canais diplomáticos adequados.

Desde o veto à entrada da Venezuela no Brics, a relação entre os países se deteriorou. Em setembro, Maduro acusou o Itamaraty de agir em cooperação com o Departamento de Estado dos Estados Unidos e chegou a chamar um diplomata brasileiro de “fascista” em resposta ao bloqueio do Brasil.

Cúpula do BRICS. Foto: Divulgação

Em retaliação, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela convocou seu embaixador em Brasília para consultas, medida diplomática que sinaliza uma insatisfação significativa e um possível início de rompimento nas relações bilaterais.

A crise se intensificou quando a Polícia Nacional Bolivariana, sob controle do governo chavista, publicou em suas redes sociais uma imagem da silhueta do presidente Lula e a bandeira do Brasil acompanhada da mensagem de que Caracas “não aceita chantagens de ninguém”. A publicação foi deletada pouco depois, mas o gesto foi visto como um ataque direto ao Brasil.

A tentativa da Venezuela de se tornar parceira do Brics foi apoiada pela Rússia, mas barrada pela delegação brasileira. O presidente Vladimir Putin chegou a afirmar que a adesão só ocorreria com o aval do Brasil. Essa decisão foi um dos pontos centrais para o aumento da tensão, levando Maduro a fazer duras críticas ao governo brasileiro.

Fonte: DCM

New York Times pede em editorial: “Vote contra Trump, ele é uma ameaça à democracia”

Donald Trump em comício na Carolina do Norte, em outubro

Três dias antes do dia das eleições, o New York Times publicou um apelo para instar os americanos a votarem contra o ex-presidente Donald Trump.

Num editorial curto, mas contundente, o jornal destaca a sua preocupação com a possibilidade do seu regresso à Casa Branca, definindo-o como uma “ameaça à democracia e ao equilíbrio institucional dos Estados Unidos”. O artigo destaca como Trump tentou subverter o resultado das eleições anteriores.

O convite aos eleitores é “observá-lo” com atenção e “ouvir quem o conhece bem” para compreender os riscos de um segundo mandato. Também é mencionado o papel do ex-presidente na derrubada do litígio judicia Roe v. Wade, que garantiu o direito constitucional ao aborto. “A corrupção e a ilegalidade de Trump vão além das eleições – é todo o seu espírito, ele mente sem limites”, diz o editorial.

O artigo também argumenta que uma reeleição de Trump traria consequências prejudiciais não só para os direitos individuais e o ambiente, mas também para a estabilidade econômica e as relações internacionais.

Segundo o Times , de fato, um regresso de Trump ao poder comprometeria as alianças globais, fortaleceria os regimes autocráticos e agravaria a crise climática: “Ele usará o poder do governo para processar os seus adversários, executará uma política cruel de deportações em massa e criará o caos para os pobres, a classe média e os empregadores. Outro mandato de Trump prejudicará o clima, destruirá alianças e fortalecerá

A posição do jornal já havia sido esclarecida em setembro, com o endosso da vice-presidente Kamala Harris.

Fonte: DCM

Deputado propõe novo PL das Fake News, sem remuneração à mídia corporativa

Remuneração a emissoras da imprensa corporativa foi um dos motivos do fracasso de propostas anteriores
Pedro Uczai (Foto: J. Batista/ Câmara dos Deputados)

 O deputado federal Pedro Uczai (PT-SC) apresentou uma nova versão de um "PL das fake news", removendo propostas polêmicas apresentadas em versões anteriores, como a de remunerar especialmente veículos da mídia corporativa por supostamente combaterem notícias falsas.

A nova proposta versa principalmente sobre as obrigações das plataformas digitais, segundo relatos do Metrópoles. A proposta concede ao governo autoridade para, de forma colaborativa, criar normas e códigos de conduta obrigatórios para as plataformas. O projeto também exige transparência nos algoritmos de recomendação de conteúdo e estabelece penalidades para as plataformas em caso de descumprimento, como advertências, multas e até suspensão temporária das atividades.

“O projeto reforça a necessidade de cooperação entre os provedores de plataformas e o Poder Executivo, que terá autoridade para aprovar códigos de conduta e desenvolver normas adequadas à proteção da sociedade brasileira contra os danos causados pela desinformação. A responsabilidade de regulamentar e fiscalizar essas práticas será atribuída à agência reguladora competente no setor de telecomunicações, garantindo uma abordagem técnica e especializada para o enfrentamento dessa questão”, diz o deputado na proposta.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Boulos ajudou a legitimar Marçal, diz Tabata Amaral

Sabatina de Marçal com Boulos ocorreu pouco antes do segundo turno em São Paulo, vencido pelo prefeito Ricardo Nunes
Guilherme Boulos e Tabata Amaral (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

A deputada federal e ex-candidata a prefeita de São Paulo Tabata Amaral disse em entrevista à Folha de São Paulo, publicada neste sábado (2), que o também deputado e ex-candidato Guilherme Boulos, segundo colocado nas eleições na capital paulista, ajudou a legitimar o coach de extrema-direita Pablo Marçal, o terceiro colocado. O pleito foi vencido pelo prefeito Ricardo Nunes.

Citando o episódio da sabatina promovida por Marçal com Boulos, Tabata disse que "não vale tudo por voto". "Mais do que dizer se concordo, se discordo —eu discordo—, quero dizer o que eu teria feito no lugar dele. Eu jamais teria aceitado ser sabatinada pelo Marçal, muito menos naquele contexto", disse.

"Acho louvável e necessário dialogar com pessoas que pensem diferente. Mas, na hora que o candidato aceita ser sabatinado pelo Pablo Marçal depois de tudo o que ele fez, isso de certa forma legitima o Marçal e atenua o que ele fez na campanha. Esse é um limite que eu não topo. Não vale tudo por voto", acrescentou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Médico, namorado de Sandy é acusado de fraude por plano de saúde

Os rumores do namoro entre Sandy e Pedro Andrade começaram em julho • Instagram / Pedro Andrade | Instagram / Sandy

O médico Pedro Andrade, que namora a cantora Sandy, está enfrentando acusações da SulAmérica Saúde por suposta violação do sistema de reembolso de planos de saúde. A administradora processou o Instituto Pedro Andrade LTDA, alegando que a instituição teria fraudado as regras relacionadas ao reembolso de serviços médicos. A informação foi inicialmente divulgada pelo colunista Leo Dias e confirmada pelo Splash, do UOL.

A juíza Edna Kyoko Kano concedeu tutela de urgência, destacando que existem indícios de que os réus praticaram atos que violam o sistema de reembolso. Ela determinou que o instituto não pode emitir ou fracionar recibos e notas fiscais de atendimentos de saúde supostamente prestados a beneficiários dos planos. Caso o instituto descumpra essa decisão, poderá enfrentar multas que variam de R$ 5 mil a R$ 200 mil por infração.

Além disso, a Justiça rejeitou o pedido de suspensão de todos os pedidos de reembolso, uma vez que tal medida poderia prejudicar terceiros que não estão envolvidos na ação. Tanto Pedro Andrade quanto o instituto já foram notificados sobre o processo, mas até o momento não responderam às solicitações de comentários da imprensa.

O relacionamento de Sandy e Pedro Andrade se tornou público em julho deste ano, e a cantora é frequentemente vista visitando o namorado no trabalho.

Fonte: DCM

Devendo R$ 50 milhões, Fittipaldi diz que é “antiético” Lewis Hamilton guiar carro de Senna

Emerson Fittipaldi e Lewis Hamilton

Em meio às comemorações dos 30 anos da morte de Ayrton Senna, a escolha de Lewis Hamilton para pilotar o lendário MP4/5B, da McLaren, usado pelo brasileiro no bicampeonato de 1990, gerou críticas de Emerson Fittipaldi, que se posicionou contrariamente à decisão, argumentando que seria “antiético” um piloto inglês realizar tal homenagem em solo brasileiro.

O bolsonarista Fittipaldi, ex-piloto de Fórmula 1, sugeriu que um brasileiro, tal como Felipe Massa ou Rubens Barrichello, ou até mesmo ele, deveria assumir o volante na ocasião.

Em sua coluna no Uol, Juca Kfouri não deixou barato.

“Ora, ora, ora, senhor Fittipaldi”, escreveu Juca.

“Com estimada dívida de 50 milhões de reais, apesar de manter sorridente vida de milionário, sua preocupação deveria ser em pagar os credores em vez de manifestar opinião xenófoba contra alguém que só faz elevar o nome de Senna. Em matéria de ética dispensamos suas opiniões”.

Em 2023, a Justiça de São Paulo penhorou as milhas aéreas de todos os programas de fidelidade que o ex-piloto e bicampeão mundial da Fórmula 1 possui devido a uma dívida de R$ 691 mil, incluindo juros, correção monetária e multa.

Enquanto Rubens Barrichello expressou seu desejo e apoio à ideia de um brasileiro pilotar o carro, a sobrinha de Senna e CEO da marca Senna, Bianca Senna, aprovou a escolha de Hamilton, ressaltando sua admiração e o papel de embaixador que o piloto britânico desempenha na preservação da memória de Senna para as novas gerações.

Fonte: DCM

Fluminense anuncia saída de Marcelo após briga com Mano


Marcelo. Foto: Divulgação

Neste sábado (2), o Fluminense comunicou oficialmente a saída do lateral Marcelo, após uma rescisão “em comum acordo”. A decisão ocorre após um episódio tenso em que o jogador se desentendeu com o técnico Mano Menezes durante o jogo contra o Grêmio, na sexta-feira, no Maracanã, pelo Brasileirão. O confronto terminou empatado em 2 a 2.

Em coletiva de imprensa, Mano Menezes relatou ter ouvido “algo que não gostou”, o que intensificou rumores sobre o futuro de Marcelo no clube. Nos bastidores, havia uma sensação de que a rescisão seria o desfecho mais provável para o impasse.

Na nota oficial, o Fluminense destacou a formação de Marcelo em Xerém e seu retorno ao clube em 2023, marcando a conquista da Libertadores da Conmebol. O comunicado também pontua que “os laços institucionais e afetivos” com o lateral permanecem.

Marcelo se despede do Fluminense com 68 jogos em sua segunda passagem pelo clube, tendo conquistado os títulos do Campeonato Carioca 2023 e Libertadores da Conmebol. Desde sua volta ao Brasil, em 2023, o lateral marcou cinco gols e deu três assistências. Sua primeira passagem pelo time carioca foi em 2006, antes de seguir para o Real Madrid.

Fonte: DCM

Irmão de Lucas Paquetá é liberado após roubo de carro de jogador do Botafogo: ‘Não tenho nada a ver’

Lucas Paquetá e Matheus Paquetá. Foto: Divulgação

Matheus Paquetá, irmão do meia Lucas Paquetá, foi detido e liberado pela Polícia Civil após ajudar a localizar o carro do lateral-esquerdo Hugo, do Botafogo, que havia sido roubado. Em vídeo publicado nos stories do Instagram, Matheus explicou que foi procurado por Hugo, que pediu sua ajuda para recuperar o veículo, já que o carro não tinha seguro. Hugo confirmou a versão de Matheus.

“Não tenho nada a ver com isso. Roubaram o carro desse menino do Botafogo, ele veio até mim, falou que o carro dele estava sem seguro e pediu ajuda. Eu localizei o carro e disse onde ele estava. Mas os policiais chegaram antes e me levaram para depor”, disse Matheus no vídeo, destacando que foi apenas uma testemunha no caso.

Segundo nota oficial da Polícia Civil do Rio, dois amigos da vítima foram localizados após empreenderem buscas pelo veículo e, posteriormente, foram levados à delegacia para prestar depoimento, sendo liberados em seguida. “O carro foi levado para o estacionamento de um dos amigos. Ao mesmo tempo, os policiais localizaram o veículo e o recuperaram. Os amigos foram encaminhados à unidade para depoimento, e o veículo foi encaminhado ao Pátio Legal”, diz o comunicado.


O lateral Hugo foi assaltado na tarde de quinta-feira, na Zona Norte do Rio, e passou a ser chantageado pelos criminosos, que exigiam R$ 60 mil para devolver o carro. Conforme noticiado pelo ge, a polícia localizou o veículo por meio do GPS do celular do jogador, que também havia sido roubado.

Fonte: DCM

Política industrial do governo já está fazendo efeito, afirma presidente da Abimaq

Em entrevista à TV 247, José Velloso destaca a importância de ações contínuas para fortalecer a indústria brasileira


José Velloso, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) (Foto: Divulgação)

A nova política industrial brasileira implementada pelo governo já começa a gerar impactos positivos nas indústrias. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso. Em entrevista ao programa Histórias do Desenvolvimento, da TV 247, o presidente da Abimaq destacou os avanços e os desafios enfrentados pelo setor industrial brasileiro e defendeu a necessidade de uma ação contínua para que a recuperação da indústria, que cresceu 3% nos oito primeiros meses de 2024, seja mantida no longo prazo.

Para José Velloso, os principais avanços da indústria estão relacionados à efetividade da nova política industrial e à implementação do programa Brasil Mais Produtivo. Segundo Velloso, o Brasil Mais Produtivo tem contribuído para que empresas possam modernizar seus processos de produção e gestão, com acesso a diagnósticos gratuitos, projetos de inovação, qualificação de mão de obra e financiamentos para aquisição de máquinas e equipamentos, mesmo que a inovação esteja na forma de produção. Esses avanços, segundo ele, já são visíveis em diversos casos de sucesso, demonstrando o impacto positivo da política industrial atual. “A política industrial já está fazendo efeito. Empresas que desejam inovar têm acesso a esses programas, o que é um grande passo para o fortalecimento da nossa indústria”, afirmou.

Velloso ressaltou que a indústria é um pilar essencial para o desenvolvimento de qualquer país, mencionando exemplos de nações como Coreia do Sul e China que utilizaram a indústria como motor de crescimento econômico. “A indústria irradia crescimento para outros setores, agrega valor à economia e gera empregos qualificados”, afirmou, destacando que o Brasil, no entanto, sofre um processo de desindustrialização precoce. Segundo ele, o país vem perdendo participação da indústria no PIB há cerca de 30 a 40 anos, o que aconteceu sem o correspondente aumento da renda per capita da população, fator que ele considera atípico. O presidente da Abimaq também apontou que a política industrial do governo é um passo importante para reverter essa tendência. Ele mencionou que, embora os desafios sejam significativos, os sinais de recuperação já aparecem nos dados mais recentes do PIB, com crescimento em diversos setores industriais, como automotivo e eletroeletrônico. “A indústria cresceu de forma pujante e puxou o PIB para cima no último trimestre”, comentou.

Investimento e papel dos bancos públicos

Um dos principais pontos abordados na entrevista foi a dificuldade de acesso ao crédito a taxas compatíveis com o desenvolvimento sustentável do setor. Velloso explicou que, apesar do crescimento da produção física da indústria em torno de 1,8% neste ano, os investimentos ainda estão aquém do necessário. “Precisaríamos de uma taxa de investimento na ordem de 23% a 25% do PIB para garantir um crescimento sustentável, mas a taxa atual é de apenas 16,8%”, afirmou.

Velloso destacou a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como uma ferramenta importante para o financiamento do setor industrial. No entanto, ele aponta que o maior problema não é a disponibilidade de recursos, mas o custo elevado das linhas que estão atreladas à Taxa de Longo Prazo (TLP). Segundo ele, o dinheiro destinado ao financiamento de máquinas e equipamentos vem do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que é repassado ao BNDES e, posteriormente, a outros bancos. Quando os bancos repassam os recursos aos tomadores finais, os juros ficam em torno de 17% a 19% ao ano, o que torna os financiamentos pouco atrativos para os investidores.

O BNDES Finame oferece financiamento, por meio de instituições financeiras credenciadas, para a produção e compra de máquinas, equipamentos, bens de informática, automação e outros bens industrializados, destinados à atividade econômica dos clientes. As operações são indiretas, com mais de 80 agentes financeiros repassando os recursos do BNDES, o que amplia o alcance do crédito e facilita o acesso, especialmente para pequenas empresas e pessoas físicas, já que as operações diretas exigem um valor mínimo de R$ 20 milhões. Em março de 2024, foi lançado o BNDES Máquinas e Serviços, uma nova linha que permite o financiamento direto de máquinas, equipamentos e serviços de alto valor agregado, mantendo o valor mínimo de R$ 20 milhões. Embora o novo produto possa ser mencionado, o foco deve permanecer nas operações indiretas, mais voltadas para empresas menores.

Segundo o presidente da Abimaq, a diretoria do BNDES tem buscado alternativas para reduzir os custos do crédito. Uma das soluções do banco destacadas por Velloso foi a criação de uma linha de crédito atrelada à Taxa Referencial (TR), voltada para inovação, que se mostrou mais competitiva, com juros em torno de 8% ao ano. “A linha para inovação com TR foi um avanço, mas os recursos são limitados. Ela atingiu rapidamente os R$9 bilhões disponibilizados e já se encontra com limitações”, destacou. Dos R$9 bilhões mencionados por Velloso, R$ 6,6 bilhões são recursos provenientes do programa BNDES Mais Inovação, com a Taxa Referencial (TR), que em outubro está em 0,81%. O valor aprovado para projetos de inovação representa 6,5% das aprovações do BNDES, o maior já registrado na história do banco.

José Velloso mencionou linhas de crédito voltadas para projetos de descarbonização e transição energética, que oferecem condições mais vantajosas para financiar iniciativas sustentáveis.

Transição energética

No campo da transição energética, Velloso destacou o papel da Abimaq na promoção de tecnologias de geração de energia renovável, como eólica e bioenergia. As quatro maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são a hídrica (53,88%), eólica (15,22%), biomassa (8,31%) e solar (7,2%), segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre as fontes não renováveis, as maiores são gás natural (8,78%), petróleo (3,92%) e carvão mineral (1,7%). No entanto, ele alertou para o descompasso entre os incentivos dados à energia solar, que têm favorecido a importação de equipamentos da China, em detrimento de investimentos na cadeia produtiva nacional. “O Brasil precisa equilibrar os benefícios para diferentes fontes de energia para que a indústria local também tenha oportunidades de crescimento”, defendeu.

José Velloso reforçou que a continuidade das políticas industriais será crucial para que o setor industrial brasileiro recupere seu papel estratégico na economia. Ele ressaltou a importância de um ambiente favorável para investimentos e inovação, e de políticas que reduzam o custo do crédito para as empresas. “Os avanços são visíveis, mas ainda há um longo caminho pela frente. A política industrial precisa de continuidade para que os resultados se consolidem e o Brasil possa retomar seu protagonismo no cenário industrial global”, concluiu.

Assista à entrevista na íntegra:

Fonte: Brasil 247

Resistência Islâmica no Iraque dispara drones contra alvos em Israel

Grupo xiita declarou que os ataques foram realizados "em solidariedade com nosso povo na Palestina e no Líbano"
Homens muçulmanos xiitas iraquianos do Kataib Hezbollah seguram as bandeiras do partido enquanto caminham por uma rua pintada com as cores da bandeira israelense durante um desfile que marca o Dia Quds anual, ou Dia de Jerusalém, na última sexta-feira de o mês sagrado muçulmano do Ramadã, em Bagdá, 25 de julho de 2014 (Foto: Reuters)

A Resistência Islâmica no Iraque, um grupo militante xiita, reivindicou neste sábado (2) a responsabilidade por quatro ataques com drones na cidade de Eilat, no sul de Israel.

Em um comunicado, citado pela Xinhua, o grupo afirmou que seus combatentes lançaram ataques com drones em quatro "locais vitais" em Eilat, no sul de Israel.

O grupo declarou que os ataques foram realizados "em solidariedade com nosso povo na Palestina e no Líbano", prometendo continuar a atacar "as fortalezas do inimigo em um ritmo crescente".

O comunicado não forneceu mais detalhes sobre os locais-alvo ou informações sobre vítimas.

Fonte: Brasil 247

Bancos devolveram ao INSS quase R$ 8 bi em benefícios não sacados

De janeiro a setembro de 2024, o valor estornado superou R$ 2 bilhões

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Agência Brasil - Entre janeiro de 2023 e setembro deste ano, os bancos devolveram ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mais de R$ 7,88 bilhões relativos a benefícios que os segurados deixaram de sacar no prazo legal.

Do total, pouco mais de R$ 4,947 bilhões foram restituídos ao longo do ano passado. Já entre janeiro e setembro deste ano, o montante estornado superou R$ 2,938 bilhões.

A legislação determina que, se o segurado não sacar o valor depositado pelo INSS em até 60 dias, o banco deve devolvê-lo integralmente ao Instituto. A medida se aplica apenas a quem usa o cartão magnético do órgão para movimentar o benefício recebido.

Segundo o Instituto, o objetivo é evitar pagamentos indevidos e tentativas de fraude, como o saque, por terceiros, do benefício de segurados que já faleceram. Além disso, por precaução, sempre que a quantia depositada é devolvida por falta de movimentação, o INSS suspende futuros pagamentos ao beneficiário.

Ainda de acordo com o INSS, o beneficiário pode pedir a regularização de sua situação e a posterior liberação dos recursos a que tem direito. De forma que o Instituto poderá voltar a liberar ao menos parte dos R$ 7,88 bi para segurados que, no segundo momento, conseguiram provar fazer jus ao benefício.

Indagado pela Agência Brasil, o INSS respondeu que, até essa quinta-feira (31), ainda não havia calculado o número de segurados cujos benefícios foram devolvidos, a partir de janeiro de 2023, por falta de movimentação. Nem quantos deles regularizaram suas situações. O INSS também não soube informar a cifra final devolvida ao Tesouro Nacional no mesmo período de 21 meses.

“É difícil estimar. Muitos benefícios podem ter sido suspensos por não terem sido sacados [dentro do prazo legal] e restabelecidos em seguida. [Nestes casos] os pagamentos são feitos por complemento positivo e não temos ferramenta gerencial que mensure quantos deles vieram de um restabelecimento, bem como seus respectivos valores”, explicou a assessoria do órgão, referindo-se a uma das modalidades de pagamento que o instituto adota para corrigir ou complementar valores já liberados aos segurados.

“Isso não é incomum”, assegurou o advogado Mauro Hauschild. Especialista em direito previdenciário, ele presidiu o INSS entre 2011 e 2012. “Até porque, esses recursos devolvidos pelos bancos voltam para uma espécie de conta única, o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, no qual o governo coloca dinheiro todos os meses a fim de pagar os benefícios, já que a arrecadação é menor que a despesa.”

Segundo Hauschild, um segurado pode deixar de sacar seu benefício por vários motivos. “Ele pode ter falecido e a quantia continuar sendo depositada porque o óbito demorou a ser notificado. Ou a pessoa deixou de atender aos requisitos para receber o pagamento, como, por exemplo, voltou a trabalhar com vínculo formal. Enfim, são várias situações.”

Para o advogado, considerando que o INSS movimenta, mensalmente, dezenas de bilhões de reais para pagar aposentadorias, pensões, auxílios previdenciários e benefícios assistenciais, os R$ 7,88 bilhões devolvidos pelos bancos desde janeiro do ano passado é um valor admissível.

“É um baita número, um valor alto, mas quando pegamos a gama de valores pagos pelo instituto, não é algo assim tão fora da curva, inesperado. É até compreensível, já que o Instituto atende a milhões de segurados. Basta um percentual pequeno de situações [em que o segurado deixa de movimentar a conta] para que os valores se acumulem mês a mês, rapidamente”, ponderou Hauschild.

Para regularizar sua situação, o beneficiário deve ligar para 135 (opções 6 e1), a Central de Atendimento do Ministério da Previdência. Também é possível acessar o Meu INSS e solicitar o pagamento dos benefícios não recebidos. Além disso, o instituto orienta os segurados a sempre observarem as datas dos depósitos e os prazos para sacar seus benefícios.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Judoca Luiz Onmura, medalhista olímpico em 1984, morre aos 64 anos

Paulistano quebrou jejum de 12 anos ao faturar bronze em Los Angeles


Agência Brasil - Referência no judô brasileiro, Luiz Onmura morreu neste sábado (2) aos 64 anos, em Santos (SP), onde morava. Ele lutava contra um câncer (carcinoma espinocelular na língua), diagnosticado em 2022. Conhecido pelo apelido de Samurais, em razão de sua força física e técnica apurada, Onmura foi o primeiro judoca nascido no país a subir ao pódio olímpico nos Jogos de Los Angeles de 1984, na categoria até 71 quilos, quebrando jejum de 12 anos.

“Luiz Onmura representou com orgulho as cores do Brasil e os valores do judô e do olimpismo, demonstrando humildade e lutando bravamente pela vida. Toda a comunidade esportiva lamenta esta perda e presta solidariedade à família e aos amigos”, disse Paulo Wanderley Teixeira, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), em nota de pesar da entidade.

Paulistano, Onmura disputou os Jogos de Moscou (1980) aos 20 anos, na categoria até 65 kg (meio-leve), mas foi quatro anos depois, já na categoria até 71 kg (leve) que ele entrou para a história do esporte nacional, ao conquistar o bronze nos Jogos de Los Angeles, encerrando um hiato de 12 anos, desde a primeira medalha do país (também bronze), conquistada por Chiaki Ishii, nos Jogos de Munique (1972). A última participação olímpica foi nos Jogos de Seul (1988). Após o bronze de Onmura, o judô brasileiro emplacou 40 anos de pódios consecutivos em Jogos Olímpicos, totalizando 28 medalhas

“A CBJ [Confederação Brasileira de Judô] lamenta profundamente a perda de um de seus maiores judocas, o primeiro medalhista olímpico nascido no Brasil. Mas, ficaremos para sempre com a lembrança das suas conquistas, que deram muitas alegrias à família do judô e ao povo brasileiro. Seu legado será eterno”, lamentou Silvio Acácio Borges, presidente da entidade.

Na coleção de conquistas de Onmura, também está a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de San Juan (Porto Rico) em 1979, e outras duas pratas nas edições seguintes: Caracas (Venezuela) em 1983 e Indianápolis (Estados Unidos), em 1987. O judoca também foi bicampeão Campeonato Pan-Americano (1980 e 1988) e campeão sul-americano (1979).

“Onmura foi uma inspiração e um exemplo para todas as gerações seguintes de judocas. A conquista dele inaugurou uma série de 40 anos ininterruptos de pódios olímpicos para o Brasil e deixou um legado também de conduta fora dos tatames. Hoje a comunidade do judô está de luto”, afirmou campeão olímpico no judô Rogério Sampaio, atual diretor-geral do COB.

O Flamengo, um dos grandes clubes representados por Onmura, também prestou homenagem ao medalhista olímpico. em nota de pesar. Esportes.

Após deixar os tatames como atleta, Onmura trabalhou na Polícia Civil de São Paulo, como instrutor de tiro e defesa pessoal até se aposentar. Nos Jogos Rio 2016, Onmura conduziu a tocha olímpica pelas ruas da cidade. Ele deixa a esposa Stefania Ribeiro Onmura, e as filhas Giulia Onmura e Yumi Ribeiro Onmura.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Israel diz ter matado comandante da unidade de foguetes do Hezbollah

De acordo com autoridades israelenses, ele havia sido responsável por vários ataques ao país

Israel ataca Líbano (Foto: Reuters)

(Reuters) - O exército israelense afirmou neste sábado que havia matado um comandante da unidade de foguetes Nasser Brigade do Hezbollah, no sul do Líbano.

De acordo com Israel, ele havia sido responsável por vários ataques ao país.

O exército israelense divulgou também no sábado que mais dois soldados israelenses foram mortos no sul da Faixa de Gaza, e que o número total de soldados israelenses mortos no enclave palestino desde outubro de 2023 subiu para 780.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Em negociação para apoiar Motta, PT buscou relatoria da Lei Orçamentária Anual

O acordo para apoiar Motta incluiu ainda a indicação de um nome para uma vaga no Tribunal de Contas da União

Hugo Motta (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O Partido dos Trabalhadores (PT) negociou a relatoria da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 como parte de um acordo para apoiar a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara dos Deputados, conforme relatado pela Folha de S. Paulo.

Segundo membros do partido, durante as conversas, foi informado que a relatoria da LOA deve ser destinada ao União Brasil, apesar do interesse do MDB na função. Diante disso, o PT aceitou a relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que define as bases para a formulação e execução do orçamento do ano seguinte.

Em 2024, as relatorias da LDO e da LOA ficaram como responsabilidade dos senadores Confúcio Moura (MDB-RO) e Angelo Coronel (PSD-BA), respectivamente.

Além da relatoria da LDO, o acordo para apoiar Motta incluiu a indicação de um nome para uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo