quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Imagem de Lula é positiva para 60% dos brasileiros, aponta pesquisa

Quando somados os que avaliam o governo como 'bom', 'ótimo' ou 'regular', aprovação é de 58,9%, segundo pesquisa Latam Pulse

12.09.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral a Gestantes e Bebês, em Belford Roxo (RJ) (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

 O relatório Latam Pulse, divulgado nesta quarta-feira (30), revela que 60% dos brasileiros têm uma visão positiva do presidente Lula (PT), enquanto 39% afirmam ver o presidente de forma negativa, informa a IstoÉ. Realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, a pesquisa entrevistou 2.371 pessoas entre os dias 10 e 14 de outubro e oferece um recorte aprofundado da percepção dos brasileiros sobre a atuação de Lula e os principais problemas do país, com nível de confiança de 95%.

A aprovação específica ao desempenho do presidente atinge 50,7%, com 45,8% dos entrevistados afirmando desaprovar a gestão de Lula e 3,6% declarando-se indecisos. Em comparação com o levantamento de julho de 2024, que registrava uma aprovação de 50,2%, os números mostram leve aumento. Quando são incluídos os que avaliam o governo como “regular” (17,9%), o índice geral de avaliação positiva sobe para 58,9%.

A análise detalhada do perfil de aprovação indica maior suporte entre as mulheres, com 54,8% declarando-se favoráveis ao presidente, em contraste com 45,6% entre os homens. Quanto ao nível de escolaridade, o grupo de entrevistados com ensino superior é o mais favorável, com uma taxa de 61,1% de aprovação. Em relação à idade, pessoas entre 45 e 59 anos constituem o maior contingente de apoio a Lula, com 57,9% de avaliação positiva, seguidos pelos jovens de 16 a 34 anos, com 53,8%.

Outro ponto importante levantado pela pesquisa foi a percepção sobre os principais desafios enfrentados pelo país. Para 54,8% dos entrevistados, a corrupção é a maior preocupação, acompanhada pela criminalidade e o tráfico de drogas, que representam problemas para 54,1%. A questão ambiental e o aquecimento global também foram destacados, com 31,9% apontando-os como questões críticas.

Sobre o governo Lula, 41% dos brasileiros o consideram “bom” ou “ótimo”, enquanto 39,8% classificam a gestão como “ruim” ou “péssima”. O restante, 17,9%, avalia o governo como “regular”. Comparando com o mês de julho, houve uma leve queda na percepção de “ótimo” e “bom”, que então somavam 43,2%.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista IstoÉ

Prefeito de Angra dos Reis aciona Flávio Bolsonaro no STF

Fernando Jordão exige reparação após o senador acusá-lo, sem provas, de manter relação com o tráfico de drogas
Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) enfrenta um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) movido pelo prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB-RJ). A ação surge após Flávio ter declarado que a Prefeitura da cidade fluminense estaria envolvida em acordos com traficantes durante a campanha eleitoral. O clã Bolsonaro apoiava Renato Araújo (PL), que acabou derrotado por um aliado de Jordão, Ferreti (MDB).

Segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, a última terça-feira (29), Jordão protocolou uma queixa-crime contra Flávio, alegando o crime de injúria. O prefeito fundamenta sua queixa em um post feito pelo senador no Instagram no dia 7 de outubro, logo após a vitória de Ferreti. No vídeo, Flávio Bolsonaro acusou a administração de Jordão de manipular a máquina pública em favor de Ferreti, a quem se referiu como “cupincha” do prefeito.

“A máquina da prefeitura fechou com o tráfico de drogas, acredite se quiser. Os traficantes que dominam algumas comunidades em Angra dos Reis proibiam o Renato de entrar lá”, afirmou o senador. “O tráfico estava indicando voto em Ferreti”, acrescentou.

Ainda de acordo com a reportagem, na ação judicial, Fernando Jordão sugere que Flávio pague R$ 50 mil em alimentos ou medicamentos a uma instituição beneficente local e preste serviços à comunidade. Caso o senador não concorde, o prefeito pede a condenação por injúria, considerando a gravidade das declarações nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Núcleo bolsonarista e militar espera para os próximos dias indiciamento pela tentativa de golpe

Devem ser indiciados pela Polícia Federal, além de Jair Bolsonaro, os ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

A tensão nos bastidores políticos e militares brasileiros está em seu ponto máximo. Segundo reportado por Igor Gadelha, do Metrópoles, cresce entre aliados de Jair Bolsonaro (PL) e na alta cúpula das Forças Armadas a apreensão quanto ao desfecho do inquérito da Polícia Federal que investiga um suposto plano de golpe para evitar a posse do presidente Lula (PT) em 2023. A expectativa nos círculos de Bolsonaro é de que a PF apresente, nos próximos dias, o indiciamento do ex-mandatário, assim como de altos generais que integraram seu governo. O clima de incerteza e preocupação é perceptível, revelando o impacto que as investigações têm causado no núcleo militar e político bolsonarista.

A PF teria como alvo não apenas Bolsonaro, mas também nomes de peso da cúpula militar, como os generais da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Paulo Sérgio Nogueira, que liderou o Exército durante parte do governo Bolsonaro. No meio militar, a possibilidade de indiciamento do general Heleno é especialmente delicada. Aos 77 anos, Heleno mantém forte prestígio dentro das Forças Armadas, o que torna o caso particularmente sensível para a imagem das instituições.

Além deste inquérito de suposta conspiração para um golpe, Bolsonaro já foi indiciado em outras investigações, incluindo uma sobre a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 e outra sobre a venda ilegal de joias que ele teria recebido como presentes durante seu mandato. Essas investigações paralelas reforçam a tensão ao redor do ex-mandatário, intensificando as preocupações entre seus aliados e as implicações políticas de um possível desfecho judicial desfavorável.

A expectativa é que, com os novos indiciamentos, o cenário político brasileiro passe por mais um turbilhão, acentuando a polarização e pressionando tanto o núcleo bolsonarista quanto a estrutura militar, que acompanha atentamente os desdobramentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Governadores se reúnem com Lula para discutir PEC da segurança pública

Encontro também terá a participação de ministros com experiência como governadores, além dos presidentes do STF, da Câmara e do Senado

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com governadores, durante a cerimônia de anúncio do Projeto Sertão Vivo (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Em Brasília, nesta quinta-feira (31), o presidente Lula (PT) organiza uma reunião com governadores para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. Conforme noticiado pelo Metrópoles, o encontro conta com a participação de figuras-chave de várias esferas de governo, incluindo governadores aliados, como Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia, e Elmano de Freitas (PT), do Ceará, além de opositores, como Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, não participará devido a conflitos de agenda.

Além dos governadores, o evento reúne ministros com experiência no Executivo estadual, como Camilo Santana (Educação), ex-governador do Ceará; Rui Costa (Casa Civil), ex-governador da Bahia; e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), que governou o Piauí. Marcarão presença, ainda, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacando a importância do encontro para o fortalecimento das políticas de segurança pública.

A reunião ganha importância após uma série de episódios de violência no Rio de Janeiro, que pressionam as lideranças locais a tomar ações coordenadas contra o crime. Em 24 de outubro, um confronto entre a Polícia Militar e criminosos do Complexo de Israel resultou em três mortes e interditou a movimentada Avenida Brasil. No dia anterior, conflitos envolvendo torcedores do Peñarol na cidade resultaram em 280 detenções, sendo 21 prisões em flagrante. O Rio de Janeiro, que receberá a cúpula do G20 em novembro, torna-se o foco de discussões sobre a necessidade de maior apoio federal em ações de combate à criminalidade.

Um novo plano de segurança pública - A PEC da Segurança Pública busca promover uma integração mais eficiente entre as forças federais e estaduais. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o governo federal assume um papel de “coadjuvante”, reconhecendo que a segurança pública é responsabilidade dos estados e municípios, mas ressaltou: “não estamos medindo esforços para ajudar as forças locais que somam cerca de 500 mil pessoas".

Desde o início de sua gestão, Lula tem demonstrado interesse em estabelecer um canal de diálogo com os governos estaduais para discutir o papel do Executivo federal na segurança pública. “Nós queremos saber qual é o nosso papel, aonde a gente entra, como a gente pode ajudar. Porque não tem espaço, a segurança é mais estadual do que federal”, afirmou o presidente durante uma reunião no Planalto, em julho.

Essa iniciativa reforça o compromisso de Lula com uma abordagem que contemple as necessidades regionais e ajuste o papel da União dentro de um quadro de segurança nacional. A última reunião ampliada entre o Executivo federal e os governadores foi em setembro, quando o país enfrentava uma crise de queimadas. Na ocasião, o ministro Rui Costa coordenou o encontro em nome do presidente, que cumpria agenda internacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Após vexame nas urnas e virar incerteza na Band, emissora decide destino de Datena

Após meses de incertezas e especulações, a Band finalmente decidiu o futuro de José Luiz Datena

José Luiz Datena no debate RedeTV/UOL (Foto: Reprodução)

Após meses de incertezas e especulações, a Band finalmente decidiu o futuro de José Luiz Datena, afastado do programa "Brasil Urgente" desde junho para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Em reunião realizada na última terça-feira (29) com o presidente da emissora, Johnny Saad, ficou definido que Datena não voltará a comandar o programa policial que apresentou por mais de duas décadas. A decisão, anunciada oficialmente pela Band, marca o encerramento de um ciclo na TV brasileira e abre espaço para novas possibilidades na carreira do apresentador. As infiormções são do portal Notícias da TV.

Com contrato vigente até o final de novembro, Datena havia renovado sua permanência na emissora pouco antes de iniciar sua campanha eleitoral, aceitando uma redução de salário de cerca de 80%. No entanto, o retorno ao "Brasil Urgente" foi descartado após análise conjunta. Segundo a Band, a conversa para definir os novos rumos do apresentador será retomada em janeiro de 2025, com foco em projetos voltados para o entretenimento, uma área em que Datena já atuou anteriormente com boa recepção. “Em comum acordo, o comunicador deixa a apresentação do Brasil Urgente, atração que comandou com maestria e grande audiência e que agora segue com seu filho Joel Datena”, oficializou a emissora.

A saída definitiva do "Brasil Urgente" já era um desejo de Datena, que vinha manifestando o cansaço acumulado pelos anos de exposição em um programa policial, além das ameaças que recebia de supostos criminosos. Desde sua candidatura ao cargo de prefeito, a situação interna do apresentador na Band também se tornou mais complicada, com divisões na emissora sobre seu retorno. A campanha eleitoral de Datena foi marcada por polêmicas, incluindo um episódio em que desferiu uma cadeirada no também candidato Pablo Marçal, durante um debate na TV Cultura. O jornalista acabou na quinta posição nas eleições, com menos de 2% dos votos.

A Band, ao observar o impacto da ausência de Datena no "Brasil Urgente", também viu o momento como propício para seguir com Joel Datena, que estabilizou a audiência do programa em torno de três pontos na Grande São Paulo, resultado que, embora abaixo do alcançado por Datena, mantém a disputa pela terceira posição de audiência, frequentemente vencida contra o SBT.

Na nota emitida após o anúncio, a emissora reforçou seu compromisso com Datena: “A Band tem um enorme carinho pelo apresentador José Luiz Datena e reforça os laços de amizade com o profissional, que tem uma trajetória de enorme êxito no Grupo Bandeirantes há mais de 20 anos”. A emissora ainda confirmou que está em discussão um novo formato para 2025, possivelmente alinhado ao perfil de entretenimento que o apresentador já explorou anteriormente.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Notícias da TV

Exército indicia coronéis autores de carta golpista contra Lula em 2022

Inquérito aponta crimes de incitação à indisciplina e crítica indevida. Objetivo era pressionar o comando do Exército a impedir a posse do presidente

Assinatura do Termo de Compromisso para implementação da Escola de Sargentos em Pernambuco (Foto: Ricardo Stuckert)

O Exército brasileiro concluiu nesta semana o Inquérito Policial Militar (IPM) sobre a autoria de uma carta que, em 2022, pressionou o comando da instituição a impedir a posse do presidente Lula (PT). A investigação indiciou três coronéis – Anderson Lima de Moura, da ativa, e Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso, ambos da reserva – pelos crimes de incitação à indisciplina militar e crítica indevida, com penas previstas de até quatro anos e dois meses, respectivamente, segundo o jornal O Globo.

A carta, elaborada e assinada por dezenas de oficiais, foi utilizada como uma tentativa de influenciar o então comandante do Exército, General Freire Gomes, em um cenário de tensões pós-eleitorais. Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o documento representava uma "ameaça de atuação armada". Em resposta, o Exército instaurou uma sindicância que identificou quatro coronéis como redatores do texto, além de 33 outros signatários. No entanto, apenas os quatro redatores foram indiciados criminalmente, enquanto os demais enfrentaram punições administrativas que variaram de advertências a prisões.

A investigação contra o quarto coronel envolvido, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, está temporariamente suspensa. Ele obteve uma liminar da Justiça que paralisou parte dos atos da sindicância, a qual, segundo seu advogado, Elder Alves da Silva, foi conduzida de maneira "açodada" e prejudicou a defesa. "Já li e reli a carta várias vezes e não constatei nenhum teor golpista", afirmou Alves da Silva, que também critica o acesso limitado dos advogados à sindicância para elaborar a defesa de seus clientes.

A decisão final sobre o caso caberá à 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília, que avaliará o IPM para determinar se apresentará denúncia contra os coronéis indiciados ou se pedirá o arquivamento. A defesa dos militares alega falta de provas concretas e questiona a interpretação dada ao documento, afirmando que o Exército conduz uma perseguição política contra os envolvidos. O advogado Felipe Trompowsky, que representa o coronel Anderson Lima de Moura, defende que o Ministério Público Militar deve reconhecer a ausência de materialidade e rejeitar a denúncia.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Presidente boliviano traiu e sabia de plano para me eliminar, acusa Evo Morales

Morales afirma que Luis Arce e ministro do governo teriam conspirado para eliminá-lo e critica atual gestão por "direitização" da política

Evo Morales (Foto: David Mercado/Reuters)

Em uma entrevista contundente à Folha de S. Paulo, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, de 65 anos, lançou graves acusações contra seu antigo aliado e atual chefe de Estado, Luis Arce, sugerindo que ele tinha conhecimento de planos para eliminá-lo “política e fisicamente”. Segundo Morales, a orquestração envolveria o ministro de Governo, Eduardo del Castillo. Morales afirma que no último domingo (27), teria sofrido uma emboscada planejada para matá-lo, parte de uma série de investidas políticas contra ele.

Falando de Cochabamba por videochamada, Morales relatou que, já em 2022, foi alertado sobre um suposto plano de eliminação organizado por membros do governo Arce. “Chegaram a mim com esse plano [para me eliminar] em janeiro de 2022, [vindo] da equipe de comunicação do ministério do Governo”, revelou, lembrando uma ocasião em que confrontou Arce sobre o tema, mostrando-lhe documentos. “Mostrei: ‘Lucho, presidente, o que é isso? Um plano para eliminar politicamente Evo.’ Ele se assustou e então me disse: ‘Vou investigar’. Até agora, nada”, afirmou. Para Morales, a falta de reação de Arce é prova de sua anuência com o suposto complô.

Uma ruptura que evidencia divergências ideológicas


Morales foi um dos principais articuladores para que Arce fosse eleito presidente, mas diz que, desde então, o ex-pupilo tem seguido uma linha de governo contrária às diretrizes do Movimento ao Socialismo (MAS). Segundo ele, Arce adotou “a receita do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional: reduzir o Estado”. Essa mudança teria levado o país a depender das multinacionais para investimentos, o que, na visão de Morales, vai contra o modelo de nacionalizações que ele implementou durante seus 14 anos no poder. “Demonstramos em 14 anos, nacionalizando os recursos naturais e os serviços básicos, que a Bolívia tinha muito futuro”, declarou.

O distanciamento entre os antigos aliados se consolidou ao longo do último ano, com Morales acusando Arce de "direitizar-se programaticamente". Segundo o ex-presidente, Arce teria se aproximado dos Estados Unidos, o que considera uma quebra de confiança. “Não posso entender como em junho, durante o golpe ou autogolpe, a Embaixada dos Estados Unidos o defendeu. Quando no mundo, especialmente na América Latina, os Estados Unidos vão defender um governo de esquerda? Nunca”, criticou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

China destaca apoio a Cuba contra bloqueio e sanções dos EUA

As ações unilaterais dos Estados Unidos, que violam os princípios da Carta das Nações Unidas, são esmagadoramente condenadas pela comunidade internacional

Lin Jian, porta-voz da Chacelaria chinesa (Foto: MRE da China)

Prensa Latina - O Ministério das Relações Exteriores da China saudou nesta quinta-feira (31), o apoio majoritário da comunidade internacional a Cuba contra o bloqueio dos Estados Unidos e exigiu a eliminação imediata desta política hostil.

"Mais uma vez a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução relevante com uma esmagadora maioria de 187 votos, demonstrando o firme apoio ao povo cubano na sua justa luta para salvaguardar a soberania e opor-se à interferência externa e ao bloqueio", disse o porta-voz da China Lin Jian em resposta à uma pergunta da Prensa Latina.

Na opinião do porta-voz, isto mostra que as ações unilaterais e intimidadoras dos Estados Unidos, que violam gravemente os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, são esmagadoramente condenadas pela comunidade internacional.

O porta-voz denunciou o profundo sofrimento que estas medidas coercitivas causam à população da ilha.

“Segundo dados de Cuba, o bloqueio dos Estados Unidos nas últimas seis décadas custou a Cuba mais de 160 bilhões de dólares, dos quais mais de cinco bilhões de dólares foram perdidos entre março de 2023 e fevereiro de 2024, afetando quase todas as áreas de subsistência, incluindo a alimentação, medicina e energia”, declarou.

Lin reafirmou a oposição do gigante asiático a este cerco e às sanções de Washington.

“Desde 1992, durante 32 anos consecutivos, a China votou a favor da resolução de Cuba, apelando ao fim deste bloqueio imposto pelos Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU”, acrescentou.

O porta-voz sublinhou que Pequim manterá a sua posição firmemente a favor da equidade e justiça internacional e continuará a apoiar o povo cubano na sua resistência contra a interferência externa, em defesa da sua soberania e dignidade nacional.

Na véspera, a Assembleia Geral da ONU aprovou com 187 votos a favor, dois contra e uma abstenção a trigésima segunda resolução que exige o fim do bloqueio dos Estados Unidos contra a maior das Antilhas.

O resultado confirma o isolamento da nação do norte na sua política contra Havana, descrita pela comunidade internacional como obsoleta e sem sentido.

O representante permanente de Pequim na ONU, Fu Cong, exigiu o fim do bloqueio e a revogação das sanções unilaterais contra a ilha e apelou à retirada de Cuba da lista de países supostamente patrocinadores do terrorismo.

Fonte: Brasil 247

A manobra orquestrada na Câmara para derrubar a inelegibilidade de Bolsonaro

Para que seja sancionada, a proposta ainda precisa de aprovação pela maioria dos deputados e senadores

Bolsonaro e Lira usufruem do orçamento secreto, mais uma ação corrupta do governo 
(Foto: Reuters)

 Uma proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, caso aprovada no Congresso, deve ser submetida ao crivo do Supremo Tribunal Federal (STF), apontam especialistas entrevistados pela Folha de S.Paulo. A medida, que propõe o perdão geral dos crimes relacionados aos ataques contra o Estado democrático, conta com brechas legais que poderão, em última instância, fazer com que o STF vete a anistia. O projeto de lei está em debate na Câmara dos Deputados após decisão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que o retirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o encaminhou para uma comissão especial. Para que seja sancionada, a proposta ainda precisa de aprovação pela maioria dos deputados e senadores, e da assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os pontos mais controversos, a proposta possui desdobramentos que podem beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas pendências com a Justiça Eleitoral e em investigações sobre a tentativa de golpe. O projeto de lei 2858/2022, com seus anexos, prevê a anulação de multas impostas pela Justiça Eleitoral e a extinção de causas de inelegibilidade. Segundo Gustavo Sampaio, professor de Direito Público da Universidade Federal Fluminense (UFF), “o texto prevê, por exemplo, que multas impostas pela Justiça Eleitoral sejam anuladas e que causas de inelegibilidade sejam cessadas”.

Especialistas acreditam que, caso o Legislativo aprove a anistia, o tema será inevitavelmente levado ao STF, que tem a responsabilidade de verificar sua constitucionalidade.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Caso Marielle: segundo dia de julgamento deve ter alegações finais e sentença. Acompanhe

A promotoria busca convencer o júri a aplicar a pena máxima de 84 anos de prisão a Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz

Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz (Foto: Mídia NINJA | Reprodução)

O julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, entra em seu segundo dia nesta quinta-feira (31), com a previsão de que a sentença seja definida após as alegações finais. Conforme reportado pelo jornal O Globo, o primeiro dia do julgamento foi marcado por depoimentos intensos, que rememoraram o luto e os traumas enfrentados pelas famílias das vítimas. Após uma longa audiência de 13 horas, o júri optou por encerrar os trabalhos nas primeiras horas da madrugada, retomando o julgamento às 8h do dia seguinte.

Neste segundo dia, o 4º Tribunal do Júri abrirá espaço para as alegações finais, nas quais tanto o Ministério Público quanto a defesa apresentarão suas considerações finais aos jurados. A promotoria buscará convencer o júri a aplicar a pena máxima de 84 anos, enquanto a defesa terá a oportunidade de contestar as acusações. De acordo com o cronograma, após a fala dos promotores, os advogados de defesa terão espaço para sua argumentação, além de possibilidade de réplica e tréplica, sempre finalizando com a palavra da defesa antes da deliberação dos jurados.

◆ Emoção e tensão no primeiro dia - No primeiro dia do julgamento, amigos e familiares das vítimas prestaram depoimentos emocionados e lembraram a dor da perda e os momentos finais ao lado de Marielle e Anderson. Fernanda Chaves, assessora e única sobrevivente do ataque, narrou com detalhes a noite do crime e a angústia ao presenciar a violência no centro do Rio. “Estava tudo muito escuro. Conversávamos sobre o dia e sobre compromissos futuros”, relatou Fernanda, que descreveu o choque ao perceber o ataque e os momentos em que buscou ajuda.

Marinete Silva, mãe de Marielle, também fez um depoimento comovente, lembrando a trajetória da filha e o impacto da perda. “Dói muito, uma dor que nunca imaginamos sentir”, declarou. “Perder uma filha de forma tão brutal e covarde é uma ferida que nunca cicatriza”. A presença da mãe de Marielle e outros familiares tornou o ambiente ainda mais tenso, especialmente diante dos depoimentos dos réus e das lembranças vívidas do crime que marcou o país.

◆ Depoimentos dos acusados e novas revelações - Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ambos ex-policiais militares e acusados pelo crime, deram suas versões durante a audiência. Em momentos de aparente contrição, Lessa chegou a pedir perdão às famílias das vítimas, um pedido que foi recebido com frieza e indignação pelos familiares. Lessa relatou em detalhes o planejamento do assassinato e admitiu ter mirado propositalmente na vereadora, causando comoção e revolta entre os presentes.

A esposa de Anderson, Ágatha Arnaus, também se manifestou durante a sessão, narrando como a morte do marido afetou o filho pequeno do casal, que perdeu o pai ainda na infância. Segundo Ágatha, “Ele [Anderson] perdeu todos os Dias dos Pais, as festas em família”, desabafou em lágrimas ao lembrar dos momentos de dor e superação enfrentados desde a tragédia.

◆ O contexto do crime e a investigação - Marielle Franco, vereadora eleita em 2016 pelo Psol, teve uma trajetória dedicada à defesa dos direitos humanos e às causas de minorias, temas que frequentemente a colocavam sob ameaça. As investigações apontam para uma motivação política e a atuação de milicianos no crime, que teria sido cuidadosamente planejado e executado.

Desde o assassinato em 14 de março de 2018, o caso se tornou um símbolo de resistência e luta pela justiça no Brasil e no exterior, mobilizando movimentos sociais e autoridades na cobrança por respostas. Mais de cinco anos depois, o julgamento de Lessa e Élcio representa um marco na busca por justiça e um momento de acerto de contas com as práticas de violência e silenciamento político no país.

A expectativa agora recai sobre as alegações finais e a decisão do júri, que pode definir o destino dos acusados e, finalmente, dar algum alívio às famílias de Marielle e Anderson, que aguardam pela resolução do caso e pela aplicação da justiça.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Reabilitado politicamente, Dirceu é peça-chave para renovação do PT e reeleição de Lula

José Dirceu, que dialoga com os mais variados setores políticos, é visto como peça fundamental para garantir apoio à reeleição de Lula

(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A recente anulação das condenações de José Dirceu pelo Supremo Tribunal Federal (STF) abriu caminho para que o ex-ministro recupere protagonismo no PT. Segundo o jornal O Globo, Dirceu já trabalha nos bastidores para reposicionar o partido no cenário político e é visto como peça estratégica para articulações que garantam a candidatura do presidente Lula (PT) à reeleição em 2026. O ex-ministro, outrora figura central do primeiro governo Lula, volta à cena num momento em que o PT admite a necessidade de buscar aproximação com partidos de centro e centro-direita, fortalecendo as chances eleitorais de Lula para um quarto mandato.

O primeiro passo na reaproximação entre Lula e Dirceu aconteceu há pouco mais de um mês, em Brasília, em um encontro reservado que contou com a presença de um assessor. Essa foi a primeira conversa entre os dois em dois anos, marcando o que muitos petistas acreditam ser o início de uma colaboração essencial para alinhar o PT às novas exigências do cenário político. "Lula é candidatíssimo e, para nós, é ele quem realmente organiza e simboliza uma linha histórica de projeto de desenvolvimento nacional e justiça social. A liderança é ele. Queremos organizar e eu acredito que o MDB é um pouco chave disso aí", destacou Dirceu em entrevista, ressaltando a importância de uma aliança com partidos centristas como o MDB e o União Brasil para fortalecer a base de apoio do PT.

Reconstrução do PT e liderança de Edinho Silva - Dentro do PT, Dirceu se posiciona entre os principais defensores da renovação partidária. Ao lado de Edinho Silva, prefeito de Araraquara e potencial candidato a assumir a presidência do partido em 2025, Dirceu acredita que é hora de reconstruir o PT. "O PT precisa ter projeto de reconstrução partidária, sede em todas as cidades, mais trabalho com a juventude, mais trabalho no território", afirmou, delineando a importância de uma estrutura capilarizada para reconquistar apoio popular.

Dirceu também elogiou a atuação da atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que, segundo ele, manteve a unidade do partido durante os anos mais turbulentos da sigla, inclusive no período em que Lula esteve injustamente preso. No entanto, sua volta ao cenário político pode intensificar a disputa interna, especialmente entre o grupo liderado por Gleisi e a ala encabeçada por Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais. Enquanto um setor critica o comando atual, outro questiona a eficácia da articulação política do governo com o Congresso. Dirceu está entre aqueles que veem a necessidade de uma revisão profunda nas estratégias do partido, defendendo a aproximação com as bases e uma nova fase de diálogo aberto com a sociedade.

Dirceu e o retorno à Câmara dos Deputados - O ex-ministro também sinalizou seu desejo de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, um projeto pessoal que ele vê como uma forma de restaurar sua trajetória política após ter seu mandato cassado em 2005 durante o mensalão. A decisão de Gilmar Mendes de anular suas condenações na Lava Jato, em razão da suspeição do ex-juiz - e hoje senador - Sergio Moro, renovou as esperanças de Dirceu em recuperar seus direitos políticos e sua posição no Congresso, ao qual ele espera retornar aos 80 anos, considerando sua candidatura uma questão de justiça histórica.

A ascensão de Dirceu no PT e sua articulação para alianças políticas estratégicas mostram a importância de sua figura dentro do partido. Como apontado por seus aliados, Dirceu tem um histórico de diálogo com setores diversos do espectro político, o que o torna um recurso valioso para o PT na busca por uma frente ampla de apoio em 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

“Brasília é a capital do lobby, não conseguimos impedir todos os malfeitos”, diz presidente do STJ ao citar esquema

Herman Benjamin defende a reputação do STJ em meio a escândalo de venda de sentenças

Ministro do STJ Herman Benjamin (Foto: Lucas Pricken/STJ)

 O Superior Tribunal de Justiça (STJ) enfrenta o desafio de manter sua reputação em meio a denúncias sobre esquemas de venda de decisões judiciais, afirma o presidente da corte, ministro Herman Benjamin. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Benjamin rejeita a ideia de uma crise institucional e destaca que as suspeitas envolvem apenas "fatos isolados de poucos servidores". No entanto, ele admite que, apesar dos esforços, o STJ não tem conseguido bloquear completamente práticas irregulares.

"Brasília é a capital mundial dos lobistas", afirma o ministro, explicando que o lobby na capital do país ocorre de forma informal, frequentemente em restaurantes e até eventos religiosos, onde intermediários vendem suposto acesso aos gabinetes dos ministros. "Muitas vezes, se vende acesso a ministros quando não se tem, mas há muitas pessoas crédulas a esses charlatões", ressalta Benjamin.

Para o presidente do STJ, os casos de irregularidade se limitam a "um número muito pequeno" de servidores em um universo de mais de 5.000 funcionários. Benjamin menciona que dois servidores já foram afastados, mas o processo de investigação segue em andamento com rigor. "Estamos apurando a fundo com a perspectiva de que o povo brasileiro fique satisfeito com as providências", declarou o ministro, acrescentando que a corte tem adotado medidas para rastrear o acesso a processos e impedir vazamentos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lideranças do PT temem que Lula não dispute a Presidência em 2026

Avaliação é de que o presidente não se arriscará se a popularidade de seu governo estiver em baixa. "Lulodependência" preocupa internamente

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A possibilidade do presidente Lula (PT) não se candidatar à reeleição em 2026 começa a gerar apreensão nas lideranças do PT. Reportagem de Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, revelou que a participação de Lula na corrida presidencial depende, sobretudo, da aprovação popular e da percepção de viabilidade política nos próximos anos. Nos bastidores do partido, avalia-se que o atual presidente pode optar por não disputar o pleito, especialmente se a popularidade de sua gestão não consolidar uma base sólida para uma nova candidatura.

O temor entre os aliados de Lula reside na possibilidade de que ele escolha encerrar sua trajetória eleitoral com a vitória histórica de 2022, evitando o desgaste de uma eventual derrota que comprometeria seu legado. Para Lula, disputar o cargo aos 81 anos representa um desafio, e a ideia de encerrar a carreira no auge das conquistas políticas recentes ganha força. Uma derrota dificilmente seria seguida de uma revanche eleitoral em 2030, apontam fontes ligadas ao PT, lembrando que, ao final de um eventual segundo mandato, o presidente estaria com quase 90 anos.

Entretanto, as pressões para que Lula encabece a chapa em 2026 serão intensas. O partido considera que, sem sua liderança, há o risco de uma diminuição expressiva nas bancadas do PT e de partidos aliados, o que, segundo integrantes da legenda, poderia abrir caminho para uma hegemonia conservadora por duas décadas. Internamente, o PT debate uma possível "lulodependência", reconhecendo que a ausência de um sucessor com o mesmo apelo popular pode enfraquecer o partido no cenário eleitoral.

A força do presidente em unir e mobilizar o eleitorado da esquerda é considerada inigualável, e a falta de um nome à altura gera preocupação quanto à capacidade de manutenção do campo progressista em futuros pleitos. Sem Lula, a bancada do PT e de partidos aliados poderia encolher a níveis inéditos, avaliam as lideranças, ressaltando que, sem uma figura que concentre a adesão popular, o partido se arrisca a perder terreno para forças políticas adversárias.

Em paralelo a essas discussões, figuras públicas e aliados de Lula começam a lançar alternativas, mas nenhum nome até o momento se mostra com a mesma robustez. Mesmo assim, a pressão para que Lula busque a reeleição poderá determinar os rumos do partido e a manutenção da unidade política dentro da esquerda brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Milei demite ministra das Relações Exteriores após voto da Argentina na ONU contra bloqueio a Cuba

Presidente argentino, Milei, que é de extrema-direita, ficou furioso

ilei e Diana Mondino (Foto: Reprodução Youtube)

 O presidente argentino, Javier Milei, ficou enfurecido com a decisão do país de votar contra o bloqueio dos EUA a Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas, e decidiu demitir a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, segundo informações do Página 12.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou que Gerardo Werthein, atual embaixador argentino em Washington D.C., EUA, será o substituto de Mondino.

Mais cedo, a Assembleia Geral das Nações Unidas condenou o bloqueio, com apenas EUA e Israel votando no sentido de manter o embargo. A Moldávia se absteve. Esta foi a 32a vez que o organismo condenou a medida dos EUA, da época da guerra fria e que impede o desenvolvimento econômico da ilha.

Fonte: Brasil 247 com Página 12

Glauber Braga cita ofensas e pede a militante do MBL que forneça gravações ao Conselho de Ética da Câmara

O parlamentar disse que teve um assessor ameaçado pelo movimento de direita

Glauber Braga (mais destaque) e Gabriel Costenaro (Foto: Agência Câmara I Agência Brasil)

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) pediu nesta quarta-feira (30) ao militante do MBL Gabriel Costenaro as gravações que, segundo o parlamentar, podem ter tido ofensas a psolista,que enfrenta um processo no Conselho de Ética da Casa após acusações de agredir o integrante do Movimento Brasil Livre, de posição ideológica direitista. Em interrogatório na Câmara, o parlamentar disse que teve um assessor ameaçado. 'Fabinho, eu sei onde sua mãe mora', teria sido a mensagem. O nome seria uma referência a Fabio Gripp da Costa, secretário parlamentar de Glauber Braga, conforme o site da Câmara.

'Se o integral desses vídeos chegar ao conselho, vai estar no Conselho de Ética a ameaça ao assessor do meu mandato. O material dele não está com ele, e sim com quem fazia as gravações', afirmou o psolista.

O membro do MBL disse que tem um assessor chamado Pedro - seria o responsável pelas gravações. 'Quem participa de edições, de gravações era ele', disse Costenaro, complementando que o seu ajudante é do 'MBL'.

Durante o interrogatório, Costenaro disse que pode passar para os integrantes do Conselho de Ética o contato de seu próprio assessor. E negou ter atacado o parlamentar. 'Ataques não, questionamentos', afirmou, acrescentando que o assessor não recebia salário. 'Boa parte das pessoas que trabalhavam de graça'.

As acusações contra Glauber Braga também chama a atenção do governo e de seus aliados, para saber como os governistas articularão as negociações com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e com os outros partidos.

Na Câmara, o Psol fez parte da base fiel ao presidente Lula, que tem apoio de pelo menos 128 parlamentares de 7 partidos - PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB, PV e Rede. No Congresso Nacional, o Centrão, formado por 9 partidos, pode ter entre 220 e 280 votos alinhados ao governo, fazendo a base do governo ficar entre 350 e 400 deputados dos 513 da Casa. O bloco liderado pelo deputado Arthur Lira tem as seguintes legendas: PP, Republicanos, PL, PTB e Patriota (fundidos), MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Podemos, União Brasil e PSD.


Fonte: Brasil 247

Inspetor Alberto é multado por maus-tratos a animais (vídeo)

A Polícia Civil e o MP-CE investigarão o caso

Inspetor Alberto (Foto: Reprodução)

A Superintendência do Meio Ambiente do estado do Ceará (Semace) aplicou uma multa de R$ 3 mil ao vereador de Fortaleza (CE) Inspetor Alberto (PL), acusado de maus-tratos a animais.

Em vídeo, o parlamentar apareceu agredindo um porco, durante o segundo turno da campanha eleitoral na capital. A Polícia Civil e o Ministério Público (MP-CE) investigarão o caso.

De acordo com a Semace, o bolsonarista cometeu infração ambiental administrativa, expôs o animal a condições prejudiciais à sua saúde física e psíquica. Outra ilegalidade cometida pelo vereador foi crime ambiental, complementou a instituição responsável por aplicar a multa.

Fonte: Brasil 247

"Câmara vai na contramão e continua votando pelo interesse de uma minoria super-rica", critica Lindbergh

Deputados rejeitaram taxar grandes na regulamentação da reforma tributária

Lindbergh Farias (Foto: Divulgação)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) foi às redes sociais nesta quarta-feira (30) criticar a falta de ímpeto por parte da Câmara dos Deputados em taxar os super-ricos, e sugeriu que os parlamentares "têm medo" de aprovar uma proposta nesse sentido, e vão na contramão dos interesses do governo federal.

"Lamentável concluir a regulamentação da reforma tributária sem taxar grandes fortunas. Enquanto o governo do presidente Lula e o mundo estão num movimento para taxar os mais ricos, a Câmara vai na contramão e continua votando pelo interesse de uma minoria super-rica. Quem tem medo da taxação dos super-ricos?", escreveu o parlamentar na rede X.

Mais cedo, o plenário da Câmara dos Deputados concluiu a análise da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária, e rejeitou um destaque que propunha a criação de um Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF).

A emenda rejeitada que propunha o imposto sobre fortunas, apresentada pela federação partidária Rede-PSOL, previa a tributação anual de patrimônios superiores a 10 milhões de reais, com incidência sobre a propriedade, posse ou domínio útil de bens e direitos. O destaque foi rejeitado por 262 votos contra e 136 a favor.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Veja o perfil dos 3 parlamentares que disputarão a presidência da Câmara

Leia um pouco sobre a formação e os cargos ocupados pelos deputados na política

Montagem (da esq. para a dir.): Hugo Motta, Antonio Brito, Elmar Nascimento e a Câmara dos Deputados (Foto: Agência Câmara)

Um dos 3 nomes para disputar a presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro, Hugo Motta (Republicanos-PB ) é médico e foi eleito deputado federal pela primeira vez em outubro de 2010. O parlamentar com mandato pela Paraíba é titular da Comissão de Finanças e Tributação. Em 2023, ele foi relator da PEC dos Precatórios, que limitou o valor de despesas anuais com precatórios. É autor de 32 projetos de lei e de 18 propostas de emenda à Constituição.

Concorrente de Hugo Motta, o parlamentar Antonio Brito (PSD-BA) é administrador e está no terceiro mandato de deputado federal. Graduou-se em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Bahia. Tem especialização na área de contabilidade pela Universidade Gama Filho (RJ) em 1993. Atualmente, ele é coordenador da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas e da Comissão Externa de Enfrentamento à Tuberculose e presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Portugal.

Outro nome para a disputa é o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) é formado em Direito pela Universidade Católica de Salvador. Também tem pós-graduação na área jurídica pela Faculdade de Direito da Bahia. O parlamentar exerce seu terceiro mandato como deputado federal. Atualmente, é líder do bloco parlamentar majoritário na Câmara, formado por União, PP, Federação PSDB-Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD.O primeiro cargo eletivo de Elmar Nascimento foi como vereador em Campo Formoso-BA (eleito em 1996 e reeleito em 2000). Em 2002, foi eleito deputado estadual e reeleito em 2006 e em 2010. Nas eleições de 2014, chegou à Câmara dos Deputados para seu primeiro mandato federal. Em 2019, foi líder do Democratas – partido que deu origem ao União Brasil, juntamente com o PSL 

Fonte: Brasil 247 com Agência Câmara

Confira os pronunciamentos dos 3 nomes que vão disputar a presidência da Câmara

Hugo Motta, Antonio Brito e Elmar Nascimento integram 3 partidos que fazem parte do bloco conhecido como centrão

Câmara dos Deputados (Foto: Zeca Ribeiro / Agência Câmara)

Três deputados federais anunciaram que pretendem concorrer à presidência da Câmara, que terá eleição para a nova Mesa Diretora para o biênio 2025/2026. O pleito foi marcado para o dia 1º de fevereiro.

O Republicanos lançou Hugo Motta (PB), que será candidato pelos partidos que compõem o bloco MDB-PSD-Republicanos-Podemos, do qual é vice-líder. O PT foi outra legenda que anunciou apoio. As 5 siglas representam algo entre 210 e 220 dos 513 parlamentares da Câmara.

De acordo com o Republicanos, "o deputado Hugo Motta representa o nome capaz de agregar todas as forças políticas da Câmara dos Deputados para fortalecer a agenda legislativa e enfrentar os desafios que o Brasil tem pela frente". "Os 44 deputados do Republicanos estarão ao seu lado nessa jornada", encerra a nota.

hugo-motta
Hugo Motta. Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados

O deputado Antonio Brito disse que busca o consenso na Casa. "Vocês me conhecem: eu dialogo com a esquerda, com a direita e com o centro. O consenso não é buscado entre os desiguais, mas buscar pautas comuns a todos que a gente possa defender e colocar em votação na Casa, com previsibilidade, e isso eu vou fazer".

Antonio Brito
Antonio Brito. Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados

O parlamentar Elmar Nascimento afirmou que sua candidatura "se firma na renovação e no fortalecimento da democracia, valorizando a diversidade de pensamentos". Segundo ele, seu objetivo é "permitir que surjam as melhores decisões para o País, assegurando a participação efetiva dos 513 deputados desta Casa”, afirmou.

elmar-nascimentoElmar Nascimento. Foto: Agência Câmara

Mesa Diretora

A Mesa é responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Casa. Entre suas atribuições, também está a promulgação de emendas à Constituição, juntamente com o Senado. A Mesa Diretora compõe-se da Presidência (presidente e dois vice-presidentes) e da Secretaria — formada por quatro secretários e quatro suplentes.

camara-mesa-diretora
Resumo sobre a Mesa Diretora da Câmara. Foto: Agência Câmara

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Câmara




PT e MDB fecham acordo para apoiar candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara dos Deputados

Candidatura de Motta ganhou força após desistência de Marcos Pereira, que estava considerando concorrer ao cargo, mas decidiu abrir mão da disputa


Depois de uma série de reuniões realizadas nesta quarta-feira (30), o PT e o MDB decidiram apoiar a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados. Motta é o candidato que conta com o endosso do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL).

Lira avaliou que Hugo Motta é o “nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos por meio do diálogo, leveza e altivez”. A candidatura de Motta ganhou força após a desistência de Marcos Pereira, que estava considerando concorrer ao cargo, mas decidiu abrir mão da disputa.

Nas últimas semanas, Motta tem se reunido com diversas bancadas em busca de apoio na campanha à presidência da Câmara. Além do PT e do MDB, o deputado também encontrou parlamentares do PL.

O PT integra a Federação Brasil da Esperança, que também conta com a participação do PCdoB e do PV. Juntas, as siglas somam 80 deputados, formando a segunda maior bancada da Câmara — atrás apenas do PL, que tem 92 congressistas.

O MDB tem 44 deputados, assim como o Republicanos, partido de Motta. Nesta quarta, o Podemos, que tem 14 deputados, também anunciou o apoio à candidatura do paraibano. As três legendas fazem parte do mesmo bloco partidário.

Nesta semana, o partido de Arthur Lira, o PP, também anunciou apoio a Motta. A sigla tem 50 deputados e integra o maior bloco partidário da casa.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.