Pablo Marçal durante o debate do SBT. Foto: reprodução
Durante o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pelo SBT, nesta sexta-feira (20), o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) foi escanteado pelos adversários e pela emissora, apareceu pela primeira vez após 23 minutos do início do programa.
No primeiro bloco, quando cada político poderia escolher um rival para destinar uma pergunta, ninguém o escolheu por vontade espontânea. Enquanto nos debates anteriores sobrou deboche e agressividade em suas falas, hoje ele se mostrou desestabilizado, começando sua participação com tom calmo e um pedido de “desculpas” por suas baixarias.
Porém, coube a Tabata Amaral (PSB) colocar Marçal no debate. Isso porque apenas o ex-coach e Marina Helena (Novo) não haviam sido escolhidos e, como o candidato do PRTB ainda faria a sua pergunta, a deputada federal não poderia tirar a única opção que restaria a Marçal.
Ao ser chamado de “jogo do tigrinho” por Tabata, em referência às falsas promessas de lucro que as bets promovem, assim como seus cursos vendidos na internet, ele afirmou que os paulistanos viram seu “pior lado”, mas que a partir de hoje o veriam com uma “postura de governante”.
“Eu nunca fui o palhaço, eu sempre respondi aos palhaços. As pessoas querem saber a sua pior versão e sua melhor. A minha pior eu já mostrei nos debates. A partir de agora vocês vão ver alguém que tem postura de governante”, defendeu-se Marçal.
O ex-coach continuou a ser ignorado no segundo bloco. Desta vez, os jornalistas do SBT tinham a responsabilidade de escolher os candidatos a quem destinariam as perguntas. Isso não mudou o desinteresse por Marçal, pois ele foi, novamente, o penúltimo a ser questionado e o último a ser chamado para comentar.
Influenciador e empresário de extrema-direita, Pablo tem se apresentado como “pavão” em todos os debates. O momento mais chamativo aconteceu no último domingo (15), quando ele acusou Datena (PSDB) de ser estuprador, o chamou para a briga e levou uma cadeirada no evento transmitido pela TV Cultura.
No debate de hoje, Marçal também amenizou o tom ao atacar o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ao falar sobre agressões, ele relembrou que o candidato bolsonarista foi alvo de um boletim de ocorrência em 2011, feito por sua esposa que relatou uma ameaça pelo emedebista.
“Falar que ele tem um boletim de ocorrência em relação a violência doméstica e está envolvido com mais de 100 pessoas na máfia das creches, que é questão da Polícia Federal”, disse Marçal, sem citar nominalmente Nunes, a fim de evitar que ele pedisse direito de resposta.
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Fonte: DCM