quarta-feira, 18 de setembro de 2024

"O modelo econômico de Lula, o 'lulanomics', ainda será estudado por economistas", diz Fernando Horta

 

Historiador elogia o modelo do presidente, que visa expandir o mercado de consumo de massas

(Foto: Divulgação | Stuckert)

Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o historiador Fernando Horta fez uma análise elogiosa ao modelo econômico adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como 'lulanomics'. Segundo Horta, o principal mérito do modelo está na inclusão dos mais pobres no mercado de consumo, um fator que, para ele, garante crescimento econômico mesmo em cenários adversos.

“Ainda será preciso escrever um livro sobre o 'Lulanomics'”, afirmou o historiador, destacando que as políticas de Lula criam uma base sólida para o desenvolvimento sustentável do país. “O modelo Lula é colocar os pobres no mercado de consumo. Esse é o seu grande segredo sobre como conseguir crescimento vigoroso, mesmo em situações difíceis”, explicou Horta.

Crescimento econômico apesar das dificuldades

O historiador também comentou as dificuldades enfrentadas pelo governo, citando a atuação do Banco Central e de seu presidente, Roberto Campos Neto, como um obstáculo para o avanço das políticas econômicas de Lula. "Mesmo com toda a sabotagem do Banco Central e do Roberto Campos Neto, o governo vai entregar excelentes resultados, com um crescimento superior a 3%”, previu Horta. A crítica reflete a visão de que, apesar da resistência de setores financeiros e das políticas monetárias, o modelo de Lula tem se mostrado eficaz.

Lula e a inclusão no mercado de consumo

A fala de Fernando Horta ocorre em um momento em que Lula reforçou, em discurso no Palácio do Planalto, a importância de impulsionar os micro e pequenos empreendedores como motor da economia brasileira. Durante a assinatura de convênios com o Sebrae e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o presidente destacou que o crescimento econômico surpreendeu até mesmo o mercado financeiro, que não esperava o desempenho alcançado em seu terceiro mandato.

Lula reiterou que a chave para a economia é garantir que o dinheiro circule e chegue às mãos da maioria da população. "O dinheiro nesse país tem que girar, circular, não pode ficar parado na mão de pouca gente", declarou o presidente, ressaltando que políticas voltadas para os pequenos empreendedores e a inclusão dos mais pobres como consumidores são essenciais para o crescimento sustentável.

O segredo do 'Lulanomics': consumo popular

Para Fernando Horta, o 'lulanomics' gira em torno da transformação social por meio do consumo de massas. Segundo o historiador, o foco de Lula em transformar a população pobre em consumidores foi o grande motor por trás dos anos de crescimento durante seus mandatos anteriores. "Durante muito tempo eu fui atacado ‘porque o Lula só pensa em consumo’. E eu só penso em consumo porque não tem indústria se não tiver consumo", disse Lula em seu discurso.

A lógica por trás dessa estratégia é clara: ao aumentar o poder de compra dos mais pobres, cria-se demanda, o que estimula a produção industrial e os investimentos no setor. Essa fórmula, que já havia funcionado nos mandatos anteriores de Lula, continua a ser a base de sua política econômica em 2024.

Bolsa Família e a inclusão social

Horta também destacou a visão de longo prazo de Lula ao priorizar programas sociais como o Bolsa Família, que, segundo o presidente, foram fundamentais para a inclusão de milhões de brasileiros no mercado consumidor. “Quando nós criamos o Bolsa Família no começo do primeiro mandato, muita gente escrevia artigo: ‘o Brasil está precisando de estrada, de pontes, por que o Lula não faz isso primeiro?’. Eu não fiz primeiro porque o povo não come cimento. O povo come feijão, arroz, farinha, pão”, relembrou Lula.

Esse enfoque na garantia das necessidades básicas da população é, para Horta, a chave para o sucesso do 'lulanomics'. "Na hora que ele [o povo] tem o dinheiro e vira consumidor, ele passa a ser um cara comprador das coisas que você vender", afirmou Lula, reforçando a ideia de que o consumo é o motor do crescimento econômico.

Um modelo a ser estudado

Olhando para o futuro, Fernando Horta acredita que o modelo econômico de Lula será objeto de estudo por economistas de todo o mundo. O historiador concluiu que o 'lulanomics' é um exemplo de como políticas inclusivas e voltadas para o consumo podem gerar crescimento econômico robusto, mesmo diante de crises e adversidades. Para ele, "ainda será preciso escrever um livro sobre o 'Lulanomics'", destacando o impacto de longo prazo que essas políticas terão no desenvolvimento do Brasil. Assista:

Fonte: Brasil 247

Pesquisa Quaest no Recife indica vitória de João Campos já no primeiro turno

 

A pesquisa ouviu 900 eleitores na capital pernambucana, entre os dias 15 e 17 de setembro

João Campos (Foto: Divulgação)

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (18) com as intenções de voto para a prefeitura do Recife mostra que o prefeito João Campos (PSB) mantém a liderança na disputa, com 77% das intenções de voto, indicando uma possível vitória já no primeiro turno.

Veja os números:

  • João Campos (PSB): 77% (era 76% na semana passada);
  • Gilson Machado (PL): 8% (era 6%);
  • Daniel Coelho (PSD): 4% (era 6%);
  • Dani Portela (PSOL): 2% (era 2%);
  • Tecio Teles (Novo): 1% (era 1%);
  • Ludmila Outtes (UP): 0% (era 0%);
  • Simone Fontana (PSTU): 0% (não havia sido citada);
  • Victor Assis (PCO): não foi citado em ambas as pesquisas;
  • Indecisos: 2% (era 2%);
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 6% (era 6%).

Veja os números da espontânea: 

  • João Campos (PSB): 63% (era 57% na semana passada);
  • Gilson Machado (PL): 5% (era 3%);
  • Daniel Coelho (PSD): 2% (era 3%);
  • Dani Portela (PSOL): 1% (era 1%);
  • Tecio Teles (Novo): 1% (era 1%);
  • Simone Fontana (PSTU): 0% (não foi citada na anterior);
  • Indecisos: 24% (era 32%);
  • Branco/nulo/não vai votar: 4% (era 3%).

A pesquisa Quaest ouviu 900 eleitores na capital pernambucana, entre os dias 15 e 17 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e registrado na Justiça Eleitoral sob o nº PE-09154/2024.

Fonte: Brasil 247

Quaest: Tramonte lidera com 28% em BH; Fuad Noman e Bruno Engler disputam segundo lugar

 

Pesquisa Quaest revela cenário indefinido no segundo lugar para a Prefeitura de Belo Horizonte

Mauro Tramonte (Foto: Reprodução (YT))

Nova pesquisa eleitoral, realizada pela Quaest e divulgada nesta quarta-feira (18) pelo g1, mostra Mauro Tramonte (Republicanos) à frente na corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte, com 28% das intenções de voto. O levantamento, encomendado pela TV Globo, foi conduzido entre os dias 15 e 17 de setembro, ouvindo 1.002 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos, o que mantém o cenário de disputa ainda aberto, especialmente no segundo lugar, onde Fuad Noman (PSD), com 20%, e Bruno Engler (PL), com 18%, estão tecnicamente empatados. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

De acordo com o levantamento, Tramonte oscilou um ponto para mais em relação à pesquisa anterior, realizada entre os dias 8 e 10 de setembro, quando registrava 27%. O atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, manteve o mesmo percentual, enquanto Bruno Engler cresceu dois pontos percentuais, saltando de 16% para 18%. Essa leve oscilação reforça o cenário de incerteza sobre quem irá avançar para um possível segundo turno ao lado de Tramonte.

A disputa entre Noman e Engler é um dos principais focos da campanha eleitoral neste momento. A polarização entre os dois candidatos, que representam forças políticas distintas, coloca a administração atual e a oposição em rota de colisão direta.

Além dos três principais candidatos, a pesquisa apontou que Duda Salabert (PDT) aparece com 10% das intenções de voto, seguida por Rogério Correia (PT), com 5%, e Carlos Viana (Podemos), que tem 3%. Outros nomes, como Gabriel (MDB) com 2%, Wanderson Rocha (PSTU), Indira Xavier (UP) e Lourdes Francisco (PCO), não ultrapassam 1% de intenção de voto. O índice de indecisos é de 7%, o mesmo percentual dos que afirmaram que votarão branco ou nulo ou que não comparecerão às urnas.

O peso dos indecisos

Com 7% dos eleitores ainda indecisos, a fase final da campanha promete ser decisiva. Esse grupo de eleitores pode redefinir o cenário nas próximas semanas, favorecendo tanto os candidatos que estão mais próximos de um segundo turno quanto aqueles que buscam crescer nas últimas semanas de campanha.

Segundo turno

Tramonte também lidera nas projeções de segundo turno. Contra Noman, ele venceria por 46% a 37%. Contra Engler, Tramonte venceria por 55% a 26%. Já contra Duda Salabert, ele teria 61% contra 19%. Diante de Rogério Correia, o 'placar' seria de 61% a 17%. Contra Carlos Viana, venceria por 56% a 15%.

A Quaest registrou a pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG-07539/2024.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Congresso reclama de Dino porque perdeu chance de extorquir o Governo

 


O que está incomodando setores do Congresso não é a excepcionalidade fiscal. É a perda de oportunidade para achacar o governo

Flávio Dino (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

Há um coro de reclamações no ar contra a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, excluindo da regra fiscal os gastos do governo no combate aos incêndios na Amazônia e no Pantanal. Críticas contundentes foram feitas pelo deputado Cláudio Cajado, que foi o relator do Arcabouço Fiscal na Câmara, mas ele não é o único reclamante. A bronca com Dino tem uma razão elementar: poupando o governo de ter que pedir a excepcionalidade ao Congresso, o ministro tirou dos congressistas uma chance de cobrar pedágio pela aprovação.

Ontem, o presidente Lula editou uma MP destinando R$ 512 milhões às ações cobradas pelo próprio Dino, que não contarão para o cálculo do déficit fiscal. Se tivesse que negociar a regra especial com o Congresso, talvez o governo gastasse mais do que isso em liberação de emendas e outros favores. O ministro Fernando Haddad, obviamente, elogiou a decisão de Dino.

Em nota distribuída ontem, Cajado afirmou que "a competência para definir a exclusão da base dos gastos públicos de qualquer despesa, seja ela prevista ou não no orçamento, é exclusiva dos Poderes Executivo e Legislativo, não cabendo ao Judiciário fazê-lo". Disse ainda que “se não há previsão do governo nas despesas com fatores exógenos e excepcionais na previsão orçamentária, fica claro que houve erro, falha ou falta de previsibilidade da peça orçamentária enviada ao Congresso Nacional pelo governo federal."

De fato, o governo não reservou recursos suficientes para o enfrentamento do fogaréu que tem varrido o país, mas também é preciso considerar fatores imponderáveis, como a ocorrência de incêndios criminosos e o agravamento das condições climáticas, como o prolongamento da estiagem e o aumento das temperaturas, que funcionaram a favor das chamas. Mas o que está incomodando setores do Congresso não é a excepcionalidade fiscal. É a perda de oportunidade para achacar o governo.

Fonte: Brasil 247

No governo Lula, investimento público bate recorde e é o maior desde 2016

 

Gastos federais se recuperam após o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff

Lula em anúncio do PAC (Foto: RICARDO STUCKERT)

Os investimentos do governo federal atingiram R$ 32 bilhões entre janeiro e julho de 2024, registrando um crescimento de 31,8% em relação ao mesmo período de 2023 e alcançando o maior valor para os primeiros sete meses desde 2016. Conforme publicado pelo Valor Econômico, essa recuperação marca o maior investimento público desde o golpe que destituiu a ex-presidente Dilma Rousseff, mas especialistas advertem que os valores ainda são insuficientes para atender às necessidades do país, especialmente diante das limitações fiscais.

Os números, ajustados pela inflação, sinalizam um início de retomada nos investimentos públicos, mas o quadro continua restritivo. Com mais de 90% do orçamento federal comprometido com despesas obrigatórias, a margem para a expansão de investimentos ainda é bastante limitada. A expectativa é que o setor privado assuma uma parcela significativa dos gastos em áreas como infraestrutura. Para 2025, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevê investimentos de R$ 74,3 bilhões, enquanto, para este ano, o montante projetado é de R$ 68,5 bilhões.

Manoel Pires, coordenador do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público do FGV Ibre, ressalta: "a gente continua com investimentos públicos muito baixos". Ele explica que, em 2023, os desembolsos públicos representaram apenas 0,5% do PIB, e, quando somados aos investimentos das estatais da União, esse percentual sobe para 2%. Contudo, nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média de investimento público fica entre 3,5% e 4% do PIB.

Embora a maior parte dos economistas defenda que o setor privado deve ser o principal responsável por viabilizar grandes obras, também há consenso de que os aportes da União são essenciais para que certos projetos saiam do papel. Um exemplo disso é a BR-381, conhecida como "Rodovia da Morte", cujas obras de duplicação são tecnicamente desafiadoras. "O edital prevê que o governo federal será responsável pela duplicação de 31 dos 296 quilômetros leiloados", explica o economista-chefe da Leme Consultores, José Ronaldo de Souza Jr.

Para que o governo federal aumente os investimentos, será necessário enfrentar o crescimento das despesas obrigatórias. Especialistas em contas públicas sugerem, entre as medidas possíveis, a desvinculação de benefícios previdenciários e assistenciais dos reajustes do salário mínimo, bem como alterações nos pisos de gastos com saúde e educação, hoje vinculados à receita. No acumulado de janeiro a julho de 2024, a despesa total da União foi de R$ 1,325 trilhão, com apenas R$ 32 bilhões destinados a investimentos.

Fonte: Brasil 247

Por decisão da Justiça, Ramagem não pode associar Paes a Brazão e à morte de Marielle

 Candidato do PL deverá retirar do ar vídeo onde tenta ligar prefeito do Rio ao assassinato da vereadora.


Por decisão da 238ª Zona Eleitoral, o candidato do PL à Prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem, deverá tirar do ar o vídeo de sua propaganda eleitoral onde associa Eduardo Paes (PSD) ao deputado federal Chiquinho Brandão, preso acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco.


O juiz Leonardo Grandmasson Chaves atendeu à representação dos advogados da campanha de Paes e determinou que o vídeo não seja mais veiculado, pois, segundo o magistrado, “descontextualizada e inverídica, evidenciando sua irregularidade”.


Mais cedo, Eduardo Paes já havia comentado a propaganda e criticou Alexandre Ramagem pelo que ele chamou de baixaria irresponsável. O prefeito ainda relembrou que como deputado federal, Ramagem votou pela soutura de Brazão na Câmara dos Deputados.


Fonte: Agenda do POder

Críticas à família Brazão azedam o clima entre Eduardo Cunha e a cúpula da campanha de Ramagem: “Covarde, com expedientes sujos”

 Nos últimos dias, foram veiculadas peças no horário eleitoral vinculando o ex-deputado Chiquinho Brazão a Eduardo Paes  e ambos ao assassinato de Marielle Franco.


O clima entre o comando do Republicanos e a campanha de Alexandre Ramagem azedou. O presidente do diretório municipal do partido, ex-deputado Eduardo Cunha, está indignado com a forma como família Brazão está sendo tratada pelos marqueteiros do candidato.


Nos últimos dias, foram veiculadas peças no horário eleitoral vinculando o ex- deputado Chiquinho Brazão (ex-secretário de Ação Social de Paes)  ao atual prefeito  e ambos ao assassinato de Marielle Franco.


Em nota, Cunha repudia a iniciativa do comando da campanha de Ramagem por “utilizar de forma covarde a situação envolvendo a família Brazão”.


E prossegue com críticas também a Eduardo Paes: “O fato do atual prefeito Eduardo Paes se utilizar de instrumentos baixos e sujos nos seus ataques, não dá o direito da campanha de Ramagem se utilizar dos mesmos expedientes sujos.


A avaliação da cúpula do Republicanos é de que a publicidade de Ramagem ao invés de atingir Paes pode, na verdade, ferir de morte a candidatura a vereador de Kaio Brazão, filho de Domingos Brazão.


Após negociações conflituosas com Eduardo Paes, o Republicanos decidiu integrar a coligação de Alexandre Ramagem.


Leia a íntegra da nota :


O Republicanos vem pelo seu diretório municipal manifestar o seu repúdio pela atitude dos responsáveis pela programação de tv e rádio da campanha do Ramagen utilizarem de forma covarde a situação envolvendo a família Brazao.

O fato do atual prefeito Eduardo Paes se utilizar de instrumentos baixos e sujos nos seus ataques ,não dá o direito da campanha de Ramagem se utilizar dos mesmos expedientes sujos.


Ass. Eduardo Cunha


Presidente Municipal do Republicanos


Fonte: Agenda do Poder

Deputados trumpistas articulados com bolsonaristas anunciam projeto para barrar entrada de Alexandre de Moraes nos EUA

 Iniciativa de parlamentares faz parte de ofensiva para pressionar Suprema Corte brasileira


Segundo Malu, dois parlamentares do Partido Republicano dos Estados Unidos ligados a Donald Trump e articulados com bolsonaristas brasileiros protocolaram nesta terça-feira (17) na Câmara dos Deputados americana um projeto de lei que, se aprovado, pode barrar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de entrar no país ou até mesmo de deportá-lo, caso a legislação entre em vigor e o magistrado esteja em solo americano.


Leia as demais informações publicadas pela repórter:


“O texto de autoria da deputada María Elvira Salazar, da Flórida, e do veterano Darrell Issa, da Califórnia, ambos apoiadores do ex-presidente Donald Trump, torna “inadmissíveis” e sujeitos à deportação “agentes estrangeiros” que venham a infringir o direito de liberdade de expressão por meio de censura a cidadãos dos EUA em solo americano.


A articulação do projeto, segundo apurou a equipe do blog, contou com a colaboração ativa de bolsonaristas radicados nos Estados Unidos que vêm costurando junto a parlamentares trumpistas uma ofensiva contra o Supremo pelo que apontam como violação ao direito da liberdade de expressão, previsto de forma irrestrita pela primeira emenda da Constituição americana. A proposição protocolada na terça seria o primeiro passo da estratégia.


Entre as supostas transgressões citadas por apoiadores de Jair Bolsonaro estão a derrubada de perfis de aliados ou militantes do ex-presidente nas redes sociais por meio de inquéritos sigilosos e a própria suspensão da rede social X no Brasil no último dia 30, depois que a companhia se recusou a nomear um representante oficial no país para acatar decisões do Supremo.


O argumento é que as restrições de perfis por ordem de Moraes em inquéritos como o das milícias digitais já atingiram brasileiros com cidadania americana ou residência fixa nos EUA. O projeto apresentado ontem prevê justamente sanções a autoridades estrangeiras que violem o direito à liberdade de expressão de cidadãos dos Estados Unidos que estejam em solo americano.


O texto é feito sob medida para contemplar os casos de figuras como Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino, que também são cidadãos americanos, têm canais de direita e tiveram suas redes sociais bloqueadas e passaportes cancelados por ordem de Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.


Em um comunicado conjunto, os deputados María Elvira e Issa deixaram claro que a iniciativa é movida pela decisão de Moraes de suspender a rede social X, consumada no último dia 30. A deputada afirmou que Alexandre de Moraes representa a “vanguarda em uma cruzada internacional contra a liberdade de expressão e cidadãos como Elon Musk”, em referência ao dono do X, e argumentou que o direito previsto na primeira emenda é “natural e inalienável” e não deve ter fronteiras.


Já o veterano parlamentar da Califórnia, presidente da seção do Comitê Judiciário (equivalente à Comissão de Constituição e Justiça no Brasil) voltado para assuntos da internet, foi ainda mais direto na nota divulgada ontem.


“Todos estamos cientes do abuso de poder cometido pelo Supremo Tribunal Federal no Brasil, que tem Elon Musk em sua mira e bloqueou o acesso ao X, uma companhia privada americana”, declarou Issa. “Com este projeto, autoridades de governos estrangeiros estarão avisados: se negarem aos nossos cidadãos os direitos da primeira emenda, negaremos sua entrada nos EUA ou mostrar a porta de saída”.


A lei proposta pode servir como elemento de pressão, mas dificilmente avançará a poucos meses das eleições americanas e do encerramento dos mandatos parlamentares. Além disso, o texto hoje não passaria no Senado controlado pelos democratas. E se passasse, a lei possivelmente seria vetada por Joe Biden, que mantém boas relações e agendas bilaterais com Lula e o Brasil.


Tanto María Elvira quanto Issa são apoiadores do ex-presidente Trump, que disputa a eleição presidencial de novembro contra a atual vice-presidente, a democrata Kamala Harris.


O partido de Trump comanda a Câmara dos Representantes, como é chamada a Casa Legislativa dos deputados nos EUA, enquanto o Senado conta com uma maioria democrata apertada. Mas o controle das duas Casas também está em disputa. Só depois que for definido qual partido terá maioria em cada uma delas se saberá quais projetos têm mais probabilidade de ser aprovados. As pesquisas indicam que tanto a Câmara quanto o Senado terão disputas competitivas.


Ainda assim, bolsonaristas radicados nos Estados Unidos esperam que o projeto de lei seja o começo de uma ofensiva contra o STF para pressionar a Corte a rever suas decisões sobre o X e os inquéritos que hoje estão sob o comando de Moraes. Eles afirmam nos bastidores que outras medidas estão sendo articuladas com parlamentares republicanos.


Como publicamos no blog no último dia 4, a nota da embaixada dos Estados Unidos em Brasília citando a importância da liberdade de expressão “em uma democracia saudável” ao comentar a suspensão do X, antes mesmo do Supremo oficializar a decisão, causou preocupação na Corte.


Ministros manifestaram sob reserva o temor com a possibilidade de retaliações diplomáticas, como a revogação do visto de Alexandre de Moraes, já que as autoridades americanas não costumam se pronunciar sobre assuntos internos do Supremo. Mas, conforme apurou a equipe da coluna, a hipótese jamais foi cogitada pela diplomacia dos EUA.


Brasil na órbita da política dos EUA


A iniciativa é mais um episódio em que o Brasil se torna combustível para a guerra entre republicanos e democratas.

No ano passado, após os ataques às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro, deputados da base do presidente Joe Biden pediram ao governo a deportação do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump. Na época, ele estava autoexilado na Flórida e já era investigado pela intentona bolsonarista. O pedido dos democratas não foi acatado.


Os dois parlamentares que assinam o projeto de lei que mira Moraes concorrem à reeleição para mais um mandato de dois anos, e o distrito representado pela deputada em Miami, na Flórida, possui muitos eleitores de origem brasileira. O texto tem potencial para estimular a comunidade local a comparecer às urnas, já que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos.


A última disputa no distrito de María Elvira em ano de eleição presidencial, quando os índices de abstenção são bem menores do que as chamadas eleições de meio mandato, foi apertada.


Em maio passado, dois meses após a briga entre Elon Musk e Alexandre de Moraes escalar publicamente por conta de ordens do STF para a suspensão de perfis, a deputada desferiu duras críticas ao ministro e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma audiência da Câmara americana que contou com a presença de parlamentares brasileiros como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).


María Elvira exibiu uma foto de Moraes e, ao se referir ao magistrado equivocadamente como presidente do Supremo, o chamou de “operador totalitário” de um “presidente condenado por corrupção”, em referência a Lula, que elegeu Elon Musk como alvo na tentativa de “cercear” a liberdade de expressão no Brasil. Desde então, a parlamentar da Flórida se tornou uma espécie de defensora da causa da direita brasileira contra Moraes no Congresso dos EUA.


Já Darrell Issa deve enfrentar uma eleição mais tranquila em seu distrito de maioria republicana na ultraliberal Califórnia de Kamala Harris, mas sua co-autoria traz maior peso à iniciativa pela experiência de vários mandatos e sua atuação em projetos ligados à tecnologia e à internet no passado.


Os bolsonaristas e os deputados aliados de Trump sabem que o projeto só terá alguma chance de ser aprovado caso o republicano ganhe as eleições e conte com um Congresso amplamente favorável a ele.


Fonte: Agenda do Podercom informação da repórter Malu Gaspar em seu blog em O Globo.

Pesquisa Quaest: Paes tem 57%; Ramagem, 18%; e Tarcísio, 4% em disputa no Rio

 A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.


Pesquisa Quaest contratada pela Globo e divulgada nesta quarta-feira (18) com as intenções de voto para a Prefeitura do Rio de Janeiro aponta que o candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), segue com folga na liderança, com 57% das intenções de voto.


Na sequência, vem Alexandre Ramagem (PL), com 18%, e Tarcísio Motta (PSOL), com 4(veja abaixo os números).


Esses números se referem a um cenário estimulado, em que são apresentadas opções para o entrevistado.


A pesquisa entrevistou presencialmente 1.140 eleitores de 16 anos ou mais no Rio, entre 15 e 17de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada junto à Justiça Eleitoral e protocolada com o número: RJ02944/2024. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou menos.


Intenção de voto para prefeito do Rio (estimulada)


  • Eduardo Paes (PSD): 57% (tinha 64% em 11/9, 60% em agosto, 49% em julho e 51% em junho);
  • Alexandre Ramagem (PL): 18% (tinha 13% em 11/9, 9% em agosto, 13% em julho e 11% em junho);
  • Tarcísio Motta (PSOL): 4% (tinha 4% em 11/9, 5% em agosto, 7% em julho e 8% em junho);
  • Rodrigo Amorim (União Brasil): 1%;
  • Marcelo Queiroz (PP): 1%;
  • Cyro Garcia (PSTU): 2%
  • Juliete Panjota (UP): 0%
  • Carol Sponza (Novo): 1%
  • Henrique Simonard (PCO): 0%
  • Em branco/nulo/nenhum: 10%
  • Indecisos: 6%

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.