segunda-feira, 14 de outubro de 2024

'Hipocrisia Tarcísio e Nunes tentarem responsabilizar Lula pelo apagão em São Paulo', diz Gleisi

"Quem vendeu (e vendeu mal) nossas empresas de energia foi a turma deles, dos tucanos, de Temer, Bolsonaro e Guedes', disparou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann e Tarcísio de Freitas (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Mônica Andrade/Governo do Estado de SP )

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, criticou duramente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), pelas declarações responsabilizando o governo federal pelo apagão que afeta o estado. Hoffmann considerou as falas de ambos uma “hipocrisia”, uma vez que, segundo ela, os problemas enfrentados pela população paulista seriam resultado de escolhas das administrações anteriores, que levaram à privatização do setor energético.

“É muita hipocrisia de Nunes e Tarcísio tentar ligar o novo apagão de São Paulo ao governo federal. Quem vendeu (e vendeu mal) nossas empresas de energia foi a turma deles, dos tucanos, de Temer, Bolsonaro e Guedes. Privatizar serviço público de energia e água não deu certo em nenhum lugar do mundo. É a população que paga a conta”, disparou Hoffmann em postagem nas redes sociais, reforçando a sua visão sobre os impactos negativos da privatização.


As críticas surgem em resposta à declaração de Tarcísio de Freitas, que no sábado (12) afirmou que a responsabilidade pelo contrato de concessão da Enel, empresa que opera a distribuição de energia no estado, é do governo federal, principalmente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O governador de São Paulo usou as redes sociais para cobrar uma reação do Ministério de Minas e Energia, sugerindo a abertura de um processo de caducidade contra a concessionária italiana, que tem enfrentado dificuldades para resolver o apagão que já se estende desde sexta-feira (11).

Em resposta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), rebateu as declarações, lembrando que a atual composição da Aneel foi indicada durante o governo Jair Bolsonaro (PL), do qual Tarcísio fez parte como ministro da Infraestrutura. Silveira destacou ainda que, desde o início de sua gestão, o ministério tem pressionado por mais fiscalização e punição às concessionárias de energia, incluindo a Enel, e que a Aneel "bolsonarista" negligenciou os processos de punição adequados.

Silveira reforçou que o governo atual já emitiu um decreto estabelecendo critérios mais rigorosos para avaliação das concessionárias de energia, mas alertou que a Aneel precisa garantir a prestação de um serviço de qualidade à população.

Fonte: Brasil 247

Ucrânia pede ao Brasil que prenda Putin se ele comparecer à cúpula do G20

Porta-voz do Kremlin disse que ainda não foi tomada uma decisão sobre a participação de Vladimir Putin na reunião que será realizada no Brasil

Da esq. para a dir.: Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters)

Reuters - O procurador-geral da Ucrânia disse ter recebido informações de inteligência que indicam que o presidente russo, Vladimir Putin, pode participar da cúpula do G20 no Brasil no próximo mês, e pediu às autoridades brasileiras que cumpram um mandado internacional de prisão caso ele compareça.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia emitiu um mandado de prisão contra Putin em março de 2023, cerca de um ano após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, acusando-o do crime de guerra de deportação de crianças.

A Rússia nega as alegações de crimes de guerra e o Kremlin rejeitou o mandado do TPI como "nulo e sem efeito".

Quando perguntado se havia sido tomada uma decisão sobre a participação de Putin na reunião das 20 principais economias do mundo no Brasil, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres nesta segunda-feira: "Não. Quando uma decisão for tomada, nós informaremos".

O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, disse à Reuters em uma entrevista que "é importante que a comunidade internacional permaneça unida e responsabilize Putin".

Devido à "informação de que Putin pode participar da cúpula do G20 no Brasil, gostaria de reiterar que é uma obrigação das autoridades brasileiras, como Estado-parte do Estatuto de Roma, prendê-lo se ele ousar visitá-lo", disse Kostin, referindo-se ao tratado que estabeleceu o TPI.

"Espero sinceramente que o Brasil o prenda, reafirmando sua condição de democracia e de Estado de Direito", afirmou.

Se isso não for feito, corre-se o risco de se criar um precedente no qual os líderes acusados de crimes podem viajar impunemente, acrescentou.

O Brasil enviou a Putin um convite padrão para as reuniões do G20 de 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, mas não recebeu qualquer indicação de que ele planeje comparecer, de acordo com duas autoridades do governo brasileiro.

O escritório do promotor do TPI não quis comentar.

Um porta-voz do tribunal reiterou que a corte depende dos Estados Partes e de outros parceiros para executar suas decisões, inclusive mandados de prisão. Os Estados membros "têm a obrigação de cooperar de acordo com" o tratado de fundação do tribunal, disse o porta-voz Fadi El Abdallah.

Além de Putin, outras autoridades russas estão sujeitas a mandados do TPI, incluindo a comissária para os Direitos das Crianças, Maria Lvova-Belova; o ex-ministro da Defesa Sergei Shoigu; e Viktor Sokolov e Sergey Kobylash, que são acusados de dirigir ataques contra locais civis.

Apesar de seu mandado do TPI, Putin fez uma visita oficial de Estado à Mongólia em setembro, cujo fracasso em prendê-lo foi criticado pela Ucrânia como um golpe na justiça internacional.

No ano passado, entretanto, Putin não participou de uma reunião das nações dos Brics na África do Sul e compareceu online.

O TPI, com 124 Estados-membros, foi criado em 2002 para julgar crimes de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio e o crime de agressão quando os Estados-membros não quiserem ou não puderem fazer isso sozinhos.

Fonte: Brasil 247

Brasil condena "veementemente" invasão de base da ONU por tropas israelenses no Líbano

“Ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são absolutamente inaceitáveis", afirma o Itamaraty

Mauro Vieira e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O Itamaraty condenou “veementemente” nesta segunda-feira (14) a invasão de uma base da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) por tropas israelenses, o que resultou em ferimentos em cinco integrantes da unidade das forças de paz neste domingo (13).

“Ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são absolutamente inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, destaca um trecho da nota do ministério das relações Exteriores do Brasil.

No texto, o governo também afirma que “também deplora manifestação do governo israelense, na qual apela pela retirada da UNIFIL do sul do Líbano” e “ reitera a necessidade urgente de cessação das hostilidades”.

Leia a íntegra da nota do Itamaraty:

"Invasão israelense em base da UNIFIL

O Brasil condena veementemente a invasão ontem, 13/10, de base da missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) pelas forças armadas de Israel.

Dois tanques destruíram o portão principal e invadiram uma base da UNIFIL, onde ficaram 45 minutos, e disparos a tiros foram realizados nas proximidades. Trata-se do terceiro dia com registros de ataques de forças israelenses a integrantes ou instalações da UNIFIL desde a semana passada. Cinco integrantes da missão de paz foram feridos nesses ataques.

Ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são absolutamente inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Como tradicional participante de forças de paz da ONU, incluída a UNIFIL, cuja força-tarefa marítima foi liderada por militares brasileiros entre 2011 e 2021, o Brasil repudia as violações sistemáticas verificadas nos últimos dias.

O governo brasileiro também deplora manifestação do governo israelense, na qual apela pela retirada da UNIFIL do sul do Líbano. A missão de paz foi estabelecida em 1978 pelo Conselho de Segurança e atua desde então na manutenção da paz e da segurança no sul do Líbano. A missão apoia o governo do Líbano na restauração de sua autoridade na área; facilita o retorno de civis deslocados; presta assistência humanitária; e busca garantir que a área não seja usada por grupos armados.

O governo brasileiro reitera a necessidade urgente de cessação das hostilidades."

Fonte: Brasil 247

Receita emite termos de exclusão para devedores do Simples Nacional; saiba como evitar

A medida afeta aqueles que possuem pendências financeiras junto à Receita Federal ou à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional

(Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

A Receita Federal anunciou recentemente a emissão de Termos de Exclusão para contribuintes devedores do Simples Nacional, incluindo Microempreendedores Individuais (MEI). A medida afeta aqueles que possuem pendências financeiras junto à Receita Federal ou à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, visando regularizar a arrecadação e garantir a adimplência dos beneficiários do regime simplificado.

Entre 30 de setembro e 4 de outubro, os Termos de Exclusão e os Relatórios de Pendências foram disponibilizados no Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional e MEI (DTE-SN). Os documentos podem ser acessados pelo Portal do Simples Nacional, através do DTE-SN, ou pelo Portal e-CAC no site da Receita Federal, mediante acesso Gov.BR (nível prata ou ouro) ou certificado digital.

Para evitar a exclusão do Simples Nacional a partir de 1º de novembro de 2025, o contribuinte deve regularizar a totalidade de seus débitos, seja por pagamento à vista ou parcelamento, no prazo de 30 dias a contar da data de ciência do Termo de Exclusão.

Se a pessoa jurídica acessar a mensagem dentro de 45 dias contados da disponibilização do termo, ou no 45º dia, caso a primeira leitura seja feita após esse período, ainda terá a chance de regularizar sua situação. As empresas e os MEIs que regularizarem a totalidade de suas pendências dentro do prazo não serão excluídos, tornando o Termo de Exclusão sem efeito. Dessa forma, continuarão no regime do Simples Nacional, e o MEI permanecerá enquadrado no Simei, sem necessidade de comparecimento a uma unidade da Receita Federal ou de qualquer outro procedimento.

Fonte: Brasil 247

Deputado alerta Nunes Marques sobre PEC anti-STF: “clima de risco”


A PEC autoriza que o Congresso derrube decisões do STF
Kassio Nunes Marques (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) conversou neste domingo (13) com o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o Congresso a derrubar decisões da Corte.

Segundo a jornalista Camila Bomfim, do G1, Paulinho disse ao magistrado que existe um “clima de risco” sobre essa proposta no parlamento, apesar das promessas de que o projeto será engavetado. “Cada vez que tem um probleminha lá, uma negociação, a coisa anda”, disse o deputado a Nunes Marques em uma conversa telefônica.

Na última semana, a PEC foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados por 38 votos a 12. Paulinho da Força é o autor de um pedido feito ao STF para interromper a tramitação da proposta, e Nunes Marques é o relator desta ação. A PEC é considerada uma aberração constitucional por colocar o Congresso como uma instância de revisão das ações do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Tributação brasileira passa por mudanças e famílias buscam alternativas em casos de herança

Cuidado com a Herança: Nova Regra do ITCMD Pode Impactar sua Previdência

Divulgação

O cenário tributário brasileiro tem sofrido transformações nos últimos meses. Entre elas, estão as novas regras para o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), conhecido popularmente como imposto de herança. A novidade é que o ITCMD passará a incidir sobre bens que anteriormente ele não incidia, como por exemplo a previdência privada. Será cobrada uma alíquota de 2% a 8%, dependendo do valor do patrimônio. As regras passarão a valer a partir de 2025.

Uma das principais alternativas para mitigar os impactos dessa nova tributação é a criação de holdings familiares. Essa estrutura jurídica facilita a gestão e o planejamento sucessório do patrimônio familiar, oferecendo benefícios fiscais consideráveis quando adequadamente estruturados. Em resumo, a holding familiar é uma empresa privada criada para administrar os bens de uma família, como ações e cotas, centralizando o poder de decisão nos membros familiares.
Holding familiar pode ser uma alternativa, mas ainda gera custos

Apesar do holding familiar ser uma alternativa, a tributação desses lucros é um fator que deve ser estudado e exige atenção detalhada. As holdings podem optar entre os regimes de Lucro Real ou Lucro Presumido. No regime de Lucro Real, os tributos são calculados com base nos lucros efetivamente apurados, enquanto o Lucro Presumido utiliza uma base de cálculo estimada.

Essa escolha influencia diretamente a eficiência financeira da holding e seu planejamento tributário, sendo importante para otimizar o impacto da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), do PIS e da COFINS.

Outro ponto relevante no contexto das holdings familiares é o planejamento sucessório, que envolve o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). As alíquotas desse tributo variam conforme o estado, podendo impactar substancialmente o patrimônio familiar ao longo das gerações. Por isso, o planejamento eficiente que contemple doações e a herança é essencial para minimizar os custos sucessórios, garantindo que o patrimônio seja transmitido de forma estruturada e vantajosa. A consultoria de profissionais qualificados é fundamental nesse processo.

Além disso, o tratamento fiscal das receitas financeiras, como os juros sobre aplicações, difere conforme o regime tributário escolhido. Tanto no Lucro Real quanto no Lucro Presumido, essas receitas estão sujeitas à tributação. Contudo, dividendos e lucros de controladas geralmente são isentos de Imposto de Renda (IRPF), desde que as regras para a distribuição de dividendos sejam rigorosamente seguidas. As holdings precisam fazer o registro contábil adequado e assegurar que os dividendos sejam distribuídos com base nos lucros reais da empresa investida para manter essa isenção.

Já a atividade imobiliária, quando utilizada como objeto social da holding, pode ser uma estratégia interessante para holdings familiares com um patrimônio substancial em imóveis. O Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) deve ser considerado em qualquer operação de compra ou venda de imóveis, mas a tributação diferenciada e a simplificação da gestão contábil tornam essa prática vantajosa. Entretanto, com o planejamento tributário adequado, é possível conseguir a imunidade deste imposto, em alguns casos.

Por fim, as contribuições do PIS e da COFINS incidem sobre o faturamento ou a receita bruta da holding e podem seguir dois regimes: o cumulativo e o não cumulativo. O regime cumulativo possui alíquotas fixas, enquanto o regime não cumulativo permite o abatimento de créditos sobre determinadas despesas. A escolha do regime mais vantajoso deve considerar as atividades e despesas operacionais da holding, visando reduzir a carga tributária e otimizar os resultados financeiros.
Advogado conta uma experiência de holding familiar envolvendo migração

O advogado Eduardo Marcomim, da Marcomim Advocacia, especialista em Direito Trabalhista, Tributário e de Assessoria Empresarial, traz um caso emblemático envolvendo holding familiar.

O caso é de um médico, já aposentado, que poupou e guardou dinheiro de investimento durante toda a sua vida. Atualmente, ele já consegue viver da renda deste investimento. Diante disso, solicitou ao escritório um planejamento tributário para a sucessão, para que, quando os filhos fossem assumir esse patrimônio, não tivessem tanta tributação. Ou seja, um caso de holding.

“Ele está migrando o patrimônio dele para o exterior para investir lá fora e aí sobreviver com essa renda que obter em dólar e ele tem patrimônio no Brasil. Então, nesse caso, começou a ficar complexo. Nós tivemos que buscar outros mecanismos e ajuda de um profissional internacional. [Com isso], vamos montar pra ele uma empresa no exterior”, contou Eduardo Marcomim.

“O objetivo era gerar o planejamento e otimização tributária e ele conseguir ter a renda que ele quer esperada dos investimentos sem ter tanta tributação” comentou.

Nesse sentido, diante das novas regras tributárias e da crescente complexidade do cenário fiscal no Brasil, as holdings familiares surgem como uma alternativa eficaz para proteger o patrimônio e otimizar a carga tributária.

No entanto, a estruturação adequada dessas entidades exige um planejamento estratégico detalhado, que leve em conta as especificidades de cada caso, como o regime tributário escolhido e a natureza dos ativos envolvidos.

O exemplo apresentado pelo advogado Eduardo Marcomim ilustra como uma consultoria especializada pode ser determinante na construção de soluções fiscais eficientes, garantindo a preservação do patrimônio familiar e a maximização dos resultados financeiros, tanto no Brasil quanto no exterior.

Consequentemente, a holding familiar pode ser entendida como uma ferramenta capaz de proteger patrimônio. E também de preparar com maior segurança um planejamento sucessório.
A tecnologia é a melhor opção para lidar com detalhes tributários no holding familiar

Para facilitar a gestão de uma holding familiar e garantir que o planejamento tributário e sucessório sejam otimizados, o uso de ferramentas tecnológicas se torna indispensável. O software jurídico ADVBOX, por exemplo, oferece soluções avançadas para escritórios de advocacia e consultorias que lidam com a estruturação de holdings. Por meio de sua plataforma de gestão integrada, é possível acompanhar de forma detalhada todos os processos tributários, financeiros e patrimoniais, garantindo maior controle e organização nas operações.

A ADVBOX possibilita que advogados acompanhem os prazos, processos judiciais e administrativos relacionados às holdings familiares com maior eficiência. Além disso, o sistema permite a criação de relatórios personalizados, que facilitam a análise da situação fiscal e patrimonial, auxiliando na tomada de decisões estratégicas, como a escolha entre o regime de Lucro Real ou Lucro Presumido. Essas funcionalidades são essenciais para que a gestão de uma holding seja feita de forma eficaz, minimizando riscos tributários e aproveitando ao máximo as oportunidades de planejamento sucessório.

O advogado Eduardo Marcomim defende que, no seu escritório, a ADVBOX é usada em todo o momento. Ele fala, principalmente, da gestão financeira feita pelo software. “ Tem duas coisas muito boas na ADVBOX: o financeiro, que é extremamente organizado, que já me gera previsibilidade de receita de despesa. Eu olho tudo isso para ver se o escritório está indo bem.

E o Taskscore, a pontuação por tarefas. Esse daí é o ouro, tem muito mentorado que me pergunta: como é que eu faço a minha equipe ser produtiva? E eu defendo colocar como estímulo a recompensa no lugar certo”, defende o advogado. Para ele, a ADVBOX tornou a sua gestão muito mais madura.

Fonte: Brasil 247

IBC-Br, prévia do PIB, avança 0,2% em agosto, mostra Banco Central

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,1%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 2,5%

Moedas Real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

Reuters - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta segunda-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters para o resultado de agosto era de estabilidade.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,1%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 2,5%, de acordo com números observados.

Fonte: Brasil 247

Lira dirá a bolsonaristas que pacote anti-STF não tem chances de ser aprovado

Presidente da Câmara deve se reunir com líderes partidários antes de bater o martelo

Arthur Lira (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

 O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), vai dizer aos parlamentares bolsonaristas que os projetos que limitam os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) não serão votados por não terem chances de aprovação, informa o Metrópoles. Lira deve se reunir com líderes partidários antes de bater o martelo sobre a decisão.

A expectativa é de que a maioria dos líderes não concorde com uma votação em plenários antes da eleição para a presidência da Câmara, que ocorre em fevereiro de 2025. Os candidatos à sucessão de Lira, Antônio Brito (PSD-BA), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Hugo Motta (Republicanos-PB), não demonstram interesse em tratar desse tema durante a campanha.

PSD, União Brasil e Republicanos possuem, juntos, 148 deputados. Somando esses partidos ao PT, PCdoB, PV e PSB, que formam a base de apoio ao governo Lula (PT), o número de parlamentares contra as pautas anti-STF chegaria a um total de 242 congressistas. Ao longo de sua gestão no comando da Câmara, Lira evitou levar à votação propostas que não tivessem chances de aprovação. Nesse sentido, ele deve argumentar à bancada bolsonarista que os líderes partidários inviabilizaram o projeto.

A pauta também deve perder força após o STF liberar a retomada do pagamento das emendas, o que deve ocorrer em breve, Segundo interlocutores de Arthur Lira, o presidente da Câmara tem a intenção de manter uma boa relação com os ministros do STF e com o governo Lula após deixar o cargo.

Na última quarta-feira (9), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou quatro propostas que limitam poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e aumentam as possibilidades de impeachment dos magistrados. A comissão é presidida pela deputada Carolina de Toni (PL-SC) e é dominada por parlamentares bolsonaristas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mercado eleva projeções de PIB e inflação em 2024

Estimativa do IPCA para 2024 subiu de 4,38% para 4,39%, na segunda semana seguida de alta; a mediana das projeções para o PIB avançou de 3% para 3,01%

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)


Roberto de Lira, Infomoney - As projeções dos analistas para a inflação e o PIB em 2024 voltaram a subir nesta semana, enquanto as estimativas para a taxa básica de juros (Selic) em 2025 também foram revistas para cima, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Relatório Focus do Banco Central.

Inflação - A estimativa do IPCA para 2024 subiu de 4,38% para 4,39%, na segunda semana seguida de alta. A previsão para a inflação de 2025, no entanto, recuou de 3,97% para 3,96%. A projeção para 2026 ficou nos mesmos 3,60%, enquanto para 2027, a estimativa continua em 3,50% há 67 semanas.

PIB - Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 avançou de 3,0% para 3,01%. A previsão para 2025 foi mantida em 1,93%. A estimativa para 2026 permanece nos mesmos 2,0% há 62 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 64 semanas.

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Selic - As projeções dos analistas para a taxa básica de juros (Selic) em 2024 se mantiveram em 11,75%. Mas a estimativa para 2025 avançou de 10,75% para 11%. A projeção para 2026 permaneceu em 9,50% e a de 2027 continuou em 9,0%.

Câmbio - A mediana das projeções para o dólar em 2024 se manteve em R$ 5,40, enquanto a de 2025 subiu de R$ 5,39 para R$ 5,40. Para 2026, a estimativa permaneceu em R$ 5,30, enquanto a projeção para 2027 também ficou nos mesmos R$ 5,30.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Órgãos infectados: polícia prende dono de laboratório que emitiu laudos errados de HIV

Médico ginecologista e responsável técnico do PCS Lab Saleme é apontado pelo governo fluminense como o principal responsável pelo erro

(Foto: Reprodução/Google StreetView)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início nesta segunda-feira (14) à Operação Verum, com o objetivo de prender quatro pessoas envolvidas no escândalo de transplantes de órgãos infectados pelo HIV. Segundo o g1, até o momento, a operação resultou na prisão de Walter Vieira, médico ginecologista e responsável técnico do PCS Lab Saleme, que é apontado pelo governo fluminense como o principal responsável pelo erro. Walter Vieira, tio do deputado federal Dr. Luizinho (PP), é acusado de assinar um dos laudos que apresentava um falso negativo.

Os agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) também foram a campo cumprir 11 mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A sede do laboratório, localizada em Nova Iguaçu, precisou ser arrombada para que os policiais pudessem realizar as investigações.

“As investigações indicam que os laudos, falsificados por um grupo criminoso, foram utilizados pelas equipes médicas, induzindo-as ao erro, o que levou à infecção dos pacientes. Um dos pacientes veio a falecer, com as causas da morte ainda sob investigação”, informou a Polícia Civil em nota, de acordo com a reportagem.

Além de Walter Vieira, a polícia está averiguando se o PCS Lab Saleme falsificou laudos em outros casos, ampliando a complexidade da investigação. “Diversas diligências complementares estão sendo realizadas para identificar toda a cadeia de profissionais envolvidos nesse esquema criminoso, e todos serão prontamente responsabilizados na medida da sua respectiva culpabilidade”, detalhou a Decon.

Os envolvidos estão sendo investigados por crimes que incluem violação das relações de consumo, associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e infração sanitária.

O que aconteceu - Seis pessoas na fila de transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) receberam órgãos infectados pelo HIV de dois doadores e testaram positivo para o vírus. O erro, segundo o governo do estado, ocorreu em dois exames realizados pelo PCS Lab Saleme.

O laboratório, contratado em dezembro do ano passado por meio de um processo licitatório que totalizou R$ 11 milhões, era responsável pela sorologia de órgãos doados. Como resultado das irregularidades, a Coordenadoria Estadual de Transplantes e a Vigilância Sanitária Estadual interditaram a unidade.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Nunes lidera com 53% em São Paulo, contra 39% de Boulos, diz Real Time Big Data

Na última pesquisa antes do 1º turno, a simulação de 2º turno entre Nunes e Boulos mostrava o candidato do MDB com 48% e o psolista com 36%

Guilherme Boulos | Ricardo Nunes (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados | Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de São Paulo)

O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está à frente do deputado federal Guilherme Boulos (Psol) na disputa do segundo turno pela prefeitura da capital paulista, mostra pesquisa do instituto Real Time Big Data encomendada pela Record e divulgada nesta segunda-feira (14).

Segundo o UOL, o levantamento aponta que a vantagem de Nunes é de 14 pontos percentuais a duas semanas do segundo turno. O atual prefeito tem 53% das intenções de voto, contra 39% do candidato do Psol. Na última pesquisa do Real Time Big Data antes do 1º turno, a simulação de 2º turno entre Nunes e Boulos também mostrava o candidato do MDB à frente, com 48% contra 36%.

Veja o resultado da pesquisa estimulada (quando o entrevistado recebe uma lista com o nome dos candidatos):

● Ricardo Nunes (MDB): 53%
● Guilherme Boulos (PSOL): 39%
● Nulo/Branco: 3%
● Não souberam/Não responderam: 5%

Em votos válidos, a distância entre Nunes e Boulos é de 16 pontos. É assim que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) calcula o resultado oficial da eleição, desconsiderando os votos em branco e nulos.

Veja o resultado em votos válidos, da pesquisa estimulada:

● Ricardo Nunes (MDB): 58%
● Guilherme Boulos (PSOL): 42%

O Real Time Big Data ouviu 1.500 pessoas para a pesquisa. A pesquisa foi contratada pela Record, e as entrevistas foram realizadas entre os dias 11 e 12 de outubro. A margem de erro da sondagem é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança, de 95%. O registro da pesquisa no TSE é SP-00357/2024.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Deputado do Rio de Janeiro é alvo de operação da PF por suspeita de fraudes e corrupção

Thiago Rangel é investigado por desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro por meio de uma rede de combustíveis

(Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) lançou, na manhã desta segunda-feira, uma operação contra um esquema de crimes relacionados à organização criminosa, fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o deputado estadual Thiago Rangel (Podemos-RJ). A operação, nomeada "Postos de Midas", faz alusão ao Rei Midas da Frígia, conhecido na mitologia por sua habilidade de transformar tudo que tocava em ouro, refletindo o crescimento exponencial do patrimônio do parlamentar.

Segundo o jornal O Globo, os agentes estão cumprindo mandados de busca e apreensão em 14 locais, incluindo a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), a Câmara de Vereadores e a Prefeitura de Campos de Goytacazes. As investigações, conduzidas em conjunto pela Receita Federal e pelo Ministério Público, apuram um suposto esquema de contratações fraudulentas, que se valia da dispensa irregular de licitações para beneficiar empresas ligadas a Rangel. De acordo com os investigadores, tais práticas resultaram em sobrepreço e desvio de recursos públicos, que eram posteriormente lavados por meio de uma ampla rede de postos de combustíveis.

No decorrer das investigações, ficou evidenciado que o patrimônio de Thiago Rangel disparou ao longo dos anos. Ao se candidatar ao cargo de vereador em Campos de Goytacazes, ele declarou bens no valor de R$ 224.000,00, incluindo dois veículos e uma participação de R$ 60.000,00 em um posto de gasolina. Em 2022, ao concorrer à Assembleia Legislativa, seu patrimônio foi declarado em R$ 1.972.000,00, revelando a existência de 18 postos de combustíveis e 12 empresas envolvidas no esquema.

Ainda conforme a reportagem, os mandados de busca estão sendo cumpridos em municípios como Campos, Cabo Frio, Itaguaí e na capital, Rio de Janeiro. Entre os locais-alvo estão o gabinete de Rangel na ALERJ, a Diretoria de Aquisições da Câmara de Vereadores e a Prefeitura de Campos, além da Empresa Municipal de Habitação (EMHAB) e sua residência. As medidas foram autorizadas pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

No cenário político familiar, Thiago Rangel é pai de Thamires Rangel (PMB), considerada a vereadora mais jovem do Brasil, eleita há uma semana aos 18 anos. Thamires conquistou uma das 25 cadeiras da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes e, embora tenha recebido apoio financeiro da campanha de seu pai — R$ 41.500,00, o que corresponde a 34,8% das doações —, ela tenta estabelecer sua própria identidade política.

Entre os pontos de divergência, destaca-se a indicação de Thiago para homenagear o empresário e ex-coach de extrema direita Pablo Marçal, figura com a qual Thamires não se identifica, especialmente devido às suas declarações desrespeitosas sobre mulheres. Em setembro, o influenciador e candidato à prefeitura de São Paulo foi indicado para receber a Medalha Tiradentes, a maior honraria da ALERJ, por sua atuação no mercado de desenvolvimento pessoal e influência no empreendedorismo digital, o que gerou discordâncias entre pai e filha.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Começa na Bolívia o julgamento de Jeanine Áñez e Luís Camacho

A ex-presidente golpísta e o ex-governador da oposição de direita são acusados de “terrorismo, sedição e conspiração”

Jeanine Añez (Foto: Reuters)

Começa nesta segunda-feira (14), o julgamento da ex-presidente golpista da Bolívia, Jeanine Áñez, e do ex-governador da oposição de direita, Luis Fernando Camacho, pelo caso "golpe de Estado I", no qual a Procuradoria Boliviana os acusa de "terrorismo, sedição e conspiração" por seus papéis no golpe contra Evo Morales em 2019.

A primeira audiência do julgamento oral do caso, marcada para 30 de setembro pelo Sexto Tribunal Penal Anticorrupção de La Paz, está marcada para esta segunda-feira, presencialmente.

O Ministério Público apoiará a ação com 133 provas e 131 depoimentos obtidos no procedimento anterior, entre eles contribuições de testemunhas que participaram de reuniões e estiveram envolvidas nos conflitos de 2019, além de depoimentos dos acusados ​​e outras documentações que procura demonstrar a participação individualizada de cada acusado .

Os advogados de defesa receberam na semana passada a notificação da abertura do julgamento , onde também serão processados ​​o ex-líder cívico da região de Potosí, Marco Pumari , que colaborou com Camacho, e dois que atuaram como ministros durante o processo : o ex-ministro do Governo , Arturo Murillo , e Defesa, Fernando López .

O diretor do Regime e Supervisão Penitenciária Boliviano, Juan Carlos Pinturas , informou que os responsáveis ​​pelos presídios onde estão detidos os acusados ​​já receberam instruções de saída para que possam comparecer a esta primeira audiência[, informa o jornal argentino Página 12.

Fonte: Brasil 247

VoePass: famílias criam associação para cobrar investigações e justiça

Organização formada por parentes das vítimas busca respostas e apoio emocional, transformando luto em uma luta por segurança na aviação

Investigadores no local do acidente do voo 2283 em Vinhedo (SP) (Foto: FAB/Divulgação)

As famílias das 62 vítimas do acidente envolvendo a companhia aérea VoePass se uniram para criar a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 2283, visando acompanhar as investigações e prestar assistência emocional e jurídica aos parentes. O trágico acidente ocorreu no dia 9 de agosto, quando um avião modelo ATR-72 caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, deixando 58 passageiros e 4 tripulantes sem sobreviventes. A associação foi oficialmente instituída em 25 de setembro e é presidida por Maria de Fátima Albuquerque, mãe da médica residente Arianne Albuquerque Risso, uma das vítimas. Adriana Ibba, mãe da pequena Liz Ibba, a mais jovem passageira a bordo, ocupa a vice-presidência.

Em entrevista ao Metrópoles, Maria de Fátima destacou que a ideia de unir as famílias surgiu após a divulgação do relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) no dia 6 de setembro. "O luto tem se transformado em luta. Não foi uma fatalidade, não foi um acidente, foi um crime premeditado, no sentido de tragédia anunciada. Essas aeronaves [da VoePass] já não tinham mais condições de voar. Além dessa dor infinita, quase que insuportável, nós temos a revolta, a indignação. Queremos respostas", desabafa a presidente da associação, ressaltando que os 119 familiares que integram o grupo compartilham a mesma busca por justiça.

Acusações e respostas da VoePass

A associação exige a responsabilização da VoePass pelo acidente. Apesar disso, Maria de Fátima deixa claro que o objetivo não é prejudicar a empresa, mas evitar que novas tragédias aconteçam. "Existe um crime muito grande, a olho nu. Nosso objetivo é fazer com que isso não aconteça mais, que essas aeronaves não continuem voando sem condições de voar. É preciso prevenir, evitar que outras famílias sofram o que estamos sofrendo", declarou.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Comissão de Anistia mira análise de 1,5 mil processos até o final do ano

Com nova gestão e apoio ministerial, comissão busca concluir processos pendentes desde 2010 e planeja encerrar atividades até o fim do mandato de Lula

Macaé Evaristo (Foto: Elizabete Guimarães/Assembleia Legislativa de Minas Gerais)

Comissão de Anistia mira análise de 1.500 processos até o final do ano

A Comissão de Anistia estabeleceu como meta avaliar cerca de 1,5 mil processos pendentes até o final de 2024, focando nos casos protocolados até 2010. A decisão foi tomada após conversas entre a presidente do colegiado, Eneá de Stutz e Almeida, e a nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo. A notícia foi originalmente divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo. Nos primeiros dias de outubro, o ministério já publicou 190 portarias relacionadas a processos que aguardavam há bastante tempo para serem formalizadas.

"Estávamos com quase 200 portarias represadas, já julgadas e prontas há um bom tempo. Os anistiados estavam fazendo manifestações em frente ao ministério", relatou Eneá. Segundo ela, o antigo gabinete, sob a gestão de Silvio Almeida, demitido em setembro após acusações de assédio moral e sexual, não estava dando seguimento aos processos.

A Comissão de Anistia, composta por 27 conselheiros, tem caráter consultivo, cabendo ao ministro dos Direitos Humanos a decisão final sobre as reparações. Além da meta de avaliação, Eneá destacou duas demandas urgentes: o envio de recursos financeiros para manter os julgamentos e a nomeação de um servidor para ocupar um cargo estratégico na coordenação-geral de processos, que está vago desde janeiro.

"Fiz um pacto com o conselho da comissão: vamos fazer o possível para concluir o trabalho até o fim de 2026, quando termina o mandato do presidente Lula", afirmou Eneá. Segundo ela, há aproximadamente 500 processos que nunca foram analisados, além de milhares de recursos que aguardam julgamento. A expectativa é que em 2025 sejam tratados os recursos protocolados entre 2011 e 2021, com o restante sendo analisado em 2026.

Eneá se mostrou otimista quanto ao cumprimento dessas metas, elogiando a postura da ministra Macaé Evaristo: "Ela foi extremamente atenciosa e acredito que, com o apoio dela, conseguiremos cumprir esse compromisso".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Seis mulheres já acusaram Silvio Almeida de assédio ou importunação sexual

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, detalhou os episódios em depoimento prestado à Polícia Federal no último dia 3

Silvio Almeida (Foto: Filipe Araújo/MINC)

 Em um mês, seis mulheres vieram a público denunciar casos de assédio e importunação sexual envolvendo Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula. As denúncias resultaram na abertura de inquéritos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Trabalho, que apuram as acusações. Silvio Almeida nega todas as acusações. O ex-ministro segue negando veementemente todas as acusações e que irá comprovar sua inocência.

As informações são do jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no Metrópoles.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, detalhou os episódios em depoimento prestado à Polícia Federal no último dia 3. Ela afirma que o comportamento inadequado de Almeida começou durante o período de transição do governo, em 2022, e culminou em atos de importunação física. “Fui vítima de importunação sexual. […] A gente está falando de um conjunto de atos inadequados e violentos, sem consentimento e reciprocidade. […] Ninguém se sente à vontade para relatar uma violência”, disse Anielle em entrevista ao repórter Matheus Leitão no dia 4 de outubro.

Segundo a ministra, as abordagens começaram com "falas e cantadas mal postas" e evoluíram para "um desrespeito pelo qual eu também não esperava". Em depoimento à repórter Sonia Bridi no dia 7 de outubro, ela relatou um episódio específico: “A gente nunca teve nenhum tipo de intimidade. […] Durou alguns meses, assim, mais de ano, na verdade. […] Até situações que mulher nenhuma precisa passar, merece passar ou deveria passar”. Anielle afirmou ainda que foi tocada de forma inapropriada por Almeida durante uma reunião do governo federal em maio de 2023.

Outras denúncias reforçam acusações

Além de Anielle, outras cinco mulheres apresentaram relatos semelhantes. Isabel Rodrigues, advogada e professora, decidiu trazer sua história a público após o ex-ministro desqualificar as denúncias e chamar as vítimas de "mentirosas". Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ela acusou Almeida de tê-la assediado em 2019 durante um almoço em São Paulo. “Ele levantou a saia e colocou a mão nas minhas partes íntimas, com vontade. Eu fiquei estarrecida, fiquei com vergonha das pessoas, porque é assim que as vítimas se sentem”, declarou. Em entrevista à coluna, Isabel disse que resolveu falar sobre o caso porque "não podia se calar" diante das declarações de Almeida.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Alexandre Silveira diz que decisão sobre horário de verão será na terça-feira

Reunião com a equipe técnica será em Brasília

Alexandre Silveira (Foto: TAUAN ALENCAR (DIVULGAÇÃO/MME))

Agência Brasil - O Ministério de Minas e Energia vai decidir na terça-feira (15) sobre adoção do horário de verão no Brasil ainda este ano. O ministro Alexandre Silveira vai se reunir com a equipe técnica no prédio da pasta em Brasília para definir a questão. Diante da urgência da decisão, Silveira reduziu em uma semana o período de férias e retornará ao trabalho na próxima segunda-feira (14). “O resumo da ópera é que se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verão”, afirmou Silveira nesta sexta-feira (11), em Roma, após participar como palestrante do último painel II Fórum Internacional Esfera.

“Se não houver risco energético, aí é um custo-benefício que terei a tranquilidade, a serenidade e a coragem de decidir a favor do Brasil e a favor do Brasil nem sempre quer dizer que vai economizar meio por cento, um por cento na conta de energia, porque qual impacto nos outros setores? Isso tem que ser um equilíbrio. Ainda bem que a política de diálogo voltou. Com essa política a gente tem tranquilidade e com muita profundidade chegar a um momento em que a gente possa mostrar com clareza qual o melhor caminho a seguir”, acrescentou o ministro, ressaltando que “não tem como não ser esta semana, porque não daria tempo de aproveitar a melhor janela que é novembro, se não for tomada a decisão, esta semana”.

De acordo com Silveira, a reunião foi marcada para terça-feira por causa da “imprescindibilidade de ser agora” e, para isso, é preciso que seja de imediato para permitir que os setores que serão impactados se preparem, embora, segundo ele, o cuidado que teve de conversar com os setores muito importantes para que se planejam.

“Se tem algo que não se pode abrir em uma política pública com essa dimensão, é a questão da previsibilidade. A importância maior do horário de verão e tem muita importância é entre 15 de outubro e 30 de novembro. Até 15 de dezembro tem uma importância vigorosa, não que ele não tenha depois, mas vai diminuindo a curva da importância dele”, disse.

Silveira destacou que o horário de verão é uma política pública aplicada mundialmente e não deve ser tratado como uma questão ideológica. “Primeiro quero registrar que o horário de verão é uma política pública que não é nacional. É implementada em vários países e em especial em países desenvolvidos. É uma política pública que não deve ser tratada como uma questão ideológica e ela foi tratada pelo governo anterior assim, simplesmente extirpando ela em 2019”, observou.

Crise hídrica

O ministro acrescentou que as usinas hídricas e hidrelétricas, quando não são, como é o caso de Belo Monte, localizada no Rio Xingu, no Pará, que não conseguiu licenciamento para fazê-la com reservatório, elas dependem naturalmente das questões pluviométricas. Os números indicam que a crise hídrica atual é grave.

“O Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais] apurou que desde 1950, quando ele mede a questão pluviométrica no Brasil, nós vivemos a pior crise hídrica dos últimos 73 anos, o que nos levou, se nós não tivéssemos feito medidas preventivas, como diminuir a vazão de Jupiá e Porto Primavera, corajosas que tomamos durante o ano, preservando 11% de água doce nos nossos reservatórios, hoje nós teríamos problema energético no Brasil. Não temos, temos tranquilidade para este período, mas temos que nos equilibrar entre segurança e modicidade tarifária e temos que preparar também o planejamento para 2026”, comentou.

Eleição

O ministro Alexandre Silveira disse ainda que, caso seja adotado pelo governo, o horário de verão não vai impactar o segundo turno da eleição, marcado para o dia 27 deste mês. “Se ele for decretado, não pega a eleição, porque tem que ter no mínimo 20 dias para que setores extremamente importantes se planejem, como o setor aéreo por causa das conexões internacionais e outros setores também como segurança pública”.

Ele que tudo está sendo analisado com todo o cuidado e serenidade. “Imagine a responsabilidade de uma decisão como essa de um ministro de estado. Se ele o faz sem necessidade está naturalmente tomando uma medida que tem transversalidade e tem custo em alguns setores da economia, apesar de que para outros é benéfico, mas em alguns da economia muito contundentes. Se ele não faz, e dá um problema, a responsabilidade é do ministro. Um problema energético não é um problema é um problemaço”, explicou sobre a complexidade da decisão.

O ministro lembrou que o presidente Lula já disse em entrevista que essa decisão não é política e delegou a condução dela ao seu ministro de estado. “O farei, com a coragem de quem tem que decidir. O farei muito ancorado em bases técnicas e em sensibilidade política e social, para que a gente defendendo, como eu defendo o horário de verão como política pública, só use mão dessa política pública se ela for imprescindível para assegurar energia para o Brasil e diminuir os custos que não impactem mais negativamente e faça economia para o consumidor”, completou.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Apagão e destruições em São Paulo fazem Nunes chegar em desvantagem no primeiro debate do segundo turno

São graves as denúncias contra a má gestão do prefeito de São Paulo

Ricardo Nunes (à esq.) e Guilherme Boulos (Foto: Reprodução (TV Gazeta))

O primeiro debate do segundo turno entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), candidatos a prefeito de São Paulo, acontece nesta segunda-feira (14), em meio ao apagão e destruições na capital paulista. O apagão atingiu ao menos 2,1 milhões de pessoas desde sexta-feira (11) e evidenciou, além dos problemas com a empresa Enel, a má zeladoria da cidade por parte do prefeito Ricardo Nunes.

O debate terá transmissão da Bandeirantes na noite desta segunda (14). Caso um dos candidatos não participe, uma cadeira vazia ficará à mostra, e quem estiver presente vai ser entrevistado ao vivo, aponta reportagem da Folha de S.Paulo.

A expectativa é que o embate seja permeado por críticas de Boulos sobre a falta de energia na capital paulista.

Boulos afirmou, durante evento neste domingo (13), que deve levar o tema tanto no debate quanto ao longo de sua campanha. "São Paulo, hoje, não tem prefeito, a cidade está à própria sorte, as pessoas estão deixadas ao léu pela falta de alguém que tenha pulso, alguém que tenha firmeza, alguém que se posicione ao lado das pessoas que mais precisam. Esse vai ser um tema não só no debate, mas na campanha", afirmou o psolista antes do início de uma carreata que ocorreu no Grajaú, zona sul de São Paulo, segundo a reportagem.

Boulos chamou a Enel, responsável pelo fornecimento de energia da cidade, de "tranqueira" e disse que quem pode romper o contrato com a empresa é a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Ele relembrou que o atual presidente da agência é Sandoval de Araújo Feitosa Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O deputado candidato das forças progressistas de São Paulo mandou um ofício no sábado (12) para o presidente da Aneel solicitando a rescisão do contrato com a Enel. No mesmo dia, acionou o Ministério Público de São Paulo e pediu investigação pelo apagão.

Desde sábado, Boulos tem conversado e gravado com pessoas afetadas pela chuva. Sua campanha calcula que Nunes tenha perdido popularidade com o temporal.

Fonte: Brasil 247

Quinto voo de repatriação de brasileiros no Líbano pousa em São Paulo com 220 pessoas

Operação "Raízes do Cedro" da FAB já resgatou mais de 1,1 mil brasileiros em meio ao agravamento da crise no Líbano, que sofre com ataques israelenses

Operação “Raizes do Cedro” em Guarulhos (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

 A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o quinto voo da operação de repatriação de brasileiros no Líbano pousou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, às 6h06 desta segunda-feira (14). O avião KC-30, utilizado na Operação “Raízes do Cedro”, decolou de Beirute no domingo (13), às 12h, trazendo 220 pessoas e dois animais de estimação, segundo o jornal O Globo.

Desde o início da missão, no dia 2 de outubro, a FAB já transportou 1.105 pessoas, além de 14 animais de estimação, entre gatos e cães. Foram trazidas também 19,1 toneladas de bagagem. A operação se destaca pelo volume de ajuda humanitária transportada em paralelo aos resgates.

A situação no Líbano, que se deteriora rapidamente em função da ofensiva militar israelense contra o Hezbollah, preocupa autoridades internacionais. De acordo com o grupo de monitoramento de conflitos Airwars, mais de 1,4 mil pessoas já morreram nos bombardeios, 7,5 mil ficaram feridas e aproximadamente 1,5 milhão de libaneses foram deslocados. As operações militares, direcionadas ao grupo xiita Hezbollah, são descritas como as mais intensas fora da Faixa de Gaza nas últimas duas décadas.

Operação de guerra e resgates - A repatriação dos brasileiros só foi possível após diversos esforços diplomáticos, envolvendo conversas diretas do presidente Lula (PT) com autoridades internacionais durante a Assembleia Geral da ONU em setembro. Lula defendeu a necessidade de um cessar-fogo e o resgate seguro dos cidadãos brasileiros na região de conflito.

Segundo o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Damasceno, a FAB está preparada para repatriar até 500 pessoas por semana.

A operação “Raízes do Cedro” também se beneficia da recente experiência com a operação "Voltando em Paz", que resgatou mais de 1,5 mil brasileiros da Faixa de Gaza durante o conflito entre Israel e o grupo Hamas. Esse aprendizado logístico tem sido essencial para o sucesso das operações no Líbano.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo Lula prevê R$ 450 milhões em compra de terras para reforma agrária até fim do ano

Paulo Teixeira diz que governo vai aumentar instalação de assentados

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a apresentação do Programa Terra da Gente para a Reforma Agrária, no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert)

O ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) calcula que, até o final do ano, o valor total de terras compradas para reforma agrária deve chegar a R$ 450 milhões, em uma das iniciativas do programa Terra da Gente, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Teixeira afirma que já foram usados cerca de R$ 200 milhões para a compra de terra e que o restante será liberado em breve. "Então nós vamos chegar a R$ 450 milhões até o final do ano nessa prateleira de compra de terras", diz. O ministro ressalta também que, paralelamente, o governo começou a destinar terras públicas para a reforma agrária.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel da Folha de S. Paulo