quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Na China, Dilma diz que Brasil deve aproveitar oportunidades como Nova Rota da Seda

“O Banco tem uma grande característica ele é feito por e para os países do Sul Global”, disse a presidente do chamado Banco dos BRICS

Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)

Mauro Ramos, Brasil de Fato - A presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, recebeu em 29 de setembro, a mais alta honraria concedida pela República Popular da China, a Medalha da Amizade. Dilma, que deixará o banco em julho de 2025, conversou no mesmo dia da homenagem com os jornalistas das mídias brasileiras presentes em Pequim, na Casa de Hóspedes do Estado, Diaoyutai, na região oeste de Pequim.

Na coletiva, a presidenta abordou: a possível entrada do Brasil na Nova Rota da Seda (Iniciativa do Cinturão e Rota); o futuro do banco que preside e as possibilidades de uso crescente de moedas locais em vez do dólar; as políticas industriais no Brasil; e o crescimento e presença da extrema direita no mundo.

A presidenta destacou, em relação à Nova Rota da Seda, as características e vantagens que a iniciativa apresenta, como a possibilidade de instaurar parques industriais e tecnológicos e o fato de que a iniciativa não exige exclusividade. Dilma concluiu: “Eu acho que o Brasil tem que aproveitar todas as oportunidades que se lhe aparecem”.

“O Banco tem uma grande característica ele é feito por e para os países do Sul Global”, disse Dilma sobre o NDB, também conhecido como Banco dos Brics. As prioridades do banco são financiar cada vez mais o setor privado com moedas locais e financiar projetos sustentáveis.

A presidenta destacou um projeto com o qual o banco começou a trabalhar para produção de fertilizantes orgânicos a partir de resíduos orgânicos. Esse projeto faz parte das parcerias entre a Universidade de Agricultura da China e a Universidade de Brasília.

Confira a seguir a entrevista:

Brasil de Fato: O Brasil deve entrar na Iniciativa Cinturão e Rota?

Dilma Rousseff: A Iniciativa Cinturão e Rota é um programa da China, um bom programa de cooperação internacional. Por quê? Primeiro porque ele é o único existente, tem um escopo tão amplo, foi gasto US$ 1 trilhão (R$ 5,5 tri) nos últimos 10 anos. Ele abrange infraestrutura, rodovias, portos, aeroportos, infraestrutura digital, estruturas sociais, tanto de segurança quanto de saúde e educação e até de esgoto e água potável. É uma coisa importante para o Brasil e acho que para os países do Sul Global. A proposta de fazer uma parceria em industrialização, com indústrias, parques industriais e também transferência de tecnologia. Acho que essa é a grande oportunidade na cooperação internacional que o Cinturão e Rota traz. E essa questão dos parques industriais se você for ver ao longo de todo o traçado desse cinturão e rota, principalmente quando se trata dos países do Sul Global, como os do Oriente Médio, Arábia Saudita e Emirados tem parques industriais e tecnológicos, a Indonésia tem parque industrial e tecnológico.

Essa que eu acho que é a proposta fundamental para o Brasil. Eles chamam aqui toda a cooperação internacional deles do Programa Cinturão e Rota. Então, eu acredito que uma parceria em que você aproveite todas as possibilidades é muito importante.

O segundo aspecto: o Cinturão e Rota não exige exclusividade. Você pode fazer parceria com Cinturão e Rota e outras tantas que pretender. Terceira característica que eu julgo importante, tanto o Banco Mundial quanto o Banco Asiático de Desenvolvimento participam em investimentos correlatos, ou paralelos, inclusive tanto o Pnuma quanto o Pnud.

E em quarto: pela primeira vez você vê um país com proeminência internacional propondo desenvolvimento comum. Geralmente se propunha uma divisão de trabalho: “Olha eu me industrializo e você produz commodities”. Hoje produzir commodity é fundamental.Nós não podemos abrir mão de continuar sendo, por exemplo, o maior exportador de produtos alimentares, agrícolas e de proteínas para a China, porque somos o maior exportador do mundo. Mas o que nós não podemos é aceitar uma divisão do trabalho Internacional na qual nós produzimos commodities e eles produzem produtos manufaturados. Essa divisão do trabalho é antiga, ultrapassada e não nos interessa.

Temos de procurar uma parceria que transfira tecnologia. Como é que você alcança os países desenvolvidos? Eu acredito em duas coisas: acredito que um país tem de investir muito na educação e ao mesmo tempo procurar construir uma parceria com os melhores institutos internacionais. Por isso, naquele momento no passado eu fiz o Ciências Sem Fronteiras, porque precisamos de pós-doutor, doutor e uma formação também técnica, para você conseguir desenvolver tecnologia ou ser receptador também de tecnologia.

Você tem de conseguir transferência de outros países. Se eu não me engano, só a Inglaterra quando fez a Revolução Industrial não copiou de ninguém. Os Estados Unidos e Alemanha copiaram da Inglaterra, o Japão copiou dos Estados Unidos. A Coreia, do Japão e dos Estados Unidos. A China, dos Tigres Asiáticos e do Ocidente. Cada um vai copiando. O processo de transferência de tecnologia e de você conseguir chegar na Quarta Revolução Industrial é crucial para o Brasil.

O Brasil não pode ser consumidor só de plataformas como e-commerce ou uber, mas sermos capazes de usar todos os fatores da Quarta Revolução Industrial. Quando dizem que o carro elétrico chinês é mais barato, é porque tem mais robô no chão de fábrica, a produtividade do trabalho é maior. Você coloca uma porção de robô em todas as atividades e vai obter um um carro melhor, mais barato e vai introduzir tecnologia que você não vê em outros carros.

Isso eu quero para o Brasil. Acredito que o Brasil fará uma parceria com a China, uma parceria estratégica de alta qualidade. Como é que ela vai se chamar? Cada país vai ter o seu programa. Nós vamos ter o PAC e os outros programas de reindustrialização e de desenvolvimento científico e tecnológico, educacional, científico e tecnológico. Eles têm um processo de cooperação. Eu acho que o Brasil tem que aproveitar todas as oportunidades que se lhe aparecem.

Qual o estágio atual do Banco do Brics? - O banco é dos países emergentes grandes do Sul Global, feito por e para esses países. Tem por objetivo fundamental o desenvolvimento de infraestrutura em todas as áreas, com foco muito grande na sustentabilidade, ou seja no combate aos efeitos da mudança do clima, e das ações efetivas para ajudar na redução da temperatura aos parâmetros definidos pela ONU e por todos os países que participaram do Acordo de Paris que é 1,5% de aumento da temperatura comparado com os padrões pré- industriais. Temos esse compromisso.

Investimos em energia renovável, eólica, solar, hidrelétricas, redes de transmissão... investimos por exemplo numa coisa que eu acho muito importante: a questão do lixo. Não sei se vocês lembram que no Brasil nós temos uma legislação que diz que não pode nem enterrar, nem queimar. Muitas vezes se pensou em fazer energia a partir do lixo, a partir da biomassa, o problema é que ela é cara.

Aqui eles tem um projeto que eu acho muito importante, o banco tá trabalhando no projeto do biodigestor de alta capacidade. Ele transforma lixo orgânico através da biodigestão em fertilizante orgânico. Ajudamos também os países que são participantes do NDB na industrialização e busca de melhor tecnologia.

A previsão é que eu saia no início de julho, pretendo voltar para o Brasil. No Brasil pretendo ajudar no que eu puder, em tudo que eu aprendi, com os contatos que fiz aqui. Acho que o Brasil tem muito que aprender com todos os países do mundo. A gente tem que estar aberto para cooperação. Cooperar sempre vai ser uma coisa comunitária.

De todos os países que me relacionei nessa questão da discussão de transferência de tecnologia, acho que a China tem uma capacidade de cooperação maior. Acredito muito na proposta do presidente Xi Jinping de construir uma comunidade de futuro compartilhado.

Tenho isso em comum com o presidente Xi Jinping, éramos presidentes quando o banco foi feito. Estamos construindo esse banco,ele tem de se expandir; entrou a Argélia… Esse é um processo lento. O banco, eu te digo seguinte, ele saiu da infância e tá chegando na adolescência.

Nós não exigimos nenhum critério pra emprestar, não falamos: “Olha, você tem que privatizar seu servidor para você ter acesso a um financiamento a 1 bilhão de dólares”. Isso não existe, a chamada condicionalidade. Tenho a expectativa de que o banco continue crescendo, estamos andando, um passo de cada vez. Ninguém vai querer achar que esse banco de repente vire um imenso banco como outros multilaterais que têm já décadas.

Começamos com cinco: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, agora nós temos Emirados, Bangladesh e Egito e Argélia, dá nove. Muitos outros países já pleitearam a entrada, é um processo lento, cauteloso, porque a gente tem de providenciar as condições para que esses países estejam presentes.

Três coisas caracterizarão o banco nos próximos anos: será cada vez mais preocupado com infraestrutura, desenvolvimento sustentável, meio ambiente, industrialização e transferência de tecnologias. Esse é o primeiro, o segundo é um banco que se expande pros países do sul Global, com critério, calma, tranquilidade, mas se expande. E terceiro, um banco que vai procurar cada vez mais financiar o setor privado com moeda do local para garantir que nós cumpramos… porque nós temos um planejamento de 2022 a 2026, em que temos que ter 30% do nosso investimento para o setor privado e outros 30% em moeda local.

Quais os principais aprendizados que a China te proporcionou? - Vou te falar algumas coisas que eu acho bem interessantes. Admiro algumas características da governança. A China parte do pressuposto que nós somos humanos e vamos errar. Então nenhum projeto é feito sem essa premissa e há muitos pilotos. Eles fazem pilotos e testam, na suposição que a probabilidade é que vamos erra por ser uma característica intrínseca nossa.

No Brasil muitas vezes, inclusive vocês da imprensa, partem do princípio que tudo vai ser certo, mas não existe essa hipótese. Mas quando você parte do princípio de que a probabilidade é uma hora ter erro, pode tentar e aprender tentando.

A segunda: descobri que a reforma e abertura não acaba nunca, não tem um dia final para reforma e abertura. Eles estão sempre reformando e abrindo, do ponto de vista econômico, para competição. A China tem um fortíssimo setor privado e um setor público menor que o setor privado, mas em ambos tem competição. Raramente você tem uma empresa monopolista, mas é importante a percepção de que para construir um país, você tem sempre que se adaptar à realidade, e ela tá em mutação.

Você não trabalha no curtíssimo prazo aqui. Não se pensa no voo de galinha como o padrão de crescimento, mas no da constante modificação, e de constante alteração do processo. Eu achava estranha essa história: tem a reforma e abertura lá do Deng Xiaoping, e depois tem a outra que vem com o Zhu Rongji, toda a reforma dos bancos e das empresas estatais, a redução das empresas estaduais, e agora tem um novo processo e todas elas mesmas meio que se expandem ao longo do tempo. Isso faz parte dessa visão de longo prazo.

Quais as diferenças e semelhanças da industrialização no Brasil e na China? - A ausência de práticas competitivas no setor privado brasileiro levou um estudioso americano a dizer que tinha que aplicar o capitalismo no Brasil. Porque o capitalismo brasileiro partia do pressuposto que você tem que proteger as empresas contra todos os processos competitivos.

Na China já tiveram campeões nacionais, não se pode fingir que não se precisa de campeões nacionais. Quando começaram a reforma e abertura na época desse primeiro-ministro [Zhu Rongji] ele dzia: preserve as grandes e privatize as pequenas. Foi assim o processo de privatização das empresas estatais. Eles reduziram as empresas estatais e preservaram preserve as grandes porque era a capacidade de a China entrar no mercado internacional.

Campeões nacionais têm essa capacidade de construir grandes empresas e entrar no mercado internacional. Você tem de construir a sua condição de concorrência. Você não chega para competir sem modificar as condições econômicas…

Aquela versão ultrapassada que tem uma contradição entre Estado e empresa privada, Estado e mercado, ela é completamente ultrapassada. O Estado em qualquer país do mundo tem grande capacidade de favorecer as suas empresas e garantir que seu mercado seja mais competitivo, que você tenha políticas industriais.

Hoje, eu acho estranhíssimo, eu acho estranhíssimo… por exemplo, a Folha e O Globo passaram a vida falando que política industrial era um crime, que quem fizesse política industrial tava de fato cometendo um equívoco monumental. Então, vocês me explicam o que fazem hoje os Estados Unidos?

O mundo está mudando a forma de fazer as coisas, principalmente porque a Quarta Revolução Industrial vai exigir muitos recursos, e eu acho que o Brasil tem todas as condições de transformar o nosso país no que ele pode ser. Porque nós temos tudo, gente. Que país que tem petróleo, terras altamente produtivas, capacidade de produção de proteína, os recursos minerais, a indústria que nós temos? Alguma parte dela nós perdemos, mas existe isso.

Somos um país que produzia jatos até o outro dia, né, vamos voltar a produzir jatos. Não existe essa hipótese dessa divisão… O que fica claro nessa etapa histórica que nós estamos vivendo é que em nenhum país do mundo desenvolvido aceita a divisão do trabalho em que eu não produzo nenhum produto industrial, máquina e equipamento, eu só importo, vocês produzam, nenhum aceita isso, e por que que nós temos de aceitar?

Qual sua opinião sobre a desdolarização que vem sendo cogitada nas relações comerciais internacionais?

Primeiro acho que não é a desdolarização, a questão é o uso de diferentes moedas. Ampliar sua cesta de moedas, como ampliou com o euro em determinado momento. E se você ver hoje, o que é que tá acontecendo? A multiplicação de plataformas em moedas locais. Consiste no seguinte: os banco centrais emitem uma moeda, Central Bank Digital Currency, Moedas Digitais dos Bancos Centrais, e começam a fazer trocas entre si eliminando os métodos mais anteriores de pagamento.

No caso dos Brics, do NDB,está previsto que iremos utilizar moedas locais porque o banco tem o compromisso de financiar o setor privado. O setor privado sofre as consequências do encarecimento dos financiamentos internacionais, derivados de não controlar nem a taxa de juros nem a taxa de câmbio.

Quando, por exemplo, o FED, o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos resolve mudar a política aumentando a taxa de juros, quem emprestou em dólar tem uma variação na sua dívida. A gente quer que os financiamentos que façamos sejam em moeda local para que o fluxo de receita e o de pagamento casem. Do jeito que tá não casa.

Emprestamos fundos na África do Sul com rand, e fazemos aqui na China com o pandabonds. Vamos querer fazer no Brasil e vamos querer fazer na Índia. O Brasil tem sempre o problema de uma taxa de juros extremamente alta pros padrões internacionais, mas você sempre consegue encontrar formas criativas.

Moedas locais cada vez mais vão se tornar um instrumento de financiamento. Em Joanesburgo definiram que o Brics ia fazer todo um processo de investigação, de análise e ia construir um projeto de moeda. Não está claro se é uma moeda do Brics ou várias moedas de cada país. O que é fundamental é ter um sistema de pagamentos.

Em alguns países você não consegue investir, você só tem empréstimo soberano ou seja só se o Estado assina embaixo, senão não investe. Sem financiamento, ninguém vai fazer investimento pesado em infraestrutura. Naquela época era 30 anos pra hidrelétrica, para grande ferrovias, mais longas, 20 [anos] mais ou menos dependendo da térmicas ou a gás, 15 a 25 para eólica ou solar, entre 15 e 20 para rodovia, portos, aeroportos. Até 10 anos em alguns casos de rodovias menores. Isso requer necessariamente que você tenha financiamento de longo prazo.

E tem um outro problema seríssimo ocorrendo no mundo.Tem um cálculo do Banco Mundial que países africanos pagam taxas de juros de suas dívidas quatro vezes maiores do que a dos Estados Unidos e seis vezes maior que a da Alemanha. Há também uma discrepância entre taxas de juros e entre acesso à liquidez.

Como você está vendo o avanço do anticomunismo e o crescimento da extrema direita? - O Brasil tem que ter cuidado. Todo o esquema anti-comunista clássico dos anos 50, acabou. Ninguém pode viver baseado na visão da Guerra Fria. O Brasil tinha um comunismo precário, se considerou que o nosso presidente João Goulart era um comunista empedernido e foi retirado do poder.

Eu respeito o Partido Comunista da China, mas não acho que por conta disso o Brasil tem que ser comunista. A China fala o seguinte: tem um caminho especificamente chinês. O Brasil tem de ter um caminho propriamente brasileiro. Agora, esse caminho brasileiro não é o caminho do anticomunismo.

Não é o caminho da visão da Guerra Fria, isso não pode mais na América Latina, não pode mais o que aconteceu no Chile, na Argentina, Brasil e Uruguai. Eu respeito o que eles construíram aqui nos últimos 75 anos, um país do qual eles devem se orgulhar.

Acho que os meios de comunicação não devem incentivar isto. O Brasil hoje tá numa situação muito parecida com o que está ocorrendo também nos Estados Unidos. O crescimento da extrema direita no mundo decorre também de um certo tipo de visão… “se você ganhar, eu perco”. Essa essa visão que é chamada soma zero é muito ruim. Essa é a visão também da velha Guerra Fria, de que tem um comunista escondido atrás de todo arbusto. Aqui não tem um comunista escondido atrás de todo arbusto, tem um país que mistura pensamento marxista e toda a civilização de 5 mil anos.

Porque é que é que dão tanta importância à educação? É a mesma coisa que aconteceu no Japão. O Japão importou muita coisa da China, e lá no Japão também o Confúcio é a base de você ter essa valorização imensa da educação. A China é isso.

Não dá para aplicar nenhum modelo ao Brasil se não entendermos que temos a nossa parte ruim também: nós tivemos escravidão. Eu sempre digo o seguinte, eu sou de 1947, você considera que o senhor imperador Pedro Segundo era anti-escravista e a República Nova um pouco saudosa da escravidão. Então, a República Velha é uma república que não deu garantias fundamentais, quando libertou os escravos.

Considero que 1930 foi um marco. O fim da escravidão se completa com 1930, quando os direitos dos trabalhadores são reconhecidos. Eu nasci 17 anos depois. Eu sei tudo que tem ainda de preconceito contra a escravidão que tem no nosso país, quanto por exemplo aquilo que muitas vezes o presidente Lula falou: o pessoal não podia viajar de avião, porque quem viajava de avião era a classe média.

Nós temos de trabalhar a nossa vida e do nosso jeito. E essa história… todo mundo que prega essa mentalidade da Guerra Fria ou anticomunismo antigo, tem outros interesses, querido. Não acredito que você andando numa rua de Xangai você acha que comunista come criancinha, não acredito.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Cerca de 7 mil brasileiros manifestaram interesse em deixar o Líbano, diz Mauro Vieira

A embaixada brasileira, no entanto, estima que apenas cerca de três mil pessoas sejam efetivamente repatriadas

Voo da FAB para repatriação de brasileiros chega ao Líbano (Foto: Divulgação/FAB)

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, informou nesta quarta-feira (9) que cerca de sete mil brasileiros residentes no Líbano manifestaram interesse em serem repatriados, após os alertas do governo federal sobre a possível escalada do conflito entre Israel e Hezbollah na região.

A embaixada brasileira, no entanto, estima que apenas cerca de três mil pessoas sejam efetivamente repatriadas, pois o processo depende de diversos fatores, conforme destacou Vieira.

“Há alguns meses, começamos um trabalho de alertar a população sobre os problemas e dificuldades que poderiam advir da expansão do conflito na Palestina para os países da região, e cerca de sete mil pessoas disseram que eventualmente teriam o interesse em sair”, disse em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC. “Mas esse número não é absoluto e não quer dizer que sairão todos. São as mais diversas situações, como familiares que não podem sair e a evolução dos acontecimentos”.

De acordo com Vieira, a operação de repatriação de brasileiros no Líbano será maior do que a realizada para resgatar cidadãos na Faixa de Gaza em 2023. Até o momento, 456 pessoas e seis animais de estimação já foram repatriados, por meio de dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB).

“É uma operação de grande vulto. Será maior do que foi a operação na Palestina, na Faixa de Gaza, em Israel, quando foram resgatadas 1.560 pessoas aproximadamente. Agora, as projeções e expectativas são maiores. Em torno de três mil pessoas”, reforçou o ministro.

Fonte: Brasil 247

Banco Mundial eleva projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2,8% nem 2024

Relatório indica que o país "está no caminho" para alcançar a meta de inflação, o que reforça a perspectiva positiva de controle dos preços internos

(Foto: Reuters)

O Banco Mundial (Bird) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil terá um crescimento de 2,8% em 2024 e 2,2% em 2025, conforme o relatório de Perspectivas Econômicas Globais divulgado nesta quarta-feira. Segundo o jornal O Globo, a estimativa mais recente indica uma leve revisão em relação às previsões de junho, quando a instituição projetava um crescimento de 2% para 2024 e 2,2% para 2025. Para 2026, a expectativa é de um avanço de 2,3%.

Esses números acompanham de perto a média esperada para a América Latina e o Caribe (ALC), que deve crescer 1,9% em 2024 e 2,6% em 2025, segundo o Bird. No entanto, a instituição ressalta que a região apresenta as menores taxas de crescimento entre todas as regiões globais, o que reflete gargalos estruturais que persistem e dificultam um avanço mais robusto.

Outro ponto de destaque do relatório é a expectativa de que a decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de reduzir as taxas de juros, traga um alívio inflacionário para a região. Em relação ao Brasil, o Banco Mundial indicou que o país “está no caminho” para alcançar sua meta de inflação em 2024, o que reforça a perspectiva positiva de controle dos preços internos.

Contudo, em entrevista coletiva, William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, chamou atenção para os riscos associados aos gastos previdenciários no Brasil. Segundo ele, “o problema no Brasil é com os gastos de aposentadoria. À medida que a população envelhece cada vez mais, isso vai causar um estresse nos gastos na região, e temos que tomar cuidado com isso”.

Ainda segundo a reportagem, Maloney também destacou a elevação da dívida pública brasileira no último ano e sugeriu que a tendência deveria ser inversa para garantir a sustentabilidade econômica do país.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Apoio de PT a Boulos no segundo turno será de R$ 15 milhões

Montante representa 50% do valor que o PT já havia destinado à candidatura do psolista no primeiro turno
Lula (de azul), Guilherme Boulos (roupa branca) e outras lideranças (Foto: Ricardo Stuckert / PR)


A cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) definiu, nesta quarta-feira (9), que vai destinar R$ 15 milhões para a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno das eleições em São Paulo, informa a jornalista Renata Agostini do jornal O Globo. O valor é parte do esforço do partido para garantir a vitória do candidato do PSOL na disputa contra o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

Esse montante representa 50% do valor que o PT já havia destinado à candidatura de Boulos no primeiro turno, quando transferiu R$ 30 milhões para apoiar o PSOL. A decisão, conforme integrantes da direção do PT, demonstra o compromisso do partido em fortalecer a chapa na maior cidade do país, apostando em uma virada contra Nunes, que busca a reeleição.

No total, o PT direcionará R$ 27,6 milhões aos seus candidatos e aliados no segundo turno, distribuindo o apoio financeiro entre 13 postulantes em diferentes cidades do Brasil. Entre os beneficiados estão Natália Bonavides, candidata em Natal (RN), e Lúdio Cabral, em Cuiabá (MT). O valor destinado às campanhas segue os limites estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O partido também enviará recursos para candidaturas onde compõe a chapa como vice, como Jairo Jorge (PSD), em Canoas (RS), e Zé Maria Tapajós (MDB), em Santarém (PA).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ciro Nogueira diz que é um "erro" Nunes rejeitar o apoio de Marçal

“Ele tem que estar com a gente, porque nosso grande objetivo é evitar a tragédia Boulos no comando da Prefeitura de São Paulo", disse o senador

Ciro Nogueira (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira, aliado do prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), classificou como um "erro" a decisão de Nunes de não aceitar o apoio de Pablo Marçal (PRTB) no segundo turno contra Guilherme Boulos (Psol).

“Ele tem que estar com a gente, porque nosso grande objetivo é evitar a tragédia Boulos no comando da Prefeitura de São Paulo", afirmou em entrevista à GloboNews. "Marçal tem um poder de comunicação jamais visto. Eu o respeito pelo seu poder".

Nogueira também ressaltou que o eleitorado de Marçal "abomina" Boulos, e que isso deveria ser estrategicamente aproveitado na campanha de Nunes.

No último domingo (6), após a apuração dos votos do primeiro turno das eleições municipais, Marçal declarou apoio a Nunes, desde que ele se comprometesse a incorporar algumas das suas promessas de campanha. No entanto, o emedebista rejeitou o apoio do ex-coach, afirmando que apenas os eleitores do empresário seriam "bem-vindos".

“Não quero conversar com ele. Preciso dos eleitores do Pablo Marçal. Preciso que os eleitores dele entendam que estamos em uma batalha contra a extrema esquerda. É um eleitor de direita e represento o centro e a direita”, disse Nunes.

Fonte: Brasil 247

X diz ter derrubado mais de 220 contas por ordem do TSE e do STF

Os principais alvos das ordens de bloqueio foram influenciadores e políticos bolsonaristas

Logo da rede social X exibida em celular com reflexo do prédio do STF em Brasília, em imagem ilustrativa 30/08/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A plataforma X, de propriedade do bilionário Elon Musk, anunciou que atendeu a ordens do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para derrubar ou suspender 223 contas desde 2020.

Segundo o UOL, que teve acesso à lista sigilosa dos perfis afetados, os principais alvos das ordens de bloqueio foram influenciadores e políticos bolsonaristas, acusados de disseminar fake news, promover incitações golpistas e fazer ameaças.

O documento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, como prova da colaboração da plataforma com a Justiça. No entanto, o X não especificou quando as contas foram bloqueadas, nem se algumas delas foram posteriormente reativadas.

Entre os perfis afetados por ordem judicial estão o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), as deputadas Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), o ex-deputado Daniel Silveira e o blogueiro Allan dos Santos. A lista não inclui as contas que a plataforma se recusou a bloquear após a ordem do ministro em agosto.

No total, a plataforma afirma ter cumprido 158 ordens judiciais do STF, todas relacionadas a casos sob a relatoria de Moraes, além de 65 ordens do TSE, a maioria envolvendo contas que alegavam fraude nas eleições de 2022.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

"Operação de repatriação de brasileiros no Líbano será maior que a de Gaza", diz Mauro Vieira

Operação na Palestina, realizada no ano passado, resgatou 1.560 pessoas, e a expectativa é que no Líbano este número chegue a 3 mil

Chanceler Mauro Vieira (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, detalhou, em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, exibido nesta quarta-feira (9) pela EBC, os desafios e os esforços do Governo Federal para resgatar brasileiros e seus familiares da zona de conflito no Líbano. Nomeada como Operação Raízes do Cedro, a ação já concluiu dois voos, trazendo de volta 456 pessoas e seis animais domésticos ao Brasil. Uma terceira decolagem está prevista para hoje, partindo de Beirute.

“É uma operação de grande vulto. Será maior do que foi a operação na Palestina, na Faixa de Gaza, em Israel no ano passado, quando 1.560 pessoas, aproximadamente, foram resgatadas. Agora, as projeções e expectativas são maiores. Em torno de três mil pessoas estão em contato com a Embaixada do Brasil em Beirute”, disse o chanceler.

A iniciativa foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em resposta ao agravamento do conflito entre Israel e o grupo Hezbollah no Líbano. A operação mobiliza equipes do Ministério das Relações Exteriores em Brasília e em Beirute, do Ministério da Defesa e da Força Aérea Brasileira (FAB). A prioridade é resgatar mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes no país.

Durante os voos, equipes multidisciplinares compostas por médicos, enfermeiros e psicólogos garantem a assistência necessária. No Brasil, os resgatados recebem apoio de servidores de vários ministérios em áreas como saúde, documentação, assistência social e transporte.

Além de trazer os brasileiros de volta, os aviões têm levado insumos de saúde ao Líbano, como medicamentos e seringas, numa ação coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e pelo Ministério da Saúde. Até o momento, foram enviados 491 quilos de medicamentos e sete toneladas de insumos arrecadados pelo Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro.

O ministro ressaltou a solidariedade da comunidade brasileira ao enviar donativos ao Líbano e reafirmou a postura diplomática do Brasil. “O Brasil condena os atos de violência que deram início ao conflito, mas também critica a reação desproporcional de Israel”, afirmou Mauro Vieira.

Fonte: Brasil 247

Ex-diretora de Inteligência do governo Bolsonaro é intimada a depor sobre bloqueios ilegais nas eleições de 2022

Marília Alencar admitiu ter produzido mapa com informações para dificultar acesso de eleitores de Lula às urnas a pedido de Anderson Torres
(Foto: Reprodução/ Polícia Militar do Paraná / Antonio Cruz/Agência Brasil)

Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres, foi intimada a prestar depoimento no inquérito que investiga os bloqueios ilegais em rodovias durante as eleições de 2022. Segundo a Polícia Federal (PF), os bloqueios teriam como objetivo dificultar o acesso de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às zonas eleitorais.

O depoimento de Marília está marcado para a tarde desta quarta-feira (9) e será realizado por videoconferência, destaca a jornalista Camila Bomfim em sua coluna no g1. A PF apurou que ela possuía um mapeamento detalhado das cidades com maior potencial de votos para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em aparelhos celulares apreendidos de policiais rodoviários federais, os investigadores encontraram um levantamento que indicava as localidades onde o ex-presidente obteve mais de 75% dos votos no primeiro turno.

Ainda de acordo com a reportagem, o mesmo mapa foi localizado no celular entregue à Justiça por Marília, e peritos da PF conseguiram recuperar o arquivo. Em depoimento dado em abril, a ex-diretora confirmou ter elaborado a planilha a pedido de Anderson Torres, que ocupava o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, Marília Alencar também foi questionada sobre o assunto na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que investigava os atos de terrorismo ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Camila Bomfim, no G1

Empresário investigado na CPI da Pandemia é principal doador da campanha de bolsonarista em Curitiba

Otávio Fakhoury foi citado e teve seu indiciamento recomendado pela CPI da Pandemia por suspeita de financiar a disseminação de notícias falsas

Cristina Graeml (Foto: Reprodução / Instagram)

O empresário Otávio Fakhoury é o principal doador da campanha de Cristina Graeml (PMB), bolsonarista que surpreendeu ao chegar no segundo turno na disputa pelo segundo turno em Curitiba, informa O Globo. Fakhoury foi citado e teve seu indiciamento recomendado pela CPI da Pandemia por suspeita de financiar a disseminação de notícias falsas durante a crise sanitária. Ele doou R$50 mil para a campanha da candidata.

Sobre o apoio de Fakhoury, Graeml declarou ao Globo que ele já havia contribuído para outras campanhas de direita em todo o país e que a aliança foi essencial diante da resistência do empresariado local em apoiá-la. “Ele é um apoiador da minha campanha. Eu já tinha conversas com ele desde o início da pré-campanha. O empresariado local aqui em Curitiba estava muito atrelado ao atual grupo político que comanda a prefeitura e o estado do Paraná”, explicou.

O empresário, por sua vez, justificou seu apoio a Graeml como resultado de uma afinidade ideológica e de princípios. “Cristina representa todos os valores e princípios que defendo”, disse em nota. Ele também afirmou que nunca foi alvo de ação penal e repudia qualquer tentativa de associá-lo a práticas ilícitas.

O desempenho de Cristina no primeiro turno surpreendeu os adversários. Sem tempo de televisão e rádio, sua campanha foi totalmente focada nas redes sociais, o que a fez ganhar o apelido de “Marçal de saias”, em referência às semelhanças entre a sua campanha e a de Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo. Ela se autointitula como a “ùnica candidata conservadora” e “antissistema” em Curitiba. Em vídeos publicados nas suas redes sociais, ela recebe o apoio de Bolsonaro e Marçal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Imprensa internacional destaca "derrota de Elon Musk" em retorno do X ao Brasil

The New York Times, Le Monde e BBC repercutiram a resolução do impasse entre o bilionário de extrema direita e o STF

Elon Musk (Foto: Leon Neal/Pool via Reuters)

A reativação do X no Brasil, após um bloqueio de 39 dias imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), repercutiu amplamente na imprensa internacional, de acordo com o Jornal O Globo. Veículos destacaram o desfecho como uma derrota pessoal para Musk, que enfrentou uma longa queda de braço com o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro antes de sua plataforma ser liberada novamente.

O jornal americano The New York Times descreveu o caso como "uma derrota para Musk", ressaltando que a empresa "perdeu um mês de negócios em um de seus maiores mercados, permitindo que concorrentes ganhassem terreno, apenas para acabar exatamente onde começou". O bilionário precisou obedecer às exigências do STF, que incluíram o pagamento de uma multa de R$ 28,6 milhões (US$ 5,1 milhões) e a nomeação de um representante local da empresa.

Já a rede britânica BBC deu ênfase às críticas que Musk fez ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O jornal lembrou que Musk chegou a comparar o ministro ao vilão Voldemort, de Harry Potter, chamando-o de "falso juiz" e denunciando a "tirania maligna" que, segundo ele, Moraes exercia.

A cobertura francesa, por sua vez, focou na raiz do embate. O jornal Le Monde destacou que o impasse começou após uma série de desinformações relacionadas às eleições brasileiras de 2022, o que motivou o STF a intervir. Segundo o periódico, “Moraes está envolvido em um impasse com Musk, o homem mais rico do mundo, há meses por causa de uma enxurrada de desinformação online relacionada à campanha eleitoral de 2022 no Brasil”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Decola do Líbano o terceiro voo de repatriação de brasileiros com 218 passageiros e cinco pets

Aeronave do governo faz parada técnica em Lisboa antes de chegar ao Brasil na quinta-feira (10)
Insumos médicos doados para o Líbano enviados do Brasil são descarregados em Beirute no mesmo avião que traz os brasileiros (Foto: FAB / Divulgação)

Decolou de Beirute nesta quarta-feira (9), o terceiro voo de resgate da Operação Raízes do Cedro trazendo 218 brasileiros e seus familiares para o Brasil. A bordo da aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira, estavam também 11 crianças de colo e cinco animais domésticos. O voo fará uma parada técnica em Lisboa, Portugal, antes de pousar na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, na manhã de quinta-feira, 10 de outubro. O governo brasileiro coordena a operação por meio do Ministério das Relações Exteriores, em conjunto com a Embaixada do Brasil no Líbano.

Além do resgate dos brasileiros, o KC-30 transportou mais de sete toneladas de insumos médicos e humanitários para o Líbano, com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação e outros ministérios. Essa operação faz parte do esforço contínuo do Brasil para apoiar a população afetada pela crise no Oriente Médio. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a expectativa é de que a operação se expanda, visto que cerca de 3 mil brasileiros manifestaram interesse em retornar ao país.

A chegada dos repatriados ao Brasil conta com uma força-tarefa para garantir o acolhimento e a assistência imediata. Equipes do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, da Força Nacional do SUS e do Ministério da Justiça trabalham para identificar e atender as necessidades dos brasileiros. O governo federal flexibilizou também as regras para a entrada de animais domésticos, facilitando a vinda dos pets junto às famílias.

Fonte: Brasil 247

Gonet rebate Marçal após fala sobre mandado de prisão contra Bolsonaro: 'absoluto delírio'

Ex-coach de extrema direita afirmou em palestra recentemente que "vai acontecer o pior depois das eleições com o capitão”
Paulo Gonet (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil I Divulgação )


O procurador-geral da República, Paulo Gonet, classificou como “puro e absoluto delírio” as declarações de Pablo Marçal sobre a existência de um suposto mandado de prisão contra Jair Bolsonaro (PL), informa o jornalista Teo Cury, da CNN Brasil. Marçal afirmou em uma palestra nesta terça-feira (8) que Gonet teria um mandado pronto contra Bolsonaro e que "vai acontecer o pior depois das eleições com o capitão”.

No entanto, a emissão de um mandado de prisão é de competência de um juiz, não do Ministério Público. No caso de Bolsonaro, qualquer decisão dessa natureza caberia ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz as investigações envolvendo o ex-presidente.

Uma ordem de prisão antes do fim das investigações só seria justificável em situações extremas, como risco de obstrução ou fuga. "A decisão sobre denúncia ou arquivamento depende de inquéritos em curso e não deve acontecer neste mês", afirmou Gonet.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Força de trabalho e população ocupada alcançam maiores níveis no Brasil desde 2012

Boletim do Ipea aponta queda na taxa de desocupação e crescimento real de 5,8% na renda média dos trabalhadores
Lula e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quarta-feira (9), a 78ª edição do Boletim de Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise (BMT), apresentando dados atualizados até o segundo trimestre de 2024. De acordo com o estudo, o Brasil registrou um crescimento significativo na força de trabalho, que atingiu 109,4 milhões de pessoas, e na população ocupada, que chegou a 101,8 milhões, representando os maiores números desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.

Segundo o relatório, houve um aumento de 1,7% na força de trabalho e de 3% na quantidade de pessoas ocupadas quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o emprego formal também mostrou evolução, com uma alta de 4% em relação ao segundo trimestre de 2023, conforme apontam os dados da PNAD Contínua. O Novo Caged, por sua vez, registrou a criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, o que representa um aumento de 3,8%, consolidando a tendência de crescimento no emprego formal.

Desocupação em queda - A taxa de desocupação caiu para 6,9%, o menor índice desde o quarto trimestre de 2014. A redução foi significativa em várias categorias, indicando uma diminuição nas desigualdades entre os grupos, exceto no recorte por gênero. A taxa de desemprego de longo prazo recuou em 1,5 ponto percentual, enquanto o número de desalentados também apresentou ligeira queda de 0,4 ponto percentual.

Setores econômicos e renda média - Entre os setores que mais cresceram no período, destacam-se os de transporte e informática, ambos com um aumento de 7,5%, seguidos pelos serviços pessoais, que registraram alta de 5,7%. No entanto, a agropecuária apresentou uma queda de 3,8%, marcando sua nona redução consecutiva na população ocupada. Os serviços domésticos (-3,3%) e o setor de utilidade pública (-0,1%) também registraram retrações.

A renda média dos trabalhadores teve um crescimento real de 5,8% no segundo trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 3.214. A massa salarial real também registrou um aumento expressivo de 9,2%, totalizando R$ 322,6 bilhões — um acréscimo de R$ 27 bilhões em relação ao mesmo período de 2023.

Desafios para o mercado de trabalho - Apesar dos resultados positivos, o Ipea aponta desafios persistentes no mercado de trabalho. A estabilidade nas taxas de subocupação e de participação da força de trabalho nos últimos trimestres é motivo de preocupação, com 66,7 milhões de pessoas ainda fora da força de trabalho. Desse total, 3,2 milhões estão desalentadas, ou seja, desistiram de procurar emprego, o que, para os pesquisadores, é um grupo prioritário para reintegração.

Outro desafio é a inclusão produtiva no setor agropecuário, que vem perdendo força de trabalho continuamente. A informalidade ainda é um problema crítico, afetando trabalhadores que ficam desprotegidos sem direitos sociais e trabalhistas. Desigualdades regionais e por características como gênero, raça, idade e nível de escolaridade também persistem, refletindo na renda média e nas oportunidades de emprego.

Análises adicionais do boletim - O boletim traz ainda seções técnicas como "Notas Técnicas", "Política em Foco" e "Economia Solidária e Políticas Públicas". Um dos destaques é a análise sobre os "empregos verdes" no Brasil, que representam 17% das ocupações, mantendo-se estáveis entre 2012 e 2022. Outra questão abordada é a inserção de refugiados no mercado de trabalho, que, apesar das facilidades na obtenção de permissões, enfrentam dificuldades para se qualificar no mercado formal.

A seção especial sobre o G20 aborda temas discutidos durante a presidência do Brasil no fórum, como equidade de gênero e raça, o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho e a linguagem utilizada em anúncios de emprego, que pode influenciar as decisões das mulheres sobre participação e progressão na carreira.

Fonte: Brasil 247

Terceiro voo para repatriação de brasileiros chega ao Líbano

Os primeiros dois voos da FAB trouxeram 455 brasileiros e parentes próximos

(Foto: Ricardo Stuckert)

O terceiro voo para a repatriação de brasileiros que ainda estão no Líbano aterrissou em Beirute na manhã desta quarta-feira (9), informa a GloboNews. O avião saiu de São Paulo na manhã de terça e fez uma parada técnica em Lisboa antes de seguir ao Oriente Médio, que vive tensões após a escalada no conflito entre Israel e Hezbollah..

Os brasileiros que ainda estão no país começaram a receber a convocação para o novo voo na tarde de terça. Os primeiros dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxeram 455 brasileiros e parentes próximos de volta (228 no primeiro, 227 no segundo), incluindo dezenas de crianças.

O Brasil usa a aeronave KC-30, a maior disponível para esse tipo de operação, para os voos. Quando um dos voos chega ao Brasil, bastam algumas horas para reabastecimento, inspeções de segurança e a troca da tripulação para que o avião possa partir novamente.

Fonte: Brasil 247

Lula faz radiografia no quadril para acompanhamento de cirurgia realizada há um ano

Exame de rotina foi feito no posto médico do Planalto; presidente colocou uma prótese para tratar uma artrose avançada no quadril no ano passado

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma radiografia no quadril, na manhã desta quarta-feira (9),como parte do acompanhamento de rotina da cirurgia realizada no ano passado para colocar uma prótese no quadril. Segundo a Folha de S. Paulo, o exame ocorreu no posto médico do Palácio do Planalto, logo após a chegada de Lula ao trabalho, por volta das 9h.

De acordo com o governo, o presidente está bem e o procedimento foi realizado para monitorar a recuperação após a cirurgia feita no quadril em setembro do ano passado. "Radiografia do quadril um ano após a cirurgia", resumiu a assessoria de imprensa.

Lula foi submetido ao procedimento cirúrgico em setembro de 2023, na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês, para a colocação de uma prótese no quadril com o objetivo de tratar os sintomas de uma artrose avançada. A artrose é uma doença que leva à perda da cartilagem, estrutura que recobre as articulações e reduz o atrito entre os ossos.

Lula, que já vinha reclamando de dores intensas desde o período eleitoral, no segundo semestre de 2022, chegou a mencionar o impacto que a condição teve em suas atividades de campanha. "A verdade é que estou com essa dor desde agosto do ano passado. Durante o processo da campanha, naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas", relatou o presidente em um evento no ano passado.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Em troca de R$ 2,7 bi, Lava Jato ajudou Estados Unidos a obter R$ 20 bi da Petrobras

Embora a Lava Jato tenha tratado os R$ 2,7 bilhões como um valor recuperado, trata-se de uma espécie de recompensa pela ajuda às autoridades dos EUA

(Foto: Divulgação)

Tiago Angelo, Conjur - Os R$ 2,7 bilhões recebidos pelo Ministério Público Federal de Curitiba das multas aplicadas à Petrobras nos Estados Unidos foram uma recompensa dada à “Lava Jato” por ter ajudado autoridades americanas a conseguir R$ 20,1 bilhões da estatal brasileira, e não “recuperação de dinheiro público”, como venderam os procuradores do Paraná.

Essa é a conclusão da tese de doutorado “A Hegemonia Estadunidense e o Combate à Corrupção no Brasil: O caso da Operação Lava Jato”, de autoria de Arthur Pinheiro de Azevedo Banzatto, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal de Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul.

A primeira sanção contra a Petrobras ocorreu em janeiro de 2018, quando a empresa fechou um acordo de US$ 2,95 bilhões (R$ 9,6 bilhões, na cotação da época) para encerrar uma disputa judicial com acionistas privados americanos que ingressaram com uma ação coletiva nos Estados Unidos. Eles alegaram prejuízos por causa de esquemas de corrupção ocorridos no Brasil. Todo o valor foi destinado aos acionistas.

O segundo acordo, de US$ 853,2 milhões (R$ 3,4 bilhões), foi fechado em setembro de 2018 com o Departamento de Justiça por suposta violação ao Foreign Corrupt Practices Act (FCPA, na sigla em inglês), norma que permite que autoridades dos EUA investiguem e punam fatos ocorridos em outros países.

O único valor da Petrobras que voltou ao Brasil foi parte dessa multa: 80% do valor, ou US$ 682 mil (R$ 2,7 bilhões), foram destinados ao MPF brasileiro. Os 20% restantes foram divididos entre o Tesouro dos Estados Unidos e a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC, na sigla em inglês).

Também em setembro de 2018, a Petrobras foi multada em US$ 1,78 bilhão (R$ 7,1 bilhões) em um processo administrativo da SEC. Todo o valor foi destinado à própria Comissão de Valores Mobiliários.

Os dados estão na tese de doutorado de Banzatto, publicada em outubro de 2023 e produzida com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina. Todos os valores referentes às multas têm como base a cotação do dólar na época em que as sanções foram aplicadas.

Recompensa - Em entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico, o pesquisador afirma que, embora a Lava Jato tenha tratado os R$ 2,7 bilhões como um valor recuperado, trata-se, na verdade, de uma espécie de recompensa pela ajuda dada pelos procuradores às autoridades americanas.

A atuação do MPF parece contraintuitiva: se por um lado os Estados Unidos viram uma oportunidade de punir a Petrobras e garantir seus interesses ao atuar em favor de empresas americanas, por outro os procuradores de Curitiba prejudicaram a estatal fora do Brasil deliberadamente para tentar colher uma parcela do dinheiro e criar a famigerada “fundação” da Lava Jato.

A entidade privada, que seria gerida pelos procuradores, só não foi adiante por ter sido barrada pelo Supremo Tribunal Federal. Foi só a partir da decisão do STF que os R$ 2,7 bilhões foram, de fato, para a União.

“O MPF adotou um discurso em que afirmou que esse é um dinheiro ‘recuperado’. Quando, na verdade, não é. É uma multa que foi aplicada com a ajuda do MPF e ele recebeu um valor por ter ajudado. E esse era o dinheiro que iria para a fundação Lava Jato”, afirma Banzatto.

Segundo ele explica, a parceria da Lava Jato com as autoridades dos EUA se deu toda de forma irregular, fora dos canais oficiais. Colaborações regulares devem ser feitas por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.

A atuação ilegal do MPF se deu com o compartilhamento de provas com autoridades dos EUA. Investigadores do FBI chegaram a ser recebidos no Brasil a partir de 2015, sem autorização do Ministério da Justiça. No ano seguinte, os americanos conduziram interrogatórios de ex-diretores da Petrobras e fizeram acordos, também sem qualquer autorização.

“O MP intermediou esse acordo da Petrobras com o DoJ (Departamento de Justiça dos EUA), compartilhou provas e conteúdos de delação, fora dos canais oficiais. O MP foi fundamental, tanto que foi beneficiado.”

De acordo com o pesquisador, existe, de fato, uma cifra que pode ser classificada como “recuperada”: a dos acordos fechados no Brasil entre o MPF e colaboradores, em que parte de valores que teriam sido obtidos por meio de corrupção foi devolvida por investigados.

Já nos EUA, diz Banzatto, o que houve foi uma recompensa, uma vez que o MPF topou ajudar uma estatal brasileira a ser punida fora do Brasil em troca da parcela de uma das multas.

“O Ministério Público, que em tese deveria atuar pelo interesse nacional, atuou contra o patrimônio brasileiro. É o contrário do que ocorre no restante do mundo, em que os Estados usam seus sistemas jurídicos para alavancar suas empresas, para gerar dinheiro e emprego para seu próprio Estado.”

Rastro de destruição - A pesquisa de Banzatto apresenta dados, com base em levantamentos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sobre os efeitos da Lava Jato na Petrobras e em outras empresas brasileiras, como a Odebrecht.

A construtora e a Braskem foram multadas no final de 2017 em US$ 3,6 bilhões (R$ 11,6 bilhões), também com a ajuda da Lava Jato. O acordo feito à época previu a devolução de 80% do valor ao MPF. Os 20% restantes foram divididos igualmente entre autoridades dos EUA e da Suíça. Trata-se da maior multa aplicada por meio do FCPA até hoje.

No caso da Petrobras, o volume de investimento em exploração e produção era de US$ 48,1 bilhões em 2015. No ano seguinte, no auge da Lava Jato, caiu para US$ 15,8 bilhões.

A partir dali, o crescimento do investimento em exploração, produção, refino, biocombustíveis e ciência e tecnologia deu lugar ao modelo exclusivo de exploração e produção que existia antes do pré-sal, em 2006.

“A Petrobras passou por uma mudança radical em sua política. Ela abriu mão de ser uma empresa estratégica, de investir em conhecimento local, ciência e tecnologia e refino, e voltou ao modelo dos anos 90, quando só havia exploração”, explica o pesquisador.

O mesmo fenômeno ocorreu com a Odebrecht, segundo o levantamento de Banzatto. Em 2014, a empresa tinha uma receita bruta de US$ 107 bilhões; em 2019, ela caiu para US$ 78 bilhões.

O número de empregados da companhia diminuiu, nos mesmos anos, de 168 mil para 35 mil. E a presença internacional também despencou: em 2014, a Odebrecht atuava em 27 países; cinco anos depois, em 14.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Interlocutores de Moraes avaliam que Elon Musk aprendeu que o Brasil não é uma “republiqueta de bananas”

O bilionário entendeu que precisava seguir os passos legais para voltar a operar no país

Alexandre de Moraes e Elon Musk (Foto: Reuters)


 Interlocutores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliam que o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, aprendeu que o Brasil “não é uma republiqueta de bananas” após o bloqueio da plataforma no país, informa o jornalista Valdo Cruz, do G1. A rede social ficou quase 40 dias bloqueada após descumprir uma série de determinações judiciais.

A avaliação é de que a decisão de desbloquear o X foi rápida, já que não tinha mais motivo para manter o site bloqueado após o cumprimento de todas as exigências. Dentro do STF, os ministros destacavam que a rede social não estava banida, e sim suspensa até que Musk cumprisse as determinações legais. Após tentar o enfrentamento, o bilionário entendeu que precisava seguir os passos legais para voltar a operar no país.

Sobre um eventual novo ato de rebeldia por parte de Elon Musk, o entendimento é de que novas multas devem ser aplicadas e, caso não sejam pagas, o X pode voltar a ser bloqueado. "Simples assim: aplica-se a lei”, dizem os interlocutores de Moraes. A rede social deve continuar sendo monitorada pela Polícia Federal, e o segundo turno das eleições será o primeiro grande teste após o bloqueio.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

“Que Xou da Xuxa é esse?”: deputado cita meme ao criticar anistia a golpistas do 8/1


Deputado federal Pedro Campos (PSB-PE). Foto: Reprodução

O deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) citou nesta terça-feira (8) o meme “que Xou da Xuxa é esse?!” ao criticar o projeto de lei que visa anistiar os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pautou o tema e o relator do projeto, Rodrigo Valadares (União-SE), leu o parecer favorável, mas a apreciação foi novamente adiada.

“A invasão dos três Poderes, ao mesmo tempo, com violência, por mais de mil pessoas, só pode ser chamada de golpe. Se não, daqui a pouco vão querer dizer que era um show da Xuxa. Aí a gente pergunta, que ‘xou da Xuxa é esse?”, questionou o parlamentar.


Campos afirmou que não existe interesse de pacificação por quem propõe a anistia. Segundo o deputado, o projeto é um perdão geral a quem “quebrou tudo no 8 de janeiro, a quem quebrou tudo no dia da diplomação de Lula, a quem parou as estradas do país. É isso que está pautado no dia de hoje, por isso é um absurdo”.

Veja o vídeo:


Fonte: DCM

“Delícia”: Idosa que deu tapa na bunda de funcionária acreditava estar em relacionamento amoroso

Idosa de 80 anos deu um tapa na bunda de funcionária de supermercado em São Vicente, SP – Foto: Reprodução


A idosa de 80 anos filmada dando um tapa na bunda de uma funcionária de um supermercado em São Vicente, SP, acreditava estar em um relacionamento amoroso com a vítima. As informações estão no boletim de ocorrência e foram usadas pela Polícia Civil para solicitar uma medida protetiva à funcionária, que foi concedida pela Justiça. O caso ocorreu na sexta-feira (4), e a idosa foi presa em flagrante, sendo liberada após audiência de custódia no dia seguinte.

A funcionária relatou que vinha sendo importunada sexualmente pela idosa há um mês, sendo chamada de “minha deliciosa” e recebendo outros apelidos. Segundo o boletim de ocorrência, a idosa acreditava que tinha um relacionamento com a operadora de caixa. Diante disso, a vítima solicitou uma medida protetiva, que proíbe a idosa de frequentar o supermercado e de se aproximar ou entrar em contato com a funcionária, mantendo uma distância de 200 metros.

O vídeo mostra o momento em que a idosa dá o tapa na funcionária, que reagiu e ouviu da cliente que isso não a impediria de continuar importunando. O segurança do local conduziu as duas à delegacia, onde a idosa negou o crime e não acionou advogado, mas teve a prisão decretada por importunação sexual.

Fonte: DCM

Turbinados: quase 100% dos prefeitos com mais emendas são reeleitos


O prefeito de Bituruna (PR), Rodrigo Rossoni (PSDB), um dos grandes beneficiados pelas emendas e que conquistou 75% dos votos em sua candidatura – Foto: Reprodução

Quase todos os 116 prefeitos mais beneficiados com emendas parlamentares em seus quatro anos de mandato foram reeleitos no último domingo (6). Segundo informações da Folha, 98% desse grupo garantiu a reeleição, com apenas dois prefeitos não conseguindo sucesso nas urnas. Os líderes nesse ranking de emendas conquistaram, em média, 72% dos votos válidos, e 12 deles eram candidatos únicos.

A eleição municipal deste ano foi fortemente impactada pela mudança iniciada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que concedeu aos congressistas maior controle sobre a destinação de verbas federais. Mais de R$ 80 bilhões em emendas foram distribuídos para 5.569 municípios brasileiros entre 2021 e 2024, fortalecendo as chances de reeleição dos prefeitos que receberam os maiores montantes.

O ex-presidente Jair Bolsonaro: antiga gestão concedeu aos congressistas maior controle sobre a destinação de verbas federais – Foto: Reprodução

Quase todos os 116 prefeitos mais beneficiados com emendas parlamentares em seus quatro anos de mandato foram reeleitos no último domingo (6). Segundo informações da Folha, 98% desse grupo garantiu a reeleição, com apenas dois prefeitos não conseguindo sucesso nas urnas. Os líderes nesse ranking de emendas conquistaram, em média, 72% dos votos válidos, e 12 deles eram candidatos únicos.

A eleição municipal deste ano foi fortemente impactada pela mudança iniciada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que concedeu aos congressistas maior controle sobre a destinação de verbas federais. Mais de R$ 80 bilhões em emendas foram distribuídos para 5.569 municípios brasileiros entre 2021 e 2024, fortalecendo as chances de reeleição dos prefeitos que receberam os maiores montantes.

O prefeito de Bituruna (PR), Rodrigo Rossoni (PSDB), foi um dos grandes beneficiados pelas emendas e conquistou 75% dos votos no último domingo. O município recebeu R$ 83 milhões em emendas nos últimos quatro anos, com 43% desse valor vindo diretamente de seu pai, Valdir Rossoni, ex-deputado federal pelo PSDB.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Haddad espera para novembro sabatina de diretores indicados para o BC

Ministro da Fazenda também disse que os dados do IPCA divulgados nesta quarta-feira mostram que os núcleos da inflação estão controlados

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que espera que os indicados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chefiar diretorias do Banco Central sejam sabatinados pelo Senado em novembro.

Em conversa com jornalistas em Brasília, no dia seguinte da aprovação pelos senadores da indicação do atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, para presidir a autoridade monetária, Haddad também disse que os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado mais cedo mostram que os núcleos da inflação estão controlados.

Fonte: Brasil 247 com Reuters