sábado, 2 de novembro de 2024

Grandes usinas solares atingem 16 gigawatts e superam R$ 68,4 bilhões em investimentos acumulados no Brasil

Grandes empreendimentos fotovoltaicos geraram mais de 480,5 mil empregos verdes e cerca de R$ 22,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos

Usina fotovoltaica em Manaus, no Brasil (Foto: Reuters/Bruno Kelly)


 O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 16 gigawatts (GW) de potência operacional nas grandes usinas solares, de acordo com o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo a entidade, desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 68,4 bilhões em novos investimentos e mais de 480,5 mil empregos verdes acumulados, além de proporcionar cerca de R$ 22,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

Atualmente, as usinas solares de grande porte operam em todos os estados brasileiros, com liderança, em termos de potência instalada, da região Nordeste, com 55,5% de representatividade, seguida pelo Sudeste, com 43,4%, Sul, com 0,48%, Centro-Oeste (incluindo o DF), com 0,3% e Norte, com 0,29%.

No entanto, os empreendimentos solares têm sofrido cortes recorrentes determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), sem nenhum controle e responsabilidade dos empreendedores. Ao somar centrais eólicas e fotovoltaicas, esse cenário representa um desperdício acumulado de energia limpa de cerca de R$ 1,7 bilhão nos últimos dois anos.

Para a entidade, os cortes acendem um alerta para a necessidade de modernizar o planejamento e acelerar os investimentos na infraestrutura do setor elétrico, sobretudo em linhas de transmissão e novas formas de armazenar a energia limpa e renovável, gerada em abundância no País.

Na avaliação da Absolar, é plenamente possível aumentar significativamente a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, mantendo a confiabilidade, segurança e estabilidade, bem como assegurando o equilíbrio técnico e econômico da expansão e operação do sistema elétrico do Brasil.

O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, ressalta que, além de ser uma fonte competitiva e limpa, a maior inserção da energia solar por meio de grandes usinas é fundamental para o País reforçar a sua economia e impulsionar o processo de transição energética. “A fonte solar é parte desta solução e um vetor de geração de oportunidades, novos empregos verdes e renda aos cidadãos”, aponta Sauaia.

“O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos internacionalmente pelo País”, acrescenta Sauaia.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e colabora para o processo de descarbonização das economias. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia elétrica, os veículos elétricos e os data centers”, diz Koloszuk.

Fonte: Brasil 247

"O Brasil está com pleno emprego", diz presidente do Bradesco

Marcelo de Araujo Noronha afirma que o Brasil vive um "momento especial" e destaca que a estratégia de alta dos juros para conter a inflação "tem limite"

Marcelo Noronha (Foto: Divulgação/Bradesco)

Marcelo de Araujo Noronha, presidente do Bradesco, afirmou em entrevista à GloboNews na última sexta-feira (1) que o Brasil vive um "momento muito especial" em termos de emprego e crescimento de renda. De acordo com Noronha, o cenário atual impõe desafios para a política monetária do Banco Central, especialmente diante da inflação que, segundo as projeções, deve fechar o ano entre 4,4% e 4,5%.

Noronha destacou que o câmbio vem desempenhando um papel decisivo no aumento dos preços, com impacto direto na inflação. "O câmbio é um detrator potencial para a inflação no Brasil. Andou muito. A gente está vendo isso aqui e isso está batendo na inflação", afirmou. Mesmo assim, ele ressalta o alto nível de atividade econômica no país, o que, em sua visão, representa um "desafio para a política monetária". Segundo Noronha, a redução da taxa de desemprego, que caiu de 6,7% para 6,4%, reflete o vigor econômico que algumas regiões estão experimentando.

Além da queda do desemprego, o crescimento da renda real do trabalhador brasileiro é outro ponto positivo. Noronha destacou que a renda deve crescer mais de 6% este ano, o que ele descreve como "um ganho extraordinário". Para ele, o cenário de quase pleno emprego e o crescimento da renda real geram um ambiente complexo para a atuação da política monetária: "Esse é o desafio da política monetária também, que fica olhando para esse cenário… A política monetária tem um efeito e uma capacidade, mas ela tem um limite", ponderou.

Noronha também se mostrou otimista quanto ao impacto das políticas econômicas do governo federal para estabilizar o câmbio e conter a inflação. Ele acredita que as medidas propostas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), podem "aplacar esse ânimo aqui no mercado" e ajudar no controle do câmbio. "Eu espero que controle esse câmbio, de modo a gente segurar um pouco a inflação e a perspectiva da taxa de juros", finalizou.

Fonte: Brasil 247

Quem ganha R$ 6 mil paga mais imposto do que quem recebe R$ 2 milhões, mostra estudo

Estudo do Ipea mostra que brasileiros com maiores rendas pagam mais impostos do que a camada mais pobre

Moedas de real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

Por Gilmara Santos, Infomoney - Estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que os milionários brasileiros têm taxa tributária do que os trabalhadores assalariados. É o que mostra o a nota técnia ‘Progressividade tributária: diagnóstico para uma proposta de reforma‘, assinada por Sérgio Wulff Gobetti, pesquisador de carreira do Ipea.

De acordo com o levantamento, se a renda média anual do brasileiro alcança R$ 26,036 milhões, ou seja, cerca de R$ 2,1 milhões mensais, montante obtido por pouco mais de 15 mil pessoas, 0,01% dos declarantes, a alíquota de imposto chega a 12,9%. Um assalariado que tem rendimento mensal de R$ 6.000 paga uma tributação de 14,2%.

Para Odilon Guedes Pinto Júnior, vice-presidente do Corecon-SP, o estudo que mostra quem ganha R$ 2 milhões paga menos imposto do quem ganha R$ 6.000 revela uma enorme injustiça no Brasil. “Qualquer carga tributária para ser justa tem que ser progessiva”, afirma.

Mesmo no cenário hipotético em que todo imposto pago pelas empresas seja transferido aos acionistas, a taxa média de tributação chega a um máximo de 14,2% para o estrato de renda em torno de R$ 516 mil anuais, ou seja, R$ 43 mil mensais.

A partir daí o percentual começa a cair, atingindo uma média de 13,3% entre as pessoas com renda superior a R$ 1 milhão, grupo que representa os 0,2% mais ricos da sociedade brasileira.

A alíquota de 14,2% é o ponto máximo de tributação entre os contribuintes mais ricos. A partir daí, cessa a progressividade da cobrança de impostos e contribuições, e as alíquotas diminuem paulatinamente à medida que os rendimentos dos declarantes aumentam.

Quando a renda média anual é de R$ 1,053 milhão, valor obtido por 1% dos contribuintes mais ricos (1,536 milhão de pessoas), a alíquota cai para 13,6%. Se a renda média anual sobe para R$ 5,295 milhões (obtida por 153 mil pessoas, 0,1% dos declarantes), a proporção de Imposto de Renda a pagar desce para 13,2%.

“Os dados mostram que a progressividade deixa de existir no topo da pirâmide social brasileira e, além disso, a alíquota média máxima é muito baixa quando comparada com aquela praticada pela maioria das economias desenvolvidas e mesmo em relação aos principais países latino-americanos”, afirma Gobetti.

Val lembrar que o princípio da progressividade tributária, adotada no Brasil, pressupõe que, quanto maior a renda de uma pessoa, maior deve ser também a taxa de impostos paga por ela, na proporção de seus ganhos.

Esse princípio, previsto na maior parte dos sistemas tributários do mundo, é defendido como uma forma de distribuir a carga tributária de maneira mais justa e equitativa entre os cidadãos. A conclusão da nota técnica é que essa progressão é muito imperfeita no país, sendo muito baixa ou até nula entre as pessoas de renda muito elevada.

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Tabata Amaral e mais 112 deputados se ausentaram de votação que poderia impor taxação sobre grandes fortunas

Câmara rejeitou proposta de taxação sobre grandes fortunas por 262 votos contra e 136 a favor

Tabata Amaral (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Na sessão plenária desta quarta-feira (30), a Câmara dos Deputados rejeitou uma emenda ao projeto de regulamentação da reforma tributária que propunha a criação de um imposto sobre grandes fortunas. A emenda, apresentada pela federação Psol-Rede, foi derrotada por 262 votos contra e 136 a favor. Além dos votos contrários, a ausência de 113 parlamentares, incluindo nomes como Tabata Amaral (PSB-SP), também foi um fator de destaque, segundo informações divulgadas pelo Congresso em Foco.

A votação expôs divergências não só entre partidos, mas também entre lideranças dentro das próprias legendas. Somente o PT, PCdoB, PV e PSB orientaram voto favorável à criação do imposto sobre grandes fortunas. No entanto, o governo decidiu liberar sua bancada para votar como preferisse, enquanto a oposição orientou seus deputados a rejeitarem a proposta.

A exclusão da taxação de fortunas mantém o Brasil com um sistema tributário onde a carga incide majoritariamente sobre o consumo, impactando de forma desproporcional as classes de renda mais baixa. A reforma tributária avança como uma tentativa de simplificar o sistema, mas, sem esse ponto, ainda levanta críticas por não abordar aspectos de redistribuição. O projeto segue sem alterações significativas quanto à estrutura de tributos sobre patrimônio, o que limita o impacto redistributivo pretendido.

Veja, abaixo, a lista dos deputados que se ausentaram:

1. Acácio Favacho (MDB)
2. Adolfo Viana (PSDB)
3. AJ Albuquerque (PP)
4. Alex Manente (Cidadania)
5. Alexandre Guimarães (MDB)
6. Alexandre Leite (União)
7. Aliel Machado (PV)
8. Altineu Côrtes (PL)
9. Aluisio Mendes (Republicanos)
10. André Ferreira (PL)
11. Andreia Siqueira (MDB)
12. Antonio Brito (PSD)
13. Any Ortiz (Cidadania)
14. Arnaldo Jardim (Cidadania)
15. Arthur O. Maia (União)
16. Átila Lins (PSD)
17. Baleia Rossi (MDB)
18. Benedita da Silva (PT)
19. Beto Pereira (PSDB)
20. Carlos Sampaio (PSD)
21. Célia Xakriabá (Psol)
22. Célio Studart (PSD)
23. Chiquinho Brazão (Sem partido)
24. Damião Feliciano (União)
25. Dani Cunha (União)
26. Daniel Barbosa (PP)
27. Danrlei (PSD)
28. Darci de Matos (PSD)
29. Del. Adriana A. (PT)
30. Delegada Ione (Avante)
31. Detinha (PL)
32. Domingos Neto (PSD)
33. Doutor Luizinho (PP)
34. Dr Fernando Máximo (União)
35. Duda Ramos (MDB)
36. Eduardo Bolsonaro (PL)
37. Eli Borges (PL)
38. Elmar Nascimento (União)
39. Emidinho Madeira (PL)
40. Eros Biondini (PL)
41. Fábio Macedo (Podemos)
42. Felipe Carreras (PSB)
43. Fernando Monteiro (PP)
44. Fernando Rodolfo (PL)
45. Filipe Barros (PL)
46. Fred Costa (PRD)
47. General Pazuello (PL)
48. Giacobo (PL)
49. Gilberto Nascimentp (PSD)
50. Gilvan Maximo (Republicanos)
51. Guilherme Boulos (Psol)
52. Heitor Schuch (PSB)
53. Hélio Leite (União)
54. Hercílio Diniz (MDB)
55. Hugo Motta (Republicanos)
56. Ismael (PSD)
57. Ismael Alexandrino (PSD)
58. Isnaldo Bulhões Jr (MDB)
59. Ivoneide Caetano (PT)
60. Jadyel Alencar (Republicanos)
61. Jeferson Rodrigues (Republicanos)
62. João Carlos Bacelar (PL)
63. José Nelto (União)
64. Josimar Maranhãozinho (PL)
65. Julio Lopes (PP)
66. Juninho do Pneu (União)
67. Junior Lourenço (PL)
68. Lêda Borges (PSDB)
69. Luciano Bivar (União)
70. Luis Tibé (Avante)
71. Luiz Carlos Motta (PL)
72. Luiz Nishimori (PSD)
73. Magda Mofatto (PRD)
74. Marangoni (União)
75. Marcelo Queiroz (PP)
76. Marcos Soares (União)
77. Mário Negromonte J (PP)
78. Marreca Filho (PRD)
79. Marussa Boldrin (MDB)
80. Matheus Noronha (PL)
81. Maurício Carvalho (União)
82. Mauricio do Vôlei (PL)
83. Meire Serafim (União)
84. Mendonça Filho (União)
85. Michele Collins (PP)
86. Moses Rodrigues (União)
87. Natália Bonavides (PT)
88. Nikolas Ferreira (PL)
89. Paulinho da Força (Solidariedade)
90. Paulinho Freire (União)
91. Paulo Azi (União)
92. Paulo Freire Costa (PL)
93. Pedro Campos (PSB)
94. Pinheirinho (PP)
95. Renata Abreu (Podemos)
96. Renilce Nicodemos (MDB)
97. Ricardo Silva (PSD)
98. Roseana Sarney (MDB)
99. Ruy Carneiro (Podemos)
100. Sâmia Bomfim (Psol)
101. Saullo Vianna (União)
102. Simone Marquetto (MDB)
103. Sóstenes Cavalcant (PL)
104. Tabata Amaral (PSB)
105. Tarcísio Motta (Psol)
106. Thiago de Joaldo (PP)
107. Vermelho (PL)
108. Vinicius Carvalho (Republicanos)
109. Waldemar Oliveira (Avante)
110. Yury do Paredão (MDB)
111. Zé Silva (Solidariedade)
112. Zeca Dirceu (PT)
113. Zezinho Barbary (PP)

Fonte: Brasil 247 com Congresso em Foco

Esposa de MC Poze do Rodo movimenta quase R$ 10 milhões em rifas fraudulentas, aponta investigação policial

Operação "Rifa Limpa" investiga sorteios ilegais promovidos nas redes por Vivi Noronha, esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, e outros influenciadores

Poze do Rodo e Vivi Noronha (Foto: Reprodução/Instagram)

Viviane Noronha Geovanini, conhecida como Vivi Noronha e esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, está no centro de uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre um esquema de rifas fraudulentas divulgadas em suas redes sociais. Na manhã desta sexta-feira (1), agentes da Delegacia de Defraudações deflagraram a operação "Rifa Limpa", que tem como objetivo desmantelar uma rede de sorteios ilegais. Segundo informações do jornal O Globo, a investigação aponta que Vivi Noronha teria movimentado cerca de R$ 10 milhões entre maio de 2022 e maio de 2023, promovendo sorteios de prêmios em dinheiro e veículos.

As rifas, com bilhetes vendidos a R$ 0,99 cada, eram divulgadas no perfil da influenciadora no Instagram, que possui mais de 1,6 milhão de seguidores. Com uma estratégia de incentivo à compra, Vivi prometia prêmios extras para os seguidores que adquirissem maior quantidade de bilhetes, incluindo pagamentos de valores entre R$ 500 e R$ 100 mil via Pix. O marido de Viviane, o funkeiro MC Poze do Rodo, também figura entre os investigados, embora não tenha sido alvo direto dos mandados de busca e apreensão. Nas redes, ele chegou a publicar vídeos promovendo sorteios de veículos luxuosos, como o Tesla Cybertruck, avaliado em cerca de R$ 2 milhões.

Carros de luxo e promessas de prêmios milionários - Marlon Brendon Coelho Couto, nome de batismo de MC Poze do Rodo, conta com mais de 15 milhões de seguidores no Instagram e é suspeito de usar sua popularidade para ajudar a esposa na divulgação das rifas. Em um dos vídeos, ele aparece promovendo o sorteio do Tesla Cybertruck, ao lado de influenciadores conhecidos no cenário digital, como Mauro Davi dos Santos, o Oruam, e Danielzinho do Grau. A Polícia Civil, entretanto, levanta dúvidas sobre a legalidade dos prêmios oferecidos, já que não há registros que confirmem a posse do veículo anunciado. Em certos casos, segundo a investigação, veículos que haviam sido sorteados eram recolocados em novos sorteios, sem que o suposto ganhador recebesse o prêmio.

A polícia também cumpriu mandados de busca na residência do casal, localizada no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Entre os itens apreendidos estão quatro veículos, 11 celulares, radiotransmissores e diversas joias, incluindo cordões de ouro e diamantes. "Eu não sou o indiciado, não foi sobre mim, foi sobre minha esposa," disse Poze em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, afirmando ainda que “tudo será resolvido com nossos advogados”.

Rifas de cirurgias e lavagem de dinheiro - Além de Vivi e Poze, outros influenciadores são alvos da operação. Um dos envolvidos, Roger Rodrigues dos Santos, o Roginho Du Ouro, é investigado por movimentar aproximadamente R$ 15 milhões em cinco meses com rifas ilegais de carros, bebidas e outros prêmios. Na casa de Roginho, foram encontrados R$ 120 mil em espécie e cédulas falsas, que, segundo a polícia, eram usadas para enganar os compradores das rifas. Além disso, o cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, famoso por rifar procedimentos estéticos, também foi citado na operação. Guerrero já havia sido preso em 2022 por manter uma paciente em cárcere privado e enfrenta pelo menos 19 processos na Justiça. De acordo com a delegada Josy Lima Leal Ribeiro, titular da Delegacia de Defraudações, o caso envolve “lavagem de capitais e crimes de jogo de azar”.

Os organizadores dos sorteios fraudulentos utilizavam uma plataforma de sorteios online que simulava o modelo da Loteria Federal, com o intuito de conferir uma aparência de credibilidade. No entanto, a polícia identificou irregularidades no processo de auditoria e suspeita que pessoas próximas aos influenciadores estariam se passando por ganhadores para legitimar o esquema.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Sem orçamento, Tarcísio sugere que TV Cultura recorra à iniciativa privada

Em reunião entre o governo de São Paulo e a Fundação Padre Anchieta, chegou-se a cogitar uma taxa voluntária para financiamento da emissora

Tarcísio de Freitas (Foto: Patricia Cruz/Governo do Estado de SP)

Após meses de divergências e incertezas sobre o futuro da TV Cultura, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reuniu-se com representantes da Fundação Padre Anchieta, responsável pela gestão da emissora pública. A reunião, realizada no Palácio dos Bandeirantes em 30 de julho, contou com a presença da secretária de Cultura, Marilia Marton, e de José Roberto Maluf, presidente da fundação. Segundo a Folha de S. Paulo, o encontro teve caráter de "reaproximação", após um período de tensão em que membros do conselho da Fundação temiam interferências do governo na programação e nos rumos da emissora.

De acordo com relatos, Tarcísio reforçou a necessidade de reduzir gastos públicos e aumentar a eficiência da administração estadual, destacando que "não há orçamento" para aumentar a receita da fundação. Ele teria incentivado a busca de alternativas financeiras junto ao setor privado, por meio de parcerias, uso da Lei Rouanet e outras iniciativas de arrecadação. Marton esclareceu que a postura do governador não implica em controle ou interferência direta sobre as atividades da fundação, enfatizando que “não há nenhum movimento pessoal contra nenhuma entidade ou órgão do estado”.

Uma proposta de contribuição voluntária para sustentar a TV Cultura foi discutida, inspirada na taxa britânica que financia a BBC. O conceito, originalmente levantado durante a gestão de Mário Covas em 1998, consistiria em uma taxa embutida nas contas de serviços públicos, como água e luz. Contudo, diferentemente do modelo britânico, a ideia seria que o pagamento fosse voluntário para os contribuintes. “O governador [Tarcísio] falou que propostas que vinham do Covas sempre foram muito inovadoras”, afirmou Marton durante a reunião. No entanto, o governo estadual atualmente não considera implantar tal taxa.

A situação financeira da emissora tem sido motivo de preocupação dentro do conselho curador. Um contingenciamento de aproximadamente R$ 13 milhões foi apontado como fator de dificuldade para a manutenção de alguns programas, embora o governo tenha, posteriormente, liberado esses recursos. No debate sobre publicidade na emissora, Marton destacou a importância de equilibrar as necessidades de receita com a manutenção do caráter público da TV Cultura, indicando que é necessário "não chegar ao extremo de ter comerciais como a TV comum e também não achar que esse recurso não é importante em um momento em que a gente fala sobre eficiência".

A Secretaria de Cultura afirmou, em nota, que o orçamento destinado à Fundação Padre Anchieta para 2024 cresceu cerca de 10% em relação ao ano anterior e que todos os recursos estão atualmente disponíveis, sem contingenciamentos. Maluf, presidente da fundação, mencionou que a TV Cultura estuda novas alternativas de financiamento, ainda em fase inicial.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

Bolívia: Evo Morales entra em greve de fome em apelo por diálogo com observadores internacionais

Ex-presidente tenta chamar a atenção da comunidade internacional para situação política no país

Evo Morales (Foto: David Mercado/Reuters)

Em meio à crescente tensão política na Bolívia, o ex-presidente Evo Morales anunciou o início de uma greve de fome em busca de apoio e intervenção internacional. A informação foi publicada pela Sputnik Brasil e destaca a tentativa de Morales de chamar atenção para as disputas que, segundo ele, colocam em risco a estabilidade democrática e os direitos dos cidadãos bolivianos. A greve foi convocada para pressionar observadores internacionais a promoverem um diálogo que considere as reivindicações dos grupos aliados a Morales e discuta o futuro político da Bolívia.

Morales, que liderou a Bolívia por quase 14 anos e permanece uma figura influente, acredita que a intervenção externa é essencial para amenizar as tensões e garantir um processo democrático transparente. Desde que deixou o poder em 2019, o ex-presidente vive em uma relação turbulenta com o governo boliviano, o que intensificou suas demandas por mudanças estruturais no sistema político do país. Para ele, a presença de observadores internacionais traria a imparcialidade necessária para o diálogo, destacando que o atual cenário impede uma condução justa das disputas políticas e sociais.

Segundo o relato de fontes próximas a Morales, a greve é um recurso extremo e tem como objetivo expor ao mundo a 'falta de diálogo' e a necessidade de reformas profundas para garantir o equilíbrio entre os poderes na Bolívia. No entanto, o governo boliviano vê a atitude de Morales como uma estratégia para fragilizar o atual governo e reacender sua popularidade entre os apoiadores, particularmente nas comunidades indígenas e entre movimentos sociais que ele ainda representa.

Com a atenção voltada para o apelo de Evo Morales, a Bolívia passa a figurar como um ponto de interesse para a comunidade internacional, que acompanha de perto as movimentações internas e o desenrolar das tentativas de mediação. A greve de fome do ex-presidente evidencia a polarização política do país e desperta questionamentos sobre a capacidade das instituições bolivianas em assegurar uma transição democrática e pacífica.

Tensão política se intensifica com novas reivindicações e conflitos de interesse - A decisão de Morales de iniciar uma greve de fome não é uma surpresa completa para os analistas políticos, que veem essa ação como parte de uma estratégia mais ampla de contestação política. A Sputnik Brasil aponta que o ex-presidente enxerga o ato como um caminho para pressionar as instituições internacionais a atuarem de forma mais incisiva na Bolívia. Entretanto, o governo atual considera que os esforços de Morales para mobilizar apoio internacional não passam de uma tentativa de desestabilizar a administração e promover sua agenda pessoal.

Este movimento ocorre em um momento crítico para a Bolívia, em que disputas ideológicas e lutas de poder ameaçam gerar consequências severas para a sociedade. A greve de fome de Morales, que agora se configura como um novo capítulo na saga política boliviana, suscita discussões sobre a legitimidade das instituições e sobre os desafios que o país enfrenta em seu processo democrático.

A posição de Evo Morales é vista como um reflexo das profundas divisões sociais e políticas no país, e sua busca por apoio internacional pode gerar uma nova dinâmica nas relações diplomáticas da Bolívia.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik Brasil

Consórcio integrado por ex-secretário de Paulo Guedes vence leilão de loterias em São Paulo

Com oferta de R$ 600 milhões, grupo liderado por Alexandre Manoel Angelo da Silva assume concessão de loterias estaduais

Consórcio Aposta Vencedora (Foto: Cauê Diniz / B3)

O Consórcio Aposta Vencedora (SAV) venceu, nesta sexta-feira (1º), a concorrência para a concessão dos serviços de loterias do Estado de São Paulo, em leilão realizado na sede da B3, em São Paulo. Com um ágio de 130,15% sobre o valor mínimo do edital, o consórcio ofereceu R$ 600 milhões e superou o Consórcio SP Loterias, que apresentou R$ 526,5 milhões. Liderado por Alexandre Manoel Angelo da Silva, ex-secretário de Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia na gestão Paulo Guedes, o grupo celebrou a vitória. “Queria agradecer ao nosso Deus, ao Deus de Abrahão, Isaac, Jacó, nesta terra que já teve tantos santos... Finalmente veio um edital com integridade e transparência”, declarou Da Silva, segundo reportagem do Valor.

O consórcio, composto pela SAV Participações e pela AX4B Sistemas de Informática, tem também a participação de investidores brasileiros não identificados. Além de Da Silva, integram o grupo o português Fernando Eduardo Cabral Paes de Sousa Afonso, que assumirá a presidência da concessionária, Guilherme Vilazante Castro e Isadora Vilas Boas Leite. Antônio Cesar Felix de Sousa, acionista da AX4B, afirmou que a vitória foi inesperada: “Fomos surpreendidos; imaginávamos que nosso lance não seria superado, mas já tínhamos um plano com possíveis investidores”, relatou.

Rafael Benini, secretário de Parcerias e Investimentos do Estado de São Paulo, ressaltou que o contrato conta com certificações internacionais para garantir integridade e compliance, incluindo medidas contra a lavagem de dinheiro. Edgard Benozatti Neto, presidente da Companhia Paulista de Parcerias, detalhou que a concessionária deverá cumprir três certificações — a ISO, WLI e GLI — e que a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e certificadoras internacionais monitorarão a execução do contrato.

A concessão tem duração de 15 anos e exige investimentos de R$ 333 milhões. Entre as obrigações estão a criação de 31 pontos físicos exclusivos de venda, além de 11 mil pontos de venda adicionais distribuídos pelo estado, e o desenvolvimento de plataformas digitais. Com flexibilidade para definir estratégias comerciais, o grupo pretende diversificar os produtos lotéricos. “Queremos oferecer produtos atrativos para vários públicos e segmentos”, afirmou Fernando Afonso, que destacou o potencial do mercado nacional: “As loterias federais arrecadam cerca de R$ 21 bilhões anuais, valor considerado baixo para um país com 220 milhões de habitantes”.

O governador Tarcísio de Freitas anunciou que a outorga inicial de R$ 600 milhões será destinada à construção de dois hospitais em regiões carentes de São Paulo: Itapetininga e Birigui. “Essa outorga já tem destino: vamos construir novos hospitais que beneficiarão 13 municípios”, declarou Freitas, acrescentando que as obras serão contratadas até o final do ano. A concessão também prevê arrecadação de outorgas variáveis ao longo do contrato, estimadas em R$ 3,4 bilhões, que igualmente financiarão projetos de saúde pública.

Fonte: Brasil 247

Ministros de Lula acreditam em candidatura 'natimorta' de Bolsonaro em 2026

Para integrantes da Esplanada dos Ministérios, Jair Bolsonaro levará a disputa até o fim, mesmo inelegível

Jair Bolsonaro dando carona a Tarcísio de Freitas (Foto: Anderson Riedel/Divulgação)

Ministros do governo Lula (PT) têm dúvidas sobre o caminho político que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tomará nas eleições presidenciais de 2026. De acordo com a análise de integrantes do Palácio do Planalto, a tendência é que o governador opte por buscar a reeleição, em vez de se arriscar numa disputa presidencial, relata Bela Megale, do jornal O Globo.

A percepção dos governistas é de que Tarcísio está reticente em enfrentar uma corrida ao Planalto diante da figura dominante de Jair Bolsonaro (PL), que continua a lançar sinais de que deseja encabeçar a chapa da direita em 2026, mesmo inelegível.

Na avaliação dos aliados de Lula, Bolsonaro demonstra disposição em manter a corrida aberta até o último minuto, estratégia semelhante à adotada em 2018, quando o PT oficializou a candidatura de Fernando Haddad apenas às vésperas do primeiro turno, em substituição a Lula. A perspectiva de uma possível candidatura de Bolsonaro parece colocar Tarcísio em uma posição delicada, já que ele hesitaria em aceitar o papel de "vice de última hora" e arriscar seu próprio capital político. Além disso, interlocutores governistas consideram que o governador paulista só agiria em direção à Presidência com o apoio incondicional de Bolsonaro, temendo que uma ação independente pudesse rotulá-lo como "traidor" entre apoiadores do ex-mandatário.

Em entrevista recente à Veja, Bolsonaro reafirmou sua pretensão de liderar a direita, mesmo diante dos desafios jurídicos que enfrentará até lá. “Falam em vários nomes, Tarcísio, Caiado, Zema… O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu,” declarou. A fala de Bolsonaro evidencia a visão centralizadora que ele possui sobre a sucessão e demonstra sua disposição em manter-se como o principal nome da oposição, relegando outras lideranças da direita a papéis secundários.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PT fará conferência em dezembro para discutir os rumos da legenda

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é uma das vozes mais firmes contra a ideia de uma guinada para o centro
Luiz Inácio Lula da Silva e Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)

Em dezembro, o Partido dos Trabalhadores (PT) realizará uma conferência para reavaliar seu papel e seus caminhos diante das transformações políticas, sociais e econômicas que o Brasil tem enfrentado nas últimas décadas. Conforme noticiado por Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a iniciativa surgiu antes mesmo do segundo turno das eleições municipais deste ano, mas os resultados insatisfatórios das urnas intensificaram a necessidade de um debate interno sobre a identidade e a direção da legenda.

Em 2025, o PT deverá escolher sua nova liderança, e a expectativa é que essa conferência desempenhe um papel importante na definição dos rumos que a legenda seguirá. Dividido entre manter-se fiel às suas bases tradicionais e a possibilidade de adotar um posicionamento mais ao centro para atrair novos eleitores, o partido se vê em um momento decisivo. Entre as principais questões em pauta, está a abordagem de temas contemporâneos sem perder o compromisso com os valores históricos que definem a legenda.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é uma das vozes mais firmes contra a ideia de uma guinada para o centro. Para ela, o PT deve manter sua essência e não ceder a pressões para mudar de identidade em busca de votos. “É essencial discutir o papel do PT em um contexto novo de trabalho, de comunicação digital, mas sem abandonar os valores e as bandeiras que sempre nos definiram,” afirma Gleisi, que ressalta a importância de temas como igualdade de gênero e inclusão social na pauta da legenda. Ela reage com firmeza às críticas de que o PT teria um enfoque "identitário" demais, insistindo que questões como a igualdade para as mulheres, maioria da população brasileira, são centrais para qualquer projeto político que se proponha a transformar o país. "Dizem que o PT está identitário. Mas a questão da mulher é identitária? As mulheres são a maioria do país, e é preciso defender seus direitos”, destacou.

Gleisi ainda rebateu críticas que sugerem uma aproximação do partido com uma visão conservadora sobre o papel da mulher, como foi manifestado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em declarações recentes. “Vamos agora fazer como a Michelle Bolsonaro?”, ironizou Gleisi, ao criticar a ideia de uma política centrada em um "maridão machão e gestor" enquanto a mulher assume um papel restrito ao social. "Não é essa a nossa pegada", reforçou, defendendo que o PT mantenha uma agenda de luta pela equidade e inclusão.

A conferência contará com a presença de nomes respeitados do meio acadêmico e intelectual, como José Luís Fiori, Sebastião Velasco, Marcio Pochmann, André Singer, Margarida Salomão, Renato Meireles e Renato Janine Ribeiro, que contribuirão para debates sobre temas como as mudanças na economia e o impacto das novas tecnologias na sociedade. Essas discussões serão fundamentais para que o PT avalie os caminhos que pretende seguir e os valores que quer preservar para enfrentar os próximos desafios.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

WhatsApp deixará de funcionar em diversos celulares; veja se o seu está na lista

Atualizações de segurança e compatibilidade exigem que aparelhos tenham sistemas operacionais recentes para suportar o app

Logomarca do Whatsapp (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

O WhatsApp, aplicativo de mensagens da Meta, passará a exigir, a partir deste mês, sistemas operacionais mais recentes para que continue funcionando corretamente em smartphones, informa o jornal O Globo. Segundo informações divulgadas pela Central de Ajuda do WhatsApp, aparelhos com Android inferior à versão 5.0, iOS anterior ao 12, ou com sistema KaiOS abaixo de 2.5.0, podem deixar de suportar o aplicativo.

Para garantir a segurança e manter a funcionalidade dos recursos atualizados, o WhatsApp adapta suas configurações periodicamente, o que implica que aparelhos mais antigos, que não suportam essas atualizações, perdem a compatibilidade. A cada ciclo de melhorias, a lista de dispositivos compatíveis com o app é revisada, e aparelhos que não atendem aos novos requisitos são excluídos, obrigando os usuários a buscar alternativas, como a troca de aparelho ou atualização do sistema, caso disponível.

Quais dispositivos serão afetados? - Entre os smartphones que deixarão de ter suporte ao WhatsApp, destacam-se modelos de diversas marcas como Samsung, LG, Huawei, Apple, Sony e Motorola. Abaixo, estão listados alguns dos dispositivos que não receberão mais suporte:

● Samsung: Galaxy Core, Galaxy Trend Lite, Galaxy Ace 2, Galaxy S3 mini, Galaxy Trend II.
● LG: Optimus L3 II Dual, Optimus F5, Optimus L7 II, entre outros da linha Optimus.
● Huawei: Ascend Mate, Ascend G740, Ascend D2.
● Apple: iPhone 6S, iPhone SE, iPhone 6S Plus.
● Sony: Xperia M.
● Outros: Lenovo A820, ZTE V956, entre outros.

A empresa recomenda aos usuários que mantenham o sistema operacional atualizado para não perder o acesso ao aplicativo e sua segurança. Caso o dispositivo não seja mais compatível com as versões exigidas pelo WhatsApp, a melhor solução, segundo especialistas, é considerar a troca por um aparelho mais atual.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bens de capital impulsionam crescimento da produção industrial em setembro

Com alta de 1,1% no mês, produção industrial brasileira acumula avanço de 3,1% no ano, destacando-se máquinas, equipamentos e derivados de petróleo

Indústria, Geraldo Alckmin (gravata azul) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR)

 A produção industrial brasileira registrou crescimento de 1,1% entre agosto e setembro, somando-se ao resultado positivo de 0,2% do mês anterior. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (1) pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Brasil) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor acumula uma alta de 3,1% em 2024, com uma expansão de 2,6% nos últimos 12 meses.

André Macedo, gerente da PIM-Brasil, destacou que o desempenho positivo recente da indústria é significativo, pois compensa a perda de ritmo observada em julho, quando o setor registrou recuo de 1,3%. "O patamar da produção industrial em setembro de 2024 supera o de dezembro de 2023 em 2,9%, mostrando uma trajetória ascendente e de maior dinamismo em comparação a 2023", afirmou Macedo. Ele atribui esse dinamismo ao aumento da empregabilidade, redução da taxa de desemprego, elevação da massa salarial e à melhoria das condições de crédito, com queda na inadimplência e taxas de juros mais baixas.

◆ Bens de capital puxam crescimento

Entre as grandes categorias econômicas, o setor de bens de capital foi o destaque, com alta de 4,2% em setembro, revertendo parte das perdas de 4,6% registradas no mês anterior. Esse aumento indica um ambiente de maior investimento industrial, já que bens de capital incluem maquinários e equipamentos essenciais para a produção. No acumulado de 2024, diversos segmentos voltados ao setor produtivo também mostram desempenho positivo, como equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (17,9%) e metalurgia (6,7%).

◆ Derivados de petróleo e bens de consumo

Outros setores também contribuíram para o crescimento da produção em setembro, com destaque para o segmento de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, que cresceu 4,3% após dois meses de recuo. "Atividades como essa vinham de uma base de comparação baixa, devido a quedas anteriores. No entanto, produtos como óleo diesel e gasolina ajudaram a impulsionar o resultado deste mês", completou Macedo.

Setores de bens intermediários e de bens de consumo semi e não duráveis também apresentaram altas em setembro, com 1,2% e 0,6%, respectivamente, acumulando avanços de 1,6% e 1,1% ao longo dos últimos dois meses. A categoria de bens de consumo duráveis, no entanto, recuou 2,7%, após perda semelhante em agosto, totalizando uma queda de 5,4% no período.

◆ Comparação anual e desempenho interanual

Na comparação com setembro de 2023, a produção industrial brasileira avançou 3,4%, com resultados positivos em diversas áreas. O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias foi um dos principais impulsionadores, registrando crescimento de 19,5% devido ao aumento na fabricação de autopeças, caminhões e ônibus. "A produção da indústria neste ano está claramente em um patamar superior ao de 2023, ainda que este crescimento ocorra sobre uma base mais baixa", afirmou Macedo.

◆ Reforma na pesquisa industrial

A PIM-Brasil, que desde os anos 1970 acompanha a produção industrial brasileira, passou por uma atualização metodológica em 2023. Essa reformulação incluiu a atualização da amostra e dos produtos analisados, além da inclusão de novas unidades federativas na pesquisa regional, buscando acompanhar as mudanças econômicas da sociedade.

A próxima divulgação da PIM-Brasil, referente ao mês de outubro, ocorrerá em 4 de dezembro, permitindo acompanhar a evolução do setor industrial em um contexto de recuperação e expansão.

Fonte: Brasil 247

Itamaraty cita “tom ofensivo” em manifestações de venezuelanos

Em nota, governo brasileiro se diz surpreso com ataques pessoais

Chanceler Mauro Vieira (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

Agência Brasil – Em meio à escalada de tensões diplomáticas por parte do governo da Venezuela nos últimos dias, o Palácio do Itamaraty afirmou nesta sexta-feira (1º), em nota, que constata "com surpresa o tom ofensivo adotado por manifestações de autoridades venezuelanas em relação ao Brasil e seus símbolos nacionais".

A nota da chancelaria brasileira foi divulgada dois dias após a Venezuela convocar o seu embaixador no Brasil para consultas como manifestação de repúdio a declarações feitas por porta-vozes brasileiros, citando especificamente o assessor especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim. Além do embaixador venezuelano no Brasil, o governo bolivariano convocou o Encarregado de Negócios do Brasil em Caracas para manifestar um repúdio oficial.

A Venezuela, incluindo o próprio presidente Nicolás Maduro, acusa o Brasil de ter vetado o ingresso do país no grupo do Brics, durante a cúpula da organização, na semana passada, em Kazan, na Rússia.

"A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo. O Brasil sempre teve muito apreço ao princípio da não-intervenção e respeita plenamente a soberania de cada país e em especial a de seus vizinhos", diz a nota.

Ainda de acordo com a manifestação do Itamaraty, "o interesse do governo brasileiro sobre o processo eleitoral venezuelano decorre, entre outros fatores, da condição de testemunha dos Acordos de Barbados, para o qual foi convidado, assim como para o acompanhamento do pleito de 28 de julho", argumenta. "O governo brasileiro segue convicto de que parcerias devem ser baseadas no diálogo franco, no respeito às diferenças e no entendimento mútuo", finaliza a nota.

Na terça-feira (29), Celso Amorim participou de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, e negou que o Brasil tenha vetado a entrada da Venezuela no grupo do Brics. O assessor de Lula admitiu um "mal-estar" entre os dois países por conta do processo eleitoral que deu mais um mandato para Nicolás Maduro, mas que é questionado por parte da comunidade internacional pela falta de transparência sobre as atas de votação, procedimento que estava pactuado por acordos anteriores entre os grupos políticos do país, em mediação que contou com a participação do governo brasileiro, como o Acordos de Barbados, mencionado na nota do Itamaraty. Na ocasião, segundo Amorim, a decisão pelo não entrada no Brics se deu por consenso entre os países fundadores do bloco - Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

Maduro já tinha abordado o assunto durante seu programa televisivo transmitido pela TV estatal. Na declaração, o presidente venezuelano disse que o ministro [das Relações Exteriores] Mauro Vieira, que representou Lula na Cúpula do Brics, prometeu, durante as negociações que ocorreram na Rússia, que não impediria a entrada dos venezuelanos. De acordo com Maduro, que foi à cúpula, os dois se encontraram ao final do evento e o venezuelano teria questionado o veto brasileiro. Segundo o mandatário, o chanceler brasileiro reafirmou que não vetou a Venezuela.

O presidente venezuelano também fez duras críticas ao Itamaraty, dizendo que a pasta tem histórico de vinculação ao Departamento de Estado dos Estados Unidos. Maduro disse ainda que o responsável pelo suposto veto ao país foi o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty e principal negociador do Brasil no Brics, Eduardo Saboia.


Em outra manifestação, a Polícia Nacional Bolivariana postou, em rede social oficial, uma montagem em que uma imagem de Lula, com o rosto borrado e bandeira brasileira ao fundo, está estampada pela frase "El que que se meta con Venezuela se seca", que em tradução livre do idioma espanhol seria algo como "Quem se mete com a Venezuela se ferra". A postagem, que ficou no ar até esta sexta-feira, foi apagada após a nota oficial do Itamaraty.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Nenhuma aposta acerta a Mega-Sena e prêmio vai a R$ 127 milhões

Números sorteados foram: 16 – 22 – 33 - 34 – 49 – 59

(Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Agência Brasil – As seis dezenas do concurso 2.792 foram sorteadas na noite desta sexta-feira (1º) no Espaço da Sorte, em São Paulo. O prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 127 milhões.

Os números sorteados são os seguintes: 16 – 22 – 33 - 34 – 49 – 59.

A quina teve 119 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 68.004,21. Já a quadra registrou 10.706 ganhadores, com prêmio de R$ 1.079,83 para cada.

O concurso 2.793 será realizado na terça-feira (5). As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Democratas se preparam para reação rápida caso Trump declare vitória prematuramente

Campanha de Kamala Harris prepara estratégias para combater uma possível tentativa de manipulação da opinião pública por Donald Trump

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters)

Reuters – Democratas estão prontos para uma resposta imediata, caso o candidato republicano Donald Trump tente declarar vitória antes da conclusão da contagem de votos, informaram membros da campanha de Kamala Harris e do Partido Democrata à Reuters. A estratégia inclui uma mobilização intensa nas redes sociais e nos principais meios de comunicação, com apelos à calma e paciência em relação à contagem dos votos. Em entrevista recente à ABC, Harris destacou a importância de se garantir que todos os votos sejam contados antes de qualquer declaração oficial de vitória: “Estamos prontos caso ele tente manipular a imprensa e a opinião pública”, afirmou.

A previsão de que Trump, em uma eleição acirrada com Harris, possa reivindicar prematuramente a vitória ecoa o que ocorreu em 2020, quando o ex-presidente se autodeclarou vencedor antes do anúncio oficial das redes de televisão. A campanha de Harris espera que, caso o republicano tente repetir essa estratégia, a resposta seja rápida e contundente, ocupando as plataformas de comunicação com “a verdade” e utilizando uma ampla rede de influenciadores para contrapor as alegações.

Um alto oficial do Comitê Nacional Democrata reforçou a intenção de agir rapidamente: “Assim que ele declarar vitória falsamente, estaremos prontos para ir à televisão e fornecer os fatos.” Outro oficial da campanha de Harris disse a jornalistas que espera que Trump faça uma declaração antecipada na noite da eleição, antes que a apuração esteja concluída. “Ele fez isso antes e falhou. Se fizer de novo, falhará”, afirmou o oficial.

A campanha republicana, embora não tenha confirmado a intenção de Trump de declarar vitória antecipada, afirmou que o candidato lutará por todos os votos até o fechamento das urnas. Aliados de Trump, como Steve Bannon, defenderam que ele rapidamente se autodeclare vencedor, argumentando que a postura assertiva faz parte de uma estratégia de contestação de resultados.

A consolidação do controle de Trump sobre o Partido Republicano desde 2020 pode resultar em um apoio mais amplo de conservadores influentes às suas possíveis alegações. Segundo o estrategista republicano Chip Felkel, crítico de Trump, “não há evidências de que os líderes do partido resistirão a ele”. Para Felkel e outros analistas, a coesão republicana em torno de Trump aumenta o potencial de contestação, caso a eleição não se encaminhe favoravelmente.

A declaração de vitória antecipada por Trump, caso ocorra, poderia gerar divisões mais profundas entre os partidos e intensificar a mobilização em ambos os lados, com a campanha de Harris insistindo que todas as cédulas sejam respeitadas, independentemente do tempo necessário para a contagem final.

Haddad: "Brasil é hoje o segundo país que mais recebe investimentos estrangeiros"

Ministro da Fazenda celebrou resultado na cerimônia de lançamento da rede de televisão CNBC no Brasil

Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o fato de o Brasil ser o segundo país que recebe mais investimentos estrangeiros no mundo, ao participar do lançamento oficial da rede de televisão CNBC em São Paulo na noite desta sexta-feira.

"O Brasil é o segundo país de destino de investimentos estrangeiros no mundo, e é bom saber que uma empresa com esta qualidade (CNBC) escolheu o Brasil finalmente para investir na qualidade de seus profissionais e na qualidade das notícias e reportagens que vai veicular", comentou Haddad durante o evento.

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou que o Brasil foi o segundo principal destino de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) em 2023.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), pelos dados da OCDE entraram no Brasil 64 bilhões de dólares em investimentos no ano passado, um montante inferior apenas aos 341 bilhões de dólares registrados pelos Estados Unidos.

Em rápido discurso, o ministro parabenizou nesta sexta-feira a chegada ao Brasil da CNBC -- um dos principais canais de notícias econômicas do mundo. Em sua fala ele não tratou de assuntos que têm permeado o noticiário econômico nas últimas semanas, como as negociações dentro do governo para o anúncio de medidas de contenção de gastos.

Também participaram do evento o vice-presidente Geraldo Alckmin, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, entre outras autoridades.

Na próxima semana Haddad estará em viagem à Europa.

A CNBC entrará no ar no Brasil no dia 17 de novembro, às 20h.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Pré-sal bate recorde de produção de petróleo e gás natural em setembro, diz ANP

Também foi registrado recorde na participação do pré-sal na produção nacional

Plataforma de petróleo (Foto: Agência Petrobrás)

 A produção de petróleo e gás natural no Pré-Sal foi de 3,681 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em setembro de 2024, o maior volume já registrado. Esse total representou um aumento de 6,3% em relação ao mês anterior e de 2,4% comparado a setembro de 2023. Os números foram divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Também foi registrado um recorde na participação do Pré-Sal na produção nacional, que chegou a 81,2% do total.

Segundo as estatísticas, a produção nacional de petróleo totalizou 3,470 milhões de barris por dia (bbl/d), um aumento de 3,9% em comparação ao mês anterior e uma redução de 5,5% em relação ao mesmo mês de 2023.

A produção de gás natural foi de 169,92 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia), estabelecendo outro recorde. Esse volume representou um aumento de 6,4% em comparação a agosto de 2024 e de 7,6% em relação a setembro de 2023.

De acordo com os dados, os campos marítimos foram responsáveis por 97,6% da produção de petróleo e 83,6% da produção de gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, responderam por 90,54% do total produzido. A produção teve origem em 6.428 poços, dos quais 495 são marítimos e 5.933 terrestres.

Fonte: Brasil 247