domingo, 22 de setembro de 2024

Kamala Harris ganha terreno sobre Trump, indicam pesquisas de TV

 

Pesquisas mostram crescimento da vice-presidente em relação ao ex-presidente a menos de dois meses das eleições

Donald Trump e Kamala Harris 3/8/2024 e 6/8/2024 (Foto: REUTERS/Umit Bektas/Elizabeth Frantz)

Reuters – A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, lidera a corrida presidencial contra o ex-presidente Donald Trump por uma margem de 5 pontos percentuais, de acordo com uma pesquisa divulgada no domingo pela rede NBC News. Esta pesquisa, realizada entre 13 e 17 de setembro, ouviu 1.000 eleitores registrados e possui uma margem de erro de 3 pontos percentuais.

A pesquisa mostra que a imagem de Harris vem melhorando significativamente entre os eleitores desde que foi anunciada como candidata democrata à presidência. Segundo o levantamento, 48% dos entrevistados afirmaram ter uma visão positiva da vice-presidente, um aumento expressivo em relação aos 32% registrados em julho. "Ela conseguiu transformar esta corrida de um referendo sobre Joe Biden para um referendo sobre Donald Trump", destacou Amy Walter, editora-chefe do Cook Political Report, em entrevista ao programa Meet the Press, da NBC.

Em contraste, Donald Trump, que busca a presidência pela terceira vez consecutiva, registrou uma leve alta em sua popularidade, passando de 38% em julho para 40% na última pesquisa. Trump, de 78 anos, ainda enfrenta acusações federais e estaduais relacionadas a suas tentativas de reverter os resultados da eleição de 2020, que ele falsamente alega ter sido fraudada.

Além da pesquisa da NBC News, outro levantamento realizado pela CBS News entre 18 e 20 de setembro também aponta Harris à frente de Trump, com uma vantagem de 4 pontos percentuais. A pesquisa da CBS ouviu 3.129 eleitores registrados e tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais. O desempenho de Harris no debate de 10 de setembro e as recentes boas notícias econômicas foram apontados como fatores que impulsionaram sua candidatura.

As pesquisas nacionais indicam uma disputa acirrada à medida que a eleição de 5 de novembro se aproxima. No entanto, especialistas lembram que o resultado final será decidido pelos colégios eleitorais, onde os estados "batalha", como Flórida, Pensilvânia e Wisconsin, desempenharão um papel decisivo.

A ascensão de Harris na corrida presidencial reflete não apenas uma mudança de percepção, mas também uma reorganização das dinâmicas eleitorais. Se eleita, Harris, de 59 anos, que já foi senadora e promotora, será a primeira mulher a ocupar a presidência dos Estados Unidos em seus 248 anos de história.

Essa vantagem sobre Trump, que já foi derrotado por Joe Biden em 2020, coloca os democratas em uma posição mais favorável em um momento em que a estabilidade econômica e o debate sobre a liderança do país são temas centrais para o eleitorado. As próximas semanas serão cruciais para determinar se Harris conseguirá manter ou ampliar essa vantagem até o dia da eleição.

Fonte: Brasil 247

Haddad em Nova York: queimadas não afetarão investimentos estrangeiros no Brasil

 

'Só afasta o capital especulativo', pontuou o ministro. 'O capital que vai investir por 20 ou 30 anos não é afetado', acrescentou

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste domingo (22) que os incêndios no Brasil não vão afastar investimentos estrangeiros. "Acredito que não [afasta investimentos]. Só [afasta] o capital especulativo, mas o capital que vai investir no Brasil por 15, 20 ou 30 anos não é afetado. Mas temos que cuidar deste cenário, claro", disse o titular da Fazenda. "A tragédia no Rio Grande do Sul foi superada com dedicação do governo federal, com apoio dos estados e municípios. Temos que trabalhar em parceria", comparou. 

Entre janeiro e 16 de setembro de 2024, os prejuízos com incêndios florestais chegaram a R$ 1,1 bilhão no Brasil, valor 33 vezes maior do que as perdas no mesmo período do ano passado (R$ 32,7 milhões), apontou a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Na economia, o Brasil foi o segundo principal destino de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) em 2023. Entraram US 64 bilhões no país, volume só menor que o dos Estados Unidos (US$ 341 bilhões). O Canadá ficou em terceiro lugar (US$ 50 bilhões), no Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em solo brasileiro, a queda do IED foi de 13% em relação a 2022. A redução é menor que a registrada em países relevantes, como China (78%), Índia (44%), Itália (43%), Espanha (20%) e França (18%). Em relação aos países que registraram aumento nos fluxos de IED recebidos em 2023, merecem destaque a Argentina (49%), Alemanha (34%) e Chile (25%).

No caso dos incêndios, 11,39 milhões de hectares foram destruídos de janeiro a agosto de 2024 no país, apontou o Monitor do Fogo Mapbiomas. Desse total, 5,65 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo apenas no mês de agosto, o que equivale a 49% do total deste ano. Na comparação entre agosto de 2023 e de 2024, os incêndios afetaram 3,3 milhões de hectares a mais este ano, registrando um crescimento de 149%.

Para o período, os estados do Mato Grosso, Roraima e Pará foram os mais atingidos, respondendo por mais da metade, 52%, da área atingida pelo fogo. São três estados da Amazônia, bioma mais atingido até agosto de 2024. O fogo consumiu 5,4 milhões de hectares do bioma nesses oito meses.

Números por bioma

Em agosto, o Cerrado foi o bioma com a maior área queimada, somando 2,4 milhões de hectares, ou 43% do total no Brasil no período. Essa vegetação tem mais de 2 milhões de quilômetros quadrados (Km²) - cerca de 22% do território nacional. Esse tipo de fauna se espalha em estados da Região Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Nordeste (Maranhão, Piauí e Bahia), Norte (Rondônia, e em partes do Amapá, do Amazonas e de Roraima).

A Amazônia ficou em segundo lugar entre os biomas de maior área queimada em agosto (2 milhões de hectares). A região da Amazônia Legal é formada por nove estados - Amazonas, Amapá, Acre, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Essa vegetação nas unidades federativas mencionadas representa mais de 5 milhões de quilômetros quadrados (Km²), cerca de 60% do território brasileiro.

Com mais de 200 quilômetros quadrados (km²), o Pantanal registrou área queimada 249% maior entre janeiro e agosto de 2023, na comparação com a média dos cinco anos anteriores. Foram queimados 1,22 milhão de hectares, 874 mil a mais que a média – sendo que 52% desse total foi destruído em agosto na vegetação, que tem 65% de sua área no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso, ambos na Região Centro-Oeste. Os 648 mil hectares consumidos pelas chamas nesse mês representam a maior área queimada registrada no bioma em agosto, segundo o Monitor do Fogo.

Governo

O governo federal criou o Comitê Interinstitucional de Gestão e do Comitê Executivo, no âmbito do Pacto pela Transformação Ecológica entre os três Poderes do Estado brasileiro, instituído há menos de um mês no Palácio do Planalto. Também destinou R$ 154 milhões para ações emergenciais de combate aos efeitos dos incêndios e à situação de grave estiagem que atinge grande parte da Região Norte e a Amazônia Legal.

Em Nova York, Haddad apresentará a investidores o Tropical Forest Facility Fund (TFFF – Fundo de Apoio às Florestas Tropicais, em tradução livre). Criado em parceria entre o Ministério da Fazenda e o Ministério do Meio Ambiente, o programa pretende fundos para a proteção das florestas tropicais 

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil 

Aprovação de Lula na área ambiental cai após queimadas e crise climática, aponta pesquisa

 

Queda da popularidade reforça suspeita de ação criminosa em muitos incêndios, que ocorreram em diferentes regiões e que começaram quase ao mesmo tempo

(Foto: Agência Brasil)

A aprovação do governo Lula na área ambiental caiu, conforme revelou uma pesquisa recente do IPEC, destacada em reportagem do UOL. Em abril de 2024, a gestão ambiental do presidente tinha uma avaliação dividida: 33% a consideravam "boa ou ótima", e 33% a classificavam como "ruim ou péssima". Contudo, após uma série de incêndios, muitos deles suspeitos de terem origem criminosa, e uma crise climática marcada por secas e calor extremo, a opinião pública sofreu uma mudança acentuada.

A pesquisa de setembro mostra que 44% dos entrevistados agora avaliam a atuação de Lula na área ambiental como "ruim ou péssima", enquanto apenas 27% a consideram "boa ou ótima". Essa queda é atribuída, em parte, à percepção de que o governo não agiu com a rapidez necessária diante dos incêndios que devastaram áreas importantes, como a Amazônia, levantando suspeitas de que muitos desses focos foram deliberadamente provocados com o objetivo de causar desgaste político ao governo.

O pastor Silas Malafaia, aliado de Jair Bolsonaro, chegou a fazer declarações públicas sugerindo que "o Brasil iria pegar fogo", o que alimentou teorias de que esses incêndios possam ter sido utilizados como uma arma política para enfraquecer a imagem de Lula na condução da agenda ambiental. A investigação sobre as origens criminosas dos incêndios reforça esse cenário de tensão.

Além disso, a demora do governo em reagir a essas queimadas, somada ao impacto da seca e do calor anormal, intensificou a crítica pública. O UOL aponta que esse desgaste ocorre em um momento crucial para o Brasil, que precisa reafirmar seu papel de liderança nas discussões globais sobre mudanças climáticas. 

A pesquisa do IPEC reflete um cenário de desafio para Lula, que sempre se posicionou como defensor das políticas ambientais e climáticas.  Em seus dois mandatos anteriores como presidente, entre 2003 e 2010, houve uma redução expressiva nos índices de queimadas e desmatamento, principalmente devido a políticas públicas de controle ambiental e fortalecimento de órgãos como o Ibama. Naquela época, o governo implementou uma série de medidas que resultaram em uma queda significativa das taxas de desmatamento, projetando o Brasil como líder internacional em sustentabilidade. Naquela ocasião, Marina Silva era ministra do Meio Ambiente, como agora.

Por outro lado, o governo Lula está avançando na proposta de criar uma Autoridade Climática, uma iniciativa que visa fortalecer a governança ambiental e melhorar a coordenação das políticas climáticas no Brasil. A ideia é estabelecer um órgão que possa liderar ações contra as mudanças climáticas, promover a sustentabilidade e garantir que o país cumpra seus compromissos internacionais.

No entanto, essa iniciativa enfrenta um risco significativo de aparelhamento político. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, declarou que o nome do futuro titular da Autoridade Climática deverá ser aprovado pelo Congresso. Essa exigência levanta preocupações sobre a possibilidade de o órgão se tornar um instrumento político, vulnerável a interferências e a escolhas que possam não refletir a necessidade de independência e expertise técnica que um órgão desse tipo requer.

Fonte: Brasil 247

Gleisi endossa discurso de Lula na ONU: "ameaças à democracia exigem ambição e ousadia"

 

Gleisi Hoffmann reforça chamada por transformações estruturais nos organismos internacionais para enfrentar desafios globais como a fome e a pobreza

Gleisi Hoffmann (PT-PR) (Foto: Leonardo Lucena)

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, expressou apoio ao discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Cúpula do Futuro, realizada neste domingo (22) em Nova York, evento que antecede a 79ª Assembleia Geral da ONU. Em sua conta na rede social Blue Sky, Gleisi reforçou a necessidade de maior ambição e ousadia dos líderes mundiais para enfrentar desafios globais como fome, pobreza, crise climática e ameaças à democracia.

"O Lula está certo: fome, pobreza, crise climática e ameaças à democracia exigem mais ambição e ousadia por parte de quem governa as nações, e uma reforma profunda nos organismos multilaterais, a começar pela ONU. Menos guerras e mais solidariedade entre os povos", afirmou Gleisi Hoffmann.

Em seu discurso na cúpula, Lula agradeceu ao secretário-geral António Guterres pela iniciativa do evento e enfatizou a urgência de reformas na governança global. O presidente destacou que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável correm o risco de se tornar "nosso maior fracasso coletivo" se não houver aceleração em sua implementação. Lula também defendeu a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, criticou a falta de representatividade do Sul Global nos organismos internacionais e chamou por transformações estruturais para que a ONU possa cumprir seu papel histórico.

O @lula.com.br está certo: fome, pobreza, crise climática e ameaças à democracia exigem mais ambição e ousadia, por parte de quem governa as nações, e uma reforma profunda nos organismos multilaterais, a começar pela ONU. Menos guerras e mais solidariedade entre os povos.

Corinthians vence o São Paulo e conquista o hexacampeonato brasileiro feminino

 

O jogo teve recorde de público

Corinthians (preto e branco) e São Paulo (Foto: Reprodução )

O time de futebol do Corinthians venceu o São Paulo por 2 a 0 neste domingo (22) e conquistou o sexto título do Campeonato Brasileiro Feminino. O jogo aconteceu na Neo Química Arena, onde mais de 44 mil pessoas compareceram ao estádio.

Os gols da equipe corinthiana foram marcados por Jaqueline e por Carol Nogueira no segundo tempo. O Corinthians ganhou por 3 a 1 o jogo de ida, fora de casa, no Morumbis.

O duelo em Itaquera marcou um novo recorde de público do futebol femino na América do Sul. A arena contou com 44.136 pagantes.

Depois do Corinthians, com seis títulos brasileiros, o time de futebol feminino do Ferroviária (de Araraquara-SP) ocupa a segunda posição no ranking. Foram 2 títulos (2014 e 2019). Quatro times têm 1 título cada - Santos (SP) em 2017, Flamengo (RJ) em 2016, Rio Preto (SP) em 2015 e Centro Olímpico (SP) em 2013.

Fonte: Brasil 247

Policial Militar em serviço faz gesto de apoio a Pablo Marçal e gera polêmica (vídeo)

 

Ação levanta questionamentos sobre a imparcialidade de agentes de segurança pública. Especialistas dizem que a lei proíbe essa conduta

PM fazendo o gesto de apoio ao candidato de extrema direita (Foto: Reprodução)

Um policial militar foi flagrado fazendo o gesto com as mãos em forma de "M", símbolo amplamente associado ao candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal. O gesto, feito durante uma ação de serviço, foi capturado em vídeo e gerou repercussão nas redes sociais, levantando questionamentos sobre a imparcialidade do agente público, especialmente em um momento em que Marçal tem ganhado visibilidade na política.

O caso reacendeu o debate sobre o comportamento de agentes de segurança pública em manifestações políticas, já que a Polícia Militar, como instituição do Estado, deve se manter neutra em questões partidárias. O gesto do "M" é frequentemente utilizado por apoiadores de Marçal como uma demonstração de apoio à sua figura pública e às suas ideias, e o fato de um policial fardado fazer esse símbolo durante o exercício de suas funções foi visto como uma possível transgressão dessa neutralidade.

Especialistas ouvidos pelo Correio Braziliense apontam que o policial militar, enquanto agente de segurança pública, em serviço não poderia demonstrar apoio a candidato. Thiago Sorrentino, professor de Direito Eleitoral do Ibmec Brasília é categórico ao afirmar que o gesto é irregular. "Os servidores públicos, civis ou militares, estão sujeitos ao chamado "defeso eleitoral", que é um período no qual é proibida a manifestação partidária. Em especial, é proibida a promoção de candidatos, não só, mas especialmente durante o exercício das funções públicas."

O professor explica que a proibição está prevista no Art. 73 da Lei nº 9.504/1997 que dispõe sobre as condutas vedadas aos agentes públicos durante o período eleitoral, como o uso da máquina pública em benefício de candidatos e a distribuição gratuita de bens ou serviços custeados pelo poder público; e no Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), em alguns de seus artigos, complementa as regras do período de defeso, especialmente quanto às penalidades para condutas ilícitas nesse período.

Leonardo Sant'Anna, professor do Instituto Superior de Ciências Policiais e coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal também afirma que o gesto do policial é irregular e critica a ação do profissional afirmando que os posicionamentos pessoais não podem ser levados para o trabalho. "Nesse momento no vídeo ele representa o Estado, encontra-se uniformizado e com todos os indicativos do pleno exercício de sua função institucional. O policial militar precisa ser maduro e ético o suficiente - e certamente é instruído para isso - de forma a não permitir que sua escolha enquanto cidadão ofusque ou manche suas atribuições profissionais", pontua o especialista em Segurança Pública.

O episódio também gerou reações políticas. Enquanto apoiadores de Marçal defenderam o gesto como um ato espontâneo e sem intenções partidárias, críticos alertaram para o risco de politização das forças de segurança, o que poderia comprometer a confiança da população na atuação desses agentes.

Pablo Marçal, por sua vez, não se pronunciou diretamente sobre o episódio até o momento. No entanto, sua crescente influência no cenário político brasileiro, combinada com o episódio envolvendo o policial, evidencia as tensões em torno da neutralidade de instituições públicas em tempos de polarização política.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também não se manifestou.


Fonte: Brasil 247

Boulos critica Ricardo Nunes e diz que Pablo Marçal foi 'boi de piranha' do bolsonarismo (vídeo)

 

Candidato do PSOL acusa prefeito de São Paulo de má gestão e afirma que o bolsonarismo utiliza figuras como Marçal para desviar o foco de problemas maiores

Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, fez uma crítica contundente ao atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), e ao bolsonarismo, utilizando o empresário Pablo Marçal como exemplo em seu discurso. Boulos afirmou que Marçal foi usado como "boi de piranha" pelo bolsonarismo, uma expressão que faz referência a uma estratégia de distração, em que se sacrifica algo para proteger o que realmente importa.

Na crítica, Boulos sugere que Marçal, que também foi candidato nas eleições de 2022, serviu como uma figura de fachada, atraindo atenções e críticas para desviar o foco de problemas maiores ligados à administração da cidade, além de suas políticas e alianças (veja o vídeo abaixo). Para Boulos, essa manobra beneficiaria figuras como Ricardo Nunes, que, segundo ele, estaria associado a um projeto de governo de direita que busca manter o legado do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda que de forma menos evidente.

Boulos também aludiu à conexão ideológica entre Nunes e o bolsonarismo, insinuando que, embora o prefeito tente se afastar da imagem de Bolsonaro, compartilha da mesma linha conservadora em várias áreas da administração pública. Com essa fala, o candidato do PSOL busca evidenciar que a disputa em São Paulo vai além de diferenças partidárias, colocando-a como uma luta entre modelos de cidade e de país que têm a ver com o futuro das pautas progressistas, como justiça social, moradia e inclusão.

A crítica de Boulos destaca sua estratégia de polarizar o debate, posicionando-se como a principal oposição ao bolsonarismo e suas derivações, representadas por políticos como Ricardo Nunes. Ao usar Marçal como "boi de piranha", ele reforça a ideia de que o bolsonarismo continua presente, ainda que disfarçado, no cenário político de São Paulo.

ELEIÇÕES 2024: A Coligação "Vamos em Frente" do advogado Paulo Vital (PL) lidera distribuição de recursos do Fundão a candidatos a vereador em Apucarana

 


Dados públicos disponíveis no sistema Divulgacand do TSE, mostra que até às 18 horas da sexta-feira (20), a Coligação "Vamos em Frente" formada pelos partidos PRD, PRTB, PL, PODE, PSD e REPUBLICANOS que tem o advogado Paulo Vital (PL) como candidato a prefeito vem liderando a distribuição de recursos do Fundo Eleitoral, em Apucarana. PL, PODE, PSD e REPUBLICANOS juntos já destinaram R$ 233 mil a 24 dos 44 candidatos a vereador pela coligação. PRD e PRTB não lançaram candidatos.  

O PL distribuiu R$ 80 mil a 8 dos 12 candidatos, sendo R$ 10 mil para cada um deles. Os recursos foram doados pela Direção Nacional do PL.  

O PODE repassou através da Direção Estadual do partido, R$ 8 mil para 4 dos 10 candidatos do partido, sendo R$ 2 mil para cada um. 

O PSD Nacional, partido com maior volume de recursos distribuídos, repassou R$ 95 mil a 6 dos 12 candidatos inscritos pela agremiação.

O REPUBLICANOS por meio da Direção Nacional da sigla, repassou R$ 50 mil a 6 dos 10 candidatos que concorrem pelo partido. 

Coligação Pé no Chão, Deus no Coração do candidato a prefeito Rodolfo Mota (União), vem na sequência com R$ 129.564,00 repassados a 18 dos 36 candidatos à Câmara Municipal. Os recursos foram doados pelo PP e pelo União. O Cidadania e PSDB que compõe a coligação ainda não distribuiu nenhum recursos aos seus 12 candidatos.

O Partido Progressista (PP) destinou R$ 43,5 mil a 7 dos 12 candidatos a vereador. Os recursos foram transferidos pelo PP Estadual. Seis candidatos receberam R$ 4,5 mil cada e um deles foi beneficiado com recursos de R$ 16,5 mil. 

O União Nacional, distribuiu recursos na ordem de R$ 86.064,00 a 11 dos 12 candidatos que representam o partido. Cada candidato receber R$ 7.824,00. O candidato Gabriel Caldeira foi o único que ficou de fora até às 18 horas da sexta-feira (20). 

A seguir aparece a Coligação "Apucarana Grande, Forte e no Caminho Certo" do candidato a prefeito Rodrigo Recife (MDB) vem a seguir com R$ 52.740,00 transferidos para 12 dos 60 concorrentes à vereador pela coligação

O MDB Nacional, distribuiu R$ 45 mil a 9 dos 12 candidatos a vereador pelo partido. R$ 4,5 mil para cada um deles.

O PDT Municipal destinou R$ 7.740,00 para 3 dos 12 candidatos inscritos pelo partido.

AGIR, DC e SOLIDARIEDADE, que formam a coligação, até à 18 horas da sexta-feira (20) ainda não tinham destinado nenhum recurso  aos seus 36 candidatos. 

A Coligação Apucarana da Esperança da candidata Jane Reis (PT) doou R$ 4 mil a um dos seus 22 concorrentes à Cmara de Vereadores.

O PT Estadual repassou R$ 4 mil ao candidato Dr. Odarlone (PT).



Milei cria carta e lança ofensiva diplomática contra Maduro em organismos sul-americanos

 

Ofensiva diplomática argentina que tem como objetivo cercar a Venezuela em foros regionais e expulsar o país do Consenso de Brasília

Presidente da Argentina Javier Milei 7/7/2024 (Foto: REUTERS/Anderson Coelho)

Sputnik - Fontes do governo brasileiro e argentino disseram ao jornal O Globo que a gestão de Javier Milei iniciou uma ofensiva diplomática que tem como objetivo cercar a Venezuela em foros regionais e expulsar o país do Consenso de Brasília.

O Consenso de Brasília foi criado no ano passado por iniciativa do Brasil e da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).

O plano de Buenos Aires, escreve a mídia, é conseguir que o consenso, formado por todos os países da América do Sul, incorpore uma cláusula democrática e, em base a essa cláusula, Caracas seja obrigada a sair do grupo.

Ainda segundo as fontes ouvidas pelo jornal, a primeira jogada da Argentina foi enviar uma carta ao ministro das Relações Exteriores da Colômbia (país que tem atualmente a presidência temporária do Consenso de Brasília), Gilberto Murillo, na qual o governo Milei, junto a outros integrantes do grupo, defende a necessidade de discutir a situação política na Venezuela na próxima reunião de chanceleres do grupo, em Nova York, na semana que vem.

Murillo compartilhou a carta com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e a posição do Brasil, afirmaram fontes oficiais, é conter a ofensiva argentina.

O texto argentino, ainda preliminar e citado pelo O Globo, estabelece que "[...] por ruptura ou grave ameaça de ruptura da ordem constitucional ou do Estado de Direito [...] a presidência rotativa estabelecerá uma Comissão de Mediação composta pelos demais Estados do Consenso de Brasília que desejarem participar [...]. A referida Comissão apresentará um relatório 30 dias após a sua criação e, caso a evolução dos acontecimentos indique que os esforços realizados não permitiram a salvaguarda da democracia, o Estado será automaticamente suspenso, não podendo participar nas reuniões do Consenso de Brasília".

A ofensiva argentina acontece em momentos de elevada tensão entre os dois países.

Nesta semana, o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, anunciou que pedirá à Justiça um mandado de prisão contra Milei, sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e a ministra da Segurança do país, Patricia Bullrich pelo confisco de um avião de carga venezuelano em Buenos Aires.

Do outro lado, em uma audiência realizada recentemente nos tribunais da capital argentina, presenciada por Bullrich, os promotores Carlos Stornelli e José Aguero Iturbe exigiram que a Câmara Federal ordene a investigação e captura de Nicolás Maduro e de seu ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, considerado o número 2 do governo venezuelano.

A ofensiva diplomática da Casa Rosada causa preocupação no governo brasileiro, relata a mídia, uma vez que pode paralisar avanços no âmbito do Consenso de Brasília quando o Brasil, insistiram as fontes, "quer avançar na integração regional, e o enfraquecimento do consenso iria na contra mão deste interesse".

No caso da CELAC, o governo Milei tem feito discursos raivosos contra Maduro em reuniões da comunidade, mas o impacto é quase irrelevante, diz o jornal, visto que o grupo inclui países caribenhos que mantêm boas relações com Caracas e, em alguns casos, ainda mantêm, uma dependência econômica.

Fonte: Brasil 247

Trump rejeita desafio de Kamala Harris para debater novamente na CNN

 

Kamala Harris e Donald Trump debateram entre si pela primeira vez em 10 de setembro, em uma disputa que as pesquisas mostraram que ela venceu

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters)

Reuters - Donald Trump rejeitou no sábado outro debate com a vice-presidente Kamala Harris antes da eleição presidencial dos EUA, horas depois que a campanha da candidata democrata disse que ela havia concordado com um confronto com seu rival republicano em 23 de outubro na CNN.

"A vice-presidente Harris está pronta para outra oportunidade de dividir o palco com Donald Trump, e ela aceitou o convite da CNN para um debate em 23 de outubro. Donald Trump não deve ter nenhum problema em concordar com esse debate", disse Jen O'Malley Dillon, presidente da campanha de Harris, em um comunicado.

Trump manteve sua posição anterior de que não haveria outro debate antes de os eleitores irem às urnas na eleição de 5 de novembro.

"O problema com outro debate é que é tarde demais. A votação já começou", disse o ex-presidente dos EUA aos apoiadores em um comício em Wilmington, Carolina do Norte.

Harris e Trump debateram entre si pela primeira vez em 10 de setembro, em uma disputa que as pesquisas mostraram que ela venceu.

Trump debateu com o presidente norte-americano, Joe Biden, em junho.

O desempenho instável de Biden naquele debate abalou os democratas e levou os estrategistas a perguntar se o partido deveria dar o passo sem precedentes de substituir o presidente de 81 anos como seu candidato.

Biden se retirou da disputa pela Casa Branca em julho.

Fonte: Brasil 247

Veja como foi o discurso do presidente Lula na Cúpula do Futuro, na ONU

 

O presidente citou números e falou sobre algumas de suas propostas na política externa

Lula na ONU (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou neste domingo (22), em discurso na ONU, para a necessidade de pactos globais. O chefe de Estado brasileiro também mencionou algumas estatísticas. Ele participou da Cúpula do Futuro, evento da Organização das Nações Unidas, que acontece em Nova York (EUA).

Leia a íntegra do pronunciamento:

Agradeço ao Secretário-Geral António Guterres pela iniciativa de promover esta Cúpula do Futuro.

Cumprimento a Alemanha e a Namíbia, por meio do chanceler Olaf Scholz e do presidente Nangolo Mbumba, por conduzirem o processo que nos trouxe até aqui.

Há quase vinte anos, o então Secretário-Geral Kofi Annan nos convidou a pensar em como revigorar o multilateralismo para fazer frente aos desafios do novo milênio.

Naquela ocasião, ressaltei nesta tribuna a necessidade de reformas para que a ONU pudesse cumprir seu papel histórico.

Aquela reflexão conjunta rendeu frutos como a Comissão de Consolidação da Paz e o Conselho de Direitos Humanos.

Outras ideias não saíram do papel.

Temos duas grandes responsabilidades perante aqueles que nos sucederão.

A primeira é nunca retroceder.

Não podemos recuar na promoção da igualdade de gêneros, nem na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação.

Tampouco podemos voltar a conviver com ameaças nucleares.

É inaceitável regredir a um mundo dividido em fronteiras ideológicas ou zonas de influência.

Naturalizar a fome de 733 milhões de pessoas seria vergonhoso.

Voltar atrás em nossos compromissos é colocar em xeque tudo o que construímos tão arduamente.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos e caminham para se tornarem nosso maior fracasso coletivo.

No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo.

Na presidência do G20, o Brasil lançará uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza para acelerar a superação desses flagelos.

Na COP28 do Clima, o mundo realizou um balanço global da implementação das metas do Acordo de Paris.

Os níveis atuais de redução de emissões de gases do efeito estufa e financiamento climático são insuficientes para manter o planeta seguro.

Em parceria com o Secretário-Geral, como preparação para a COP30, vamos trabalhar por um balanço ético global, reunindo diversos setores da sociedade civil para pensar a ação climática sob o prisma da justiça, da equidade e da solidariedade.

Nossa segunda responsabilidade comum é abrir caminhos diante dos novos riscos e oportunidades.

O Pacto para o Futuro nos aponta a direção a seguir.

O documento trata de forma inédita temas importantes como a dívida de países em desenvolvimento e a tributação internacional.

A criação de uma instância de diálogo entre Chefes de Estado e de Governo e líderes de instituições financeiras internacionais promete recolocar a ONU no centro do debate econômico mundial.

O Pacto Global Digital é um ponto de partida para uma governança digital inclusiva, que reduza as assimetrias de uma economia baseada em dados e mitigue o impacto de novas tecnologias como a Inteligência Artificial.

Todos esses avanços serão louváveis e significativos.

Mas, ainda assim, nos faltam ambição e ousadia.

A crise da governança global requer transformações estruturais.

A pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais.

A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir suas decisões.

A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o Conselho Econômico e Social foi esvaziado.

A legitimidade do Conselho de Segurança encolhe a cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades.

As instituições de Bretton Woods desconsideram as prioridades e as necessidades do mundo em desenvolvimento.

O Sul Global não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico.

A Carta da ONU não faz referência à promoção do desenvolvimento sustentável.

Precisamos de coragem e vontade política para mudar, criando hoje o amanhã que queremos.

O melhor legado que podemos deixar às gerações futuras é uma governança capaz de responder de forma efetiva aos desafios que persistem e aos que surgirão.

Muito obrigado.

Fonte: Brasil 247

Secretário do Ministério do Meio Ambiente vê conotação política em queimadas na Amazônia

 

"É uma reação de parte da sociedade que não se conforma, que não se enxergou dentro da sustentabilidade", disse André Lima

Queimadas na Amazônia (Foto: Reuters / Ueslei Marcelino)

Agência Brasil - O secretário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, disse que há conotação política em parte dos incêndios florestais que ocorreram nos últimos dias na Amazônia.

Lima foi o entrevistado deste domingo (22) do Programa Natureza Viva, com apresentação da jornalista Mara Régia e produzido pela Rádio Nacional, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

De acordo com o secretário, as queimadas na região neste ano foram agravadas por fenômenos climáticos atípicos e a ação criminosa de pessoas agindo com "conotação política", em resposta às medidas adotadas pelo atual governo para combater o desmatamento ilegal no país.

"Tem, inclusive, incêndio que a gente imagina que possa ter conotação política. É uma reação de parte da sociedade que não se conforma, que não se enxergou dentro da sustentabilidade", afirmou.

O secretário também disse que o país vive uma seca atípica em função das mudanças climáticas globais, como o aquecimento do Oceano Atlântico, que era um fenômeno de menor intensidade nos anos anteriores.

Na última semana, Brasília amanheceu coberta de fumaça causada pelo incêndio no Parque Nacional. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Segundo Lima, a intensificação do desmatamento no Cerrado e na Amazônia também agravou a situação, diminuindo a umidade do ar e atrasando o período chuvoso.

"Uma coisa é prever um ano seco. Outra coisa é coisa é prever um ano extremamente seco. É o maior ano de seca nos últimos 60 anos na Amazônia, nesse grau que a gente está vendo, não só de baixa umidade, de praticamente zero de chuva e de alta de calor. São três elementos simultaneamente agindo sobre a Amazônia, num momento em que não era mais para ser assim", disse.

O secretário também fez um apelo para os moradores da Amazônia evitarem a queima de lixo neste período de seca.

"Tem toda essa agenda do crime. Vamos dizer que metade do problema é incêndio criminoso, de gente que está se beneficiando dolosamente da ocupação do solo. Uma outra parte é de gente que está usando o fogo porque precisa queimar uma roça e não tem trator, quem está queimando lixo na beira da estrada porque não existe saneamento básico", completou.

O Programa Natureza Viva vai ao ar todos os domingos, às 9h, na Rádio Nacional da Amazônia e na Rádio Nacional AM de Brasília.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Plataforma que inclinou na Bacia de Campos está estável, diz Petrobras

 

Plataforma de petróleo P-19, localizada no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, se inclinou acidentalmente durante uma manobra realizada no sábado

Petrobras (Foto: Reprodução)

Agência Brasil - A Petrobras informou que a plataforma de petróleo P-19, localizada no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, está estável e em segurança. A unidade se inclinou acidentalmente durante uma manobra de estabilidade realizada às 12h deste sábado (21).

De acordo com a estatal, ninguém ficou ferido e não houve qualquer dano ao meio ambiente. A Petrobras informou que a situação foi rapidamente normalizada.

"Atualmente, a unidade marítima está em processo de descomissionamento, após o encerramento da sua atividade produtiva. A Petrobras informou às autoridades competentes e instalou comissão técnica para investigar as causas da ocorrência", informou a estatal, por meio de nota.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil