quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Chapa XI de Agosto apresenta-se em todas as subseções da OAB do Paraná; em 26 é única


Terminou nessa quarta-feira (23) o período para registro de candidaturas à eleição da OAB Paraná, como previsto no edital publicado pela entidade. No site das eleições, verifica-se que o grupo XI de Agosto está na disputa na seccional e em todas as 49 subseções do Estado, sendo chapa única em 26 delas. O quadro evidencia a união, a força e a capilaridade do grupo.

Para a disputa da diretoria da seccional, o registro da XI foi feito no dia 9 de outubro. Desde então o candidato a presidente, Luiz Fernando Casagrande Pereira, tem percorrido o Paraná em visita a escritórios de advocacia. Nessa missão de dialogar com a advocacia, esteve, entre os dias 10 e 18, em Maringá, Guarapuava, Ponta Grossa, Cianorte, Londrina, Apucarana, Arapongas, Umuarama e Cascavel. Esta semana, passa por União da Vitória, Palmas e Pato Branco, no dia 24, e por Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Foz do Iguaçu, no dia 25.

“Nossa proposta é viva. Um grupo muito competente trabalhou na formulação dos 11 eixos centrais, mas cada tópico vai sendo lapidado com as contribuições da advocacia de todo o estado”, comenta Pereira. O candidato organizou sua chapa de modo a dar à advocacia do interior do estado uma representatividade condizente com a proporção que tem nos quadros da OAB Paraná: cerca de 60% dos profissionais inscritos na seccional são do interior. “Nunca tivemos tantos conselheiros e diretores do interior do estado na composição da chapa. E essa lógica estará presente também na formação das comissões”.

Na terça-feira (22), Pereira conduziu o encontro de lançamento oficial da chapa XI de Agosto, em Curitiba. Advogados de todas as 49 subseções do Paraná estiveram presentes. Pereira reforçou suas propostas, com grande ênfase para a defesa das prerrogativas, a formação permanente da advocacia e o apoio aos jovens profissionais.

Fonte: Contraponto

Desembargador sobre denúncia de que foi comprado: ‘Eu sou magistrado, não faço acordo, que fdp’


Áudio entregue à Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso indica a reação do desembargador Sebastião de Moraes Filho, ao ser confrontado por um advogado sobre suposto recebimento de propinas em processo referente a disputa de terras no interior do Estado. “Eu sou magistrado, não faço acordo, mas que filha da puta”, disse Moraes, que está afastado das funções desde agosto, sob suspeita de ligação com esquema de venda de sentenças.

O interlocutor do magistrado foi o advogado Carlos Naves de Resende, que acionou a cúpula do Judiciário e o Ministério de Justiça em busca de proteção após receber ameaças de morte. Ele gravou a conversa com o desembargador.

Naves defende uma família de Rondonópolis em uma disputa judicial sobre 224 hectares de terras, divididos em duas glebas. A ação estava sob tutela de Moraes Filho, como relator.

Como mostrou o Estadão, as ameaças que Naves denunciou partiram de Luciano Polimeno, parte interessada na ação das terras. Polimeno fez duas ligações para o advogado, uma para tentar subornar Naves, quando alegou que havia ‘comprado’ o desembargador para obter uma decisão favorável a seus interesses no litígio. Na outra ligação, o desafio para um duelo. “Marca comigo o lugar prá nós trocar tiro.”

Polimeno fez a ameaça ao advogado após saber que Naves relatou ao desembargador ter ouvido dele a versão sobre propina a Moraes Filho.

O advogado pediu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso que investigue a conduta do magistrado. Em sua defesa, Sebastião de Moraes Filho diz que Naves não apresentou provas das acusações, que classificou como “fantasiosas invenções”.

O desembargador pediu o arquivamento da investigação, considerando a “insubsistência das imputações, desprovidas de mínimo indício probatório, a comprovar a ausência de justa causa para o prosseguimento do feito”.

A conversa com o desembargador se deu na esteira da primeira ligação que Naves recebeu de Polimeno, dias antes de o Tribunal de Justiça julgar a disputa sobre as terras. Polimeno propôs ao advogado um ajuste para que não recorresse contra o acórdão que seria proferido na sessão que ainda seria realizada. Ele disse que o tribunal daria ganho à sua causa.

Polimeno disse ao advogado que ‘já havia conversado com os desembargadores da 2.ª Câmara e que o resultado seria de 3 a 0, sendo que o relator Sebastião de Moraes Filho havia orientado a reunir com os reclamantes e fazer um acordo para que não houvesse mais nenhum tipo de recurso’.

No áudio, Polimeno afirma: “Estou gastando muito para vocês perderem. Então, ao invés de eu gastar muito lá, é melhor eu fazer um acordo com você (Naves) […] “Está me custando caro demais para adiar semana a semana, entendeu? Então, antes deles comer, que nós coma, porra! Antes do desembargador comer mais, coma”.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, afinal, acolheu o recurso de Luciano Polimeno. Logo em seguida, Naves decidiu confrontar o desembargador sobre o caso e também nessa ocasião gravou a conversa com o magistrado ‘diante das ameaças de morte e inúmeras denúncias de que Luciano Polimeno haveria comprado a decisão judicial’.

Naves levou as gravações ao Serviço Registral e Notarial do Distrito de Cristo Rei, em Várzea Grande, nos arredores de Cuiabá. Os diálogos foram transcritos.

O desembargador contesta a gravação, segundo ele realizada “contra preceitos constitucionais e até da ética”.

No áudio, também degravado em cartório, Sebastião de Moraes Filho diz que iria processar Polimeno e que a única saída que teria ‘depois de tudo que Luciano fala’ é ele sair do processo. “O camarada que escreve tudo isso aqui, como é que eu vou continuar julgando o processo dele? Perdi a isenção de anos, vou mandar para outro, não tem como, ele vai se foder com outro agora, não é verdade?”

O desembargador chama Polimeno de ‘filha da puta’ após ouvir o áudio em que ele diz que o teria comprado. Reclama com Naves que não ouviu a gravação antes do julgamento em que o TJ acolheu o recurso de Polimeno.

“Por que você também não me trouxe esse áudio antes? Só pra mim dar uma ferrada nele, só de raiva.”

Naves relatou que achava que Polimeno estava blefando.

“Eu sou magistrado, não faço acordo, mas que filha da puta rapaz”, disse o magistrado. Ele diz que vai se declarar suspeito no processo. Afirma ainda que vai sugerir ao advogado pedir a nulidade do acórdão que havia acolhido o recurso de Polimeno.

Ainda havia um outro recurso pendente de apreciação, que acabou não sendo julgado por Moraes Filho. A razão, no entanto, não foi uma eventual declaração de suspeição do magistrado, que agendou o julgamento para agosto, mas sim seu afastamento determinado pelo CNJ.

Naves relata ainda que, cinco dias após falar com o desembargador sobre a conversa com Polimeno, este entrou em contato novamente. Nessa nova ligação, Polimeno afirma que o advogado o teria denunciado por supostamente ter ‘comprado’ desembargadores.

Luciano Polimeno diz que ficou sabendo da gravação porque Naves a teria protocolado no processo. No entanto, o advogado nega ter juntado aos autos o áudio. Ele sustenta que ‘o próprio relator ou algum servidor com relação direta, entrou em contato com Luciano para informar a situação’.

Nessa segunda ligação, Polimeno ameaçou o advogado. “Marca comigo o lugar pra nós trocar tiro, eu e você, avisa só para não falar que foi na covardia, que eu não gosto de covardia rapaz.”

Naves perguntou quem o havia informado sobre sua denúncia ao Tribunal. “Tá no processo que você colocou agora, rapaz, você falou que eu tinha te ameaçado de morte.”

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

Doze pessoas ligadas ao crime organizado foram eleitas em São Paulo, diz TRE


Órgãos de inteligência informaram ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que 12 pessoas ligadas ao crime organizado foram eleitas no Estado de São Paulo, sendo dez vereadores e dois prefeitos.

Segundo a Corte Eleitoral paulista, 70 pessoas com envolvimento com o crime concorreram nas eleições municipais deste ano.

Os nomes dessas pessoas não foram revelados até o momento, e o TRE-SP não informou em quais cidades os envolvidos foram eleitos, alegando se tratar de “informação sigilosa”.

Segundo a Justiça Eleitoral, os dados serão encaminhados ao Ministério Público para as providências cabíveis – por exemplo, averiguar se cabe Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para apuração de gastos ilícitos ou abuso de poder econômico.

Em agosto, o chefe do centro de inteligência da Polícia Militar paulista, coronel Pedro Luís de Souza Lopes, afirmou durante o 18º encontro anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas eleições era “muito maior do que (se) imaginava”.

“Não dá para falar que são 100, 200 municípios, mas tem vários com indícios palpáveis de alguma movimentação importante do tráfico participar como financiador de campanha eleitoral”, afirmou o militar.

Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, a facção movimenta cerca de R$ 1 bilhão ao ano. O carro-chefe da organização criminosa, já há alguns anos, é o tráfico internacional de cocaína, comprada de países vizinhos e enviada principalmente à Europa.

Investigações da Polícia Civil identificaram que os criminosos atuaram para tentar se infiltrar nas eleições, lançando candidatos aos cargos em disputa. O chamado “núcleo político” seria liderado por João Gabriel de Mello Yamawaki, acusado de ser um dos responsáveis por um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro da facção. A defesa de Yamawaki, que teve prisão decretada, alega que as acusações são infundadas e carecem de provas concretas.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

Apoio massivo de bolsonaristas garante liderança de Nunes em São Paulo, diz Datafolha

Nunes lidera entre eleitores de Bolsonaro com 84%; Boulos é favorito entre eleitores de Lula com 66%

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos (Foto: Edson Lopes JR./Prefeitura SP e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (24) aponta que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), registra 84% das intenções de voto entre quem votou em Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e 26% entre quem votou no presidente Lula.

Seu rival no segundo turno, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), tem 66% dos eleitores do petista e 9% dos que votaram em Bolsonaro.

No cenário geral, o emedebista conseguiu 49% das intenções de voto, e o seu oponente, 35%. Outros 14% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo. Os indecisos representaram 2% dos votos. Nos votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, Nunes tem 58%, frente a 42% de Boulos.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Influenciadora é expulsa de academia por roupa curta e reclama de “perseguição”


A influenciadora fitness Jéssica Freitas foi expulsa de academia por “constranger pessoas” com sua roupa, segundo responsável pelo estabelecimento. Foto: Reprodução
A influenciadora fitness Jéssica Freitas (33) foi expulsa de uma academia em Americana, no interior de São Paulo, por usar roupas curtas e chamou os responsáveis pelo estabelecimento de “falsos moralistas”. Ela, que também é vendedora de conteúdo adulto, diz que foi retirada do local por discriminação e que vai “procurar seus direitos”.

“Não estava pelada, sabe? Fui treinar do jeito que me sinto à vontade: shortinho e top. Não fiz nada de mais ou anormal. Precisamos normalizar essa coisa de se vestir. Não desrespeitei ninguém, não me exibi e nem gravei vídeo ali. Não causei nenhum mal-estar entre as pessoas”, afirmou ao jornal O Globo.

Jéssica diz que ser expulsa do local foi “o maior constrangimento de sua vida” e que outras mulheres estavam no local com roupas similares. “Não pediram para nenhuma delas se retirar. O caso foi exclusivamente comigo. Acho isso perseguição”, prosseguiu.


O responsável pela academia que expulsou a influenciadora alegou que sua roupa poderia “constranger pessoas” que estavam no local e afirmou que o estabelecimento é um “ambiente familiar”. 
Veja:


Fonte: DCM

VÍDEO – Mujica pede votos a Boulos: “Faça sua parte nesta luta eterna”

O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, e Guilherme Boulos (PSOL). Foto: Reprodução

O ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica manifestou apoio ao deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno. Em vídeo publicado nas redes, ele pede votos ao psolista e destaca a importância da eleição na capital paulista.

“Amigos políticos de São Paulo, povo paulista que transita por essas ruas populosas da maior cidade de nossa América. Ali, nesse ninho de esperança e desafio, há um processo eleitoral chegando. Espero que o povo trabalhador de São Paulo se lembre de Guilherme, o apoie e faça sua parte nesta luta eterna”, diz Mujica.

Ele ainda afirma que “as sociedade modernas continuam a ter dificuldade entre o que é meu e o que é seu, e a riqueza tende a se concentrar”. “Não se esqueçam, jamais, de defender seu futuro. Até sempre, desde o sul”, completou.

Além de ex-presidente, Mujica ficou conhecido por sua luta por justiça social e já foi guerrilheiro. Boulos já disse ter “grande admiração por sua trajetória”: “Ele representa solidariedade e humanidade na política”, afirmou o candidato em viagem ao Uruguai para encontrá-lo.

Mujica tem 89 anos e também está envolvido com a eleição do Uruguai. Nesta semana, ele fez um discurso, em tom de despedida, a favor do candidato de esquerda na disputa, Yamandú Orsi.

O candidato do PSOL é apoiado pelo presidente Lula e enfrenta Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da cidade e candidato à reeleição. Seu rival tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM

MPF cobra do Banco do Brasil reparação por apoio à escravidão no século 19

BB informou que lançará em dezembro ações de reparação ao povo negro

Banco do Brasil (Foto: Reuters)

Por Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro reforçou nesta semana a cobrança para que o Banco do Brasil (BB) apresente ações de reparação à população brasileira afrodescendente. A medida funcionaria como uma indenização pelo apoio da instituição financeira à escravidão no Brasil, no século 19.

A cobrança se deu em audiência pública realizada na última terça-feira (22), comandada pelo procurador regional dos Direitos dos Direitos do Cidadão Julio José Araujo Junior, com representantes do Banco do Brasil, do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

A atuação do MPF faz parte de um inquérito aberto contra o BB em setembro de 2023. A investigação é baseada no estudo de 14 pesquisadores de universidades brasileiras e americanas. Eles revelaram ligações do BB com o comércio de africanos escravizados.

Os pesquisadores apontam que havia “vínculos diretos entre traficantes e o capital diretamente investido em ações do Banco do Brasil”. Além disso, acrescenta que “a instituição também se favoreceu da dinâmica de circulação de crédito lastreada na propriedade escrava que imperou ao longo de toda a primeira metade do século XIX”.

O Banco do Brasil reconhece que a instituição teve ligação com a escravidão e, em novembro, emitiu um pedido público de desculpas à população negra.

Apesar do reconhecimento do BB, o MPF emitiu ao banco estatal e ao Ministério da Igualdade Racial (MIR) recomendações para que fossem indicados recursos específicos para as ações de reparação, assim como a definição de medidas prioritárias, de modo que o pacto pela igualdade racial não se tornasse “mera carta de intenções”.

“As respostas apresentadas pelas autoridades nada trouxeram de acréscimo. A gente ainda não teve indicações concretas dessas medidas", criticou o procurador Julio Araujo no início da audiência pública.

O também procurador dos Direitos do Cidadão Jaime Mitropoulos acrescentou que o pedido formal de desculpas do BB não é uma ação suficiente.

“Medidas simbólicas não nos bastam. O pedido de perdão, por si só, não é suficiente. A política pública que já vem sendo levada adiante pelo próprio Banco do Brasil também não é suficiente”, declarou.

“É necessário que a gente comece a delinear quais são, efetivamente, as reparações que o Banco do Brasil vai propor, quais são aquelas que, em conjunto com a sociedade, nós poderemos concretizar”, completou.

Sociedade civil organizada - Em dezembro de 2023, o MPF abriu uma consulta pública para receber da sociedade civil sugestões de reparação que possam ser realizadas pelo banco estatal.

Foram obtidas mais de 500 propostas, apresentadas por 37 entidades, entre elas o Movimento Negro Unificado (MNU), a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), a União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro Brasil), universidade e grupos culturais e religiosos.

Algumas das instituições que contribuíram com propostas participaram da audiência pública desta semana.

A ativista e estudante de ciências sociais Brenna Vilanova representou o MNU do Distrito Federal e Entorno.

“A gente precisa garantir que todas as sugestões que os movimentos negros enviaram sejam implementadas e acompanhadas, que esse plano de ação tenha prazos definidos”, pediu.

Júlia Mota, que participou representando o Fundo Agbara, que reúne mulheres negras, fez uma ligação entre as desigualdades sociais atuais e a histórica desigualdade racial.

“As desigualdades sociais do Brasil têm as suas gênese na desigualdade racial e no capitalismo racial. É de responsabilidade de um banco, como o Banco do Brasil, atuar pelo fim de violências econômicas, oferecendo renda básica para as populações negras, bem como um fundo de reparação para investimentos em territórios, empreendimentos, organizações, ações de pessoas negras, além de investimento para o desenvolvimento de territórios quilombolas e tradicionais”, elencou.

Banco do Brasil - O Banco do Brasil foi representado na audiência pelo consultor jurídico João Alves e pela gerente de Relações Institucionais Nivia Silveira da Mota. Eles lembraram que o banco já realiza uma série de ações para busca da equidade racial e de outras minorias representativas, como pessoas com deficiência.

Pela primeira vez na história, o BB é presidido por uma mulher negra, a administradora e funcionária de carreira Tarciana Medeiros.

Eles informaram que o banco lançará no dia 4 de dezembro de 2024 uma série de ações relacionadas com a reparação à população negra. No entanto, acrescentarem que parte das propostas sugeridas pela sociedade civil não pode ser realizada pelo banco, por estarem fora da alçada de atuação. Um exemplo, citou Alves, é o pagamento de renda básica, que depende de iniciativas e orçamento autorizado pelo Congresso Nacional.

Nivia Mota destacou que a instituição leva em consideração as demandas propostas, e que dez diretorias do banco participam da elaboração do plano de ação.

"Estamos tentando traduzir e levar para o nosso plano de ação, com o máximo de aproximação que pudermos fazer, considerando o orçamento que for disponibilizado", afirmou ela, acrescentando que foram realizadas oficinas, escutas e consultas a pesquisadores e estudantes da temática racial.

O consultor jurídico do BB avalia que acreditar que apenas uma única instituição, por maior que seja, vai resolver o problema de exclusão de afrodescendentes ou outras populações excluídas é "fora da realidade".

"A avaliação que a gente tem é que precisamos unir forças", disse. "O banco não é o melhor, é uma das instituições que têm tecnologia, tradição e intervenção suficiente para ajudar outras instituições", completou, enfatizando a entonação da expressão “uma das”.

Ministérios - O Ministério da Igualdade Racial foi representado pela coordenadora de Ações Governamentais, Isadora de Oliveira Silva. Ela informou que o MIR ainda não tem pronto um plano de ação e que está comprometido em ouvir a sociedade para elaborar as medidas.

"O pacto teve momentos de escuta da sociedade civil, como de outros órgãos públicos e diferentes parceiros para coletar subsídios, sugestões para esse conteúdo do pacto. É isso que está passando por sistematização", disse.

A coordenadora-geral de Erradicação do Trabalho Escravo, Andreia Figueira Minduca, representou o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Ela explicou que, na pasta, as contribuições para o pacto pela igualdade racial são tratadas em conjunto pela Coordenação-Geral de Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas.

Ela afirmou que o tema reparação é transversal a outros problemas atuais do país, como a existência do trabalho escravo doméstico, que tem as mulheres negras como 92% das vítimas.

"Que esses processos venham, a cada dia, somar e tentar garantir o mínimo de dignidade para trabalhadoras e trabalhadores", disse.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Rivaldo Barbosa sobre o caso Marielle: "não mato formiga, vou matar uma pessoa?"

Preso em uma penitenciária federal, o ex-delegado resolveu elogiar a ex-vereadora. "Sorria com dentes brancos que contrastavam com sua pele morena"

Rivaldo Barbosa e Marielle Franco (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Bernardo Guerreiro/Mídia NINJA)

Ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa de Araújo, que está preso, negou ter atuado para evitar punição aos irmãos Brazão, apontado por investigadores como os mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada por integrantes do crime organizado em março de 2018, num lugar sem câmeras na região central da capital. No depoimento, o ex-delegado afirmou que a psolista era sua amiga, "sorria com dentes brancos que contrastavam com sua pele morena" quando conversava.

"Eu não mato nem uma formiga, vou matar uma pessoa? Marielle me ajudou na vida. Só cheguei aqui porque ela me ajudou. Jamais faria nada contra ela", disse em depoimento ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

De acordo com investigadores, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e Domingo Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCU), foram os mandantes do assassinato. Policiais apuram se o motivo fo crime foram as denúncias feitas por Marielle contra a exploração imobiliária ilegal principalmente na Zona Oeste da cidade do Rio (RJ), onde os irmãos têm mais influência política.

Nas investigações, o ex-delegado foi citado por Ronnie Lessa, ex-policial militar preso por ter dados os tiros que mataram a então parlamentar. Outro miliciano detido foi Élcio de Queiroz, que admitiu ter dirigido o carro de onde partiram os disparos contra Marielle.

Em delação premiada, Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle, afirmou que o delegado teria usado seu poder de então chefe da Polícia Civil do Rio para proteger os mandantes do assassinato e garantir que o crime não fosse solucionado. O deputado federal Chiquinho Brazão e o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, são apontados também como mandantes.

Domingos Brazão está preso na penitenciária federal em Porto Velho (RO). O seu irmão foi para a penitenciária federal de Campo Grande (MS). Barbosa está na penitenciária federal de Mossoró (RN).

Há pelo menos 5 réus pelo assassinato. Além dos 3, outra pessoa alvo da investigação é o Major Ronald, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), monitorava a rotina de Marielle. Outro réu é Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, acusado de fornecer a arma usada no crime.

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Chiquinho Brazão. Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

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Domingos Brazão. Foto: Reprodução
Fonte: Brasil 247

Gilmar Mendes: pacote anti-Supremo é medida típica de um regime ditatorial

O ministro do STF mencionou a Era Getúlio Vargas

Gilmar Mendes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

 O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes comparou as propostas em análise no Congresso Nacional que limitam poderes da Corte à ditadura da Era Vargas.

"Estamos falando de quatro ou cinco emendas constitucionais. Uma delas que revive um dispositivo da Polaca, a Carta de 1937 de Getúlio Vargas", afirmou durante sessão no plenário do STF. O ex-presidente citado pelo magistrado governou o Brasil de 1930-1945 e de 1951-1954. O período considerado ditatorial foi 1937-45.

A Constituição de 1937, estabelecida no regime de Getúlio Vargas, previa que o presidente da República poderia pedir a revisão de decisões do STF pela inconstitucionalidade de leis. O chefe do Executivo poderia devolver a lei para análise do Legislativo.

Em outubro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza parlamentares a derrubar decisões do Supremo. São necessários os votos favoráveis de dois terços da Câmara e do Senado.

Outra PEC e dois projetos de lei que limitam poderes da Suprema Corte também foram aprovados pela CCJ. Uma das propostas limita decisões monocráticas (individuais) de ministros do STF.

Fonte: Brasil 247

Boulos cresce entre eleitores de Marçal e mais pobres, diz Datafolha

No entanto, o candidato do Psol ainda enfrenta uma desvantagem significativa, com 63 pontos percentuais a menos que Nunes entre os eleitores de Marçal

Presidente Lula em ato de campanha com o candidato a prefeito Guilherme Boulos e sua candidata a vice, Marta Suplicy, em São Paulo, SP, 05/10/2024 (Foto: REUTERS/Felipe Iruata)

Entre os eleitores mais jovens (16 a 24 anos), o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) agora está 7 pontos percentuais à frente de seu rival no segundo turno, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com um placar de 40% a 33%, revertendo uma desvantagem de 15 pontos em duas semanas. Os dados são da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (24).

Segundo o levantamento, na faixa etária de 25 a 34 anos, a vantagem de 20 pontos de Nunes desapareceu, resultando em empate técnico. A avaliação é que os jovens, eleitorado conquistado em parte pelo ex-coach de extrema-direita Pablo Marçal (PRTB), são influenciados por promessas de empreendedorismo e um comportamento mais impactante, como o que Boulos vem demonstrando, de acordo com análise publicada na Folha de São Paulo.

No entanto, Boulos ainda enfrenta uma desvantagem significativa, com 63 pontos percentuais a menos entre os eleitores de Marçal no primeiro turno (74% para Nunes contra 11% para Boulos), embora essa diferença tenha diminuído de um pico de 80 pontos.

Além disso, o Datafolha aponta que, entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos, a vantagem do emedebista diminuiu de 27 para 17 pontos percentuais, ficando em 48% contra 31%

No cenário geral, o emedebista conseguiu 49% das intenções de voto, e o seu oponente, 35%. Outros 14% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo. Os indecisos representaram 2% dos votos. Nos votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, Nunes tem 58%, frente a 42% de Boulos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Transição em Apucarana começa com entrega de relatórios e bom diálogo entre Júnior e Mota


A transição de poder na Prefeitura de Apucarana começou oficialmente nesta quinta-feira (24/10), em reunião realizada na Sala Cerejeiras, no 4º pavimento do Centro Cultural Fênix. O prefeito Júnior da Femac e seu secretariado receberam o prefeito eleito Rodolfo Mota e os membros da comissão de transição nomeados por ele. Também participaram os atuais vereadores e novos eleitos no Legislativo.

O encontro transcorreu em clima bastante cordial e com demonstração de boa vontade das duas partes no processo. “Esse é um momento histórico e democrático em Apucarana. Já tivemos no passado sucessões sem transição e com efeitos negativos para os novos prefeitos e suas equipes. Agora é diferente e estamos fazendo a entrega de relatórios com as informações pontuais de todas as secretarias, incluindo obras, programas e serviços e, enfim, tudo o que o futuro prefeito e sua equipe precisam saber para iniciar seu trabalho”, disse Júnior da Femac.


Conforme enfatizou o atual prefeito, “neste momento, as duas partes envolvidas estão agindo com civilidade e responsabilidade, cuidando da cidade e da sua gente. O trabalho da minha equipe termina no dia 31 de dezembro e, a partir daí, no dia 1º de janeiro de 2025, começa o trabalho do prefeito eleito Rodolfo Mota e sua equipe. Estamos trabalhando para garantir que a nova gestão receba todas as informações necessárias para a continuidade dos serviços públicos, sempre colocando os interesses de Apucarana em primeiro lugar”, reforçou Júnior da Femac, desejando sucesso à futura gestão.

Depois de receber os relatórios, o prefeito eleito Rodolfo Mota agradeceu a atenção do prefeito Júnior da Femac. “Ele teve a iniciativa de iniciar o processo de transição, ligando-me e colocando à disposição toda sua equipe de trabalho. Temos a obrigação moral de cuidar da cidade e da sua gente. Trabalhamos muito para chegar até aqui e tenham certeza de que iremos nos empenhar ao máximo em nossa gestão para avançar no desenvolvimento de Apucarana e atender a população em todas as áreas”, destacou Mota.


Na presença de todos os vereadores eleitos para a legislatura de 2025 a 2028, Rodolfo Mota anunciou que está bastante tranquilo quanto ao seu relacionamento com a Câmara. “Tenham convicção de que será muito boa a nossa relação”, citou.

Também participou da primeira reunião da transição, o deputado estadual Do Carmo (União Brasil), que teceu elogios à conduta do atual prefeito Júnior da Femac, e se colocou à disposição de Rodolfo Mota para trabalhar em favor de sua gestão e de Apucarana.

Perfil – Eleito em 6 de outubro com 42.567 votos, 63,67% dos votos válidos, o novo prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, tem 37 anos de idade, é casado, pai de um filho, tem superior completo e atualmente é professor de ensino superior.

O processo – A definição dos nomes da comissão de transição, integrada por nove pessoas, foi oficializada no último dia 15 de outubro pelo prefeito eleito e visa garantir, nas palavras de Rodolfo Mota, “a preservação da continuidade dos serviços públicos, visando aos superiores interesses da população de Apucarana”.

Entre os nomes que integram a comissão estão o do vice-prefeito eleito e atualmente vereador Antônio Marques da Silva, o Marcos da Vila Reis (PP); do professor e economista Rogério Ribeiro, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) campus de Apucarana; de Robson de Souza Cruz, advogado e ex-coordenador do Procon Apucarana; e do deputado estadual Paulo Rogério do Carmo (União Brasil), por Maringá. Também membros da comissão, a esposa do prefeito eleito, Karine Priscila da Silva Mota; o advogado e ex-procurador jurídico de Apucarana, Nilso Paulo da Silva, não estiveram presentes na reunião desta quinta-feira.

Membros que compõem a comissão de transição de governo:

● – Antônio Marques da Silva, o Marcos da Vila Reis (vereador e vice-prefeito eleito)
●– Paulo Rogério do Carmo (deputado estadual pelo União Brasil, de Maringá)
● – Rogério Ribeiro (professor da Unespar e economista)
● – Nilso Paulo da Silva (advogado e ex-procurador jurídico da Prefeitura de Apucarana)
●– Robson de Sousa Cruz (advogado e ex-coordenador do Procon de Apucarana)
●– João Carmo Fonseca, o Joãozinho da Emater (técnico aposentado da Emater)
● – Udson Mikalouski (consultor ambiental)
●– Karine Priscila da Silva Mota (fisioterapeuta e esposa do prefeito eleito Rodolfo Mota)
● – Maykon Willian Silva Tavares (assessor do prefeito eleito Rodolfo Mota)

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Goiânia: candidato a prefeito apoiado por Bolsonaro é denunciado à PF por falsidade ideológica

Ele é acusado de mentir sobre a própria formação acadêmica ao ter declarado à Justiça Eleitoral que é bacharel em direito pela PUC-GO

Fred Rodrigues (Foto: Alego)

Fred Rodrigues (PL), candidato à prefeitura de Goiânia, foi denunciado à Polícia Federal por falsidade ideológica. A denúncia, apresentada pela coligação União por Goiânia, do candidato adversário Sandro Mabel (União Brasil), acusa Fred de mentir sobre a própria formação acadêmica ao ter declarado à Justiça Eleitoral que é bacharel em direito pela PUC-GO. Conforme relatado pelo Metrópoles, instituição confirmou que ele não concluiu o curso.

Segundo a denúncia, Fred teria inserido informações falsas no sistema eleitoral, o que é crime conforme o Código Eleitoral. O caso foi encaminhado para o delegado-corregedor, que decidirá se a investigação será conduzida pela Polícia Federal ou pela Polícia Civil de Goiás.

O Ministério Público Eleitoral, por sua vez, solicitou à PUC-GO detalhes sobre a formação do candidato, e a universidade afirmou que ele não possui diploma. Em resposta nas redes sociais, Fred, que conta com o apoio do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), disse que completou todas as disciplinas do curso.

“Formei-me em todas as matérias da grade curricular. Ou seja, todas as matérias eu cursei e fui aprovado, inclusive na monografia. Eu não tenho diploma porque, quando eu estava me formando, eu comecei a trabalhar com outra área; por causa disso, eu não dei entrada no processo de colação de grau”, disse em publicação.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Governadores pesaram mais que Lula e Bolsonaro nas eleições", diz Zeca Dirceu

Deputado federal do PT avalia impacto de lideranças regionais nos resultados eleitorais

(Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados | ABR)

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) destacou o papel central dos governadores, inclusive os do Partido dos Trabalhadores, nos resultados das eleições municipais de 2024, especialmente nos estados do Ceará, Bahia e Piauí. Segundo Dirceu, o peso das lideranças estaduais foi mais determinante para o desempenho eleitoral do que a influência de figuras nacionais como o presidente Lula e Jair Bolsonaro. “O impacto muito grande não foi de Lula, não foi de Bolsonaro, foi dos governadores, inclusive os governadores do PT”, afirmou.

O deputado destacou que os resultados alcançados pelo PT nesses estados foram excelentes, enquanto o PSD também obteve vitórias significativas no Paraná e em São Paulo, devido à força dos governos estaduais. “No caso do Paraná, não foi tanto a temática nacional que impactou o resultado das eleições, foi muito mais a questão estadual e o comportamento do governador, a habilidade dele, a aprovação que ele tem”, explicou.

Além da análise regional, Zeca Dirceu defendeu a necessidade de o PT adotar estratégias mais assertivas em capitais como Curitiba. Ele afirmou que o partido perdeu uma grande oportunidade ao não lançar candidatura própria na capital paranaense, preferindo apoiar a candidatura de Luciano Ducci, que ficou fora do segundo turno. “A gente perdeu uma grande chance de fazer aparecer no debate da capital, que repercute em todo o estado, as marcas do PT, das nossas boas gestões, do nosso histórico de quarenta anos de sucesso onde o PT governa, dá certo”, lamentou.

Dirceu também destacou que o segundo turno é decisivo para muitas cidades importantes, como Fortaleza e Porto Alegre, onde ele acredita que o PT tem boas chances de vitória. Mesmo com um cenário desafiador, o deputado afirmou que o partido segue unido e confiante em um bom resultado nas urnas. Ao ser questionado sobre o bolsonarismo, o parlamentar ressaltou que a estratégia de Jair Bolsonaro em apoiar candidatos contra antigos aliados nas eleições foi um erro que poderá cobrar seu preço político no futuro. "O Bolsonaro foi em muitos municípios fazer campanha contra quem o apoiou na eleição passada. Essa conta não apareceu ainda, mas vai aparecer", avaliou. 
Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Zeca Dirceu fala sobre sucessão de Lira e articulações na Câmara: "PT será o fiel da balança"

Deputado destacou a importância do PT nas decisões sobre a Mesa Diretora da Câmara e a necessidade de evitar acordos com pautas antidemocráticas

(Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) comentou sobre o papel estratégico do Partido dos Trabalhadores nas negociações para a sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados. O parlamentar destacou que, com a federação formada pelo PT, PCdoB e PV, que conta com 92 deputados, o partido será "o fiel da balança" na disputa pela liderança da Mesa Diretora. "A nossa bancada tem dialogado muito com o líder Odair e com prudência. A mim, parece um cenário de muita incerteza em relação às três candidaturas que estão colocadas", afirmou Dirceu.

Segundo o deputado, há uma movimentação intensa dos principais partidos, como União Brasil e PSD, para conquistar o apoio do PT nas negociações. Dirceu mencionou que houve um jantar recente com Hugo Motta, um dos candidatos à presidência da Câmara, mas revelou que o partido está buscando garantias de que a nova direção respeitará compromissos com a democracia. "Primeiro, queremos compromisso com a democracia do país. Que nenhuma pauta antidemocrática tenha o apoio ou a concordância do próximo presidente da Câmara", declarou. O deputado também destacou que "a governabilidade é muito importante", em especial para garantir estabilidade até as eleições de 2026.

Zeca Dirceu pontuou que, por conta de erros estratégicos anteriores, o PT acabou preterido de cargos-chave como a Primeira Secretaria da Câmara, mas que agora o partido não pode perder tempo em suas decisões. "O PT já deveria estar ocupando uma posição como a da Primeira Secretaria ou da Vice-presidência da Câmara há dois anos. Por erro nosso, demoramos a decidir", reconheceu.

A entrevista também abordou o comportamento do presidente Lula durante as negociações. Segundo Zeca Dirceu, o chefe do Executivo tem se mantido discreto em relação à disputa, sem fazer grandes movimentações para influenciar os votos. "O presidente Lula, por enquanto, não tem feito movimentos no sentido de influenciar a disputa entre os três candidatos", afirmou o deputado.

Sobre as candidaturas que estão sendo discutidas, Zeca Dirceu mencionou que Hugo Motta conta com o apoio de Arthur Lira, o que pode pesar na hora da votação, especialmente por conta do voto secreto dos deputados. No entanto, ele fez questão de frisar que o PT busca garantir uma direção que esteja alinhada com os princípios democráticos e que não permita pautas como a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. "Eu considero inaceitável criar qualquer tipo de acordo ou aliança com quem vá pautar a anistia", enfatizou.

Assista:

Fonte: Brasil 247

Fuad Noman lidera com 46% contra 39% de Bruno Engler em Belo Horizonte, aponta Datafolha

Considerado votos válidos, Fuad tem 54%, e Engler, 46%

Fuad Noman e Bruno Engler (Foto: Divulgação I ALMG)

Com 46% das intenções de voto, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), aparece à frente do deputado estadual Bruno Engler (PL), que registra 39% no segundo turno da disputa na capital mineira, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (24).

Segundo o levantamento, 10% vão votar em branco, nulo ou nenhum, e 5% não sabem responder. Considerado votos válidos, Fuad tem 54%, e Engler, 46%.

O instituto ouviu 910 eleitores da capital mineira na terça-feira (22) e na quarta-feira (23). A margem de erro do estudo é de três pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número MG- 04815/2024.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Guimarães aponta estratégia de Nunes ao esconder Bolsonaro e analisa impacto nas eleições

Rejeição a Bolsonaro em São Paulo faz Nunes ocultar ex-presidente na campanha, enquanto Boulos avança nas pesquisas

(Foto: Brasil247 | Luiz Blanco/Campanha Ricardo Nunes)

Em sua análise no programa Brasil Agora sobre as eleições em São Paulo, o comentarista político Eduardo Guimarães destacou a estratégia adotada pelo candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), de evitar associar sua imagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Guimarães, essa tática reflete a alta rejeição de Bolsonaro entre os eleitores paulistanos, o que poderia prejudicar a campanha de Nunes, que atualmente enfrenta o avanço de Guilherme Boulos (PSOL). “Bolsonaro sumiu da campanha de Nunes porque eles sabem da rejeição que ele tem aqui”, afirmou o analista em seu programa.A análise de Guimarães faz referência a dados divulgados pela Folha de S.Paulo e à pesquisa realizada pela consultoria Palver, que acompanhou a troca de mensagens em mais de 90 mil grupos de WhatsApp. A pesquisa revelou que 87% das mensagens analisadas mencionavam o apagão e as críticas à gestão de Nunes, o que impulsionou a popularidade de Boulos nas redes sociais. “Foi um massacre. A maioria das mensagens favorecia Boulos, enquanto Nunes se via cada vez mais acuado pelas críticas”, observou Guimarães.

A ausência de Bolsonaro, que antes era visto como um forte aliado do campo conservador, chamou a atenção do comentarista, que explicou que a rejeição ao ex-presidente está diretamente ligada ao cálculo político da campanha de Nunes. “O que a gente vê é que o Nunes está escondendo fortemente o Bolsonaro porque, evidentemente, eles têm dados que mostram que se Bolsonaro aparecer ao lado dele, a rejeição pode aumentar”, disse Guimarães. Segundo ele, esse afastamento de Bolsonaro se tornou necessário para Nunes manter suas chances de vitória.

Embora as pesquisas ainda indiquem uma vantagem para Ricardo Nunes, a situação está longe de estar definida. Guimarães destacou que o levantamento do instituto Quaest mostrou uma diferença de 12 pontos entre Nunes e Boulos, mas que, considerando a margem de erro, a disputa pode se acirrar ainda mais. “Boulos só precisa avançar três pontos percentuais para empatar com Nunes, e aí tudo pode acontecer”, analisou Guimarães. Para ele, o cenário se tornou incerto, e a estratégia de esconder Bolsonaro pode não ser suficiente para garantir a reeleição de Nunes.

]Para Eduardo Guimarães, a ausência de Bolsonaro na campanha é um reflexo da mudança no cenário político pós-2022, onde o ex-presidente, outrora uma figura central, agora é evitado por candidatos que buscam conquistar o eleitorado paulistano. Essa estratégia, embora arriscada, mostra a tentativa de Nunes de se distanciar de uma imagem que, neste momento, pode mais prejudicar do que ajudar. 
Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Vantagem de Nunes sobre Boulos diminui às vésperas do 2º turno, diz Datafolha

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) em debate promovido pela Band. Foto: Reprodução

O deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) apresentou uma melhora na intenção de votos e diminuiu a distância para Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital e candidato à reeleição, que sofreu uma queda. O emedebista oscilou dois pontos para baixo e aparece com 49%, enquanto o psolista oscilou dois pontos positivamente e tem 35%.

Com os novos números, a vantagem do prefeito sobre o rival é de 14 pontos, a menor distância registrada pelo instituto na segunda fase da disputa.

A vantagem de Nunes sobre Boulos já havia diminuído de 22 pontos para 18 entre as duas últimas pesquisas, divulgadas nos dias 10 e 17 de outubro, respectivamente. No último levantamento, o prefeito aparecia com 51% contra 33% do deputado.

O levantamento da semana passada foi o primeiro realizado pelo Datafolha após o apagão que atingiu São Paulo depois dos temporais do último dia 11. Mais de 3 milhões de residência ficaram sem energia na ocasião.

Eleitores que declaram voto em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos é de 14% e indecisos são 2%. Veja os números:

● Ricardo Nunes (MDB): 49% (eram 51%);
● Guilherme Boulos (PSOL): 35% (eram 33%);
● Em branco/nulo/nenhum: 14% (eram 10%);
● Não sabe: 2% (eram 2%).

A pesquisa foi feita entre os dias 22 e 24 de outubro e entrevistou presencialmente 1.204 eleitores de mais de 16 anos na capital paulista. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Guilherme Boulos na “Caravana da Virada”. Foto: Divulgação

Espontânea

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Nunes teve uma oscilação negativa de um ponto, enquanto Boulos permaneceu com o mesmo número de menções. Eleitores que declaram que vão votar “no 15”, número na urna do prefeito, também oscilou um ponto para cima.

● Ricardo Nunes (MDB): 40% (eram 41%);
● Guilherme Boulos (PSOL): 30% (eram 30%);
● No 15: 3% (eram 2%)
● No atual: 2% (era 1%)
● Branco/Nulo: 12% (eram 10%);
● Outros: 4% (eram 3%);
● Não sabe: 10% (eram 12%)


Votos válidos

No cálculo de votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, Nunes aparece com uma vantagem de 16 pontos. O método é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para a divulgação do resultado oficial da disputa.

● Ricardo Nunes (MDB): 58%
● Guilherme Boulos (PSOL): 42%


Rejeição

Nunes também teve alta na rejeição entre eleitores, oscilando dois pontos na comparação com a pesquisa de 10 de outubro. Boulos, por sua vez, conseguiu reduzir o número de eleitores que dizem não votar nele de jeito nenhum.

● Ricardo Nunes (MDB): 37% (eram 35%);
● Guilherme Boulos (PSOL): 55% (eram 56%)


Decisão de voto

Ambos os candidatos tiveram uma melhora no número de eleitores decididos. 87% (eram 86%) dos que declaram voto em Nunes dizem que a escolha é definitiva, enquanto 89% (eram 86%) dos que escolheram Boulos dizem o mesmo sobre o candidato.

O número de indecisos também diminuiu. Dos que declaram voto no prefeito, a taxa de eleitores que dizem que a opção pode mudar passou de 14% para 13%, enquanto os números foram de 14% para 11% no caso do psolista.



Candidato ideal

Nunes é apontado pela maioria de seus eleitores (69%) como o candidato “menos pior” e apenas 30% apontam que o prefeito é o “candidato ideal”. Entre quem declara voto em Boulos, os números são 46% e 54%, respectivamente.

Eleitores de Pablo Marçal e Tabata Amaral

O prefeito teve uma queda entre os eleitores que votaram no ex-coach Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado no primeiro turno. No último dia 17, 77% dos eleitores do influenciador declaravam voto em Nunes, número que agora é de 74%.

Ele conseguiu conquistar uma parcela maior do eleitorado de Tabata Amaral (PSB), deputada federal e candidata derrotada no primeiro turno. Na semana passada, 27% dos eleitores dela declaravam voto no prefeito na semana passada e a porcentagem foi a 35%.

Boulos cresceu no eleitorado de Marçal (de 8% para 11%) e sofreu uma queda entre os que dizem ter votado em Tabata (de 52% para 46%).

Fonte: DCM