terça-feira, 1 de outubro de 2024

Servidores de Curitiba são coagidos a doar a candidato de Bolsonaro


Segundo o áudio, os valores deveriam ser transferidos via Pix para a conta do PSD

(Foto: Reprodução)

Servidores da Prefeitura de Curitiba relataram ter sido coagidos a contribuir financeiramente para a campanha à prefeitura de Eduardo Pimentel, candidato do PSD apoiado por Jair Bolsonaro. Um áudio obtido pela coluna do jornalista Guilherme Amado, no portal Metrópoles, revela que o superintendente de Tecnologia da Informação da prefeitura, Antônio Carlos Pires Rebello, orientou os servidores a adquirir convites de R$ 3 mil para um jantar de campanha, realizado no dia 3 de setembro.

Segundo o áudio, os valores deveriam ser transferidos via Pix para a conta do PSD. Rebello teria instruído os servidores a fazerem as transferências utilizando contas bancárias de familiares ou amigos para evitar serem identificados. O superintendente descreveu a prática como uma "ajuda para a campanha" e afirmou que seria uma alternativa preferível ao caixa 2. Ainda no áudio, Rebello afirmou que o procedimento não seria ilegal, o que gerou questionamentos entre os servidores presentes.

Um dos servidores respondeu que a ação era ilegal, uma vez que estavam sendo pressionados a fazer a doação: “É ilegal porque vocês estão nos obrigando a fazer a doação”, afirmou durante a reunião.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Quem é Claudia Sheinbaum, primeira mulher eleita presidente do México


Sheinbaum toma posse nesta terça-feira, depois de conquistar uma vitória eleitoral histórica
Candidata presidencial do partido governista Morena, Claudia Sheinbaum, realiza comício em Nezahualcoyotl, Estado do México, México (Foto: Raquel Cunha / Reuters)

Claudia Sheinbaum é a primeira mulher eleita presidente do México, assumindo o cargo nesta terça-feira, 1º de outubro de 2024.

Nascida em 1962, em uma família judaica da Cidade do México, Sheinbaum é cientista, formada em física pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), com doutorado em engenharia energética. Ela se destacou em sua carreira acadêmica e como colaboradora do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007.

Na política, Sheinbaum é membro do partido de esquerda Morena, fundado por Andrés Manuel López Obrador (AMLO), que encerra agora o mandato presidencial.

Ela foi prefeita da Cidade do México de 2018 a 2023, enfrentando desafios como a pandemia de covid e questões de infraestrutura.

Eleita presidente com aproximadamente 60% dos votos, sua vitória é histórica Sua presidência promete dar continuidade às políticas de bem-estar social de AMLO, embora enfrente desafios como a violência relacionada ao narcotráfico e questões econômicas complexas​.

Fonte: Brasil 247

Claudia Sheinbaum toma posse hoje como presidenta do México




É a primeira mulher a assumir a Presidência da República mexicana
Ex-prefeita da cidade do México Claudia Sheinbaum discursa em cerimônia México 10/09/2023 REUTERS/Henry Romero (Foto: HENRY ROMERO)

A presidenta eleita do México, Claudia Sheinbaum, toma posse nesta terça-feira (1). É a primeira mulher na história a receber o mandato presidencial mexicano. Participarão representantes oficiais de 105 países, entre eles 19 líderes.

Ela vai prestar o juramento legal perante o Congresso. De acordo com o artigo 87 da Constituição, estas são as palavras que Claudia Sheinbaum deve proferir como nova titular do Executivo:

“Prometo manter e garantir que a Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos e as leis que dela emanam sejam cumpridas, e para exercer leal e patrioticamente o cargo de Presidente da República que o povo me conferiu, olhando em todas as coisas para o bem e a prosperidade da União; e se eu não o fizer, que a Nação exija isso de mim."

Entre outros desafios, seu mandato será marcado pelas eleições nos EUA em 5 de novembro, quando saberá quem será seu interlocutor em Washington pelos próximos quatro anos.

A escolha entre Kamala Harris ou Donald Trump para o comando da Casa Branca também será crucial para o clima de boa vizinhança.

Crescimento e reforma judicial

De acordo com o Banco Mundial, a economia mexicana cresceu 3,2% no ano passado. Isso significa que o México alcançou um crescimento econômico acima de 3% pelo segundo ano consecutivo. De acordo com informações oficiais, a taxa de pobreza caiu de 43,9% (2020) para 36,3% (2022) - cerca de 8,8 milhões de mexicanos teriam saído da pobreza.

Uma reforma judicial causou alvoroço nas últimas semanas. Ela foi rapidamente aprovada pelas instituições em tempo recorde, apesar de inúmeros protestos, e causou preocupação entre parceiros comerciais.

A reforma determina que, no futuro, todos os juízes federais serão eleitos diretamente. Críticos da medida temem que o crime organizado, que já tem grande influência no México, ganhe mais influência sobre o Judiciário.

O embaixador dos EUA no México, Ken Salazar, disse há algumas semanas que essa reforma ameaça as relações construídas, "que dependem da confiança dos investidores na estrutura jurídica mexicana". Entretanto, nos últimos dias de seu mandato, López Obrador aprovou a reforma, que ele chama de "democratização do sistema jurídico".

Há também ceticismo nos mercados financeiros: após as eleições, a moeda mexicana perdeu 13% de seu valor em relação ao dólar americano.

O futuro governo de Sheinbaum está respondendo às preocupações das empresas estrangeiras com uma previsão otimista: ela espera um aumento no investimento estrangeiro direto de três a quatro bilhões de dólares por ano, segundo jornal mexicano El Economista. Ao final do mandato de seis anos, em 2030, isso significaria um aumento nos investimentos estrangeiros de até 24 bilhões de dólares.

Fonte: Brasil 247

Cármen Lúcia critica fala de Marçal sobre mulheres na política e defende bloqueio do X

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia. Imagem: reprodução.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, defendeu a participação feminina na política brasileira durante sua participação no programa Roda Viva, na noite desta segunda-feira (30).

A ministra respondeu diretamente ao candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), que afirmou que “mulher não vota em mulher”. A magistrada não apenas contestou essa afirmação, como também destacou a relevância da representação feminina, lembrando que as mulheres constituem 52% da população e do eleitorado no país.

“Dizer que uma mulher não vota em mulher é ignorar a realidade e os avanços que conquistamos como sociedade. A igualdade de direitos é um pilar fundamental da nossa democracia”, afirmou Cármen Lúcia, reforçando a importância da luta por mais mulheres em posições de poder.

Além disso, Carmén também criticou a postura do ex-Twitter, de Elon Musk, em relação à legislação brasileira. A ministra declarou que “no Brasil, todos, sejam cidadãos ou empresas, devem respeitar as leis do país” – e ressaltou que o Brasil é um Estado soberano e não deve ser tratado como “quintal de ninguém.” Essa afirmação surge em meio ao bloqueio da plataforma no país, que já dura um mês, devido à recusa de Musk em indicar um representante legal conforme exigido por uma decisão judicial.

A ministra reiterou a importância do cumprimento da legislação, afirmando que “não se trata de banir empresas, mas sim de exigir que todos cumpram as regras que garantem os direitos de todos os cidadãos.”

Fonte: DCM

Violência doméstica e Rosângela ofuscada: os problemas do casal Moro nas eleições


casal Sergio e Rosângela Moro, os dois sérios e lado a lado, só ela olhando para a câmera
O casal Sergio e Rosângela Moro – Reprodução

Na primeira campanha conjunta para o Executivo, o casal Sergio e Rosângela Moro enfrenta desafios no Paraná, com problemas internos e críticas à aliança com um candidato acusado de violência doméstica.

Recentemente, uma suposta crise surgiu na campanha de Ney Leprevost (União), candidato à Prefeitura de Curitiba, que tem Rosângela Moro como vice em sua chapa. Segundo fontes internas, a estratégia do político estaria ofuscando o papel dela e sua equipe, gerando insatisfação. O protagonismo excessivo dele é apontado como um dos motivos para o fraco desempenho da dupla nas pesquisas eleitorais.

De acordo com o levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, Leprevost ocupa a terceira posição, com 12,5% das intenções de voto, atrás de Eduardo Pimentel (PSD), que lidera com 32,1%, e Luciano Ducci (PSB), com 16%. Apesar dos rumores, tanto Leprevost quanto Rosângela negam publicamente qualquer desentendimento na campanha.

Polêmica no apoio de Sergio Moro a candidato acusado de agressão

No último domingo (29), o senador Sergio Moro foi alvo de críticas após declarar apoio a Geraldo Mendes (União), candidato à Prefeitura de São José dos Pinhais, acusado de tentativa de estupro, ameaça de morte e agressão pela própria esposa. As denúncias foram reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas por VEJA.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Moro aparece ao lado de Mendes, defendendo o combate à corrupção na cidade e pedindo votos para o candidato. Nos comentários, seguidores questionaram a decisão do ex-juiz, cobrando explicações sobre o apoio a um candidato com histórico de violência doméstica.

Geraldo Mendes, por sua vez, respondeu às acusações com um vídeo em que aparece ao lado da esposa, Emiliane, e de suas filhas, afirmando que as brigas foram “dissabores do casal” e que as denúncias foram feitas sob “forte emoção”, conforme declaração enviada ao Ministério Público pela própria denunciante.

Melo e Maria do Rosário empatam tecnicamente na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, diz pesquisa

Pesquisa AtlasIntel foi divulgada a menos de uma semana do pleito na capital gaúcha
Maria do Rosário e Sebastião Melo (Foto: Divulgação)

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), tem 32,4% das intenções de voto, liderando numericamente as intenções de voto para a prefeitura da capital gaúcha. Ele é seguido pela deputada federal Maria do Rosário (PT), que ficou na segunda posição, com 28,9%, ambos registrando um empate técnico. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30) pelo instituto de pesquisas AtlasIntel.

Em terceiro, figura Juliana Brizola (PDT), com 22,7% das intenções de voto, seguida por Felipe Camozzato (Novo), que teve 7,8%, Luciano do MLB (UP), com 1,9%, e Fabiana Sanguiné (PSTU), com 0,5%.

O instituto entrevistou 1.191 eleitores de Porto Alegre por recrutamento digital entre 24 e 29 de setembro. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o código RS-07152/2024.

Fonte: Brasil 247

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Governo destina R$ 998 milhões para estoques públicos


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá lançar contratos de opção pública para comprar arroz

Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou a Medida Provisória nº 1.260 que autoriza a abertura de crédito extraordinário de 998 milhões de reais para formação de estoques públicos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que deverá lançar contratos de opção pública para comprar arroz.

Ao todo, a MP publicada nesta segunda-feira abre crédito de 1,659 bilhão de reais em favor de vários ministérios, Agricultura e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Com os recursos, a Conab afirmou em nota que está autorizada a lançar contratos de opção de venda pelos produtores para a estatal adquirir até 500 mil toneladas de arroz.

A retomada da formação de estoques públicos é uma promessa do governo atual, visando auxiliar produtores quando enfrentam preços mais baixos, ao mesmo tempo garantindo alguma reserva para períodos de mercado que possam trazer riscos inflacionários.

No contrato de opção, o produtor compra o direito de vender ao governo a um determinado preço. Se a venda é realizada, o produto vai para os estoques públicos.

"A medida é mais uma ação dentro da retomada dos estoques públicos no país e visa incentivar a produção do grão, bem como apoiar os agricultores e as agricultoras", disse a Conab em nota.

Segundo a estatal, nos próximos dias serão definidos os critérios a serem adotados nas operações como preços e quantitativos a serem ofertados nos leilões.

A MP destina ainda 60,6 milhões de reais nas áreas de meteorologia, climatologia e defesa agropecuária, segundo uma nota do Ministério da Agricultura. Esses recursos são destinados para apoiar o Estado do Rio Grande do Sul, que ainda sofre os efeitos das enchentes do primeiro semestre.

A agropecuária sustentável terá 25,1 milhões de reais para a produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas. Já a defesa agropecuária terá 35,5 milhões de reais, que serão utilizados no reforço do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), conforme a MP.

(Por Roberto Samora)

Dívida pública federal cai 1,46% em agosto, para R$ 7,036 tri, diz Tesouro Nacional


A dívida pública mobiliária federal interna somou R$ 6,716 trilhões

(Foto: ABr)

BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal caiu 1,46% em agosto ante julho, para 7,036 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira, enquanto a participação de títulos atrelados à Selic no estoque total registrou mais uma elevação.

No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou 6,716 trilhões de reais, com queda de 1,55%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 319 bilhões de reais, com elevação de 0,48%.

Contribuíram para a redução da dívida pública um resgate líquido de 163,17 bilhões de reais no mês passado, valor neutralizado apenas parcialmente por uma incorporação de juros de 57,46 bilhões de reais.

Segundo os dados da pasta, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve uma redução no mês passado, passando de 11,35% ao ano em julho para 11,08%. Para as novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio caiu de 10,90% para 10,80% ao ano.

No período, houve elevação no prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 4,11 anos, ante 4,03 anos registrados em julho.

No início do mês o Tesouro mudou metas do seu Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2024, passando a prever uma fatia maior de títulos atrelados à taxa Selic na composição da dívida pública federal.

Na ocasião, a pasta informou que os novos limites para os papéis vinculados à Selic iriam para patamar entre 43% e 47% neste ano, contra a meta estabelecida em janeiro de fechar 2024 com uma fatia de 40% a 44%.

Mesmo com a elevação, a participação de títulos atrelados à Selic já se aproxima do novo teto estabelecido pela pasta, subindo de 44,95% em julho para 46,85% no mês passado.

(Por Bernardo Caram)

Agricultura familiar reforça aprendizado e melhora notas de alunos da rede pública, mostra estudo

Pesquisa do Ipea revela que a alimentação escolar saudável tem impacto positivo no desempenho acadêmico dos estudantes

Mulheres na agricultura familiar (Foto: Agência Brasil )

Brasil de Fato - Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou a importância da alimentação escolar saudável, proveniente da agricultura familiar, no desempenho acadêmico de crianças da rede pública. O estudo Efeitos da Inserção de Produtos da Agricultura Familiar na Alimentação Escolar sobre o Desempenho de Alunos da Rede Pública no Brasil mostrou que a Lei n.º 11.947/2009, que incentiva a compra de alimentos da agricultura familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), tem relação direta com a melhora nas notas de português e matemática dos estudantes. A pesquisa foi baseada em dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) entre 2013 e 2019.

A deputada estadual do Paraná, Luciana Rafagnin (PT), líder do bloco parlamentar da agricultura familiar, destacou que "alunos bem alimentados aprendem melhor, se envolvem mais nas atividades e têm menos problemas de saúde, o que reflete diretamente no desempenho escolar". Além da alimentação, o estudo analisou outros fatores que impactam o desempenho, como a qualificação dos professores e a infraestrutura das escolas.

Em português, o percentual de professores com nível superior foi um fator decisivo tanto nos anos finais (8,8%) quanto nos iniciais (6,6%), assim como o percentual de compras do Pnae (6,1%). Em matemática, esses índices foram ainda mais altos, com destaque para os professores nos anos finais (11,53%) e o percentual de compras do Pnae (10,20%).

O estudo concluiu que o desempenho escolar na rede pública é influenciado por múltiplos fatores, sendo a alimentação escolar um dos principais. Com as mudanças na legislação, o impacto positivo do Pnae no sistema educacional tem sido fortalecido.

Programa Nacional de Alimentação Escolar - O Pnae, gerido pelo Ministério da Educação por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), é o maior programa de alimentação escolar do Brasil, atendendo mais de 40 milhões de estudantes da rede pública de ensino básico. O programa visa suprir parte das necessidades nutricionais dos alunos, promovendo a saúde e bons hábitos alimentares, essenciais para a criação de um ambiente escolar que favoreça o aprendizado.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Atriz da Globo, Isis Broken denuncia transfobia durante voo da Azul (vídeo)


A situação relatada pela artista aconteceu durante um pouso de emergência
Isis Broken (Foto: Reprodução (Instagram))


A cantora e atriz Isis Broken disse ter sido alvo de transfobia dos funcionários que trabalham para a companhia aérea Azul. A situação ocorreu durante um pouso de emergência em Salvador (BA). De acordo com relatos da artista, o avião apresentou problemas por conta de uma rachadura em uma das asas.

Nas redes sociais, a atriz disse que um dos funcionário da Azul "insistiu" em tratá-la com "pronomes errados", mesmo ela o "corrigindo mais de uma vez". "Já estava desestabilizada com toda a situação, com medo e aflita, foi um total desrespeito comigo e com todos aqueles que passaram por esse trauma, inacreditável que tivemos que passar por isso", escreveu a atriz na legenda da publicação. "Nunca senti tanto medo na minha vida".

A Azul afirmou que "repudia e combate todo e qualquer tipo de discriminação, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, ideologia, origem étnica ou diversidade funcional". "A companhia informa que tem como política atender seus clientes da melhor maneira possível, por meio de um serviço personalizado, com qualidade, eficiência, presteza e principalmente segurança. Os tripulantes são treinados e orientados para seguir todos os procedimentos e prestar a assistência necessária aos clientes."


Em 2023, houve 155 mortes de pessoas trans no Brasil, sendo 145 casos de assassinatos e dez que cometeram suicídio após sofrer violências ou devido à invisibilidade trans. O número de assassinatos aumentou 10,7%, em relação a 2022, quando houve 131 casos. Os dados foram publicados na 7ª edição do Dossiê: Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2023 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), no Ministério dos Direitos Humanos.

Em 2023, a média foi de 12 assassinatos de trans por mês, com aumento de um caso por mês, em relação ao ano anterior. De acordo com o levantamento, dos 145 homicídios ocorridos no ano passado, cinco foram cometidos contra pessoas trans defensoras de direitos humanos.

No ano passado, também foram registradas pelo menos 69 tentativas de homicídio – 66 contra travestis e mulheres trans, além de três homens trans/pessoas transmasculinas (aqueles que, ao nascer, foram designadas como sendo do sexo feminino, mas se identificam com o gênero masculino).

Localidade dos assassinatos

O dossiê informa que, no ano passado, São Paulo foi o estado em que mais ocorreram assassinatos de pessoas trans, com 19 casos, o que representa aumento de 73%, em relação a 2022. No Rio de Janeiro, o número de assassinatos dobrou de 8, em 2022, para 16, em 2023 e saiu da quinta posição para a segunda no ranking de homicídios contra este grupo.

Os estados do Ceará, com 12 casos, do Paraná, com 12, e Minas Gerais, com 11, ocupam, respectivamente, a terceira, quarta e quinta posições. A Antra não encontrou casos de assassinatos, em 2023, nos estados do Acre, de Roraima, Santa Catarina, Sergipe e do Tocantins, mas pode haver subnotificação.

A maior concentração de assassinatos foi observada na Região Sudeste (37% dos casos); seguida pelo Nordeste (36%); Sul (10% dos assassinatos); Norte (9%); e a região Centro-Oeste (7%).

Os crimes ocorrem majoritariamente em locais públicos (60%), principalmente, em via pública, em ruas desertas. Dos 40% restantes, em locais privados, a residência da vítima aparece com o local onde mais houve casos, além de motéis, unidades de saúde e ainda residências de terceiros.

A maior parte dos assassinatos ocorreu no período noturno, com 62% dos casos brasileiros.

Em 2023, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil também identificou 5 assassinatos de travestis/mulheres transexuais brasileiras no exterior, sendo 2, na Itália; 2, na Espanha; e 1, no Paraguai.

Perfil

Dentre as 145 pessoas trans assassinadas no ano passado, 34 casos não tinham informações sobre a idade das vítimas. Se considerados apenas os 111 casos com identificação da idade, 90 das vítimas tinham entre 13 e 39 anos, o que representa 81% do total. A idade média das vítimas foi de 30,4 anos. A mais jovem trans assassinada no ano passado foi uma adolescente de 13 anos. “Quando vemos determinadas bandeiras falando de proteção das infâncias, sempre questionamos quais são as infâncias que estão sendo protegidas no país?”, reflete Bruna.

Sobre o contexto social em que viviam as vítimas, a prostituição é a fonte de renda mais frequente. O estudo chama a atenção para o fato de 57% dos assassinados serem de travestis e mulheres trans que atuam como profissionais do sexo, consideradas mais expostas à violência direta, mais estigmatizadas e marginalizadas. “Buscamos, não apenas proporcionar condições seguras para o exercício dessa atividade, mas também criar oportunidades para aquelas que desejam buscar outras formas de emprego ou geração de renda”, propõe o dossiê.

No último ano, dentre os casos de homicídios em que foi possível identificar a raça da vítima, a Antra observou que, pelo menos, 72% das vítimas eram pessoas trans negras (pretas e pardas).

O estudo indica também que uma pessoa trans, que não fez modificações corporais e não expressa sua inconformidade de gênero claramente, não está exposta às mesmas violências que as demais,"porque não confronta a sociedade cisgênero" (quando a identidade de gênero corresponde ao gênero que lhe foi atribuído no nascimento).

“É possível afirmar que tanto a raça quanto a identidade de gênero são fatores de risco de morte para a população trans negra. Sobretudo considerando que são as pessoas trans negras as que menos acessam as tecnologias de gênero, seja por meio da transição social, física, hormonal ou cirúrgica e, por consequência, acabam sendo muito mais facilmente sendo lidas a partir do olhar da cisgeneridade e da patrulha de gênero, como alguém que não pertenceria ao gênero que expressa”, diz o estudo.

Quanto à identidade de gênero, aumentou 4,6% o número de travestis e mulheres trans assassinadas em 2023, na comparação com 2022. Das 145 vítimas de assassinatos localizadas e consideradas na pesquisa, 136 eram travestis/mulheres trans. Já homens trans e pessoas transmasculinas são minoria em crimes de assassinatos: 9 casos.

Perfil dos suspeitos

A maior parte dos suspeitos, em geral, não costumam ter relação direta, social ou afetiva com a vítima, aponta o Dossiê de 2023.

Entre os casos em que os suspeitos foram efetivamente reconhecidos, 11 tinham algum vínculo afetivo com a vítima, como namorado, ex ou marido. Outros 12 casos ocorreram em contextos de programas sexuais contratados pelos suspeitos. Em diversos casos, a pesquisa identificou a narrativa em que os suspeitos tentaram transferir a responsabilidade ou justificar o assassinato, sob alegação de legítima defesa.

O dossiê divulga também dados sobre os meios usados para cometer o assassinato, como tiro, facada, espancamento, estrangulamento, apedrejamento e outros. Os casos ocorrem em sua maioria (54%) com uso excessivo de violência e requintes de crueldade.

Dos 122 casos com informações, 56 (46%) foram cometidos por armas de fogo; 29 (24%) por arma branca; 12 (10%) por espancamento, apedrejamento, asfixia e/ou estrangulamento e 25 (20%) de outros meios, como pauladas, degolamento e corpos carbonizados. Houve, ainda, 24 casos de clara execução, com número elevado de tiros ou a queima-roupa ou de alto número de perfurações por objeto cortante.

Antigênero

O dossiê conclui que a permanência das violências contra a comunidade trans faz parte de um projeto político conservador, que, de acordo com a Antra, tornou-se preocupante para as pautas de interesse desse grupo no Congresso Nacional.

Bruna Benevides rebate o que considera ser um ambiente social e político hostil que tem como alvo as pessoas trans, devido à existência de uma pauta antigênero. “Em 2023, foram mais de 300 projetos de lei que pretendiam institucionalizar a transfobia, no âmbito da Câmara Legislativa Federal. Temos preocupação porque os acenos que esses representantes, que esses políticos e figuras públicas fazem, é que as nossas vidas não importam, o aceno que fala para a juventude é que não há um futuro para elas existirem”, lamenta Bruna.

Subnotificação e impunidade

A Antra aponta ainda a ausência de dados e a dificuldade de acesso a registros de violência LGBTfóbica, somada à subnotificação de casos deste tipo, que prejudica a realização de pesquisas.

Segundo a associação, não existem referências demográficas sobre a população trans brasileira que possibilitem o cálculo da proporção por habitantes, dos casos de violência contra esse público no Brasil. O que se torna um grande desafio na produção de estatísticas, ressalta Bruna.

“O aumento [do número de assassinatos] simboliza também um chamado urgente para que os órgãos de segurança pública em todos os âmbitos: federal, municipal e estadual, se comprometam a ter dados, porque este é o primeiro ponto. O Estado brasileiro não produz dados sobre violência, sobretudo, o assassinato contra a comunidade trans. E a sociedade civil tem que produzi-los”, acrescenta.

A associação destaca ainda a ausência de ações de enfrentamento da violência contra pessoas LGBTQIA+ por parte do Estado brasileiro; a falta de rigor nas investigações policiais de casos de transfobia; a constante ausência, precariedade e fragilidade de dados usada para ocultar ou simular uma diminuição dos casos, na realidade, contribuem para impunidade, que favorece novos assassinatos e gera insegurança na população trans

Fonte: Brasil 247 com agência Brasil

Janja convoca o eleitorado feminino para as urnas: 'as mulheres sabem de suas reais necessidades como cidadãs' (vídeo)


'Mulheres e meninas precisam viver com dignidade', afirmou a primeira-dama. Elas representam mais de 50% dos eleitores no país. Veja algumas estatísticas

Janja (Foto: Claudio Kbene/PR)

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, destacou nesta segunda-feira (30) como é importante o voto das mulheres nas urnas e defendeu a continuidade de políticas públicas voltadas à redução da desigualdade socioeconômica por conta do gênero. As mulheres representam a maioria do eleitorado brasileiro. Elas somam mais de 81,8 milhões de eleitoras, o que equivale a 52,47% do total - 20 milhões estão na faixa etária entre 45 e 59 anos. Os homens somam quase 74,1 milhões de eleitores (47,51% do eleitorado), conforme o Tribunal Superior Eleitoral. Pela pesquisa, 28.769 entrevistados não informaram o sexo. Comparando por gênero, o número de mulheres de 18 a 24 anos aptas a votar é praticamente igual ao de homens: 9 milhões. No Brasil, o voto é obrigatório a partir dos 18 anos e facultativo para analfabetos, maiores de 70 anos e jovens com idade entre 16 e 18 anos.

"Começando a semana com esse lembrete importante: no próximo domingo, dia 06, vote nas candidatas do @ptbrasil! Só nós, mulheres, sabemos das nossas reais necessidades como cidadãs e temos a sabedoria, a capacidade e a habilidade para criar políticas públicas que impactam diretamente nas nossas vidas e das nossas famílias. Votar nas candidatas do @ptbrasil para as Prefeituras e Câmaras Municipais é fundamental para construirmos um Brasil mais justo e solidário, no qual mulheres e meninas possam viver com dignidade e respeito", pediu a primeira-dama.

Na avaliação de Isabel Freitas, assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), os números refletem a importância das mulheres no processo eleitoral. Mas, ela alerta para o fato de que, apesar de serem maioria, “elas” ainda representam uma pequena parcela entre as candidaturas.

Em relação aos municípios, quase 62% têm maioria do eleitorado feminino. Por outro lado, os homens formam o maior contingente em 38% dos municípios, ou seja, 2.126 localidades. Maceió é a cidade com maior proporção do eleitorado feminino: 55%.

São Paulo é o estado que lidera em número de eleitoras, mas é o quarto colocado no ranking de maior proporção feminina. Na outra ponta, aparece o Pará com a menor proporção feminina.

Além desses dados, por regiões e idade, a coordenadora técnica do Cfemea ressalta que outras informações, ainda não divulgadas, merecem atenção. E destaca a importância de criar condições para que mulheres possam se eleger.

Ainda de acordo com o levantamento do TSE, o país tem mais de 155 milhões de brasileiros aptos a ir às urnas este ano. Já o número de eleitores cujo voto é facultativo está na casa dos 22 milhões. Também neste caso as mulheres são maioria: 12 milhões.
Governo

Os ministérios das Mulheres e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançaram, em 18 de setembro, o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens, com ações voltadas à ampliação e permanência das mulheres no mercado de trabalho, ascensão a cargos de direção e gestão; e também, ao enfrentamento às discriminações no ambiente de trabalho. A previsão orçamentária do governo federal para execução do plano é de R$ 17 bilhões.

O anúncio ocorreu, em Brasília (DF), durante a divulgação do 2º Relatório de Transparência Salarial, nesta quarta-feira, que aponta que trabalhadoras mulheres ganhavam, em 2023, 20,7% menos do que os homens, em mais de 50 mil empresas com cem ou mais empregados, no Brasil.

No evento, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, explicou que o plano inédito tem como item principal a qualificação das mulheres para estarem em espaços, onde, atualmente, elas não estão, como postos de direção e gestão.

“Precisamos ter decisão das empresas de nos ajudar a fazer isso. Nós queremos entrar na Justiça, não queremos brigar, fazer guerra. Nós queremos discutir conjuntamente com as empresas. E há um grande espaço para fazer esse debate.”

O Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens pode ser acessado neste endereço.

Plano de Igualdade Salarial

Ao todo, o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens tem 79 ações que consideram as desigualdades entre mulheres e homens no mundo do trabalho, considerando questões de raça e etnia, geracional e capacitismo.

As ações estão divididas em três eixos:

1. Acesso e ampliação da participação das mulheres no mundo do trabalho, com 36 ações de enfrentamento às barreiras que impedem as mulheres de acessar o mundo do trabalho em condições de plena igualdade;

2. Permanência das mulheres nas atividades laborais, com 19 ações para reduzir os obstáculos à permanência das mulheres e promover políticas de compartilhamento das responsabilidades familiares; e

3. Ascensão e valorização profissional das mulheres no mundo do trabalho, com 24 ações que visam estimular e criar oportunidades para mulheres jovens acessarem carreiras vinculadas às ciências exatas, como ciências, engenharias e matemática.

As ações também abordam aspectos étnico-raciais e da divisão sexual do trabalho, ou seja, das responsabilidades familiares pelas atividades de cuidado com outras pessoas.

A secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, Rosane da Silva, enfatizou que a promoção da igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho precisa da interação entre o poder público, as empresas, a sociedade civil e o movimento sindical, para cobrarem o cumprimento da legislação que determina igualdade salarial de gênero para o mesmo trabalho. “Para a gente conquistar um país democrático, a gente precisa que as mulheres estejam em todos os lugares, foi nesse sentido que a gente construiu esse plano.”

O acompanhamento, monitoramento e avaliação do conjunto de ações deste plano será feito por um comitê gestor coordenado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego e composto, também, pelas pastas dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Ministério da Igualdade Racial (MIR) e Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

Grupo de Trabalho Interministerial

O Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens é resultado da construção coletiva feita pelo Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), criado em 2023, formado por 11 ministérios, com participação de representantes de entidades sindicais, do setor empresarial, de instituições públicas e universidades. “Ajudema executar esse plano, para que tenhamos uma sociedade democrática, o que significa ter mulheres ocupando todos os espaços, com igualdade no trabalho, o que é fundamental”, convocou a secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, Rosane da Silva.

No evento, a representante da Central dos Sindicato brasileiros (CSB), Maria Abadia de Souza, afirmou que a demanda da Igualdade salarial entre homens e mulheres é uma luta antiga das mulheres trabalhadoras e, por isso, as centrais sindicais estarão mobilizadas para fiscalizar o cumprimento da lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres e do plano lançado.

“A lei e o plano são passos importantes que precisam ser acompanhados para a gente conseguir essa igualdade. Sabemos que há muito a ser feito, então, a luta não termina aqui”, disse a sindicalista.
Metas internacionais

A promoção da igualdade de gênero no trabalho também está prevista no quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas(ONU), para 2030, assumido pelo governo do Brasil. A meta é inserir as mulheres e a promover a autonomia econômica, sobretudo das jovens, negras e em situação de pobreza, nas políticas de desenvolvimento econômico e social, contribuindo para a superação da fome e da pobreza.

Os desafios foram assumidos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na presidência rotativa do Brasil do G20, mais especificamente no Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres e no Grupo de Trabalho sobre Emprego. O G20 é composto pelos 19 países mais desenvolvidos do globo e dois órgãos regionais, a União Africana e a União Europeia.

O lançamento do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens ocorreu no Dia Internacional da Igualdade Salarial, instituído pela ONU, em 2019. A representante da ONU Mulheres para o Brasil, Ana Carolina Querino, exaltou o lançamento do plano pelo governo federal. “O lançamento representa a articulação e mobilização necessárias para poder transformar as relações culturais na nossa sociedade”

Fonte: Brasil 247 com agência Brasil

Mísseis são disparados do Líbano contra o norte de Israel após invasão




Estado judeu invadiu o sul do Líbano

Bandeira de Israel (Foto: Reuters/Lisi Niesner)

As Forças de Defesa de Israel (IDF) registraram cerca de 10 projéteis lançados do Líbano para o norte de Israel, informou o exército nesta segunda-feira (30).

"Após os alarmes que soaram na área de Meron, no norte de Israel, aproximadamente 10 projéteis foram identificados cruzando do Líbano", disseram as IDF, em declaração citada pela agência Sputnik.

Foi informado que alguns dos projéteis foram interceptados, enquanto outros caíram em áreas abertas. Não houve registro de vítimas.

As IDF informaram mais cedo nesta segunda-feira que suas forças lançaram ataques terrestres limitados contra alvos do movimento xiita libanês Hezbollah na área fronteiriça do sul do Líbano.

Mais cedo, o gabinete político-militar de Israel aprovou a próxima fase das operações militares na frente libanesa, informou o portal israelense Ynet.

Anteriormente, o exército israelense declarou parte do território ao longo da fronteira com o Líbano como uma zona militar fechada. Ao mesmo tempo, a mídia relatou que as forças israelenses estavam realizando intenso fogo de artilharia nas áreas fronteiriças do Líbano, e o exército libanês havia se retirado de várias posições no sul do país.

A Agence France-Presse, citando o Departamento de Estado dos EUA, informou que Israel está atualmente conduzindo operações limitadas contra o movimento Hezbollah no Líbano.

A Força Aérea e a artilharia israelense estão apoiando as forças terrestres das IDF durante a operação, atacando alvos militares, informou.

Mais cedo, a NBC News informou nesta segunda-feira, citando um oficial dos EUA, que Israel já lançou operações de reconhecimento no Líbano, incluindo pequenas missões terrestres envolvendo forças especiais. Integrantes do Hezbollah reagiram e atacaram tropas israelenses em uma faixa florestal na zona de fronteira, informou o movimento em comunicado, citado pela agência Sputnik.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Quaest aponta triplo empate em São Paulo: Nunes 24%, Boulos 23% e Marçal 21%

Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes e Pablo Marçal: triplo empate técnico

Uma pesquisa da Quaest divulgada nesta segunda-feira (30) revela que Ricardo Nunes (MDB) lidera com 24%, seguido de perto por Guilherme Boulos (PSOL), com 23%, e Pablo Marçal (PRTB), com 21%, configurando um empate técnico entre os três na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Em relação ao levantamento anterior, realizado em 24 de setembro, Nunes caiu um ponto percentual, passando de 25% para 24%, Boulos manteve os mesmos 23%, e Marçal subiu um ponto, de 20% para 21%.

Tabata Amaral (PSB) cresceu de 8% para 10%, enquanto José Luiz Datena (PSDB) permaneceu com 6%, mantendo ambos em empate técnico dentro da margem de erro.

A pesquisa, realizada entre os dias 27 e 29 de setembro, entrevistou presencialmente 1.800 pessoas acima de 16 anos. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o levantamento foi encomendado pela TV Globo e registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-01233/2024. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Confira os resultados:

• Ricardo Nunes (MDB): 24% (era 25% em 24 de setembro)
• Guilherme Boulos (PSOL): 23% (mantendo os 23%)
• Pablo Marçal (PRTB): 21% (subiu de 20%)
• Tabata Amaral (PSB): 10% (subiu de 8%)
• José Luiz Datena (PSDB): 6% (manteve os 6%)
• Marina Helena (Novo): 2% (manteve os 2%)
• Bebeto Haddad (Democracia Cristã): 0% (não pontuou)
• João Pimenta (PCO): 0% (não pontuou)
• Ricardo Senese (Unidade Popular): 0% (não pontuou)
• Altino Prazeres (PSTU): 0% (não pontuou)
• Indecisos: 6% (era 7%)
• Branco/nulo/não vai votar: 8% (era 9%)

Fonte: DCM

Intelectuais, empresários e artistas assinam manifesto pelo voto útil em Boulos

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos. Imagem: reprodução.

Para evitar que o segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo seja disputando entre Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), um grupo de artistas e intelectuais – também reúne juristas, jornalistas e empresários – lançou um manifesto nesta segunda (30), incentivando o voto útil no candidato Guilherme Boulos (PSOL).

“A frente ampla que impediu [Jair] Bolsonaro de permanecer no poder precisa se levantar novamente para evitar que este segundo turno de consagração do bolsonarismo aconteça”, afirma o manifesto.

Entre os signatários do documento estão nomes de destaque da música, das artes e da academia: Alexandre Martins Fontes, André Abujamra, André Singer, Arnaldo Antunes, Arrigo Barnabé, Beatriz Bracher, Bernardo Carvalho, Bob Wolfenson, Carla Camuratti, Celso Antonio Bandeira de Mello, Denise Fraga, Eugênio Bucci, Fernanda Diamant, Fernando Limongi, Fernando Meirelles, Ivo Herzog, José Miguel Wisnik, Juca Kfouri, Lilia e Luiz Schwarcz, Maria Cristina Mendonça de Barros, Marilena Chauí, Milton Hatoum, Nando Reis, Raí, Renato Janine Ribeiro, Roberto Schwarz, Sidarta Ribeiro e Zeca Camargo.

A atriz Denise Fraga, o apresentador Zeca Camargo, o músico Nando Reis e o jornalista Juca Kfouri são alguns dos signatários do manifesto pró-Boulos. Fotomontagem

A ação de criar o manifesto também vem da preocupação do que anda sendo apontado pelas pesquisas. O DataFolha apurou Nunes com 27%, disputando a liderança com Boulos, com 25%. No entanto, o ex-coach oscilou de 19% para 21%, no limite do empate técnico pelo segundo lugar.


Confira abaixo o texto manifesto completo:

“Em poucos dias iremos às urnas definir o futuro das nossas cidades. Serão as primeiras eleições depois de o Brasil ter vivido uma das jornadas democráticas mais importantes de sua história: a construção de uma ampla frente em defesa da democracia nas eleições presidenciais de 2022.

A vitória foi grande, mas não definitiva. O bolsonarismo se reorganizou e continua ativo, sem recuar um milímetro em seu programa, cujo cerne é destruir os direitos mais básicos da república brasileira.

Neste exato momento, bolsonaristas de todo o país se articulam para transformar o próximo domingo em um momento de virada, que elegeria candidatos bolsonaristas em muitas capitais do país. Esse bloco antidemocrático tem dois objetivos: dar uma grande demonstração de força e colocar as máquinas de muitas prefeituras importantes a serviço da candidatura presidencial do bolsonarismo em 2026.


A situação de São Paulo — a maior cidade do país — é especialmente preocupante, porque estamos diante do risco de dois candidatos bolsonaristas passarem ao segundo turno: Pablo Marçal e Ricardo Nunes. Um resultado como este representaria a consagração, pelo voto popular, da violência política, da defesa da tortura, do negacionismo científico, da destruição de direitos, do descaso com os mais pobres, do desprezo com a cultura, com as minorias e com a democracia além do vasto programa de destruição do meio ambiente.

A frente ampla que impediu Bolsonaro de permanecer no poder precisa se levantar novamente para evitar que este segundo turno de consagração do bolsonarismo aconteça.

Quando olhamos para as pesquisas, fica evidente que o candidato que reúne as melhores condições de evitar o desfecho trágico de um segundo turno entre dois bolsonaristas é Guilherme Boulos. Parte dos signatários deste manifesto tem preferência por outras candidaturas e só votaria em Boulos no segundo turno, mas reconhece que estamos diante de um risco que o país não pode correr.

Diante disso, fazemos um chamado a todas as pessoas comprometidas com a empatia, a democracia, a humanidade e o futuro para que votemos, já neste domingo, em Guilherme Boulos.”

Fonte: DCM