segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Gleisi rebate Padilha: "mais respeito com o PT"

Presidente do PT reagiu às declarações do ministro correligionário, que mais cedo disse que o partido entrou na "zona de rebaixamento"

Gleisi Hoffmann (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

O clima parece ter esquentado no PT. A presidente da sigla, deputada Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais nesta segunda-feira (28) rebater as declarações recentes do ministro correligionário Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais. Mais cedo nesta segunda, Padilha disse que o partido entrou na "zona do rebaixamento" e pediu uma autoavaliação, após os resultados das eleições municipais.

Segundo Gleisi, o partido pagou o preço por integrar um governo de alianças, das quais Padilha é peça central. "Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso, que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece. Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita", escreveu Gleisi na rede social X.

A dirigente ainda disse que Padilha ofendeu o partido, e atribuiu ao ministro parte da esponsabilidade pelos resultados: "Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças. Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados. Mais respeito com o partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam".

Nas eleições municipais deste ano, o PT elegeu 252 prefeitos, sendo a penas um em uma capital: Fortaleza (CE). Os resultados representam um crescimento em relação a 2020, quando fez 183. Ao mesmo tempo, o PT ficou aquém das expectativas em muitas cidades, gerando críticas também do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.

Fonte: Brasil 247

Elmano de Freitas vê processo de "recuperação do PT" após vitória de Evandro Leitão em Fortaleza

O partido saiu de 183 prefeitos em 2020 para 252 neste ano
Elmano de Freitas (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), afirmou nesta segunda-feira (28) o resultado das urnas em Fortaleza (CE), onde Evandro Leitão (PT) ganhou de André Fernandes (PL). O chefe do Executivo cearense mencionou políticos como o prefeito José Sarto (PDT), o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), o secretário municipal de Saúde em Maracanaú (CE), Capitão Wagner (União Brasil), e o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB). De acordo com o chefe do Executivo estadual, houve um processo de “recuperação do PT”. Foi de 183 prefeitos eleitos de 2020 para 252 neste ano.

"A primeira leitura é de que saímos do primeiro turno num desafio muito grande. Quero, de antemão, agradecer ao povo de Fortaleza pela confiança em nosso projeto, possibilitando que nós, de mãos dadas, Estado, Prefeitura e governo Federal, possamos desenvolver políticas públicas na saúde, segurança, educação. Do ponto de vista político, temos que analisar que enfrentamos no 2° turno uma aliança", afirmou durante entrevista concedida à Rádio O POVO CBN.

"Não foi apenas a candidatura do André (que enfrentamos), disputamos com uma candidatura apoiada pela Prefeitura de Fortaleza, apoiado na prática pelo governo do prefeito Sarto e somos testemunha de perseguição a pessoas do governo que apoiaram Evandro (...) foi uma candidatura com apoio do Roberto Cláudio; do Ciro Gomes atuando nos bastidores; com apoio do Tasso (Jereissati) e do (Capitão) Wagner".

Fonte: Brasil 247

Psol encerra segundo turno das eleições sem conquistar prefeituras

O resultado interrompe o crescimento obtido nas eleições de 2020, quando a legenda conquistou cinco prefeituras
Bandeira do Psol (Foto: Psol/Divulgação)

O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) encerrou o segundo turno das eleições municipais, realizado no domingo (27), sem conseguir eleger prefeitos nos municípios onde disputava: São Paulo (SP) e Petrópolis (RJ).

O resultado interrompe o crescimento obtido nas eleições de 2020, quando a legenda conquistou cinco prefeituras, incluindo a capital Belém (PA).

Em São Paulo, o candidato da sigla, Guilherme Boulos, obteve aproximadamente 40% dos votos, sendo derrotado pelo atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Em Petrópolis, Yuri Moura (Psol) foi superado por Hingo Hammes (PP), que venceu com 74,74% dos votos ante 25,26% do psolista.

Fonte: Brasil 247

Após o 2° turno, esquerda tem o menor número de prefeituras em 20 anos

Em 2024, o Partido dos Trabalhadores teve alguma recuperação, mas deixou de ser a sigla hegemônica no campo progressista

Bandeira do PT (Foto: Alessandro Dantas (Divulgação))

Os partidos de esquerda elegeram o menor número de prefeitos nas eleições de 2024 em comparação a todas as outras disputas municipais nos últimos 20 anos. Após o segundo turno, 7 partidos (PT, PSB, PDT, PC do B, PV, Rede e Psol) ganharam o comando municipal de 749 cidades neste ano, número inferior ao registrado em todas as disputas eleitorais de 2004 a 2020. O auge da esquerda em eleições municipais foi em 2012 (1.533 prefeitos). As estatísticas foram publicadas no Congresso em Foco.

Em 2024, o PT teve alguma recuperação – foi de 183 prefeitos eleitos de 2020 para 252 neste ano – mas não é mais o partido hegemônico. Ficou atrás do PSB, que aumentou seu número de comandos municipais nestas duas eleições: de 252 a 309. O PDT de Ciro Gomes caiu de 314 para 151 eleitos. PCdoB e PV, legendas que estão em federação com o PT, registraram queda novamente.

Leia a íntegra no Congresso em Foco

Jaques Wagner diz que vitória de Caetano em Camaçari foi um "bálsamo" para o grupo político

"A gente assume que perdeu nas outras cidades aqui da região metropolitana e na capital, mas nós ganhamos uma cidade importantíssima", afirmou

Luiz Caetano (Foto: Reprodução/ PT Bahia)

O senador Jaques Wagner destacou a vitória de Luiz Caetano (PT) sobre Flávio Matos (União Brasil) no segundo turno da eleição para a prefeitura de Camaçari, realizado neste domingo (27).

Em publicação na rede social X, o líder do governo no Senado afirmou que o resultado é um "bálsamo" para o grupo político. Wagner também reconheceu a derrota do Partido dos Trabalhadores em outros municípios da região metropolitana, mas ressaltou a conquista da segunda cidade mais rica da Bahia.

“A vitória em Camaçari do nosso grupo político foi um bálsamo. A gente assume que perdeu nas outras cidades aqui da região metropolitana e na capital, mas nós ganhamos uma cidade importantíssima, que é o quinto maior orçamento do Nordeste e a segunda cidade mais rica da Bahia”, escreveu. “Parabéns ao povo de Camaçari, com todo respeito a quem votou no outro candidato. Quando eu faço a crítica, não é ao eleitor do outro candidato, mas a quem conduziu o processo, ao ex-prefeito de Salvador e ao prefeito atual de Camaçari, que perdeu a eleição pelo bem da cidade”.

Caetano venceu o segundo turno com 50,92% dos votos, enquanto Flávio obteve 49,08%.

Fonte: Brasil 247

Valdemar Costa Neto: 'vou pedir para Lira convencer o STF a baixar a pena dos condenados do 8 de janeiro'

O presidente do PL mencionou Jair Bolsonaro como um dos possíveis beneficiados

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda-feira (28) que tenta negociar com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), um acordo para parlamentares, que vão pautar nesta terça (29) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa Legislativa uma proposta de anistia dos presos pelos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. O aliado de Jair Bolsonaro (PL) defende que deputados federais conversem com ministros do Supremo Tribunal Federal para tentar reduzir as penas. O STF emitiu algo entre 220 e 240 condenações das 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República.

"Temos que trabalhar com o projeto de anistia, que está na CCJ. Tenho uma reunião com o Arthur [Lira] hoje ainda para falar sobre isso. Porque precisa ser dentro da lei. Precisamos disso. Mas precisamos saber qual a maneira", disse em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews.

"Eles estavam com pedaços de pau e não com metralhadoras. Além de reduzir a pena, ver se eles podem ir para a prisão apenas durante a noite para passar o dia em casa. 17 anos é muito e tem muita gente presa ainda. E tem gente na Argentina, tem gente nos Estados Unidos [que ainda não foram presas]."

Em 8 de outubro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou a votação de um projeto que anistia os golpistas. O projeto perdoa as condenações dos participantes dos atentados. A matéria vale para todas as medidas de restrição de direitos, como a prisão, o uso de tornozeleira eletrônica e outras que possam limitar o uso de meios de comunicação, plataformas digitais e redes sociais.

arthur-lira
Arthur Lira. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Bolsonaro

O presidente do PL afirmou que trabalha em um projeto de anistia a Bolsonaro, que está inelegível e tem uma investigação que pode condená-lo como autor intelectual dos atentados de 8 de janeiro, mas que este projeto é "outra coisa". "Temos que estudar outra fórmula. Não é nesse projeto de lei que está na Câmara, que é só para o pessoal do 8 de janeiro. [Ainda] não sei qual seria esse outro projeto [para anistiar Bolsonaro]", disse.

"Vamos ver o que temos que fazer para Bolsonaro ser candidato em 26", afirmou. acordo com o dirigente, é possível reverter a ilegibilidade com uma emenda de proposta constitucional. "Sei que não dá para incluir nesse projeto que está na CCJ para ser votado, mas estamos vendo o que vai dar para fazer".

Durante o seu governo, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Judiciário atrapalhava a gestão dele. O político da extrema-direita também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição de 2022.

Em novembro daquele ano, o Tribunal Superior Eleitoral multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas. Em 2023, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por fazer uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

bolsonaro-8-janeiro
Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro. Foto: REUTERS

Fonte: Brasil 247

Ministério da Justiça aponta que segundo turno teve 102 crimes eleitorais registrados

Ao todo, 42 pessoas foram detidas no domingo

Eleições municipais no Brasil; 06/10/2024 (Foto: REUTERS/Jorge Silva)

O Brasil encerrou o segundo turno das eleições municipais, neste domingo (27), com o registro de 102 crimes eleitorais, segundo informações do Ministério da Justiça, contabilizadas até as 20h.

Entre os crimes registrados, destacaram-se 32 casos de boca de urna, 19 casos de propaganda eleitoral irregular, 14 de compra de votos ou corrupção eleitoral, 11 ocorrências de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto, além de 4 registros de desobediência a ordens da Justiça Eleitoral e mais 4 casos de desordem que prejudica os trabalhos eleitorais. Outros tipos de crime eleitoral somaram 11 registros adicionais.

Ao todo, 42 pessoas foram detidas no domingo, com a maioria das prisões ocorrendo em João Pessoa, onde 15 indivíduos foram encaminhados às autoridades. Niterói registrou 7 detenções, enquanto Manaus, Fortaleza, Porto Velho e São Paulo contabilizaram 3 cada uma. Campo Grande teve 2 prisões, e as cidades de Imperatriz (MA), Paulista (PE), Pelotas (RS) e Aracaju (SE) registraram uma detenção cada.

Durante o segundo turno, as autoridades também apreenderam mais de 4,4 mil materiais de campanha, além de um veículo, duas armas e uma quantia superior a R$ 10 mil em dinheiro vivo.

Fonte: Brasil 247 com informações de Uol

Centro-esquerda cresce no Uruguai, mas vitória no 2º turno é incerta

Votos da direita e centro-direita superam os da Frente Ampla
Eleições no Uruguai (Foto: REUTERS/MARIANA GREIF)

Agência Brasil - A coalizão de partidos de centro-esquerda do Uruguai que formam a Frente Ampla – que governou o país de 2005 a 2019 – teve mais votos na eleição desde domingo (27) do que no pleito de 2019, quando foram derrotados pelo atual presidente de centro-direita Luis Lacalle Pou.

Porém, o cenário segue indefinido para o segundo turno, que será realizado no dia 24 de novembro. Isso porque a soma dos votos obtidos pelos partidos de direita e centro-direita supera a dos conquistados pelo candidato da frente do ex-presidente José Pepe Mujica.

O candidato da Frente Ampla, Yamandú Orsi, teve 43,94% dos votos contra 26,77% de Álvaro Delgado, do Partido Nacional, e apoiado pelo atual governo. Em terceiro lugar, ficou o candidato do Partido Colorado, Andrés Ojeda, com 16,03% dos votos. Os demais oito candidatos presidenciais somaram 8,3% dos votos.

Em 2019, a frente de centro-esquerda teve 39,01% dos votos no primeiro turno. Ou seja, houve um crescimento de quase 5 pontos percentuais neste ano. No Parlamento, a Frente Ampla conseguiu maioria simples no Senado, mas ainda depende da votação no segundo turno para consolidar essa maioria. Na Câmara dos Deputados, nenhum dos dois principais blocos conseguiu a maioria.

O jornalista, doutor em ciência política e professor de relações internacionais Bruno Lima Rocha Beaklini avalia que é grande a chance de, no segundo turno, os votos de direita e centro-direita superarem os da Frente Ampla.

“Se fossem 47% ou 48%, a Frente Ampla ganhava tranquilo, mas não está tranquilo, não. A soma dos votos nos partidos de direita dá uma vitória à direita. Tem um quarto partido que é o que somou a maior parte dos votos dos descontentes. Se esse cara fizer apoio crítico à Frente Ampla pode ser que dê um empate técnico”, comentou Beaklini.

O especialista cita o candidato Gustavo Salle, do partido Identidade Soberana, que teve 2,69% dos votos e arrancou o quarto lugar, à frente do candidato de extrema-direita, Guido Manini Ríos. Guido teve 2,45% dos votos pelo partido Cabildo Abierto, que, de três senadores e 11 deputados em 2019, passou para apenas dois deputados e nenhum senador.

Já o candidato Gustavo Salle é uma espécie de outsider da política uruguaia, e o partido dele conseguiu, pela primeira vez, duas cadeiras na Câmara dos Deputados. Gustavo Salle tem pregado voto nulo no segundo turno.

O cientista político Leandro Gabiati também avalia que o segundo turno não está confortável para a Frente Ampla. “A tendência é que os demais partidos apoiem o candidato do Partido Nacional no segundo turno. Isso faz com que a eleição ainda fique muito indefinida”, avaliou o especialista.

Para Bruno Beaklini, a Frente Ampla precisa melhorar a votação não só na capital Montevidéu, onde sempre venceu as eleições. “Vai precisar ampliar a votação na capital e tentar melhorar em algum departamento do interior, melhorar bastante. Caso contrário, não vai dar”, completou.

Partido Nacional

O Partido Nacional – do atual presidente Luiz Lacalle Pou – caiu no número de votos se comparado com a última eleição, quando teve 28,8% no primeiro turno, contra os atuais 26,7% do seu apadrinhado Álvaro Delgado. Ainda assim, o resultado de Delgado foi ligeiramente superior ao previsto pelas pesquisas eleitorais.

O cientista político Leandro Gabiati avaliou que essa queda é normal para um partido que está no poder. “O Partido Nacional venceu a eleição anterior justamente por ser a mudança. Depois de cinco anos de governo de Lacalle Pou, há um desgaste de quem governa e esse desgaste reflete nesse desempenho menor nesta eleição”, analisou.

Brasil

Para o especialista Gabiati, a vitória de um ou de outro candidato no próximo dia 24 de novembro não deve trazer mudanças importantes para a relação entre o Brasil e o Uruguai.

“O Lula e o Lacalle Pou têm dialogado de forma aberta e franca, apesar de serem de tendências ideológicas opostas. Como o Lacalle Pou se identifica com uma direita democrática de diálogo, isso não tem prejudicado as relações diplomáticas e políticas entre Brasil e Uruguai”, explicou.

O professor de relações internacionais Bruno Beaklini, por sua vez, avalia que a coalização de centro-esquerda traz mais benefícios para integração latino-americana e para o Mercosul.

“A Frente Ampla é entusiasta do Mercosul, assim como o governo brasileiro. A coalizão de direita não é. Dependendo da coalizão de direita, eles assinam o tratado de livre comércio com a China, por exemplo”, avaliou.

Plebiscitos

Além de votar para presidente, deputados e senadores, os uruguaios puderam se manifestar em relação a dois plebiscitos propostos pela sociedade; um que previa uma reforma na previdência social e outra que autorizava batidas policiais noturnas. Nos dois casos, as consultas não conseguiram mais de 50% dos votos e não foram aprovadas.

Em um dos plebiscitos, liderado pelas centrais sindicais do país, foi proposta uma reforma da previdência para limitar a idade de aposentadoria aos 60 anos, fixar o valor mínimo da aposentadoria ao valor do salário mínimo, além de acabar com as firmas de previdência privada. Em 2023, o governo uruguaio elevou de 60 para 65 anos a idade mínima para se aposentar.

Para o professor Bruno Beaklini, a falta de recursos para promover a campanha pela reforma da seguridade social e a falta de apoio da Frente Ampla ao plebiscito explicam a derrota da proposta dos sindicatos.

“Essa campanha foi à míngua. A central sindical bancou a campanha do próprio bolso junto com a esquerda que não é nem eleitoral. Dentro da Frente Ampla, o Partido Comunista bancou a campanha e os demais setores tiraram o pé. O debate não penetrou na sociedade do Uruguai como deveria”, destacou.

Na outra consulta, liderada por partidos de direita, pretendia-se mudar a Constituição para permitir as batidas policiais noturnas. A mudança também não teve apoio da maioria e foi rejeitada. Assim como no Brasil, a polícia só pode entrar na casa de um cidadão com mandado judicial e durante o dia.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula manterá agenda no Alvorada pelo menos até nova avaliação médica na quarta-feira

O presidente sofreu uma queda no banheiro no dia 19, quando bateu a cabeça e teve um corte na região da nuca

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia no Palácio do Planalto 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve manter agenda mais leve e concentrada no Palácio da Alvorada pelo menos até quarta-feira, quando passará por outra avaliação médica após o acidente doméstico sofrido há pouco mais de uma semana, disse nesta segunda-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

"A organização da agenda de despacho, reuniões, está concentrada aqui no Alvorada. De quarta-feira em diante, aí depende também das recomendações médicas. Novas avaliações vão ser feitas pela equipe médica", disse o ministro a jornalistas depois de participar de reunião com Lula na residência oficial da Presidência.

Lula sofreu uma queda no banheiro do Alvorada no dia 19, quando bateu a cabeça e teve um corte na região da nuca. O presidente também teve um pequeno sangramento no cérebro, que vem sendo observado pelos médicos.

Na última avaliação, na sexta-feira, boletim médico informou que o quadro do presidente era estável e ele estaria apto a exercer sua rotina de trabalho em Brasília.

Padilha confirmou que os médicos indicaram a Lula que ele ainda não estaria liberado para viajar. Com isso, o presidente terminou por cancelar a participação na COP da Biodiversidade, na Colômbia, esta semana, e na conferência da ONU sobre mudanças climáticas COP29, no Azerbaijão, a partir de 11 de novembro.

Lula também deixou de ir no fim de semana para São Paulo, onde havia combinado uma caminhada de encerramento de campanha com o seu candidato à prefeito Guilherme Boulos (PSOL), que acabou derrotado na disputa de domingo.

Na última sexta, Lula participou pela primeira vez desde o acidente de um evento no Planalto, a assinatura do acordo judicial de reparação pelo rompimento de barragem de mineração em Mariana (MG). O presidente foi fotografado com pontos na parte posterior da cabeça.

Lula passará por novas avaliações médicas na quarta-feira. O Palácio do Planalto já confirmou a presença dele em evento público no mesmo dia, a assinatura de investimentos em mobilidade urbana. Na quinta, está prevista uma reunião com governadores sobre segurança pública.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Padilha: PT entra na 'zona de rebaixamento' e fará debates internos para recuperar protagonismo

Ministro das Relações Institucionais comentou os resultados das eleições municipais, realizadas no domingo (27)

Alexandre Padilha (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fez um balanço das eleições municipais ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e mencionou um "tsunami" de reeleições, com uma taxa recorde de 82%, destacando que a reeleição foi a grande vencedora do pleito. As informações são da Folha de São Paulo, e foram publicadas nesta segunda-feira (28).

Ele mencionou o caso de Ricardo Nunes (MDB), reeleito em São Paulo, como exemplo de candidatos que aproveitaram o bom momento econômico e o apoio federal.

Padilha reconheceu que, apesar de avanços desde 2020, o PT ainda não saiu da "zona de rebaixamento" em que se encontra desde 2016 nas disputas municipais. O ministro também ressaltou a necessidade de uma autoavaliação do PT para recuperar protagonismo, especialmente em grandes e médias cidades, e destacou a importância de o partido reconectar-se com a classe trabalhadora, notando que muitos trabalhadores entre dois e dez salários mínimos não se sentem representados pela legenda.

Padilha mencionou que o próprio presidente Lula tem defendido essa aproximação com a classe trabalhadora, e a Executiva Nacional do PT deve iniciar esse debate para avaliar os resultados das eleições e definir estratégias de fortalecimento.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Após as eleições, aliados de Bolsonaro se preparam para novas denúncias contra o ex-mandatário

Fim das eleições abre caminho para PGR decidir sobre fraudes em cartões de vacinação e desvio de joias sauditas

(Foto: Marcos Corrêa/PR | José Cruz/Agência Brasil)

Com o fim das eleições municipais, aliados de Jair Bolsonaro (PL) já se mostram preocupados com a possibilidade de que novas denúncias sejam apresentadas contra o ex-mandatário. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) está prestes a decidir sobre duas investigações que envolvem Bolsonaro: a fraude na carteira de vacinação de Covid-19 e o desvio das joias sauditas. Segundo informações de fontes próximas à PGR, a equipe do procurador-geral Paulo Gonet adiou as eventuais denúncias até o fim do pleito de outubro para evitar qualquer contaminação eleitoral.

Ambas as investigações avançaram, com a Polícia Federal já tendo indiciado Bolsonaro. A delação do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, teve um papel fundamental na apuração dos casos. Ainda de acordo com a reportagem, a preocupação maior no círculo bolsonarista, no entanto, recai sobre a trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Sila (PT), que pode levar a um indiciamento por crimes graves como golpe de Estado e associação criminosa, com penas que podem ultrapassar 28 anos de reclusão.

“Se o Supremo Tribunal Federal condenou manifestantes a 17 anos por invadirem a sede dos três poderes, a pena para o Bolsonaro pode chegar a 30 ou 40 anos”, avaliou um interlocutor próximo a Bolsonaro. Aliados acreditam que, mesmo com o Tribunal de Contas da União (TCU) mudando seu entendimento sobre presentes recebidos por chefes de Estado, a PGR deve avançar com a denúncia relacionada às joias sauditas, nas quais Bolsonaro é acusado de peculato e lavagem de dinheiro.

Em julho, a PF indiciou o ex-mandatário, baseando-se em um relatório de 476 páginas que mencionou o parecer do TCU 26 vezes. No entanto, uma mudança de entendimento sobre a natureza dos presentes recebidos pode complicar as investigações. O TCU agora afirma que, sem uma legislação específica, os presentes não podem ser considerados bens públicos. Apesar disso, a PF sustenta que a existência de crime é independente do posicionamento do TCU.

Ainda há uma esperança entre aliados de Bolsonaro de que ele escape de uma acusação formal em relação à fraude na carteira de vacinação. O indiciamento por associação criminosa e inserção de dados falsos, que se baseou majoritariamente na delação de Mauro Cid, é visto como menos grave em comparação ao esquema das joias, que possui evidências mais concretas.

Os aliados também argumentam que a falta de registros das autoridades americanas sobre a vacinação do ex-mandatário na entrada nos Estados Unidos poderia enfraquecer a acusação.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Declaração de Tarcísio sobre PCC pode torná-lo inelegível por abuso de poder político

A alegação do governador também pode resultar na cassação da diplomação de Ricardo Nunes (MDB) como prefeito reeleito

Tarcísio de Freitas (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou no domingo (27), sem apresentar provas, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria orientando votos para Boulos.

Conforme relatado pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (28), especialistas em direito eleitoral consideram que essa declaração, feita enquanto a votação ainda ocorria, é grave o suficiente para condenar Tarcísio por abuso de poder político e torná-lo inelegível. A alegação do governador também pode resultar na cassação da diplomação de Ricardo Nunes (MDB) como prefeito reeleito.

Junto às acusações feitas no domingo, Tarcísio disse: “nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas". No entanto, o TRE, em nota, afirmou que tomou conhecimento do caso apenas pela imprensa e que não recebeu nenhuma informação oficial.

O órgão informou ainda que Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 1ª Zona Eleitoral, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A ação pode tornar Tarcísio, Nunes e Mello Araújo inelegíveis por oito anos e levar à cassação do diploma da chapa do prefeito.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Diretor da Quaest explica por que Lula continua favorito em 2026

Felipe Nunes, fundador e diretor da Quaest. Foto: reprodução

O diretor do instituto de pesquisas Quaest, Felipe Nunes, fez uma análise sobre o cenário político brasileiro para as eleições de 2026, partindo dos resultados de 2024. Falou sobre as disputas pelo poder e as divisões tanto na direita quanto na esquerda.

Para ele, a próxima eleição para a Câmara dos Deputados deverá refletir uma baixa renovação parlamentar, repetindo a maior taxa de reeleição da história, registrada em 2024.

Em entrevista ao Globo, Nunes, que é cientista político e autor do livro “Biografia do Abismo”, afirmou que “com o fundo eleitoral recorde e as emendas mantidas, teremos um alto padrão de reeleição parlamentar em 2026”.

A vitória dos partidos do Centrão na maioria das cidades do país reforça essa expectativa e provoca fusões e federações partidárias, que visam a sobreviver à cláusula de barreira de 2026, conforme estabelecido pela reforma eleitoral. Esse movimento estratégico revela a dinâmica de poder entre os partidos menores, que, sem essas alianças, enfrentariam dificuldades em manter representação.

O presidente Lula (PT), até então, tem se mantido distante das disputas internas, mas Nunes aponta que a estratégia de não interferir na sucessão da presidência da Câmara pode ter implicações. “Lula vai ter que se meter se não quiser ficar sem governabilidade nos últimos dois anos”, afirmou, lembrando as dificuldades de governança enfrentadas com Arthur Lira no comando.

Ainda sobre o presidente, o cientista político falou que Lula precisava obter grandes vitórias para garantir sua posição na tentativa de reeleição. “Ele não precisava ganhar ou perder este ano para ser forte em 2026”, destacou, mencionando o histórico de que eleições municipais pouco refletem nas presidenciais.

Na eleição de prefeitos deste ano, apesar de um pequeno avanço em prefeituras pelo PT, a esquerda teve desempenho abaixo do esperado. Para ele, o desafio agora é formar lideranças que compreendam o “novo perfil da sociedade brasileira, que acredita mais em meritocracia e no próprio negócio”, além de considerar “Deus e família como pilares”.

O diretor da Quaest também destacou João Campos, prefeito de Recife (PSB), como uma nova liderança de esquerda com forte presença no Nordeste e personalidade cativante. Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), foi mencionado como exemplo de alguém que transita bem entre diferentes espectros políticos, de Otoni de Paula (MDB) a Marcelo Freixo (PT).

Reeleito em Recife, João Campos é apontado como futuro líder da esquerda. Foto: reprodução

Para ele, figuras carismáticas e capazes de dialogar com diversos setores da sociedade tendem a cativar o eleitorado: “As pessoas precisam se inspirar nessas figuras”, afirmou.

Guilherme Boulos, candidato do PSOL nas eleições, é outro nome citado na análise. Segundo Nunes, Boulos utilizou a campanha para reforçar uma imagem mais moderada e buscar uma reaproximação com eleitores mais centristas. Contudo, ele alerta que “o reposicionamento não acontece da noite para o dia”.

O cientista político vê Jair Bolsonaro em uma posição fragilizada, após a derrota de candidatos apoiados por ele em capitais como Curitiba, Goiânia, Manaus, Fortaleza e Belo Horizonte. A direita brasileira saiu dividida das eleições municipais, com destaque para os governadores que ganharam relevância frente a Bolsonaro. Entre eles, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, desponta como o principal nome da direita para 2026, reforçando o crescimento da ala moderada e pragmática liderada pelo PSD, partido de Gilberto Kassab.

Para Nunes, a política brasileira em 2026 será marcada pela continuidade da influência do Centrão, pelo fortalecimento de novas lideranças de esquerda e por uma direita mais fragmentada e liderada por figuras como Tarcísio.

Esse cenário promete embates entre lideranças regionais e nacionais e coloca o PSD em uma posição central: “O partido de Kassab está em todos os lugares”, concluiu, destacando a habilidade do partido em formar alianças com governos de diferentes espectros políticos.

Fonte: DCM

Flávio Dino manda recado a Tarcísio após fake news associando o PCC a Boulos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino mandou um recado ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após o bolsonarista falar sobre um “salve” de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) determinando voto em Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo.

“Um desafio para o Brasil: a persistência – sob novas formas – de antigos problemas, regulados pela Lei Complementar 64, de 1990: ‘…uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político…'”, escreveu Dino em sua conta no Instagram, sem citar o governador.

A legislação citada diz respeito à Lei das Inelegibilidades e o magistrado sugere a criação de novas medidas para combater abusos de poder nas eleições. “As atuais formas (para tradicionais abusos) derivam de inovações tecnológicas, institucionais e culturais, todas demandando reflexões teóricas, elaborações normativas e atividade jurisprudencial”, prosseguiu.

Post do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino no Instagram. Foto: Reprodução

Neste domingo (27), Tarcísio afirmou, ao lado de Ricardo Nunes (MDB), que a inteligência do governo de São Paulo interceptou mensagens do PCC orientando voto em Boulos.

“Teve o ‘salve’. Houve interceptação de conversas, de orientações que eram emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos. Houve essa ação de intercepção, de inteligência, mas não vai influenciar nas eleições”, afirmou o governador, sem apresentar qualquer prova.

A defesa de Boulos acionou a Justiça Eleitoral pedindo a inelegibilidade de Tarcísio e pedindo a cassação da chapa de Nunes e do coronel bolsonarista Mello Araújo (PL). O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) desmentiu a declaração do governador e disse não ter recebido nenhum relatório de inteligência sobre o caso.


Fonte: DCM

"Comunistazinho", dispara Caiado após deputado bolsonarista chamá-lo de "canalha"

Gustavo Gayer acusa o governador de Goiás de estar por trás da operação da PF que teve ele como alvo pela suspeita de desvio da cota parlamentar

Ronaldo Caiado (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Após a postagem de um vídeo repleto de ofensas pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o chefe do Executivo goiano usou as redes sociais para revidar. "Você sabe por que o Gustavo Gayer está nervoso? Ele não quer assumir o crime que cometeu. Ele tinha consciência de tudo isso" — declarou Caiado, segundo a coluna Sonar, do jornal O Globo.

Ainda de acordo com a reportagem, Caiado também disse que Gayer estava preocupado com os relatos de um sócio que indicam desvio de dinheiro e chamou o parlamentar de extrema direita de "comunistazinho".

"Agora, vem você me dizer: ‘Olha aí, agora o Caiado vai ver que ele não terá mais condições de ser candidato à Presidência da República’. Ora, olhe se eu preciso de aval de um comunistazinho como você. Qual é a sua credibilidade para saber se eu posso ou não ser candidato à Presidência da República? Me respeite, rapaz. Eu tenho 40 anos de vida pública, eu não convivo com bandido, nem faço parte de quadrilha", disse o governador.

A tensão entre Gayer e Caiado intensificou-se na semana passada, quando o parlamentar se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga suposto desvio de recursos da Câmara para atividades particulares. Na ocasião, Caiado não poupou ironias ao afirmar que a visita da PF à casa de Gayer seria “a primeira vez que o deputado acordava cedo na vida”, lamentando que não fosse para trabalhar.

Em resposta, Gayer, irritado, publicou um vídeo no doomingo (27) dia do segundo turno das eleições municipais, classificando a declaração do governador como “idiota e infantil” e referindo-se a ele como “canalha”. O parlamentar também insinuou que a investigação, ocorrida apenas dois dias antes do pleito, tinha como objetivo prejudicar sua campanha em Goiânia, afirmando estar “certo” de que Caiado estava por trás da ação.

"O Ronaldo Caiado é um canalha. Caiado, a sua chance de ser candidato à presidência do Brasil acabou, acabou! O senhor acabou de se posicionar ao lado de um ditador! Se antes eu suspeitava que o senhor estava por trás dessa busca e apreensão, agora eu tenho certeza", disparou Gayer em um vídeo veiculado nas redes sociais. .

Gayer era um dos principais apoiadores da candidatura do deputado estadual Fred Rodrigues (PL), enquanto Caiado estava ao lado do ex-deputado Sandro Mabel (União). Apesar do apoio de Jair Bolsonaro, Mabel e Caiado saíram vitoriosos nas urnas.

A resposta de Caiado às acusações de Gayer foi divulgada somente após a eleição do aliado do governador.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Sonar, do jornal O Globo

"Maior roubo da história da Bola de Ouro": internautas se enfurecem após saberem que Vini Jr. não vai ganhar o prêmio

Internautas indicaram que a premiação, que é europeia, privilegia cidadãos do velho continente, desconsiderando os méritos em campo

Vinícius Júnior (Foto: Pablo Morano/Reuters)

Considerado o grande favorito à Bola de Ouro 2024, Vini Jr. não comparecerá à cerimônia de premiação em Paris nesta segunda-feira. O motivo? O jogador soube que não conquistará o prêmio, que deverá ser entregue ao volante Rodri, do Manchester City e campeão da última Eurocopa com a seleção espanhola.

O fato de Viny não receber a honraria foi recebido com revolta nas redes sociais. Internautas indicaram que a premiação, que é europeia, privilegia cidadãos do velho continente. Outros também apontaram que Rodri não possui méritos em campo para receber tal premiação.

Veja a repercussão:


Fonte: Brasil 247

"Eu serei candidato a presidente da República", diz Caiado

"Ronaldo Caiado vai estar no páreo e vai estar disputando a eleição para presidente da República em 2026. Isso é a maior certeza que você pode ter", disse

Ronaldo Caiado (Foto: Isac Pereira da Nóbrega/PR)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou em entrevista ao UOL News que se posicionará como candidato à Presidência da República nas eleições de 2026, sem depender de qualquer circunstância ou concorrente, mesmo que isso signifique enfrentar outros nomes da direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. “O que você pode ter certeza é que o Ronaldo Caiado vai estar no páreo e vai estar disputando a eleição para presidente da República em 2026. Isso é a maior certeza que você pode ter”, afirmou.

“Eu serei candidato a Presidente da República. Não tem condicionante para a minha candidatura. Eu serei candidato em 2026. Se ele [ Jair Bolsonaro (PL)] será ou não, eu serei”, afirmou. Ele também comentou sobre a possível concorrência com Tarcísio de Freitas, descrevendo como “normal” o surgimento de múltiplas candidaturas no campo da direita.

O governador destacou, ainda, que a decisão de concorrer à presidência é um passo natural em sua carreira política, uma vez que não pretende retornar ao Senado, considerando que já cumpriu seu mandato. “Eu não voltarei ao Senado, acho que cumpri meu mandato, como governador, [estou no] meu segundo mandato. Então, já decidi. Eu não tenho mais outro caminho. O meu caminho agora é a disputa da presidência da República.”

Ao mencionar a possibilidade de concorrentes, Caiado citou outros nomes que podem se apresentar nas eleições, como os governadores Ratinho Jr., Eduardo Leite e Romeu Zema. Além disso, manifestou sua posição favorável à anistia para os condenados pelos eventos de 8 de Janeiro, destacando, no entanto, que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro é uma questão que deve ser tratada pela Justiça.

Caiado também refletiu sobre o atual estado de Bolsonaro, criticando sua postura nas eleições recentes. Segundo ele, “hoje é o momento de Bolsonaro refletir.” O governador enfatizou que a trajetória eleitoral do ex-mandatário tem sido marcada por derrotas significativas, e que é fundamental que ele reconsidere suas ações e respeite as lideranças estaduais.

Em suas palavras, Caiado não apenas defendeu sua própria imagem política, mas também desafiou a narrativa de Bolsonaro. “Eu tenho uma história de vida, não é um cidadão que vai dizer o que eu sou. Ninguém vai denegrir a minha imagem. Eu tenho credibilidade moral, intelectual para governar e para fazer política. Tanto é que eu mostrei que eu sei ganhar eleições, diferente dele,” ressaltou.

Caiado também disse ter sido surpreendido pela forma como Bolsonaro e seus aliados tentaram impor candidatos nas eleições municipais, reforçando que o PL (Partido Liberal) precisa reconhecer que a popularidade não se limita ao número do partido. “O pessoal do PL acha que só o 22 elege as pessoas,” afirmou, indicando que uma abordagem mais estratégica é necessária para construir uma base sólida de apoio.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL News