quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Entidades criticam alta da taxa de juros anunciada pelo Copom

 

Políticos também repudiaram a decisão da autoridade monetária

Foto: Divulgação)

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de interromper o ciclo de cortes da taxa Selic, juros básicos da economia, recebeu críticas de políticos e do setor produtivo. Na avaliação deles, a elevação dos juros em 10,75% ao ano ameaça a recuperação da economia, especialmente quando os Estados Unidos começaram a cortar os juros.

Em postagem na rede social Bluesky, a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), classificou de injustificada a decisão do Copom.

“No dia em que os Estados Unidos cortam 0,5 ponto nos juros, tendência mundial, o BC [Banco Central] do Brasil sobe taxa para 10,75% [ao ano]. Além de prejudicar a economia, vai custar mais R$ 15 bi na dívida pública. Dinheiro que sai de educação, saúde, meio ambiente para os cofres da Faria Lima. Não temos inflação que justifique isso!”, criticou a parlamentar.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Copom foi excessiva para controlar a inflação. Segundo a entidade, a medida só vai impor restrições adicionais à atividade econômica, com reflexos negativos sobre o emprego e a renda, enquanto as economias desenvolvidas começam a reduzir os juros.

“Os cenários econômicos, atual e prospectivo, principalmente de inflação, mostram que um aumento da Selic seria equivocado e um excesso de conservadorismo da autoridade monetária, com consequências negativas e desnecessárias para a atividade econômica. Além disso, colocaria o Brasil na contramão do que o mundo está fazendo nesse momento, que é a redução das taxas de juros”, afirmou em comunicado o presidente da CNI, Ricardo Alban.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considerou precipitada a decisão do Copom de aumentar a taxa básica de juros. Segundo a entidade, a atual conjuntura exige atenção, mas o risco inflacionário ainda não está claro.

“O elevado patamar de juros vem comprometendo setores estratégicos, em especial a indústria, e minando qualquer possibilidade de aumento da taxa de investimento do país. O setor industrial, embora tenha esboçado uma tímida recuperação nos últimos meses, ainda opera 15% abaixo de sua máxima histórica, registrada em maio de 2011”, diz a Federação.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informou que a decisão do Copom não surpreendeu, mas advertiu para os efeitos dos juros altos sobre o nível de atividade doméstica.

“Vale lembrar que o Brasil já possui uma das maiores taxas reais de juros do mundo, o que agrava ainda mais os desafios ao crescimento econômico do país. Com uma taxa de juros tão elevada, é difícil fomentar o nível de investimento necessário para um crescimento sólido e consistente no médio e longo prazo da economia do país”, advertiu o economista-chefe da Apas, Felipe Queiroz.

Centrais sindicais

O aumento dos juros básicos também recebeu críticas das centrais sindicais. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a medida boicota a economia e aprofunda a carga pesada de juros sobre o governo e a população.

“O Banco Central, por meio do Copom, segue praticando uma política monetária proibitiva para o desenvolvimento do país. Mesmo tendo sofrido algumas reduções, nos últimos dois anos, a Selic foi mantida elevadíssima, fazendo o Brasil figurar entre os três países com as maiores taxas de juros reais (que é o resultado da Selic menos a inflação) do mundo”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

A CUT citou um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo o qual a elevação de 0,25 ponto na Selic aumentará em R$ 13 bilhões os gastos da União com os juros dos títulos públicos. O impacto é apenas da alta da última reunião, desconsiderando novos aumentos nos próximos meses. Cada 1% de aumento na Selic, informou o estudo, eleva em R$ 40 bilhões os custos com os títulos.

A Força Sindical classificou a decisão de “prêmio aos especuladores”. Em nota, o presidente da entidade, Miguel Torres, disse que o Banco Central vai na contramão do desenvolvimento do país.

“Essa estratégia de gradualismo, subindo a taxa aos poucos, penaliza de forma nefasta, principalmente, os menos favorecidos economicamente e irá atrapalhar as campanhas salariais deste semestre bem como a produção e o consumo das famílias. Elevar os juros nesse momento traz mais incertezas. O aumento dos juros tende a desestimular o investimento e o consumo no país. Um Brasil próspero, democrático, soberano e voltado para o bem-estar do seu povo depende de economia forte e juros baixos”, destacou Torres.

Fonte: Brasil 247

Parlamentar é alvo de operação que investiga homicídio de cabo eleitoral

 

Entre os alvos da operação está o vereador Bruno Fernando Santos de Azevedo (PP), conhecido como Bruno Pezão. Ele foi preso

Dinheiro (Foto: MP (Divulgação))

Policiais civis do Rio de Janeiro investigam o assassinato do cabo eleitoral, Aparecido Oliveira de Moraes, morto com dez tiros no dia 19 de julho, dentro de um carro, em Campos dos Goytacazes, município localizado no norte do estado. Entre os alvos da operação está Bruno Fernando Santos de Azevedo (PP), conhecido como Bruno Pezão, um vereador apontado como líder da organização criminosa local. Ele foi preso na ação desta quarta-feira (18), de acordo com a CNN Brasil.

O crime teria motivação política, indicaram as investigações iniciais. Os policiais descobriram que a vítima trabalhava como cabo eleitoral do candidato Diego Dias (PDT). O pedetista não teria apoio de uma facção criminosa que atua na cidade e é concorrente de Bruno Pezão.

Segundo o Ministério Público, com Pezão já foram apreendidos mais de R$ 1 milhão entre cheques, notas promissórias e dinheiro em espécie. Só na casa do vereador Bruno Fernando Santos de Azevedo, foram apreendidos R$ 650 mil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Empresa usada por Musk diz à Anatel que "isolou" o tráfego usado na rede social X após determinação do STF

 

A Agência Nacional de Telecomunicações enviou notificações para 20 mil operadoras e provedores de internet

Marca da rede social X, do bilionário Elon Musk (Foto: Dado Ruvic / Reuters)

Utilizada pelo bilionário Elon Musk para driblar a suspensão da rede social X no Brasil, após determinação do Supremo Tribunal Federal, a empresa Cloudflare afirmou que "isolou" o tráfego usado na plataforma. A companhia que deu a informação à Anatel é uma empresa dos Estados Unidos referência na distribuição de conteúdo e serviços de domínio. A Agência Nacional de Telecomunicações enviou notificações para 20 mil operadoras e provedores de internet. A Anatel espera que as operadoras consigam bloquear o acesso entre esta quarta-feira (18) e quinta-feira (19). A informação foi publicada nesta quarta-feira (18) na coluna de Andreza Matais.

O X foi bloqueado em 30 de agosto por determinação do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. O magistrado afirmou que a empresa de Musk violou as leis brasileiras ao fechar seu escritório no Brasil. A rede social também não retirou do ar perfis com mensagens golpistas, conforme destacou a colunista.

Conforme a Anatel, a rede social tentou descumprir a determinação do Supremo. Apurações da agência de telecomunicações apontaram que o conteúdo do X foi movido para redes de servidores chamadas CDNs (Redes de Distribuição de Conteúdo). Por consequência, não estavam bloqueados os endereços IP a partir dessas novas redes. Usuários foram redirecionados para servidores, no domínio da  Cloudflare, não afetados pela decisão judicial.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna de Andreza Matais, no UOL

PF já abriu 85 inquéritos para investigar a responsabilidade pelos incêndios no país

 

A Diretoria de Amazônia e Meio Ambiente da PF em Brasília, criada no início do atual governo, tem coordenado as ações

Queimadas no Amazonas (Foto: Reuters)

Policiais federais já abriram 85 inquéritos para investigar suspeitas de queimadas criminosas no país. A Diretoria de Amazônia e Meio Ambiente da PF em Brasília, criada no início do atual governo, tem coordenado as ações. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que 11,2 milhões de pessoas já foram diretamente afetadas por incêndios florestais nas cidades brasileiras desde o início deste ano.

De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (18) pelo jornal O Globo, a corporação identificou que a maioria dos casos teve como origem a ação humana. Os investigadores tentam determinar quais dessas ações foram intencionais.

O diretor de Meio Ambiente da PF, Humberto Freire, afirmou que há casos de “vingança contra a intensificação do combate aos crimes ambientais”. O delegado disse que, apenas em uma única operação neste ano, 422 dragas que atuavam ilegalmente no Rio Madeira foram destruídas.

fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

STF dá início a julgamento sobre limites da liberdade de expressão

 

O processo de referência é um recurso do Projeto Esperança Animal contra uma decisão do TJ-SP

STF (Foto: CARLOS ALVES MOURA / STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta quarta-feira (18), o julgamento de um caso que discute os limites da liberdade de expressão. As partes apresentaram os argumentos aos ministros.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o processo de referência é um recurso do Projeto Esperança Animal contra uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que proibiu a entidade de publicar textos denunciando maus-tratos a animais na Festa do Peão de Barretos (SP).

A entidade fez publicações em seu site em 2007, alegando que o uso de animais em rodeios configura maus-tratos, e incentivou os patrocinadores a deixarem de apoiar a Festa do Peão.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

“Dinheiro sai da saúde e da educação e vai para a Faria Lima”, diz Gleisi após decisão do Copom

 

Banco Central elevou a taxa básica de juros pela primeira vez no governo Lula nesta quarta-feira

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, considerou nesta quarta-feira (18) a decisão do Copom do Banco Central de elevar a taxa básica de juros para 10,75% como injustificável, especialmente à luz dos indicadores positivos de inflação.4o

"No dia em que EUA cortam 0,5 ponto nos juros, tendência mundial, BC do Brasil sobe taxa para 10,75%. Além de prejudicar a economia, vai custar mais R$ 15 bi na dívida pública. Dinheiro que sai de educação, saúde, meio ambiente para os cofres da Faria Lima. Não temos inflação que justifique isso!", escreveu Gleisi no Bluesky. 

O Copom decidiu nesta quarta-feira pelo aumento da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, em decisão unânime do órgão do Banco Central. Com isso, a Selic subiu para 10,75%. Foi o primeiro aumento de juros desde agosto de 2022 e o primeiro deste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O mercado espera que taxa continue subindo até atingir 11,50% ao ano em janeiro. De acordo com estimativas de analistas, a partir de julho do ano que vem, a taxa começará a recuar, terminando 2025 em 10,50% ao ano.

O Fed dos Estados Unidos anunciou um corte de 50 pontos-base em seus juros, para a faixa de 4,75% a 5,00%, ainda que boa parte do mercado e dos economistas esperassem por uma redução menor, de apenas 25 pontos-base.

Fonte: Brasil 247

Elon Musk recua e X começa a cumprir ordens do STF

 

Plataforma começou a cumprir ordens do STF e bloquear contas investigadas no Brasil

Elon Musk (Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters I Reuters)

O X (antigo Twitter) começou a bloquear contas de bolsonaristas no Brasil que possuem ordens de suspensão emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em cumprimento às exigências do ministro Alexandre de Moraes. Entre as contas suspensas estão a do youtuber Monark e do blogueiro Allan dos Santos, investigados por espalhar desinformação e promover ataques contra instituições democráticas. As informações são do Correio Braziliense

Essa medida ocorre após um embate entre Elon Musk, dono da plataforma, e o STF, com o bilionário de extrema-direita atacando Moraes por conta do inquérito das fake news e a estruturação de uma milícia digital bolsonarista. O X permanece bloqueado no país, já que a empresa não nomeou representantes locais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Correio Braziliense

Fluminense vence o Atlético-MG em jogo de mata-mata na Libertadores (vídeo)


O jogo aconteceu no estádio do Maracanã

Fluminense e Atlético-MG (Foto: Divulgação (Fluminense))

O Fluminense ganhou do Atlético-MG nesta quarta-feira (18) por 1 a 0, no primeiro jogo das quartas de final da Copa Libertadores, realizado no estádio do Maracanã (RJ). 

O atacante Lima marcou o gol para os tricolores nos minutos finais da partida. A definição da vaga está marcada para às 19h da próxima quarta-feira (25), na Arena MRV, em Belo Horizonte (MG).

A próxima partida do Fluminense acontecerá às 18h30 do próximo sábado (21), quando enfrentará o Botafogo no clássico válido pelo Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG receberá o Red Bull Bragantino às 16h no domingo (22), também pelo Brasileirão.

⚠️ GOL DO FLUMINENSE! ⚽️ Lima Fluminense 1-0 Atlético-MG (Libertadores) Via: @diariodetorcedor.bsky.social

Copom eleva juros básicos da economia para 10,75% ao ano

 

Esse foi o primeiro aumento desde agosto de 2020

A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros pela primeira vez em mais de dois anos. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro

A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.

Em comunicado, o Copom justificou a alta dos juros baseada nos seguintes fatores: resiliência na atividade econômica, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo (economia caminhando para consumir mais que a capacidade de produção), alta das estimativas para a inflação e desancoragem das expectativas de inflação. Em relação ao futuro, o texto foi vago sobre a intensidade e a duração do ciclo de alta dos juros.

“O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, informou o Copom.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou negativo em 0,02%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda no preço da energia puxou o índice para baixo, mas o alívio na inflação é temporário.

As tarifas de luz subirão a partir de setembro por causa da bandeira tarifária vermelha. Além disso, a seca prolongada terá impacto no preço dos alimentos. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o choque de oferta de alimentos não seja resolvido por meio de juros.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,24% em 12 meses, próximo do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano. 

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 4%, mas a estimativa pode mudar por causa da alta do dólar e do impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no fim de setembro.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,35%, perto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,22%.

Pela primeira vez, o comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA chegará a 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,5% no acumulado em 12 meses no fim do primeiro trimestre em 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.

Crédito mais caro

O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 2,3% a projeção de crescimento para a economia em 2024, mas o número deve ser revisado após o crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

O mercado projeta crescimento bem melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,96% do PIB em 2024.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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infografia_selic - ArteDJOR

 

Edição: Sabrina Craide

Fonte: Agência Brasil 


Lindbergh: 'se o Copom aumentar os juros, vai ser um duro golpe na economia brasileira'

 

De acordo com o parlamentar, uma possível alta da Selic pode comprometer o equilíbrio fiscal

Lindbergh Farias (Foto: Divulgação)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) sinalizou nesta quarta-feira (18) que representantes do mercado não deveriam apoiar um eventual aumento na taxa de juros, atualmente em 10,50%. De acordo com o parlamentar, uma possível alta da Selic pode comprometer o equilíbrio fiscal. O Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central, anuncia o percentual ainda nesta quarta.

"Não é aceitável que o BC aumente os juros no dia de hoje. É um duro golpe contra o Brasil e a nossa economia. Qualquer aumento terá impacto bilionário no fiscal, justo essa turma que vive pedindo arrocho? Pros banqueiros pode tudo?", questionou o deputado na rede social bluesky.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vem sendo alertado por aliados do governo Lula para baixar com mais velocidade a taxa de juros, para facilitar o crédito e o poder de compra da população.

Um dos argumentos de Campos Neto é que os juros não podem baixar por causa da inflação - quando a Selic aumenta, o crédito fica mais caro, e, por consequência, os preços diminuem ou ficam estagnados. No contexto atual, os números oficiais já apontam queda no custo dos produtos.

A inflação desacelerou para todas as classes de renda em agosto na comparação com julho deste ano. Para as famílias de renda muito baixa, ela recuou de 0,09% para -0,19% no mês passado. Para as famílias de renda alta, que registraram aumento de 0,80% em julho, o resultado de agosto ficou em 0,13%. Os dados são do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Todas as classes de renda apresentaram desaceleração da inflação acumulada em 12 meses. As famílias de renda muito baixa tiveram a menor inflação acumulada no período (3,72%), enquanto a faixa de renda alta anotou o percentual mais elevado (4,97%).

Os grupos alimentos e bebidas e habitação foram os principais pontos que influenciaram a queda inflacionária para praticamente todos os segmentos de renda. As deflações registradas em setores importantes - cereais (-1,3%), tubérculos (-16,3%), hortaliças (-4,5%), aves e ovos (-0,59%), leites e derivados (-0,05%) e panificados (-0,11%) - provocaram um forte alívio inflacionário, especialmente para as famílias de menor poder aquisitivo, visto que a parcela proporcionalmente maior do seu orçamento é gasta com a compra desses bens.

Energia elétrica

Em relação à habitação, a queda de 2,8% nos preços de energia elétrica – refletindo o retorno da bandeira tarifária verde e das reduções tarifárias em algumas capitais – contribuiu para diminuir a inflação em agosto.

No caso das famílias de renda alta, mesmo com a deflação dos alimentos, da energia e a queda de 4,9% nos preços de passagens aéreas, o reajuste de 0,76% das mensalidades escolares fez com que o grupo educação exercesse forte contribuição para a inflação dessa classe.

O aumento dos planos de saúde (0,61%), dos serviços médicos e dentários (0,72%) e das despesas pessoais (0,25%) também ajuda a explicar esse quadro de pressão inflacionária nos segmentos de renda mais elevada, em agosto.

“A desaceleração da inflação corrente em relação ao registrado em agosto do ano passado é explicada, em grande parte, pela melhora no desempenho dos grupos habitação e saúde e cuidados pessoais. No primeiro caso, a alta no preço da energia elétrica em 2023 (4,6%) ficou bem acima da queda apontada em 2024 (2,8%). Já para o grupo saúde e cuidados pessoais, o alívio inflacionário em agosto deste ano veio da deflação de 0,18% dos artigos de higiene, que contrasta com os reajustes de 0,81%, em agosto de 2023”, diz o Ipea 

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Lula defende turismo acessível a todas as camadas sociais

 

Presidente prometeu melhores condições para o setor

18.09.2024 - Sanção do Projeto de Lei nº 1829/2019, que atualiza e moderniza a Lei Geral do Turismo (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante a cerimônia de sanção da lei que moderniza a Lei Geral do Turismo, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou, nesta quarta-feira (18), a importância de transformar o turismo em um motor de inclusão social e desenvolvimento econômico para o Brasil. “Criar um ministério não significa despesa. Dependendo do ministério que você cria, você cria oportunidades para o país”, afirmou o presidente, destacando que o turismo pode ser uma dessas oportunidades. Ele também frisou que, além de atrativos naturais, é essencial garantir condições adequadas para os brasileiros e estrangeiros viajarem, como infraestrutura e transporte.

Lula reforçou a necessidade de democratizar o acesso ao turismo, criando condições para que as camadas mais baixas da população possam viajar, tanto dentro quanto fora do país. “As pessoas precisam ter dinheiro para viajar. Cabe ao Estado garantir condições, de transporte, preços competitivos e oferecer o que tem de melhor das áreas que as pessoas precisam visitar”, disse ele. O presidente afirmou ainda que é fundamental oferecer estradas adequadas e tecnologias limpas, como carros elétricos e a etanol, para atrair mais turistas, inclusive os que têm interesse em visitar a Amazônia.

Por fim, Lula criticou a ideia de “passagem de pobre”, afirmando que é necessário dar dignidade ao turismo, sem expor as pessoas a situações constrangedoras. “Não adianta ficar criando ‘passagem de pobre’, as pessoas têm vergonha. É preciso dar condições para as pessoas viajarem, sem que as pessoas se exponham”, disse o presidente, concluindo que o Brasil deve deixar de ser apenas uma esperança e se tornar uma realidade concreta, com o turismo sendo um dos caminhos para esse futuro.

Fonte: Brasil 247

"Netanyahu volta a chocar o mundo com sua perversidade", diz Gleisi Hoffmann

 

Presidente do PT condenou os ataques israelenses no Líbano que causaram explosões em aparelhos de comunicação

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais nesta quarta-feira (18) para criticar duramente o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após uma nova série de explosões de aparelhos de comunicação no Líbano, que resultaram em inúmeras vítimas.

"Netanyahu volta a chocar o mundo com explosões de aparelhos de comunicação usados por civis no Líbano. É pura perversidade, na escalada de horrores que a extrema direita de Israel impõe ao povo palestino e seus vizinhos. Quanto sangue ainda querem derramar nessa guerra de ódio, vingança e barbárie?", postou a presidente do PT na rede social Bluesky. 

Pelo menos 12 pessoas morreram e até 2.800 ficaram feridas nesta terça-feira (17) como resultado da detonação em massa de pagers em diferentes partes do Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país. O governo libanês e o movimento Hezbollah atribuíram as explosões a Israel. 

Nesta quarta-feira, o número de mortos em uma nova onda de detonações em massa de dispositivos de comunicação no Líbano subiu para nove, com mais de 300 pessoas feridas, informou o Ministério da Saúde do país. 

Fonte: Brasil 247

Lula projeta crescimento do PIB acima de 3% em 2024 e mira meta de 3,5%


Presidente também destacou o potencial do turismo para a economia brasileira

18.09.2024 - Presidente Lula na cerimônia de sanção do Projeto de Lei nº 1829/2019, que atualiza e moderniza a Lei Geral do Turismo (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estimou nesta quarta-feira (18) que o crescimento do PIB brasileiro em 2024 deverá superar os 3%, sugerindo uma meta para o governo de atingir um patamar acima de 3,5%. Lula também ressaltou os êxitos de sua administração na condução da política econômica, destacando avanços importantes para o país.

"A economia vai crescer acima de 3%, e vamos chegar acima de 3,5%. Estamos vivendo o menor desemprego nos últimos 15 anos. Todas as categorias profissionais que fizeram acordo estão recebendo aumento acima da inflação. Já há dois anos aumentamos o mínimo acima da inflação", disse Lula ao sancionar uma lei que atualiza e moderniza a Lei Geral do Turismo, em Brasília. 

As declarações foram feitas antes do anúncio do Banco Central sobre a nova decisão referente à taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,50%.

Fonte: Brasil 247

Efeito Milei: PIB da Argentina cai 3,4% nos primeiros seis meses do governo

 

Economia do país vizinho continua em território negativo após uma queda adicional de 1,7% entre abril e junho

Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: REUTERS/Denis Balibouse/Pool)

C5N - O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina caiu 1,7% durante o segundo trimestre deste ano - em termos dessazonalizados - em relação aos primeiros três meses de 2024. Dessa forma, contraiu-se 3,4% em relação ao primeiro semestre de 2023. 

O INDEC (Instituto Nacional de Estadística y Censos de Argentina) apresentou o relatório sobre o avanço do nível de atividade e destacou que, entre abril, maio e junho, a demanda só teve aumento nas exportações, com 3,9%. Enquanto isso, a Formação bruta de capital fixo diminuiu 9,1%, o Consumo privado caiu 4,1% e o Consumo público, 1,1%.

Entre os componentes da demanda, a maior queda foi observada na Formação bruta de capital fixo, com -29,4% interanual. Entre os setores de atividade, destacam-se as quedas na Construção (-22,2%), Indústria de transformação (-17,4%) e Comércio atacadista, varejista e reparação (-15,7%). Por outro lado, houve crescimento no setor de Agricultura, pecuária, caça e silvicultura (81,2%).

O Orçamento de 2025 prevê uma inflação anual de 18,3%, um dólar oficial a $1.207 e um crescimento do PIB de 5 pontos. A atividade industrial continua em baixa e acumula uma queda de 12,8% em 2024.

Fonte: Brasil 247 com C5N

Pablo Marçal posta três direitos de respostas de Guilherme Boulos e Ricardo Nunes em apenas uma hora (vídeos)

 

O candidato do PRTB acusou o candidato do Psol de usar substâncias ilícitas. Também afirmou que o atual prefeito usou o cargo de forma irregular

Ricardo Nunes, Tabata Amaral, José Luiz Datena, Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/MyNews)

O candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, publicou, em menos de uma hora, três vídeos com direitos de resposta de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) em suas redes sociais na madrugada desta quarta-feira (18), após determinação judicial.

Os direitos de resposta de Boulos foram concedidos porque o deputado federal foi acusado, sem provas, de usar substâncias ilícitas. Em decisões publicadas nesta semana, o candidato do PSOL afirmou que o oponente do PRTB usa a candidatura com o objetivo de "proferir ofensas à honra e imagem" do adversário, baseadas em "acusações infundadas que vinculam sua imagem ao consumo de substâncias entorpecentes".

O direito de resposta concedido a Nunes foi gravado por seu candidato a vice, Ricardo de Mello Araújo (PL), após Marçal acusar o candidato do MDB de usar funcionários da prefeitura para colocar uma bandeira durante o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista.
Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal. Foto: Reprodução



 

Fonte: Brasil 247