segunda-feira, 23 de setembro de 2024

AtlasIntel: Boulos se consolida na liderança; Marçal despenca e empata com Nunes

 

Levantamento aponta disputa entre Pablo Marçal e Ricardo Nunes por uma vaga para o segundo turno

Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira (23) mostra o candidato Guilherme Boulos (Psol) consolidado na liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ele tem 28,3% das intenções de voto, 0,3% ponto percentual a mais do que tinha na pesquisa de 11 de setembro.

Já Pablo Marçal (PRTB) despencou de 24% para 20,9%, e agora está empatado com o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que oscilou de 20% para 20,9%.
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Segundo turno

Nas projeções de segundo turno, Boulos leva a melhor sobre Marçal, com 44,4% a 38,5%. Ele também supera Ricardo Nunes, mas com uma margem mais apertada: 41,7% a 39,5%.

Já em um cenário entre Nunes e Marçal, o atual prefeito levaria a melhor, com 47,5% contra 28%.

A pesquisa, feita com recursos próprios, ouviu 2.218 eleitores da cidade de São Paulo entre 17 e 22 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código SP-03546/2024.

Fonte: Brasil 247


Relator do caso Marielle Franco na CCJ da Câmara defende cassação de mandato de Chiquinho Brazão

 

Relatório apresentado pelo deputado Ricardo Ayres mantém a recomendação de cassação do mandato de Brazão, seguindo a decisão do Conselho de Ética da Câmara

Chiquinho Brazão (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O relatório apresentado pelo deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nesta segunda-feira (23), refutou todos os recursos apresentados pela defesa do deputado Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) em 2018, destaca reportagem do jornal O Globo.

O documento mantém a recomendação de cassação do mandato de Brazão, seguindo a decisão do Conselho de Ética da Casa, proferida em agosto. A sessão foi convocada durante o recesso parlamentar, a pedido dos advogados de Brazão, que questionaram a condução do processo.

Os defensores do parlamentar argumentaram que o relatório elaborado pela deputada Jack Rocha (PT) no Conselho de Ética, que também recomendava a perda do mandato, foi tendencioso, visto que Rocha já havia se manifestado pela manutenção da prisão de Brazão anteriormente.

“O Recorrente alega que a sanção sugerida, de perda do mandato, é desproporcional, considerando que as provas apresentadas contra ele seriam insuficientes para justificar uma punição tão severa. Contudo, essa alegação não se sustenta. O Conselho de Ética, ao longo de todo o processo, realizou uma análise aprofundada e criteriosa do conjunto probatório, que incluiu documentos, depoimentos e outros elementos relevantes”, escreveu Ayres em seu relatório. A deputada Jack Rocha, em seu parecer, havia mencionado a quebra de decoro parlamentar e o risco de obstrução da Justiça como razões para a cassação.

A decisão da CCJ ainda será submetida ao plenário da Câmara, mas a defesa de Brazão pode solicitar um pedido de vista, o que poderia adiar a análise e votação do relatório. No entanto, a situação do deputado é considerada delicada, uma vez que, em abril deste ano, a Câmara votou pela manutenção de sua prisão, embora com uma margem apertada.

Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, são apontados pela Polícia Federal como os mandantes do homicídio de Marielle Franco. As investigações também implicam o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, acusado de tentar garantir impunidade aos envolvidos.

Durante a sessão, Chiquinho Brazão participou por videoconferência e negou qualquer envolvimento no crime.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Candidata à Prefeitura do Guarujá é alvo de atentado a tiros

 

O veículo em que Thaís estava foi atingido por quatro disparos

(Foto: Reprodução)

A jornalista Thaís Margarido, candidata à Prefeitura de Guarujá (SP) pelo partido União Brasil, sofreu uma tentativa de homicídio enquanto retornava de uma caminhada eleitoral no último domingo (22). O veículo em que Thaís estava foi atingido por quatro disparos no bairro Santa Cruz dos Navegantes, por volta das 18h30. Além da candidata, estavam no carro sua filha de oito anos, uma assessora e a filha de um candidato a vereador, de 10 anos. Ninguém ficou ferido, e os suspeitos fugiram após o ataque.

De acordo com informações do G1, a assessora que dirigia o veículo conseguiu acelerar e escapar após o carro ser alvejado em uma área de mata. Não há informações sobre a identidade dos suspeitos até o momento.

Thaís Margarido afirmou, por meio de nota, que a situação foi um "susto", destacando a gravidade do incidente, especialmente devido à presença de crianças no veículo. Em entrevista à TV Tribuna, ela descreveu o momento de tensão e mencionou que pediu para a filha e a amiga se abaixarem no carro enquanto a assessora acelerava para sair do local.

As investigações sobre o caso continuam, mas os motivos da ação ainda não foram esclarecidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Pesquisa AtlasIntel em Belo Horizonte mostra Bruno Engler na liderança e Mauro Tramonte em 2º lugar

 

Gabriel Azevedo (MDB) aparece em 3º lugar e Duda Salabert (PDT) em 4º

Urna eletrônica (Foto: José Cruz/Arquivo/Agência Brasil)

Infomoney O deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), continua aparecer na liderança das intenções de voto para a prefeitura de Belo Horizonte, de acordo com pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira (23), embora tenha perdido alguns pontos.

Segundo o levantamento, a intenção de votos em Engler caiu de 29% na última pesquisa, realizada em agosto, para 25,2% na atual.

Mas a vice-liderança na disputa agora mudou, o deputado estadual e ex-apresentador de TV Mauro Tramonte (Republicanos) passando de 9,4% para 15%.

O vereador Gabriel Azevedo (MDB) também deu um salto e passou de 7,8% para 14,4% das intenções, ficando em terceiro lugar, enquanto a deputada federal Duda Salabert (PDT) passou de 9% para 13,7%.  Já o atual prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman (PSD), que tinha 9,3%, foi a 13,5%.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Mercado passa a ver Selic em 11,50% este ano, com alta de 0,5 p.p. em novembro

 

Projeção para a expansão da economia brasileira chegou a 3% neste ano, sexta semana consecutiva de aumento

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Reuters - Analistas consultados pelo Banco Central subiram sua projeção para o nível da Selic ao fim deste ano, prevendo agora uma alta de 50 pontos-base nos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em novembro, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que os analistas veem a taxa básica de juros, atualmente em 10,75% ao ano, fechando 2024 em 11,50%, ante 11,25% na semana anterior. Em 2025, eles mantiveram a expectativa de que a Selic cairá para 10,50%.

A mudança na projeção ocorre na esteira da decisão do Copom na semana passada, em que os membros da autarquia votaram de forma unânime por um aumento de 25 pontos-base na Selic, destacando uma atividade econômica superaquecida e vendo riscos elevados de aceleração na inflação.

Segundo analistas, o comunicado divulgado pelo Copom após a decisão foi "duro" e "hawkish" (agressivo contra a inflação), gerando a percepção entre participantes do mercado de que a autarquia será mais agressiva do que o esperado anteriormente em seu novo ciclo de aperto monetário.

Na quarta-feira, as atenções estarão voltadas para a divulgação de números do IPCA-15 de setembro, com economistas consultados pela Reuters prevendo uma alta de 0,29% no índice, de 0,19% no mês anterior. Em 12 meses, a expectativa é que o número chegue a 4,29%, ante 4,35% em agosto.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que as projeções para a alta do IPCA e a expansão do PIB neste ano subiram novamente.

Em 2024, a mediana das projeções aponta que a inflação fechará o ano em 4,37%, a décima semana consecutiva de aumento da previsão, de 4,35% há uma semana. Para o próximo ano, a expectativa é que o IPCA atinja alta de 3,97%, de 3,95% anteriormente.

A projeção para a expansão da economia brasileira chegou a 3,00% neste ano, a sexta semana consecutiva de aumento, de 2,96% antes. Em 2025, o país deve crescer 1,90%, segundo os analistas, mesma previsão de uma semana atrás.

Os economistas ainda mantiveram as projeção para o preço do dólar neste ano e no próximo, a 5,40 reais e 5,35 reais, respectivamente.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Mercado financeiro 'quer proibir o presidente Lula de governar', diz Gleisi

 

Presidente do PT reagiu às críticas em relação à estratégia do governo de utilizar fundos públicos e privados para impulsionar o mercado de crédito

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu às críticas do mercado financeiro em relação à nova estratégia do governo Lula (PT) de utilizar fundos públicos e privados para impulsionar o mercado de crédito, diante de uma taxa básica de juros (Selic) de 10,75% ao ano, o que representa a segunda maior taxa de juro real do mundo. 

"Qualquer pretexto serve para o mercado financeiro rosnar na mídia, sedento de juros. Agora atacam os fundos públicos e os recursos liberados dentro das regras do Orçamento. Não há critério técnico nas críticas. Querem mesmo é proibir o presidente Lula de governar. Pra eles, gasto bom é só com juros", publicou Gleisi no Bluesky.

Qualquer pretexto serve para o mercado financeiro rosnar na mídia, sedento de juros. Agora atacam os fundos públicos e os recursos liberados dentro das regras do Orçamento. Não há critério técnico nas críticas. Querem mesmo é proibir o presidente Lula de governar. Pra eles, gasto bom é só com juros


Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmou que o maior uso de fundos públicos e privados pelo governo é adequado, especialmente em um contexto que exige investimentos em mitigação das mudanças climáticas, infraestrutura social e ampliação do crédito, principalmente para pequenos negócios.

Na semana passada, por exemplo, o presidente Lula sancionou o projeto que modifica a Lei Geral do Turismo, permitindo que o Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) seja utilizado para oferecer crédito às companhias aéreas. O governo pretende destinar R$ 5 bilhões para apoiar essas empresas, que enfrentam prejuízos e acumularam dívidas desde a pandemia de Covid-19. Além disso, o texto autoriza o Ministério dos Portos e Aeroportos a usar o fundo para subsidiar a compra de querosene de aviação (QAV) em rotas aéreas na Amazônia Legal.

No Senado, os parlamentares aprovaram o projeto que cria o Programa Acredita, voltado para oferecer microcrédito a empreendedores do Cadastro Único, com a garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO). O projeto também institui o Eco Invest Brasil, no âmbito do Fundo Clima, abrindo caminho para que o fundo ofereça proteção cambial a investidores estrangeiros interessados em financiar projetos de transformação ecológica.

Fonte: Brasil 247

Atacados por Israel, libaneses lotam estradas e fogem da zona de conflito; mortes sobem para 274

 

1.024 pessoas ficaram feridas. Vítimas fatais incluem 21 crianças e 31 mulheres

Veículos em fuga no Líbano após ataques israelenses (Foto: Reprodução/Captura de tela de vídeo das redes sociais)

A população do Líbano vive momentos de pânico nesta segunda-feira (23), com multidões deixando suas casas para buscar áreas seguras, informa o g1. Após uma série de bombardeios israelenses, seguidos por alertas de evacuação enviados por telefone e mensagens de texto, os libaneses começaram a fugir da zona de conflito.

Imagens nas redes sociais mostram longas filas de veículos nas principais estradas do sul do Líbano, à medida que famílias inteiras tentam escapar dos intensos ataques aéreos.

Segundo o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, pelo menos 274 pessoas, incluindo 21 crianças e 31 mulheres, foram mortas nos ataques israelenses ao sul do Líbano nesta segunda-feira. Além disso, 1.024 pessoas ficaram feridas. Estes números tornam a atual ofensiva a mais mortífera desde o fim da guerra civil no país, agravando ainda mais a crise humanitária.

Com hospitais sobrecarregados e serviços de emergência no limite, muitos libaneses enfrentam dificuldades para obter atendimento médico adequado. 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Grupo Heineken investe mais de R$ 10 milhões na reconstrução de estabelecimentos no RS

 

Ação 'Vamos Juntos RS' visou minimizar os impactos socioeconômicos causados pelas enchentes, criar empregos e acelerar a recuperação da região

Mercado de Porto Alegre (Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil)

Com o objetivo de ampliar o apoio aos estabelecimentos, em especial bares e restaurantes, atingidos pelas chuvas no Rio Grande do Sul, o Grupo Heineken lançou o movimento "Vamos Juntos RS", que contribuiu para a retomada de mais de 817 estabelecimentos na região e teve um investimento de mais de R$ 10 milhões para acelerar a recuperação socioeconômica local.

“Em maio, logo após o início da tragédia no estado, mapeamos todos os possíveis parceiros afetados na região. O impacto foi grande, e sabíamos que a recuperação exigiria uma ação rápida e coordenada. Com essa lista em mãos, entramos em contato com mais de mil pontos de venda em quatro cidades — Canoas, São Leopoldo e Eldorado — além de sete bairros em Porto Alegre. Essa abordagem direta nos permitiu entender as necessidades específicas de cada comerciante e, a partir daí, traçar um plano de ação para ajudá-los na retomada das suas atividades o mais rápido possível”, relata Mauro Homem, vice-presidente de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos do Grupo Heineken.

Foram realizadas reformas, limpezas e pinturas dos estabelecimentos além da compra de equipamentos como geladeiras e pré-resfriadores. As cinco maiores redes de supermercados da região — Zaffari, Unisuper, Imec, Asun e UnidaSul — também receberam apoio em seus calendários promocionais. Além disso, outros nove supermercados de menor porte danificados foram beneficiados com novos equipamentos. 

“Esta ação durou 75 dias e envolveu o trabalho de 120 colaboradores temporários que atuaram diretamente na reconstrução e revitalização dos estabelecimentos. Para nós, foi gratificante ver a mobilização de todos os envolvidos. Agora, os bares, restaurantes e supermercados estão prontos para reabrir e voltar a operar normalmente, dando um novo fôlego à economia local e ajudando a reerguer as comunidades afetadas”, completa o executivo.

Para encerrar o projeto "Vamos Juntos RS", o Grupo Heineken promoverá um evento no dia 20 de setembro, data da Revolução Farroupilha, para entregar a placa de "Patrimônio Sentimental do Rio Grande do Sul" aos 189 pontos de vendas restaurados, celebrando a força e a resiliência da região.

Doações para o RS

Durante a tragédia, além dos valores citados, o Grupo Heineken focou no cuidado as pessoas colaboradoras afetadas além da comunidade local. Foi implementado um pacote de ações para apoiar a comunidade do Rio Grande do Sul. Em parceria com a Visão Mundial, foi realizada uma campanha de captação de recursos financeiros para ajudar as famílias afetadas, com o envolvimento da comunidade holandesa no Brasil por meio da Dutcham. A cervejaria de Igrejinha (RS) foi colocada à disposição para tratar e doar água potável, enquanto parte do volume de água Schin produzido em Alagoinhas (BA) foi transferido para o estado. Em parceria com a ANCAT, mais de 2 mil catadores de materiais recicláveis foram apoiados com doações de água potável, vale-alimentação e manutenção de renda. Além disso, o Grupo Heineken contribuiu com 3 toneladas de ração, itens de higiene e saúde para animais de estimação, com a marca Lagunitas dobrando as doações de ração para os bares parceiros. Também foram distribuídas cartilhas de orientações sanitárias para o retorno seguro às casas e guias de saúde focados na prevenção de doenças respiratórias.

Os 600 colaboradores do Grupo Heineken na região afetada receberam cestas básicas e kits de higiene, tiveram o salário, as férias e o 13º salário antecipados, além de doações no cartão alimentação e auxílio-farmácia. A companhia também ofereceu uma estrutura de acolhimento e criou canais exclusivos de apoio, funcionando 24 horas por dia, para tratar de questões psicológicas, financeiras e de saúde. Além disso, foram disponibilizados empréstimos aos colaboradores mais impactados para a compra de materiais de construção, eletrodomésticos e móveis etc.

Fonte: Brasil 247

Real Time Big Data: Nunes lidera intenção de votos para a Prefeitura de SP, mas empate técnico persiste

 

Pesquisa aponta disputa acirrada entre Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal, com os três candidatos tecnicamente empatados

Guilherme Boulos | Ricardo Nunes (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados | Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de São Paulo)

Pesquisa do instituto Real Time Big Data, divulgada nesta segunda-feira (23), mostra que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo com 27% das intenções de voto no cenário estimulado, seguido de perto pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol), com 24%, e pelo coach de extrema direita Pablo Marçal (PRTB), com 21%. No entanto, devido à margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, os três candidatos estão tecnicamente empatados. Na pesquisa anterior, Nunes tinha 24%, enquanto Boulos e Marçal registravam 22% cada, reforçando o quadro de empate técnico entre os principais concorrentes.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o levantamento destaca que os outros candidatos mencionados no cenário estimulado incluem a deputada federal Tabata Amaral (PSB), com 9%, o apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 5%, e a economista Marina Helena (Novo), que aparece com 2%. Além disso, 5% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco ou nulo, enquanto 6% não souberam responder.

No cenário espontâneo, onde os eleitores não são apresentados aos nomes dos candidatos, o empate técnico também se mantém. Nunes e Marçal têm 16% cada, seguidos por Boulos, com 15%. Tabata aparece com 7%, enquanto Datena registra 2%. Ainda, 31% dos entrevistados não souberam responder sua preferência de voto, um indicativo de que a disputa ainda pode sofrer mudanças significativas até o pleito.

Os cenários para um eventual segundo turno também foram testados. Nunes venceria tanto Boulos (47% a 35%) quanto Marçal (44% a 32%). Já em um embate entre Boulos e Marçal, o candidato do PSOL aparece com 40% contra 38% do ex-coach, mas a margem de erro torna o resultado um empate técnico.

A pesquisa realizou 1.500 entrevistas com eleitores da capital paulista entre os dias 20 e 21 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo SP-00265/2024.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

ELEIÇÕES 2024: Faltando 13 dias para a eleição saiba como está a movimentação financeira das quatro coligações que concorrem à prefeitura de Apucarana

A coligação do candidato Rodrigo Recife (MDB) já consumiu 99% das receitas obtidas e ainda tem margem de arrecadação de R$ 151.652,17. A coligação foi a que menos arrecadou até agora.

Faltando 13 dias para a eleição de 6 de outubro as quatro coligações que concorrem à prefeitura de Apucarana já gastaram mais de 50% do limite de gastos estabelecidos pelo TSE que é de R$ 377.972,17. É o que mostra os dados disponíveis no sistema DivulgaCand do Tribunal. Rodolfo Mota (União) já gastou 95% do limite; Paulo Vital (PL), 82%; Rodrigo Recife (MDB), 59% e Jane Reis (PT), 54%. 

As coligações do canditado Rodrigo Recife (MDB) e de Jane Reis (PT) arrecadaram valores inferiores ao limite de gastos do TSE e ainda tem margem para arrecadação.  Rodrigo Recife arrecadou R$ 226.320,00 e ainda pode arrecadar cerca de R$ 151 mil enquanto Jane Reis arrecadou R$ 315 mil e ainda pode arrecadar pouco mais de R$ 62 mil. 

Até as 10 horas desta segunda-feira (23), a coligação "Pé no Chão, Deus no Coração" do candidato Rodolfo Mota (União) é a que mais contratou despesas. De acordo com a Prestação de Contas informada no sistema, a coligação contratou despesas de R$ 358.812,30. O volume representa 95% do limite de gastos estabelecidos pelo TSE e 86% das receitas obtidas pela coligação.  Do montante contratado, R$ 90.901,90 já foi pago, o que representa 25% da conta. A coligação arrecadou recursos acima do limite de gastos estabelecidos pelo TSE. As doações feitas à candidatura, somam R$ 418.120,00 e o limite de gastos é de R$ 377.972,17.

A coligação do candidato Rodolfo Mota (União) já contratou despesas na ordem de R$ 358.812,30. O volume representa 95% do limite de gastos estabelecidos pelo TSE e 86% das receitas obtidas pela coligação.

A coligação "Vamos em Frente" do candidato Paulo Vital, foi a segunda que mais contratou despesas e a que menos pagou. De acordo com a Prestação de Contas informada no sistema, a coligação contratou despesas de R$ 309.929,90 e pagou R$ 12.580,00. O volume de despesas contratadas pela coligação representa 82% do limite de gastos estabelecido pelo TSE e o valor pago corresponde a apenas 4% da conta. O valor de despesas contratadas equivale a 79% da arrecadação. A coligação arrecadou R$ 390 mil. O montante é acima do limite de gastos do TSE.
A coligação do candidato Paulo Vital (PL) contratou despesas de R$ 309.929,90. O montante corresponde a 82% do limite de gastos estabelecidos pelo TSE e 79% da arrecadação obtidas pela coligação.

A coligação "Apucarana Forte, Grande e no Caminho Certo" do candidato Rodrigo Recife (MDB) contratou despesas de R$ 224.643,88 e pagou R$ 188.053,88 da conta. O volume de despesas contratadas corresponde a 59% do limite de gastos do TSE e 99% da arrecadação obtida. O valor quitado representa 84% da conta. A coligação arrecadou R$ 226.320,00, 60% do limite de gastos do TSE.
A coligação do candidato Rodrigo Recife (MDB) contratou despesas de R$ 224.643,88. O valor representa 59% do limite de gastos do TSE e 99% das receitas da coligação.

A coligação "Apucarana da Esperança" da candidata Jane Reis (PT) é a única que contratou e pagou 100% da conta e a que menos contratou despesas até agora.  A coligação contratou despesas de R$ 169.988,30 e pagou R$ 169.988,30. O volume de despesas contratadas representa 54% do limite de gasto do tribunal e 45% das receitas da coligação.  As doações feitas à coligação até agora é de R$ 315 mil. O valor representa 83% do limite de gastos do TSE. 

A coligação da candidata Jane Reis (PT) contratou despesas de R$ 169.988,30. O valor equivale a 54% do limite de gastos do TSE e 45% da arrecadação da coligação.




 

Brasil Mais Produtivo avança e transforma pequenas empresas em "fábricas inteligentes"

 

Programa do governo visa aumentar a produtividade de MPEs industriais por meio da digitalização e da adoção de tecnologias da Indústria 4.0

Indústria (Foto: Reuters/Jorge Adorno)

O programa Brasil Mais Produtivo (B+P) inicia uma nova fase focada na transformação digital de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) industriais. Alinhado à Missão 4 da Nova Indústria Brasil, o projeto será oficialmente lançado nesta segunda-feira (23), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em evento que contará com a presença do presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), além de empresários e autoridades. O principal objetivo é aumentar a produtividade dessas empresas por meio da implementação de tecnologias digitais avançadas.

Para Alckmin, "o Brasil Mais Produtivo vai fazer diferença. Primeiro, porque trabalha com micro, pequenas e médias empresas, que são a maioria das empresas brasileiras e as que mais precisam. Depois, porque ele promove a transformação digital, o aumento de produtividade e a conquista de mercados e de boas parcerias". A iniciativa visa beneficiar mais de 8,4 mil MPMEs por meio de 360 projetos de inovação, com um aporte financeiro de R$ 160 milhões, em uma parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Brasil Mais Produtivo tem como foco transformar essas empresas em "fábricas inteligentes" através da implementação de tecnologias da Indústria 4.0, como Internet das Coisas (IoT), Big Data, inteligência artificial, impressão 3D e computação em nuvem. Esses recursos permitirão a digitalização das linhas de produção, o que trará melhorias significativas na eficiência e competitividade das MPMEs.

Apoio técnico e financiamento

Cada projeto aprovado receberá suporte técnico e financeiro, com envolvimento direto de parceiros como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Além disso, as empresas participantes terão a oportunidade de capacitar seus funcionários por meio de cursos de pós-graduação focados em transformação digital, com descontos especiais oferecidos pelo SENAI.

Outro ponto de destaque desta etapa é o lançamento de uma linha de consultorias em transformação digital, direcionada às empresas de médio porte, com 70% do custo subsidiado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Utilizando a ferramenta SIRI (Smart Industry Readiness Index), as consultorias começarão a ser oferecidas ainda em 2024 e devem beneficiar cerca de 1,2 mil empresas até 2027, com avaliações detalhadas da maturidade digital das participantes.

Incentivos e impacto nas empresas

O programa visa reduzir as desigualdades tecnológicas entre as grandes corporações e as MPMEs, proporcionando a essas últimas o acesso a tecnologias que já são amplamente utilizadas por empresas maiores. Com essa aproximação, a expectativa é que pequenas e médias empresas possam competir em pé de igualdade no mercado, além de contribuir para a criação de novos postos de trabalho especializados e para o desenvolvimento de novas tecnologias no país.

Os participantes do programa terão acesso facilitado a linhas de financiamento com condições especiais, fornecidas pelo BNDES e pela FINEP, o que possibilitará a implementação de soluções digitais de maneira mais acessível. Além disso, a digitalização das indústrias promoverá um ambiente mais equilibrado, gerando uma economia mais inclusiva e fortalecendo a competitividade da indústria nacional.

Parcerias estratégicas

Coordenado pelo MDIC, o Brasil Mais Produtivo reúne uma série de parceiros estratégicos, como o BNDES, FINEP, Embrapii, ABDI, Sebrae e Senai. O programa integra a Nova Indústria Brasil, uma política industrial lançada em janeiro de 2024 com a ambição de transformar cerca de 200 mil indústrias brasileiras até 2027, das quais 93 mil receberão atendimentos presenciais.

Com um investimento total de mais de R$ 2 bilhões, a expectativa é que o Brasil Mais Produtivo se consolide como uma das principais políticas de fomento à inovação e à digitalização no país, ampliando a competitividade das MPMEs e posicionando o Brasil em um patamar mais elevado no cenário industrial global.

Fonte: Brasil 247

PT lança série de vídeos com evangélicos para fortalecer candidaturas municipais

 

Projeto “Testemunhos de Fé e Luta” conecta a religião às bandeiras do partido

Lula e evangélicos (Foto: Reprodução/Facebook Templo de Salomão | Ricardo Stuckert)

O PT preparou uma série de vídeos em que integrantes da comunidade evangélica relatam como o exercício de sua fé se relaciona com as bandeiras sociais e políticas do partido. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a ideia é que o material sirva de apoio para as 32 mil candidaturas petistas que disputam as eleições municipais deste ano.

Entre os entrevistados estão o advogado-geral da União, Jorge Messias, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e o pastor Oliver Goiano, da Igreja Batista da Lagoa. Intitulado “Testemunhos de Fé e Luta”, o projeto é encabeçado pela Fundação Perseu Abramo, braço do PT dedicado à pesquisa e à educação política do partido, e que também desenvolveu a “Cartilha Evangélica – Diálogo nas Eleições”.

Ainda conforme a reportagem, uma leva de oito vídeos, cada um com cerca de cinco minutos de duração, foi preparada para divulgação. Em seu depoimento, o ministro Jorge Messias, que frequenta a Igreja Batista Cristã e diz professar sua fé há 40 anos, dedicou parte de sua exposição a desmentir o boato de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende fechar igrejas.

“Tentaram usar isso na campanha de 1989, tentaram usar isso na campanha de 2002, 2006 e por aí vai. Fizeram isso também contra a presidenta Dilma. E a verdade é que desde que o presidente Lula foi eleito, no primeiro mandato em 2002, nunca houve na história desse país um aumento tão significativo de igrejas como nós temos presenciado nos últimos 20 anos”, diz o chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).

Messias ainda afirma que, graças à Lei de Liberdade Religiosa sancionada por Lula, igrejas protestantes criadas nos últimos anos tiveram mais facilidade para regularizar sua situação jurídica e financeira. “Eu, como caminho com Deus há 40 anos, posso ver e pude testemunhar o avanço de novas denominações. Isso é resultado de uma lei aprovada pelo presidente Lula”, diz o ministro, que também atribui a governos petistas a expansão internacional de igrejas evangélicas brasileiras.

O chefe da AGU também compara a existência de fake news à passagem bíblica que versa sobre a presença da serpente no Jardim do Éden. “Muitas mentiras são produzidas para serem penetradas nos meios evangélicos como o único propósito de causar temor e intranquilidade nos nossos irmãos. E isso tem, infelizmente, fins eleitorais”, diz.

A deputada Benedita da Silva, por sua vez, brinca que é chamada de “PTcostal”. Adepta da Igreja Presbiteriana Betânia de Niterói, a parlamentar diz não ser verdade a afirmação de que evangélicos não votam no PT e compara pautas defendidas pelo partido a ensinamentos cristãos.

“Meus irmãos e minhas irmãs, o PT cuida das pessoas, e elas podem estar em qualquer condição. Ela pode ser, no sentido bíblico, a prostituta que está conversando com Jesus, ela pode ser aquele que está na cadeia, ela pode ser aquele que está sem casa, no meio da rua. Podem ser aquelas criancinhas abandonadas, pode ser o trabalhador desempregado”, afirma a parlamentar.

“Nós [evangélicos] temos muito mais em comum com o PT do que nós possamos imaginar”, segue a deputada, que em determinado momento da gravação se dirige especificamente às mulheres evangélicas. “Queria chamar a atenção dessas mulheres [para falar] que esse governo tem muito a ver com a nossa prática cotidiana. A gente que limpa igreja, a gente que faz quentinha para doar. O governo tem cozinha solidária”, afirma Benedita.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo

Planejamento contra seca e queimadas "não foi suficiente", reconhece Marina Silva

 

“Ter essa clareza e essa responsabilidade de não querer mascarar a realidade faz parte de uma postura republicana diante da sociedade", diz a ministra

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, admitiu que, apesar dos esforços do governo Lula (PT) para enfrentar a grave crise de seca e incêndios que assola o Brasil, as medidas adotadas não foram suficientes. "O que nós estamos descobrindo agora é que [o planejado] não foi suficiente. E ter essa clareza e essa responsabilidade de não querer mascarar a realidade ou minimizar a realidade faz parte de uma postura republicana diante da sociedade", afirmou a ministra em entrevista ao podcast Café da Manhã, da Folha de S. Paulo.

O Brasil vive a pior seca já registrada, e outros países, como Peru, Bolívia e Portugal, também declararam estado de emergência devido às queimadas. A crise se estende além das fronteiras da América do Sul, com o sul da África enfrentando escassez alimentar provocada pela estiagem. Enquanto isso, a Amazônia segue em chamas, com incêndios florestais de grandes proporções. Para Marina, o cenário global revela a falta de preparo da humanidade para enfrentar a crise climática. "A humanidade tem que chegar à conclusão de que não está preparada e que não está preparada porque não ouviu os reclames da ciência", destacou a ministra.

No Brasil, a oposição tem usado a insuficiência das ações governamentais como munição política, pressionando o governo Lula a intensificar as respostas às emergências ambientais. Nas últimas semanas, o presidente Lula anunciou que irá concretizar a criação da autoridade climática — órgão proposto por Marina durante a campanha eleitoral — e o Plano de Enfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos, além de um novo marco regulatório para emergências ambientais.

Essas ações, que também incluem o aumento das multas por incêndios florestais e a flexibilização de repasses aos estados para o combate a queimadas, surgem às vésperas da Semana do Clima da ONU, em Nova York, onde Lula e Marina participarão de eventos. Marina, que reduziu sua agenda nos Estados Unidos para retornar ao Brasil, argumenta que, longe de desmoralizar o país internacionalmente, a atual situação reforça a urgência da pauta ambiental brasileira. "O Brasil é vítima da mudança do clima. O Brasil é um país vulnerável", ressaltou a ministra.

Segundo autoridades do governo, grande parte dos incêndios que atingem o Brasil tem origem criminosa, e Marina Silva aponta indícios de que alguns desses atos podem ter motivações políticas. Ela relatou que, durante uma recente visita do presidente Lula a comunidades da Amazônia, incêndios propositalmente foram provocados pouco após a passagem da comitiva presidencial. "Houve ali uma tentativa, no meu entendimento, de fazer uma afronta. Estavam passando o presidente, o ministro da Defesa, as autoridades da República", afirmou Marina.

A ministra também cobrou que esses incêndios sejam investigados e os responsáveis, punidos, algo que não ocorreu em casos anteriores. No entanto, Marina reconhece que a aprovação de propostas ambientais no Congresso, como a criação da autoridade climática, será desafiadora, especialmente se o órgão estiver vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. O cenário político ainda é incerto, com um Congresso que já impôs derrotas à agenda ambiental do governo e é crítico à atuação de Marina.

Com a previsão de que o ano de 2025 possa enfrentar ainda mais eventos extremos do que 2024, aumenta a pressão para que o governo invista mais em prevenção e adaptação às mudanças climáticas. "É um processo, é dinâmico, né? Acho que ninguém consegue, com alguma responsabilidade, dizer que um país, qualquer que seja, estará 100% preparado para enfrentar essas situações [nos próximos anos]. Talvez estivéssemos, se tivéssemos começado [a nos preparar] em 1992", ponderou Marina Silva, em referência à conferência Rio-92.

O reconhecimento da insuficiência das medidas até aqui adotadas, aliado ao comprometimento em seguir avançando, faz parte de uma postura que a ministra define como republicana: a transparência com a sociedade frente à crise ambiental crescente.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula se reúne nesta segunda-feira com Von der Leyen para discutir acordo Mercosul-União Europeia

 

Lula também terá um encontro com o chanceler alemão Olaf Scholz, com quem deve discutir o avanço da extrema direita no mundo e as ameaças à democracia

(Foto: PR)

ANSA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta segunda-feira (23), em Nova York, com a chefe da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, com quem deve discutir os entraves nas negociações para um acordo de livre comércio entre UE e Mercosul.

O encontro acontece em meio a preocupações brasileiras sobre a iminente entrada em vigor da Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR), prevista para 1º de janeiro de 2025 e que pode gerar um prejuízo de US$ 15 bilhões às exportações de produtos como soja, café, cacau e itens florestais.

Recentemente, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), publicaram uma carta pedindo o adiamento da medida, cobrança que encontra eco em Estados-membros da UE como Alemanha e Itália.

Lula também terá um encontro nesta segunda-feira com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, com quem deve discutir o avanço da extrema direita no mundo e as ameaças à democracia.

Fonte: Brasil 247 com ANSA

Cabo da Marinha envolvido com drones do Comando Vermelho adotava táticas usadas na Ucrânia

 

Investigação revela que Rian Maurício Tavares, militar da Marinha, ajudava facção criminosa a aprimorar ataques com drones no Rio de Janeiro

Rian Maurício Tavares (Foto: Reprodução/TV Globo)

O cabo da Marinha Rian Maurício Tavares, preso no dia 16 de setembro, foi identificado como peça-chave em uma operação criminosa envolvendo o uso de drones armados com granadas, utilizados pela facção carioca Comando Vermelho (CV). De acordo com informações reveladas pelo Fantástico, da TV Globo, e corroboradas pela investigação da Polícia Federal (PF), Tavares teria encomendado dispositivos específicos para adaptar os drones para ataques. O método utilizado se assemelhava a táticas vistas em conflitos militares na Ucrânia, relata o Metrópoles, sugerindo uma sofisticação crescente nas ações das facções criminosas no Rio de Janeiro.

Em julho deste ano, uma imagem capturada em uma comunidade da Zona Norte do Rio de Janeiro revelou um artefato explosivo preso a um drone. O explosivo foi utilizado por traficantes da Favela do Quitungo, em uma tentativa de atacar rivais do Complexo de Israel, outro reduto do tráfico. O caso, embora isolado, trouxe à tona a estratégia cada vez mais avançada dos grupos criminosos na região, que têm se aproveitado de novas tecnologias para intensificar suas disputas territoriais. 

A Polícia Federal, por meio de escutas autorizadas, registrou diálogos que demonstram a complexidade da operação. Em uma dessas conversas, um criminoso identificado como Edgar Alves de Andrade, conhecido como "Doca", um dos chefes do Comando Vermelho, detalha a necessidade de adquirir equipamentos específicos para os drones. “Nós precisamos comprar o dispensador, chefe. É um dispositivo que bota no drone, que ele libera a granada, entendeu? Sendo que vem um cabinho segurando no pino, né? Bota o pino no drone e a granada nesse dispositivo", explica Doca. 

Rian Tavares, segundo as investigações, não apenas participava da operacionalização dos drones, como também ocupava uma posição de comando dentro da facção. Sua formação militar e o acesso a equipamentos especializados permitiram que ele monitorasse o movimento de inimigos e desse ordens para membros da organização criminosa. O curso de especialização que ele realizou, custeado pelo Estado, focava em treinamento de mergulho e tiro de longa distância, o que pode ter contribuído para o aperfeiçoamento de suas atividades criminosas.

O uso de drones armados por facções no Brasil não é uma novidade completa, mas o envolvimento de um militar da Marinha, com treinamento especializado, marca uma nova fase de sofisticação nas disputas territoriais do tráfico no Rio de Janeiro. Além disso, a adoção de táticas militares usadas em conflitos internacionais, como na guerra da Ucrânia, acende um alerta para as autoridades sobre o potencial de escalada na violência e na capacidade técnica das facções criminosas no país.

A prisão de Rian Maurício Tavares representa um duro golpe para o Comando Vermelho, mas também levanta questionamentos sobre o nível de infiltração de membros das Forças Armadas em organizações criminosas. As investigações da PF continuam, e outros militares podem estar sob vigilância por possível envolvimento com o crime organizado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles