quinta-feira, 10 de outubro de 2024

"Boulos deve usar o segundo turno para radicalizar e politizar a sociedade", diz Mascaro

Filósofo defende que, mesmo com uma possível derrota, a esquerda aproveite a oportunidade para mobilizar a população

(Foto: ABR | Bruno Cruz / Agência Pará)

Em entrevista ao canal TV 247, o filósofo e jurista Alysson Mascaro abordou a eleição municipal de São Paulo e fez uma análise ousada sobre a estratégia que Guilherme Boulos deveria adotar no segundo turno. Para Mascaro, a campanha de Boulos precisa ser mais agressiva e politizadora, mesmo que as chances de vitória sejam pequenas. "Somando os votos de Ricardo Nunes e Pablo Marçal, a direita já chega a 60% dos votos. O teto da esquerda em São Paulo parece ser 40%", afirmou. "A eleição em São Paulo tende a ser 60% a 40% para o Ricardo Nunes", acrescentou.

Radicalizar e mobilizar: a única saída para a esquerda

Mascaro sugere que Boulos assuma um discurso mais radical e aproveite a campanha para politizar e mobilizar a sociedade para as eleições futuras. "Já que vai perder, por que não assume um programa de esquerda? Não seria melhor ter sangue no olho e politizar a população?", questionou o filósofo. Ele argumenta que a estratégia de tentar moderar o discurso para conquistar eleitores de centro é inútil, pois "o centro não entrega nada para o povo. Entrega teto de gastos, entrega juros para os especuladores".

Para Mascaro, a postura defensiva e moderada não serve para enfrentar a extrema-direita em um momento de crise do capitalismo. "A direita promete destruir – e não promete entregar – e é por isso que ela se sobressai", disse. Ele destacou o exemplo de Pablo Marçal, que, segundo ele, ganhou votos por ser um candidato provocador: "Marçal só ganhou martelando. Se Boulos não martela, o que ele ganha com isso?"

A esquerda precisa politizar e ter propostas ousadas

A recomendação de Mascaro é clara: radicalizar para politizar. Ele sugere que Boulos proponha medidas concretas e de impacto popular, como a tarifa zero no transporte público. "Ele poderia, por exemplo, prometer ônibus grátis para toda a população", afirmou o filósofo, argumentando que esse tipo de proposta não apenas atrairia eleitores, mas também mostraria uma postura corajosa e comprometida com mudanças reais. "É preciso rachar a cabeça do povo", enfatizou. "Cadê a martelada da esquerda?"

Mascaro acredita que a esquerda brasileira tem sido excessivamente "boazinha" e conciliadora, e que essa postura não mobiliza a população. "Não podemos ter esquerda boazinha. Precisamos de uma esquerda que queira mudar o mundo", disse. Para ele, as forças progressistas precisam deixar de lado a moderação e assumir posições que realmente toquem nas necessidades e anseios das classes populares.

Construindo um movimento para o futuro

Ao defender uma estratégia mais combativa para Boulos, Mascaro também destacou a importância de usar o segundo turno para preparar a esquerda para as eleições de 2026. "É preciso politizar a sociedade e mobilizá-la para 2026", declarou. Ele argumenta que, mesmo que a derrota pareça inevitável, há valor em transformar a campanha em um espaço de conscientização e de construção de um movimento mais forte e organizado para o futuro.

"Se é para perder, que seja mobilizando o povo, criando uma narrativa que desafie a ordem e inspire mudanças", concluiu Mascaro, sugerindo que a esquerda precisa agir com coragem e determinação para romper com a hegemonia da extrema-direita e construir uma alternativa viável de transformação social. Assista:


Fonte: Brasil 247

Moraes prorroga investigação em caso de ex-assessor e manda ouvir delegada

Investigadores da PF apuram o vazamento de dados do celular de Eduardo Tagliaferro, que foi assessor de Alexandre de Moraes no TSE

Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu nesta quarta-feira (10) que os investigadores da Polícia Federal terão mais 30 dias para obter mais informações sobre o vazamento de dados do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do magistrado quando o juiz era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (agosto de 2022 a julho de 2024). De acordo com a decisão do STF, os agentes da PF também precisarão ouvir a delegada Jaqueline Menon, da Polícia Civil de São Paulo, que devolveu o aparelho a Tagliaferro após ele ser solto. O celular foi entregue na delegacia de Franco da Rocha, na Grande SP, local diferente de onde ele foi preso.

Segundo informações do jornalista Glenn Greenwald, Moraes pediu informalmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a produção de relatórios sobre os investigados nos inquéritos das milícias digitais e das fake news, duas investigações que atingem políticos e influenciadores bolsonaristas.

O ministro e a PF também querem que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo encaminhe cópia do auto de prisão e do boletim de ocorrência por violência doméstica registrado contra Tagliaferro. Segundo a PF, ele teve seus dados alterados.

Pela decisão de Moraes, também será feita uma auditoria interna na Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo sobre o eventual acesso aos dados do aparelho. Moraes atendeu ao pedido da PF.

Sobre as denúncias do jornalista, o gabinete do ministro afirmou que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF". Moraes disse haver "integral participação da Procuradoria-Geral da República" nas investigações.

Ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do TSE, no período em que Moraes presidiu a Corte Eleitoral. Ele foi demitido após ser preso, em 9 de maio do ano passado, por violência doméstica. Na ocasião, teve o celular apreendido pela Polícia Civil de São Paulo.

Fonte: Brasil 247

“Aqui é Brasil”: o primeiro post de Lula no X após desbloqueio


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a publicar no X (antigo Twitter) nesta quinta-feira (10) após a rede social ser desbloqueada no país.

“Aqui é Brasil”, escreveu Lula, seguido da bandeira nacional.


A última publicação do petista na plataforma foi feita no dia 30 de agosto, dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a suspensão da rede social após reiterados descumprimentos judiciais.

O X voltou a operar na terça-feira (8), após a empresa do bilionário Elon Musk cumpriu as exigências do STF e pagou as multas no valor de R$ 28,6 milhões.

A multa foi paga na última sexta-feira (4), mas Moraes apontou que o dinheiro havia sido transferido para uma conta errada. Antes de decidir pela volta do serviço, o ministro pediu uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirmou que não existiam motivos para manter a rede social bloqueada.

Fonte: DCM

68% dos eleitores de Nunes não o consideram candidato ideal, diz Datafolha

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, durante sabatina na Globo. Foto: reprodução

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (10), revelou que 68% dos eleitores de Ricardo Nunes (MDB) não têm convicção no votos, ou seja, afirmam reelegeriam o prefeito de São Paulo por falta de uma opção melhor, enquanto apenas 31% o apoiam por considerá-lo o candidato ideal.

Nunes enfrentará Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno das eleições municipais, que conta com um cenário invertido entre seus eleitores: 56% o veem como o candidato ideal, e 43% afirmam votar nele por falta de outra opção viável.

A pesquisa também abordou o comportamento dos eleitores que apoiaram Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022. Entre eles, 72% justificam seu voto atual por falta de opção, enquanto 27% afirmam que seu candidato é o ideal.
Crédito na imagem

O ex-presidente, que oficialmente articula pela reeleição de Nunes e indicou o coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL) como vice na chapa, foi relutante ao longo da campanha em demonstrar um apoio mais incisivo ao atual prefeito. Ele chegou a elogiar o influenciador Pablo Marçal (PRTB), que despertou o interesse de parte da extrema-direita e até de políticos bolsonaristas, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

No caso dos eleitores do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também apoia Nunes, a tendência é semelhante. Apenas 28% consideram o prefeito o candidato ideal, enquanto 71% declaram votar nele por falta de uma opção melhor.

Entre os eleitores que apoiam o presidente Lula (PT), o cenário é mais equilibrado. Para 54% deles, o candidato que recebem seu voto é considerado ideal, enquanto 45% dizem votar por falta de uma escolha melhor. O presidente indica a eleição de Boulos e foi uma peça importante nas articulações políticas que trouxeram a ex-prefeita Marta Suplicy de volta ao PT para compor a chapa do candidato do PSOL como vice.

Os números do Datafolha mostram um segundo turno ainda mais polarizado e com forte influência de alianças políticas. No primeiro turno, Nunes obteve 29,48% dos votos, Boulos ficou logo atrás, com 29,07%, e Marçal, em terceiro lugar, conquistou 28,14%.

Outros candidatos como Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) somaram percentuais menores: 9,91%, 1,84% e 1,38%, respectivamente.

Em relação ao segundo turno, a pesquisa indica que 57% dos eleitores que apoiam Nunes farão isso porque acreditam que ele é o melhor candidato. Por outro lado, 34% desses eleitores votam no prefeito para evitar a vitória de Boulos. Entre os eleitores de Boulos, a maioria, 70%, afirma que o considera o melhor candidato, enquanto 19% declaram que seu voto é motivado por uma intenção de derrotar Nunes.

A pesquisa Datafolha entrevistou 1.204 eleitores de São Paulo nos dias 8 e 9 de outubro. Encomendada pela Folha e pela TV Globo, o levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-04306/2024. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: DCM

84% dos eleitores de Marçal vão votar em Nunes, aponta Datafolha

Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) durante debate da Band no primeiro turno. Foto: Reprodução

A grande maioria dos eleitores de Pablo Marçal (PRTB) votará em Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno da eleição pela Prefeitura de São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (10) aponta que 84% dos que votaram no ex-coach no primeiro turno declaram que escolheram o atual prefeito.

Marçal ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 1.719.274 votos (28,14% do total). A migração dos votos ocorre mesmo após Nunes rejeitar seu apoio no segundo turno e o ex-coach dizer que Boulos venceria a disputa.

Metade dos eleitores de Tabata Amaral (PSB), quarta colocada no primeiro turno, deve migrar para o psolista na disputa contra Nunes, que herdará cerca de um terço (35%) de seus 605.552. A deputada federal manifestou seu voto no colega no domingo (6), logo após a divulgação do resultado.

O psolista ficaria com apenas 4% dos eleitores de Marçal no segundo turno. Boulos lidera a rejeição na capital paulista e 92% dos que votaram em Marçal no primeiro turno afirmam que jamais votariam nele na segunda etapa.

Apoiado por Tabata Amaral (PSB), Guilherme Boulos (PSOL) herdará metade dos seus votos. Foto: Reprodução

No cenário geral, Nunes lidera com 22 pontos de vantagem sobre Boulos. O atual prefeito é o favorito de 55% dos eleitores, enquanto o psolista tem voto declarado de 33% deles.

O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores com mais de 16 anos na capital paulista entre os dias 8 e 9 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: DCM

Nunes diz que Guedes será secretário da Fazenda “se Bolsonaro indicar”

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Foto: Reprodução

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) afirmou que aceitaria nomear Paulo Guedes, ministro da Economia no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como seu secretário da Fazenda. O posto é ocupado atualmente por Luis Felipe Arellano em sua gestão.

O emedebista diz que não fará loteamento de cargos caso seja reeleito, mas que nomearia o economista em sua gestão caso ele fosse sugerido por Bolsonaro. “Se ele indicar o Paulo Guedes como secretário da Fazenda, está aceito”, afirmou Nunes em entrevista à Record TV.

A menção ao nome do economista foi feita espontaneamente pelo prefeito. Ele foi questionado se nomearia secretários indicados por Bolsonaro e respondeu que aceitaria “um nome positivo”, como o de Guedes. “É um nome bom”, avaliou.

Guedes não ocupa um cargo público desde que deixou o governo Bolsonaro, no fim de 2023. Ele virou sócio da Legend Capital, uma gestora de patrimônio e capital.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Edu Andrade/Ascom/ME

Nunes elogiou o atual titular da Fazenda e disse que conversaria com ele caso Guedes fosse uma possibilidade para a pasta. “É procurador de carreira, formado em Matemática e Direito. É um grande secretário da Fazenda, mas o Paulo Guedes é muito bem-vindo”, prosseguiu.

Ele ainda negou ter feito “acordo de cargo” com os partidos que fazem parte de sua coligação ou prometido pastas no governo a quem apoiasse sua candidatura. O prefeito diz que terá um “secretariado técnico” se for reeleito.

Fonte: DCM com informações da Record TV

Não se mexe em instituição que funciona, diz Barroso após avanço de PECs contra STF

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou quatro propostas que limitam e controlam a atuação do Supremo

Luís Roberto Barroso (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

Conjur - O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quinta-feira (10/10) que “interesses políticos” e circunstâncias eleitorais não devem guiar alterações em “instituições que estão funcionando”.

A declaração foi proferida um dia depois de a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovar quatro propostas que limitam e controlam a atuação do Supremo.

Avançaram na CCJ da Câmara duas propostas de emenda à Constituição que tratam sobre o tema. Uma delas (PEC 8/2021) limita decisões monocráticas de ministros do STF. A outra (PEC 28/2024) permite que o Congresso anule liminares quando o Legislativo achar que o Supremo “extrapolou sua competência”.

Também foram aprovados dois projetos de lei. O PL 4.754/2016 define que ministros respondem por crimes de responsabilidade quando “usurparem” funções do Legislativo.

Já o PL 658/2022 estabelece que ministros podem responder por crimes de responsabilidade caso se manifestem publicamente sobre processos pendentes de julgamento, ou emitam “juízo depreciativo sobre atividades de outros poderes da República”.

Supremo reage - A resposta de Barroso foi dada no início da sessão plenária desta quinta-feira. O discurso tratou dos 36 anos da Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988.

Segundo Barroso, interesses políticos e eleitorais não podem levar a mudanças em instituições que estão funcionando. O ministro não citou diretamente o avanço das propostas na Câmara.

“Nós decidimos as questões mais divisivas dividem a sociedade brasileira, num mundo plural. Não existem unanimidades. Porém, não se mexe em instituições que estão funcionando e cumprindo bem a sua missão por injunções dos interesses políticos circunstanciais e dos ciclos eleitorais”, disse.

“As Constituições existem, precisamente, para que os valores permanentes não sejam afetados pelas paixões de cada momento. Nós aqui seguimos firmes na defesa da democracia, do pluralismo e da independência e harmonia entre os Poderes”, prosseguiu o presidente do Supremo.

O ministro também afirmou que o STF é “passível de erros”, mas cumpriu o seu papel e serviu bem ao país nos 36 anos de vigência da Constituição de 1988.

“Como toda instituição humana, o Supremo é passível de erros e está sujeito a críticas e a medidas de aprimoramento. Porém, se o propósito de uma Constituição é assegurar o governo da maioria, o Estado de direito e os direitos fundamentais, e se o seu guardião é o Supremo, chega-se à reconfortante constatação de que o Tribunal cumpriu o seu papel e serviu bem ao país nesses 36 anos de vigência da Carta de 1988.”

‘Tribunal valorizou a política’ - Decano da corte, o ministro Gilmar Mendes também falou no começo da sessão desta quinta. Segundo ele, o Supremo valorizou a democracia, a normalidade institucional e a política.

“(O Supremo) soube sempre valorizar a política, entendo que sem política não se faz democracia, de modo que é fundamental que neste momento, em que celebramos os 36 anos da Constituição de 1988, que esses feitos todos sejam relembrados.”

Citando as eleições e a urna eletrônica, o ministro também disse que a política voltou a “respirar ares de normalidade” também por causa da atuação do Supremo.

“E o tribunal não fez nada mais nada menos do que o seu dever de defender a democracia, o Estado de Direito e os direitos fundamentais”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

CPI da Manipulação de Jogos e Apostas do Senado convoca jogador Lucas Paquetá

Em maio, Paquetá foi acusado pela Associação de Futebol da Inglaterra de manipular apostas ao receber cartões intencionalmente em jogos do seu time

(Foto: Divulgação / West Ham)

BRASÍLIA (Reuters) - A CPI do Senado que apura Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas quer ouvir o meio-campista Lucas Paquetá, do West Ham e da seleção brasileira, acusado de tentar intencionalmente receber cartões em partidas para manipular o mercado de apostas.

Convocado pelos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o jogador é obrigado a comparecer à audiência, já marcada para 29 de outubro, dia em que também haverá o depoimento da influenciadora digital Deolane Bezerra.

"Eu acho um absurdo, eu acho abominável o jogador Paquetá ainda estar na seleção brasileira, sendo convocado, jogando... sendo que o nome dele está totalmente sendo investigado", disse o presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), durante sessão da comissão na quarta-feira.

Senadores lembraram que o jogador já havia sido convidado para depor à CPI, mas não compareceu.

Em maio, Paquetá foi acusado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA) de agir intencionalmente para receber cartões em partidas do seu time na intenção de manipular o mercado de apostas.

À época, o meio-campista afirmou em seu perfil do Instagram que estava "extremamente surpreso e chateado" com a decisão da federação inglesa de acusá-lo e negou irregularidades.

A CPI foi criada no Senado para "apurar fatos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Governo de São Paulo é condenado a indenizar preso político torturado no regime militar

Durante os três meses e 20 dias em que ficou encarcerado, Evandir Vaz de Lima, atualmente com 77 anos, foi interrogado e torturado

Ditadura militar (Foto: Arquivo Nacional )

Conjur - A 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo afastou as alegações do governo paulista de prescrição, ilegitimidade passiva e de ausência de comprovação de culpa e manteve a sentença que o condenou a pagar indenização de R$ 50 mil, por dano moral, a um preso político durante o regime militar.

Conforme a inicial, durante os três meses e 20 dias em que ficou encarcerado, Evandir Vaz de Lima, atualmente com 77 anos, foi interrogado e torturado, perdendo a audição do ouvido direito.

A sua prisão ocorreu em abril de 1974. Na época, ele cursava a Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.

A ação de dano moral foi ajuizada em agosto de 2023. Em sentença prolatada no dia 6 de março deste ano, o juiz Bruno Nascimento Troccoli, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santos (SP), julgou a demanda parcialmente procedente, fixando a indenização em R$ 50 mil. O autor havia pleiteado R$ 100 mil.

Imprescritibilidade - O estado de São Paulo alegou em seu recurso de apelação que o direito do autor prescreveu devido ao transcurso do prazo legal de cinco anos. Sustentou, ainda, ser parte ilegítima, porque os órgãos de repressão na ditadura militar eram geridos pela União. Por fim, argumentou que não ficou comprovada a submissão do autor a tortura por agentes públicos paulistas.

Segundo o acórdão, é “patente a inexistência de prescrição quinquenal”, em razão da Súmula 647 do Superior Tribunal de Justiça. Ela diz que “são imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar”.

Relator do recurso de apelação, o desembargador Marrey Uint rejeitou a alegação de ilegitimidade passiva e o pedido de chamamento ao processo da União, porque os fatos narrados pelo autor são atribuídos apenas a agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Deops) e da Delegacia da Ordem Política e Social, ambos de São Paulo.

“As condutas imputadas pelo autor abarcam apenas agentes do estado de São Paulo, ligados diretamente à Secretaria de Segurança Pública local”, frisou o relator. Ele ainda citou o artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal, que consagra a responsabilidade objetiva estatal, a qual não exige a comprovação de culpa do agente público.

Segundo o relator, verifica-se nos autos o nexo de causalidade entre o evento danoso, caracterizado pela prisão irregular do autor e a sua submissão à tortura, e a conduta dos agentes públicos estaduais, que cometeram essas ilegalidades a pretexto de reprimir a suposta atuação subversiva de Evandir na política estudantil ligada à FEA-USP.

Documentos oficiais, não contestados quanto à veracidade, atestam a prisão e o interrogatório do autor por período prolongado, “sendo verossímil a caracterização de tortura, considerado o período histórico abarcado, bem como os fatos públicos e notórios correspondentes ao modelo de atuação policial durante o regime militar”, concluiu Uint.

Os desembargadores Leyser de Aquino e Gavião de Almeida seguiram o relator, inclusive, para manter a indenização fixada na sentença, por considerá-la adequada aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. Porém, os honorários advocatícios a serem pagos pelo estado foram elevados de 10% para 12% sobre o valor da condenação.

Exílio e anistia - De acordo com Evandir, ele e colegas de faculdade iniciaram a edição de um jornal para a difusão de ideias contrárias à ditadura militar.

Preso em 22 de abril de 1974 e recolhido ao Dops, Evandir foi solto em 12 de agosto daquele ano, após passar por sessões de interrogatório e tortura. Porém, segundo disse, a perseguição política contra ele continuou. Além de perder o cargo de pesquisador na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi obrigado a se exilar.

Evandir permaneceu fora do país por cerca de seis anos. Inicialmente, ele ficou na Argentina. Depois passou por União Soviética, França, Bélgica e Itália. Retornou ao Brasil em 1980, após ser sancionada a Lei 6.683/1979, que concedeu anistia aos acusados de crimes políticos. O regime militar o monitorou até no exterior, conforme documentos dos autos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Justiça condena Sikêra Jr. e RedeTV! por chamar homem inocente de "estuprador"

A decisão, de segunda instância, ainda cabe recurso

Sikêra Jr. (Foto: Reprodução)

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a RedeTV! e o apresentador Sikêra Jr. a pagar R$ 20 mil de indenização a um motorista de Uber falsamente acusado de ser "bandido" e "estuprador" durante o programa Alerta Nacional, em 2022. Conforme relatado pelo f5, o homem teve a sua imagem exibida no programa. A decisão, de segunda instância, ainda cabe recurso.

O caso envolve uma corrida de Uber, na qual uma passageira se assustou ao ver o motorista fechar os vidros e aplicar uma substância nas mãos, imaginando que seria sedada. A mulher saiu do carro e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, mas a investigação foi arquivada após a perícia confirmar que o produto era álcool em gel. O homem foi inocentado.

A defesa de Sikêra Jr. argumentou que o apresentador não mencionou o nome do motorista e que os comentários feitos no programa foram genéricos.

Além da indenização, a emissora foi condenada a veicular uma retratação em um telejornal de horário nobre.

fonte: Brasil 247 com a coluna F5 da Folha de S. Paulo

Datafolha: 58% dos eleitores rejeitam Boulos no segundo turno contra Nunes em São Paulo

Atual prefeito conta com rejeição de 37%

Guilherme Boulos e Ricardo Nunes (Foto: Felipe Gonçalves/Brasil 247 | Isadora de Leão Moreira/Governo de São Paulo)


Pesquisa Datafolha sobre o segundo turno na cidade de São Paulo, divulgada nesta quinta-feira (10), aponta que o candidato do Psol, Guilherme Boulos, é o mais rejeitado, com 58% dos eleitores consultados afirmando que não votariam no deputado federal de forma alguma. Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes, do MDB, tem 37% de rejeição.

A pesquisa também revela que 11% dos eleitores consideram votar em Boulos, enquanto 30% afirmam que votarão nele com certeza. No caso de Nunes, os percentuais são de 25% de eleitores indecisos e 48% que garantem o voto.

Em termos gerais, Nunes aparece à frente, com 55% das intenções de voto para o segundo turno das eleições em São Paulo. Guilherme Boulos tem 33%.

Fonte: Brasil 247

Datafolha: Fuad lidera a disputa pelo segundo turno em Belo Horizonte

O prefeito da capital mineira tem Bruno Engler (PL) como seu adversário

Fuad Noman (à esq.) e Bruno Engler (Foto: Divulgação I ALMG)

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (10), mostrou o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), em primeiro lugar, ao atingir 48% das intenções de voto, na disputa pelo segundo turno, marcado para acontecer no dia 27 de outubro.

O deputado estadual Bruno Engler (PL) conseguiu 41% dos eleitores. De acordo com os números, 8% afirmaram que votarão branco, nulo ou não deram voto em candidatura alguma, e 4% não souberam responder.

Foram entrevistados 910 eleitores da capital mineira entre terça-feira (8) e quarta-feira (9). A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais, nível de confiança de 95%. Contratado pela Folha e pela TV Globo, o levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral com o número MG-09634/2024.

Fonte: Brasil 247

Datafolha em SP: Ricardo Nunes tem 55% e Boulos 33% das intenções de voto no segundo turno da eleição

A margem de erro é de 3 pontos percentuais

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos (Foto: Edson Lopes JR./Prefeitura SP e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (10), mostra Ricardo Nunes (MDB) à frente com 55% das intenções de voto para o segundo turno das eleições em São Paulo. Guilherme Boulos (PSOL) tem 33%.

Entre os eleitores que votaram em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, 84% agora apoiam Nunes, enquanto apenas 4% preferem Boulos. Já entre os eleitores de Tabata Amaral (PSB), 35% indicam apoio a Nunes e 50% a Boulos. A pesquisa estimulada também aponta que 10% dos eleitores pretendem votar em branco ou nulo, e 2% estão indecisos.

Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são mencionados, Nunes aparece com 41% das intenções de voto, enquanto Boulos tem 29%. Neste cenário, 10% dos eleitores pretendem votar em branco ou nulo, e 12% estão indecisos.

O levantamento também apontou que 59% dos eleitores afirmam votar porque não veem outra opção melhor, enquanto 40% acreditam estar votando no candidato ideal. Além disso, 85% dos entrevistados dizem que já estão totalmente decididos sobre o voto, embora 15% dos eleitores de Nunes e 13% dos de Boulos tenham admitido que podem mudar de ideia até o dia da eleição.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 9 de outubro, com 1.204 eleitores da cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". O registro na Justiça Eleitoral tem o protocolo SP-04306/2024.

Fonte: Brasil 247

Trabalhador resgatado em fazenda de Leonardo diz que formigas e cupins andavam por cima dele durante a noite

“A casa é muito ruim e está cheirando muito mal. Há muito morcego no alojamento, as formigas e cupins andam por cima dos empregados", disse

Banheiro imundo, sem água, encontrado na Fazenda Lakanka, de Leonardo, em Goiás (Foto: Reprodução/Relatório Fotográfico da Inspeção)


Um trabalhador resgatado em uma operação de fiscalização, realizada em novembro de 2023 na Fazenda Lakanka, no noroeste goiano, relatou as condições desumanas que enfrentou durante o período em que trabalhou no local. A notícia foi divulgada pelo g1, que teve acesso ao relatório do Ministério Público do Trabalho e Emprego (MTE). Entre os problemas destacados, o empregado mencionou a presença de animais como morcegos, formigas e escorpiões, além de uma estrutura precária para descanso e higiene. As informações são do G1.

"A casa é muito ruim e está cheirando muito mal. Há muito morcego no alojamento, as formigas e cupins andam por cima dos empregados enquanto estão deitados. Também já vi escorpião e lacraia dentro do alojamento e tenho medo de sair à noite, devido à existência de muitos animais", relatou o trabalhador, evidenciando o pavor vivido durante sua estadia na fazenda.

A operação de resgate encontrou seis trabalhadores em condições análogas à escravidão, incluindo um adolescente de 17 anos. Esses trabalhadores desempenhavam a catação de raízes para a preparação do solo, uma etapa anterior ao cultivo de soja e grama. Eles estavam alojados em uma casa abandonada e precária, sem camas ou banheiro, com fezes de morcegos espalhadas pelos cômodos e sem acesso a água potável tratada.
Responsabilidade dividida

Embora a fazenda seja de propriedade do cantor Leonardo, cujo nome verdadeiro é Emival Eterno da Costa, o terreno estava arrendado desde 2022 para outra pessoa, responsável pelo cultivo. Em suas redes sociais, Leonardo afirmou que desconhecia as condições vividas pelos trabalhadores e lamentou profundamente a situação. “Surgiu um funcionário lá nessa fazenda que eu arrendei, que eu não conheço, nunca vi falar [...] Eu, do meu coração, jamais, jamais faria isso. Então, eu acho que há um equívoco muito grande sobre a minha pessoa”, disse o cantor.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Boulos tenta ampliar eleitorado e promete incorporar propostas da campanha de Pablo Marçal

"O compromisso que eu assumo com esses eleitores, inclusive, são compromissos de pautas. Um deles é de não governar de porta fechada em gabinete", disse

Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Raffa Neddermeyer/ABr | Reprodução/YT)

O deputado federal Guilherme Boulos, candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo, anunciou que pretende incorporar propostas do ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal (PRTB), que ficou fora do segundo turno das eleições municipais. A estratégia visa atrair os eleitores que buscaram em Marçal uma “vontade de mudança”, sem um forte vínculo ideológico com o então candidato.

“O compromisso que eu assumo com esses eleitores, inclusive, são compromissos de pautas. Um deles é de não governar de porta fechada em gabinete”, afirmou Boulos em entrevista à CBN, segundo o Metrópoles.

Boulos também destacou a proposta de Marçal sobre as chamadas "escolas olímpicas", que defendem a integração do esporte no ambiente escolar como uma ferramenta para oferecer oportunidades a jovens e adolescentes. “O conceito de você integrar o esporte como uma oportunidade para os jovens... O que estava no meu plano de governo é educação integral com cultura e esporte. É uma coisa que eu vou assumir”, acrescentou.

A rivalidade entre Boulos e Marçal foi marcada por ataques pessoais durante a campanha. Marçal chegou a apresentar um laudo médico falso alegando que o adversário usava drogas, o que levou à suspensão de suas redes sociais pela Justiça Eleitoral.

Na entrevista, Boulos também acenou aos pequenos empreendedores, taxistas e motoristas de aplicativo. Ele anunciou a proposta de liberar o rodízio para motoristas de Uber e planeja criar bases de apoio para motoboys em todos os 96 distritos da cidade. “Para você, que está nos ouvindo e é motoqueiro, motoboy, eu vou fazer as bases de apoio para os motoboys. É um lugar onde ele vai poder descansar, carregar o celular”, declarou.

Enquanto isso, após o primeiro turno, Marçal se posicionou em favor de Ricardo Nunes (MDB) sob a condição de que o atual prefeito aceitasse algumas de suas pautas. No entanto, Nunes rejeitou a oferta, levando Marçal a libertar seus eleitores para decidirem como votar e a prever que Boulos deverá vencer a eleição.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Terceiro voo da FAB pousa em São Paulo trazendo mais 217 pessoas do Líbano

Até agora, 672 brasileiros que viviam no Líbano, ou parentes deles, foram repatriados desde a intensificação do conflito no país pelas forças israelenses
Operação “Raizes do Cedro” em Guarulhos. Foto Paulo Pinto/Agencia Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Agência Brasil - Mais 217 passageiros e cinco animais de estimação vindos do Líbano desembarcaram nesta quinta-feira (10) de manhã na Base Aérea em Guarulhos, no terceiro voo da Operação Raízes do Cedro. Até agora, 672 brasileiros que viviam no Líbano, ou parentes deles, foram repatriados desde a intensificação do conflito no país pelas forças israelenses, que passaram a atacar alvos do grupo Hezbollah em território libanês.

A estimativa da Força Aérea Brasileira (FAB) é trazer cerca de 3 mil dos 21 mil brasileiros que estão no Líbano. Conforme a FAB, devem ser transportados aproximadamente 500 passageiros por semana, que na ida e na volta precisam fazer escala em Lisboa, Portugal, para reabastecimento.

A aeronave utilizada pela FAB é um KC-30, com capacidade para 230 pessoas. Neste terceiro voo, um passageiro de 41 anos precisou ficar em Lisboa por suspeita de trombose. Ele está sendo tratado e acompanhado pelo consulado brasileiro na cidade portuguesa.

Do total de passageiros dos três voos, cerca de 80 deles são estrangeiros parentes de brasileiros. Há também estrangeiros que utilizaram a aeronave brasileira, em comum acordo entre os governos do Brasil e do Líbano. Alguns são naturais de Uruguai, da Argentina e Venezuela.

A organização dos próximos voos, conforme o Ministério das Relações Exteriores, está sendo feito por meio de contato entre a embaixada brasileira em Beirute e os cidadãos brasileiros e seus familiares.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Gleisi cobra "severa vigilância" sobre o X e investigação dos "extremistas" que furaram o bloqueio da rede

Presidente do PT destacou o "histórico de desobediência e desrespeito" da plataforma mediante a Justiça e as leis brasileiras

Gleisi Hoffmann e Elon Musk (Foto: Gabriel Paiva/Câmera dos Deputados | Reuters)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reiterou a necessidade de fiscalização rigorosa sobre a rede social X, antigo Twitter, após a liberação do uso da plataforma no Brasil. Gleisi ressaltou que a volta do X não exclui a responsabilidade de investigar os perfis de extremistas que, segundo ela, usaram a rede para cometer crimes e burlar a decisão de bloqueio temporário imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Ficou claro que, para atuar no Brasil, é necessário estar submetido à legislação nacional, respeitando nossa soberania", afirmou a deputada. Ela enfatizou que o histórico da plataforma é marcado por episódios de "desobediência e desrespeito", o que justifica a necessidade de uma supervisão contínua e rigorosa por parte do Judiciário brasileiro. "E, por garantia, acredito que essa rede deve ser mantida sob a mais severa vigilância da justiça", completou. Segundo Gleisi, é crucial que aqueles que burlaram o bloqueio sejam identificados e punidos.

A postura da deputada também reflete uma pressão do governo e de parlamentares para que plataformas digitais e redes sociais atuem de acordo com a legislação brasileira, sob pena de sanções e restrições.

Fonte: Brasil 247

YouTube supera Globo e TVs abertas pela 1ª vez e é plataforma mais assistida no Brasil

De acordo com estudo da Kantar Ibope, o YouTube atinge 75 milhões de espectadores, ultrapassando o total combinado das 5 principais emissoras de TV aberta
Silhueta de pessoas em frente ao logo do Youtube projetado (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

Em um marco histórico para o consumo de mídia no Brasil, o YouTube superou, pela primeira vez, a audiência das principais emissoras de TV aberta, incluindo a Globo. A pesquisa, realizada pela Kantar Ibope e apresentada pelo Google em um evento voltado ao mercado publicitário nesta quarta-feira (9), revela que a plataforma de vídeos é agora a mais assistida pelos brasileiros com 18 anos ou mais, de acordo com reportagem do jornalista Gabriel Lima no portal Metrópoles..

De acordo com o estudo, o YouTube atinge 75 milhões de espectadores através de diversas telas — como televisores conectados, desktops, celulares e outros dispositivos. Esse número ultrapassa o total combinado das cinco principais emissoras de TV aberta, que alcançam 73 milhões de pessoas. O aumento da audiência na plataforma está fortemente associado à transmissão de eventos esportivos, como a Eurocopa e as Olimpíadas de Paris pela CazéTV, além da reprodução de músicas e conteúdos exclusivos.

“Ao início, precisávamos ensinar as pessoas a acessarem o YouTube diretamente pela TV. Hoje, o brasileiro já sabe como se conectar e acessar nosso conteúdo esportivo. Nós promovemos essa mudança", destacou Patrícia Muratori, diretora do YouTube na América Latina, ao comentar o papel da plataforma na transformação do consumo de conteúdo audiovisual.

fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF prende assessor do PL envolvido na divulgação de fake news pela 'Abin Paralela' do governo Bolsonaro

Segundo as investigações, Daniel Ribeiro Lemos fazia a interface entre os vetores de fake news e a estrutura paralela ligada à Presidência da República

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)


A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (10), Daniel Ribeiro Lemos, um dos principais alvos da investigação que investiga monitoramentos ilegais realizados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo informações divulgadas pela PF, Lemos teria atuado na propagação de desinformação, fazendo a interface entre os vetores de fake news e uma estrutura paralela que operava diretamente na Presidência da República. O portal da transparência da Câmara dos Deputados indica que ele é assessor do deputado federal Pedro Junior (PL-TO).

De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, o relatório da Polícia Federal revela que Lemos atuava como uma espécie de "influencer", recebendo e disseminando conteúdos falsos produzidos por um núcleo clandestino da Abin. Mesmo após a desarticulação deste grupo, ele continuou a propagar notícias falsas em redes sociais, direcionando seus esforços especialmente para membros do PL, partido ao qual Bolsonaro é filiado.

A nota da Polícia Federal sobre a prisão enfatiza: "um dos suspeitos recebia conteúdos de desinformação produzidos pela organização criminosa e os disseminava valendo-se de seu acesso ao parlamento federal. O material também era enviado a agentes estrangeiros, induzindo-os ao erro."

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Banco Mundial: Brasil, de Lula, deve crescer 2,8% em 2024; Argentina, de Milei, deve encolher 3,5%

Relatório aponta cenário positivo para o Brasil e destaca crise econômica na Argentina

Lula e Milei (Foto: Ricardo Stuckert / PR | Agustin Marcarian/Reuters)


De acordo com um novo relatório divulgado pelo Banco Mundial, as economias do Brasil e da Argentina seguirão caminhos opostos em 2024. Enquanto o Brasil, sob o governo do presidente Lula (PT), deverá apresentar um crescimento de 2,8% no Produto Interno Bruto (PIB), a Argentina, liderada pelo ultradireitista Javier Milei, enfrentará uma retração de 3,5%, a segunda maior queda econômica na América Latina, atrás apenas do Haiti, que verá uma redução de 4,2% em seu PIB, informa o Página 12.

O economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, William Maloney, afirmou que o cenário na Argentina é preocupante, com o país mergulhado em uma crise econômica profunda que tem aumentado os índices de pobreza. Maloney, por outro lado, saiu em defesa das medidas fiscais adotadas pelo governo de Milei para reduzir a inflação que atualmente chega a 25% ao mês. Ele elogiou o que chamou de “esforços” do governo argentino. Mesmo com a recessão, o Banco Mundial demonstrou otimismo em relação ao futuro da economia argentina.

Enquanto isso, o Brasil de Lula se destaca na projeção do Banco Mundial como um dos motores de crescimento da região, com previsões positivas impulsionadas por políticas econômicas focadas em infraestrutura e programas sociais.

América Latina - O relatório do Banco Mundial aponta que a América Latina e o Caribe como um todo terão um crescimento moderado de 1,9% em 2024, com uma aceleração para 2,5% em 2025. O Brasil lidera entre as grandes economias da região, favorecido por um cenário político mais estável e políticas voltadas para o crescimento inclusivo. O governo de Lula tem investido em infraestrutura e programas sociais, o que, segundo Maloney, ajudará o país a manter um crescimento sustentável.

FMI alerta para pobreza na Argentina - Além das previsões do Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) também se pronunciou sobre a situação na Argentina. Julie Kozack, porta-voz do FMI, afirmou que o índice de pobreza no país atingiu 52,9% no primeiro semestre de 2024, e que a situação social continua “muito delicada”.

Durante uma conferência realizada em Washington, Kozack reconheceu os esforços do governo argentino para reduzir a inflação e promover reformas que estimulem o emprego e os investimentos. “As ações para reduzir a inflação e fomentar o crescimento econômico são fundamentais para a recuperação dos salários e da atividade econômica no futuro”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações do Página 12

Líder do PCdoB na Câmara critica PEC que limita STF: "desrespeito à independência dos Poderes"

O deputado Márcio Jerry classificou a proposta como uma tentativa de coagir a Suprema Corte brasileira: "absurdos como estes não avançarão”

Márcio Jerry (Foto: Antonio Araújo/Câmara dos Deputados)

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Márcio Jerry (MA), criticou veementemente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 28/24, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (9). A proposta permite ao Congresso Nacional suspender decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme a PEC 28/24, o Congresso poderá sustar uma decisão do STF se considerar que a Corte ultrapassou o exercício adequado de sua função de guarda da Constituição. Para isso, seria necessário o voto de 2/3 dos integrantes de cada uma das casas legislativas - Câmara e Senado. A suspensão teria duração de dois anos, podendo ser prorrogada uma única vez por mais dois anos. O STF, por sua vez, só poderá manter a decisão original se obtiver o apoio de 4/5 de seus membros.

Além disso, a proposta prevê que, em caso de liminar concedida individualmente por um ministro, o colegiado do Tribunal será automaticamente convocado para revisá-la. A PEC foi aprovada na CCJC por 38 votos a 12, apesar das acusações de inconstitucionalidade feitas por parlamentares de partidos alinhados ao governo.

O deputado Márcio Jerry classificou a PEC como uma ameaça à independência dos poderes e uma tentativa de coagir o STF. “A PEC 28/24 é um desrespeito à interdependência dos poderes da República e uma maneira de coagir o STF. Absurdos como estes não avançarão”, declarou o parlamentar. Ele acrescentou que as matérias aprovadas pela CCJC são "acintosamente desrespeitosas à democracia, à harmonia e interdependência dos poderes da República".

Parlamentares como o deputado Bacelar (PV-BA) também expressaram preocupação com a proposta. "Em que país do mundo o Poder Legislativo interfere no conteúdo de uma decisão judicial? Nós estamos caminhando para o caos", afirmou Bacelar.

Em defesa da proposta, o relator, deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), argumentou que a PEC visa conter o ativismo judicial. "Dá ao Congresso a possibilidade de criar um freio ao ativismo judicial desse pequeno grupo nomeado que age monocraticamente. Não se trata de se sobrepor ao Poder Judiciário, mas de coabitação dos dois Poderes", justificou.

A PEC 28/24 ainda precisa passar por uma comissão especial e ser aprovada pelo Plenário da Câmara, em dois turnos de votação, antes de seguir para análise do Senado.

[Com informações da Câmara dos Deputados]