segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Ministério da Justiça aponta que segundo turno teve 102 crimes eleitorais registrados

Ao todo, 42 pessoas foram detidas no domingo

Eleições municipais no Brasil; 06/10/2024 (Foto: REUTERS/Jorge Silva)

O Brasil encerrou o segundo turno das eleições municipais, neste domingo (27), com o registro de 102 crimes eleitorais, segundo informações do Ministério da Justiça, contabilizadas até as 20h.

Entre os crimes registrados, destacaram-se 32 casos de boca de urna, 19 casos de propaganda eleitoral irregular, 14 de compra de votos ou corrupção eleitoral, 11 ocorrências de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto, além de 4 registros de desobediência a ordens da Justiça Eleitoral e mais 4 casos de desordem que prejudica os trabalhos eleitorais. Outros tipos de crime eleitoral somaram 11 registros adicionais.

Ao todo, 42 pessoas foram detidas no domingo, com a maioria das prisões ocorrendo em João Pessoa, onde 15 indivíduos foram encaminhados às autoridades. Niterói registrou 7 detenções, enquanto Manaus, Fortaleza, Porto Velho e São Paulo contabilizaram 3 cada uma. Campo Grande teve 2 prisões, e as cidades de Imperatriz (MA), Paulista (PE), Pelotas (RS) e Aracaju (SE) registraram uma detenção cada.

Durante o segundo turno, as autoridades também apreenderam mais de 4,4 mil materiais de campanha, além de um veículo, duas armas e uma quantia superior a R$ 10 mil em dinheiro vivo.

Fonte: Brasil 247 com informações de Uol

Centro-esquerda cresce no Uruguai, mas vitória no 2º turno é incerta

Votos da direita e centro-direita superam os da Frente Ampla
Eleições no Uruguai (Foto: REUTERS/MARIANA GREIF)

Agência Brasil - A coalizão de partidos de centro-esquerda do Uruguai que formam a Frente Ampla – que governou o país de 2005 a 2019 – teve mais votos na eleição desde domingo (27) do que no pleito de 2019, quando foram derrotados pelo atual presidente de centro-direita Luis Lacalle Pou.

Porém, o cenário segue indefinido para o segundo turno, que será realizado no dia 24 de novembro. Isso porque a soma dos votos obtidos pelos partidos de direita e centro-direita supera a dos conquistados pelo candidato da frente do ex-presidente José Pepe Mujica.

O candidato da Frente Ampla, Yamandú Orsi, teve 43,94% dos votos contra 26,77% de Álvaro Delgado, do Partido Nacional, e apoiado pelo atual governo. Em terceiro lugar, ficou o candidato do Partido Colorado, Andrés Ojeda, com 16,03% dos votos. Os demais oito candidatos presidenciais somaram 8,3% dos votos.

Em 2019, a frente de centro-esquerda teve 39,01% dos votos no primeiro turno. Ou seja, houve um crescimento de quase 5 pontos percentuais neste ano. No Parlamento, a Frente Ampla conseguiu maioria simples no Senado, mas ainda depende da votação no segundo turno para consolidar essa maioria. Na Câmara dos Deputados, nenhum dos dois principais blocos conseguiu a maioria.

O jornalista, doutor em ciência política e professor de relações internacionais Bruno Lima Rocha Beaklini avalia que é grande a chance de, no segundo turno, os votos de direita e centro-direita superarem os da Frente Ampla.

“Se fossem 47% ou 48%, a Frente Ampla ganhava tranquilo, mas não está tranquilo, não. A soma dos votos nos partidos de direita dá uma vitória à direita. Tem um quarto partido que é o que somou a maior parte dos votos dos descontentes. Se esse cara fizer apoio crítico à Frente Ampla pode ser que dê um empate técnico”, comentou Beaklini.

O especialista cita o candidato Gustavo Salle, do partido Identidade Soberana, que teve 2,69% dos votos e arrancou o quarto lugar, à frente do candidato de extrema-direita, Guido Manini Ríos. Guido teve 2,45% dos votos pelo partido Cabildo Abierto, que, de três senadores e 11 deputados em 2019, passou para apenas dois deputados e nenhum senador.

Já o candidato Gustavo Salle é uma espécie de outsider da política uruguaia, e o partido dele conseguiu, pela primeira vez, duas cadeiras na Câmara dos Deputados. Gustavo Salle tem pregado voto nulo no segundo turno.

O cientista político Leandro Gabiati também avalia que o segundo turno não está confortável para a Frente Ampla. “A tendência é que os demais partidos apoiem o candidato do Partido Nacional no segundo turno. Isso faz com que a eleição ainda fique muito indefinida”, avaliou o especialista.

Para Bruno Beaklini, a Frente Ampla precisa melhorar a votação não só na capital Montevidéu, onde sempre venceu as eleições. “Vai precisar ampliar a votação na capital e tentar melhorar em algum departamento do interior, melhorar bastante. Caso contrário, não vai dar”, completou.

Partido Nacional

O Partido Nacional – do atual presidente Luiz Lacalle Pou – caiu no número de votos se comparado com a última eleição, quando teve 28,8% no primeiro turno, contra os atuais 26,7% do seu apadrinhado Álvaro Delgado. Ainda assim, o resultado de Delgado foi ligeiramente superior ao previsto pelas pesquisas eleitorais.

O cientista político Leandro Gabiati avaliou que essa queda é normal para um partido que está no poder. “O Partido Nacional venceu a eleição anterior justamente por ser a mudança. Depois de cinco anos de governo de Lacalle Pou, há um desgaste de quem governa e esse desgaste reflete nesse desempenho menor nesta eleição”, analisou.

Brasil

Para o especialista Gabiati, a vitória de um ou de outro candidato no próximo dia 24 de novembro não deve trazer mudanças importantes para a relação entre o Brasil e o Uruguai.

“O Lula e o Lacalle Pou têm dialogado de forma aberta e franca, apesar de serem de tendências ideológicas opostas. Como o Lacalle Pou se identifica com uma direita democrática de diálogo, isso não tem prejudicado as relações diplomáticas e políticas entre Brasil e Uruguai”, explicou.

O professor de relações internacionais Bruno Beaklini, por sua vez, avalia que a coalização de centro-esquerda traz mais benefícios para integração latino-americana e para o Mercosul.

“A Frente Ampla é entusiasta do Mercosul, assim como o governo brasileiro. A coalizão de direita não é. Dependendo da coalizão de direita, eles assinam o tratado de livre comércio com a China, por exemplo”, avaliou.

Plebiscitos

Além de votar para presidente, deputados e senadores, os uruguaios puderam se manifestar em relação a dois plebiscitos propostos pela sociedade; um que previa uma reforma na previdência social e outra que autorizava batidas policiais noturnas. Nos dois casos, as consultas não conseguiram mais de 50% dos votos e não foram aprovadas.

Em um dos plebiscitos, liderado pelas centrais sindicais do país, foi proposta uma reforma da previdência para limitar a idade de aposentadoria aos 60 anos, fixar o valor mínimo da aposentadoria ao valor do salário mínimo, além de acabar com as firmas de previdência privada. Em 2023, o governo uruguaio elevou de 60 para 65 anos a idade mínima para se aposentar.

Para o professor Bruno Beaklini, a falta de recursos para promover a campanha pela reforma da seguridade social e a falta de apoio da Frente Ampla ao plebiscito explicam a derrota da proposta dos sindicatos.

“Essa campanha foi à míngua. A central sindical bancou a campanha do próprio bolso junto com a esquerda que não é nem eleitoral. Dentro da Frente Ampla, o Partido Comunista bancou a campanha e os demais setores tiraram o pé. O debate não penetrou na sociedade do Uruguai como deveria”, destacou.

Na outra consulta, liderada por partidos de direita, pretendia-se mudar a Constituição para permitir as batidas policiais noturnas. A mudança também não teve apoio da maioria e foi rejeitada. Assim como no Brasil, a polícia só pode entrar na casa de um cidadão com mandado judicial e durante o dia.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula manterá agenda no Alvorada pelo menos até nova avaliação médica na quarta-feira

O presidente sofreu uma queda no banheiro no dia 19, quando bateu a cabeça e teve um corte na região da nuca

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia no Palácio do Planalto 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve manter agenda mais leve e concentrada no Palácio da Alvorada pelo menos até quarta-feira, quando passará por outra avaliação médica após o acidente doméstico sofrido há pouco mais de uma semana, disse nesta segunda-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

"A organização da agenda de despacho, reuniões, está concentrada aqui no Alvorada. De quarta-feira em diante, aí depende também das recomendações médicas. Novas avaliações vão ser feitas pela equipe médica", disse o ministro a jornalistas depois de participar de reunião com Lula na residência oficial da Presidência.

Lula sofreu uma queda no banheiro do Alvorada no dia 19, quando bateu a cabeça e teve um corte na região da nuca. O presidente também teve um pequeno sangramento no cérebro, que vem sendo observado pelos médicos.

Na última avaliação, na sexta-feira, boletim médico informou que o quadro do presidente era estável e ele estaria apto a exercer sua rotina de trabalho em Brasília.

Padilha confirmou que os médicos indicaram a Lula que ele ainda não estaria liberado para viajar. Com isso, o presidente terminou por cancelar a participação na COP da Biodiversidade, na Colômbia, esta semana, e na conferência da ONU sobre mudanças climáticas COP29, no Azerbaijão, a partir de 11 de novembro.

Lula também deixou de ir no fim de semana para São Paulo, onde havia combinado uma caminhada de encerramento de campanha com o seu candidato à prefeito Guilherme Boulos (PSOL), que acabou derrotado na disputa de domingo.

Na última sexta, Lula participou pela primeira vez desde o acidente de um evento no Planalto, a assinatura do acordo judicial de reparação pelo rompimento de barragem de mineração em Mariana (MG). O presidente foi fotografado com pontos na parte posterior da cabeça.

Lula passará por novas avaliações médicas na quarta-feira. O Palácio do Planalto já confirmou a presença dele em evento público no mesmo dia, a assinatura de investimentos em mobilidade urbana. Na quinta, está prevista uma reunião com governadores sobre segurança pública.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Padilha: PT entra na 'zona de rebaixamento' e fará debates internos para recuperar protagonismo

Ministro das Relações Institucionais comentou os resultados das eleições municipais, realizadas no domingo (27)

Alexandre Padilha (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fez um balanço das eleições municipais ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e mencionou um "tsunami" de reeleições, com uma taxa recorde de 82%, destacando que a reeleição foi a grande vencedora do pleito. As informações são da Folha de São Paulo, e foram publicadas nesta segunda-feira (28).

Ele mencionou o caso de Ricardo Nunes (MDB), reeleito em São Paulo, como exemplo de candidatos que aproveitaram o bom momento econômico e o apoio federal.

Padilha reconheceu que, apesar de avanços desde 2020, o PT ainda não saiu da "zona de rebaixamento" em que se encontra desde 2016 nas disputas municipais. O ministro também ressaltou a necessidade de uma autoavaliação do PT para recuperar protagonismo, especialmente em grandes e médias cidades, e destacou a importância de o partido reconectar-se com a classe trabalhadora, notando que muitos trabalhadores entre dois e dez salários mínimos não se sentem representados pela legenda.

Padilha mencionou que o próprio presidente Lula tem defendido essa aproximação com a classe trabalhadora, e a Executiva Nacional do PT deve iniciar esse debate para avaliar os resultados das eleições e definir estratégias de fortalecimento.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Após as eleições, aliados de Bolsonaro se preparam para novas denúncias contra o ex-mandatário

Fim das eleições abre caminho para PGR decidir sobre fraudes em cartões de vacinação e desvio de joias sauditas

(Foto: Marcos Corrêa/PR | José Cruz/Agência Brasil)

Com o fim das eleições municipais, aliados de Jair Bolsonaro (PL) já se mostram preocupados com a possibilidade de que novas denúncias sejam apresentadas contra o ex-mandatário. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) está prestes a decidir sobre duas investigações que envolvem Bolsonaro: a fraude na carteira de vacinação de Covid-19 e o desvio das joias sauditas. Segundo informações de fontes próximas à PGR, a equipe do procurador-geral Paulo Gonet adiou as eventuais denúncias até o fim do pleito de outubro para evitar qualquer contaminação eleitoral.

Ambas as investigações avançaram, com a Polícia Federal já tendo indiciado Bolsonaro. A delação do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, teve um papel fundamental na apuração dos casos. Ainda de acordo com a reportagem, a preocupação maior no círculo bolsonarista, no entanto, recai sobre a trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Sila (PT), que pode levar a um indiciamento por crimes graves como golpe de Estado e associação criminosa, com penas que podem ultrapassar 28 anos de reclusão.

“Se o Supremo Tribunal Federal condenou manifestantes a 17 anos por invadirem a sede dos três poderes, a pena para o Bolsonaro pode chegar a 30 ou 40 anos”, avaliou um interlocutor próximo a Bolsonaro. Aliados acreditam que, mesmo com o Tribunal de Contas da União (TCU) mudando seu entendimento sobre presentes recebidos por chefes de Estado, a PGR deve avançar com a denúncia relacionada às joias sauditas, nas quais Bolsonaro é acusado de peculato e lavagem de dinheiro.

Em julho, a PF indiciou o ex-mandatário, baseando-se em um relatório de 476 páginas que mencionou o parecer do TCU 26 vezes. No entanto, uma mudança de entendimento sobre a natureza dos presentes recebidos pode complicar as investigações. O TCU agora afirma que, sem uma legislação específica, os presentes não podem ser considerados bens públicos. Apesar disso, a PF sustenta que a existência de crime é independente do posicionamento do TCU.

Ainda há uma esperança entre aliados de Bolsonaro de que ele escape de uma acusação formal em relação à fraude na carteira de vacinação. O indiciamento por associação criminosa e inserção de dados falsos, que se baseou majoritariamente na delação de Mauro Cid, é visto como menos grave em comparação ao esquema das joias, que possui evidências mais concretas.

Os aliados também argumentam que a falta de registros das autoridades americanas sobre a vacinação do ex-mandatário na entrada nos Estados Unidos poderia enfraquecer a acusação.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Declaração de Tarcísio sobre PCC pode torná-lo inelegível por abuso de poder político

A alegação do governador também pode resultar na cassação da diplomação de Ricardo Nunes (MDB) como prefeito reeleito

Tarcísio de Freitas (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou no domingo (27), sem apresentar provas, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria orientando votos para Boulos.

Conforme relatado pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (28), especialistas em direito eleitoral consideram que essa declaração, feita enquanto a votação ainda ocorria, é grave o suficiente para condenar Tarcísio por abuso de poder político e torná-lo inelegível. A alegação do governador também pode resultar na cassação da diplomação de Ricardo Nunes (MDB) como prefeito reeleito.

Junto às acusações feitas no domingo, Tarcísio disse: “nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas". No entanto, o TRE, em nota, afirmou que tomou conhecimento do caso apenas pela imprensa e que não recebeu nenhuma informação oficial.

O órgão informou ainda que Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 1ª Zona Eleitoral, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A ação pode tornar Tarcísio, Nunes e Mello Araújo inelegíveis por oito anos e levar à cassação do diploma da chapa do prefeito.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Diretor da Quaest explica por que Lula continua favorito em 2026

Felipe Nunes, fundador e diretor da Quaest. Foto: reprodução

O diretor do instituto de pesquisas Quaest, Felipe Nunes, fez uma análise sobre o cenário político brasileiro para as eleições de 2026, partindo dos resultados de 2024. Falou sobre as disputas pelo poder e as divisões tanto na direita quanto na esquerda.

Para ele, a próxima eleição para a Câmara dos Deputados deverá refletir uma baixa renovação parlamentar, repetindo a maior taxa de reeleição da história, registrada em 2024.

Em entrevista ao Globo, Nunes, que é cientista político e autor do livro “Biografia do Abismo”, afirmou que “com o fundo eleitoral recorde e as emendas mantidas, teremos um alto padrão de reeleição parlamentar em 2026”.

A vitória dos partidos do Centrão na maioria das cidades do país reforça essa expectativa e provoca fusões e federações partidárias, que visam a sobreviver à cláusula de barreira de 2026, conforme estabelecido pela reforma eleitoral. Esse movimento estratégico revela a dinâmica de poder entre os partidos menores, que, sem essas alianças, enfrentariam dificuldades em manter representação.

O presidente Lula (PT), até então, tem se mantido distante das disputas internas, mas Nunes aponta que a estratégia de não interferir na sucessão da presidência da Câmara pode ter implicações. “Lula vai ter que se meter se não quiser ficar sem governabilidade nos últimos dois anos”, afirmou, lembrando as dificuldades de governança enfrentadas com Arthur Lira no comando.

Ainda sobre o presidente, o cientista político falou que Lula precisava obter grandes vitórias para garantir sua posição na tentativa de reeleição. “Ele não precisava ganhar ou perder este ano para ser forte em 2026”, destacou, mencionando o histórico de que eleições municipais pouco refletem nas presidenciais.

Na eleição de prefeitos deste ano, apesar de um pequeno avanço em prefeituras pelo PT, a esquerda teve desempenho abaixo do esperado. Para ele, o desafio agora é formar lideranças que compreendam o “novo perfil da sociedade brasileira, que acredita mais em meritocracia e no próprio negócio”, além de considerar “Deus e família como pilares”.

O diretor da Quaest também destacou João Campos, prefeito de Recife (PSB), como uma nova liderança de esquerda com forte presença no Nordeste e personalidade cativante. Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), foi mencionado como exemplo de alguém que transita bem entre diferentes espectros políticos, de Otoni de Paula (MDB) a Marcelo Freixo (PT).

Reeleito em Recife, João Campos é apontado como futuro líder da esquerda. Foto: reprodução

Para ele, figuras carismáticas e capazes de dialogar com diversos setores da sociedade tendem a cativar o eleitorado: “As pessoas precisam se inspirar nessas figuras”, afirmou.

Guilherme Boulos, candidato do PSOL nas eleições, é outro nome citado na análise. Segundo Nunes, Boulos utilizou a campanha para reforçar uma imagem mais moderada e buscar uma reaproximação com eleitores mais centristas. Contudo, ele alerta que “o reposicionamento não acontece da noite para o dia”.

O cientista político vê Jair Bolsonaro em uma posição fragilizada, após a derrota de candidatos apoiados por ele em capitais como Curitiba, Goiânia, Manaus, Fortaleza e Belo Horizonte. A direita brasileira saiu dividida das eleições municipais, com destaque para os governadores que ganharam relevância frente a Bolsonaro. Entre eles, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, desponta como o principal nome da direita para 2026, reforçando o crescimento da ala moderada e pragmática liderada pelo PSD, partido de Gilberto Kassab.

Para Nunes, a política brasileira em 2026 será marcada pela continuidade da influência do Centrão, pelo fortalecimento de novas lideranças de esquerda e por uma direita mais fragmentada e liderada por figuras como Tarcísio.

Esse cenário promete embates entre lideranças regionais e nacionais e coloca o PSD em uma posição central: “O partido de Kassab está em todos os lugares”, concluiu, destacando a habilidade do partido em formar alianças com governos de diferentes espectros políticos.

Fonte: DCM

Flávio Dino manda recado a Tarcísio após fake news associando o PCC a Boulos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino mandou um recado ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após o bolsonarista falar sobre um “salve” de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) determinando voto em Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo.

“Um desafio para o Brasil: a persistência – sob novas formas – de antigos problemas, regulados pela Lei Complementar 64, de 1990: ‘…uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político…'”, escreveu Dino em sua conta no Instagram, sem citar o governador.

A legislação citada diz respeito à Lei das Inelegibilidades e o magistrado sugere a criação de novas medidas para combater abusos de poder nas eleições. “As atuais formas (para tradicionais abusos) derivam de inovações tecnológicas, institucionais e culturais, todas demandando reflexões teóricas, elaborações normativas e atividade jurisprudencial”, prosseguiu.

Post do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino no Instagram. Foto: Reprodução

Neste domingo (27), Tarcísio afirmou, ao lado de Ricardo Nunes (MDB), que a inteligência do governo de São Paulo interceptou mensagens do PCC orientando voto em Boulos.

“Teve o ‘salve’. Houve interceptação de conversas, de orientações que eram emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos. Houve essa ação de intercepção, de inteligência, mas não vai influenciar nas eleições”, afirmou o governador, sem apresentar qualquer prova.

A defesa de Boulos acionou a Justiça Eleitoral pedindo a inelegibilidade de Tarcísio e pedindo a cassação da chapa de Nunes e do coronel bolsonarista Mello Araújo (PL). O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) desmentiu a declaração do governador e disse não ter recebido nenhum relatório de inteligência sobre o caso.


Fonte: DCM

"Comunistazinho", dispara Caiado após deputado bolsonarista chamá-lo de "canalha"

Gustavo Gayer acusa o governador de Goiás de estar por trás da operação da PF que teve ele como alvo pela suspeita de desvio da cota parlamentar

Ronaldo Caiado (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Após a postagem de um vídeo repleto de ofensas pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o chefe do Executivo goiano usou as redes sociais para revidar. "Você sabe por que o Gustavo Gayer está nervoso? Ele não quer assumir o crime que cometeu. Ele tinha consciência de tudo isso" — declarou Caiado, segundo a coluna Sonar, do jornal O Globo.

Ainda de acordo com a reportagem, Caiado também disse que Gayer estava preocupado com os relatos de um sócio que indicam desvio de dinheiro e chamou o parlamentar de extrema direita de "comunistazinho".

"Agora, vem você me dizer: ‘Olha aí, agora o Caiado vai ver que ele não terá mais condições de ser candidato à Presidência da República’. Ora, olhe se eu preciso de aval de um comunistazinho como você. Qual é a sua credibilidade para saber se eu posso ou não ser candidato à Presidência da República? Me respeite, rapaz. Eu tenho 40 anos de vida pública, eu não convivo com bandido, nem faço parte de quadrilha", disse o governador.

A tensão entre Gayer e Caiado intensificou-se na semana passada, quando o parlamentar se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga suposto desvio de recursos da Câmara para atividades particulares. Na ocasião, Caiado não poupou ironias ao afirmar que a visita da PF à casa de Gayer seria “a primeira vez que o deputado acordava cedo na vida”, lamentando que não fosse para trabalhar.

Em resposta, Gayer, irritado, publicou um vídeo no doomingo (27) dia do segundo turno das eleições municipais, classificando a declaração do governador como “idiota e infantil” e referindo-se a ele como “canalha”. O parlamentar também insinuou que a investigação, ocorrida apenas dois dias antes do pleito, tinha como objetivo prejudicar sua campanha em Goiânia, afirmando estar “certo” de que Caiado estava por trás da ação.

"O Ronaldo Caiado é um canalha. Caiado, a sua chance de ser candidato à presidência do Brasil acabou, acabou! O senhor acabou de se posicionar ao lado de um ditador! Se antes eu suspeitava que o senhor estava por trás dessa busca e apreensão, agora eu tenho certeza", disparou Gayer em um vídeo veiculado nas redes sociais. .

Gayer era um dos principais apoiadores da candidatura do deputado estadual Fred Rodrigues (PL), enquanto Caiado estava ao lado do ex-deputado Sandro Mabel (União). Apesar do apoio de Jair Bolsonaro, Mabel e Caiado saíram vitoriosos nas urnas.

A resposta de Caiado às acusações de Gayer foi divulgada somente após a eleição do aliado do governador.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Sonar, do jornal O Globo

"Maior roubo da história da Bola de Ouro": internautas se enfurecem após saberem que Vini Jr. não vai ganhar o prêmio

Internautas indicaram que a premiação, que é europeia, privilegia cidadãos do velho continente, desconsiderando os méritos em campo

Vinícius Júnior (Foto: Pablo Morano/Reuters)

Considerado o grande favorito à Bola de Ouro 2024, Vini Jr. não comparecerá à cerimônia de premiação em Paris nesta segunda-feira. O motivo? O jogador soube que não conquistará o prêmio, que deverá ser entregue ao volante Rodri, do Manchester City e campeão da última Eurocopa com a seleção espanhola.

O fato de Viny não receber a honraria foi recebido com revolta nas redes sociais. Internautas indicaram que a premiação, que é europeia, privilegia cidadãos do velho continente. Outros também apontaram que Rodri não possui méritos em campo para receber tal premiação.

Veja a repercussão:


Fonte: Brasil 247

"Eu serei candidato a presidente da República", diz Caiado

"Ronaldo Caiado vai estar no páreo e vai estar disputando a eleição para presidente da República em 2026. Isso é a maior certeza que você pode ter", disse

Ronaldo Caiado (Foto: Isac Pereira da Nóbrega/PR)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou em entrevista ao UOL News que se posicionará como candidato à Presidência da República nas eleições de 2026, sem depender de qualquer circunstância ou concorrente, mesmo que isso signifique enfrentar outros nomes da direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. “O que você pode ter certeza é que o Ronaldo Caiado vai estar no páreo e vai estar disputando a eleição para presidente da República em 2026. Isso é a maior certeza que você pode ter”, afirmou.

“Eu serei candidato a Presidente da República. Não tem condicionante para a minha candidatura. Eu serei candidato em 2026. Se ele [ Jair Bolsonaro (PL)] será ou não, eu serei”, afirmou. Ele também comentou sobre a possível concorrência com Tarcísio de Freitas, descrevendo como “normal” o surgimento de múltiplas candidaturas no campo da direita.

O governador destacou, ainda, que a decisão de concorrer à presidência é um passo natural em sua carreira política, uma vez que não pretende retornar ao Senado, considerando que já cumpriu seu mandato. “Eu não voltarei ao Senado, acho que cumpri meu mandato, como governador, [estou no] meu segundo mandato. Então, já decidi. Eu não tenho mais outro caminho. O meu caminho agora é a disputa da presidência da República.”

Ao mencionar a possibilidade de concorrentes, Caiado citou outros nomes que podem se apresentar nas eleições, como os governadores Ratinho Jr., Eduardo Leite e Romeu Zema. Além disso, manifestou sua posição favorável à anistia para os condenados pelos eventos de 8 de Janeiro, destacando, no entanto, que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro é uma questão que deve ser tratada pela Justiça.

Caiado também refletiu sobre o atual estado de Bolsonaro, criticando sua postura nas eleições recentes. Segundo ele, “hoje é o momento de Bolsonaro refletir.” O governador enfatizou que a trajetória eleitoral do ex-mandatário tem sido marcada por derrotas significativas, e que é fundamental que ele reconsidere suas ações e respeite as lideranças estaduais.

Em suas palavras, Caiado não apenas defendeu sua própria imagem política, mas também desafiou a narrativa de Bolsonaro. “Eu tenho uma história de vida, não é um cidadão que vai dizer o que eu sou. Ninguém vai denegrir a minha imagem. Eu tenho credibilidade moral, intelectual para governar e para fazer política. Tanto é que eu mostrei que eu sei ganhar eleições, diferente dele,” ressaltou.

Caiado também disse ter sido surpreendido pela forma como Bolsonaro e seus aliados tentaram impor candidatos nas eleições municipais, reforçando que o PL (Partido Liberal) precisa reconhecer que a popularidade não se limita ao número do partido. “O pessoal do PL acha que só o 22 elege as pessoas,” afirmou, indicando que uma abordagem mais estratégica é necessária para construir uma base sólida de apoio.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL News

Campos Neto volta a defender choque fiscal para viabilizar juros mais baixos

"Se você tem um choque positivo, vai influenciar a curva longa de juros, as taxas de juros, o câmbio, as expectativas", disse o presidente do Banco Central

Roberto Campos Neto. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Reuters - O pacote com medidas fiscais prometido pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva poderá gerar efeito positivo sobre a política monetária se for capaz de gerar uma mudança grande o suficiente em variáveis observadas pelo Banco Central ao definir os juros básicos, disse nesta segunda-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Em reunião com investidores organizada pelo Deutsche Bank, em Londres, Campos Neto afirmou que o anúncio fiscal não tem relação mecânica com a política monetária, mas tem potencial de afetar prêmios de risco, taxas longas de juros e câmbio.

"Tem que ser algo que produza uma mudança nas expectativas que seja grande o suficiente para reverter o prêmio de risco, a expectativa de inflação e a curva longa de juros, e isso alimentaria a função de reação (do BC) de maneira positiva", disse.

"Se você tem um choque positivo, vai influenciar a curva longa de juros, as taxas de juros, o câmbio, as expectativas. E essas variáveis são importantes para nossa função de reação."

Na apresentação, ele reafirmou que se o Brasil quer ter juros estruturalmente mais baixos, provavelmente será necessário apresentar ao mercado medidas que sejam interpretadas como um choque fiscal positivo.

O governo previu apresentar a partir de novembro um conjuntos de propostas para controlar despesas públicas, mirando tornar o arcabouço fiscal sustentável e melhorar a trajetória da dívida pública.

Campos Neto disse, ainda, que a decisão de maio do Comitê de Política Monetária (Copom) -- que terminou com uma divisão entre diretores indicados neste e no governo anterior -- gerou uma "cicatriz de credibilidade" que vem sendo endereçada pela autarquia.

Ele ponderou que vê a piora recente nos prêmios de risco mais relacionada ao tema fiscal, especialmente pela percepção do mercado sobre o afrouxamento das metas fiscais a partir de 2025 e questionamentos sobre a transparência das estatísticas do governo para as contas públicas.

"Parece haver um crescimento do prêmio de risco que está mais e mais associado a isso (fiscal), e para haver uma reversão é necessário criar uma percepção de que você fez algo que pode mudar a fotografia estruturalmente. Espero que o plano que será anunciado seja percebido como capaz de fazer isso", afirmou.

Ao voltar a dizer que preços de mercado parecem exagerados, mas transmitem um sinal, Campos Neto disse que a situação fiscal do Brasil é similar à de seus pares, mas a dívida pública brasileira, na partida, já era mais alta do que a de outros países emergentes.

O presidente do BC ainda afirmou que BC acompanha as concessões de crédito subsidiado, que podem reduzir a potência da política monetária. Ele ponderou que até o momento a alta observada não seria suficiente para mudar a taxa neutra de juros no país.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Espetáculo de dança encanta famílias em Apucarana


A Prefeitura de Apucarana realizou, na tarde de ontem (27/10), um encantador espetáculo de dança promovido pelos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Aproximadamente 350 crianças se apresentaram no palco do Cine Teatro Fênix, surpreendendo suas famílias com um vislumbre das habilidades adquiridas nas aulas de Expressão Corporal ao longo do ano. O espetáculo foi dividido em três sessões, inspiradas nas clássicas histórias infantis “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, “A Pequena Sereia” e “Alice no País das Maravilhas”.

A secretária de Educação, Professora Marli Fernandes, destacou que as aulas de Expressão Corporal fazem parte do currículo dos 24 CMEIs e das 36 Escolas Municipais de Apucarana. “Essas aulas contribuem para o desenvolvimento integral das crianças, estimulando a coordenação motora, a criatividade, a consciência corporal, a autoconfiança, a interação social, a expressão emocional, a concentração, a disciplina, o autocontrole e a redução do estresse”, afirmou.

O prefeito Junior da Femac também expressou sua admiração: “Sempre me encanto ao assistir às apresentações dos nossos estudantes. É impressionante como crianças tão pequenas, de dois a três anos de idade, não sentem medo diante de uma plateia lotada. Pelo contrário, elas estavam soltas e desinibidas no palco, divertindo-se durante o espetáculo e encantando o público. Tenho certeza de que estamos formando uma geração de apucaranenses que saberá se expressar com assertividade em qualquer situação no futuro,” disse.

Em Apucarana, todos os alunos matriculados nas turmas do Infantil 2 (CMEIs) até o 5º Ano do Ensino Fundamental (Escolas), tanto meninos quanto meninas, participam de duas aulas semanais de Expressão Corporal, ministradas em parceria com a Academia de Dança Adriana Silva.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Tebet diz que "é hora de cortar políticas públicas ineficientes"

"Os números estão aí para mostrar que tudo que tinha que dar certo deu. Só falta uma coisa: temos que ter a coragem de cortar o que é ineficiente", disse

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, ressaltou nesta segunda-feira (28) a importância de cortar políticas públicas que se mostraram ineficientes em meio às discussões internas no governo sobre a necessidade de equilibrar as contas públicas.

“Não existe social sem fiscal. Os números estão aí para mostrar que tudo que tinha que dar certo deu. Só falta uma coisa: temos que ter a coragem de cortar aquilo que é ineficiente. Erros, fraudes já foram cortados em 2023 porque eles eram frutos da pandemia. Agora, é hora de acabar com políticas públicas que são ineficientes”, disse a ministra durante um evento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em São Paulo, de acordo com o jornal O Globo.

A ministra também destacou a relevância da redução de despesas para aumentar o volume de investimentos no país, especialmente em infraestrutura. "É preciso investimento privado no Brasil; só investimento público é insuficiente. Entre os países emergentes, nós estamos bem abaixo. Só conseguiremos alavancar isso, fazendo o dever de casa, como estamos fazendo, garantindo segurança jurídica, estabilidade," completou.

Tebet sublinhou que o objetivo dos cortes não é apenas alcançar um superávit, mas também aumentar a eficiência dos gastos. Ela e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, planejam retornar a Brasília nesta semana para continuar as discussões sobre as medidas a serem adotadas. Recentemente, os dois participaram de reuniões em Washington com instituições como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G20.

Haddad tem uma reunião agendada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual as decisões sobre cortes poderão ser definidas. No entanto, a equipe econômica preferiu esperar a conclusão do segundo turno das eleições municipais para aprofundar as discussões.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

New York Times: a oito dias da eleição nos EUA, vantagem de Kamala sobre Trump é de menos de 1 ponto

Pesquisas em sete estados-pêndulo também mostram a disputa se acirrando

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters/Umit Bektas/Elizabeth Frantz)

 A vantagem da vice-presidente dos EUA e candidata democrata à presidência, Kamala Harris, sobre o desafiante republicano, Donald Trump, foi reduzida para menos de um ponto percentual, com apenas oito dias restantes antes da eleição, segundo a média nacional de pesquisas do The New York Times. A eleição nos EUA ocorrerá em 5 de novembro.

Harris lidera Trump com 49% contra 48%, marcando sua menor vantagem desde meados de agosto, segundo a reportagem da agência Sputnik.

Pesquisas em sete estados-pêndulo também mostram a disputa se acirrando, sem que nenhum candidato tenha uma liderança expressiva nesses locais, observou o jornal.

Os estados do Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin serão decisivos para a corrida presidencial. Eles são conhecidos como "swing states" ou “estados-pêndulo” em português, uma vez que não apresentam um padrão fixo de votos e podem alternar entre os partidos em diferentes eleições.

Fonte: Brasil 247

Possível ida de Kennedy Alencar para a Vale pode pacificar as relações com o governo Lula

Jornalista tem bom trânsito no governo e no Judiciário; novo CEO, Gustavo Pimenta, resolveu o principal desafio da empresa, ao assinar o acordo de Mariana
(Foto: REUTERS/Washington Alves/Arquivo | Divulgação)

A mineradora Vale está prestes a concretizar uma significativa mudança em sua estratégia de relações institucionais ao concretizar a contratação de Kennedy Alencar, conhecido jornalista e comentarista com vasta experiência política em Brasília e São Paulo. A chegada de Alencar, que atua atualmente na Rede TV! e no UOL, deve ocorrer em novembro, em um movimento calculado pelo novo CEO da Vale, Gustavo Pimenta, para pacificar as relações com o governo do presidente Lula, com quem Kennedy tem forte interlocução.

Essa escolha estratégica de Pimenta visa apaziguar o clima recente entre a mineradora e o governo, principalmente após a tentativa frustrada de nomeação do ex-ministro Guido Mantega ao conselho da Vale, que encontrou resistência dos acionistas da empresa. O movimento de integrar Kennedy diretamente à estrutura da presidência sinaliza a intenção de alinhar as prioridades da mineradora com as do governo – o que é visto com bons olhos pelo mercado, uma vez que a Vale depende de várias licenças e concessões de agências e órgãos federais.

Gustavo Pimenta já demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos desde que assumiu o comando da Vale. Recentemente, ele anunciou um acordo robusto relacionado ao desastre de Mariana, ocorrido em 2015, que vitimou 19 pessoas e trouxe enormes impactos socioambientais. O acordo, avaliado em R$ 170 bilhões, compromete a empresa a compensar danos e recuperar áreas afetadas em Minas Gerais e Espírito Santo, com R$ 100 bilhões em pagamentos ao longo de 20 anos e R$ 32 bilhões dedicados ao assentamento e à recuperação ambiental. Em declaração durante o evento, Pimenta ressaltou a relevância do acordo: "Foi uma solução mutualmente benéfica para todas as partes envolvidas", ao frisar que ele foi elaborado em um diálogo transparente com os afetados.

Essa postura de diálogo é considerada essencial para a mineradora, que ainda enfrenta ações na Justiça britânica, onde a responsabilidade da BHP Billiton, parceira na Samarco, é julgada em relação ao rompimento da barragem. Alexandre d’Ambrosio, vice-presidente de assuntos corporativos, reforçou a confiança de que o acordo brasileiro oferece uma base sólida de defesa frente a essas disputas internacionais.

Fonte: Brasil 247

Inteligência dos EUA alerta para risco de violência eleitoral por extremistas domésticos

Boletim destacou que, desde 6 de janeiro, pelo menos três ataques de extremistas foram associados a alegações falsas de fraude eleitoral

Bandeiras dos EUA (Foto: Reuters)

As agências de inteligência dos EUA veem extremistas domésticos ligados a teorias da conspiração sobre suposta fraude eleitoral em massa como uma ameaça significativa de violência durante as eleições de 5 de novembro, informou a NBC News nesta segunda-feira, citando um boletim de inteligência conjunto.

O FBI e o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) alertam as agências de aplicação da lei estaduais e locais que candidatos, funcionários, trabalhadores eleitorais, jornalistas e juízes podem se tornar alvos de extremistas.

Ataques físicos e violência em locais de votação, urnas de depósito, locais de registro de eleitores, comícios e eventos de campanha foram identificados como possíveis ameaças, de acordo com o boletim obtido pela NBC News.

O DHS foi citado no relatório afirmando que os Estados Unidos "permanecem em um ambiente de ameaça dinâmico e elevado" e que continuam a compartilhar informações com seus parceiros de aplicação da lei sobre "as ameaças representadas por extremistas violentos domésticos no contexto das eleições de 2024".

Fonte: Brasil 247

Governo da Bolívia diz que Morales disparou contra policiais de combate ao narcotráfico

Governo alega que a unidade policial estava realizando uma patrulha rodoviária padrão quando o comboio de Evo Morales atirou e atropelou um policial

Atentado a Evo Morales (Foto: prensa latina )

Reuters - O governo boliviano negou nesta segunda-feira as acusações de que liderou um ataque direcionado contra o ex-presidente Evo Morales, cujo carro foi alvejado no domingo, afirmando que o comboio do ex-líder disparou contra a polícia de combate ao narcotráfico, que realizava uma patrulha.

Morales afirma que o governo tentou assassiná-lo quando balas atingiram seu carro nas primeiras horas de domingo, marcando um novo capítulo de tensões na nação andina entre o ex-presidente e seu ex-aliado, o presidente Luis Arce.

O ministro do Interior boliviano, Eduardo del Castillo, disse em entrevista coletiva que a unidade FELCN de combate ao narcotráfico estava realizando uma patrulha rodoviária padrão quando o comboio de Morales atirou e atropelou um policial.

Morales havia dito em uma entrevista de rádio no domingo que de fato havia reagido a tiros contra policiais, depois que eles abriram fogo.

Os veículos de Morales eram suspeitos de transportar drogas, segundo o governo.

Morales, por sua vez, classificou como falsas as alegações de que as autoridades estavam realizando uma operação padrão de combate ao tráfico de drogas.

"Se esse fosse o caso, por que sua equipe policial de elite atirou mais de 18 vezes nos veículos em que eu estava viajando?", escreveu ele no X.

Fonte: Brasil 247 com Reuters