quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Presidente nacional do PDT, André Figueiredo prega neutralidade no segundo turno em Fortaleza

O PL e o PT vão para o duelo final na capital cearense

André Figueiredo (Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados)

O presidente nacional do PDT, deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), defendeu a neutralidade como a "postura mais adequada" para o segundo turno em Fortaleza (CE). O prefeito José Sarto (PDT) terminou em terceiro lugar na votação de 6 de outubro, com 11,75% dos votos no primeiro turno. A legenda ainda não definiu se anunciará apoio na disputa entre André Fernandes, do PL (40,2%), e Evandro Leitão, do PT (34,33%). A sigla pedetista integra o governo Lula, com Carlos Lupi atuando como ministro da Previdência Social.

"Os dois candidatos que disputam o segundo turno representam caminhos que, por um lado, não estão alinhados aos princípios e bandeiras que defendo, e, por outro, não agradam ao modelo de gestão que considero adequado para o Ceará e para a nossa capital", afirmou Figueiredo.

"Compreendo que a neutralidade partidária neste momento é a postura mais adequada, respeitando os posicionamentos individuais dos nossos integrantes, ressaltando que, pessoalmente, seguirei o alinhamento nacional do partido", acrescentou.

Em Fortaleza, Capitão Wagner (União) apareceu em quarta posição, com 11,40%, seguido por Eduardo Girão (Novo), com 1,06%, e Técio Nunes (PSOL), com 0,64%. George Lima (Solidariedade) obteve 0,49%, Chico Malta (PCB), 0,09%, e Zé Batista (PSTU), 0,04%. Os votos nulos somaram 57 mil, e os brancos, 39 mil.
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Montagem (da esq. para a dir.): Capitão Wagner, André Fernandes, Evandro Leitão e José Sarto. Ao fundo, a sede da Prefeitura da Fortaleza. Foto: Divulgação I Pablo Valadares / Agência Câmara I Junior Pio / Assembleia Legislativa do Ceará
Fonte: Brasil 247

MPE quer multar Boulos e Nunes por santinhos espalhados em SP

Distribuir material de campanha é permitido somente até as 22h do dia anterior à eleição

Ricardo Nunes (à esq.) e Guilherme Boulos (Foto: Reprodução (TV Gazeta))


O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou à Justiça a aplicação de multas aos candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) devido aos "santinhos" espalhados pelas ruas de São Paulo durante o primeiro turno das eleições. Segundo o UOL, as multas variam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, e ambos os candidatos têm dois dias para apresentar as defesas.

“A legislação eleitoral é clara - e até mesmo o simples bom senso e mínima civilidade seriam suficientes - que tal conduta de dispensar material de campanha pelas ruas e proximidades de locais de votação ('derrame de santinhos') é vedada, especialmente se feita no dia da eleição (em que nenhum tipo de propaganda ou campanha eleitoral é permitida), emporcalhando a cidade", registrou o promotor Nelson dos Santos Pereira Junior.

Procurado pelo UOL, Ricardo Nunes afirmou desconhecer o fato e negou ter distribuído santinhos. Guilherme Boulos, até o momento, não se pronunciou sobre o ocorrido.

Para o promotor, tanto Nunes quanto Boulos estavam cientes da proibição de distribuir material de campanha no dia da votação. O ato é permitido somente até as 22h do dia anterior à eleição, conforme a legislação brasileira.

fonte: Brasil 247 com informações do UOL

“Central do CadÚnico” de Apucarana realizou mais de 1,3 mil atendimentos


Em 90 dias de operação, a Central de Cadastro Único da Prefeitura de Apucarana efetivou o atendimento de mais de 1,3 mil famílias. Além de inclusão de novos beneficiários em programas sociais, grande parte da demanda atendida pela unidade envolveu atualização de dados cadastrais, resolvendo de maneira ágil serviços que até então era feitos apenas sob agendamento através dos Centros da Referência da Assistência Social (CRAS). “Além de ser um local estratégico para inscrição ou atualização do CadÚnico, a central está habilitada a realizar, sem necessidade de agendamento nos CRAS, a resolução de pendências para beneficiários do Programa Bolsa Família”, acentua Juliano Dalla Costa, secretário Municipal da Assistência Social.

Ele relata que acontecia muito da pessoa ir ao centro sacar o benefício na agência lotérica ou bancária e descobrir que, por alguma inconsistência, teve o recebimento suspenso pelo Governo Federal. “Até então, antes da existência desta central, a pessoa necessitava voltar ao CRAS de referência e agendar atendimento, demandando tempo até solucionar a pendência. Com a Central do Cadastro Único, esse beneficiário agora dá solução praticamente imediata ao procurar o atendimento”, ilustra Dalla Costa.

Atualmente, 22.677 famílias apucaranenses estão no Cadastro Único, totalizando 52.325 pessoas inscritas na base municipal. O prefeito Júnior da Femac frisa que o CadÚnico é ponto de partida para a família pleitear acesso a programas sociais como a cesta básica, Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Passe Livre da Gestante, Programa Leite das Crianças, Tarifa Social de Energia Elétrica, Programa Água Solidária, Programa Comida Boa, Programa Municipal de Castração Gratuita de animais domésticos (cães e gatos), auxílio gás, entre outros. “Diante do número de atendidos no decorrer destes três primeiros meses, comprova-se que a unidade efetivamente tem cumprido com seu objetivo, facilitando o acesso dos cidadãos a programas e políticas da assistência social, em especial das pessoas em situação de vulnerabilidade social”, reforça o prefeito Júnior da Femac. De acordo com ele, o local tem também contribuído para desafogar o atendimento nos CRAS.

Estruturada em imóvel próximo ao Terminal Rodoviário Urbano de Passageiros (Rua Osório Ribas de Paula, nº 697), a central do CadÚnico de Apucarana atende livre demanda (sem necessidade de agendamento) de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. “Contamos com uma equipe composta por cinco servidores municipais, sendo três técnicos, um coordenador e um serviços gerais”, informa Juliano Dalla Costa, secretário da Assistência Social. Ele esclarece que embora criado pelo Governo Federal, o CadÚnico é operacionalizado e atualizado pelas prefeituras através dos CRAS e outras bases de atendimento oficiais.

Benefícios concedidos com base no CadÚnico

➔ Programa Bolsa Família
➔ Passe Livre da Gestante
➔ Programa Leite das Crianças
➔ Programa Pé de Meia
➔ Tarifa Social de Energia Elétrica
➔ Programa Água Solidária
➔ Benefícios eventuais como Cesta Básica, Auxílio Funeral, Auxílio Documentação
➔ Benefício de Prestação Continuada (BPC)
➔ Programa Minha Casa Minha Vida
➔ Passe Livre Intermunicipal para Pessoa Idosa
➔ Programa Municipal de Castração Gratuita
➔ Programa Identidade Jovem
➔ Programa Jovem Aprendiz
➔ Programa Bolsa Agente Cidadania
➔ Programa Caixa D’água Boa
➔ Programa Comida Boa
➔ Auxílio Gás
➔ Isenção de Inscrição para Concursos Públicos, Vestibular e Enem
➔ Entre outros…

Fonte: Prefeitura de Apucarana

"2024 mostrou que brasileiros que votam em Lula não votam no PT”, diz Horta

Horta alerta para o crescimento da extrema-direita nas capitais brasileiras e a falta de conexão entre o governo Lula e os candidatos do PT nas eleições

(Foto: Brasil247)

Em recente participação na TV 247, o historiador Fernando Horta levantou preocupações sobre a atual conjuntura política brasileira, destacando uma alarmante desconexão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo ele, essa dissociação está permitindo que a extrema-direita ganhe força em diversas capitais do país. "O governo Lula parece não ter partido. Ele é como se fosse uma entidade que paira sobre a sociedade", afirmou, pontuando a dificuldade que a base petista enfrenta em transferir votos para seus candidatos.

Horta ressaltou a existência de três campos políticos distintos nas capitais brasileiras, refletidos pelos altos índices de abstenção e pela falta de figuras "disruptivas" que possam mobilizar o eleitorado progressista. Ele cita como exemplo Porto Alegre, onde a abstenção foi de 31%, um número expressivo que se iguala à votação de Marçal, um dos candidatos. "Sem uma figura disruptiva, esses eleitores se abstêm", avaliou.

A análise aponta que o bolsonarismo, ainda que enfraquecido, está tentando se consolidar como uma força política permanente, algo que o governo Lula não pode ignorar. "Não adianta o governo olhar para outro lado e fingir que nada está acontecendo", criticou. Segundo ele, a ascensão de figuras como Marçal, que conquistou um percentual de votos próximo ao de Guilherme Boulos em São Paulo, demonstra que "a percepção do fascismo no Brasil é consistente".

A crise do PT no Nordeste e o avanço da direita

O historiador ainda sublinhou um ponto que considera preocupante: o declínio de apoio ao PT em regiões onde o partido sempre teve forte presença, como o Nordeste. Ele relembra que essa região foi decisiva para a eleição de Lula em 2022, mas agora, segundo ele, "o partido está perdendo espaço e seus cardeais não conseguem mais votos". Ele frisou que a dissociação entre Lula e o PT é particularmente evidente quando se observa o cenário eleitoral em São Paulo. "O Boulos é quem está concorrendo, e não o PT diretamente, o que mostra um problema grave de engajamento com o eleitorado tradicional do partido."

O crescimento da extrema-direita e o futuro político do Brasil

Outro ponto que o historiador destacou foi o surgimento de novos candidatos de extrema-direita em todo o Brasil, comparando o crescimento desses nomes ao de novas lideranças progressistas. "O cenário para os próximos quatro, cinco anos é assustador", afirmou, alertando que o avanço da direita está se desenhando enquanto a esquerda permanece "marcando passo". Para ele, é fundamental que a esquerda volte a se comunicar com as bases e entenda essa nova realidade política para evitar um retrocesso ainda maior.

Em sua análise final, Fernando Horta comemorou as passagens de Boulos e Maria do Rosário para os segundos turnos em São Paulo e Rio Grande do Sul, respectivamente, mas alertou para os desafios que esses candidatos ainda enfrentarão. "O que nos preocupa é a incapacidade de transformar ações do governo federal, como o investimento de R$ 9 bilhões para a recomposição no Rio Grande do Sul após as enchentes, em ganhos políticos concretos."

Reflexões sobre o futuro político do país

O historiador concluiu que é preciso repensar as estratégias do governo e do PT para reconectar o partido com a base popular e os movimentos sociais, e evitar que a extrema-direita se solidifique ainda mais como uma força política relevante no país. "Estamos com um governo que não está conseguindo se fazer perceber como um governo de um partido, e isso é preocupante. Enquanto a direita cresce, a esquerda fica estagnada."

A análise evidencia uma preocupação latente: o futuro do PT e a capacidade do governo Lula de se manter conectado com seus eleitores e enfrentar o crescimento da extrema-direita, que, segundo ele, "só aumenta enquanto a esquerda tenta reencontrar seu caminho".

Assista:

Fonte: Brasil 247

“Há elementos de sobra para a prisão de Bolsonaro”, diz Cappelli

Presidente da ABDI analisa o cenário político atual, aponta desafios da extrema-direita e fala sobre seu livro sobre os bastidores do 8 de janeiro

(Foto: Reprodução | ABR)

Em entrevista ao Bom Dia 247, da TV 247, Ricardo Cappelli, presidente da Associação Brasileira do Desenvolvimento Industrial (ABDI), fez declarações contundentes sobre o cenário político e as consequências dos atos de 8 de janeiro. Para Cappelli, os elementos que justificam a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro são abundantes. “Há elementos de sobra para a prisão de Bolsonaro. Não há saída para ele pelos crimes praticados contra a democracia brasileira que não seja a cadeia”, afirmou.

Cappelli sugeriu que a prisão do ex-presidente pode ser parte de uma estratégia maior. “Essa prisão pode fazer parte de uma estratégia para torná-lo coadjuvante e obrigá-lo a apoiar uma frente de centro-direita”, destacou, referindo-se à necessidade de Bolsonaro e seus aliados adaptarem seu discurso para não perderem relevância política.

Cenário político e o dilema da extrema-direita

Cappelli também analisou os desdobramentos das eleições municipais, especialmente em São Paulo, onde Ricardo Nunes se destacou. “A eleição de Ricardo Nunes vai validar uma frente de centro-direita, com apoio da extrema-direita”, explicou. No entanto, segundo ele, esse movimento traz um dilema para o bolsonarismo e a extrema-direita. “O receio da extrema-direita é ficar isolada e perder o protagonismo da política brasileira para a centro-direita”, alertou.

Para Cappelli, esse receio se traduz em uma movimentação estratégica que a extrema-direita precisará fazer para não ficar à margem do cenário político, caso a centro-direita consiga consolidar uma base mais ampla e moderada.

Um livro sobre o 8 de janeiro

Durante a entrevista, Cappelli revelou que está escrevendo um livro que trará detalhes inéditos sobre os eventos de 8 de janeiro, quando foi interventor na segurança pública do Distrito Federal. “Estou escrevendo um livro sobre o que realmente aconteceu no 8 de janeiro. Acho que é um dever meu com a história, para que a população conheça e para que nunca mais o que aconteceu se repita no país”, declarou.

O presidente da ABDI acredita que o livro trará uma visão ampla e profunda dos bastidores do dia e das semanas que se seguiram, oferecendo um relato documental e detalhado dos acontecimentos e das decisões tomadas nos bastidores da intervenção.
Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Datafolha em SP: Nunes lidera entre católicos e evangélicos no segundo turno

O levantamento foi feito presencialmente com 1.204 eleitores em São Paulo

Ricardo Nunes (Foto: ABr)

A nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (10), mostra que Ricardo Nunes (MDB), candidato à prefeitura de São Paulo, lidera entre católicos e evangélicos as intenções de voto no segundo turno.

Entre os católicos, Nunes tem 58% das intenções de voto, enquanto Guilherme Boulos (PSOL) registra 32%. Além disso, 59% dos católicos rejeitam Boulos, enquanto 34% afirmam que não votariam em Nunes. A margem de erro para esse grupo é de cinco pontos percentuais.

Já entre os evangélicos, a vantagem de Nunes é ainda mais expressiva: ele conta com 62% das intenções de voto, contra 25% de Boulos. A rejeição a Boulos nesse grupo chega a 65%, enquanto 28% dos evangélicos dizem que não votariam em Nunes de jeito nenhum.

A pesquisa, contratada pela TV Globo e Folha, foi feita presencialmente com 1.204 eleitores em São Paulo, nos dias 8 e 9 de outubro, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-04306/2024. Os católicos representam 40% da amostra, e os evangélicos, 24%.

Fonte: Brasil 247

"Boulos deve usar o segundo turno para radicalizar e politizar a sociedade", diz Mascaro

Filósofo defende que, mesmo com uma possível derrota, a esquerda aproveite a oportunidade para mobilizar a população

(Foto: ABR | Bruno Cruz / Agência Pará)

Em entrevista ao canal TV 247, o filósofo e jurista Alysson Mascaro abordou a eleição municipal de São Paulo e fez uma análise ousada sobre a estratégia que Guilherme Boulos deveria adotar no segundo turno. Para Mascaro, a campanha de Boulos precisa ser mais agressiva e politizadora, mesmo que as chances de vitória sejam pequenas. "Somando os votos de Ricardo Nunes e Pablo Marçal, a direita já chega a 60% dos votos. O teto da esquerda em São Paulo parece ser 40%", afirmou. "A eleição em São Paulo tende a ser 60% a 40% para o Ricardo Nunes", acrescentou.

Radicalizar e mobilizar: a única saída para a esquerda

Mascaro sugere que Boulos assuma um discurso mais radical e aproveite a campanha para politizar e mobilizar a sociedade para as eleições futuras. "Já que vai perder, por que não assume um programa de esquerda? Não seria melhor ter sangue no olho e politizar a população?", questionou o filósofo. Ele argumenta que a estratégia de tentar moderar o discurso para conquistar eleitores de centro é inútil, pois "o centro não entrega nada para o povo. Entrega teto de gastos, entrega juros para os especuladores".

Para Mascaro, a postura defensiva e moderada não serve para enfrentar a extrema-direita em um momento de crise do capitalismo. "A direita promete destruir – e não promete entregar – e é por isso que ela se sobressai", disse. Ele destacou o exemplo de Pablo Marçal, que, segundo ele, ganhou votos por ser um candidato provocador: "Marçal só ganhou martelando. Se Boulos não martela, o que ele ganha com isso?"

A esquerda precisa politizar e ter propostas ousadas

A recomendação de Mascaro é clara: radicalizar para politizar. Ele sugere que Boulos proponha medidas concretas e de impacto popular, como a tarifa zero no transporte público. "Ele poderia, por exemplo, prometer ônibus grátis para toda a população", afirmou o filósofo, argumentando que esse tipo de proposta não apenas atrairia eleitores, mas também mostraria uma postura corajosa e comprometida com mudanças reais. "É preciso rachar a cabeça do povo", enfatizou. "Cadê a martelada da esquerda?"

Mascaro acredita que a esquerda brasileira tem sido excessivamente "boazinha" e conciliadora, e que essa postura não mobiliza a população. "Não podemos ter esquerda boazinha. Precisamos de uma esquerda que queira mudar o mundo", disse. Para ele, as forças progressistas precisam deixar de lado a moderação e assumir posições que realmente toquem nas necessidades e anseios das classes populares.

Construindo um movimento para o futuro

Ao defender uma estratégia mais combativa para Boulos, Mascaro também destacou a importância de usar o segundo turno para preparar a esquerda para as eleições de 2026. "É preciso politizar a sociedade e mobilizá-la para 2026", declarou. Ele argumenta que, mesmo que a derrota pareça inevitável, há valor em transformar a campanha em um espaço de conscientização e de construção de um movimento mais forte e organizado para o futuro.

"Se é para perder, que seja mobilizando o povo, criando uma narrativa que desafie a ordem e inspire mudanças", concluiu Mascaro, sugerindo que a esquerda precisa agir com coragem e determinação para romper com a hegemonia da extrema-direita e construir uma alternativa viável de transformação social. Assista:


Fonte: Brasil 247

Moraes prorroga investigação em caso de ex-assessor e manda ouvir delegada

Investigadores da PF apuram o vazamento de dados do celular de Eduardo Tagliaferro, que foi assessor de Alexandre de Moraes no TSE

Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu nesta quarta-feira (10) que os investigadores da Polícia Federal terão mais 30 dias para obter mais informações sobre o vazamento de dados do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do magistrado quando o juiz era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (agosto de 2022 a julho de 2024). De acordo com a decisão do STF, os agentes da PF também precisarão ouvir a delegada Jaqueline Menon, da Polícia Civil de São Paulo, que devolveu o aparelho a Tagliaferro após ele ser solto. O celular foi entregue na delegacia de Franco da Rocha, na Grande SP, local diferente de onde ele foi preso.

Segundo informações do jornalista Glenn Greenwald, Moraes pediu informalmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a produção de relatórios sobre os investigados nos inquéritos das milícias digitais e das fake news, duas investigações que atingem políticos e influenciadores bolsonaristas.

O ministro e a PF também querem que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo encaminhe cópia do auto de prisão e do boletim de ocorrência por violência doméstica registrado contra Tagliaferro. Segundo a PF, ele teve seus dados alterados.

Pela decisão de Moraes, também será feita uma auditoria interna na Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo sobre o eventual acesso aos dados do aparelho. Moraes atendeu ao pedido da PF.

Sobre as denúncias do jornalista, o gabinete do ministro afirmou que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF". Moraes disse haver "integral participação da Procuradoria-Geral da República" nas investigações.

Ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do TSE, no período em que Moraes presidiu a Corte Eleitoral. Ele foi demitido após ser preso, em 9 de maio do ano passado, por violência doméstica. Na ocasião, teve o celular apreendido pela Polícia Civil de São Paulo.

Fonte: Brasil 247

“Aqui é Brasil”: o primeiro post de Lula no X após desbloqueio


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a publicar no X (antigo Twitter) nesta quinta-feira (10) após a rede social ser desbloqueada no país.

“Aqui é Brasil”, escreveu Lula, seguido da bandeira nacional.


A última publicação do petista na plataforma foi feita no dia 30 de agosto, dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a suspensão da rede social após reiterados descumprimentos judiciais.

O X voltou a operar na terça-feira (8), após a empresa do bilionário Elon Musk cumpriu as exigências do STF e pagou as multas no valor de R$ 28,6 milhões.

A multa foi paga na última sexta-feira (4), mas Moraes apontou que o dinheiro havia sido transferido para uma conta errada. Antes de decidir pela volta do serviço, o ministro pediu uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmou que não existiam motivos para manter a rede social bloqueada.

Fonte: DCM

68% dos eleitores de Nunes não o consideram candidato ideal, diz Datafolha

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, durante sabatina na Globo. Foto: reprodução

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (10), revelou que 68% dos eleitores de Ricardo Nunes (MDB) não têm convicção no votos, ou seja, afirmam reelegeriam o prefeito de São Paulo por falta de uma opção melhor, enquanto apenas 31% o apoiam por considerá-lo o candidato ideal.

Nunes enfrentará Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno das eleições municipais, que conta com um cenário invertido entre seus eleitores: 56% o veem como o candidato ideal, e 43% afirmam votar nele por falta de outra opção viável.

A pesquisa também abordou o comportamento dos eleitores que apoiaram Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022. Entre eles, 72% justificam seu voto atual por falta de opção, enquanto 27% afirmam que seu candidato é o ideal.
Crédito na imagem

O ex-presidente, que oficialmente articula pela reeleição de Nunes e indicou o coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL) como vice na chapa, foi relutante ao longo da campanha em demonstrar um apoio mais incisivo ao atual prefeito. Ele chegou a elogiar o influenciador Pablo Marçal (PRTB), que despertou o interesse de parte da extrema-direita e até de políticos bolsonaristas, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

No caso dos eleitores do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também apoia Nunes, a tendência é semelhante. Apenas 28% consideram o prefeito o candidato ideal, enquanto 71% declaram votar nele por falta de uma opção melhor.

Entre os eleitores que apoiam o presidente Lula (PT), o cenário é mais equilibrado. Para 54% deles, o candidato que recebem seu voto é considerado ideal, enquanto 45% dizem votar por falta de uma escolha melhor. O presidente indica a eleição de Boulos e foi uma peça importante nas articulações políticas que trouxeram a ex-prefeita Marta Suplicy de volta ao PT para compor a chapa do candidato do PSOL como vice.

Os números do Datafolha mostram um segundo turno ainda mais polarizado e com forte influência de alianças políticas. No primeiro turno, Nunes obteve 29,48% dos votos, Boulos ficou logo atrás, com 29,07%, e Marçal, em terceiro lugar, conquistou 28,14%.

Outros candidatos como Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) somaram percentuais menores: 9,91%, 1,84% e 1,38%, respectivamente.

Em relação ao segundo turno, a pesquisa indica que 57% dos eleitores que apoiam Nunes farão isso porque acreditam que ele é o melhor candidato. Por outro lado, 34% desses eleitores votam no prefeito para evitar a vitória de Boulos. Entre os eleitores de Boulos, a maioria, 70%, afirma que o considera o melhor candidato, enquanto 19% declaram que seu voto é motivado por uma intenção de derrotar Nunes.

A pesquisa Datafolha entrevistou 1.204 eleitores de São Paulo nos dias 8 e 9 de outubro. Encomendada pela Folha e pela TV Globo, o levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-04306/2024. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: DCM

84% dos eleitores de Marçal vão votar em Nunes, aponta Datafolha

Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) durante debate da Band no primeiro turno. Foto: Reprodução

A grande maioria dos eleitores de Pablo Marçal (PRTB) votará em Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno da eleição pela Prefeitura de São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (10) aponta que 84% dos que votaram no ex-coach no primeiro turno declaram que escolheram o atual prefeito.

Marçal ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 1.719.274 votos (28,14% do total). A migração dos votos ocorre mesmo após Nunes rejeitar seu apoio no segundo turno e o ex-coach dizer que Boulos venceria a disputa.

Metade dos eleitores de Tabata Amaral (PSB), quarta colocada no primeiro turno, deve migrar para o psolista na disputa contra Nunes, que herdará cerca de um terço (35%) de seus 605.552. A deputada federal manifestou seu voto no colega no domingo (6), logo após a divulgação do resultado.

O psolista ficaria com apenas 4% dos eleitores de Marçal no segundo turno. Boulos lidera a rejeição na capital paulista e 92% dos que votaram em Marçal no primeiro turno afirmam que jamais votariam nele na segunda etapa.

Apoiado por Tabata Amaral (PSB), Guilherme Boulos (PSOL) herdará metade dos seus votos. Foto: Reprodução

No cenário geral, Nunes lidera com 22 pontos de vantagem sobre Boulos. O atual prefeito é o favorito de 55% dos eleitores, enquanto o psolista tem voto declarado de 33% deles.

O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores com mais de 16 anos na capital paulista entre os dias 8 e 9 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: DCM

Nunes diz que Guedes será secretário da Fazenda “se Bolsonaro indicar”

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Foto: Reprodução

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) afirmou que aceitaria nomear Paulo Guedes, ministro da Economia no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como seu secretário da Fazenda. O posto é ocupado atualmente por Luis Felipe Arellano em sua gestão.

O emedebista diz que não fará loteamento de cargos caso seja reeleito, mas que nomearia o economista em sua gestão caso ele fosse sugerido por Bolsonaro. “Se ele indicar o Paulo Guedes como secretário da Fazenda, está aceito”, afirmou Nunes em entrevista à Record TV.

A menção ao nome do economista foi feita espontaneamente pelo prefeito. Ele foi questionado se nomearia secretários indicados por Bolsonaro e respondeu que aceitaria “um nome positivo”, como o de Guedes. “É um nome bom”, avaliou.

Guedes não ocupa um cargo público desde que deixou o governo Bolsonaro, no fim de 2023. Ele virou sócio da Legend Capital, uma gestora de patrimônio e capital.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

Nunes elogiou o atual titular da Fazenda e disse que conversaria com ele caso Guedes fosse uma possibilidade para a pasta. “É procurador de carreira, formado em Matemática e Direito. É um grande secretário da Fazenda, mas o Paulo Guedes é muito bem-vindo”, prosseguiu.

Ele ainda negou ter feito “acordo de cargo” com os partidos que fazem parte de sua coligação ou prometido pastas no governo a quem apoiasse sua candidatura. O prefeito diz que terá um “secretariado técnico” se for reeleito.

Fonte: DCM com informações da Record TV

Não se mexe em instituição que funciona, diz Barroso após avanço de PECs contra STF

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou quatro propostas que limitam e controlam a atuação do Supremo

Luís Roberto Barroso (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

Conjur - O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quinta-feira (10/10) que “interesses políticos” e circunstâncias eleitorais não devem guiar alterações em “instituições que estão funcionando”.

A declaração foi proferida um dia depois de a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovar quatro propostas que limitam e controlam a atuação do Supremo.

Avançaram na CCJ da Câmara duas propostas de emenda à Constituição que tratam sobre o tema. Uma delas (PEC 8/2021) limita decisões monocráticas de ministros do STF. A outra (PEC 28/2024) permite que o Congresso anule liminares quando o Legislativo achar que o Supremo “extrapolou sua competência”.

Também foram aprovados dois projetos de lei. O PL 4.754/2016 define que ministros respondem por crimes de responsabilidade quando “usurparem” funções do Legislativo.

Já o PL 658/2022 estabelece que ministros podem responder por crimes de responsabilidade caso se manifestem publicamente sobre processos pendentes de julgamento, ou emitam “juízo depreciativo sobre atividades de outros poderes da República”.

Supremo reage - A resposta de Barroso foi dada no início da sessão plenária desta quinta-feira. O discurso tratou dos 36 anos da Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988.

Segundo Barroso, interesses políticos e eleitorais não podem levar a mudanças em instituições que estão funcionando. O ministro não citou diretamente o avanço das propostas na Câmara.

“Nós decidimos as questões mais divisivas dividem a sociedade brasileira, num mundo plural. Não existem unanimidades. Porém, não se mexe em instituições que estão funcionando e cumprindo bem a sua missão por injunções dos interesses políticos circunstanciais e dos ciclos eleitorais”, disse.

“As Constituições existem, precisamente, para que os valores permanentes não sejam afetados pelas paixões de cada momento. Nós aqui seguimos firmes na defesa da democracia, do pluralismo e da independência e harmonia entre os Poderes”, prosseguiu o presidente do Supremo.

O ministro também afirmou que o STF é “passível de erros”, mas cumpriu o seu papel e serviu bem ao país nos 36 anos de vigência da Constituição de 1988.

“Como toda instituição humana, o Supremo é passível de erros e está sujeito a críticas e a medidas de aprimoramento. Porém, se o propósito de uma Constituição é assegurar o governo da maioria, o Estado de direito e os direitos fundamentais, e se o seu guardião é o Supremo, chega-se à reconfortante constatação de que o Tribunal cumpriu o seu papel e serviu bem ao país nesses 36 anos de vigência da Carta de 1988.”

‘Tribunal valorizou a política’ - Decano da corte, o ministro Gilmar Mendes também falou no começo da sessão desta quinta. Segundo ele, o Supremo valorizou a democracia, a normalidade institucional e a política.

“(O Supremo) soube sempre valorizar a política, entendo que sem política não se faz democracia, de modo que é fundamental que neste momento, em que celebramos os 36 anos da Constituição de 1988, que esses feitos todos sejam relembrados.”

Citando as eleições e a urna eletrônica, o ministro também disse que a política voltou a “respirar ares de normalidade” também por causa da atuação do Supremo.

“E o tribunal não fez nada mais nada menos do que o seu dever de defender a democracia, o Estado de Direito e os direitos fundamentais”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

CPI da Manipulação de Jogos e Apostas do Senado convoca jogador Lucas Paquetá

Em maio, Paquetá foi acusado pela Associação de Futebol da Inglaterra de manipular apostas ao receber cartões intencionalmente em jogos do seu time

(Foto: Divulgação / West Ham)

BRASÍLIA (Reuters) - A CPI do Senado que apura Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas quer ouvir o meio-campista Lucas Paquetá, do West Ham e da seleção brasileira, acusado de tentar intencionalmente receber cartões em partidas para manipular o mercado de apostas.

Convocado pelos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o jogador é obrigado a comparecer à audiência, já marcada para 29 de outubro, dia em que também haverá o depoimento da influenciadora digital Deolane Bezerra.

"Eu acho um absurdo, eu acho abominável o jogador Paquetá ainda estar na seleção brasileira, sendo convocado, jogando... sendo que o nome dele está totalmente sendo investigado", disse o presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), durante sessão da comissão na quarta-feira.

Senadores lembraram que o jogador já havia sido convidado para depor à CPI, mas não compareceu.

Em maio, Paquetá foi acusado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA) de agir intencionalmente para receber cartões em partidas do seu time na intenção de manipular o mercado de apostas.

À época, o meio-campista afirmou em seu perfil do Instagram que estava "extremamente surpreso e chateado" com a decisão da federação inglesa de acusá-lo e negou irregularidades.

A CPI foi criada no Senado para "apurar fatos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Governo de São Paulo é condenado a indenizar preso político torturado no regime militar

Durante os três meses e 20 dias em que ficou encarcerado, Evandir Vaz de Lima, atualmente com 77 anos, foi interrogado e torturado

Ditadura militar (Foto: Arquivo Nacional )

Conjur - A 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo afastou as alegações do governo paulista de prescrição, ilegitimidade passiva e de ausência de comprovação de culpa e manteve a sentença que o condenou a pagar indenização de R$ 50 mil, por dano moral, a um preso político durante o regime militar.

Conforme a inicial, durante os três meses e 20 dias em que ficou encarcerado, Evandir Vaz de Lima, atualmente com 77 anos, foi interrogado e torturado, perdendo a audição do ouvido direito.

A sua prisão ocorreu em abril de 1974. Na época, ele cursava a Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.

A ação de dano moral foi ajuizada em agosto de 2023. Em sentença prolatada no dia 6 de março deste ano, o juiz Bruno Nascimento Troccoli, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santos (SP), julgou a demanda parcialmente procedente, fixando a indenização em R$ 50 mil. O autor havia pleiteado R$ 100 mil.

Imprescritibilidade - O estado de São Paulo alegou em seu recurso de apelação que o direito do autor prescreveu devido ao transcurso do prazo legal de cinco anos. Sustentou, ainda, ser parte ilegítima, porque os órgãos de repressão na ditadura militar eram geridos pela União. Por fim, argumentou que não ficou comprovada a submissão do autor a tortura por agentes públicos paulistas.

Segundo o acórdão, é “patente a inexistência de prescrição quinquenal”, em razão da Súmula 647 do Superior Tribunal de Justiça. Ela diz que “são imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar”.

Relator do recurso de apelação, o desembargador Marrey Uint rejeitou a alegação de ilegitimidade passiva e o pedido de chamamento ao processo da União, porque os fatos narrados pelo autor são atribuídos apenas a agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Deops) e da Delegacia da Ordem Política e Social, ambos de São Paulo.

“As condutas imputadas pelo autor abarcam apenas agentes do estado de São Paulo, ligados diretamente à Secretaria de Segurança Pública local”, frisou o relator. Ele ainda citou o artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal, que consagra a responsabilidade objetiva estatal, a qual não exige a comprovação de culpa do agente público.

Segundo o relator, verifica-se nos autos o nexo de causalidade entre o evento danoso, caracterizado pela prisão irregular do autor e a sua submissão à tortura, e a conduta dos agentes públicos estaduais, que cometeram essas ilegalidades a pretexto de reprimir a suposta atuação subversiva de Evandir na política estudantil ligada à FEA-USP.

Documentos oficiais, não contestados quanto à veracidade, atestam a prisão e o interrogatório do autor por período prolongado, “sendo verossímil a caracterização de tortura, considerado o período histórico abarcado, bem como os fatos públicos e notórios correspondentes ao modelo de atuação policial durante o regime militar”, concluiu Uint.

Os desembargadores Leyser de Aquino e Gavião de Almeida seguiram o relator, inclusive, para manter a indenização fixada na sentença, por considerá-la adequada aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. Porém, os honorários advocatícios a serem pagos pelo estado foram elevados de 10% para 12% sobre o valor da condenação.

Exílio e anistia - De acordo com Evandir, ele e colegas de faculdade iniciaram a edição de um jornal para a difusão de ideias contrárias à ditadura militar.

Preso em 22 de abril de 1974 e recolhido ao Dops, Evandir foi solto em 12 de agosto daquele ano, após passar por sessões de interrogatório e tortura. Porém, segundo disse, a perseguição política contra ele continuou. Além de perder o cargo de pesquisador na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi obrigado a se exilar.

Evandir permaneceu fora do país por cerca de seis anos. Inicialmente, ele ficou na Argentina. Depois passou por União Soviética, França, Bélgica e Itália. Retornou ao Brasil em 1980, após ser sancionada a Lei 6.683/1979, que concedeu anistia aos acusados de crimes políticos. O regime militar o monitorou até no exterior, conforme documentos dos autos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Justiça condena Sikêra Jr. e RedeTV! por chamar homem inocente de "estuprador"

A decisão, de segunda instância, ainda cabe recurso

Sikêra Jr. (Foto: Reprodução)

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a RedeTV! e o apresentador Sikêra Jr. a pagar R$ 20 mil de indenização a um motorista de Uber falsamente acusado de ser "bandido" e "estuprador" durante o programa Alerta Nacional, em 2022. Conforme relatado pelo f5, o homem teve a sua imagem exibida no programa. A decisão, de segunda instância, ainda cabe recurso.

O caso envolve uma corrida de Uber, na qual uma passageira se assustou ao ver o motorista fechar os vidros e aplicar uma substância nas mãos, imaginando que seria sedada. A mulher saiu do carro e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, mas a investigação foi arquivada após a perícia confirmar que o produto era álcool em gel. O homem foi inocentado.

A defesa de Sikêra Jr. argumentou que o apresentador não mencionou o nome do motorista e que os comentários feitos no programa foram genéricos.

Além da indenização, a emissora foi condenada a veicular uma retratação em um telejornal de horário nobre.

fonte: Brasil 247 com a coluna F5 da Folha de S. Paulo

Datafolha: 58% dos eleitores rejeitam Boulos no segundo turno contra Nunes em São Paulo

Atual prefeito conta com rejeição de 37%

Guilherme Boulos e Ricardo Nunes (Foto: Felipe Gonçalves/Brasil 247 | Isadora de Leão Moreira/Governo de São Paulo)


Pesquisa Datafolha sobre o segundo turno na cidade de São Paulo, divulgada nesta quinta-feira (10), aponta que o candidato do Psol, Guilherme Boulos, é o mais rejeitado, com 58% dos eleitores consultados afirmando que não votariam no deputado federal de forma alguma. Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes, do MDB, tem 37% de rejeição.

A pesquisa também revela que 11% dos eleitores consideram votar em Boulos, enquanto 30% afirmam que votarão nele com certeza. No caso de Nunes, os percentuais são de 25% de eleitores indecisos e 48% que garantem o voto.

Em termos gerais, Nunes aparece à frente, com 55% das intenções de voto para o segundo turno das eleições em São Paulo. Guilherme Boulos tem 33%.

Fonte: Brasil 247

Datafolha: Fuad lidera a disputa pelo segundo turno em Belo Horizonte

O prefeito da capital mineira tem Bruno Engler (PL) como seu adversário

Fuad Noman (à esq.) e Bruno Engler (Foto: Divulgação I ALMG)

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (10), mostrou o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), em primeiro lugar, ao atingir 48% das intenções de voto, na disputa pelo segundo turno, marcado para acontecer no dia 27 de outubro.

O deputado estadual Bruno Engler (PL) conseguiu 41% dos eleitores. De acordo com os números, 8% afirmaram que votarão branco, nulo ou não deram voto em candidatura alguma, e 4% não souberam responder.

Foram entrevistados 910 eleitores da capital mineira entre terça-feira (8) e quarta-feira (9). A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais, nível de confiança de 95%. Contratado pela Folha e pela TV Globo, o levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral com o número MG-09634/2024.

Fonte: Brasil 247

Datafolha em SP: Ricardo Nunes tem 55% e Boulos 33% das intenções de voto no segundo turno da eleição

A margem de erro é de 3 pontos percentuais

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos (Foto: Edson Lopes JR./Prefeitura SP e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (10), mostra Ricardo Nunes (MDB) à frente com 55% das intenções de voto para o segundo turno das eleições em São Paulo. Guilherme Boulos (PSOL) tem 33%.

Entre os eleitores que votaram em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, 84% agora apoiam Nunes, enquanto apenas 4% preferem Boulos. Já entre os eleitores de Tabata Amaral (PSB), 35% indicam apoio a Nunes e 50% a Boulos. A pesquisa estimulada também aponta que 10% dos eleitores pretendem votar em branco ou nulo, e 2% estão indecisos.

Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são mencionados, Nunes aparece com 41% das intenções de voto, enquanto Boulos tem 29%. Neste cenário, 10% dos eleitores pretendem votar em branco ou nulo, e 12% estão indecisos.

O levantamento também apontou que 59% dos eleitores afirmam votar porque não veem outra opção melhor, enquanto 40% acreditam estar votando no candidato ideal. Além disso, 85% dos entrevistados dizem que já estão totalmente decididos sobre o voto, embora 15% dos eleitores de Nunes e 13% dos de Boulos tenham admitido que podem mudar de ideia até o dia da eleição.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 9 de outubro, com 1.204 eleitores da cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". O registro na Justiça Eleitoral tem o protocolo SP-04306/2024.

Fonte: Brasil 247