sexta-feira, 18 de outubro de 2024

PIB da China no 3º trimestre tem ritmo mais fraco desde o início de 2023 e alimenta pedidos de estímulo

Segunda maior economia do mundo cresceu 4,6% entre julho e setembro na comparação anual, abaixo do ritmo de 4,7% no segundo trimestre

Linha de produção da RiotPWR em Dongguan (Foto: REUTERS/David Kirton)

Reuters - A economia da China cresceu no terceiro trimestre no ritmo mais lento desde o início de 2023 e, embora os números do consumo e da produção industrial tenham superado as previsões no mês passado, o setor imobiliário em queda continua sendo um grande desafio para Pequim, que corre para revitalizar o crescimento.

As autoridades aumentaram acentuadamente as medidas de estímulo desde o final de setembro, mas os mercados estão aguardando mais detalhes sobre o tamanho do pacote e um roteiro mais claro para colocar a economia de volta em uma base sólida no longo prazo.

A segunda maior economia do mundo cresceu 4,6% entre julho e setembro na comparação anual, segundo dados oficiais, um pouco acima da previsão de 4,5% em uma pesquisa da Reuters, mas abaixo do ritmo de 4,7% no segundo trimestre.

"O desempenho está alinhado com as expectativas do mercado, dada a fraqueza da demanda doméstica, um mercado imobiliário ainda em dificuldades e a desaceleração do crescimento das exportações", disse Bruce Pang, economista-chefe da JLL.

"O pacote de estímulo anunciado no final de setembro levará tempo e paciência para impulsionar o crescimento nos próximos trimestres", acrescentou.

As autoridades que participaram de uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira após os dados expressaram confiança de que a economia pode atingir a meta de crescimento do governo para o ano todo, de cerca de 5%, sustentada por mais medidas de apoio e outro corte no valor que os bancos devem manter em reserva.

"Com base em nossa avaliação abrangente, espera-se que a economia no quarto trimestre continue a tendência de estabilização e recuperação que ocorreu em setembro. Estamos totalmente confiantes em atingir a meta para o ano inteiro", disse Sheng Laiyun, vice-diretor do departamento de estatísticas da China, aos repórteres.

As autoridades se sentir confortáveis com os dados de produção industrial e vendas no varejo de setembro, que superaram as previsões, mas o setor imobiliário continuou a mostrar fraqueza acentuada e a enfatizar os pedidos dos mercados por mais medidas de apoio.

"Desvalorizamos a importância dos principais indicadores econômicos melhores do que o esperado em setembro, uma vez que a fraqueza estrutural nos setores imobiliário e doméstico continua, em grande parte, sem solução", disse Betty Wang, economista da Oxford Economics.

"As medidas de estímulo anunciadas recentemente poderiam amortecer os riscos de queda no crescimento do próximo ano, mas é improvável que revertam a desaceleração estrutural."

Uma pesquisa da Reuters mostrou que a economia da China provavelmente expandirá 4,8% em 2024, ficando abaixo da meta de Pequim, e o crescimento poderá esfriar ainda mais para 4,5% em 2025.

SETOR IMOBILIÁRIO - Em termos trimestrais, a economia cresceu 0,9% no terceiro trimestre, em comparação com o crescimento revisado de 0,5% entre abril e junho, e abaixo da previsão de 1,0%.

Com 70% da riqueza das famílias chinesas mantida em imóveis, um setor que, em seu auge, representava um quarto da economia, os consumidores mantiveram suas carteiras fechadas.

De forma preocupante, houve poucos sinais de uma retomada do mercado imobiliário, apesar de várias rodadas de medidas de apoio ao longo do último ano, com dados separados nesta sexta-feira mostrando que os preços das novas casas na China caíram no ritmo mais rápido desde maio de 2015.

No final de setembro, o banco central anunciou as medidas de apoio monetário mais agressivas desde a pandemia da Covid-19 para sustentar os mercados imobiliário e de ações.

No entanto, as várias medidas ainda deixaram os investidores aguardando detalhes sobre o tamanho geral do pacote de estímulo e um plano claro para reacender um crescimento mais amplo.

Os observadores da China também destacaram repetidamente a necessidade de as autoridades abordarem os desafios estruturais de longo prazo, como o excesso de capacidade, os altos níveis de endividamento e o envelhecimento da população.

"A China começou a implementar uma enxurrada de medidas de estímulo desde o mês passado. Não tenho certeza se essas medidas são suficientes ou não", disse Toru Nishihama, economista-chefe do Dai-Ichi Life Research Institute em Tóquio.

"O que posso dizer é que as autoridades chinesas estão errando o alvo - elas não estão fazendo o que deveria ser feito, deixando os problemas estruturais sem atenção."

Fonte: Brasil 247

Dengue registra aumento de 400% no Brasil em 2024 em comparação a 2023

Presidente da Sociedade Paulista de Infectologia critica o governo Bolsonaro por desmontar políticas de controle de doenças

(Foto: Paulo Whitaker - Reuters)

 O Brasil alcançou a marca de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue em 2024, conforme dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, cobrindo o período de 1º de janeiro a 7 de outubro. O coeficiente de incidência é alarmante: 3.221,7 por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que qualquer taxa superior a 300 casos por 100 mil habitantes já configura uma epidemia. Até o momento, 5.536 mortes foram confirmadas, com outros 1.591 óbitos sob investigação.

Os números revelam um crescimento de 400% em relação ao mesmo período de 2023, quando o país registrou 1,3 milhão de casos prováveis e 1.179 mortes por dengue ao longo de todo o ano, segundo a Folha de S. Paulo. A despeito da alta taxa de incidência, houve uma leve redução nas infecções a partir da 16ª semana epidemiológica, que se iniciou em 14 de abril, com oscilações moderadas até o final de agosto.

O estado de São Paulo concentra 32,3% dos casos de dengue no país, com 2,1 milhões de infecções e 1.786 mortes registradas, enquanto outros 831 óbitos seguem em investigação. Na capital paulista, foram contabilizados 639.066 casos e 365 mortes até o momento, com 476 mortes ainda em análise. Mesmo diante desse cenário, a Prefeitura de São Paulo revogou a emergência de dengue em 7 de outubro, indicando um possível controle da situação.

Desafios para 2025 e novas tecnologias no combate à dengue - Em entrevista, o infectologista Antonio Carlos Bandeira, membro do Comitê de Arbovirose da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), afirma que o pico da dengue deverá ocorrer entre março e abril de 2025, com uma queda gradual a partir de maio. "Neste ano, ficamos durante muitos meses com um platô alto. Não dá para prever se isso voltará a acontecer no país", explicou. Bandeira destaca que o combate à dengue exige ações integradas, como o uso de larvicidas e cuidados ambientais, mas alerta que apenas isso não será suficiente.

Ele aponta a tecnologia dos mosquitos transgênicos como uma das alternativas para frear a proliferação do Aedes aegypti e pede o envolvimento do setor privado na implementação de novas medidas. “Transformar isso em um produto de escala precisa chamar as empresas privadas, porque o governo não tem dinheiro para resolver tudo sozinho”, disse. Para o especialista, a vacinação contra a dengue também deve ser uma prioridade, com a inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunizações.

Já a médica Andyane Tetila, presidente da Sociedade de Infectologia de Mato Grosso do Sul, alerta para as condições climáticas que favorecem a proliferação do mosquito. Segundo ela, o forte calor e as chuvas típicas desta época do ano aumentam os riscos, exigindo ações preventivas mais incisivas e a implementação de novas tecnologias, como o método Wolbachia, para reduzir a replicação dos mosquitos.

Impactos da gestão anterior e a preparação do SUS - O presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, Carlos Magno Fortaleza, critica a gestão do governo Jair Bolsonaro (PL), apontando o desmonte das políticas de controle de doenças como um dos fatores que contribuíram para a explosão dos casos de dengue nos últimos anos. Segundo ele, a desmontagem da "inteligência epidemiológica" comprometeu o sistema de vigilância e controle de doenças do país, deixando o Sistema Único de Saúde (SUS) fragilizado.

Fortaleza afirma que, apesar da mudança de governo, as práticas de individualismo e falta de cooperação, herdadas do bolsonarismo, permanecem nas administrações municipais, dificultando o enfrentamento eficaz da epidemia. O especialista também alerta que a baixa cobertura vacinal coloca o Brasil em uma posição vulnerável, embora a imunidade populacional adquirida pela infecção possa ser um fator atenuante no futuro.

A expectativa, no entanto, é que novas vacinas, como a desenvolvida pelo Instituto Butantan, possam ser aceleradas e integradas ao calendário nacional, trazendo uma ferramenta essencial para a prevenção de surtos como o que o Brasil enfrenta em 2024.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Pleno emprego motiva extensão do Bolsa Família por mais três meses, afirma Zeca Dirceu

Deputado apresentou projeto para impedir que famílias deixem o Bolsa Família imediatamente após superarem os critérios de renda

Zeca Dirceu (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

 O deputado federal Zeca Dirceu (PT) anunciou nesta quinta-feira (17) que a ampliação das oportunidades de trabalho no Brasil foi um dos principais fatores que motivaram a apresentação de um novo projeto de lei que prevê a continuidade do recebimento integral do Bolsa Família por mais três meses após o beneficiário conseguir uma vaga no mercado de trabalho. "O Brasil está vivendo praticamente o pleno emprego, e muitos estados têm vagas abertas há meses que não são preenchidas. Tenho conversado com pessoas que temem perder o Bolsa Família caso não sejam efetivadas no emprego," destacou o parlamentar.

Zeca Dirceu enfatizou que o mercado de trabalho, em muitas situações, é caracterizado pela precariedade e falta de estabilidade nas ocupações. "Os empregos, geralmente, são marcados pela sazonalidade, intermitência e instabilidade. Safras, eventos, festas e demandas atípicas ensejam a contratação de trabalhadores que não se efetivam posteriormente", apontou.

De acordo com o deputado, essa insegurança tem sido um dos motivos pelos quais trabalhadores relutam em aceitar ofertas de emprego, temendo perder o benefício e, após poucos meses, se encontrarem desamparados. "Uma das razões das pessoas não aceitarem as oportunidades de emprego é a perda do benefício do Bolsa Família. Esse trabalhador e trabalhadora não têm segurança se vai dar certo no emprego. Depois de três meses, como se situar melhor".

Mudanças nas regras do Bolsa Família - Atualmente, as regras do Programa Bolsa Família preveem a redução parcial (50%) ou até o corte integral do benefício quando a renda per capita da família ultrapassa o limite de meio salário mínimo, o equivalente a R$ 706. Segundo Zeca Dirceu, a principal motivação para o projeto é "justamente o pleno emprego, a falta de pessoas para ocupar os postos de trabalho abertos e a preocupação do empresariado em relação a isso".

A legislação vigente, a Lei nº 14.601 de 19 de julho de 2023, estabelece que, caso a renda per capita da família ultrapasse os parâmetros do programa, o benefício será reduzido pela metade por um período de até 24 meses. Em situações onde essa renda supera o valor de meio salário mínimo, a família pode ser totalmente desligada do programa.

O projeto apresentado pelo deputado na última terça-feira (15) também prevê a prioridade no reingresso ao Bolsa Família para as famílias que tenham saído voluntariamente ou que tenham sido desligadas após o prazo de 24 meses com a redução de 50% dos benefícios.

Segurança para o trabalhador - A proposta de Zeca Dirceu estabelece que as regras de redução ou exclusão do programa, nos casos de desenquadramento dos critérios de renda, só sejam aplicadas após três meses consecutivos de aumento da renda per capita. "Desta forma, as famílias que ingressarem no mercado de trabalho terão a garantia de receber os benefícios até que a contratação por períodos de tempo mais longos seja mais provável, o que reduzirá a vulnerabilidade das famílias que desejam e tenham condições de reingressar no mercado de trabalho", concluiu o deputado.

O projeto busca dar segurança a esses trabalhadores, proporcionando uma transição mais suave e reduzindo o medo de perder o Bolsa Família ao aceitar uma vaga de emprego que pode ser temporária.

Fonte: Brasil 247

Cartão do Bolsa Família será bloqueado para pagamento de apostas

Segundo o ministro Wellington Dias, cartões terão limite zero para apostas

(Foto: Lyon Santos/MDS)

Agência Brasil - O bloqueio do uso dos cartões do Bolsa Família para o pagamento de apostas esportivas está sendo implementado, disse nesta quinta-feira (17) o ministro do Desenvolvimento, Assistência Social e Combate à Fome, Wellington Dias. “Essa decisão já foi adotada e agora estamos na fase de implementação do ponto de vista técnico”, declarou Dias ao sair de reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O ministro esclareceu que o bloqueio dos cartões do programa social para o pagamento às bets (sites de apostas) ocorre paralelamente à antecipação da proibição geral de cartões de crédito para o pagamento de apostas eletrônicas.

“Nós estamos trabalhando na perspectiva de garantir o cumprimento da regra, que coloca para todos os cartões, de crédito e do Bolsa Família, a regra que limita, impedindo o uso para pagamento de apostas”, explicou. “A medida é geral, para não criar, inclusive, um preconceito contra cartão do Bolsa Família, a medida geral que vale para todos os cartões vale também para o cartão do Bolsa Família”, disse Dias.

No caso do Bolsa Família, informou o ministro, além da proibição geral para cartões de crédito, a Caixa Econômica Federal estabelecerá limite zero para o pagamento a casas de apostas. Dias assegurou que as bets legalizadas estão ajudando o governo no bloqueio em suas páginas.

“O cartão do Bolsa Família tem liberdade de uso para acessar necessidades da família, alimentação e outras. Certamente, jogos não são uma necessidade. Para não criar inclusive um preconceito contra cartão do Bolsa Família, a medida geral que vale para todos os cartões vale também para o cartão do Bolsa Família”, complementou o ministro.

Sobre uma data para o início do bloqueio, o ministro disse esperar que ele ocorra “o mais cedo possível”, reiterando que mantém o diálogo com as empresas de apostas eletrônicas.

Estigmatização

Sobre o estudo do Banco Central (BC), que apontou que cerca de 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em aposta somente em agosto, Wellington Dias disse ser necessário evitar a estigmatização do programa social.

“Quando a gente olha toda a população brasileira, são 52 milhões de pessoas que jogam. Quando a gente olha o público do Bolsa Família, são 3 milhões. Quando a gente faz a proporção, são 52% de toda a população e 17,5% dos beneficiários do Bolsa Família que jogam. Quem usou o cartão [do programa] foi apenas 1,4%”, destacou Dias. “Toda minha preocupação é em não demonizar o público do Bolsa Família e dos demais programas sociais.”

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Nunes comemora boa vantagem no Datafolha, enquanto Boulos fala em "arrancada"

A dez dias da eleição, pesquisa mostra Nunes à frente, enquanto Boulos aposta na virada e reforça discurso de esperança

Guilherme Boulos | Ricardo Nunes (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados | Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de São Paulo)

 A dez dias da eleição, o resultado da nova pesquisa Datafolha, divulgado nesta quinta-feira (17), trouxe diferentes reações nas campanhas de Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito de São Paulo, e Guilherme Boulos (PSOL), candidato da oposição. O levantamento aponta Nunes com 51% das intenções de voto, enquanto Boulos aparece com 33%, mantendo a vantagem confortável para o emedebista. As entrevistas foram realizadas entre terça (15) e quinta (17), período em que milhares de paulistanos enfrentavam dificuldades decorrentes de cortes de energia elétrica.

Para a campanha de Boulos, havia expectativa de que a insatisfação popular com a gestão da Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, e a atuação de Nunes no episódio, pudessem reverter parte do quadro eleitoral. O tema ganhou destaque em debates e discursos desde o fim de semana. Apesar de acreditarem que a abordagem do apagão surtiu efeito para desgastar o atual prefeito, os psolistas reconhecem que ainda não foi suficiente para reduzir de forma significativa a rejeição de seu candidato.

Em entrevista, Boulos evitou demonstrar preocupação com a desvantagem e adotou um tom otimista. "Isso fortalece a minha esperança pela virada que vamos dar nos próximos dez dias. Essa caminhada tem que simbolizar uma arrancada, arrancada para virar votos", declarou o candidato do PSOL, apostando no engajamento de sua militância para as próximas etapas da campanha. Internamente, o partido avalia que a oscilação negativa de Nunes dentro da margem de erro é um bom sinal e vê na mobilização dos eleitores indecisos um caminho para diminuir a diferença, como aponta reportagem da Folha.

Enquanto isso, a equipe de Ricardo Nunes celebrou o resultado da pesquisa. Em nota, o prefeito afirmou que recebe os números "com humildade" e que continuará trabalhando até o último dia de campanha. "A altíssima rejeição de Boulos mostra que sua postura agressiva e extremista tem afastado o eleitor paulistano", disse o comunicado de sua campanha. Aliados de Nunes comemoraram que, mesmo após o apagão que afetou cerca de 2,1 milhões de pessoas, não houve queda significativa em sua popularidade.

Fonte: Brasil 247

Lula fará mais um ato de apoio a Boulos, antes de embarcar para a Rússia

Presidente intensifica agenda em São Paulo para impulsionar aliados antes de viagem à Rússia

Presidente Lula em ato de campanha com o candidato a prefeito Guilherme Boulos e sua candidata a vice, Marta Suplicy, em São Paulo, SP, 05/10/2024 (Foto: REUTERS/Felipe Iruata)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforça seu apoio a Guilherme Boulos (PSOL) em mais um ato de campanha em São Paulo neste sábado, na tentativa de virar o jogo nas eleições para a prefeitura da capital paulista. A participação de Lula no evento é estratégica, dado que a disputa em São Paulo é uma das mais acirradas do país. A prioridade de Lula nesta reta final é garantir a vitória de aliados em pontos-chave como São Paulo, Diadema e Mauá.

A eleição de Boulos tornou-se um dos focos principais do presidente, que já havia subido no palanque do candidato no primeiro turno, em um gesto claro de apoio. "São Paulo merece um prefeito que pense no povo, e Boulos é essa pessoa", afirmou Lula em um dos atos anteriores.

Além de fortalecer Boulos, Lula também marcará presença em atos nas cidades de Diadema e Mauá, nesta sexta-feira, apoiando candidaturas petistas locais. O presidente deve permanecer em São Paulo até sábado, quando embarca para a Rússia para participar da cúpula dos Brics, o que marca sua última participação direta nas campanhas antes do pleito.

A passagem de Lula por São Paulo é parte de uma intensa agenda de viagens nos últimos dias, com comícios e eventos em estados como Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, onde também reforçou o apoio a aliados locais.

Fonte: Brasil 247

Lula lança o 'Acredita', com crédito para integrantes de programas sociais e 'Desenrola' para MEIs

Novo programa foca em famílias vulneráveis e microempreendedores, oferecendo financiamento e renegociação de dívidas para pequenos negócios

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista a correspondentes internacionais, no Palácio da Alvorada, Brasília - DF. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Lula (PT) lança nesta sexta-feira (18), em São Paulo, o programa "Acredita", iniciativa voltada a famílias em situação de vulnerabilidade inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). O objetivo principal é fornecer crédito a esses cidadãos, que são beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família, além de permitir a renegociação de dívidas para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e pequenos negócios.

Segundo informações do governo, o "Acredita" destina-se a trabalhadores informais e pequenos produtores rurais que participam do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O governo separou R$ 500 milhões, oriundos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) do programa Desenrola, para garantir os financiamentos.

Para os inscritos no CadÚnico, o empréstimo estará disponível mediante formalização como MEI, sem que haja a necessidade de desligamento imediato do Bolsa Família. O objetivo é integrar esses cidadãos ao mundo empreendedor, proporcionando melhores condições de vida.

Renegociação com o 'Desenrola Pequeno Negócio' - Junto ao lançamento do "Acredita", o governo também institui o programa "Desenrola Pequeno Negócio", destinado à renegociação de dívidas de MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. A proposta inclui dívidas bancárias adquiridas até a data de publicação da medida provisória.

As dívidas renegociadas poderão ser consideradas para a apuração de créditos presumidos pelos bancos entre 2025 e 2029, o que pode aumentar a disposição das instituições financeiras em aderir ao programa.

Outro destaque é o Procred360, linha específica de crédito para MEIs e microempresas com faturamento anual de até R$ 360 mil. A taxa de juros oferecida será composta pela Selic acrescida de 5% ao ano, com uma garantia maior do FGO destinada a esses empréstimos.

Com essas ações, o governo busca não só a inclusão financeira de milhões de brasileiros, mas também o fortalecimento da economia local por meio do estímulo ao empreendedorismo de pequenos negócios. Atualmente, cerca de 43 milhões de famílias estão registradas no CadÚnico, o que corresponde a aproximadamente 96 milhões de pessoas, sendo que 54% dessas famílias vivem com uma renda per capita de até R$ 109 mensais.

Fonte: Brasil 247

Em 2017, Abin apontou Trump como líder mundial antivacina e avaliou movimento no Brasil como "restrito a poucos indivíduos"

Relatório foi produzido antes da eleição de Bolsonaro e da pandemia, momento em que o brasileiro se tornou voz ativa do negacionismo

Trump e Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

Em um relatório confidencial elaborado em agosto de 2017, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) destacou o papel do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma das principais figuras globais que reanimaram o movimento antivacina. O documento, obtido pela Folha de S. Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação, associou a crescente resistência à vacinação em diversos países à retórica adotada por Trump, enquanto minimizava a relevância do movimento antivacina no Brasil naquele período.

No relatório, a Abin indicou que “tal crescimento pode estar associado ao recrudescimento internacional do movimento antivacinal”, mas ponderou que, no Brasil, o fenômeno ainda se limitava a “relativamente poucos indivíduos”, sem contar com “apoio ostensivo de organizações, políticos ou personalidades de destaque”. Esse panorama mudou drasticamente nos anos seguintes, especialmente após a eleição de Jair Bolsonaro (PL), que adotou uma postura negacionista em relação à vacinação e à ciência durante a pandemia de Covid-19.

De acordo com a Abin, Trump já defendia teorias antivacina desde 2014, usando dados falsos para sugerir que a vacinação infantil poderia causar autismo. “O movimento antivacina mundial recrudesceu desde as eleições de Donald Trump, que defendeu publicamente a relação entre autismo e vacinação e é crítico da política vacinal dos EUA”, apontou o relatório. A agência também observou que outras personalidades políticas e artistas americanos reforçaram essas crenças, ampliando o alcance do movimento.

Baixa organização no Brasil - A análise da Abin também focou no cenário brasileiro, dedicando pouco mais de uma página para explorar a organização dos grupos antivacina no país. Na época, esses grupos se reuniam principalmente em redes sociais como o Facebook, onde era possível encontrar fóruns com milhares de membros. “No grupo são publicadas dicas, por exemplo, de como burlar a exigência de apresentar a carteira de vacinação da criança nas escolas”, apontou o documento, referindo-se a estratégias compartilhadas por pais contrários à imunização.

Ainda que a Abin tenha minimizado o impacto desses grupos no Brasil, o relatório alertou para o risco de que essa desinformação pudesse comprometer a erradicação de doenças, como o sarampo. Mesmo em um país com alta cobertura vacinal, como o Brasil, o movimento poderia causar sérias consequências, ameaçando décadas de avanços na saúde pública.

Influência de Bolsonaro e a pandemia - O cenário descrito em 2017 pela Abin não previu o impacto que o governo Bolsonaro teria sobre o movimento antivacina no Brasil. Inspirado por Trump, Bolsonaro tornou-se um forte disseminador de desinformação sobre a Covid-19, promovendo o uso da hidroxicloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada contra o vírus. O relatório da Abin, no entanto, já identificava o papel de Trump como catalisador dessas falsas narrativas, afirmando que ele se encontrou com Andrew Wakefield, o autor de um estudo fraudulento que associava a vacina tríplice viral ao autismo, antes de sua eleição.

Mesmo minimizando o impacto do movimento antivacina no Brasil em 2017, a Abin sugeriu que medidas mais severas, como a obrigatoriedade da vacinação, seriam necessárias para conter sua expansão no país. O relatório foi enviado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e aos ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social e da Educação, mas, nos anos seguintes, a desinformação ganhou força.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Eduardo Bolsonaro tem quase R$ 90 mil penhorados por danos morais contra repórter da Folha


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP): Justiça determina penhora contra o parlamentar. Foto: reprodução

A Justiça determinou a penhora de R$ 88,9 mil das contas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em uma ação de indenização por danos morais movida pela repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo.

A decisão, proferida pelo juiz Luiz Gustavo Esteves, da 11ª Vara Cível de São Paulo, ocorreu após o parlamentar não efetuar o pagamento dentro do prazo estabelecido.

O valor de R$ 88,9 mil inclui a indenização de R$ 35 mil, além de custas processuais, honorários advocatícios e multas referentes ao atraso no pagamento. O montante foi bloqueado de forma provisória, já que ainda há um recurso pendente no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual Eduardo Bolsonaro contesta a condenação.

Em agosto, a Justiça de primeira instância havia determinado, a pedido de Patrícia Campos Mello, o pagamento do valor devido. O deputado, no entanto, apresentou uma contestação, alegando que o montante era excessivo.

Na decisão, o juiz declarou: “Determino a penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira do(s) executado(s), existentes nas instituições vinculadas ao Banco Central do Brasil, mediante bloqueio de valores até o limite da dívida executada”.

Eduardo Bolsonaro atua como chanceler paralelo
Eduardo Bolsonaro: a condenação do deputado ocorreu em 2021. Foto: reprodução

Vale destacar que a condenação de Eduardo Bolsonaro ocorreu em 2021, quando a 11ª Vara Cível de São Paulo determinou que ele pagasse R$ 30 mil à jornalista, além das custas judiciais e honorários advocatícios.

No mesmo ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) rejeitou o recurso do deputado, mantendo a sentença de primeira instância e aumentando a indenização para R$ 35 mil. A decisão foi unânime entre os desembargadores da 8ª Câmara de Direito Privado.

Eduardo também recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas em maio deste ano, a Quarta Turma do STJ rejeitou o recurso de forma unânime, afirmando que o valor da indenização não era desproporcional e que não caberia revisão.

Atualmente, há um recurso pendente de julgamento no STF. A ação está relacionada a um episódio ocorrido em maio de 2020, quando o deputado fez comentários ofensivos, de cunho sexual, contra a jornalista durante uma live e em publicações nas redes sociais, afirmando que ela “tentava seduzir” para obter informações que prejudicassem o presidente Jair Bolsonaro, seu pai.

Fonte: DCM

VÍDEO: No STF, Moraes “assume” seu “comunismo”: “Só consulto carro vermelho”


Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (16), os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), protagonizaram um momento descontraído durante uma sessão de julgamento ao associar buscas por carros vermelhos na internet ao comunismo. A brincadeira ocorreu em meio à discussão sobre a quebra de sigilo de dados de pesquisas realizadas em ferramentas como o Google.

O julgamento visa definir limites para a quebra de sigilo de buscas, especialmente em um caso que envolve um recurso do Google contra uma decisão que permitiu a quebra de sigilo de todas as pessoas que pesquisaram sobre a vereadora Marielle Franco e sua agenda nos dias que antecederam seu assassinato em 2018. A votação, no entanto, foi suspensa após um pedido de vista do ministro André Mendonça, que solicitou mais tempo para análise.

Durante a sessão, Moraes comentou: “ O próprio Google usa o dado de todos nós sem autorização para mandar propaganda para nós mesmos”, disse Moraes. “Falei que queria comprar um carro vermelho e nunca mais parei de receber propaganda. Com certeza, estou sendo grampeado

Flávio Dino, não perdendo a oportunidade, interveio de forma humorística: “Ministro Alexandre, é porque carro vermelho já é suspeito mesmo”. Moraes seguiu com bom humor, dizendo: “Obviamente, em virtude do meu comunismo, eu só consulto carro vermelho, gravata vermelha. Terno vermelho é meio cafona.”

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

VÍDEO: “Ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo”, afirma Lula

Lula em evento de campanha na Bahia. Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações impactantes durante um comício em apoio ao candidato do PT à Prefeitura de Camaçari, na Bahia, Luiz Caetano.

Durante seu discurso, Lula afirmou que “ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo”, reforçando sua posição em defesa das causas sociais. O chefe do Executivo elogiou a escolha de Déa Santos (PSB) como vice na chapa, ressaltando a importância da união entre partidos de esquerda.

“Fico muito orgulhoso de ver o Caetano arrumar uma vice, uma mulher negra, uma pastora. Não tem nada mais extraordinário do que essa união de dois partidos de esquerda”, afirmou Lula.

O presidente destacou a luta de Jesus Cristo pelos pobres: “A gente não tem medo de dizer que a gente é de esquerda porque ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo. Ninguém brigou mais pelos pobres do que Jesus Cristo. É exatamente por brigar pelos pobres, de cuidar dos doentes, de atender aos mais necessitados, que os ricos da época mandaram crucificar Jesus Cristo.”

Camaçari vive um momento decisivo, com uma disputa acirrada no segundo turno das eleições municipais. Na primeira rodada, Luiz Caetano liderou a votação com uma vantagem de pouco mais de 500 votos sobre o concorrente Flávio Matos (União Brasil).

Fonte: DCM

Ex-aliado defende expulsão do bolsonarismo das igrejas: “Tirar o bezerro de ouro”

Otoni de Paula. Foto: Divulgação

Horas após uma cerimônia com o presidente Lula no Palácio do Planalto, o deputado federal Otoni de Paula (MDB) fez declarações contundentes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma entrevista ao portal evangélico O Fuxico Gospel.

Ex-apoiador do bolsonarismo, Otoni agora defende que os evangélicos devem se unir para expulsar a influência de Bolsonaro nas igrejas. Em sua fala, Otoni chamou Bolsonaro de “ignorante” e criticou a adoração direcionada a figuras políticas, afirmando que essa prática desvia os fiéis da verdadeira devoção a Cristo.

“Gostaria, sim, de ser uma ponte. Sabe para quê? Para tirar esse bezerro de ouro que construímos na igreja. Esse bezerro de ouro que nós construímos. Construímos uma adoração a um ser humano, que não é Deus, não é divino. É um político. A igreja do senhor Jesus”, declarou Otoni.

O deputado recordou uma conversa que teve com Bolsonaro, onde o aconselhou a não aceitar os gritos de “mito” durante uma visita à Assembleia de Deus em Belém do Pará.

“Um dia, disse a Bolsonaro: ‘Presidente, nós vamos a Belém do Pará. A Assembleia de Deus-mãe. Quando o senhor chegar lá, e as pessoas gritarem ‘mito’, não aceite’. E fui explicar a ele. A igreja tem um problema tão grande, um receio tão grande de dividir a glória que é do Senhor Jesus. Expliquei a ele”, explicou ele.

“Quando ele entra no templo, começam os gritos. Na rua, tudo bem, mas na igreja do Senhor Jesus? E não estou culpando Bolsonaro, porque ele é ignorante. Não é crente, conhece a salvação porque já foi pregado para ele”, destacou Otoni.

Ele também afirmou que, apesar de suas interações com Bolsonaro, o ex-presidente “não aceitou Jesus” durante o tempo que esteve em sua presença. Essa crítica direta reflete uma mudança significativa na postura do deputado em relação ao bolsonarismo, demonstrando uma nova orientação que visa reverter o que considera uma idolatria política nas comunidades evangélicas.

“Não aceitou Jesus, nesse tempo todo que está conosco, não conseguimos ganhar ele para Jesus”, finalizou Otoni.

Fonte: DCM

VÍDEO: Historiadora travesti faz dança erótica na UFMA: “Educando com o c…”


Tertuliana Lustosa. Foto: Divulgação

A cantora, compositora e historidadora Tertuliana Lustosa protagonizou uma polêmica durante sua apresentação no seminário “Gênero para além das fronteiras”, realizado na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) na última quinta-feira (16). Em um ato que gerou repercussão nas redes sociais, a artista subiu em uma mesa de uma sala de aula e expôs os glúteos enquanto cantava letras de teor erótico. A universidade já anunciou que está averiguando o incidente.

Tertuliana, vocalista da banda “A Travestis”, conduziu a mesa-redonda sobre “Dissidências de Gênero e Sexualidade”, organizada pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (GAEP). Durante sua apresentação, a artista entoou uma canção que incluía letras provocativas, como: “Vou te ensinar gostoso dando aula na sua p***. Aqui não tem nota nem recuperação. Não tem sofrimento, se aprende com tesão. De quatro. E c*, c*, c*.”

A UFMA emitiu um comunicado em resposta à polêmica, afirmando que é um espaço plural dedicado à liberdade de expressão, mas ressaltando a necessidade de um ambiente respeitoso para todos os membros da comunidade. A universidade declarou que está avaliando o ocorrido e que tomará as medidas necessárias após ouvir todas as partes envolvidas.

Confira o vídeo:

Fonte: DCM

Trump chama invasão do Capitólio de ‘dia do amor’:”‘Nada de errado’ aconteceu”

Donald Trump. Foto: Divulgação

O ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou polêmica ao afirmar, durante um evento de campanha nesta quarta-feira (16) em Miami, que a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 foi um “dia de amor” e que “nada de errado” aconteceu. A declaração ocorre enquanto Trump enfrenta uma crescente onda de questionamentos sobre sua saúde mental e aptidão para liderar o país.

A fala de Trump foi feita em um town hall com eleitores latinos, aumentando sua lista de declarações polêmicas. Em 6 de janeiro, apoiadores do ex-presidente invadiram o Congresso dos EUA em uma tentativa de barrar a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020, resultando na morte de cinco pessoas.

Durante o evento, Trump ignorou os episódios de violência que marcaram aquele dia e se limitou a reforçar suas promessas de campanha. Ele voltou a criticar a imigração irregular, sem apresentar provas, associando-a ao aumento da criminalidade e desemprego nos EUA. “O que unirá o nosso país é o sucesso”, disse o ex-presidente, ao ser questionado sobre como pretendia unificar a nação.

Ainda em seu discurso, o republicano defendeu a retomada de uma lei de 1798, chamada Alien Enemies Act, que permitiria a deportação em massa de imigrantes em tempos de guerra. Ele também prometeu acabar com as “cidades santuário”, locais que protegem imigrantes da deportação.

Trump e Zelensky. Foto: Divulgação

Essas posições duras contra a imigração fazem parte de uma tentativa de conquistar a base mais conservadora do Partido Republicano. No entanto, suas falas continuam a atrair críticas de opositores e também de membros moderados de seu próprio partido.

Após o evento em Miami, Trump foi novamente alvo de críticas por responsabilizar o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, pelo início da guerra na Ucrânia. Durante entrevista ao PBD Podcast, o ex-presidente sugeriu que Kiev deveria fazer concessões à Rússia para encerrar o conflito.

A postura de Trump em relação à Ucrânia tem levantado preocupações de que, caso ele volte à Casa Branca, possa alterar a política de ajuda militar dos EUA ao país invadido pela Rússia. “Zelenski é o maior vendedor da Terra”, afirmou ele, referindo-se aos pedidos de ajuda militar ucranianos.

Além de suas posições políticas, o comportamento recente de Trump também tem sido alvo de debate. Durante um comício na Pensilvânia, na segunda-feira (15), o candidato ficou por quase 40 minutos no palco sem interagir com o público, ouvindo uma playlist que incluía desde “Ave Maria” até músicas do musical “Cats”. A cena gerou estranhamento entre os presentes e viralizou nas redes sociais, com opositores questionando sua saúde mental.

Fonte: DCM

Lula diz que Bolsonaro “inventou” que é evangélico e “não acredita em Deus”

Presidente Lula. Foto: Divulgação

O presidente Lula fez declarações contundentes sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro durante um comício em Camaçari, na Bahia, nesta quinta-feira (17). O comandante do Brasil acusou o ex-líder de direita de “inventar” sua fé evangélica, ressaltando que o comportamento do ex-presidente não condiz com a crença religiosa. A crítica ocorre em um momento em que o ele busca se aproximar do eleitorado evangélico, majoritariamente ligado ao bolsonarismo.

Durante o evento, Lula enfatizou que Bolsonaro “não acredita em Deus” e utilizou o comício para relembrar a eleição de 2018. Ele argumentou que muitos eleitores votaram em Bolsonaro em detrimento de Fernando Haddad, mesmo com a qualidade da proposta do ex-candidato petista.

“A gente não pode cometer o erro de 2018, quando, ao invés de votar no companheiro com a qualidade do Haddad, votou numa coisa que ninguém conhecia a não ser por contar mentiras e pregar o ódio. Ele inventou até que é evangélico. Ele não acredita em Deus e não acredita em Deus porque o comportamento dele é de quem não acredita”, afirmou Lula.

O comício também destacou a candidatura de Luiz Caetano à prefeitura de Camaçari, que tem como vice uma pastora. Lula expressou orgulho da escolha, afirmando que a união de partidos de esquerda é fortalecida pela diversidade representada.

“Fico muito orgulhoso de ver o Caetano arrumar uma vice, uma mulher negra, uma pastora. É extraordinário. A gente não tem medo de dizer que a gente é de esquerda porque ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo”, disse Lula, ressaltando o compromisso de Jesus com os pobres e a luta por justiça social.

A semana foi marcada por outros acenos de Lula ao eleitorado evangélico. Na terça-feira, o presidente sancionou a lei que cria o Dia da Música Gospel, ao lado do deputado federal Otoni de Paula, um aliado de Bolsonaro e ligado a segmentos evangélicos.

A sanção provocou críticas e acusações de traição política ao deputado, especialmente após ele ter orado por Lula e elogiado sua gestão. Em resposta a essas tensões, Lula alfinetou Otoni durante uma entrevista na Bahia, questionando a lógica de votar em Bolsonaro mesmo reconhecendo os feitos de sua gestão para os evangélicos.

“O deputado foi lá e fez uma declaração dizendo que não votou em mim, que muitos evangélicos não votaram em mim, mas que reconhece que tudo para os evangélicos foi feito por mim. Deu vontade de perguntar: se você reconhece isso, por que votou no Bolsonaro?”, finalizou Lula.

Fonte: DCM