quinta-feira, 31 de outubro de 2024

“O governador Tarcísio sabia do alcance de suas palavras. Foi uma manobra calculada”, diz Walber Agra

Advogado que defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro fala sobre crime eleitoral de Tarcísio de Freitas

(Foto: Divulgação | Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)

 Durante as eleições municipais de 2024 em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez uma declaração polêmica, associando o Primeiro Comando da Capital (PCC) ao candidato à Prefeitura, Guilherme Boulos (PSOL). A fala de Tarcísio, realizada durante uma coletiva de imprensa no dia da eleição, lançou dúvidas sobre a imparcialidade do processo eleitoral e gerou uma reação imediata tanto no meio jurídico quanto no campo político. Segundo as informações do Brasil 247, essa acusação rapidamente se espalhou pelas redes sociais, intensificando o impacto sobre os eleitores indecisos.

O governador afirmou ter "informações" de que o PCC estaria incentivando seus membros a votarem em Boulos, sem apresentar provas. A viralização das declarações aconteceu antes que muitos eleitores fossem às urnas, levantando a suspeita de que essa manobra possa ter influenciado os resultados. A equipe de Boulos entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusando Tarcísio de abuso de poder político e desinformação.

◆ O papel de Marçal e a legitimidade conferida por Boulos

Esse episódio não é o único que envolveu ataques a Boulos ao longo da campanha. Marçal, um candidato alinhado à extrema direita, fez vários ataques difamatórios contra o político do PSOL durante o período eleitoral. Marçal chegou a espalhar informações falsas, afirmando que Boulos era dependente químico e apresentando um atestado médico falsificado, visando desestabilizar a imagem do candidato.

O episódio se agravou quando Guilherme Boulos participou de uma live ao lado de Marçal, legitimando indiretamente sua presença na corrida eleitoral. Apesar da tentativa de dialogar e se contrapor às ideias de Marçal, a decisão de Boulos foi vista por muitos como um erro estratégico, pois acabou dando visibilidade a um personagem que espalhava fake news. Walber Agra, advogado e especialista em direito eleitoral, comentou o caso em entrevista na TV 247: "Foi um momento crucial que fragilizou a campanha de Boulos. Ao legitimar a presença de Marçal, ele abriu espaço para que mais ataques e desinformação ganhassem força, mesmo que a intenção fosse se defender".

A legitimidade conferida a Marçal, tanto pelo debate público quanto pela presença nas redes sociais, criou um cenário fértil para que informações falsas circulassem. Nesse contexto, a fala de Tarcísio sobre a suposta conexão entre o PCC e Boulos foi um golpe ainda mais forte. A velocidade com que essas declarações se espalharam e o envolvimento de figuras como Marçal aprofundaram a crise de desinformação nas eleições de São Paulo.

◆ Precedentes jurídicos e possíveis consequências

Walber Agra explicou que esse caso remete a precedentes recentes da política brasileira, como o episódio que resultou na inelegibilidade de Jair Bolsonaro, após a famosa live com embaixadores. "Temos dois crimes bem configurados aqui: desordem informacional e abuso de poder político", destacou Agra. Ele acredita que, dada a gravidade das acusações feitas no dia da eleição, a possibilidade de inelegibilidade de Tarcísio por até oito anos é real. "Acredito que, além da ação penal, o mais indicado seria uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que pode resultar na inelegibilidade não só do governador, mas também do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi o principal beneficiado", afirmou.

Agra também chamou a atenção para o papel das redes sociais na amplificação da desinformação, especialmente em contextos eleitorais. “O governador sabia do alcance de suas palavras e da forma como isso poderia influenciar eleitores indecisos. Foi uma manobra calculada, que utilizou as redes sociais para disseminar a desinformação de maneira viral”, comentou o advogado.

◆ Desinformação e consequências políticas

A campanha de Boulos, que se baseou fortemente em sua presença nas periferias e na defesa de políticas públicas progressistas, foi alvo constante de ataques infundados. Os episódios envolvendo Marçal e Tarcísio mostraram como a desinformação e o uso estratégico das redes sociais podem afetar profundamente uma eleição. O impacto dessas mentiras foi amplificado por grupos bolsonaristas que, de forma coordenada, atacaram Boulos em diversos canais.

Em resposta às ações de Tarcísio e Marçal, Boulos afirmou em entrevista que as acusações de ligação com o PCC eram "desesperadas" e que a estratégia da extrema direita estava calcada na "desmoralização de quem luta pelo povo". No entanto, a decisão de aparecer ao lado de Marçal em uma tentativa de debater acabou sendo vista como um erro por parte de seus apoiadores mais próximos. A equipe jurídica de Boulos agora busca que a justiça eleitoral responsabilize Tarcísio e Nunes, enquanto Marçal segue impune por suas difamações.

◆ Um precedente para 2026?

O caso envolvendo Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes e Marçal pode ser um divisor de águas no que diz respeito à judicialização das eleições no Brasil. Se a ação for bem-sucedida, poderá estabelecer um precedente importante para as eleições presidenciais de 2026, onde a desinformação e o abuso de poder tendem a ser novamente elementos centrais. Com a possibilidade de inelegibilidade de Tarcísio e as crescentes denúncias sobre o uso de fake news por candidatos de extrema direita, o cenário político de São Paulo e do Brasil segue em uma direção de maior fiscalização e responsabilidade sobre a conduta de seus líderes.

Assista:

Fonte: Brasil 247

Elmar pede tempo para anunciar desistência após União Brasil sinalizar apoio a Hugo Motta

Apesar do pedido de tempo, dirigentes da sigla afirmaram que o apoio a Motta será anunciado nos próximos dias

Elmar Nascimento (Foto: Agência Câmara)

 Após a cúpula do União Brasil sinalizar apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa pela presidência da Câmara, o líder do partido na Casa, Elmar Nascimento (BA), pediu ao partido um tempo para oficializar a desistência da candidatura, conforme relatado pelo blog de Igor Gadelha, no portal Metrópoles.

Durante reunião realizada nesta quinta-feira (31), Elmar solicitou que a legenda aguarde até a próxima semana para que ele possa formalizar a retirada de candidatura e anunciar apoio a Motta. Em coletiva após o encontro, o parlamentar argumentou que ainda não conversou com os partidos que haviam declarado apoio a ele.

Além disso, o deputado afirmou que pretende se reunir com Hugo Motta e Antonio Brito (PSD-BA), outro candidato na disputa, antes de comunicar o posicionamento final.

Apesar do pedido de tempo, dirigentes do União Brasil afirmaram que o apoio a Motta será anunciado nos próximos dias.

Como contrapartida ao apoio, o União Brasil deverá receber a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a segunda vice-presidência da Câmara. A legenda também negocia com o governo federal uma possível nomeação de Elmar para um ministério.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Tarcísio cometeu crime eleitoral no 2º turno: "Abuso de poder político", aponta jurista

Declarações do jurista Arnóbio Rocha destacam gravidade das acusações de Tarcísio de Freitas contra Boulos e possibilidade de perda de mandato

(Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP | Alesp)

 Em uma participação na TV 247, o jurista Arnóbio Rocha afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, cometeu um crime eleitoral ao utilizar sua posição para fazer graves acusações, sem provas, contra o candidato à prefeitura Guilherme Boulos. Segundo Rocha, a conduta do governador configurou "abuso de poder político" e interferiu diretamente no processo eleitoral em pleno 2º turno. "Ele fez uma acusação gravíssima, sem provas, numa coletiva, usando do seu cargo de governador. Isso é um ato claro de interferência no processo eleitoral", enfatizou o jurista.

Durante o programa, Arnóbio Rocha comparou a situação ao caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado à inelegibilidade por oito anos após ter utilizado seu cargo em 2022 para questionar a integridade das urnas eleitorais diante de embaixadores estrangeiros. Para Rocha, a situação de Tarcísio é semelhante: "O que pode acontecer com Tarcísio é muito similar ao que aconteceu com Bolsonaro. Usar a máquina pública para alegações infundadas e sem provas é uma interferência inaceitável e com consequências legais graves."

Rocha pontuou que o grupo jurídico Prerrogativas, do qual faz parte, apresentou ao Ministério Público Eleitoral uma representação que aponta dois crimes: abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele detalha que a conduta de Tarcísio, ao sugerir que o Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria interferindo no resultado das eleições em favor de Boulos, “rompe com o caráter democrático da eleição”, acrescentando que tais declarações, sem embasamento, geram um clima de medo e insegurança entre os eleitores. “No dia em que as pessoas estão indo às urnas, o governador afirma que uma facção criminosa apoia o adversário. É uma interferência eleitoral absurda e inaceitável”, disse Rocha.

O jurista ainda destacou o uso das palavras de Tarcísio para conferir legitimidade ao PCC, algo incomum para um governante e que ele vê como uma ameaça velada ao processo eleitoral. Rocha alerta para a gravidade de dar publicidade à sigla em plena campanha: "Quase nenhum governador, até então, se referiu ao PCC por sigla, e Tarcísio fez isso, dando um status de organização de grande porte a essa facção criminosa, o que acaba prejudicando o pleito e, pior, intimidando o eleitor.”

Além da representação feita pelo Prerrogativas, a campanha de Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), buscando responsabilizar Tarcísio pela suposta interferência indevida. De acordo com Rocha, "uma das condutas mais danosas no Código Eleitoral é a ameaça, direta ou indireta, que visa constranger o eleitor a votar de determinada forma, algo que, segundo ele, está subentendido nas falas do governador".

Para finalizar, Rocha defendeu que o episódio não passe despercebido: “É importante que essas questões sejam investigadas para que a justiça eleitoral não permita que tais abusos sejam normalizados. Isso que ocorreu é inédito e sem precedentes no Brasil.”

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Greve de transportes paralisa Argentina, impacta um milhão e envia recado a Milei

Para Alejandro Bodart, dirigente nacional do Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), a paralisaçnao foi um golpe para o governo

Estação de trem em Buenos Aires em meio a greve, 30/10/2024 (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

Uma grande greve atingiu a Argentina, em protesto contra as medidas ultraneoliberais do governo de extrema-direita. Além dos principais sindicatos ferroviários, aderiram à medida os setores de transporte fluvial, aeronáutico, taxistas, metrô e caminhoneiros, o que também impactou o transporte de mercadorias, segundo a agência RFI.

No país, trens de carga e passageiros não circularam nesta quarta-feira. Na capital, Buenos Aires, não houve acesso ao metrô, e os ônibus, com tarifas mais caras, não conseguiam atender à demanda. Também não houve navegação de barcos, e os caminhões ficaram parados.

Para Alejandro Bodart, dirigente nacional do Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), isso foi um golpe para o governo. “A greve foi muito forte em todos os sindicatos que aderiram, e muitos movimentos sociais se uniram, provocando cerca de 500 bloqueios nas estradas. Foi uma greve forte porque os sindicatos de transporte praticamente paralisam a atividade econômica”, afirmou.

Mais de um milhão de passageiros foram afetados nesta quarta-feira pela greve, que não incluiu o sindicato dos ônibus, em protesto contra o ajuste fiscal, o aumento da pobreza e a tentativa de privatizar a estatal Aerolíneas Argentinas.

Fonte: Brasil 247 com agência RFI

AGU: propor anistia a condenados do 8 de janeiro é inconstitucional


"Temos é que falar em punição dos golpistas", disse Jorge Messias

Jorge Messias (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Agência Brasil - O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse que é inconstitucional qualquer projeto de lei que proponha a concessão de anistia às pessoas condenadas judicialmente por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

“Na minha leitura, como jurista, isso é inconstitucional. Não se pode dar anistia a praticantes de crimes que tentem abolir o Estado de Direito, a democracia”, afirmou o ministro ao participar, nesta quinta-feira (30), do programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov e transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Segundo Messias, a AGU foi a primeira instituição governamental a pedir a prisão dos envolvidos na depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Justamente, por entender que o que houve foi uma “grave tentativa golpista”.

“Essas pessoas não foram [à Praça dos Três Poderes, em Brasilia] brincar. Elas não foram levar a família para passear. Foram tentar dar um golpe de Estado”, acrescentou o ministro ao questionar a postura de quem defende a anistia.

“Falar em anistia, neste momento, é uma agressão à população brasileira. Temos que falar é em punição dos golpistas. E não só [punição] criminalmente, como também pelos danos que eles causaram”, declarou Messias, explicando que a AGU já pediu à Justiça Federal que determine o bloqueio de ao menos R$ 100 milhões em bens de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro a fim de garantir o ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.

“Além de cumprirem pena na cadeia, [os envolvidos] têm que pagar cada obra que quebraram, cada cadeira, cada lâmpada. Quero perguntar a todas as pessoas envolvidas nessa discussão [sobre uma eventual anistia aos condenados] o que elas viram [em Brasília] no dia seguinte? Como elas encontraram a Câmara dos Deputados, o Senado, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal? Acho que a sociedade espera uma outra perspectiva de todos nós, agentes públicos”, finalizou o ministro.

Na última terça-feira (29), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) anunciou a criação de uma comissão especial para analisar o Projeto de Lei nº 2.858/22 , que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.O PL propõe que os condenados pelos atos golpistas sejam perdoados, incluindo os financiadores, incentivadores e organizadores. Para especialistas em direito ouvidos pela Agência Brasil, embora a Constituição não vete textualmente a iniciativa, há elementos constitucionais que, por coerência à lei, inviabilizam a anistia.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

'The Economist' apoia Kamala Harris e alerta para riscos 'inaceitáveis' com a volta de Trump à presidência dos EUA

Publicação britânica critica postura de eleitores "complacentes" e reforça perigos de uma eventual eleição de Trump

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters/Umit Bektas/Elizabeth Frantz)

A poucos dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro, o jornal britânico The Economist anunciou apoio à candidatura da democrata Kamala Harris, destacando os “riscos inaceitáveis” que uma reeleição de Donald Trump representaria para a democracia americana e a estabilidade internacional, relata o g1. Segundo a publicação, eleitores americanos que minimizam as possíveis consequências da volta de Trump ao poder adotam uma postura “perigosamente complacente” frente às ameaças que a situação apresenta para a economia, o Estado de direito e a paz mundial.

Em um editorial enfático, The Economist argumenta que Trump, ao assumir o papel de "líder do mundo livre", estaria colocando os Estados Unidos em uma rota de instabilidade. "Os Estados Unidos podem, sim, passar mais quatro anos com Trump, como passaram por outras presidências de homens falhos de ambos os partidos. O país pode até prosperar. Mas eleitores que afirmam ser pragmáticos estão ignorando o risco extremo de uma presidência de Trump", reforçou o editorial. Para o jornal, a probabilidade de uma crise de grandes proporções sob sua liderança é incerta, mas os riscos, mesmo não quantificáveis, seriam altos demais para serem ignorados.

A publicação britânica se une a outros veículos influentes que também manifestaram apoio a Kamala Harris. Em setembro, o The New York Times publicou um editorial declarando apoio à democrata, enquanto o Washington Post, de propriedade de Jeff Bezos, optou pela neutralidade, recusando-se a endossar qualquer um dos candidatos.

A retórica de Trump nos comícios, marcada por discursos inflamados e acusações de fraudes eleitorais, preocupa a mídia e a sociedade civil. Recentemente, o republicano afirmou que as eleições estão sendo manipuladas “em uma escala nunca vista” e sugeriu que poderia não reconhecer uma possível derrota, ecoando as alegações que, em 2020, mobilizaram seus apoiadores a invadir o Capitólio.

À medida que a campanha se aproxima de seu clímax, a polarização se intensifica, e o apoio de jornais como The Economist e The New York Times destaca o impacto que essa eleição pode ter, não apenas nos EUA, mas em todo o cenário político mundial.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Claudia Sheinbaum, nova presidente do México, confirma presença na cúpula do G20 no Brasil

Decisão de comparecer ou não vinha sendo avaliada devido a outros compromissos
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, durante cerimônia no Campo Militar 1, na Cidade do México, México (Foto: REUTERS/Raquel Cunha)

A presidente do México, Claudia Sheinbaum Pardo, anunciou nesta quinta-feira (31), em coletiva de imprensa, que participará da cúpula do G20, que acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, informa a agência de notícias Sputnik. O evento marca a despedida do Brasil da presidência do grupo, posição que ocupa desde dezembro de 2023. Esta será a primeira viagem internacional de Sheinbaum como chefe de Estado, uma decisão que vinha sendo avaliada devido a outros compromissos.

A participação de Sheinbaum no encontro do G20, um grupo que representa aproximadamente 85% do PIB global, 75% do comércio e dois terços da população mundial, evidencia o interesse do México em fortalecer seu papel nas discussões de peso geopolítico e econômico. A presença de líderes do G20 será estratégica, visto que o fórum é uma das principais plataformas para acordos de cooperação entre as maiores economias e potências emergentes.

Com a presidência do G20, o Brasil trabalhou para fortalecer as pautas de sustentabilidade, economia digital e inclusão social. Após a reunião no Rio de Janeiro, a liderança do grupo será passada para a África do Sul, que assumirá a presidência do G20 em dezembro de 2024, mantendo o bloco na linha de frente das discussões globais.

Fonte: Brasil 247

STF nega recurso do X Brasil para desbloquear conta do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos

Plataforma alegava que o bloqueio do blogueiro de extrema direita representava uma possível "censura prévia"
Allan dos Santos (Foto: Alessandro Dantas)

 A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (31), negar um recurso apresentado pelo X Brasil antigo Twitter, que buscava o desbloqueio da conta do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. A plataforma alegava que o bloqueio representava uma possível "censura prévia".

Segundo a Folha de S. Paulo, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, destacou em seu voto que a rede social não tem legitimidade para fazer esse tipo de pleito, uma vez que não é parte do inquérito em questão.

“Não cabe ao provedor da rede social pleitear direito alheio em nome próprio, ainda que seja o destinatário da requisição dos bloqueios determinados por meio de decisão judicial para fins de investigação criminal, eis que não é parte no procedimento investigativo”, afirmou Moraes.

Ainda de acordo com a reportagem, a posição do relator foi acompanhada pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, enquanto Luiz Fux e Cármen Lúcia ainda devem votar. O julgamento está ocorrendo no plenário virtual, com encerramento previsto para a próxima terça-feira (5).

No pedido de desbloqueio, o X Brasil argumentou que o Supremo deveria determinar a remoção apenas dos conteúdos considerados ilegais, destacando que a censura prévia não é uma opção válida. “Embora a existência de episódios pretéritos de ofensas por um perfil possa despertar o receio de que haja reincidência, essa hipótese nunca autorizou ou admitiu ao Poder Público a censura prévia, tampouco a remoção de conteúdo lícito”, defendeu a plataforma.

Alexandre de Moraes, por sua vez, apontou que o X Brasil não cumpriu a decisão de bloqueio das contas de Allan dos Santos desde julho, resultando em uma multa acumulada de R$ 8,1 milhões nos últimos três meses. A plataforma nega qualquer descumprimento e questiona os valores em outro recurso no STF.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

'Perdi meu melhor amigo', diz Elmar Nascimento sobre apoio de Lira a Hugo Motta na disputa pelo comando da Câmara

União Brasil desistiu de lançar a candidatura do líder do partido na Câmara no início da manhã desta quinta-feira

Elmar Nascimento (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O líder do União Brasil, Elmar Nascimento, expressou seu descontentamento, nesta quinta-feira (31), em relação ao apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao candidato do Republicanos, Hugo Motta, na disputa pela sucessão do comando da Casa Legislativa. “Já cheguei muito mais longe do que achava que poderia chegar. Nesse processo eu já comecei perdendo, perdi um amigo que eu considerava meu melhor amigo, o presidente Arthur Lira”, disse Elmar, de acordo com o jornal O Globo.

A decisão do União Brasil de apoiar Motta, após intensas negociações, está atrelada a uma avaliação interna de que ele é o candidato mais forte para assumir a presidência da Câmara, com um arco de aliança que já soma 316 deputados, o que o torna praticamente imbatível. Inicialmente, Elmar era visto como o candidato preferido de Lira, mas perdeu o apoio ao perceber que Motta possui um perfil mais capaz de unir diferentes setores da Casa.

Além disso, o partido sentia a pressão de não ser marginalizado em futuras negociações políticas. Ao desistir de sua candidatura, Elmar buscava uma saída que não deixasse o União Brasil à mercê de uma eventual disputa direta com Motta. Com o apoio do PP, PT, PL, MDB, Podemos e PCdoB, a candidatura de Motta tornou-se ainda mais robusta.

A articulação de Elmar com o líder do PSD, Antônio Brito, também encontrou obstáculos, especialmente pela falta de apoio do PT e do MDB, o que comprometeu a formação de um bloco governista forte. Por outro lado, há uma pressão sobre o PSD para que se una à coalizão que apoia Motta, evitando assim o isolamento político.

Os líderes partidários já indicam que o PL, maior partido na Câmara, terá a primeira vice-presidência, enquanto o PT ficará com a primeira-secretaria. Nesse cenário, o União Brasil negocia uma posição na Mesa Diretora, além de almejar o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pode ser oferecido a Elmar.

A relatoria do Orçamento, que também está em disputa entre MDB e União Brasil, foi um ponto discutido na reunião. Elmar pediu a indicação do relator do orçamento como condição para apoiar Motta, embora a expectativa seja que o cargo fique com o MDB.

Sobre uma possível indicação a um ministério na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Elmar ressaltou que a disputa na Câmara é uma questão separada da sua posição no governo. “Estamos tratando da sucessão da Câmara. O ministério é do presidente Lula”, afirmou.

Antes mesmo da reunião, Elmar já sinalizava sua intenção de abrir mão da candidatura, afirmando que a decisão não era apenas sua, mas do partido e de seus aliados.

“A candidatura não é minha, é do meu partido e dos partidos que nos apoiam. Se todos pedirem, tenho que refletir sobre isso. Não posso botar minha vontade pessoal acima da vontade dos companheiros. Além disso, sou o líder do partido e não posso agir apenas pelo que penso”, disse o parlamentar, de acordo com a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Gleisi lamenta derrota da proposta de taxação de grandes fortunas: "combater a desigualdade está cada dia mais difícil"

"Na prática, isso significa que os super-ricos continuarão pagando bem menos impostos do que a grande maioria da população", explicou

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

“Sugestão da esquerda, a proposta de taxar fortunas acima de R$ 10 milhões foi rejeitada pela Câmara. Na prática, isso significa que os super-ricos continuarão pagando bem menos impostos do que a grande maioria da população. Combater a desigualdade é uma missão de vida, cada dia mais difícil. A direita, óbvio, votou a favor dos milionários. Cada um defendendo os seus interesses, afinal”, escreveu em suas redes sociais a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, nesta quinta-feira (31).


Saiba mais - (REUTERS) O plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira a análise da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária, e rejeitou um destaque que propunha a criação de um Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF).

A decisão ocorreu durante a votação do projeto que cria as regras para o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), órgão que cuidará da arrecadação dos impostos e sua distribuição aos Estados e municípios.

O projeto agora segue para o Senado, onde já está em tramitação a primeira parte da regulamentação. A conclusão dessa análise pelo Congresso ainda neste ano é prioridade do governo federal.

A emenda constitucional da reforma tributária, uma das matérias mais discutidas durante décadas no Congresso, foi promulgada pelo Congresso no final do ano passado. Agora, os parlamentares articulam a aprovação de propostas de regulamentação para que a reforma seja efetivamente colocada em prática.

A emenda rejeitada que propunha o imposto sobre fortunas, apresentada pela federação partidária Rede-PSOL, previa a tributação anual de patrimônios superiores a 10 milhões de reais, com incidência sobre a propriedade, posse ou domínio útil de bens e direitos. O destaque foi rejeitado por 262 votos contra e 136 a favor.

Para Mateus Nicacio, especialista em Direito Tributário, a rejeição da emenda demonstra a dificuldade histórica de tributação desses valores, a despeito da previsão expressa de isso ocorrer na Constituição Federal.

"A taxação se mostra muitas vezes ineficiente, em razão da estrutura jurídica que poderia ser criada pelos contribuintes com patrimônio superior a 10 milhões de reais, conforme prévia o texto rejeitado, evitando a incidência do imposto", destacou ele, que é sócio do Chinaglia Nicacio Advogados.

Fonte: Brasil 247

Boletim médico diz que saúde de Lula apresenta estabilidade, mas recomenda que ele evite viagens

Presidente deverá refazer os exames de imagem em três dias
Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O boletim da equipe médica que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgado nesta quinta-feira (31), revela que seu quadro de saúde se mantém estável, mas recomenda que ele siga mantendo seus compromissos em Brasília , além de repetir os exames de imagem em três dias. O presidente retornou ao hospital nesta quinta-feira para avaliações de monitoramento devido ao acidente doméstico que sofreu há quase duas semanas

"Lula apresentou estabilidade em relação aos exames anteriores. Deve seguir trabalhando em Brasília. No momento, o presidente persiste sem quaisquer sintomas, devendo manter o acompanhamento clínico e realizar novo controle de imagem em três dias", afirma o boletim médico, de acordo com o g1. Por conta da orientação médica, Lula não realizará viagens de avião nos próximos dias.

O acidente, que ocorreu quando o presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a região da nuca, exigiu cinco pontos e uma série de exames realizados nos dias 22, 25 e novamente na segunda-feira (28), quando ele retornou ao médico para a remoção dos pontos.

Os exames foram feitos no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, onde Lula tem recebido acompanhamento desde a queda. O presidente já precisou cancelar três viagens internacionais por causa do acidente, mas retornou às suas atividades no Palácio do Planalto. Nesta quinta-feira, ele se reunirá com governadores para debater mudanças nas políticas de segurança pública.

Fonte: Brasil 247com informações do G1

Lula comemora queda recorde do desemprego: 'com trabalho e diálogo, estamos construindo juntos um país melhor'

Taxa de desocupação atingiu 6,4%, menor nível para o trimestre desde 2012. Saldo da geração de empregos chega a 1,98 milhão de vagas neste ano
Lula e ministro do Trabalho, Luiz Marinho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para comemorar a queda do desemprego no país. “Desemprego em 6,4%, o menor índice desde 2013. Em setembro de 2024, foram gerados 247 mil novos empregos, um aumento de 21% em relação ao ano passado. Com trabalho e diálogo, estamos construindo juntos um país melhor, com mais oportunidades”, escreveu Lula no X, antigo Twitter.

Os dados sobre a queda do desemprego no país foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31). Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o índice representa uma queda em relação ao trimestre anterior, que registrou desocupação de 6,9%.

O levantamento aponta que a redução no desemprego foi impulsionada pelos setores da indústria e do comércio, que juntos criaram mais de 700 mil vagas de emprego no trimestre. Este avanço faz com que o número de brasileiros sem emprego, atualmente em 7 milhões, atinja o menor nível desde janeiro de 2015. Em relação ao segundo trimestre, houve um recuo de 7,2% no contingente de desocupados, enquanto na comparação anual a redução foi de 15,8%.

Na quarta-feira (30), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que o Brasil registrou a criação de 247.818 novos postos formais de trabalho em setembro, um acréscimo de 15.305 empregos em comparação ao mês anterior, agosto, que contabilizou 232.513 novas vagas.

Fonte: Brasil 247


STF aceita queixa-crime contra Gustavo Gayer por calúnia, difamação e injúria contra senador

Deputado chamou o senador Vanderlan Cardoso de “vagabundo” e o acusou de corrupção em vídeo

Gustavo Gayer (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (31) para aceitar uma queixa-crime do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por calúnia, difamação e injúria, informa O Globo. A ação foi apresentada após Gayer publicar um vídeo afirmando que Cardoso e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) foram comprados para votar em Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência do Senado, em 2023.

Na publicação, o deputado se refere diretamente a Vanderlan e Kajuru, os chamando de “vagabundos” e afirmando que eles "viraram as costas pro povo em troca de comissão". A defesa de Gayer alega que as declarações estão protegidas pela imunidade parlamentar e diz que o termo “comissão” foi usado para se referir ao apoio de Pacheco para que Vanderlan assumisse a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, votou para receber a queixa e foi acompanhado por Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O julgamento está ocorrendo no plenário virtual, com previsão de ser encerrado na sexta-feira. moraes alegou que as falas de Gayer "foram proferidas fora do recinto parlamentar e sem a presença dos requisitos imprescindíveis para caracterização da inviolabilidade constitucional" e, portanto, não estão protegidas pela imunidade parlamentar.

"As condutas praticadas constituem ofensas que exorbitam os limites da crítica política, uma vez que as publicações na conta pessoal do querelado no Instagram constituem abuso do direito à manifestação de pensamento, em integral descompasso com suas funções e deveres parlamentares", escreveu.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Prefeitura forma 25 novos agentes da Guarda Municipal de Apucarana


Cine Teatro Fênix lotado, clima de emoção e superação marcaram na noite de ontem (30) a solenidade de formatura da 2ª Turma da Guarda Civil Municipal (GCM) de Apucarana. São 25 novos guardas civis municipais, sendo 20 homens e 5 mulheres.

A solenidade, presidida pelo prefeito Junior da Femac, foi prestigiada pelo prefeito eleito Rodolfo Mota e seu vice Marcos da Vila Reis; autoridades civis e militares, com representantes das policias civil e militar, Corpo de Bombeiros; vereadores, incluindo eleitos e reeleitos; e o deputado estadual Luís Corti.

O evento teve momentos de homenagens como para a família da servidora pública no cargo de agente de trânsito, Viviane Antônio, falecida no final do ano passado, e que foi escolhida como nome de turma dos formandos da GCM. Tiago Firmino Rafael, por sua vez, recebeu o certificado de primeiro colocado no curso de formação de guardas municipais 2024.

Aprovados em concurso público, os 25 novos guardas civis municipais passaram por um curso de formação ministrado pela Academia de Ensino da Guarda Municipal de Sarandi. E para introduzir o uso de arma de fogo na corporação, além do curso específico, eles foram submetidos a uma rigorosa avaliação psicológica.

“A partir da manhã desta quinta-feira, Apucarana passar a ter nas ruas 58 guardas municipais, um grande avanço na segurança pública de nossa cidade. Os 25 novos membros incorporados na nossa Guarda Civil Municipal se somam aos 28 atuais. São agentes capacitados atuando armados em favor da população, reforçando a segurança do patrimônio público, o combate à violência doméstica através da Patrulha Maria da Penha, as rondas pelos bairros e a segurança das unidades de saúde, escolas e Centros Municipais de Educação Infantil, enfim, dando sua parcela de contribuição na garantia da lei e da ordem em nossa cidade”, destaca o prefeito,

“Vocês foram esperados, aguardados com ansiedade e para os 140 mil apucaranenses vão simbolizar o cuidado da segurança. São a força municipal de segurança e nosso orgulho”, afirma Junior da Femac.

O comandante de Guarda Municipal, Reinaldo Donizete Andrade, definiu a formatura como um momento histórico para Apucarana. “Com a união da experiência dos atuais guardas municipais com o vigor de vocês formandos só resta à certeza que vamos avançar. Vocês chegaram para somar. A Guarda Municipal vai estar em cada espaço de Apucarana para atender nossos cidadãos”, assegura Andrade.

O prefeito Junior da Femac enaltece o trabalho realizado pelo superintendente de Segurança e Trânsito de Apucarana, tenente-coronel da reserva PM/PR, Marcos José Facio, neste novo momento da GCM. “O Comandante Facio tem exercido um papel bastante relevante, sendo um elo importante no fortalecimento da nossa guarda”, disse Junior da Femac.

Facio reforça que os novos guardas municipais estão aptos a usar armas, após passar por curso “Módulo Guarda Armada”, e exame psicológico. Com o treinamento, segundo ele, a GM está alinhada às exigências legais estabelecidas por Lei Federal. “Eles passarão a usar armas assim que a documentação necessária for encaminhada para Polícia Federal, que é responsável pela emissão de porte de armas. Temos a previsão para que isso aconteça nos próximos dias. Teremos tantos os novos como os antigos guardas armados, tendo mais segurança para atuar”, detalha Fácio.

A Guarda Municipal de Apucarana foi criada em 2005, como uma instituição civil e desmilitarizada. Somente agora, 19 anos depois, que é formada a segunda turma. Além de concurso público para reforçar o número de integrantes, a atual gestão municipais realizou investimento da ordem de 2,5 milhões na corporação, somente em equipamentos, incluindo fardamento, modernização do sistema de monitoramento e da frota, aquisição de armamentos e munições, aquisição de equipamentos de uso individual, como coletes balísticos, entre outros.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Quase metade dos brasileiros já deixou de comprar produtos por questões de discriminação ou desrespeito, revela pesquisa Nexus

Estudo mostra ainda que dois em cada dez consumidores são canceladores, ou seja, boicotaram uma marca e fizeram críticas sobre ela no ambiente digital

(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

O posicionamento de marcas ou mesmo dos executivos ligados a elas nunca teve tanto impacto no comportamento do consumidor. Nos dois últimos anos, 47% dos brasileiros deixaram de comprar produtos ou serviços de empresas que se viram envolvidas em episódios de desrespeito ou discriminação, incluindo racismo, homofobia, preconceitos e desrespeito com seus funcionários. Quando se juntam a isso boicotes gerados por questões relacionadas a compliance ou posicionamentos políticos, esse percentual sobe para impressionantes 59%.

“Significa dizer que 6 em cada 10 consumidores já retaliaram marcas, deixando de consumir produtos ou serviços, por conta de erros cometidos por executivos ou mesmo pelas próprias empresas. Pode ter sido uma declaração infeliz, um post equivocado nas redes sociais. Isso mostra o quanto a reputação de marcas e empresas precisa ser cuidada todos os dias, com planejamento e coerência. Caso contrário, o impacto no caixa da organização pode ser brutal”, afirma Marcelo Tokarski, CEO da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, da FSB Holding.

Os dados são de uma pesquisa inédita “Reputação das marcas: o que move o comportamento dos brasileiros”, realizada pela Nexus e que será lançada nesta quinta-feira (31) no REPCOM, evento sobre reputação que é promovido pela FSB Holding, o maior e mais completo ecossistema de gestão de reputação da América Latina.

Em segundo lugar no ranking dos motivos que provocam boicotes a produtos ou serviços aparecem acusações de corrupção e fraude (42%), seguidas por impacto ambiental negativo (32%), ter executivos com visões políticas diferentes do consumidor (26%) e a empresa ser de outra nacionalidade que não a brasileira (21%).

No total, a pesquisa questionou os entrevistados sobre terem ou não boicotado marcas devido a cada um de 10 motivos listados (todos respondiam sim ou não para cada um dos motivos avaliados). No gráfico abaixo, alguns motivos foram reunidos em cinco macrocategorias.
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Essas cinco categorias abrangem um total de 10 motivos apresentados aos entrevistados (dados individualizados no gráfico abaixo).
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Os mais ricos, com renda acima de 10 salários mínimos, são mais frequentemente adeptos do boicote. Nesse público de alta renda, 82% já deixaram de consumir algum produto ou serviço em pelo menos uma das situações testadas. Outro grupo em que esse comportamento é mais recorrente são as pessoas que se autodeclararam LGBTQIAPN+: 71% já boicotaram uma marca por algum desses motivos.

Frequência de boicote - A pesquisa da Nexus revela ainda que muitos brasileiros boicotaram marcas ou empresas por mais de um motivo nos últimos dois anos. De acordo com os dados, 18% são boicotadores frequentes: deixaram de consumir de uma marca nos últimos dois anos por no mínimo 8 dos motivos 10 listados. Outros 18% são boicotadores moderados (deixaram de consumir por 4 a 7 motivos) e 23% são boicotadores eventuais (deixaram de consumir por 1 a 3 motivos). Os 41% restantes disseram não ter boicotado nenhuma marca ou produto nos últimos dois anos.
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2 em cada 10 brasileiros são canceladores - A pesquisa da Nexus mostra ainda uma outra realidade bastante preocupante para as marcas: se 6 em cada 10 pessoas deixaram de comprar algum produto por terem ficado incomodadas com posicionamentos das empresas ou de seus executivos, há ainda os que vão além e também já aderiram ao cancelamento de alguma empresa no ambiente digital.

De acordo com o estudo, 19% dos brasileiros já deixaram de consumir algum produto ou serviço e também já falaram mal das marcas nas redes sociais ou em sites. “Ao cruzar os dados do comportamento online com o boicote a produtos e serviços, chegamos à informação de que 2 em cada 10 brasileiros são ‘canceladores’, ou seja, deixaram de comprar em uma empresa e fizeram críticas sobre ela online, seja nas redes sociais ou nas plataformas de avaliação”, afirma o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski.

“A pesquisa Reputação das marcas: o que move o comportamento dos brasileiros revela que o consumidor brasileiro é crítico e que a atuação nas redes sociais está cada vez mais associada à decisão de compra. Os resultados chamam atenção para fatores relevantes para as empresas na construção e manutenção de uma reputação positiva”, completa Tokarski.

Os dados da Nexus mostram ainda que o comportamento offline também tem um reflexo online: 40% dos brasileiros deixaram de seguir uma marca por causa de notícias negativas. Além disso, 24% praticaram algum dos três tipos de cancelamento digital apresentados: 18% escreveram avaliações negativas em sites, 13% compartilharam conteúdo negativo sobre alguma marca e 11% postaram esse tipo de conteúdo em suas redes.
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O grupo dos 59% de brasileiros que boicotaram marcas se divide entre os 19% que são também canceladores e os outros 40% que apenas deixaram de comprar produtos ou serviços, mas não fizeram críticas online. Já 6% foram hostis só nas redes sociais ou sites, mas não mudaram seus hábitos de compras, e outros 36% não são nem boicotadores nem fizeram qualquer crítica online.

Brasileiros que nos últimos 2 anos tiveram deixaram de comprar um produto ou serviço por algum dos motivos testados e também fez pelo menos um dos tipos de críticas a empresas no ambiente digital
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Influência das redes sociais no boicote às marcas - A pesquisa da Nexus releva ainda que as chances de boicotar uma marca aumentam se o consumidor vê críticas sobre ela nas redes sociais. De acordo com o levantamento, 66% dos brasileiros já foram expostos com alguma frequência a postagens ou comentários estimulando boicote a produtos ou serviços.

No grupo que vê esse tipo de conteúdo com alta frequência, 70% já deixaram de comprar um produto ou serviço por, pelo menos, um dos 10 motivos testados pela Nexus. O percentual cai para 50% entre os que disseram não ver esse tipo de publicação. “Isso mostra a importância de as marcas terem cuidado com o que é falado sobre elas em todos os ambientes. Afinal, reputação é o que falam sobre você quando você não está por perto”, ressalta o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski.
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Metodologia - A Nexus entrevistou presencialmente 2.006 brasileiros com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs), entre 23 e 30 de setembro de 2024. A amostra é representativa da população brasileira a partir de 16 anos, com margem de erro no total da amostra é de 2,0pp e intervalo de confiança de 95%.

Sobre o REPCOM - O REPCOM é o maior evento de reputação da América Latina, promovido pela FSB Holding. O evento, fechado para convidados, debaterá o tema da reputação nas mais diversas camadas e nuances. No palco, executivos, especialistas, influenciadores e profissionais renomados no mercado da Comunicação vão levar conhecimento e falar sobre aspectos importantes e os desafios para que uma pessoa, empresa, grupo ou marca construa sua reputação nesse mundo cada vez mais complexo. O evento será realizado no dia 31 de outubro, no Grand Hyatt, em São Paulo. Confira a programação completa aqui.

Sobre a Nexus - Apaixonados por dados, a Nexus é uma empresa que alia a precisão da tecnologia com a criatividade do olhar humano para buscar diagnósticos mais precisos. Nascemos da fusão do Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) com a área de inteligência de dados da FSB Holding, o maior e mais completo ecossistema de gestão da reputação da América Latina. Tudo para buscar os melhores insights que ajudem os clientes a construir, gerir e manter sua reputação. Acreditamos que pesquisas e análises de dados, com aplicação de inteligência artificial e também com a visão dos nossos especialistas, são pilares fundamentais para qualquer trabalho de comunicação e gestão da reputação de pessoas, instituições, empresas e governos.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas Romeu Zema e Jorginho Mello recusam convite de Lula para reunião com governadores

Reunião marcada para o início da tarde desta quinta-feira visa discutir os termos da PEC da Segurança Pública a ser enviada ao Congresso Nacional

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que discutirá a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, terá a ausência de dois governadores de direita, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina. A reunião está marcada para o início da tarde desta quinta-feira (31), e contará com a presença dos governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Ronaldo Caiado (Goiás) e Tarcísio de Freitas (São Paulo). A convocação do encontro foi feita após um pedido de Castro, que ressaltou a importância de debater o tema em conjunto.

Segundo o jornal O Globo, Zema e Mello manifestaram suas objeções ao texto que será apresentado pelo governo federal, afirmando que não levará em conta as propostas do Consórcio Integrado dos Estados do Sul e do Sudeste (Cosud), do qual ambos os estados fazem parte. O governador mineiro enviou um ofício justificando sua ausência, alegando que a reunião serviria apenas para "discursos políticos". Zema criticou a falta de resposta satisfatória do Ministério da Justiça em relação às propostas apresentadas e destacou que não recebeu informações sobre os termos da PEC da Segurança a ser enviada ao Congresso.

"Apesar da apresentação das propostas ao Ministério da Justiça, ainda não tivemos uma resposta satisfatória sobre os pontos apresentados. Nem mesmo recebemos quais serão os termos da PEC da Segurança a ser apresentado ao Congresso", justificou o governador. Representando Zema no encontro, estará o secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública, coronel Edgar Estevo.

A postura de Zema reflete um afastamento crescente em relação ao governo federal neste ano. Recentemente, ele trocou críticas com o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) durante o acordo de repactuação sobre o rompimento da barragem de Mariana e expressou descontentamento em relação à articulação do governo na renegociação da dívida pública. Além disso, o governador tem se posicionado à direita em questões políticas, apoiando candidatos alinhados a Jair Bolsonaro (PL) nas eleições em Belo Horizonte.

Por sua vez, Jorginho Mello optou por não comparecer à reunião em Brasília, defendendo que as discussões sobre segurança pública devem ocorrer na esfera estadual.

A proposta defendida pelo governo federal visa a incorporação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) à Constituição, buscando integrar as polícias Civil e Militar em todo o território nacional e estabelecer padrões de segurança. A ausência dos governadores da direita neste contexto levanta questões sobre a viabilidade de um consenso em torno das políticas de segurança no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Polícia aponta presidente da Mancha como mentor de emboscada que matou torcedor do Cruzeiro

A operação violenta teria sido desencadeada como retaliação a um conflito anterior entre a Mancha e a Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro

Torcedores do Cruzeiro e do Palmeiras (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil de São Paulo declarou que Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da torcida organizada Mancha Alvi Verde, teria sido o principal mentor de uma emboscada violenta na madrugada de domingo (27). O ataque, ocorrido em um trecho de rodovia na região de Mairiporã, na Grande São Paulo, resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro e em ferimentos em outros 11.

O delegado César Antônio Saad, que lidera a Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), explicou em documento obtido pelo portal Metrópoles que Jorge Santos “seria o mentor intelectual de toda a ação delituosa”. A operação violenta teria sido desencadeada como retaliação a um conflito anterior entre a Mancha e a Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, ocorrido em setembro de 2022, em Minas Gerais.

A representação pela prisão preventiva dos envolvidos no ataque detalha que a emboscada foi premeditada, e os investigados utilizaram táticas que aumentaram a letalidade da ação. “Acredita-se que o planejamento envolveu não só a escolha estratégica do local para o ataque, mas também o uso de pregos entrelaçados para furar os pneus dos ônibus dos torcedores do Cruzeiro”, afirma o delegado Saad no documento.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula realiza novos exames após acidente doméstico

Presidente sofreu uma queda no banheiro da residência oficial há cerca de 12 dias e levou cinco pontos na cabeça

12.09.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral a Gestantes e Bebês, em Belford Roxo (RJ) (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou, na manhã desta quinta-feira (31), por uma nova rodada de exames na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês, após sofrer uma queda no banheiro da residência oficial há cerca de 12 dias. O acidente ocorreu na noite de sábado (19), quando Lula se desequilibrou enquanto cortava as unhas do pé e caiu de um banco, o que resultou em uma batida na cabeça e a necessidade de pontos, além de uma pequena hemorragia.

Segundo a Folha de S. Paulo, Lula chegou ao hospital por volta das 9 horas e, na última segunda-feira (28), retirou os pontos que havia recebido na nuca. Os últimos exames, incluindo uma tomografia, foram realizados na sexta-feira (25), e o boletim médico indicou um quadro de estabilidade. Embora o documento não tenha imposto restrições explícitas ao presidente, ressaltou que ele está "apto para exercer sua rotina de trabalho em Brasília".

Devido ao acidente, o presidente cancelou uma viagem à Rússia, onde participaria da cúpula dos Brics, além de outras duas viagens para a Colômbia e o Azerbaijão. O cancelamento das viagens foi justificado pelo Planalto como uma prioridade para outras agendas, incluindo os eventos do G20, do qual o Brasil ocupa atualmente a presidência.

Apesar dos contratempos, Lula tem mantido uma agenda de trabalho ativa. Na sexta-feira (25), ele participou de um evento no Planalto para a assinatura de um acordo que indeniza as vítimas da tragédia de Mariana (MG). Ele também tem realizado reuniões com ministros e aliados e, na quarta-feira (30), fez uma aparição em um evento da área industrial no Palácio do Planalto, marcando sua primeira participação após a retirada dos pontos.

Nesta tarde, Lula se reunirá com governadores para apresentar e discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Taxa de desemprego cai para 6,4% em setembro, a menor já registrada no trimestre

O resultado foi puxado pelo desempenho da indústria e comércio, que abriram mais de 700 mil postos de trabalho no trimestre

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A taxa de desemprego caiu para 6,4% no trimestre móvel encerrado em setembro, informou o IBGE nesta quinta-feira (31). É a segunda menor taxa já registrada desde o início da série histórica , em 2012, e a menor já registrada em um terceiro trimestre. O número caiu em relação ao segundo trimestre de 2024, quando o desemprego ficou em 6,9%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), informa O Globo.

Segundo o levantamento, o resultado foi puxado pelo desempenho da indústria e comércio, que abriram mais de 700 mil postos de trabalho no trimestre. No total, 7 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Foi um recuo de 7,2% em relação ao trimestre anterior, e de 15,8% na comparação com 2023.

Já o número de pessoas ocupadas bateu recorde mais uma vez. São 103 milhões de brasileiros ocupados, um crescimento de 1,2% no trimestre e de 3,2% no ano.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo