quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Confiança do MEI bate recorde impulsionada pelo otimismo da indústria

Pesquisa do Sebrae e FGV mostra que a confiança dos microempreendedores da indústria variou positivamente 11,4 pontos em 12 meses

(Foto: Leonardo Lucena)

Agência Sebrae - A confiança dos microempreendedores individuais (MEI) alcançou, em setembro, o melhor resultado (109,1 pontos) em um ano e meio de pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O estudo analisa a avaliação dos empreendedores sobre a situação atual dos negócios e as expectativas futuras. De acordo com o levantamento, a confiança do MEI avançou 8,2 pontos percentuais em comparação a setembro do ano passado.

Os dados mostram que esse crescimento foi influenciado por variações positivas e expressivas nos três setores de atividade monitorados, com ênfase na Indústria de Transformação (que teve uma alta de 11,4 pontos), seguida do Comércio (elevação de 8,5 pontos) e Serviços (6,3 pontos).

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o crescimento do Índice de Confiança dos MEI da indústria confirma o acerto das medidas econômicas adotadas pelo governo federal. "A análise não pode ser feita de forma isolada. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado isso o MEI é aquele que se virá, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda", afirma Lima. “Com mais pessoas empregadas e com melhor remuneração, uma série de setores são diretamente beneficiados, como: fabricação de alimentos e bebidas, fabricação de produtos de limpeza, artesanato, confeitaria, costureiros e produtores de marmitas, entre outros”, acrescenta.

A alta do otimismo do MEI foi verificada em todas as regiões do país, inclusive no Sul, onde a destruição causada pelas fortes enchentes de abril havia derrubado o índice de confiança para aproximadamente 85 pontos. No último levantamento, o indicador já havia retornado para próximo da média nacional (108,9 pontos).

Ainda segundo a pesquisa, a demanda insuficiente foi o fator limitante mais apontado pelos microempreendedores individuais (24,2%), seguido do custo financeiro (24%). Em setembro de 2023, o custo financeiro liderava entre os aspectos que impediam a melhora da situação dos negócios (31,8%).

Como salienta o presidente, comparado há 1 ano atrás, os MEI estão bem mais otimistas. “O mercado consumidor ficou mais aquecido, puxado pelo segmento de baixa renda, os custos financeiros diminuíram, e o desafio, agora, é a manutenção do ritmo de crescimento das vendas”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

BRICS fortalece estatísticas para o Sul Global, diz presidente do IBGE

“Dos mais de 100 pontos levantados no documento, aparece pela primeira vez uma menção à importância das estatísticas para o BRICS", disse Márcio Pochmann

Marcio Pochmann (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Após a cúpula dos chefes de Estado do BRICS em Kazan, na Rússia, na semana passada, dirigentes de órgãos de estatísticas de nove países-membros se reuniram para discutir o papel da produção de dados no desenvolvimento das nações. Nesta linha, o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, destacou à Sputnik Brasil que a reunião representou uma nova perspectiva para as estatísticas que refletem a realidade do Sul Global.

Pochmann afirmou que, embora reuniões similares já ocorressem desde 2016, este foi o primeiro encontro com a participação de dez países, resultado da expansão inédita do grupo que, a partir deste ano, passou a incluir Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Irã. O dirigente brasileiro destacou que, no documento final da cúpula, pela primeira vez foi reconhecida a importância das estatísticas para os países do BRICS, o que indica um avanço significativo na valorização dos institutos nacionais de estatística.

“Dos mais de 100 pontos levantados no documento, aparece pela primeira vez uma menção à importância das estatísticas para o BRICS. Essa manifestação dos chefes de Estado culminou em um reconhecimento do protagonismo dos institutos nacionais na construção de uma perspectiva que mostre a realidade do BRICS e, por consequência, do Sul Global”, declarou Pochmann.

Historicamente, os congressos internacionais de estatística foram dominados por uma visão eurocentrista, refletindo as preocupações do Norte Global. No entanto, o presidente do IBGE observa que este encontro abre uma nova era de reflexão sobre as estatísticas, com foco na harmonização de dados que aborde as realidades do Sul Global, que hoje representa mais de 70% do desempenho econômico recente.

O encontro também revelou uma convergência entre os novos membros do BRICS em relação à necessidade de modernização das estatísticas. Pochmann enfatizou a importância da formação profissional dos líderes das instituições, preparando-os para se conectarem às inovações da era digital. Além disso, foi criado um portal conjunto para consolidar informações sobre a evolução da população, desemprego e PIB.

O Brasil, que deve liderar o próximo encontro, pretende discutir indicadores econômicos, sociais e ambientais com foco na realidade sul-americana. Pochmann mencionou a relevância de aprimorar as estatísticas relacionadas a pessoas em situação de rua e a economia dos cuidados, considerando o impacto do trabalho remoto e o envelhecimento da população.

No tocante à soberania de dados, Pochmann observou as diferenças entre os países do BRICS. Enquanto países como Rússia, Irã e China já avançaram em mecanismos de controle, Brasil e África do Sul ainda não possuem tais estruturas. Essa disparidade abre oportunidades para uma maior cooperação entre as nações.

"O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem destacado a importância da unificação dos bancos de dados. A liderança do Brasil nesse contexto deve oferecer condições melhores para abordar questões de soberania e a maneira como esses dados impactam cada país de forma diferenciada", ressaltou.

Além do BRICS, o Brasil tem sido ativo nas discussões dentro do G20, onde assume a liderança rotativa este ano. O próximo encontro dos dirigentes de estatísticas contará com o apoio do UNICEF para analisar o uso da Internet por crianças e adolescentes e seu impacto no desempenho educacional.

Fonte: Brasil 247 com informações da agência Sputnik Brasil 

Seis a cada 10 pequenos negócios estão na informalidade no país

Facilidade para formalizar o negócio está a um clique e é uma oportunidade para quem deseja sair da informalidade

(Foto: Reprodução/Sebbrae)

Agência Sebrae - O empreendedorismo segue abrindo portas para a reinserção no mercado de trabalho. Sondagem do Sebrae Rio, com base nos dados da Pnad-Contínua, indica que o Brasil tem 66,4% dos empreendedores brasileiros na informalidade e 33,6% têm seus negócios formalizados. No Rio de Janeiro a proporção é semelhante em comparação aos pequenos negócios no país. No estado 68,9% dos negócios são informais, enquanto 31,1% são formais.

“Quando o negócio é formalizado, o empreendedor adquire direitos. Pela falta de informação ou pelo negócio ser embrionário, muitos desconhecem quais são os direitos, benefícios e obrigações. A formalização de uma empresa em MEI, por exemplo, é uma oportunidade para quem deseja sair da informalidade e garantir as vantagens do Seguro Social”, Antonio Alvarenga, diretor-superintendente do Sebrae Rio.

No empreendimento informal, 97% atuam por conta própria e apenas 3% empregam pessoas. Esse número aumenta na formalidade, já que 33% são empregadores e 67% trabalham de forma independente. Em relação ao gênero, 70,6% das mulheres são informais e 29,4% são formalizadas. Já os homens 67,9% trabalham na informalidade e 32,1% estão na formalidade.

Mais da metade dos empreendedores informais do estado do Rio está concentrada no setor de serviços (58,9%), seguido do comércio (15,9%), da construção (15,5%), da indústria (6,6%) e agropecuária (3,1%).

“A renda média dos donos de negócios formais fluminenses é quase 3x maior do que a renda das atividades informais. O empreendedor formal adquire benefícios fiscais, acessa novos mercados, negocia melhores contratos com fornecedores, tem acesso a crédito diferenciado e garantias previdenciárias”, Antonio Alvarenga, diretor-superintendente do Sebrae Rio.

Formalização

A facilidade para formalizar o negócio está a um clique e é uma oportunidade para quem deseja sair da informalidade. O empreendedor que quer se tornar MEI precisa acessar o Gov.br. Para ser um microempreendedor individual é necessário faturar até R$ 81 mil reais/ano, ou seja, em média R$ 6.750 reais/mês, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e pode ter, no máximo, um empregado contratado que receba um salário-mínimo ou o piso da categoria. O MEI é enquadrado no Simples Nacional e isento dos seguintes tributos federais: Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL.

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

Sebrae é a marca mais socialmente responsável do país, aponta ranking

Reconhecimento foi feito a partir de dados do BAV – Brand Asset Valuator – que tem como base uma lista de 1.500 marcas no Brasil

Sede do Sebrae Nacional em Brasília (Foto: Charles Damasceno/Sebrae)

Carlos Abreu, Agência Sebrae - O Sebrae é a marca mais Socialmente Responsável entre empresas e instituições brasileiras em 2024, segundo ranking elaborado pela Design Bridge and Partners e publicado pelo jornal Valor Econômico. O reconhecimento foi feito a partir de dados do BAV – Brand Asset Valuator – que tem como base uma lista de 1.500 marcas no Brasil, avaliadas por um universo de 18 mil pessoas. O Sebrae também conquistou a segunda colocação no Ranking das Marcas Brasileiras Mais Fortes para a Geração X (pessoas que nasceram entre 1965 e 1980) e figura ainda, pelo terceiro ano seguido, entre as 10 marcas mais fortes do país no ranking geral.

De acordo com o levantamento, em 2024 o Sebrae teve um índice melhor do que 95,72% das marcas avaliadas. O BAV, propriedade da WPP, é o maior e mais longevo banco de dados de marcas do mundo, com mais de 30 anos e mais de 60.000 marcas analisadas. No Brasil, o ranking leva em conta as marcas presentes nas principais capitais brasileiras, respeitando a estratificação de renda do IBGE.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, lembra que a conquista alcançada pela instituição é a expressão clara daquilo que o povo brasileiro já percebeu na prática, nas suas vidas, quando foi atendido pelo Sebrae. “Nós somos uma porta de sonhos”, frisa. “Temos ajudado a concretizar, todos os dias, os sonhos de milhões de brasileiros e brasileiras que têm um espírito empreendedor e que estão ajudando a construir essa pluralidade econômica dos pequenos negócios, que hoje representam mais de 90% das empresas brasileiras”, afirma Décio Lima.

Os pequenos negócios são absolutamente imprescindíveis na geração de emprego, na distribuição de renda e na redução de desigualdades, justifica Décio Lima. “Mas trabalhar por conta própria é desafiador. E o Sebrae está aqui para apoiar quem precisa empreender neste país, com os nossos cursos, nossas consultorias e, principalmente, com a nossa disposição em construir um Brasil mais justo”, acrescenta Décio Lima.

Segundo o Valor Econômico, o Sebrae ampliou, este ano, sua avaliação em Conhecimento, Estima e Relevância entre as marcas selecionadas. A instituição foi a única marca do segmento de Educação presente no ranking, um resultado que mostra a sua força frente a outros atores que mantêm uma presença diária na vida dos brasileiros, como as marcas do segmento de Serviços Financeiros, Varejo e Saúde e Beleza.

Os organizadores do ranking de 2024 destacam que foi possível observar que as marcas que têm buscado simplificar suas narrativas para os impactos sociais e problemas do cotidiano conseguiram ganhar espaço na mente do consumidor. Nesse contexto, o Sebrae, que empodera pela educação e promove transparência nas relações, conquistou um papel de liderança. O consumidor brasileiro compreendeu que o empreendedorismo é um instrumento de inclusão social e associou a imagem da instituição a uma entrega ativa de responsabilidade social.

A diretora de Administração e Finanças do Sebrae, Margarete Coelho, ressalta que o duplo reconhecimento da instituição – como Marca mais Socialmente Responsável e segunda Marca Brasileira Mais Forte para a Geração X – se soma à recente conquista de Lugar Incrível para Trabalhar, concedida pela Fundação Instituto de Administração (FIA/USP). Ela lembra que esse título foi alcançado pelo fato de o Sebrae ter um ambiente organizacional que valoriza o bem-estar dos colaboradores, promove a inclusão, o desenvolvimento profissional, a satisfação no trabalho e proporciona uma cultura de respeito, confiança e oportunidades de crescimento.

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

Em depoimento ao júri, Ronnie Lessa relata com frieza os detalhes da morte de Marielle Franco

Mãe e filha da vereadora assassinada precisaram ser amparadas durante o depoimento do ex-PM

Praia em Angra dos Reis, caminhonete Dodge Ram, Marielle Franco e Ronnie Lessa (Foto: Reprodução | ABR)

O julgamento do assassinato da veredadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, que teve início nesta quarta-feira (30) e prossegue nesta quinta (31), alcançou o pico de tensão com o depoimento do ex-policial militar Ronnie Lessa. Ele confessou ter disparado contra a vereadora, relatando o crime com frieza . As declarações de Lessa, segundo o jornal O Globo, provocaram fortes emoções entre os presentes, especialmente na família de Marielle, que assistiu em silêncio ao depoimento. O ambiente ficou ainda mais carregado quando Luyara e Marinete, filha e mãe da parlamentar, deixaram o plenário em lágrimas, amparadas por outros familiares.

A assistência de acusação questionou Lessa se ele havia mirado na cabeça da vereadora durante os disparos. Sua resposta foi direta: “foquei.” O ex-policial militar, que depôs por videoconferência, revelou que já tinha a intenção de assassinar Marielle no dia do crime, planejando a emboscada após um evento na Lapa, em uma área próxima a um prédio da Polícia Civil. “Fazer perto do pátio da Polícia Civil seria uma afronta maior ainda”, afirmou ele, evidenciando o desprezo pela posição da vereadora.

Lessa narrou os detalhes da perseguição ao carro em que estavam Marielle e seu motorista, Anderson Gomes. Ele descreveu a velocidade com que o motorista dirigia e como, ao pararem em um sinal vermelho, Élcio de Queiroz, que dirigia o carro utilizado no crime, emparelhou o veículo para que ele pudesse atirar.

Para tentar livrar-se da acusação de homicídio de Anderson, alegou que a morte dele foi um acidente devido ao uso de munição inadequada: “Se fosse um revólver, só a vereadora teria morrido.” Lessa também revelou que recebeu uma proposta de Edmilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, no final de 2016, para realizar o assassinato, inicialmente direcionado ao deputado Marcelo Freixo, que ele considerou “inviável”.

Quando o nome de Marielle foi sugerido, uma das condições impostas pelos mandantes era que o crime não ocorresse nas proximidades da Câmara Municipal, o que adiou a execução para março de 2018. O ex-PM também disse que Élcio só soube que Marielle era o alvo no dia do crime, quando recebeu a foto da vereadora.

A defesa de Lessa tentou minimizar a gravidade do caso ao permitir que ele falasse sobre seus bens adquiridos após deixar a polícia. Em um momento de tentativa de defesa, Lessa argumentou que seu patrimônio, que inclui uma lancha e uma casa na Barra da Tijuca, era fruto de “dinheiro suado, limpo.”

Por fim, o ex-PM expressou arrependimento e pediu perdão às famílias das vítimas, afirmando que “perder um filho deve ser a coisa mais triste do mundo.” Ele terminou sua declaração confessando que se sentiu aliviado ao confessar o crime e expressou sua esperança de que a Justiça fosse feita.

Após o depoimento de Lessa, Élcio de Queiroz também prestou seu testemunho. Ambos assinaram acordos de delação premiada.

Fonte: Brasil 247 com informações dojornal O Globo

“Como se estivessem rasgando uma folha de papel”, diz Anielle Franco sobre frieza dos depoimentos dos assassinos de Marielle

“Cada foto, cada áudio, cada depoimento marca muito a gente", disse a ministra

Anielle Franco (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)


A família de Marielle Franco chegou ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (31), para o segundo dia do julgamento dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, réus confessos pelo assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes, informa O Globo. A ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco, falou sobre a frieza dos depoimentos dos assassinos no primeiro dia de julgamento.

“Cada foto, cada áudio, cada depoimento marca muito a gente. A maneira como os assassinos falavam sobre os detalhes (do crime), como se estivessem rasgando uma folha de papel, isso mexeu muito com a gente. Saímos daqui mais de meia-noite, passamos uma noite apreensiva por tudo, e estamos aqui hoje com a esperança de que a gente tenha a sentença. O significado de justiça para a gente nunca vai estar completo, mas é importante essa resposta, para a sociedade, para a democracia brasileira, com o sentimento de que alguma coisa vai mudar a partir do caso da Mari”, disse.

Após mais de 13 horas de sessão na quarta-feira, o julgamento é retomado na manhã desta quinta. A audiência desta etapa incluirá as alegações finais, momento em que acusação e defesa apresentam suas teses para os jurados. O Ministério Público iniciará a argumentação, sustentando a acusação de duplo homicídio triplamente qualificado contra Lessa e Queiroz, pedindo a pena máxima de 84 anos. A defesa terá a oportunidade de contestar, e réplicas e tréplicas são permitidas antes da decisão final dos jurados.

Além da acusação de duplo homicídio triplamente qualificado — incluindo os agravantes de motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa das vítimas — os réus também respondem por tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle e única sobrevivente do atentado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo


Imagem de Lula é positiva para 60% dos brasileiros, aponta pesquisa

Quando somados os que avaliam o governo como 'bom', 'ótimo' ou 'regular', aprovação é de 58,9%, segundo pesquisa Latam Pulse

12.09.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral a Gestantes e Bebês, em Belford Roxo (RJ) (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

 O relatório Latam Pulse, divulgado nesta quarta-feira (30), revela que 60% dos brasileiros têm uma visão positiva do presidente Lula (PT), enquanto 39% afirmam ver o presidente de forma negativa, informa a IstoÉ. Realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, a pesquisa entrevistou 2.371 pessoas entre os dias 10 e 14 de outubro e oferece um recorte aprofundado da percepção dos brasileiros sobre a atuação de Lula e os principais problemas do país, com nível de confiança de 95%.

A aprovação específica ao desempenho do presidente atinge 50,7%, com 45,8% dos entrevistados afirmando desaprovar a gestão de Lula e 3,6% declarando-se indecisos. Em comparação com o levantamento de julho de 2024, que registrava uma aprovação de 50,2%, os números mostram leve aumento. Quando são incluídos os que avaliam o governo como “regular” (17,9%), o índice geral de avaliação positiva sobe para 58,9%.

A análise detalhada do perfil de aprovação indica maior suporte entre as mulheres, com 54,8% declarando-se favoráveis ao presidente, em contraste com 45,6% entre os homens. Quanto ao nível de escolaridade, o grupo de entrevistados com ensino superior é o mais favorável, com uma taxa de 61,1% de aprovação. Em relação à idade, pessoas entre 45 e 59 anos constituem o maior contingente de apoio a Lula, com 57,9% de avaliação positiva, seguidos pelos jovens de 16 a 34 anos, com 53,8%.

Outro ponto importante levantado pela pesquisa foi a percepção sobre os principais desafios enfrentados pelo país. Para 54,8% dos entrevistados, a corrupção é a maior preocupação, acompanhada pela criminalidade e o tráfico de drogas, que representam problemas para 54,1%. A questão ambiental e o aquecimento global também foram destacados, com 31,9% apontando-os como questões críticas.

Sobre o governo Lula, 41% dos brasileiros o consideram “bom” ou “ótimo”, enquanto 39,8% classificam a gestão como “ruim” ou “péssima”. O restante, 17,9%, avalia o governo como “regular”. Comparando com o mês de julho, houve uma leve queda na percepção de “ótimo” e “bom”, que então somavam 43,2%.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista IstoÉ

Prefeito de Angra dos Reis aciona Flávio Bolsonaro no STF

Fernando Jordão exige reparação após o senador acusá-lo, sem provas, de manter relação com o tráfico de drogas
Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) enfrenta um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) movido pelo prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB-RJ). A ação surge após Flávio ter declarado que a Prefeitura da cidade fluminense estaria envolvida em acordos com traficantes durante a campanha eleitoral. O clã Bolsonaro apoiava Renato Araújo (PL), que acabou derrotado por um aliado de Jordão, Ferreti (MDB).

Segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, a última terça-feira (29), Jordão protocolou uma queixa-crime contra Flávio, alegando o crime de injúria. O prefeito fundamenta sua queixa em um post feito pelo senador no Instagram no dia 7 de outubro, logo após a vitória de Ferreti. No vídeo, Flávio Bolsonaro acusou a administração de Jordão de manipular a máquina pública em favor de Ferreti, a quem se referiu como “cupincha” do prefeito.

“A máquina da prefeitura fechou com o tráfico de drogas, acredite se quiser. Os traficantes que dominam algumas comunidades em Angra dos Reis proibiam o Renato de entrar lá”, afirmou o senador. “O tráfico estava indicando voto em Ferreti”, acrescentou.

Ainda de acordo com a reportagem, na ação judicial, Fernando Jordão sugere que Flávio pague R$ 50 mil em alimentos ou medicamentos a uma instituição beneficente local e preste serviços à comunidade. Caso o senador não concorde, o prefeito pede a condenação por injúria, considerando a gravidade das declarações nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Núcleo bolsonarista e militar espera para os próximos dias indiciamento pela tentativa de golpe

Devem ser indiciados pela Polícia Federal, além de Jair Bolsonaro, os ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

A tensão nos bastidores políticos e militares brasileiros está em seu ponto máximo. Segundo reportado por Igor Gadelha, do Metrópoles, cresce entre aliados de Jair Bolsonaro (PL) e na alta cúpula das Forças Armadas a apreensão quanto ao desfecho do inquérito da Polícia Federal que investiga um suposto plano de golpe para evitar a posse do presidente Lula (PT) em 2023. A expectativa nos círculos de Bolsonaro é de que a PF apresente, nos próximos dias, o indiciamento do ex-mandatário, assim como de altos generais que integraram seu governo. O clima de incerteza e preocupação é perceptível, revelando o impacto que as investigações têm causado no núcleo militar e político bolsonarista.

A PF teria como alvo não apenas Bolsonaro, mas também nomes de peso da cúpula militar, como os generais da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Paulo Sérgio Nogueira, que liderou o Exército durante parte do governo Bolsonaro. No meio militar, a possibilidade de indiciamento do general Heleno é especialmente delicada. Aos 77 anos, Heleno mantém forte prestígio dentro das Forças Armadas, o que torna o caso particularmente sensível para a imagem das instituições.

Além deste inquérito de suposta conspiração para um golpe, Bolsonaro já foi indiciado em outras investigações, incluindo uma sobre a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 e outra sobre a venda ilegal de joias que ele teria recebido como presentes durante seu mandato. Essas investigações paralelas reforçam a tensão ao redor do ex-mandatário, intensificando as preocupações entre seus aliados e as implicações políticas de um possível desfecho judicial desfavorável.

A expectativa é que, com os novos indiciamentos, o cenário político brasileiro passe por mais um turbilhão, acentuando a polarização e pressionando tanto o núcleo bolsonarista quanto a estrutura militar, que acompanha atentamente os desdobramentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Governadores se reúnem com Lula para discutir PEC da segurança pública

Encontro também terá a participação de ministros com experiência como governadores, além dos presidentes do STF, da Câmara e do Senado

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com governadores, durante a cerimônia de anúncio do Projeto Sertão Vivo (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Em Brasília, nesta quinta-feira (31), o presidente Lula (PT) organiza uma reunião com governadores para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. Conforme noticiado pelo Metrópoles, o encontro conta com a participação de figuras-chave de várias esferas de governo, incluindo governadores aliados, como Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia, e Elmano de Freitas (PT), do Ceará, além de opositores, como Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, não participará devido a conflitos de agenda.

Além dos governadores, o evento reúne ministros com experiência no Executivo estadual, como Camilo Santana (Educação), ex-governador do Ceará; Rui Costa (Casa Civil), ex-governador da Bahia; e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), que governou o Piauí. Marcarão presença, ainda, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacando a importância do encontro para o fortalecimento das políticas de segurança pública.

A reunião ganha importância após uma série de episódios de violência no Rio de Janeiro, que pressionam as lideranças locais a tomar ações coordenadas contra o crime. Em 24 de outubro, um confronto entre a Polícia Militar e criminosos do Complexo de Israel resultou em três mortes e interditou a movimentada Avenida Brasil. No dia anterior, conflitos envolvendo torcedores do Peñarol na cidade resultaram em 280 detenções, sendo 21 prisões em flagrante. O Rio de Janeiro, que receberá a cúpula do G20 em novembro, torna-se o foco de discussões sobre a necessidade de maior apoio federal em ações de combate à criminalidade.

Um novo plano de segurança pública - A PEC da Segurança Pública busca promover uma integração mais eficiente entre as forças federais e estaduais. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o governo federal assume um papel de “coadjuvante”, reconhecendo que a segurança pública é responsabilidade dos estados e municípios, mas ressaltou: “não estamos medindo esforços para ajudar as forças locais que somam cerca de 500 mil pessoas".

Desde o início de sua gestão, Lula tem demonstrado interesse em estabelecer um canal de diálogo com os governos estaduais para discutir o papel do Executivo federal na segurança pública. “Nós queremos saber qual é o nosso papel, aonde a gente entra, como a gente pode ajudar. Porque não tem espaço, a segurança é mais estadual do que federal”, afirmou o presidente durante uma reunião no Planalto, em julho.

Essa iniciativa reforça o compromisso de Lula com uma abordagem que contemple as necessidades regionais e ajuste o papel da União dentro de um quadro de segurança nacional. A última reunião ampliada entre o Executivo federal e os governadores foi em setembro, quando o país enfrentava uma crise de queimadas. Na ocasião, o ministro Rui Costa coordenou o encontro em nome do presidente, que cumpria agenda internacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Após vexame nas urnas e virar incerteza na Band, emissora decide destino de Datena

Após meses de incertezas e especulações, a Band finalmente decidiu o futuro de José Luiz Datena

José Luiz Datena no debate RedeTV/UOL (Foto: Reprodução)

Após meses de incertezas e especulações, a Band finalmente decidiu o futuro de José Luiz Datena, afastado do programa "Brasil Urgente" desde junho para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Em reunião realizada na última terça-feira (29) com o presidente da emissora, Johnny Saad, ficou definido que Datena não voltará a comandar o programa policial que apresentou por mais de duas décadas. A decisão, anunciada oficialmente pela Band, marca o encerramento de um ciclo na TV brasileira e abre espaço para novas possibilidades na carreira do apresentador. As infiormções são do portal Notícias da TV.

Com contrato vigente até o final de novembro, Datena havia renovado sua permanência na emissora pouco antes de iniciar sua campanha eleitoral, aceitando uma redução de salário de cerca de 80%. No entanto, o retorno ao "Brasil Urgente" foi descartado após análise conjunta. Segundo a Band, a conversa para definir os novos rumos do apresentador será retomada em janeiro de 2025, com foco em projetos voltados para o entretenimento, uma área em que Datena já atuou anteriormente com boa recepção. “Em comum acordo, o comunicador deixa a apresentação do Brasil Urgente, atração que comandou com maestria e grande audiência e que agora segue com seu filho Joel Datena”, oficializou a emissora.

A saída definitiva do "Brasil Urgente" já era um desejo de Datena, que vinha manifestando o cansaço acumulado pelos anos de exposição em um programa policial, além das ameaças que recebia de supostos criminosos. Desde sua candidatura ao cargo de prefeito, a situação interna do apresentador na Band também se tornou mais complicada, com divisões na emissora sobre seu retorno. A campanha eleitoral de Datena foi marcada por polêmicas, incluindo um episódio em que desferiu uma cadeirada no também candidato Pablo Marçal, durante um debate na TV Cultura. O jornalista acabou na quinta posição nas eleições, com menos de 2% dos votos.

A Band, ao observar o impacto da ausência de Datena no "Brasil Urgente", também viu o momento como propício para seguir com Joel Datena, que estabilizou a audiência do programa em torno de três pontos na Grande São Paulo, resultado que, embora abaixo do alcançado por Datena, mantém a disputa pela terceira posição de audiência, frequentemente vencida contra o SBT.

Na nota emitida após o anúncio, a emissora reforçou seu compromisso com Datena: “A Band tem um enorme carinho pelo apresentador José Luiz Datena e reforça os laços de amizade com o profissional, que tem uma trajetória de enorme êxito no Grupo Bandeirantes há mais de 20 anos”. A emissora ainda confirmou que está em discussão um novo formato para 2025, possivelmente alinhado ao perfil de entretenimento que o apresentador já explorou anteriormente.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Notícias da TV

Exército indicia coronéis autores de carta golpista contra Lula em 2022

Inquérito aponta crimes de incitação à indisciplina e crítica indevida. Objetivo era pressionar o comando do Exército a impedir a posse do presidente

Assinatura do Termo de Compromisso para implementação da Escola de Sargentos em Pernambuco (Foto: Ricardo Stuckert)

O Exército brasileiro concluiu nesta semana o Inquérito Policial Militar (IPM) sobre a autoria de uma carta que, em 2022, pressionou o comando da instituição a impedir a posse do presidente Lula (PT). A investigação indiciou três coronéis – Anderson Lima de Moura, da ativa, e Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso, ambos da reserva – pelos crimes de incitação à indisciplina militar e crítica indevida, com penas previstas de até quatro anos e dois meses, respectivamente, segundo o jornal O Globo.

A carta, elaborada e assinada por dezenas de oficiais, foi utilizada como uma tentativa de influenciar o então comandante do Exército, General Freire Gomes, em um cenário de tensões pós-eleitorais. Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o documento representava uma "ameaça de atuação armada". Em resposta, o Exército instaurou uma sindicância que identificou quatro coronéis como redatores do texto, além de 33 outros signatários. No entanto, apenas os quatro redatores foram indiciados criminalmente, enquanto os demais enfrentaram punições administrativas que variaram de advertências a prisões.

A investigação contra o quarto coronel envolvido, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, está temporariamente suspensa. Ele obteve uma liminar da Justiça que paralisou parte dos atos da sindicância, a qual, segundo seu advogado, Elder Alves da Silva, foi conduzida de maneira "açodada" e prejudicou a defesa. "Já li e reli a carta várias vezes e não constatei nenhum teor golpista", afirmou Alves da Silva, que também critica o acesso limitado dos advogados à sindicância para elaborar a defesa de seus clientes.

A decisão final sobre o caso caberá à 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília, que avaliará o IPM para determinar se apresentará denúncia contra os coronéis indiciados ou se pedirá o arquivamento. A defesa dos militares alega falta de provas concretas e questiona a interpretação dada ao documento, afirmando que o Exército conduz uma perseguição política contra os envolvidos. O advogado Felipe Trompowsky, que representa o coronel Anderson Lima de Moura, defende que o Ministério Público Militar deve reconhecer a ausência de materialidade e rejeitar a denúncia.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Presidente boliviano traiu e sabia de plano para me eliminar, acusa Evo Morales

Morales afirma que Luis Arce e ministro do governo teriam conspirado para eliminá-lo e critica atual gestão por "direitização" da política

Evo Morales (Foto: David Mercado/Reuters)

Em uma entrevista contundente à Folha de S. Paulo, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, de 65 anos, lançou graves acusações contra seu antigo aliado e atual chefe de Estado, Luis Arce, sugerindo que ele tinha conhecimento de planos para eliminá-lo “política e fisicamente”. Segundo Morales, a orquestração envolveria o ministro de Governo, Eduardo del Castillo. Morales afirma que no último domingo (27), teria sofrido uma emboscada planejada para matá-lo, parte de uma série de investidas políticas contra ele.

Falando de Cochabamba por videochamada, Morales relatou que, já em 2022, foi alertado sobre um suposto plano de eliminação organizado por membros do governo Arce. “Chegaram a mim com esse plano [para me eliminar] em janeiro de 2022, [vindo] da equipe de comunicação do ministério do Governo”, revelou, lembrando uma ocasião em que confrontou Arce sobre o tema, mostrando-lhe documentos. “Mostrei: ‘Lucho, presidente, o que é isso? Um plano para eliminar politicamente Evo.’ Ele se assustou e então me disse: ‘Vou investigar’. Até agora, nada”, afirmou. Para Morales, a falta de reação de Arce é prova de sua anuência com o suposto complô.

Uma ruptura que evidencia divergências ideológicas


Morales foi um dos principais articuladores para que Arce fosse eleito presidente, mas diz que, desde então, o ex-pupilo tem seguido uma linha de governo contrária às diretrizes do Movimento ao Socialismo (MAS). Segundo ele, Arce adotou “a receita do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional: reduzir o Estado”. Essa mudança teria levado o país a depender das multinacionais para investimentos, o que, na visão de Morales, vai contra o modelo de nacionalizações que ele implementou durante seus 14 anos no poder. “Demonstramos em 14 anos, nacionalizando os recursos naturais e os serviços básicos, que a Bolívia tinha muito futuro”, declarou.

O distanciamento entre os antigos aliados se consolidou ao longo do último ano, com Morales acusando Arce de "direitizar-se programaticamente". Segundo o ex-presidente, Arce teria se aproximado dos Estados Unidos, o que considera uma quebra de confiança. “Não posso entender como em junho, durante o golpe ou autogolpe, a Embaixada dos Estados Unidos o defendeu. Quando no mundo, especialmente na América Latina, os Estados Unidos vão defender um governo de esquerda? Nunca”, criticou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

China destaca apoio a Cuba contra bloqueio e sanções dos EUA

As ações unilaterais dos Estados Unidos, que violam os princípios da Carta das Nações Unidas, são esmagadoramente condenadas pela comunidade internacional

Lin Jian, porta-voz da Chacelaria chinesa (Foto: MRE da China)

Prensa Latina - O Ministério das Relações Exteriores da China saudou nesta quinta-feira (31), o apoio majoritário da comunidade internacional a Cuba contra o bloqueio dos Estados Unidos e exigiu a eliminação imediata desta política hostil.

"Mais uma vez a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução relevante com uma esmagadora maioria de 187 votos, demonstrando o firme apoio ao povo cubano na sua justa luta para salvaguardar a soberania e opor-se à interferência externa e ao bloqueio", disse o porta-voz da China Lin Jian em resposta à uma pergunta da Prensa Latina.

Na opinião do porta-voz, isto mostra que as ações unilaterais e intimidadoras dos Estados Unidos, que violam gravemente os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, são esmagadoramente condenadas pela comunidade internacional.

O porta-voz denunciou o profundo sofrimento que estas medidas coercitivas causam à população da ilha.

“Segundo dados de Cuba, o bloqueio dos Estados Unidos nas últimas seis décadas custou a Cuba mais de 160 bilhões de dólares, dos quais mais de cinco bilhões de dólares foram perdidos entre março de 2023 e fevereiro de 2024, afetando quase todas as áreas de subsistência, incluindo a alimentação, medicina e energia”, declarou.

Lin reafirmou a oposição do gigante asiático a este cerco e às sanções de Washington.

“Desde 1992, durante 32 anos consecutivos, a China votou a favor da resolução de Cuba, apelando ao fim deste bloqueio imposto pelos Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU”, acrescentou.

O porta-voz sublinhou que Pequim manterá a sua posição firmemente a favor da equidade e justiça internacional e continuará a apoiar o povo cubano na sua resistência contra a interferência externa, em defesa da sua soberania e dignidade nacional.

Na véspera, a Assembleia Geral da ONU aprovou com 187 votos a favor, dois contra e uma abstenção a trigésima segunda resolução que exige o fim do bloqueio dos Estados Unidos contra a maior das Antilhas.

O resultado confirma o isolamento da nação do norte na sua política contra Havana, descrita pela comunidade internacional como obsoleta e sem sentido.

O representante permanente de Pequim na ONU, Fu Cong, exigiu o fim do bloqueio e a revogação das sanções unilaterais contra a ilha e apelou à retirada de Cuba da lista de países supostamente patrocinadores do terrorismo.

Fonte: Brasil 247

A manobra orquestrada na Câmara para derrubar a inelegibilidade de Bolsonaro

Para que seja sancionada, a proposta ainda precisa de aprovação pela maioria dos deputados e senadores

Bolsonaro e Lira usufruem do orçamento secreto, mais uma ação corrupta do governo 
(Foto: Reuters)

 Uma proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, caso aprovada no Congresso, deve ser submetida ao crivo do Supremo Tribunal Federal (STF), apontam especialistas entrevistados pela Folha de S.Paulo. A medida, que propõe o perdão geral dos crimes relacionados aos ataques contra o Estado democrático, conta com brechas legais que poderão, em última instância, fazer com que o STF vete a anistia. O projeto de lei está em debate na Câmara dos Deputados após decisão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que o retirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o encaminhou para uma comissão especial. Para que seja sancionada, a proposta ainda precisa de aprovação pela maioria dos deputados e senadores, e da assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os pontos mais controversos, a proposta possui desdobramentos que podem beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas pendências com a Justiça Eleitoral e em investigações sobre a tentativa de golpe. O projeto de lei 2858/2022, com seus anexos, prevê a anulação de multas impostas pela Justiça Eleitoral e a extinção de causas de inelegibilidade. Segundo Gustavo Sampaio, professor de Direito Público da Universidade Federal Fluminense (UFF), “o texto prevê, por exemplo, que multas impostas pela Justiça Eleitoral sejam anuladas e que causas de inelegibilidade sejam cessadas”.

Especialistas acreditam que, caso o Legislativo aprove a anistia, o tema será inevitavelmente levado ao STF, que tem a responsabilidade de verificar sua constitucionalidade.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Caso Marielle: segundo dia de julgamento deve ter alegações finais e sentença. Acompanhe

A promotoria busca convencer o júri a aplicar a pena máxima de 84 anos de prisão a Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz

Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz (Foto: Mídia NINJA | Reprodução)

O julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, entra em seu segundo dia nesta quinta-feira (31), com a previsão de que a sentença seja definida após as alegações finais. Conforme reportado pelo jornal O Globo, o primeiro dia do julgamento foi marcado por depoimentos intensos, que rememoraram o luto e os traumas enfrentados pelas famílias das vítimas. Após uma longa audiência de 13 horas, o júri optou por encerrar os trabalhos nas primeiras horas da madrugada, retomando o julgamento às 8h do dia seguinte.

Neste segundo dia, o 4º Tribunal do Júri abrirá espaço para as alegações finais, nas quais tanto o Ministério Público quanto a defesa apresentarão suas considerações finais aos jurados. A promotoria buscará convencer o júri a aplicar a pena máxima de 84 anos, enquanto a defesa terá a oportunidade de contestar as acusações. De acordo com o cronograma, após a fala dos promotores, os advogados de defesa terão espaço para sua argumentação, além de possibilidade de réplica e tréplica, sempre finalizando com a palavra da defesa antes da deliberação dos jurados.

◆ Emoção e tensão no primeiro dia - No primeiro dia do julgamento, amigos e familiares das vítimas prestaram depoimentos emocionados e lembraram a dor da perda e os momentos finais ao lado de Marielle e Anderson. Fernanda Chaves, assessora e única sobrevivente do ataque, narrou com detalhes a noite do crime e a angústia ao presenciar a violência no centro do Rio. “Estava tudo muito escuro. Conversávamos sobre o dia e sobre compromissos futuros”, relatou Fernanda, que descreveu o choque ao perceber o ataque e os momentos em que buscou ajuda.

Marinete Silva, mãe de Marielle, também fez um depoimento comovente, lembrando a trajetória da filha e o impacto da perda. “Dói muito, uma dor que nunca imaginamos sentir”, declarou. “Perder uma filha de forma tão brutal e covarde é uma ferida que nunca cicatriza”. A presença da mãe de Marielle e outros familiares tornou o ambiente ainda mais tenso, especialmente diante dos depoimentos dos réus e das lembranças vívidas do crime que marcou o país.

◆ Depoimentos dos acusados e novas revelações - Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ambos ex-policiais militares e acusados pelo crime, deram suas versões durante a audiência. Em momentos de aparente contrição, Lessa chegou a pedir perdão às famílias das vítimas, um pedido que foi recebido com frieza e indignação pelos familiares. Lessa relatou em detalhes o planejamento do assassinato e admitiu ter mirado propositalmente na vereadora, causando comoção e revolta entre os presentes.

A esposa de Anderson, Ágatha Arnaus, também se manifestou durante a sessão, narrando como a morte do marido afetou o filho pequeno do casal, que perdeu o pai ainda na infância. Segundo Ágatha, “Ele [Anderson] perdeu todos os Dias dos Pais, as festas em família”, desabafou em lágrimas ao lembrar dos momentos de dor e superação enfrentados desde a tragédia.

◆ O contexto do crime e a investigação - Marielle Franco, vereadora eleita em 2016 pelo Psol, teve uma trajetória dedicada à defesa dos direitos humanos e às causas de minorias, temas que frequentemente a colocavam sob ameaça. As investigações apontam para uma motivação política e a atuação de milicianos no crime, que teria sido cuidadosamente planejado e executado.

Desde o assassinato em 14 de março de 2018, o caso se tornou um símbolo de resistência e luta pela justiça no Brasil e no exterior, mobilizando movimentos sociais e autoridades na cobrança por respostas. Mais de cinco anos depois, o julgamento de Lessa e Élcio representa um marco na busca por justiça e um momento de acerto de contas com as práticas de violência e silenciamento político no país.

A expectativa agora recai sobre as alegações finais e a decisão do júri, que pode definir o destino dos acusados e, finalmente, dar algum alívio às famílias de Marielle e Anderson, que aguardam pela resolução do caso e pela aplicação da justiça.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Reabilitado politicamente, Dirceu é peça-chave para renovação do PT e reeleição de Lula

José Dirceu, que dialoga com os mais variados setores políticos, é visto como peça fundamental para garantir apoio à reeleição de Lula

(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A recente anulação das condenações de José Dirceu pelo Supremo Tribunal Federal (STF) abriu caminho para que o ex-ministro recupere protagonismo no PT. Segundo o jornal O Globo, Dirceu já trabalha nos bastidores para reposicionar o partido no cenário político e é visto como peça estratégica para articulações que garantam a candidatura do presidente Lula (PT) à reeleição em 2026. O ex-ministro, outrora figura central do primeiro governo Lula, volta à cena num momento em que o PT admite a necessidade de buscar aproximação com partidos de centro e centro-direita, fortalecendo as chances eleitorais de Lula para um quarto mandato.

O primeiro passo na reaproximação entre Lula e Dirceu aconteceu há pouco mais de um mês, em Brasília, em um encontro reservado que contou com a presença de um assessor. Essa foi a primeira conversa entre os dois em dois anos, marcando o que muitos petistas acreditam ser o início de uma colaboração essencial para alinhar o PT às novas exigências do cenário político. "Lula é candidatíssimo e, para nós, é ele quem realmente organiza e simboliza uma linha histórica de projeto de desenvolvimento nacional e justiça social. A liderança é ele. Queremos organizar e eu acredito que o MDB é um pouco chave disso aí", destacou Dirceu em entrevista, ressaltando a importância de uma aliança com partidos centristas como o MDB e o União Brasil para fortalecer a base de apoio do PT.

Reconstrução do PT e liderança de Edinho Silva - Dentro do PT, Dirceu se posiciona entre os principais defensores da renovação partidária. Ao lado de Edinho Silva, prefeito de Araraquara e potencial candidato a assumir a presidência do partido em 2025, Dirceu acredita que é hora de reconstruir o PT. "O PT precisa ter projeto de reconstrução partidária, sede em todas as cidades, mais trabalho com a juventude, mais trabalho no território", afirmou, delineando a importância de uma estrutura capilarizada para reconquistar apoio popular.

Dirceu também elogiou a atuação da atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que, segundo ele, manteve a unidade do partido durante os anos mais turbulentos da sigla, inclusive no período em que Lula esteve injustamente preso. No entanto, sua volta ao cenário político pode intensificar a disputa interna, especialmente entre o grupo liderado por Gleisi e a ala encabeçada por Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais. Enquanto um setor critica o comando atual, outro questiona a eficácia da articulação política do governo com o Congresso. Dirceu está entre aqueles que veem a necessidade de uma revisão profunda nas estratégias do partido, defendendo a aproximação com as bases e uma nova fase de diálogo aberto com a sociedade.

Dirceu e o retorno à Câmara dos Deputados - O ex-ministro também sinalizou seu desejo de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, um projeto pessoal que ele vê como uma forma de restaurar sua trajetória política após ter seu mandato cassado em 2005 durante o mensalão. A decisão de Gilmar Mendes de anular suas condenações na Lava Jato, em razão da suspeição do ex-juiz - e hoje senador - Sergio Moro, renovou as esperanças de Dirceu em recuperar seus direitos políticos e sua posição no Congresso, ao qual ele espera retornar aos 80 anos, considerando sua candidatura uma questão de justiça histórica.

A ascensão de Dirceu no PT e sua articulação para alianças políticas estratégicas mostram a importância de sua figura dentro do partido. Como apontado por seus aliados, Dirceu tem um histórico de diálogo com setores diversos do espectro político, o que o torna um recurso valioso para o PT na busca por uma frente ampla de apoio em 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

“Brasília é a capital do lobby, não conseguimos impedir todos os malfeitos”, diz presidente do STJ ao citar esquema

Herman Benjamin defende a reputação do STJ em meio a escândalo de venda de sentenças

Ministro do STJ Herman Benjamin (Foto: Lucas Pricken/STJ)

 O Superior Tribunal de Justiça (STJ) enfrenta o desafio de manter sua reputação em meio a denúncias sobre esquemas de venda de decisões judiciais, afirma o presidente da corte, ministro Herman Benjamin. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Benjamin rejeita a ideia de uma crise institucional e destaca que as suspeitas envolvem apenas "fatos isolados de poucos servidores". No entanto, ele admite que, apesar dos esforços, o STJ não tem conseguido bloquear completamente práticas irregulares.

"Brasília é a capital mundial dos lobistas", afirma o ministro, explicando que o lobby na capital do país ocorre de forma informal, frequentemente em restaurantes e até eventos religiosos, onde intermediários vendem suposto acesso aos gabinetes dos ministros. "Muitas vezes, se vende acesso a ministros quando não se tem, mas há muitas pessoas crédulas a esses charlatões", ressalta Benjamin.

Para o presidente do STJ, os casos de irregularidade se limitam a "um número muito pequeno" de servidores em um universo de mais de 5.000 funcionários. Benjamin menciona que dois servidores já foram afastados, mas o processo de investigação segue em andamento com rigor. "Estamos apurando a fundo com a perspectiva de que o povo brasileiro fique satisfeito com as providências", declarou o ministro, acrescentando que a corte tem adotado medidas para rastrear o acesso a processos e impedir vazamentos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lideranças do PT temem que Lula não dispute a Presidência em 2026

Avaliação é de que o presidente não se arriscará se a popularidade de seu governo estiver em baixa. "Lulodependência" preocupa internamente

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A possibilidade do presidente Lula (PT) não se candidatar à reeleição em 2026 começa a gerar apreensão nas lideranças do PT. Reportagem de Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, revelou que a participação de Lula na corrida presidencial depende, sobretudo, da aprovação popular e da percepção de viabilidade política nos próximos anos. Nos bastidores do partido, avalia-se que o atual presidente pode optar por não disputar o pleito, especialmente se a popularidade de sua gestão não consolidar uma base sólida para uma nova candidatura.

O temor entre os aliados de Lula reside na possibilidade de que ele escolha encerrar sua trajetória eleitoral com a vitória histórica de 2022, evitando o desgaste de uma eventual derrota que comprometeria seu legado. Para Lula, disputar o cargo aos 81 anos representa um desafio, e a ideia de encerrar a carreira no auge das conquistas políticas recentes ganha força. Uma derrota dificilmente seria seguida de uma revanche eleitoral em 2030, apontam fontes ligadas ao PT, lembrando que, ao final de um eventual segundo mandato, o presidente estaria com quase 90 anos.

Entretanto, as pressões para que Lula encabece a chapa em 2026 serão intensas. O partido considera que, sem sua liderança, há o risco de uma diminuição expressiva nas bancadas do PT e de partidos aliados, o que, segundo integrantes da legenda, poderia abrir caminho para uma hegemonia conservadora por duas décadas. Internamente, o PT debate uma possível "lulodependência", reconhecendo que a ausência de um sucessor com o mesmo apelo popular pode enfraquecer o partido no cenário eleitoral.

A força do presidente em unir e mobilizar o eleitorado da esquerda é considerada inigualável, e a falta de um nome à altura gera preocupação quanto à capacidade de manutenção do campo progressista em futuros pleitos. Sem Lula, a bancada do PT e de partidos aliados poderia encolher a níveis inéditos, avaliam as lideranças, ressaltando que, sem uma figura que concentre a adesão popular, o partido se arrisca a perder terreno para forças políticas adversárias.

Em paralelo a essas discussões, figuras públicas e aliados de Lula começam a lançar alternativas, mas nenhum nome até o momento se mostra com a mesma robustez. Mesmo assim, a pressão para que Lula busque a reeleição poderá determinar os rumos do partido e a manutenção da unidade política dentro da esquerda brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo