quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Criminosos sequestram 7 ônibus para fechar rua durante operação policial no Rio de Janeiro

Veículos circulavam na região da Muzema, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro,quando foram sequestrados para serem utilizados como barricada

Polícia Militar do Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Agência Brasil - Sete ônibus que circulavam na região da Muzema, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram sequestrados e utilizados por criminosos como barricada, nesta quarta-feira (16). Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), passageiros e motoristas foram liberados para que apenas os veículos fossem usados para obstruir a via.

Quadrilhas da comunidade da Tijuquinha, na mesma região, foram alvo de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar, o objetivo da ação é evitar disputas territoriais entre grupos rivais na região.

“Durante a ação, criminosos atravessaram ônibus na principal via da região, a fim de atrapalhar a operação que está em curso”, disse a corporação.

Policiais do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) também atuam na região reforçando o policiamento no entorno da comunidade e auxiliando na desobstrução da via.

Violência recorrente - O Rio Ônibus informou que, nos últimos 12 meses, já foram 130 veículos alvos de grupos criminosos na cidade.

Por causa do incidente, todas as linhas que circulam pela região estão sofrendo desvios de itinerário.

“A recorrência dos casos reitera a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades de segurança pública do Rio de Janeiro. É preciso, com urgência, garantir o direito de ir e vir do cidadão”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Em meio ao apagão em São Paulo, Aneel discute renovação de contrato da Enel

Consulta pública foi aberta pela Aneel no mesmo dia em que o governador Tarcísio de Freitas pediu a suspensão do contrato com a Enel

Apagão em São Paulo (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificou as críticas à Enel Distribuição, afirmando que a empresa italiana deve deixar o país devido ao apagão que afeta a Grande São Paulo desde 11 de outubro. Praticamente ao mesmo tempo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na manhã desta quarta-feira (15), a abertura de uma consulta pública para discutir a renovação da concessão da empresa, cujo contrato atual expira apenas em 2028.

Segundo o Metrópoles, a decisão de abrir a consulta pública ocorre em meio a um pacote de discussões sobre a prorrogação de 19 contratos de concessão, que vencem entre 2025 e 2031. A Enel, que também opera no Rio de Janeiro e no Ceará, está entre as concessionárias potencialmente beneficiadas pela renovação, baseada em novas diretrizes para a modernização dos contratos, conforme estipulado por um decreto editado pelo governo Lula (PT) em junho.

Em meio a um encontro com prefeitos da Grande São Paulo e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, Tarcísio criticou os indicadores de desempenho que, segundo ele, permitem que a Enel contorne suas responsabilidades de investimento. "É fácil entender o que está acontecendo. Como você tem indicadores fáceis de atingir, porque há expurgos, é fácil driblar a regulação", disse o governador, que tem associado o apagão à falta de interesse da empresa em realizar melhorias no sistema.

As críticas de Tarcísio à Enel e ao governo federal também ocorrem no contexto da disputa eleitoral entre Guilherme Boulos (Psol) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), aliado do governador que tenta a reeleição. A consulta pública sobre a renovação da concessão da Enel, assim como de outros contratos, ficará aberta até dezembro, segundo a Aneel.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

TSE mantém decisão que absolve governador de Rondônia de acusações eleitorais

Ação movida pelo PL alegava abusos de poder político e econômico durante as Eleições Gerais de 2022. Decisão foi rejeitada de forma unânime

Marcos Rocha (Foto: Reprodução/Facebook)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta terça-feira (15) a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO), rejeitando a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra Marcos Rocha e Sérgio Gonçalves da Silva, eleitos governador e vice-governador do estado pelo União Brasil. A ação, movida pelo PL, alegava abusos de poder político e econômico durante as Eleições Gerais de 2022, mas foi rejeitada por unanimidade.

Os autores da ação pediam a cassação dos mandatos e a inelegibilidade dos eleitos, com base em acusações de uso de servidores comissionados em mobilizações eleitorais e supostas irregularidades na propaganda eleitoral. Além disso, a revogação do decreto que criava a Estação Ecológica Soldado da Borracha teria, segundo os autores, caráter eleitoreiro.

Durante a sessão, o ministro Ramos Tavares acompanhou o entendimento do relator original, ministro Raul Araújo, e negou provimento ao recurso por falta de provas consistentes. Ele destacou que as medidas questionadas não possuíam caráter eleitoreiro e que a Estação Ecológica jamais foi instalada devido à falta de orçamento. Ramos Tavares concluiu que não há evidências de que as condutas configurariam compra de votos ou fossem abusivas.

Fonte: Brasil 247

Gleisi elogia condução do IBGE por Marcio Pochmann: "reconstruindo"

Servidores do IBGE no Rio de Janeiro fizeram paralisação nesta terça em protesto contra Pochmann

Gleisi Hoffmann e Márcio Pochmann (Foto: ABR | Pedro França/Agência Senado)

Após uma paralisação de servidores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Rio de Janeiro, que protestam contra medidas da gestão de Marcio Pochmann, a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), saiu em defesa do economista. Segundo Gleisi, Pochmann está empenhado em reconstruir o instituto, após anos de sucateamento e ataques durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). "Marcio Pochmann está reconstruindo o IBGE, uma das instituições mais odiadas pela extrema direita e sabotada por Bolsonaro, que cortou até a verba do Censo em 2021", lembrou a deputada federal. Ela destacou ainda a busca por novos meios de financiar o órgão: "está criando novas formas de financiamento para fortalecer a instituição. Onde estavam os que o criticam agora quando Bolsonaro atacou o IBGE? Siga em frente, Marcio Pochmann, com nossa solidariedade", escreveu Gleisi nas redes sociais.

A resposta de Pochmann, presidente do IBGE desde agosto de 2023, veio de forma breve e alinhada com a defesa da parlamentar. "Agradecido, caríssima presidenta. Seguimos juntos", declarou o economista.

O protesto dos servidores do IBGE, que paralisaram atividades nesta terça-feira (15), se concentrou na unidade da avenida Chile, no centro do Rio de Janeiro, onde cerca de 300 trabalhadores participaram de um ato pela manhã. A paralisação foi uma resposta a decisões tomadas por Pochmann, como a criação da fundação IBGE+, uma entidade pública de direito privado, e o plano de mudar a sede de algumas unidades do IBGE para o bairro do Horto, também no Rio, relata a Folha de S. Paulo.

O sindicato que representa os servidores do IBGE acusa a gestão de falta de diálogo e de implementar mudanças de forma autoritária. Contudo, a presidência do órgão nega as acusações e defende que as alterações são necessárias para otimizar recursos e garantir o cumprimento do plano de trabalho para 2024.

A criação da fundação IBGE+ também tem gerado polêmica, com algumas lideranças sindicais a acusando de funcionar como uma "instituição paralela" ao IBGE. No entanto, a gestão de Pochmann defende que a fundação permitirá ampliar o orçamento do instituto por meio de parcerias com órgãos públicos e privados, fortalecendo a capacidade do IBGE de realizar pesquisas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

PGR pede arquivamento de investigação sobre atuação da Transparência Internacional na Lava Jato

Paulo Gonet alega falta de provas e questiona competência do STF no caso. ONG nega qualquer envolvimento com recursos de acordos de leniência

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de uma investigação envolvendo a atuação da ONG Transparência Internacional na Operação Lava Jato. O caso está sob relatoria do ministro Dias Toffoli.

Segundo o jornal O Globo, Gonet ressaltou que não há "elementos mínimos de convicção que justifiquem a continuidade das investigações pelo Ministério Público Federal (MPF)" e afirmou que o STF não possui competência sobre o caso, uma vez que não há envolvimento de autoridades com foro privilegiado. A investigação foi inicialmente impulsionada por questionamentos acerca do acordo de leniência da J&F, controladora da JBS, sob suspeita de "eventual apropriação indevida de recursos públicos" pela ONG, segundo Toffoli.

A Transparência Internacional, desde o início das apurações, negou qualquer envolvimento com a gestão de valores oriundos de acordos de leniência, reiterando que não recebeu, nem pleiteou receber, quaisquer recursos dessa natureza.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Presidida por bolsonarista, Aneel aumentou o limite de descumprimento da Enel

Sandoval Feitosa, indicado por Bolsonaro para presidir a Aneel. Foto: reprodução

Presidida pelo bolsonarista Sandoval Feitosa Neto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitiu que distribuidoras de energia descumpram, em parte das regiões atendidas, os limites de duração e frequência de apagões estabelecidos em contrato. A decisão, oficializada em março de 2023, é vista como ilegal pelo Ministério Público de São Paulo e por defensores públicos.

A flexibilização é contestada em uma ação judicial que visa melhorias no serviço da Enel SP, responsável pela distribuição de energia para 24 municípios da Grande São Paulo. A ação judicial foi motivada pelo apagão de 3 de novembro de 2022, quando ventos fortes deixaram 2 milhões de residências sem luz, e a normalização do serviço levou uma semana.

A nota técnica da Aneel cria metas que distribuidoras devem atingir quanto à duração e frequência das interrupções, conhecidas pelos índices DEC (duração equivalente das interrupções) e FEC (frequência equivalente das interrupções). A nova regra permite que a Enel deixe até 34% dos consumidores desatendidos, o equivalente a 2,2 milhões de residências na Grande São Paulo.

O ponto central da polêmica é a permissão da Aneel para que as empresas cumpram esses limites regulatórios em apenas 80% das áreas atendidas até 2026. Isso significa que 20% das regiões podem sofrer com apagões além do permitido sem que as distribuidoras sejam punidas. Aneel, Enel SP, apagões, ação judicial, energia elétrica, apagão São Paulo, limite de interrupções, DEC, FEC.

Fonte: DCM

PF prende hacker suspeito de invadir sistemas da PF e de outras instituições internacionais


Policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Belo Horizonte (MG)

Sede da PF em Brasília (DF) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nota da Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (16/10) a operação Data Breach, com o objetivo de investigar invasões aos sistemas da Polícia Federal e de outras instituições internacionais.

Foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um de prisão preventiva na cidade de Belo Horizonte/MG em desfavor de um investigado suspeito de ser responsável por duas publicações de venda de dados da Polícia Federal, em 22 de maio de 2020 e em 22 de fevereiro de 2022.

O preso se vangloriava de ser o responsável por diversas invasões cibernéticas realizadas em alguns países, afirmando, em sites na internet, ter divulgado dados sensíveis de 80.000 membros da InfraGard, uma parceria entre o Federal Bureau Investigation - FBI e entidades privadas de infraestrutura crítica dos Estados Unidos da América.

No meio virtual, o hacker é conhecido por ser um ator malicioso responsável pelo vazamento de grandes bases de dados de informações pessoais, incluindo as de empresas como Airbus e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.

O investigado deve responder pelo crime de invasão de dispositivo informático, qualificado pela obtenção de informações, com causa de aumento de pena pela comercialização dos dados obtidos.

O nome da operação se refere a ataques cibernéticos que resultaram em vazamentos e/ou roubo de informações confidenciais. Em outras palavras, durante um Data Breach, a segurança de dados é violada e as informações caem nas mãos de pessoas mal-intencionadas. Esse tipo de incidente é mais comum em ataques cibernéticos, onde hackers usam técnicas avançadas para invadir sistemas de armazenamento de dados e roubar informações valiosas.

A investigação terá continuidade para identificar eventuais outras invasões cibernéticas que foram cometidas pelo investigado.

Fonte: Brasil 247 com Nota da Polícia Federal

Em meio a discussão no governo sobre corte de despesas, Lula critica visão de "políticas sociais" como "gasto"

“Toda vez que a gente está cuidando de fazer política social é tratado como gasto. É inacreditável”, desabafou o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (16) o mercado e parte da mídia que classificam as políticas sociais do governo federal como “gasto”. Lula discursou na cerimônia de assinatura do Aumento no Prato e do Planapo, dois planos voltados para a segurança alimentar e a produção sustentável no Brasil.

“Qual é o problema que nós enfrentamos? É um problema que repercute nas manchetes dos jornais, nos editoriais, no mercado: toda vez que a gente está cuidando de fazer política social, é tratado como gasto. Toda vez. É inacreditável. Mas isto não é à toa. Isso foi uma doutrina de palavras criadas para induzir a gente a determinados erros”, disse.

Lula comparou a gestão de um governo com o setor empresarial, quando gastos são tratados como investimentos. “Se um empresário está gastando dinheiro para fazer uma fossa séptica, não aparece na imprensa como gasto. O empresário vai fazer o discurso dele: ‘eu estou investindo nas condições de melhoria de qualidade de vida dos meus trabalhadores’. Se ele pega dinheiro para fazer o piso, ele troca o piso por outro, nunca vai aparecer que é gasto. Vai aparecer o empresário dizendo: ‘estou fazendo investimento para cuidar da segurança dos meus trabalhadores’. E assim por diante. Mas no caso do governo, do estado e da prefeitura é o seguinte: você vai colocar mais dinheiro na saúde? É gasto. Vai colocar na educação? É gasto. Para cuidar dos pequenos e médios produtores rurais? É gasto”, completou.

O presidente lembrou que o Brasil está liderando os esforços globais para combater a fome e a pobreza, tema que é a prioridade do país na presidência do G20. “Nós, no G20, lançamos uma coisa nova, que é a Aliança Global contra a Fome, a Pobreza e a Miséria. É um desafio ao mundo, porque não existe explicação, com o avanço tecnológico, da genética, a gente é capaz de produzir muito mais alimento do que a gente consome. Nós sabemos a quantidade de alimento que se perde entre a produção e o consumo, a quantidade de alimento que sobra nos restaurantes por esse país afora, nas empresas. E ainda assim a gente fica estarrecido com o número de que 733 milhões de seres humanos vão dormir toda noite sem ter o que comer. É uma coisa inexplicável”, lamentou.

Segundo Lula, a fome e a pobreza no mundo são causadas pela irresponsabilidade dos governantes. “A gente pode dizer que existe seca, excesso de chuva, mas a verdade é que a única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa os países, os Estados. É preciso que o Estado tenha a capacidade de priorizar para quem ele quer governar. Nós temos que fazer escolhas. A diferença do governo e do cientista, de um pesquisador, é que um pesquisador pesquisa e vai comunicar o que encontrou. Não tem como inventar. Mas o governo não. O governo tem que definir para quem ele quer governar. O governo tem que governar para todos”, defendeu.

Ele completou afirmando que os mais pobres sempre serão prioridade no seu governo. “São 213 milhões de habitantes, mas de 213 milhões de habitantes, temos 81 milhões que ganham no máximo até três salários mínimos. Temos mais de 10,6 milhões que ganham de três a cinco salários mínimos. Temos 5,4 milhões que ganham até dez salários mínimos. Não existe outra alternativa para alguém que queria governar um país do tamanho do Brasil senão a gente ter preferência na hora de utilizar o dinheiro”.

Saiba mais - O governo federal está analisando a possibilidade de alterar políticas de proteção ao trabalhador como parte de um pacote de corte de gastos que visa reduzir entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões das despesas públicas. Entre as medidas, estão sendo discutidas a possível revisão da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para demissões sem justa causa e do seguro-desemprego, como aponta reportagem do jornal O Globo.

O argumento do governo é que a sobreposição de benefícios pode estar desestimulando a permanência no emprego, principalmente em períodos de aquecimento do mercado de trabalho. A equipe econômica, composta por integrantes dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, está se concentrando em propostas estruturais que possam conter o avanço das despesas obrigatórias.

Uma das alternativas em estudo é a utilização de parte da multa de 40% paga pelo empregador para financiar o seguro-desemprego, o que reduziria os gastos com o benefício. Em 2024, o orçamento destinado ao seguro-desemprego foi atualizado para R$ 52,1 bilhões, apesar da taxa de desemprego estar em seus menores níveis históricos.

Outra medida discutida é a reversão da multa do FGTS para o trabalhador em um imposto direcionado ao empregador. A proposta visa penalizar empresas com altos índices de demissão, aplicando uma alíquota maior de imposto, de modo a desincentivar demissões em massa, sem criar incentivos para que trabalhadores busquem sua própria dispensa.

Nesta terça-feira, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) se reuniram para definir as próximas etapas do programa de revisão de gastos. Tebet ressaltou que algumas pautas, como a política de ganho real do salário mínimo, estão fora da discussão. “Estamos muito otimistas que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente Lula”, afirmou Tebet, sem detalhar as medidas. Estima-se que o pacote possa abrir um espaço fiscal de até R$ 20 bilhões.

Outras possíveis mudanças incluem o abono salarial, que poderia passar a considerar a renda per capita familiar, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), cuja idade mínima de acesso ou correção do valor também está em debate. O governo estuda ajustar esses benefícios para fomentar uma maior contribuição previdenciária e garantir a sustentabilidade fiscal de longo prazo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Centro de Oficinas da Mulher alia qualificação profissional e socialização


Nos últimos anos, mais de mil mulheres participaram dos cursos gratuitos de qualificação profissional ofertados no Centro de Oficinas da Mulher. Além da inserção no mercado de trabalho e de geração de renda, o serviço busca também fazer a socialização das mulheres e o resgate da auto-estima.

O prefeito Junior da Femac afirma que o serviço complementa o atendimento prestado pela Secretaria da Mulher. “Os cursos são ofertados visando o atendimento integral e muitas mulheres vítimas de violência atendidas pela Secretaria da Mulher são encaminhadas para o Centro de Oficinas, visando promover a autonomia financeira e o empoderamento feminino”, pontua Junior da Femac.

O prefeito assinala que o espaço alia a qualificação profissional e a socialização. “São cursos que atendem um público diferenciado e todo o trabalho tem também um cunho psicossocial, pois atende desde mulheres vítimas de violência a autistas e imigrantes. Temos venezuelanas, haitianas e cubanas que têm neste espaço um local de pertencimento, além de uma oportunidade de integração e de socialização”, exemplifica Junior da Femac.

De acordo com Denise Canesin, secretária da Mulher e Assuntos da Família, cerca de 30 cursos já foram ofertados no espaço. “Abrangendo pintura na construção civil, defesa pessoal para mulheres, preparo de doces, tortas, bolachas, salgados, hambúrguer gourmet, costura artística, criativa, infantil e de modelagem, além de diversos cursos na área da beleza como de maquiagem, depilação, manicure, design de sobrancelhas, penteados de tranças afro, entre outros”, cita Denise.

Na manhã desta quarta-feira (16/10), dois cursos estavam acontecendo no espaço: o de costura artística e o de corte de cabelo feminino. De acordo com Noêmia Aparecida de Souza, instrutora de costura, neste curso as alunas aprendem artesanato em tecido. “Ensinamos a fazer mala de viagem, mochila escolar, jogo americano e nécessaire”, cita.

Já o curso de corte de cabelo feminino e escova é realizado em parceria com o Senac. “É um curso para iniciantes e também para quem quer se reciclar. Além disso, abrimos para a comunidade, para as pessoas interessadas em participar de um momento de embelezamento”, afirma Regiane Chiapina, instrutora do curso.

A secretária Denise afirma ainda que o Centro de Oficinas está com inscrições abertas para novas turmas, como nos cursos de modelagem em henna para sobrancelhas, SPA e plástica dos pés, aperfeiçoamento para cabeleireira, preparo de bolos e tortas e também o de confecção de pizzas. As inscrições devem ser feitas no Centro de Oficinas da Mulher, localizado na Rua Castro Alves, 330, no Jardim América. Mais informações pelo whatsapp: 43 99967-0228.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Lei prevê financiamento integral de imóveis para funcionários públicos


O financiamento será garantido pela Caixa Econômica Federal ou por outro banco público ou privado

Reimont (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Reimont (PT-RJ) apresentou projeto de lei para que servidores públicos estatutários, dos três níveis de governo, federal, estaduais e municipais, tenham o direito ao financiamento integral de imóvel para a própria moradia. O PL foi protocolado como 3767/2024.

O financiamento será garantido pela Caixa Econômica Federal ou por outro banco público ou privado, guardadas as condições de sua remuneração para arcarem com tal financiamento.

“A Caixa Econômica Federal financia, normalmente, 80% do imóvel e o cliente entra com 20% usando o seu FGTS. Sabe-se que o servidor público estatutário não tem FGTS. Para realizar financiamentos habitacionais, os trabalhadores regidos pela CLT utilizam seu saldo do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para dar a entrada necessária na compra parcelada do imóvel”, afirma Reimont.

“Este projeto de Lei assegura o direito constitucional afirmado no artigo 6º da CF/1988 para a parcela da sociedade composta por mais de 12 milhões de servidores públicos. O direito à moradia abre a porta para que outros direitos como saúde, alimentação, lazer, segurança, educação, cheguem a mais brasileiros e brasileiras”, defende o deputado.

Funcionários públicos - O Brasil tem mais de 12,65 milhões de servidores e servidoras públicas federais, estaduais e municipais, distribuídos por todo o país e atendendo a população. O número representa mais de 12% do total de pessoas ocupadas no país.

Do total, cerca de 40% dos servidores atuam em áreas de primeira necessidade para a população: saúde, educação, assistência social e segurança pública.

A média salarial da maioria do funcionalismo público é de R$ 3.391, pouco mais do que 2,4 salários mínimos.

Os municípios concentram quase 60% do funcionalismo. A maior parte dos servidores públicos está espalhada pelos 5.568 municípios do país, onde os salários são menores. A maioria é formada por profissionais como professores, enfermeiros e assistentes sociais, que trabalham diretamente no atendimento da comunidade.

Já os estados contratam cerca de 30% dos servidores, enquanto o governo federal responde por 9 a 10% do total. O contingente de servidores municipais foi o que mais cresceu desde os anos de 1990, para cumprir a universalização do direito à saúde e educação prevista, na Constituição de 1988.

O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de servidores públicos federais do país.

Fonte: Brasil 247

PF faz operação contra esquema de corrupção e fraudes em processos de crédito rural

Estão sendo cumpridos três mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de R$ 100 milhões em bens dos investigados

Operação Arapuca da PF (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (16), uma operação para desmantelar uma organização criminosa suspeita de fraudar processos de crédito rural, corromper servidores públicos e cometer crimes ambientais, com foco na Amazônia Legal. Entre os investigados estão dois servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e quatro da Secretaria de Meio Ambiente e Mineração de Itaituba, no Pará, que foram afastados por possível envolvimento no esquema. Até o momento, nenhum dos órgãos se pronunciou oficialmente.

A “Operação Trapaça” foi realizada nos estados do Pará, Mato Grosso e Goiás, cumprindo três mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão. A Justiça também decretou o sequestro de bens dos investigados, avaliados em cerca de R$ 100 milhões.

Segundo a investigação, uma empresa de regularização fundiária estaria envolvida na falsificação de documentos usados para obter crédito rural, o que facilitava o financiamento de atividades em áreas ilegalmente desmatadas. Ainda segundo a PF, “aproximadamente, 5 mil hectares de floresta foram desmatados e queimados após a liberação do crédito rural”.

As atividades da empresa de regularização fundiária envolvida foram suspensas e uma agência bancária suspeita de financiar áreas embargadas teve suas operações de crédito rural interrompidas.

Fonte: Brasil 247

Justiça paulista arquiva ação que pedia a inelegibilidade de Pablo Marçal por laudo médico falso usado contra Boulos

Ação popular foi movida por Carla Maria de Oliveira e Souza, filha do médico José Roberto de Souza, cujo nome foi usado no laudo de forma fraudulenta

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/Flow News)

A Justiça de São Paulo arquivou a ação popular movida por Carla Maria de Oliveira e Souza, que solicitava a inelegibilidade de Pablo Marçal, candidato pelo PRTB à Prefeitura de São Paulo. Carla é filha do médico José Roberto de Souza, cujo nome foi indevidamente utilizado em um prontuário médico falso, divulgado nas redes sociais por Marçal às vésperas do primeiro turno das eleições municipais. O documento falsificado associava o adversário Guilherme Boulos (Psol) a um surto psicótico e ao uso de cocaína. A Polícia Federal (PF) constatou que o laudo era falso.

No processo, segundo a coluna de Rogério Gentile, do UOL, Carla argumentou que seu pai, que já faleceu, era hematologista e jamais atuou como psiquiatra, conforme afirmava o falso laudo. "Falsificar um laudo médico para buscar seus intentos políticos é uma afronta à República, à legalidade e à moralidade administrativa", declarou o advogado Felipe Teixeira Nogueira, que representa a família de Souza.

Apesar da gravidade da acusação, a juíza Luiza Verotti extinguiu o processo sem entrar no mérito, argumentando que o pedido de inelegibilidade deve ser tratado na Justiça Eleitoral, e não na estadual. "A ação popular não é instrumento adequado para a declaração de inelegibilidade de candidato", afirmou a magistrada em sua decisão.

Carla Souza declarou que não pretende recorrer da sentença, mas pretende mover uma nova ação na Justiça Eleitoral. Em entrevista no dia 5 de outubro, após a confirmação da falsidade do laudo, Pablo Marçal negou responsabilidade direta pelo documento. "Eu recebi e publiquei. Não fui eu que dei o laudo, só publiquei", disse na ocasião.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Receita Federal notifica mais de 1,8 milhão de pequenos negócios com pendências no Simples Nacional

Donos de microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais que não regularizarem a situação serão excluídos a partir de janeiro

(Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

Cibele Maciel, Agência Sebrae - Os pequenos negócios optantes pelo Simples Nacional que possuem pendências devem regularizar a situação junto à Receita Federal do Brasil (RFB), sob o risco de serem excluídos do regime tributário a partir de 1º de janeiro de 2025. De acordo com o Fisco, mais de 1,8 milhão de pequenos negócios foram notificados eletronicamente por meio do Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN). Desse total, 1.121.419 são microempreendedores individuais (MEI) e 754.915 são microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP), com um valor pendente de regularização de R$ 26,7 bilhões.

Entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro, foram disponibilizados via DTE-SN, os Termos de Exclusão do Simples Nacional e os respectivos Relatórios de Pendências para os contribuintes que possuem débitos com a Receita Federal e/ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

O analista de Políticas Públicas do Sebrae Nacional Edgard Fernandes explica que, na maioria dos casos, a exclusão do regime ocorre por inadimplência do empresário, mas também pode acontecer por outros motivos. “Existem outras hipóteses, como estourar o limite de faturamento e não comunicar à Receita Federal, atuar em atividades que não podem ser do Simples Nacional, contrair débitos de outras naturezas junto ao INSS e/ou fazendas municipais, estaduais e federais, ou ainda, possuir uma condição societária diferente da permitida”, exemplifica.

Segundo Fernandes, deixar de optar pelo Simples Nacional é um evento crítico que pode impactar toda a operação da empresa. "A partir da exclusão, a empresa deverá optar pelo regime do lucro real ou do lucro presumido, que possuem complexidades operacionais e cargas tributárias potencialmente maiores do que as praticadas no Simples Nacional", afirma.

Se o seu caso for débitos com a Receita, o Sebrae possui uma trilha on-line e gratuita com informações, planilhas e ferramentas para ajudar a colocar seu negócio em dia. “A Jornada Regularize apoia empresários que estão com contas atrasadas”, explica Iuri Andrade, coordenador de canais digitais do Sebrae. Conheça a trilha.

Fique de olho no prazo

Para acessar os documentos, basta entrar no Portal do Simples Nacional, ou pelo Portal e-CAC do site da Receita Federal, via acesso Gov.BR (conta nível prata ou ouro) ou certificado digital. O contribuinte deverá regularizar a totalidade dos seus débitos constantes no Relatório de Pendências dentro do prazo de 30 dias, contados a partir da ciência do Termo de Exclusão, caso contrário será excluído do regime.

A ciência será dada no momento da primeira leitura. Todos os comunicados foram feitos entre os dias 30 de setembro e 04 de outubro. O pagamento dos débitos pode ser feito à vista ou parcelado.

Clique aqui para verificar as orientações para regularização das pendências do Simples Nacional. O contribuinte que regularizar a totalidade de suas pendências dentro do prazo não será excluído pelos débitos constantes no referido Termo de Exclusão, tornando-o sem efeito. Não há necessidade de o contribuinte ou seu procurador comparecer a uma unidade da RFB ou realizar qualquer outro procedimento após o pagamento dos débitos.

Não concordo com as pendências. Posso contestar? Quem desejar contestar o Termo de Exclusão deverá endereçar a contestação ao Delegado de Julgamento da Receita Federal do Brasil, protocolada via internet, conforme as orientações disponíveis no site da Receita Federal do Brasil.

Fonte: Brasil 247 

Governo Lula lança pacote de medidas para garantir segurança alimentar

Iniciativas visam alcançar a meta de retirar o país do Mapa da Fome até 2026

(Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quarta-feira (16), Dia Mundial da Alimentação da cerimônia de assinatura de planos voltados para a segurança alimentar e a produção sustentável no Brasil: o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab), também chamado de "Alimento no Prato", e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).

O Planaab, que conta com 29 iniciativas e 92 ações estratégicas, é uma medida inédita no país e tem como uma de suas principais propostas a ampliação de sacolões populares e centrais de abastecimento. De início, seis novas centrais serão implantadas na Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo. O objetivo é garantir a distribuição de alimentos frescos e acessíveis, favorecendo tanto os consumidores quanto os produtores.

Um dos destaques do plano é o Programa Arroz da Gente, que será lançado durante o evento. Este programa visa aumentar a produção e o estoque de arroz no Brasil, com foco em pequenos e médios produtores. Segundo a iniciativa, o governo comprará até 500 mil toneladas de arroz, investindo cerca de R$1 bilhão para garantir a formação de estoque e o preço justo aos produtores.

Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, ressaltou a importância do Planapo na garantia da segurança alimentar e no enfrentamento das mudanças climáticas. “A Agricultura Familiar é a grande responsável pela produção de alimentos saudáveis e adequados, que garantem a segurança e a soberania alimentar e nutricional da nossa população. Com o Planapo, vamos conseguir ofertar alimentos ainda mais saudáveis para o consumo e também ajudar na adaptação e mitigação dos impactos das mudanças climáticas. É mais qualidade de vida para a população do campo e mais alimento saudável no prato de todos os brasileiros e brasileiras", disse.

Os planos se somam a um conjunto de medidas implementadas pelo governo desde 2023, como o Plano Brasil Sem Fome, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e as Cozinhas Solidárias, que têm como objetivo reduzir a insegurança alimentar e nutricional no Brasil. O governo federal traçou a meta de retirar o país do Mapa da Fome até 2026. O Brasil havia saído dessa lista em 2014, mas voltou a figurar nela após o aumento da pobreza e da extrema pobreza entre 2019 e 2022, que agravou a insegurança alimentar de milhões de brasileiros.

Fonte: Brasil 247

Brasil recebe Cúpula do P20 para pensar sustentabilidade e combate à fome

O desenvolvimento sustentável é uma das prioridades do G20 nesse ano, em que é presidido pelo Brasil

Em julho, o Brasil já recebeu a primeira Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, realizada em Maceió (AL) (Foto: Itawi Albuquerque/Agência Câmara)

Da Agência Câmara - Entre os dias 6 e 8 de novembro, o Congresso brasileiro recebe a décima reunião dos presidentes dos parlamentos do G20, grupo formado pelas maiores economias do mundo mais o Parlamento Europeu e a União Africana. Chamado de P20, o grupo de parlamentos foi criado em 2010, com o objetivo de envolver os parlamentares nas discussões do G20, de modo a fortalecer a colaboração global e a aplicação dos acordos internacionais que forem propostos pelo grupo de países.

Como lembra o consultor legislativo da Câmara do Deputados Acauã Leotta, se as decisões do G20 resultarem em tratados ou acordos internacionais, esses documentos precisam ser ratificados. Isso significa que têm de ser aprovados pelo Parlamento de cada país.

Além disso, explica, os debates do G20 giram em torno de políticas públicas. E as Casas legislativas — no caso brasileiro, Câmara e Senado — são os espaços de debate dessas políticas. Se os parlamentares estiverem envolvidos nas discussões desde o início, isso facilita a adoção das ações governamentais resultantes dos encontros de chefes de Estado e de Governo.

O tema do encontro dos chefes de parlamentos do G20 deste ano, em Brasília, será Parlamentos por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável. O desenvolvimento sustentável é uma das prioridades do G20 nesse ano, em que é presidido pelo Brasil. Os outros dois temas prioritários sugeridos para debate pelo governo brasileiro foram a formação de uma aliança contra a pobreza e a fome e a reforma da chamada governança global.

Segundo o consultor Acauã Leotta, o Brasil já conquistou alguns avanços neste ano à frente do G20.

— Está nítido que há avanços. Foram criadas forças-tarefas, uma aliança contra a pobreza e a fome, outra é a mobilização contra a mudança do clima, e agora, mais recentemente, tem a notícia que, de uma forma pioneira, houve um encontro de chancelares do G20 e adotou-se um texto sobre reforma da governança global. Claro que todos esses avanços são lentos, graduais, dependem de negociação, o que tem até o momento são as declarações, os textos fundantes dessas áreas, mas é o ponto. Então o Brasil conseguiu levar sua agenda de paz e desenvolvimento, comprometido com essas pautas — afirmou.
Reuniões preparatórias

O Brasil assumiu a presidência do G20 em dezembro do ano passado. Desde então, realizou 130 reuniões preparatórias para a cúpula de chefes de Estado e de Governo que ocorre no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro deste ano. O G20 é presidido de forma alternada por seus integrantes, e cada país fica por um ano à frente do grupo. No Rio, o Brasil passará o cargo para a África do Sul.

Como presidente do G20, o Brasil também preside o grupo de parlamentos. Nesse contexto, o país organizou a primeira Reunião de Mulheres Parlamentares do P20 em Maceió (AL), em julho.

Segundo a coordenadora da Bancada Feminina na Câmara, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), no encontro as parlamentares do P20 discutiram as propostas prioritárias do governo brasileiro e temas de interesse das mulheres. Dentre eles, inclusão no mercado de trabalho e na política e combate à violência. Benedita da Silva afirma que continua em diálogo com representantes de outros países para organizar o debate no Parlamento brasileiro.

— Estamos enviando uma carta solicitando que cada país possa promover o encontro do P20 daquele país e nos mandar também o seu relatório para que nós possamos, através desses relatórios, fazer uma 'junta' de ideias e elas serão discutidas no P20, consequentemente, o resultado vai para o G20 — disse.
Busca por soluções

O G20 foi criado em 1999 como forma de encontrar soluções para crises financeiras que afligiam países emergentes, como México, Rússia e Brasil. Nesse primeiro momento, o foco dos países que compunham o grupo era coordenar soluções macroeconômicas e financeiras mundiais. Por isso, as reuniões eram coordenadas pelos ministros de finanças de cada país.

Com a crise financeira nos Estados Unidos, em 2008, as reuniões passaram a ser coordenadas pelos chefes de Estado e de Governo. A agenda de debates também foi ampliada e passou a incluir temas políticos e sociais.

Fonte: Brasil 247 com Agência Câmara

Eduardo Pimentel tem 49% contra 44,9% de Cristina Graeml em Curitiba, diz AtlasIntel

Candidatos estão tecnicamente empatados dada a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos

Eduardo Pimentel (Foto: Divulgação)

Brasil de Fato - O candidato à Prefeitura de Curitiba Eduardo Pimentel (PSD) tem 49% das intenções de voto contra 44,9% de sua adversária, Cristina Graeml (PMB), segundo a pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quarta-feira (16). Ambos estão tecnicamente empatados dada a margem de erro de três pontos percentuais para cima ou para baixo.

No recorte de gênero, Graeml está à frente entre os eleitores homens (60,8%), enquanto Pimentel lidera entre as mulheres (60,6%). Ele perde para a candidata principalmente entre os evangélicos (30% contra 68,4%) e entre aqueles que têm renda familiar de R$ 2 mil a 5 mil por mês. Nos outros recortes, o candidato aparece à frente ou empatado com a candidata do PMB.

Aqueles que declararam votar branco ou nulo somaram 5,3%, e os indecisos, 0,9%. No total, foram entrevistados 1.203 eleitores entre 8 e 13 de outubro. O índice de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o protocolo PR-03464/2024.

Este é o primeiro levantamento da empresa para a capital paranaense após o primeiro turno. Graeml chegou ao segundo turno com 31,17% dos votos contra 33,5% do candidato Eduardo Pimentel (PSD), vice-prefeito de Curitiba.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

"Preocupante", diz Gleisi sobre corte de gastos do governo que pode atingir programas sociais

Presidente do PT destaca que enquanto os benefícios sociais são revistos, a "urgente reforma no Imposto de Renda" é adiada
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), manifestou sua preocupação em relação à discussão sobre a revisão de programas sociais, como o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que estão na mira do governo federal como parte de um pacote de corte de gastos públicos. Segundo Gleisi, enquanto medidas que afetam diretamente a população mais vulnerável ganham força, a reforma do Imposto de Renda, prometida como prioritária, continua sendo adiada.

“Prévia do PIB confirma que o governo está fazendo o país crescer acima das previsões do mercado e foi para isso que fizemos o L. Mas é preocupante ver de novo na pauta conversa sobre revisão de programas sociais como BPC, seguro-desemprego e abono salarial, adiando a urgente reforma no Imposto de Renda. Já vimos esse filme e o final não é bom para o país”, destacou a deputada.

A análise sobre possíveis mudanças nos programas de proteção ao trabalhador vem sendo conduzida pela equipe econômica, liderada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento). O objetivo central seria conter o avanço das despesas obrigatórias, criando um espaço fiscal que pode variar entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões. Entre as propostas, está a revisão da multa de 40% do FGTS para demissões sem justa causa e a redução dos custos com o seguro-desemprego.

O governo argumenta que a sobreposição de benefícios, em um cenário de aquecimento do mercado de trabalho, pode estar desincentivando a permanência de trabalhadores em seus empregos. Com a taxa de desemprego em queda, chegando a níveis historicamente baixos, o orçamento destinado ao seguro-desemprego em 2024 foi atualizado para R$ 52,1 bilhões.

Outra medida em discussão é a possibilidade de converter a multa do FGTS em um imposto direcionado ao empregador, penalizando empresas com altos índices de demissões, sem criar incentivos para que os trabalhadores busquem a própria demissão. Em paralelo, outras reformas no BPC e no abono salarial também estão na mesa, com a intenção de ajustar os critérios de acesso e valores, garantindo maior sustentabilidade fiscal.

Apesar das especulações sobre mudanças em programas essenciais para a população, a ministra Simone Tebet afirmou que algumas pautas, como a política de ganho real do salário mínimo, estão fora da discussão.

Contudo, para Gleisi Hoffmann, a prioridade deveria ser outra. A presidente do PT criticou o atraso na reforma do Imposto de Renda, uma promessa de campanha que, até o momento, não foi 100% concretizada. O tema ganha relevância em um cenário onde o governo busca equilibrar o orçamento, mas o adiamento da reforma gera inquietação entre os defensores de uma tributação mais justa, que alivie as camadas de menor renda enquanto corrige distorções no topo da pirâmide.

Fonte: Brasil 247

Lula pede estudo sobre alteração de mandatos em agências reguladoras após críticas sobre influência bolsonarista na Aneel

Os conselheiros da Aneel foram indicados pelo governo de Jair Bolsonaro

Presidente Lula no lançamento da Política Nacional da Transição Energética, 26 de agosto de 2024 (Foto: Tauan Alencar/MME)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, faça um estudo sobre a viabilidade de alterar os mandatos de conselheiros em agências reguladoras, informa O Globo. A iniciativa surge após a insatisfação do governo com a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diante do apagão que afetou São Paulo no último fim de semana.

Na avaliação do governo Lula, a Aneel, que tem conselheiros indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não agiu com celeridade em questões importantes, como a caducidade da concessão da Enel, empresa responsável pela distribuição de energia em São Paulo. "O que anda fazendo a agência ocupada por indicações bolsonaristas, que não dá andamento ao processo de caducidade que denunciei há meses?", questionou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após o apagão que atingiu a capital paulista durante o final de semana.

Em uma reunião com o núcleo político do governo, Lula afirmou que o atual modelo de mandatos nas agências reguladoras está errado porque o presidente eleito não tem influência nenhuma sobre elas. Em agosto, o presidente disse que esses órgãos foram capturados por interesses privados durante as gestões anteriores.

Agora, o Planalto discute três possibilidades de mudanças nos mandatos dos conselheiros: reduzir o tempo de mandato de cinco para quatro anos; permitir a troca parcial dos conselheiros com a posse de um novo presidente; ou realizar uma substituição total dos conselheiros no início de cada novo governo. No entanto, há um temor de que essas mudanças não sejam bem vistas pelo Congresso, e o tema deve ser tratado com cautela.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Apesar de bloqueio da Anatel, ao menos 18 bets irregulares seguem operando no Brasil

Levantamento aponta que 134 sites vinculados a essas bets estão funcionando por meio de endereços alternativos
Apostas esportivas (Foto: Joédson Alves / Agência Brasil)

Um levantamento conduzido pelo g1 revelou que ao menos 18 bets irregulares estão operando através de sites alternativos, mesmo após a divulgação de uma lista de mais de dois mil endereços ilegais pela Anatel. A estratégia usada para burlar o bloqueio consiste em adicionar sequências de caracteres ao final dos endereços originais, como números, o que permite que os sites voltem ao ar rapidamente.

De acordo com a reportagem, 134 sites vinculados a essas bets que estão funcionando por meio de sites alternativos, sendo que 51 foram criados na sexta-feira (11), mesmo dia em que a lista foi publicada. Além disso, 19 novos sites surgiram no sábado (12), e outros 5 já estavam operando nesta terça-feira (15). Segundo a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), que afirma que o simples redirecionamento para um novo domínio é suficiente para driblar as tentativas de bloqueio.

A Anatel informou que seu papel é apenas encaminhar às operadoras a lista de sites irregulares fornecida pelo Ministério da Fazenda, enquanto o ministério ainda não se manifestou sobre o problema. Contudo, o ministro Fernando Haddad afirmou recentemente que o trabalho de fiscalização será constante. "Qualquer tentativa de burla, a Anatel é informada e o procedimento é o mesmo", disse.

O Brasil está em processo de regulamentação das apostas online, com 96 empresas autorizadas a operar nacionalmente até dezembro, enquanto 18 estão habilitadas a atuar regionalmente.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

"Seria uma boa decisão trazer a presidência do PT para o Nordeste", defende Humberto Costa

Coordenador do núcleo eleitoral do PT, o senador vê um "crescimento razoável" em 2024 em meio a uma "reconstrução lenta" do partido

Humberto Costa (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Coordenador do núcleo eleitoral do PT, o senador Humberto Costa (PE), em entrevista ao jornal O Globo, avaliou o desempenho do partido nas eleições municipais de 2024. Apesar de considerar que o PT apresentou um "crescimento razoável" ao eleger 248 prefeitos, número superior aos 182 eleitos quatro anos atrás, Costa reconhece que o resultado em São Paulo ficou aquém do esperado. O senador também enfatizou a importância de uma atuação mais firme do partido no segundo turno, com a presença do presidente Lula (PT) em mais eventos de campanha, especialmente no Nordeste.

A atuação de Lula no segundo turno e críticas à estratégia do PT - Questionado sobre a presença mais intensa de Lula no segundo turno, Costa apontou que a concentração da disputa entre candidatos do "campo progressista" e da extrema direita facilita a participação do presidente sem atritos com aliados. No primeiro turno, Lula esteve presente em poucos eventos fora de São Paulo, o que gerou insatisfação entre apoiadores. "Houve insatisfação, mas também existe uma compreensão. Na reunião do comitê de campanha do PT, foi levantado, com razão: 'será que se ele tivesse ido a Teresina, a gente ganharia a eleição?'", disse o senador.

A presença de Lula no segundo turno, na avaliação de Costa, pode ser decisiva para o sucesso do partido nas capitais onde o PT ainda disputa. No entanto, ele reconhece que a reconstrução da sigla está lenta e que o desempenho do partido, especialmente em São Paulo, reflete desafios maiores que o PT precisa enfrentar, como o crescimento do antipetismo.

Cenário eleitoral do PT e a liderança nordestina - Apesar das críticas ao desempenho em cidades como Araraquara e São Bernardo do Campo, Costa destacou que "são questões locais". O senador acredita que o Nordeste tem se mostrado uma região estratégica para o crescimento do partido, defendendo que a experiência bem-sucedida do PT em cidades menores pode se expandir para municípios de médio porte. Ele sugere que a liderança do partido olhe mais atentamente para a região. "Seria uma boa

Futuro do PT e desafios para 2026 - Humberto Costa também comentou sobre o impacto das eleições municipais na corrida presidencial de 2026. Para ele, a disputa de 2026 não será fácil, mesmo com o governo Lula apresentando resultados econômicos positivos. "Estamos com um governo muito bom, com a economia vivendo o melhor momento e, mesmo assim, a aprovação do governo não corresponde ao tanto que o país melhorou", disse ele, destacando que a polarização política deve continuar a marcar o cenário eleitoral.

Por fim, Costa rebateu as críticas de que o PT deveria abandonar a polarização com a extrema direita e focar em ações mais efetivas para a vida da população, como sugerido por figuras como Edinho Silva e Marília Campos. Para o senador, a força do PT está em sua clareza política e ideológica: "O PT cresceu tendo uma atuação política muito clara. E não há o que contestar". decisão trazer a presidência do partido para o Nordeste", afirmou Costa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo