segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Ataque aéreo de Israel deixa 21 mortos no norte do Líbano

Denunciado por genocídio contra palestinos em Gaza, as forças israelenses direcionam suas operações militares para o sudeste do território libanês

Veículos e árvores destruídos em local de ataque aéreo israelense na região de maioria cristã de Aitou, no norte do Líbano (Foto: Omar Ibrahim / Reuters)

Por Artorn Pookasook e Maya Gebeily

JERUSALÉM/BEIRUTE (Reuters) - Israel ampliou a abrangência de seus alvos na guerra contra militantes do Hezbollah no Líbano nesta segunda-feira (14), matando pelo menos 21 pessoas em um ataque aéreo no norte, disseram autoridades de saúde, enquanto milhões de israelenses abrigavam-se dos projéteis disparados do outro lado da fronteira.

Até o momento, o foco principal das operações militares de Israel no Líbano tem sido o sul, o Vale de Bekaa, no leste, e os subúrbios de Beirute.

O ataque na cidade de Aitou, de maioria cristã, atingiu uma casa que havia sido alugada para famílias desabrigadas, disse à Reuters o prefeito da cidade, Joseph Trad. Além das mortes, oito pessoas ficaram feridas, informou o Ministério da Saúde do Líbano.

Equipes de resgate no local do ataque vasculhavam pilhas de escombros nesta segunda-feira, onde veículos e árvores queimados podiam ser vistos espalhados pelo chão.

Israel ordenou que moradores de 25 vilarejos no sul do Líbano se retirassem e fossem para áreas ao norte do rio Awali, que corre cerca de 60 km ao norte da fronteira israelense.

Em visita a uma base militar no centro de Israel, onde quatro soldados foram mortos no domingo por um ataque de drones do Hezbollah, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel vai continuar os ataques ao movimento apoiado pelo Irã "sem piedade, em todos os lugares do Líbano -- incluindo Beirute".

No posto de fronteira de Masnaa, com a Síria, o casal Jalal Ferhat e Amal Tefayeli e seus cinco filhos estavam entre os que descarregavam seus pertences dos ônibus, na esperança de deixar o Líbano.

"Há ataques em nossa vizinhança e destruição, e eles (forças israelenses) atingiram perto da minha casa", disse Ferhat, 40 anos, de Baalbek, um reduto do Hezbollah no leste do Líbano. "Tenho filhos, não dá para ficar onde estamos".

Na região central de Israel, moradores correram para abrigos ao soar de sirenes. Segundo o Exército, três projéteis lançados do Líbano foram interceptados. Não houve registro de feridos.

O conflito entre Israel e o Hezbollah foi retomado há um ano, quando o grupo militante começou a disparar foguetes contra Israel em apoio aos militantes palestinos do Hamas no início da guerra de Gaza, e se intensificou drasticamente nas últimas semanas.

Ataques israelenses mataram pelo menos 2.309 pessoas no Líbano no último ano, informou o governo libanês em sua atualização diária. A maioria foi morta desde o final de setembro, quando Israel expandiu sua campanha militar. O número de mortos não faz distinção entre civis e combatentes.

Israel afirma que suas operações no Líbano têm como objetivo garantir o retorno de dezenas de milhares de pessoas deslocadas de suas casas no norte de Israel.

(Reportagem adicional de Abdelaziz Boumzar em Masnaa e Maya Gebeily e Amina Ismail em Beirute)

Haddad: governo pode rever mais uma vez projeção para PIB de 2024

Em setembro, o Ministério da Fazenda elevou de 2,5% para 3,2% a previsão de crescimento da economia brasileira

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 03/07/2024 (Foto: REUTERS/Andressa Anholete)

Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode rever mais uma vez a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto de 2024.

Em participação no evento Macro Day, do Itaú BBA, Haddad também disse que a inflação deste ano pode ficar dentro da banda de tolerância da meta, apesar de o que chamou de choques recentes.

Diante de surpresas positivas na atividade, o Ministério da Fazenda elevou em setembro sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,2%, ante estimativa anterior de 2,5%.

“Talvez a gente tenha que rever mais uma vez o PIB deste ano", disse.

"A inflação, mesmo com o choque de oferta importante por falta d’água, que impacta produção de alimentos e energia elétrica, o desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul, mesmo com esses choques todos... há alguma perspectiva de a inflação ficar dentro do teto”, disse Haddad no evento.

Para ele, se o governo tiver a inteligência de calibrar e restringir despesas públicas e garantir receitas, o país terá capacidade de crescer de forma sustentada.

No evento, o ministro classificou como “irracional” o fato de o Tesouro Nacional estar pagando uma taxa real de 6,5% a 7% para remunerar investidores que aplicam nos títulos da dívida pública.

Ele argumentou que o país está com um déficit fiscal muito menor do que antes, retirando impulso fiscal da economia, e tem uma inflação “relativamente comportada”.

Apesar da avaliação, ele ponderou que as compensações oferecidas pelo Senado para a desoneração da folha de empresas não serão suficientes para atender à decisão do Supremo Tribunal Federal e, por isso, será necessário fazer um debate com o Congresso sobre o tema até o fim do ano.

Na avaliação do ministro, o governo tem todas as razões para imaginar que o país terá “boas surpresas” a partir do ano que vem, defendendo que poderá alcançar o grau de investimento se defender a arquitetura do arcabouço fiscal.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

RICtv promove debates entre candidatos do segundo turno em Curitiba e Londrina

A RICtv Record fará debates com os candidatos a prefeito no segundo turno em Curitiba e Londrina, neste sábado (19), às 21h, com transmissão também pela rádio Jovem Pan News. O formato permitirá que os candidatos possam se confrontar diretamente, fazendo perguntas uns para os outros. A mediação será dos jornalistas Marc Sousa, em Curitiba, e Gustavo Parra, em Londrina.

Os debates reunirão os candidatos Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSAD) em Curitiba. Já em Londrina, o confronto será entre Professora Maria Tereza (PP) e Tiago Amaral (PSD).

“Com dinâmica mais ágil e formato que permite o embate direto, com exposição de ideias de forma mais objetiva e clara pelos dois candidatos, os debates que estamos propondo certamente vão ajudar os eleitores a conhecer melhor as propostas de cada um para administrar a cidade. E contribuir para que o voto esteja alinhado às expectativas”, diz o jornalista Carlos Aros, diretor de Conteúdo do Grupo Ric.

Formato inovador

O debate do segundo turno usará o mecanismo do “banco de tempo”. Os candidatos começam o bloco com o mesmo tempo no cronômetro. Conforme vão falando, o relógio é disparado. No 1º e 3º blocos, cada candidato começa com 10 minutos, que devem ser usados para perguntar, responder, debater e comentar. No 2º e 4º blocos, haverá duas rodadas de 10 minutos (5 minutos para cada candidato) para debate sobre um tema sorteado pelo mediador. No quarto bloco será possível fazer as considerações finais também.

Os debates realizados antes do primeiro turno reuniram os candidatos das siglas com representação no Congresso Nacional. O encontro durou duas horas e meia e foi marcado pela apresentação de propostas e ideias. Ganharam destaque os radares que medem a velocidade do trânsito, a construção do metrô na capital, a redução do preço da passagem do transporte coletivo, e as filas para vagas em creches e para as consultas médicas especializadas.

O debate da capital garantiu à RICtv Record Curitiba o primeiro lugar em audiência no horário, com 26 minutos de liderança entre o público masculino, 25% acima da concorrência. Foram 8,1 pontos de pico de audiência e 110 minutos de engajamento, segundo dados da Kantar Ibope Media e Instar Analytics.

Fonte: Contraponto

Requião desfilia-se do Mobiliza



O ex-governador e ex-senador Roberto Requião informou na última sexta-feira (11) sua desfiliação do partido Mobiliza. A informação foi dada dias depois de sua derrota nas eleições municipais. Ele obteve 1,83% dos votos, resultado que, segundo aliados próximos, foi determinante para sua decisão de abandonar a legenda.

Requião havia ingressado no Mobiliza em abril de 2024, após romper com o PT, partido pelo qual concorreu ao governo estadual em 2022.

Na época, sua saída do PT foi marcada por críticas à condução do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao que ele descreveu como uma “falta de comprometimento com a verdadeira esquerda.

Em carta ao presidente estadual do Mobiliza, Anderson Teixeira, Requião expressou seu desligamento de forma protocolar, sem dar detalhes sobre seus próximos passos na política.

Fonte: Contraponto

Beto Preto faz campanha a favor da vida, reforçando apoio a Eduardo Pimentel em Curitiba


O deputado federal Beto Preto, ex-secretário de Saúde do Paraná, está intensificando seu apoio a Eduardo Pimentel, candidato à prefeitura de Curitiba pelo Partido Social Democrático (PSD), com uma campanha que mobiliza profissionais de saúde e cidadãos em defesa da ciência e da vacinação.

Durante a pandemia da Covid-19, as equipes de saúde da capital paranaense, sob o comando de Rafael Greca e Eduardo Pimentel, atuaram em conjunto com o Governo do Estado para combater a doença e salvar o maior número de vidas possíveis. Essa estratégia teve um salto significativo com a chegada da vacina, em 2021, que possibilitou imunizar os curitibanos, diminuindo a proliferação do vírus.

“Só aqueles que perderam ou conhecem alguém que perdeu um ente querido para o coronavírus, sabem da importância da vacinação nessa missão pela vida. Não podemos deixar que ideias contrárias, notadamente falsas, tomem o lugar da saúde pública curitibana, uma vez que isso pode significar a ascensão do obscurantismo, colocando em risco a saúde coletiva da nossa população”.

A campanha de Beto Preto consiste em vídeos curtos que incentivam médicos, enfermeiros, autoridades em saúde e outros profissionais da área a declarar publicamente seu apoio a vida, utilizando as hashtags #VacinasSalvam e #EuVotoEduardo55. O objetivo é mostrar que a candidatura de Eduardo está alinhada à defesa e à valorização da ciência.

“Este é o momento de unirmos forças para proteger a saúde e o bem-estar das pessoas. A vacinação é a base para mantermos Curitiba segura e livre do negacionismo e esse caminho é com Eduardo Pimentel”, destacou o deputado.

Fonte: Contraponto

“Cristina promove desinformação, fiel ao que faz de melhor: destilar mentiras e incitar o ódio”, diz Márcia Huçulak

marcia huçulak sobre cristina graeml
Márcia Huçulak na Assembleia. Foto: Orlando Kissner

A deputada Márcia Huçulak (PSD) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira para rebater declarações da candidata do PMB à prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml, a respeito do enfrentamento à pandemia de covid-19 na cidade.

Márcia Huçulak, que foi secretária municipal da Saúde no período agudo da doença e organizou não só o atendimento aos infectados como também a posterior campanha de vacinação, reagiu a uma entrevista dada na semana passada pela candidata ao colunista Ogier Buchi.

Na entrevista, Cristina Graeml critica o trabalho de Márcia Huçulak. A deputada não deixou barato: “Ela promove desinformação deliberadamente, fiel ao que faz de melhor: destilar mentiras e incitar o ódio”.

Veja a seguir a íntegra da manifestação de Márcia Huçulak sobre a entrevista de Cristina Graeml:

“Subo a esta tribuna hoje com um sentimento de indignação, mas também com o senso de responsabilidade, especialmente quando o assunto é saúde pública. Na semana passada, fui alvo de infâmia vinda da candidata negacionista. De forma totalmente raivosa, como lhe é peculiar, a candidata atribuiu a mim e à atual gestão do município, ‘os piores anos vividos por Curitiba’, em decorrência da pandemia de covid-19. Toda vez que eu for atacada com mentiras, vou responder neste espaço, que é o legítimo lugar de fala dos parlamentares.

É lamentável que um tema que teve um tratamento de excelência em nossa capital seja alvo de uma provocação tão rasteira, mentirosa e irresponsável. A pandemia representou a maior crise sanitária do planeta em cem anos de história. A pior. Para toda a humanidade.
Não foi só Curitiba que sofreu; o mundo inteiro sofreu.Todos hão de se lembrar das imagens de cidades ao redor do planeta, com corpos empilhados em caminhões frigoríficos, hospitais abarrotados, mortes em profusão. Insegurança geral.

As sucessivas declarações da candidata irada, demonstram claramente seu total desconhecimento sobre questões básicas de saúde pública. Ela promove desinformação deliberadamente, fiel ao que faz de melhor: destilar mentiras e incitar o ódio. Esconde sua ignorância tentando transformar gestão de saúde em rixa ideológica.

É de um primarismo assustador: ‘médicos de direita’ versus ‘médicos de esquerda’. Cada um de nós tem suas inclinações políticas, e isso é normal numa democracia. Mas vamos respeitar o mais elementar bom senso. Epidemiologia não tem bandeira. O comportamento dos vírus não respeita ideologia. Ideologia não coloca remédio na prateleira das unidades de saúde, tampouco promove a melhoria do cuidado das pessoas.

Com a irresponsabilidade, o negacionismo e o radicalismo que movem sua postura política, a candidata anunciou para a Secretaria de Saúde de Curitiba, caso seja eleita, uma pessoa conhecida como “Doutora Cloroquina”, que se notabilizou durante a pandemia por trabalhar contra medidas sanitárias básicas, estimulando o uso de medicações comprovadamente ineficazes, além de dizer em vídeo compartilhado que as vacinas causavam doenças autoimunes e que a variante ômicron não resultou em nenhuma morte, o que é mais uma mentira deslavada.

A figura, portanto, se empenhou em iludir as pessoas, causando-lhes sofrimento ou mesmo morte com a mentira de estar tratando a covid-19. Eu tive, sim, a responsabilidade de coordenar todo o trabalho de combate à pandemia na nossa capital, sob a liderança do prefeito Rafael Greca e do vice Eduardo Pimentel. Com base na ciência e na gestão – com profissionais muito bem formados e qualificados – construímos ao longo dos anos o melhor sistema de saúde pública das capitais do Brasil. E não sou eu que digo isso, todos os ministros da saúde do governo anterior e a atual equipe do MS (Ministério da Saúde) e da OPAS reconhecem que o SUS de Curitiba é dos melhores. Esse sistema que foi fundamental durante a pandemia de covid-19.

Nosso planejamento e as ações que implantamos foram referência para muitas cidades e resultaram no melhor desempenho no enfrentamento na pandemia. Tivemos a menor taxa de letalidade – o menor número de óbitos, entre as capitais. A famosa doutora Cloroquina que a candidata cita como uma sumidade em saúde, na cidade onde foi secretária, por 10 meses em 2021, teve percentualmente mais óbitos que Curitiba, relativos aos casos graves. Em todas as faixas etárias.

Vou citar alguns exemplos: Em Curitiba, na faixa etária de 50 a 59 anos, o percentual de óbitos foi de 28%; em Porto Seguro, sob o comando da dra Cloroquina, foi de 40%. Na faixa etária de 80 anos e mais, em Curitiba, 59%; em Porto Seguro, 71%. Na média, Porto Seguro, uma cidade ao Sul da Bahia, com 160 mil habitantes, não chega a 10% da população de Curitiba, teve um percentual de óbitos maior que Curitiba.

Ora, poupem a minha Inteligência. Remédio para piolho não mata o vírus da covid. Remédio para malária não mata o vírus da covid. Se assim fosse, Manaus não sucumbiria e teria a maior número de mortes por covid no país, 4 vezes o número de Curitiba. Lá a cloroquina é usada frequentemente por conta do controle da malária.

A solução veio pela vacina, pela ciência que o mundo tem à disposição e à qual a Doutora Cloroquina e sua candidata também se opõe. Me sinto com o coração sereno e com a sensação de dever cumprido. Curitiba poderia ter tido até o dobro ou o triplo dos quase 9 mil óbitos registrados por covid. Fizemos um trabalho sério, num cenário de muitas incertezas, procurando sempre equilibrar as decisões priorizando as vidas humanas.

Como me disse o prefeito Rafael Greca num dos momentos mais graves da pandemia:
— “Márcia, você se preparou 30 anos para este momento. Vamos superá-lo”.
De fato, sou formada na PUC, tenho especialização em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, uma das melhores instituições do país na área, Fiz meu mestrado em Planejamento e Finaciamento em Saúde na Universidade de Londres, na Inglaterra. Atuei em cargos de gestão na saúde, não só no município de Curitiba, no Estado e em Brasília. Concluí minha carreira como gestora pública reconhecida pela minha dedicação e eficiência na gestão da saúde. Todos sabem como cheguei aqui, como a deputada mais votada em Curitiba, reconhecimento do meu trabalho em prol da vida e das pessoas.

Fico imaginando se a pandemia tivesse ocorrido sob uma eventual administração da candidata jornalista e da dra Cloroquina. Seriam pelo menos 30 mil curitibanos e curitibanas com suas vidas ceifadas pela ideologia e pela ignorância. Não tenham dúvida disso! Que gestor público minimamente consciente de suas responsabilidades pode defender — mesmo que por ignorância — tantas mortes evitáveis para se promover ideologicamente?

E preciso dizer ainda, que inteligência artificial nenhuma dá conta de atender com eficiência uma população de quase 1 milhão e 800 mil, numa estrutura complexa, com 109 unidades de saúde, 9 UPAs, laboratório de exames clínicos, quase 20 hospitais entre públicos e filantrópicos, SAMU que atende 1.200 pessoas por dia. Juntos, todos os nossos serviços de saúde do SUS atendem 66 mil pessoas por dia. Vou repetir – 66 mil pessoas por dia, que é mais que toda a população de 369 municípios do Paraná. Inteligência artificial não pode estar a serviço da negligência política de quem quer se mostrar uma coisa que não é.

O discurso que se envereda para o mundo da opinião, porta-voz de extremismos e não raro de fake-news – só demonstra o interesse que hoje está muito em voga: causar, lacrar e promover polarização e radicalismo, que em nada ajudam o povo. Quem perde com isso é toda a população. Não podemos nos render ao pântano do negacionismo e das mentiras, que nos remete a um mundo onde vidas acabam pela simples ignorância dos problemas reais das pessoas”.

Fonte: Bem Paraná

Dirigente do PL pede expulsão do deputado Ricardo Arruda por infidelidade partidária


Foto: Reprodução Redes Sociais

O deputado estadual Ricardo Arruda é novamente alvo de um pedido de expulsão do PL. Desta vez, o motivo é infidelidade partidária durante as eleições municipais de 2024. O Blog Politicamente teve acesso a denúncia feita pelo diretório do PL de Rolândia.

O documento cita a resolução administrativa n° 007/2024 da Comissão Executiva Nacional do Partido Liberal que veda “a todos os detentores de mandato eletivo pelo Partido Liberal, em todo território nacional, manifestação pública de apoiamento em todas as suas formas, nas eleições majoritárias, a pré-candidatos (as) e/ou candidatos(as) de outras agremiações partidárias, ou ainda, que não componham as coligações celebradas pelo Partido Liberal de forma legítima, para o processo eleitoral de 2024”.

Na cidade de Rolândia, o PL lançou Ailton Maistro (PL) como candidato a prefeito e vice Horácio Negrão (PSD) — chapa que acabou vencendo a eleição. No entanto, Ricardo Arruda pediu voto para Alex Santana — candidato que concorreu pelo MDB, tendo inclusive ido no comitê do adversário político.

A conduta do representado Ricardo Arruda é atentatória ao Partido Liberal em todas as suas esferas, um completo desrespeito a instituição partidária. Diante de todo o exposto pede-se a abertura de processo no Conselho de Ética por ofensa a resolução 007/2024, e após o devido processo legal, pede-se a expulsão do Deputado Ricardo Arruda.

O pedido é assinado por Sérgio Domingues, presidente do PL de Rolândia, e agora será apreciado pelo Conselho de Ética do PL. Mas o Blog Politicamente apurou que não é o único caso. Em Londrina, Ricardo Arruda pediu votos para a vereadora Jessicão do PP, por exemplo.

O advogado eleitoral Guilherme Gonçalves explica que neste caso do PL o desdobramento da questão relativa à fidelidade partidária é mais político do que jurídico. “Ainda que o deputado possa perder as prerrogativas de membro do PL na Assembleia Legislativa, como participação em comissões, lideranças, etc”

Uma fonte do PL, no entanto, não acredita numa punição. “Se até o ex-presidente Jair Bolsonaro acenou com apoio para Cristina Graeml (PMB) em Curitiba, quando o Paulo Martins do PL está na vice do Eduardo Pimentel (PSD), quem terá coragem de falar em infidelidade partidária dentro do partido?”, resumiu.

Fonte: Blog Politicamente

AtlasIntel em Goiânia: Mabel lidera com 51,4%, enquanto Fred Rodrigues tem 45,3% na disputa pelo segundo turno

A margem de erro da pesquisa é três pontos percentuais

Goiânia (Foto: Prefeitura de Goiânia)

A nova pesquisa da AtlasIntel, divulgada nesta segunda-feira (14), indica a liderança de Sandro Mabel (União) no segundo turno da eleição para a prefeitura de Goiânia (GO), com 51,4% das intenções de voto. O candidato do PL, Fred Rodrigues, aparece com 45,3%. Votos brancos e nulos somam 1,8%, enquanto 1,5% dos eleitores ainda estão indecisos.

Considerando a margem de erro de três pontos percentuais, os dois candidatos estão praticamente em empate técnico.

Quando analisados apenas os votos válidos, Mabel tem 53,2% e Fred Rodrigues, 46,8%.

A pesquisa foi realizada entre 8 e 13 de outubro, com 1.204 eleitores entrevistados por meio de Recrutamento Digital Aleatório. O levantamento possui nível de confiança de 95% e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo GO-08079/2024.

Fonte: Brasil 247

AtlasIntel em Manaus: David Almeida tem 48% e Capitão Alberto Neto 49,5% na disputa pelo segundo turno

Considerando a margem de erro de três pontos percentuais, os dois candidatos estão em empate técnico

Manaus (Foto: Divulgação (Ministério do Turismo via Abr))

A nova pesquisa da AtlasIntel, divulgada nesta segunda-feira (14), revela um cenário de empate técnico na disputa pela prefeitura de Manaus (AM) entre o atual prefeito, David Almeida (Avante), e o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), no segundo turno das eleições municipais.

Segundo o levantamento, Alberto Neto possui 49,5% das intenções de voto, enquanto David Almeida aparece com 48%. Além disso, 1,8% dos eleitores afirmaram que votarão em branco ou nulo, e 0,7% estão indecisos.

No primeiro turno, em 6 de outubro, Almeida obteve 32,16% dos votos, enquanto Neto ficou com 24,94%.

A pesquisa foi realizada entre 8 e 13 de outubro com 1.201 moradores de Manaus e possui um nível de confiança de 95%. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Fonte: Brasil 247

Manifestantes bloqueiam ruas na Bolívia em defesa de Evo Morales

Um grupo de organizações afirmou ser necessário 'proteger a liberdade e impedir o sequestro' do ex-presidente

Evo Morales (Foto: David Mercado/Reuters)

Agricultores bloquearam 2 importantes vias esta segunda-feira (14) da Bolívia em defesa do ex-presidente Evo Morales, 64 anos, investigado pelo suposto abuso de uma menor quando estava no poder. O Pacto de Unidade (Pacto de Unidad) é uma das principais instituições organizadoras das manifestações.

Em manifesto, o grupo de organizações próximas ao ex-presidente afirmou que se mobilizou “para proteger a liberdade, a integridade e (impedir) o sequestro” de Morales. A procuradora do Estado de Tarija, Sandra Gutiérrez, abriu o caso em 26 de setembro, 3 dias após Morales organizar uma marcha que pedia a renúncia de ministros “corruptos”.

O ex-presidente Evo Morales e o atual governante Luis Arce estariam em lados opostos em termos de execução da governabilidade. Os movimentos das duas lideranças da esquerda boliviana acontece em um contexto no qual o Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia decretou em dezembro de 2023 que presidentes e vice-presidentes só poderiam exercer o cargo por dois mandatos, de consecutivamente ou não.

Um novo Tribunal Constitucional vai ser eleito em dezembro. Apoiadores de Morales consideram que, após a eleição para o órgão jurídico, essa norma vai deixar de valer e o ex-presidente poderia voltar a ser candidato em 2025.

Fonte: Brasil 247

Eleição em Campo Grande: Adriane Lopes tem 48,0%; e Rose Modesto, 41,6%, diz Paraná Pesquisas

Foram ouvidos 700 eleitores entre os dias 10 e 13 de outubro; margem de erro é de 3,8 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%

As candidatas à Prefeitura de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil) As candidatas à Prefeitura de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil) * Arte CNN reprodução

A prefeita de Campo Grande e candidata à reeleição, Adriane Lopes (PP), tem 48,0% das intenções de voto no segundo turno. Já Rose Modesto (União Brasil) aparece com 41,6%, segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta segunda-feira (14).

Votos em branco, nulos e em nenhuma das duas candidatas somam 6,7%. Outros 3,7% não souberam ou não responderam à pesquisa.

Foram ouvidos 700 eleitores entre os dias 10 e 13 de outubro. A margem de erro é de 3,8 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral como MS-06954/2024.

A pesquisa, realizada por iniciativa própria do instituto, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como MS-06954/2024.

Eleição em Campo Grande – 2º turno

● Adriane Lopes (Progressistas): 48,0%
● Rose Modesto (União Brasil): 41,6%
● Nenhuma/Branco/Nulo: 6,7%
● Não sabe/Não respondeu: 3,7%

Fonte: CNN Brasil





Governo federal determina ressarcimento integral aos consumidores afetados por apagão

Mais de 400 mil imóveis estão sem luz desde a última sexta-feira (11)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 07/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 O Governo Federal anunciou nesta segunda-feira (14), em coletiva de imprensa, a abertura de uma auditoria para investigar a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da concessionária Enel no apagão que atinge a região metropolitana da capital desde sexta-feira (11), após tempestade.

A investigação busca apurar as responsabilidades no processo de fiscalização e as medidas adotadas para restabelecer o fornecimento de energia após o temporal que deixou mais de 400 mil imóveis sem luz.

Durante a coletiva, o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou que o foco do governo federal é garantir o ressarcimento completo aos moradores afetados. Já o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, criticou a Enel por reincidências e destacou que a empresa não cumpriu as medidas solicitadas pela Aneel desde a primeira crise energética, ocorrida no ano passado.

"Eventos climáticos não podem servir de justificativa para o que está ocorrendo, como essa demora no restabelecimento do fornecimento de energia", afirmou Damous, sublinhando que a Enel demitiu funcionários e terceirizou serviços, contrariando orientações de órgãos federais.

Na entrevista, o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, ainda informou que a auditoria tem como objetivo garantir que Aneel e Enel elaborem um plano de contingência adequado e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.

Fonte: Brasil 247

Haddad: segunda fase da reforma tributária deve ser enviada pelo governo ao Congresso em 2025

A discussão atual em torno do projeto é sobre a tributação em renda, e não sobre o consumo, como aconteceu na primeira etapa da proposta

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (14/10) que o projeto sobre a segunda fase da reforma tributária, que incidirá sobre a renda, deverá ser enviado ao Congresso Nacional em 2025. A primeira etapa da proposta aprovada pelos parlamentar em 2023 alterou o regime de impostos sobre o consumo - 5 impostos cobrados atualmente (IPI, Pis, Cofins, ICMS e ISS) foram extintos, e transformados no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, com 2 tipos de cobrança (CBS federal e IBS subnacional).

De acordo com o titular da pasta, o foco do governo federal em 2024 será a revisão dos gastos públicos, tarefa a ser entregue por sua pasta e pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, comandado por Simone Tebet.

“Estamos com um calendário apertado e com tarefas inconclusas que gostaríamos de entregar ainda este ano, como o programa de revisão do gasto, em parceria com o Ministério do Planejamento", disse Haddad em evento promovido pelo Itaú, em São Paulo.

“Nós temos que nos aproximar das boas práticas internacionais, tanto no consumo quanto na renda”, continuou o ministro, acrescentando que a reforma precisa ser neutra, ou seja, sem aumento de impostos.
O projeto

O segundo Projeto de Lei Complementar (PLP) de regulamentação da reforma tributária do consumo trata, entre outros pontos, da criação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), do contencioso administrativo do IBS, da distribuição de receitas do IBS entre os entes federados e do ressarcimento dos saldos credores do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) acumulados até 31 de dezembro de 2032.

Segundo comunicado divulgado pela Fazenda em junho, o projeto "regulamenta também o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD)". "Esta regulamentação, prevista na Constituição Federal, mas nunca implementada, visa tornar mais clara a aplicação dos dispositivos constitucionais relativos a esse imposto, inclusive no que se refere às alterações introduzidas pela EC 132".

O projeto também introduz alterações na legislação vigente, entre as quais destacam-se propostas de mudanças no Código Tributário Nacional, com o detalhamento da forma de incidência do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos, por Ato Oneroso, de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos (ITBI). O PLP insere definições relacionadas à Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) e altera a legislação sobre as vinculações de partilhas de tributos para adequá-la às mudanças trazidas pela EC 132.Estrutura

O Ministério da Fazenda afirmou que a estrutura organizacional do Comitê Gestor do IBS será composta pelas seguintes instâncias: Conselho Superior, Diretoria Executiva e suas diretorias técnicas, Secretaria-Geral, Assessoria de Relações Institucionais e Interfederativas, Corregedoria e Auditoria Interna.

"O Conselho Superior, instância máxima de deliberação do comitê, será formado por 27 membros, representando cada estado e o Distrito Federal, além de outros 27 membros, representando o conjunto dos municípios e o Distrito Federal. A instalação do Conselho Superior deverá ocorrer no prazo de até 120 dias a partir da publicação da lei complementar, com a indicação dos membros titulares e suplentes em até 90 dias", complementou.

Especificamente para o período de 2026 a 2032, durante o qual ocorrerá a implantação gradual do IBS, o projeto determina que o percentual da arrecadação do IBS destinado ao financiamento do Comitê Gestor do IBS será de 60% no exercício financeiro de 2026; 50% nos exercícios de 2027 e 2028, e não poderá exceder 2% em 2029, 1% em 2030, 0,67% em 2031 e 0,5% em 2032. A União custeará, por meio de financiamento, as despesas necessárias para a instalação do Comitê Gestor do IBS de 2025 a 2028, com um montante de até R$ 3,8 bilhões, observados limites anuais e critérios para o aporte dos recursos em parcelas mensais.
Primeira fase

O primeiro projeto, o PLP 68/2024, foi enviado ao Congresso em 24 de abril e institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de alçada dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, e a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), a ser gerida pela União. Os dois tributos compõem o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) Dual, o coração da reforma do consumo. O PLP 68/2024 também regulamenta o Imposto Seletivo (IS), um tributo de natureza extrafiscal que visa desestimular o consumo de produtos e serviços nocivos à saúde e ao meio ambiente.

Pelo texto sobre a primeira etapa da reforma tributária enviado ao Congresso no primeiro semestre, as carnes estavam na lista de produtos com alíquota reduzida para 40% da alíquota original, pagando 10,6% em vez de 26,5%. Agora, terão alíquota zero de IBS (imposto estadual e municipal) e CBS (tributo federal).

O IBS, a CBS e o Imposto Seletivo (IS, que incide sobre alimentos prejudiciais à saúde, como bebidas açucaradas e ultraprocessados) vão substituir o PIS (Programa de Integração Social), a Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o ISS (Imposto Sobre Serviços) e, parcialmente, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).Cashback e imposto seletivo

O cashback, mecanismo de devolução de imposto à população mais pobre, também foi ampliado. O projeto original previa a devolução de 100% da CBS (tributo federal) e 20% do IBS (imposto estadual e municipal) na compra de gás; 50% da CBS e 20% do IBS no pagamento das contas de luz, água e esgoto; e 20% da CBS e do IBS sobre outros produtos. A versão aprovada eleva de 50% para 100% a devolução da CBS sobre as contas de energia elétrica, água, esgoto e gás natural.

Na última hora, o relator incluiu o carvão mineral na lista de produtos que pagarão o Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. O relator também estendeu a alíquota máxima de 0,25% para todos os minerais extraídos, não apenas ao minério de ferro, como constava no parecer anterior. A emenda constitucional fixa em 1% o limite para o Imposto Seletivo.

No relatório anterior, carros elétricos e apostas (físicas e online) foram incluídos na lista de produtos com Imposto Seletivo. No entanto, armas e munições ficaram de fora, apesar de pressões de entidades da sociedade civil. Embora sejam movidos a diesel e tenham alto nível de poluição, os caminhões também não pagarão o tributo.Planos de saúde e turismo

O texto aprovado também permite que as empresas recebam créditos tributários de planos de saúde coletivos previstos em convenção, prática vedada no projeto original. Outra inclusão foi a de planos de saúde para animais domésticos, com alíquota reduzida em 30%.

Os deputados também incluíram um mecanismo de devolução de tributos a turistas estrangeiros que comprarem produtos no Brasil e os embarcarem na bagagem. Esse sistema já existe em diversos países, quando o valor total das mercadorias ultrapassa determinado valor.

A proposta aprovada passa a considerar improbidade administrativa a não devolução de créditos tributários (ressarcimento parcial de tributos que impede a cobrança em cascata) às empresas dentro dos prazos estabelecidos. Nesses casos, o secretário da Receita Federal e o presidente do Comitê Gestor do IBS serão responsabilizados.

O projeto estabelece até 30 dias para o pagamento de créditos aos contribuintes inscritos em programas de conformidade, até 60 dias para valores dentro da média mensal do contribuinte e até 180 dias para os demais casos — créditos acima ou abaixo da média mensal da empresa.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil e do Ministério da Fazenda

Governo prepara medidas de contenção de gastos para apresentar após eleições municipais

Um primeiro pacote buscará tratar pontualmente de gastos específicos

Governo prepara medidas de contenção de gastos para apresentar após eleições municipais (Foto: Abr)

BRASÍLIA (Reuters) - O governo prepara medidas de contenção de gastos obrigatórios para serem apresentadas após a realização do segundo turno das eleições municipais, no fim deste mês, disseram à Reuters duas fontes do Ministério da Fazenda.

Segundo as autoridades, que falaram em anonimato, o tema é tratado com mais prioridade dentro da pasta do que o aumento da isenção do Imposto de Renda (IR) para os trabalhadores que ganham até 5.000 reais mensais -- uma promessa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou na sexta-feira que será cumprida até o fim de seu mandato em 2026.

Após iniciar um processo de controle de desembolsos por meio da revisão administrativa de cadastros e combate a fraudes, o governo agora dará novos passos com iniciativas que demandam aprovação do Congresso, disse uma das fontes.

Um primeiro pacote buscará tratar pontualmente de gastos específicos, iniciativa que deve ser acompanhada de um segundo eixo com propostas mais estruturais e “mais duras”, acrescentou, sem dar detalhes.

Ela pontuou que embora o tema da isenção do IR tenha ganhado os holofotes após a Folha de S. Paulo ter revelado que a taxação sobre milionários era uma das alternativas para compensar a medida, cujo impacto fiscal é estimado em por volta de 35 bilhões de reais, a equipe econômica vê com mais urgência o encaminhamento de iniciativas de controle de despesas.

Nessa linha, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, colocou em dúvida o envio ainda neste ano da proposta de reforma do IR ao Congresso Nacional, afirmando em evento nesta segunda-feira que os estudos são "mais preliminares" do que outros temas debatidos no governo.

Uma segunda fonte da pasta afirmou que a contenção de gastos obrigatórios virá para dar sustentação “por dentro” ao arcabouço fiscal, abrindo margem para as despesas discricionárias, que incluem investimentos. Como as obrigatórias avançam a um ritmo acelerado, elas acabam roubando espaço de outros gastos sob o teto de despesas imposto pelo arcabouço.

A avaliação na pasta é que um processo mais rigoroso de controle das despesas públicas também será necessário para permitir uma estabilização da dívida pública bruta abaixo de 80% do Produto Interno Bruto (PIB), após projeções do governo apontarem que o indicador deve ultrapassar essa barreira sob pressão de uma taxa básica de juros mais alta do que a esperada inicialmente pela equipe econômica.

Investidores e economistas privados estão céticos quanto à capacidade de Lula de cumprir as promessas orçamentárias, com as taxas de juros subindo no Brasil e o presidente demonstrando cautela em apertar o cinto, enquanto pesquisas recentes mostram que sua popularidade está sob pressão.

Desde o mês passado, membros da equipe econômica têm ressaltado que as regras atuais do Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão sob escrutínio. O benefício, atualmente a segunda maior política pública do governo, é voltado a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência que tenham renda mensal familiar per capita igual ou inferior a um quarto do salário mínimo.

O projeto de lei orçamentária do ano que vem prevê 112,9 bilhões de reais para o programa, alta de 12,7% em relação à dotação autorizada para este ano.

Programas como o abono salarial e seguro desemprego, além de auxílios previdenciários, também já foram citados por membros da equipe econômica como possíveis alvos de ajustes.

Após implementar o novo arcabouço fiscal sustentado principalmente por uma série de medidas que buscam ampliar a arrecadação, o governo vinha sendo pressionado a adotar iniciativas do lado das despesas, mas medidas estruturais, consideradas politicamente sensíveis, ainda não foram propostas.

O Ministério do Planejamento chegou a indicar neste ano que avaliava ações que poderiam incluir uma desvinculação de benefícios sociais das atuais regras de correção, que concedem ganhos reais. Mal recebida por membros do governo e partidos aliados no Congresso, a ideia não avançou até o momento.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Mercado vê déficit primário menor neste ano e em 2025, mas dívida maior, mostra Prisma

A meta do governo é zerar o déficit primário ao fim deste ano

Moedas Real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

BRASÍLIA (Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram suas previsões para o resultado primário do governo neste ano e em 2025, mas elevaram as projeções da dívida pública bruta em ambos os períodos, mostrou nesta segunda-feira o relatório Prisma Fiscal de outubro.

Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de 63,832 bilhões de reais em 2024, ante visão anterior de déficit de 66,665 bilhões de reais. Para 2025, a expectativa para o resultado primário foi a um déficit de 88,380 bilhões de reais, ante 93,067 bilhões de reais no mês passado.

Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas agora esperam que ela chegue a 78,27% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2024, de 77,91% projetados em setembro. Em 2025, a previsão é de que a dívida chegue a 81,20% do PIB, ante projeção anterior de 80,61%.

Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória fiscal, com dúvidas sobre o impacto de medidas arrecadatórias e incertezas em relação a cortes de despesas, enquanto o aumento nos juros básicos eleva o custo da dívida pública.

A meta do governo é zerar o déficit primário ao fim deste ano, também com alvo de déficit zero nas contas de 2025.

Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de 2,645 trilhões de reais em 2024, contra 2,634 trilhões de reais estimados no mês anterior. Em 2025, a arrecadação federal é vista em 2,799 trilhões de reais, contra 2,779 trilhões de reais projetados em setembro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que as compensações aprovadas pelo Senado para a desoneração da folha de empresas não serão suficientes para atender à decisão do Supremo Tribunal Federal, que exigiu essa cobertura, e, por isso, será preciso fazer um debate com o Congresso sobre o tema até o fim do ano, indicando a necessidade de aprovação de novas medidas arrecadatórias.

Os economistas consultados no Prisma ainda deixaram estável a projeção para as despesas totais do governo central neste ano -- em 2,210 trilhões de reais -- e elevaram a estimativa para 2025 -- 2,369 trilhões de reais, de 2,366 trilhões de reais em setembro.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lula confirma ida à Rússia para participar da Cúpula do BRICS

Após a Cúpula em Kazan, Brasil assumirá a presidência do bloco

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da 16ª Cúpula do BRICS, que acontecerá em Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro, informou comunicado do Planalto divulgado nesta segunda-feira (14). Acompanhado de uma delegação ministerial, o presidente será recepcionado com uma cerimônia de boas-vindas no dia 22, seguida de um jantar oferecido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Será a primeira cúpula do BRICS com a participação dos cinco novos membros que ingressaram no bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano passado, o BRICS era formado apenas por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No dia 23, estão previstas as sessões plenárias dos membros e um jantar com os convidados que participarão do segmento do dia 24, para o qual foram convidados, pela presidência russa, cerca de 30 países e organizações internacionais.

"Nas margens da reunião da Cúpula, o presidente Lula cumprirá agendas bilaterais com alguns presentes em Kazan. Há uma declaração a ser emanada intitulada Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro, são 106 parágrafos que abrangem os avanços alcançados durante as negociações setoriais", destacou o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Eduardo Paes Saboia, durante briefing à imprensa.

Durante a cúpula, os líderes dos atuais 10 países membros discutirão temas globais como a crise do Oriente Médio, operação política e financeira dentro do bloco, além de receberem relatórios sobre os trabalhos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Conselho Empresarial do BRICS e da Aliança Empresarial das Mulheres. No segmento com convidados, por sua vez, estão previstas discussões sobre questões internacionais de cooperação para o desenvolvimento sustentável e inclusivo.

O principal tema da reunião de Kazan é a criação da categoria de países parceiros. "Na Cúpula de Joanesburgo, em 2023, foram incorporados novos membros plenos e, naquela ocasião, se encomendou ao canal de Sherpas a elaboração da categoria de parceiros. É nisso que é consumido o nosso trabalho neste semestre, quais são os critérios para essa modalidade, e há uma expectativa de que, aprovada essa modalidade, possa ser feito um anúncio dos países que seriam convidados para integrar essa categoria", detalhou Saboia.

Fonte: Brasil 247

Igor Normando lidera com 60% no segundo turno em Belém, aponta pesquisa

Levantamento tem margem de erro de 3 pontos percentuais

Igor Normando (Foto: Reprodução)

Pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada nesta segunda-feira (14), mostra o deputado estadual Igor Normando (MDB) com 60% das intenções de voto no segundo turno para a Prefeitura de Belém (PA), enquanto o delegado Éder Mauro (PL) aparece com 35%. Considerando apenas os votos válidos, Igor lidera com 63% contra 37% de Éder Mauro.

O levantamento foi realizado com 1.000 entrevistados, tem margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. O segundo turno acontece no dia 27 de outubro. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número PA–04196/2024.

Fonte: Brasil 247

No Brasil, maior produtor mundial de soja, oleaginosa ainda é comida de nicho

Trabalhadores que ganham um salário mínimo precisariam desembolsar o salário de um dia inteiro de trabalho por apenas 250 g de tofu (prato feito com soja)

Pratos com soja no restaurante Sushimar, em São Paulo (Foto: Carla Carniel / Reuters)

Por Stefanie Eschenbacher

SÃO PAULO (Reuters) - Principal centro gastronômico do país, a cidade de São Paulo pode ser mais conhecida por seus cortes premiados de carne e deliciosos sushis, mas alguns restaurantes de luxo estão apresentando um novo ingrediente principal: a soja.

O Brasil é o maior produtor mundial de soja, enviando mais de um milhão de toneladas por semana para a China, em média.

Mas, ao contrário da Ásia e de outros mercados onde a soja é sinônimo de proteína barata do dia a dia, os brasileiros comem tão pouco que a oleaginosa se tornou uma oferta cara e de nicho.

Em suas publicações de rede social cuidadosamente produzidas, chefs de alto nível preparam cubos de tofu decorados com flores comestíveis e arroz glutinoso com cobertura de edamame envolto em cenouras em fatias finas.

Enquanto isso, em supermercados de São Paulo, trabalhadores que ganham um salário mínimo precisariam desembolsar o salário de um dia inteiro de trabalho por apenas 250 gramas de tofu.

"É uma delícia", disse Lucinete Magalhães, após pedir um prato de tofu em um restaurante no sofisticado Jardins. "No Brasil, estamos acostumados a comer arroz com feijão todos os dias -- mas não vemos a soja da mesma forma".

Bolivianos, nigerianos e russos consomem mais soja em média do que os brasileiros, de acordo com a consultoria agrícola Agromeris. Ela descobriu que o Brasil era o único grande mercado para alimentos feitos com soja em declínio.

Jacob Golbitz, que liderou o estudo alguns anos atrás, disse que tudo se resumia à cultura. "Se a cultura muda, é em um ritmo glacial", disse ele.

A produção em massa de soja começou apenas na década de 1970 no Brasil, depois que foram abertas as portas para o cultivo da cultura comercial no vasto interior escassamente povoado do país.

Fora da diáspora asiática, os brasileiros que colocam feijão marrom e preto no arroz todos os dias ainda olham de soslaio para os exóticos feijões verdes -- em grande parte cultivados para serem exportados à Ásia e Europa para engordar gado, porcos, aves e peixes.

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA, a previsão é que o Brasil produza um recorde de cerca de 170 milhões de toneladas métricas de soja em sua próxima safra, em comparação com 125 milhões de toneladas métricas cultivadas nos Estados Unidos, que foram ultrapassados pelos brasileiros há poucos anos como maiores produtores mundiais.

O boom, no entanto, veio com custos ambientais. Por décadas, a fronteira de soja em expansão do Brasil contribuiu para o desmatamento na floresta amazônica e no Cerrado. Um acordo firmado por parte do setor com o governo e organizações da sociedade civil impede a comercialização da soja produzida em áreas da Amazônia desmatadas desde 2008, a chamada Moratória da Soja.

SABORES DE ELITE

"Nós experimentamos muito com tofu, para brincar com contrastes, para dar sabor e textura", disse Maria Cermelli, dona do restaurante Sushimar no Jardins. "Ainda é uma novidade, mas está se tornando mais popular."

As posições contrastantes da soja no Brasil ilustram uma crescente divisão entre as cadeias de suprimentos globais para commodities produzidas em massa e o cultivo de nicho de produtos sob medida, como milho mexicano tradicional e batatas peruanas para gostos de elite.

Cerca de 98% da soja brasileira é transgênica para suportar o uso de herbicidas em plantações em escala industrial, o que aumentou o estigma no mercado local.

Então, as empresas de alimentos que oferecem tofu e leite de soja para brasileiros exigentes dependem da agricultura paralela cara de soja orgânica e não transgênica -- ou produtos importados de lugares tão distantes quanto o Japão -- e os preços são altos.

"É um absurdo que o Brasil importe soja", disse Alexandre Lima Nepomuceno, da Embrapa, que abriu a fronteira da soja do país há cinco décadas.

"A controvérsia em torno dos transgênicos criou uma situação em que cada país fez sua legislação, muitas vezes altamente complexa e confusa, o que está aumentando o custo e tornando esse um negócio impossível."

A lei brasileira não proíbe o consumo humano de soja transgênica. No entanto, as empresas se esforçam muito e pagam um alto prêmio para obter soja tradicional, o que para muitos se tornou sinônimo de ingredientes orgânicos e saudáveis.

No negócio de alto volume e baixa margem da agricultura comercial, é raro encontrar produtores brasileiros apostando no segmento não-transgênico.

"Criar uma demanda relevante por soja não-OGM não é fácil", disse Gus Guadagnini, CEO do Brasil no The Good Food Institute, um think tank que estuda o desenvolvimento de alternativas à carne.

Onde as empresas brasileiras adotaram a produção tradicional de soja, isso geralmente requer investimentos pesados.

A Caramuru, a maior processadora da oleaginosa no centro do Estado de Mato Grosso, no coração agrícola do Brasil, chegou a construir uma planta separada para soja não transgênica.

Marcos de Melo, gerente de insumos agrícolas, disse que a produção paralela era necessária porque a tolerância para "contaminação" da soja transgênica é abaixo de 0,1%.

No entanto, os brasileiros não vão provar o produto final que sai dessa linha dedicada da Caramuru. O farelo de soja não transgênico da empresa é destinado à exportação para a Europa para ser usado em ração animal.

Fonte: Brasil 247

Enel diz que restabelecerá a energia em São Paulo dentro do prazo de 3 dias

Até as 14h desta segunda-feira, a distribuidora informou que aproximadamente 400 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica

Apagão em São Paulo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A Enel São Paulo anunciou nesta segunda-feira (14) que cumprirá o prazo de três dias estabelecido pelo governo federal para restabelecer o fornecimento de energia elétrica na capital paulista, conforme relatado pelo Metrópoles. Em comunicado, a concessionária informou sobre o acordo firmado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“Na baixa e na média tensão, os impactos foram severos e dispersos pela área de concessão. Os reparos nas redes de baixa tensão envolvem a substituição de quilômetros de cabos, postes, entre outros equipamentos”, explicou a nota.

Até as 14h desta segunda-feira, a distribuidora informou que aproximadamente 400 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica, sendo 283 mil deles localizados na cidade de São Paulo.

De acordo com a Enel, foram ainda disponibilizados 500 geradores para serviços essenciais, como hospitais.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, definiu o prazo de três dias para que a Enel resolva “os problemas de maior volume, ou seja, ela só vai poder, ao fim desses três dias, apresentar, se necessário, questões pontuais de locais onde ela não consegue ter acesso com um fato superveniente”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles