terça-feira, 17 de setembro de 2024

Pequenos negócios acessam apenas 20% do mercado de crédito brasileiro

 

Representantes de países que participam do Fórum Global de Financiamento de PME foram ao Sebrae para entender como instituição atua para mudar esse cenário

(Foto: Reprodução/Sebbrae)

Agência Sebrae - Uma das maiores dificuldades dos pequenos negócios brasileiros é a falta de garantia para conseguir empréstimo. Do total de concessão de crédito para empresas no pais, apenas 20% vai para esse segmento. Dos quase 23 milhões de micro e pequenas empresas (MPE), somente cerca de 6,5 milhões são tomadoras efetivas de recursos no sistema financeiro.

Essa realidade desafiadora foi tema de reunião entre o Sebrae e representantes de outros países que participam do Fórum Global de Financiamento de PME. A agenda desta segunda-feira (16) incluiu uma visita técnica à sede do Sebrae São Paulo para conhecer as ações da instituição, em parceria com o governo federal e entidades financeiras, para mudar esse cenário.

Uma das iniciativas é o programa Acredita, que alia a tomada de crédito consciente pelos pequenos negócios à garantia dada pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), coordenado pelo Sebrae. O coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae, Giovanni Beviláqua, explicou que a instituição, por meio do Fampe, oferece aval complementar às operações de crédito, cobrindo até 80% do valor financiado.

"O crédito é um importante recurso para o desenvolvimento desses negócios, tanto economicamente falando quanto socialmente", afirmou Giovanni Beviláqua, coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae. “Além disso, devemos lembrar que quando falamos de crédito, não falamos apenas de dinheiro, mas também de sonhos”, pontuou.

As cooperativas de crédito e fintechs têm sido fundamentais para ampliar o acesso a crédito pelas MPE, pois muitas delas ainda têm muita dificuldade via sistema tradicional. “Apesar das novas opções, cerca de dois terços dos donos de pequenos negócios não pegam dinheiro no sistema financeiro, nem com bancos, cooperativas e fintechs. Ainda temos um mercado gigantesco para ser acessado”, ressaltou Giovanni.

Marco Vinholi, diretor-técnico do Sebrae São Paulo, destacou que no Brasil ainda não há uma cultura de crédito forte. “Vemos que o caminho que nós temos pela frente é muito longo, mas as coisas têm melhorado”, enfatizou.

Acredita

O programa do governo federal que conta com o apoio do Sebrae foi apresentado à comitiva internacional pelo analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional Márcio Borges. "O Sebrae tem dois focos no Acredita: o primeiro é fornecer garantia e o segundo é dar assistência ao empresário de pequeno negócio para que ele possa tomar o crédito de maneira consciente, para que saiba se o dinheiro é realmente necessário e como deve ser usado", afirmou Borges.

Atualmente, 29 instituições bancárias estão aptas a ofertar os recursos que foram possibilitados com o aporte de R$ 2 bilhões do Sebrae e que vão viabilizar R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos.

Fórum

O Fórum Global de Financiamento de PMEs é o maior – e mais diversificado geograficamente – encontro sobre finanças de pequenas e médias empresas (PME). Reúne líderes globais experientes para facilitar a troca de insights, promover as melhores práticas e traçar o futuro. Desde 2015, a agenda do evento tem visão de futuro, abordando tópicos como finanças sustentáveis e parcerias com fintech.

Fonte: Brasil 247 com Agência Sebrae

Empresário preso pela PF é suspeito de usar fintech para lavar milhões

 

Fundado em 2019, o InoveBanco movimentou cerca de R$ 7 bilhões, conforme informações obtidas com a quebra de sigilo bancário da empresa

(Foto: Reprodução)

O empresário Patrick Burnett, dono do InoveBanco, foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) sob acusação de lavagem de dinheiro por meio de uma fintech. Ele teria utilizado a empresa para movimentar grandes quantias, envolvendo transações com imóveis e veículos de luxo. A investigação aponta que instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central (BC) que davam suporte às operações do InoveBanco são investigadas por não reportarem atividades suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As informações são do portal Metrópoles.

Fundado em 2019, o InoveBanco movimentou cerca de R$ 7 bilhões, conforme informações obtidas com a quebra de sigilo bancário da empresa. Durante seu período de atividade, Patrick Burnett tornou-se uma figura de destaque no meio empresarial, participando de grandes parcerias e assumindo a liderança do "Lide Inovação", grupo vinculado ao ex-governador João Doria. Após sua prisão, Burnett foi afastado dessa função.

A prisão do empresário ocorreu no âmbito da Operação Concierge, deflagrada em 28 de agosto, com o objetivo de deter 14 suspeitos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro que totalizava R$ 7,5 bilhões. A investigação tem como foco o uso de fintechs que ofereciam serviços bancários, como transferências e contas, sem a devida regulamentação do Banco Central. Para operar, essas empresas utilizavam o suporte de instituições financeiras autorizadas.

Um dos métodos utilizados pelas fintechs envolvia o oferecimento de "contas gráficas", em que a titularidade real da conta não era associada ao usuário, mas ao CNPJ da instituição financeira. Esse tipo de conta é frequentemente utilizado para evitar bloqueios judiciais, facilitando operações irregulares e dificultando investigações de lavagem de dinheiro.

A PF aponta como um dos pivôs do esquema o contador Aedi Cordeiro, responsável pelo T10 Bank, instituição não autorizada usada pela empresa de ônibus UpBus, suspeita de elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), para movimentações milionárias.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Escândalo de difamação contra influenciadora envolve maior doador da campanha de Pablo Marçal

 

Advogado Marcelo Tostes, doador de R$ 250 mil para Pablo Marçal, enfrenta acusações graves de violência doméstica e difamação por Luiza Rodas

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YT)

O advogado Marcelo Tostes, o maior doador da campanha de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo, está no centro de uma polêmica, informa Igor Gadelha, do Metrópoles. Além de sua contribuição substancial de R$ 250 mil, Tostes enfrenta acusações de difamação e violência doméstica, levantadas por sua ex-namorada e influenciadora digital Luiza Rodas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, que revelou detalhes do processo.

De acordo com os dados apresentados por Marçal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as doações de Tostes foram realizadas no dia 28 de agosto, em duas transferências: uma no valor de R$ 100 mil e outra de R$ 150 mil. Este montante torna Tostes o maior apoiador financeiro da campanha do ex-coach, superando significativamente outras contribuições. 

Em fevereiro de 2024, Luiza Rodas registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, acusando Tostes de conduzir uma campanha de difamação contra ela, além de ameaçar divulgar fotos íntimas. As acusações vão além da difamação, incluindo violência doméstica, psicológica, ameaça, injúria e até o registro não autorizado de sua intimidade sexual. Em março, a juíza Rafaela Caldeira, da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em São Paulo, concedeu medidas protetivas em favor de Luiza, proibindo Tostes de se aproximar dela. 

Marcelo Tostes nega categoricamente todas as acusações, e sua defesa afirma que “irá esclarecer a verdade dos fatos”. O advogado também mantém forte ligação com Marçal, sendo dono da mansão avaliada em R$ 45 milhões, localizada no Jardim Europa, São Paulo, onde o candidato à prefeitura reside e realiza reuniões de campanha.

As doações de Tostes não se limitam a São Paulo. Ele já havia contribuído com candidatos em Minas Gerais, inclusive com o ex-assessor do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e outros concorrentes a cargos municipais em cidades como Belo Horizonte, Viçosa e Itabirito. Além disso, o advogado é conhecido por suas doações em 2022 para as campanhas de Jair Bolsonaro e Michelly Siqueira.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles e do jornal O Estado de S. Paulo

PT injeta R$ 30 milhões na campanha de Boulos

 

Boulos lidera a arrecadação de campanha até o momento

Guilherme Boulos no Roda Viva (Foto: Reprodução Youtube)

O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, lidera a arrecadação de campanha até o momento, de acordo com os dados parciais enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Boulos já arrecadou R$ 55,6 milhões, sendo que R$ 30 milhões vieram do Partido dos Trabalhadores (PT), sob influência do ex-presidente Lula. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Ricardo Nunes é o segundo candidato com maior arrecadação, declarando até o momento R$ 36,2 milhões provenientes de sete partidos. Os principais financiadores individuais de sua campanha são do setor da construção civil.

Em terceiro lugar, está Tabata, com R$ 15,2 milhões. A deputada federal pelo PSB é a candidata com o maior número de doações únicas acima de R$ 15 mil. Por outro lado, Marçal reúne a maior quantidade de doações individuais no país, com 40 mil contribuições, sendo a maioria formada por valores inferiores a R$ 100. Ele arrecadou R$ 2,9 milhões, montante semelhante ao de Datena, que obteve R$ 3,6 milhões.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula deve decidir nesta semana sobre o retorno do horário de verão

 

Estudo da Aneel e do ONS será entregue nos próximos dias para embasar a decisão

(Foto: Reuters)

Diante da seca que afeta os reservatórios de hidrelétricas, a maior fonte de energia do Brasil, e do calor que impulsiona o consumo de eletrodomésticos como o ar-condicionado, o governo federal discute a possível volta do horário de verão. O presidente Lula (PT) deve tomar a decisão ainda nesta semana, conforme informou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG). O estudo técnico, preparado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), será determinante para essa escolha. No entanto, a decisão envolve também questões políticas e sociais, dada a influência direta que o horário de verão exerce sobre a rotina da população.

Especialistas ouvidos pelo g1 destacaram os pontos positivos e negativos da medida. O presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, argumenta que a economia de energia, principal justificativa para o horário de verão, atualmente seria reduzida, de apenas 0,5%. "Antigamente, o pico máximo de consumo ocorria no final do dia. Hoje, ocorre no meio do dia, e o horário de verão não interfere nisso", afirmou Sales.

A adoção do horário de verão tem sido amplamente discutida nos últimos anos, tanto no Brasil quanto em outros países. Para os defensores da medida, a principal vantagem está no alívio que ela oferece ao sistema elétrico durante momentos críticos, como o início da noite. "Mesmo que a influência do horário de verão seja pequena, ela ajuda a atenuar essa rampa, reduzindo um pouco a necessidade de esforço das usinas", explicou Cláudio Sales.

No entanto, os contrários à medida defendem que o impacto energético hoje é mínimo, e os benefícios que existiam há décadas não se aplicam mais ao contexto atual. "Nós estamos num período de calor intenso, onde as cargas mais utilizadas são ar-condicionado, condicionadores de ar, ventiladores. Essas cargas consomem bastante energia durante o período de verão, muito mais que a iluminação, até mesmo mais que o chuveiro", ressaltou o professor Luciano Duque, mestre em Energia Elétrica.

Além disso, especialistas também apontam para os possíveis transtornos na adaptação dos ciclos biológicos da população, especialmente para aqueles que precisam acordar cedo e iniciar o dia antes do amanhecer. "A implementação do horário de verão, acredito que não vá economizar energia o suficiente. E, sim, vai trazer um transtorno à população. Vai ter um transtorno aí, de adaptação de horário. Vai ter a questão de saúde também nas primeiras semanas", diz Duque.

Impactos econômicos e sociais

Em contrapartida, setores como o de bares e restaurantes são fortemente favoráveis à volta do horário de verão. Segundo empresários do ramo, a medida estimula as pessoas a permanecerem mais tempo fora de casa após o trabalho, criando oportunidades para atividades de lazer, como happy hours e jantares. A iluminação natural prolongada também contribui para a sensação de segurança e para a movimentação das ruas e transporte público.

Desde sua extinção em 2019, o setor lamenta a perda do incentivo gerado pelo horário de verão. Além do impacto econômico, há também uma questão de dinâmica social. As pessoas aproveitam mais as cidades, o que influencia de forma positiva a segurança e o trânsito, destacam os defensores da medida.

Histórico da medida

O horário de verão foi introduzido no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, como uma tentativa de otimizar o uso de luz natural e economizar energia. Contudo, sua adoção sem interrupções só ocorreu a partir de 1985, no fim do regime militar. Desde então, o horário de verão passou por várias mudanças, com estados e regiões entrando e saindo da medida ao longo dos anos.

A prática é comum em vários países, principalmente aqueles fora da região tropical, como Canadá, Austrália, México e Uruguai.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

A Cruzada da extrema direita contra o Papa Francisco: uma batalha de valores

 


Em tempos de crescente obscurantismo, a figura do Papa Francisco emerge como um baluarte de luz e razão

Papa Francisco (Foto: Vatican Media/via Reuters)

Nos últimos anos, o Papa Francisco tem se destacado como uma voz poderosa em favor da paz, da justiça social e dos direitos humanos. No entanto, essa postura humanista e progressista tem atraído a ira de movimentos de extrema direita ao redor do mundo, incluindo no Brasil. Esses grupos, que se disfarçam de defensores da moralidade e dos valores cristãos, têm lançado uma série de ataques contra o pontífice, utilizando-se de fake news e deturpações para minar sua autoridade e influência.

Entre os principais inimigos do Papa Francisco no cenário global, destaca-se Steve Bannon, ex-estrategista chefe de Donald Trump e mentor de movimentos populistas de direita, como o bolsonarismo no Brasil. Bannon tem aconselhado líderes como Matteo Salvini, ex-ministro do Interior da Itália, a atacar o Papa sobre questões sensíveis como a migração. Segundo fontes próximas à extrema direita italiana, Bannon considera Francisco um "inimigo" e sugere ataques frontais para desestabilizar sua imagem.

No Brasil, seguidores do arauto das desgraças, Olavo de Carvalho, e demais seguidores do bolsonarismo têm seguido a mesma cartilha. Utilizando-se de redes sociais e canais de comunicação alinhados com a extrema direita, esses indivíduos propagam fake news que distorcem as palavras e ações do Papa. Entre as principais deturpações, estão acusações infundadas de que Francisco promove a desordem social e é conivente com a imigração ilegal e até mesmo com práticas de pedofilia.

Esses ataques não são apenas desonestos, mas também profundamente perniciosos. A extrema direita utiliza o falso moralismo e a hipocrisia para justificar suas ações, enquanto promove uma agenda que desrespeita os direitos individuais e humanos. A desonestidade é uma marca registrada desses movimentos, que não hesitam em manipular informações para alcançar seus objetivos políticos.

A agenda fascista de Jair Messias Bolsonaro é um exemplo claro dessa estratégia perniciosa. Desde sua ascensão ao poder, Bolsonaro durante todo o seu governo promoveu políticas de ataque aos direitos humanos, à liberdade de imprensa e à diversidade cultural. Seu governo foi notadamente marcado por um discurso de ódio, que visava dividir a sociedade e fortalecer uma base de apoio radical e intolerante. Consubstanciado com os atos terroristas de 08 de janeiro de 2023. 

Importante saliente que, dentro da própria Igreja Católica no Brasil, ordens obscurantistas como a TFP (Tradição, Família e Propriedade) e os Arautos do Evangelho têm ocupado espaços significativos. Esses grupos promovem uma visão ultraconservadora e reacionária, que se opõe frontalmente às reformas e à postura inclusiva do Papa Francisco. Utilizando-se de sua influência dentro da Igreja, eles buscam minar a autoridade do pontífice e promover uma agenda que está em desacordo com os valores do evangelho.

A TFP e os Arautos do Evangelho têm se aliado a movimentos de extrema direita para disseminar desinformação e criar um clima de desconfiança em relação ao Papa Francisco. Eles utilizam publicações, redes sociais e eventos para propagar suas ideias e recrutar novos seguidores. Essa infiltração dentro da Igreja é uma ameaça real à unidade e à missão pastoral promovida por Francisco.

A mobilização da extrema direita global para destituir o Papa Francisco é uma operação complexa e ardilosa. Utilizando-se de campanhas de desinformação, pressão política e alianças com grupos conservadores dentro da Igreja, esses movimentos buscam criar um ambiente de instabilidade e contestação. O objetivo é claro: enfraquecer a liderança do Papa e promover uma agenda que favoreça seus interesses autoritários e excludentes.

O papel da extrema direita no cenário global é claro: ocupar espaços políticos e consolidar poder através do medo, da desinformação e do autoritarismo. Esses grupos se opõem a qualquer forma de progresso social que ameace sua visão estreita e excludente de mundo. O desrespeito aos direitos humanos é uma constante, com políticas que promovem a xenofobia, o racismo e a intolerância religiosa.

Em contrapartida, o Papa Francisco se destaca como um verdadeiro representante do humanismo. Desde sua ascensão papal em 2013, o pontífice tem trabalhado incansavelmente para promover a paz, a justiça social e a dignidade humana. Sua postura inclusiva e compassiva é um farol de esperança em um mundo cada vez mais polarizado e dividido.

Francisco tem se posicionado firmemente contra o racismo, a xenofobia e o ultra-nacionalismo, valores que estão em total desacordo com o evangelho cristão. Sua liderança tem sido crucial para evitar uma espiral perigosa em direção a um choque de civilizações, promovendo o diálogo e a compreensão entre diferentes culturas e religiões.

A agenda da extrema direita global, com seu fascismo renovado, representa uma ameaça real aos valores democráticos e aos direitos humanos. Em tempos de crescente obscurantismo, a figura do Papa Francisco emerge como um baluarte de luz e razão. Sua mensagem de amor, compaixão e justiça social é um antídoto poderoso contra o veneno do ódio e da divisão.

Para combater essa cruzada obscurantista, é fundamental que a sociedade se arme com a verdade e a educação. A disseminação de informações precisas e a promoção do pensamento crítico são essenciais para desmascarar as fake news e as deturpações propagadas pela extrema direita. Além disso, é crucial fortalecer as instituições democráticas e os direitos humanos, garantindo que todos tenham voz e proteção contra a opressão.

A união de forças progressistas e humanistas é outra arma poderosa nessa batalha. Movimentos sociais, organizações não-governamentais e líderes comunitários devem trabalhar juntos para promover a justiça social, a igualdade e a inclusão. A solidariedade e a empatia são valores que devem ser cultivados e defendidos, criando uma frente unida contra o autoritarismo e a intolerância.

Finalmente, a espiritualidade, mesmo sob a perspectiva de um agnóstico, desempenha um papel crucial no combate às forças obscurantistas. A empatia e o humanismo, aliados à racionalidade e à fé, são fundamentais nessa luta. A mensagem de amor e compaixão do Papa Francisco deve ser amplificada por todos nós — progressistas, comunistas, internacionalistas — e vivida no cotidiano, inspirando ações concretas em prol de um mundo mais justo e humano. Devemos promover a luz da razão e da verdade, que deve prevalecer sobre as trevas da ignorância e do ódio, guiando a humanidade rumo a um futuro de paz, dignidade e respeito para todos.

Fonte: Brasil 247

Erika Hilton critica Jojo Todynho e reitera: "chamei de traidora porque é o que ela é" (vídeo)

 

Discussão entre a deputada e a influenciadora expõe divergências sobre posicionamentos políticos e uso de pautas LGBTQIA+

Erika Hilton (Foto: Reprodução/YouTube/Blogueirinha)

Na segunda-feira (16), durante sua participação no programa "De Frente com Blogueirinha", a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) fez duras críticas à influenciadora e cantora Jojo Todynho, relata o jornal O Dia. O episódio ganhou grande repercussão, especialmente após Jojo declarar apoio a políticos ligados ao PL e se posicionar como pessoa de direita. Segundo Erika, a cantora teria usado as pautas LGBTQIA+ para impulsionar sua carreira, o que Hilton considera uma traição.

"Eu compartilhei uma publicação sobre ela, chamei ela de traidora porque é o que ela é", disse Erika durante o programa. A deputada argumentou que a adesão de Jojo a figuras políticas da direita contradiz o histórico de ativismo LGBTQIA+ que a cantora construiu. “Não é porque ela é uma mulher, negra, gorda, vinda da periferia, que ela não pode ser de direita. Não é sobre isso", explicou Hilton. "Mas, sabe qual a diferença dela para todas essas pessoas que eu citei agora? É que nenhuma delas usou a agenda e a pauta das pessoas LGBT, dos seus direitos, para fazer trampolim para chegar até lá", completou a deputada.

A troca de acusações ficou ainda mais acirrada quando Erika Hilton sugeriu que a transição de posicionamento de Jojo, conhecida por músicas como "Que tiro foi esse?", seria uma manobra para se aproximar de uma nova base política. "Ela saiu de 'Que tiro foi esse, vi*d*?' para: 'Vamos se aliar em quem quer dar tiro em vi*d*'", disparou Hilton, referindo-se à mudança de discurso da cantora.

Momentos após a exibição do programa, Jojo Todynho reagiu nas redes sociais ao som de sua música "Vou com Tudo", que muitos seguidores interpretaram como uma resposta indireta às críticas da deputada. "Quer falar de mim, tu fala, tua inveja não me abala", diz um dos trechos da música compartilhada pela influenciadora.

Entenda o conflito

A controvérsia entre Erika Hilton e Jojo Todynho se intensificou depois que a cantora apareceu ao lado de figuras políticas como Michelle Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ambos filiados ao PL do Rio de Janeiro. A aproximação de Jojo com membros da direita provocou reações entre seus seguidores, especialmente pela percepção de que ela teria abandonado as pautas progressistas que antes defendia.

Em uma live realizada no domingo (15), Jojo Todynho se defendeu das críticas e anunciou que planeja retirar a música "Arrasou, vi*d*", um hino em apoio à comunidade LGBTQIA+, de todas as plataformas digitais. Além disso, Jojo respondeu diretamente às críticas de Erika Hilton, questionando o uso do termo "traidora" e defendendo seu direito à liberdade de opinião. "Qual foi a bandeira que eu levantei? Pedir respeito não é levantar bandeira. Respeito é um dever de todos", afirmou Jojo, ressaltando que, independentemente de sua cor ou origem, tem o direito de expressar suas convicções políticas.

Jojo ainda rebateu as palavras de Erika: "Uma tal de [Erika] Hilton colocou assim: 'Traidora. Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor'. Então, a sua educação não foi libertadora. Porque você está querendo me oprimir", declarou.


EITA! A Erika Hilton respondeu a Jojo Todynho durante o "De Frente com Blogueirinha". O que acharam? 🗣️


Fonte: Brasil 247

Prefeito Lorenzo Pazolini tem 51% das intenções de voto em Vitória, diz Paraná Pesquisas

 

O ex-prefeito João Coser, do PT, tem 15,6% das intenções de voto

Lorenzo Pazolini (Foto: Reprodução (YT))

O atual prefeito de Vitória e candidato à reeleição, Lorenzo Pazolini (Republicanos), lidera a disputa com 51,6% dos votos, aponta um levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (17). Ele é seguido pelo deputado estadual e ex-prefeito João Coser (PT), que aparece com 15,6%. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na sequência do estudo, aparecem o ex-prefeito e ex-deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), com 9,3%, a deputada estadual Camila Valadão (Psol), com 6,8%, e o deputado federal Capitão Assumção (PL), que tem 4,4%. 

A pesquisa foi realizada pela Paraná Pesquisas de 13 a 16 de setembro de 2024. Foram entrevistadas 800 pessoas com 16 anos ou mais em Vitória, no Espírito Santo. O intervalo de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº ES-05456/2024.

Fonte: Brasil 247

Mário Gomes se recusa a deixar mansão e pede ajuda a Bolsonaro, Marçal e Nikolas

 

O imóvel foi leiloado para pagar dívidas trabalhistas de costureiras da antiga confecção que o ator tinha no Paraná

(Foto: Reprodução Instagram/ AirBnb)

O ator Mário Gomes afirmou que não deixará a mansão da qual foi despejado nesse domingo (15). Em um vídeo publicado no Instagram, ele afirma que isso “é inconstitucional”. O artista também pediu ajuda a políticos, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Eu não vou sair, é inconstitucional. Eu tenho as provas todas, tenho testemunhas, tenho tudo. Só tenho esta casa”, garantiu ele nas imagens, nas quais picha a frase “não vou sair” em uma parede.

De acordo com o jornal Extra, o imóvel foi leiloado para pagar dívidas trabalhistas de costureiras da antiga confecção que o ator tinha no Paraná. A casa, de frente para o mar e avaliada em mais de R$ 20 milhões, foi arrematada por R$ 720 mil.

De acordo com o Metrópolesem um outro vídeo, ele fala que o despejo foi uma “cena lamentável” e pede que os seguidores marquem políticos como Jair Bolsonaro, Pablo Marçal e Nikolas Ferreira para ajudá-lo.

Medo de esquerdistas - Em 2022, o ator caiu em uma fake news e declarou que tinha medo de dividir sua casa com “esquerdistas”. Naquele momento, ele declarou à Folha de S.Paulo acreditar em uma fake news atribuída ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de que residências seriam divididas compulsoriamente com outras famílias.

"Eu e minha mulher estamos preocupados em perder a nossa casa".

Mais fake news-  em 2021, o PSOL entrou  com uma ação de danos morais contra o ator Mario Gomes por causa de uma fake news compartilhada pelo ator sobre a crise do oxigênio em Manaus. Em um áudio gravado para Carlos Vereza, Gomes afirmou que Freixo está por trás da falta do oxigênio na capital amazonense:

"Os caras estão matando as pessoas. Não foi o Freixo que arrumou o esquema lá em Manaus, rapaz? Tiraram o oxigênio. Tentaram tirar aqui em Cabo Frio. O Freixo tentou...correram com ele de lá", disparou o ator na fake news. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 82 milhões

 

Sorteio será realizado a partir das 20h, horário de Brasília, em SP

As seis dezenas do concurso 2.775 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio está acumulado em R$ 82 milhões.

Por se tratar de um concurso com final 5, o prêmio recebe ainda um adicional, conforme regra da modalidade.

Caso apenas um ganhador leve o prêmio principal e aplique todo o valor na poupança, receberá no primeiro mês mais de R$ 465 mil de rendimento.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil

Caixa começa a pagar Bolsa Família de setembro

 

Pagamento no Rio Grande do Sul é unificado

A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de setembro do novo Bolsa Família. Recebem nesta terça-feira (17) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.

Os beneficiários do Rio Grande do Sul recebem o pagamento hoje, independentemente do NIS. O pagamento unificado beneficiará cerca de 620 mil moradores do estado. Moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública em outros estados também receberão o Bolsa Família nesta terça, independentemente do NIS.

O valor mínimo corresponde a R$ 600. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Além do benefício integral, cerca de 2,6 milhões de famílias estão na regra de proteção em setembro. Em vigor desde setembro do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família. O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Brasília (DF) 19/11/2024 - Arte calendário Bolsa Família Setembro 2024
Arte Agência Brasil


Auxílio Gás

Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias inscritas no CadÚnico. Como o benefício só é concedido a cada dois meses, o pagamento voltará em outubro.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: Agência Brasil

Emprego e propostas de desenvolvimento rendem votos para prefeituras

 

Especialistas defendem visão voltada para crescimento local

Se Odorico Paraguaçu fosse candidato a prefeito de Sucupira nas próximas eleições municipais, em 6 de outubro, teria dificuldade de se eleger. Para chegar lá, o personagem deveria abandonar o discurso populista e a prática de trocar favores por votos e adotar uma plataforma política com proposta efetivas para saúde, educação, cuidado e zeladoria da cidade, segurança pública, saneamento, infraestrutura e emprego, temas recorrentes em pesquisas eleitorais.

“Eu acho que prefeitos como Odorico Paraguaçu felizmente estão em extinção. Ele não é mais um tipo paradigmático”, avalia o economista Jorge Jatobá, professor titular aposentado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ex-secretário nacional de Política de Emprego e Salário (1995-1998).

Segundo o economista, em vez do perfil clientelista como o do personagem criado pelo dramaturgo Dias Gomes (1922-1999) para o teatro, e posteriormente visto na televisão, rendem voto nas eleições locais “discursos consistentes” e propostas que possam gerar empregos. “Os prefeitos têm que ser desenvolvimentistas, no sentido de promover oportunidades de negócio e investimento em seus municípios. Emprego é resultado de crescimento econômico.”

Para isso, os candidatos a novos prefeitos precisam “manter a visão voltada para o crescimento da economia local” e, se eleitos, atrair empreendimento, “melhorando a infraestrutura do município, o acesso à cidade e a qualificação da força de trabalho.”

Conforme o Jatobá, isso exige aptidões para articular e envolver a sociedade civil, forças produtivas locais, como empresários rurais e comerciantes. Também conta positivamente mobilizar o governo estadual e até o governo federal em torno da pauta municipal. “Assim se cria um círculo virtuoso em que quanto maior o crescimento, maior a geração de renda, maior o investimento, maior a capacidade produtiva.”

“Quanto mais bem gerido é o município, mais atraente ele fica para novas empresas. E quanto mais bem gerido, mais as empresas que já estão no local se sentem bem para tocar seus projetos e contratar pessoas”, confirma o economista Cláudio Hamilton Matos dos Santos, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para ele, “o crescimento econômico, em geral, é a combinação de esforço público e privado na mesma direção.”

Na opinião do advogado Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), “a empregabilidade, por si só, é tema recorrente para a avaliação positiva ou negativa do gestor. Mas, além disso, pesa a qualidade do serviço público prestado e a indução no sentido de que a iniciativa privada assuma também o seu papel.”

Brasília (DF) 22/05/2024 – Presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski discursa na A 25ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios continua, sobre mudança de climas.
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
Brasília - O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski  - Foto José Cruz/Agência Brasil

Grupo focal 

“O que vai diferenciar bom prefeito ou mau prefeito é a capacidade de induzir o desenvolvimento”, concorda a cientista política Karina Duailibi, especialista em pesquisas de opinião qualitativas, como as análises de grupo focal no qual os eleitores explicam por que votam ou não em determinado candidato. Ela considera que “emprego hoje faz parte da cesta de demandas da prefeitura”, e a pauta está em ascensão desde a segunda década do século.

Desde então, assiste-se no Brasil a desconcentração de empregos em grandes áreas metropolitanas em favor de cidades de porte médio (100 mil a 500 mil habitantes), motivada pelo agronegócio, pela abertura de novas unidades de saúde e pela interiorização da formação profissional em novos campi das universidades federais e estaduais (cursos superiores) ou dos institutos federais (cursos técnicos).

Com mais de 20 anos de experiência em pesquisa em diversas cidades do Brasil, Karina percebe que se tornou recorrente a avaliação positiva de prefeitos quando são identificados com a transformação urbana, a chegada de empresas e oportunidades. Eleitores participantes de grupos focais avaliam que o “prefeito ideal” tem capacidade de induzir desenvolvimento. “Hoje, isso faz parte das expectativas.”

O sociólogo Jorge Alexandre Neves, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor do Centro Internacional de Gestão Pública e Desenvolvimento, atesta que a pauta de emprego “é tema fundamental e costuma estar sempre entre os mais relevantes nas pesquisas de opinião.”

Ele alerta que a falta de propostas para a geração de emprego e a desatenção ao assunto por parte dos candidatos podem gerar reveses, especialmente se o postulante é um prefeito que busca a reeleição. “Isso pode contaminar negativamente a campanha se um município vizinho consegue muitos investimentos que trazem bons empregos e a cidade do eleitor não atrai recursos.”

“Entre os eleitores existe uma crença geral que as prefeituras cobram muito imposto, por isso as empresas não vão para o município”, acrescenta o engenheiro e administrador Gérson Engrácia Garcia, dono de um instituto de pesquisa de mercado e opinião com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista.

Indutor ou empregador 

A cientista política Karina Duailibi pondera que as perspectivas dos eleitores mudam conforme o porte da cidade. Em municípios menores, a maior esperança é que o emprego seja criado na prefeitura. “Quanto menor o município, mais a população é dependente da máquina municipal.” Nesses casos, “o prefeito não é um indutor de crescimento e ofertas de trabalho, mas o próprio empregador.”

Cidades pequenas não podem prescindir do repasse constitucional de verbas dos estados e da União e do pagamento de benefícios sociais, aposentadorias e pensões. “Quanto mais o município é dependente disso, mais forte é a prefeitura como empregadora”, ressalta.

Cláudio Hamilton Matos dos Santos, do Ipea, destaca que as transferências da União e dos estados resultam da descentralização de políticas públicas. “Os municípios têm tido cada vez mais atribuições e cada vez mais recursos para trocar essas atribuições”. Por isso, “o emprego municipal tem crescido muito fortemente ao longo das duas últimas décadas deste século.”

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirma que os municípios têm a maior parcela de servidores públicos do Brasil, empregados na provisão de serviços essenciais à população. Dados de 2022, repassados à Agência Brasil pela entidade, contabilizavam que as prefeituras tinham 2,3 milhões de profissionais da educação. Na saúde, eram 1,3 milhão de profissionais atuando em atenção básica e outros atendimentos. Na área administrativa, as prefeituras empregavam mais de 1,2 milhão de servidores e técnicos. E nos serviços gerais, como limpeza e alimentação, 940 mil servidores municipais.

A CNM calcula que a remuneração média dos servidores municipais naquele ano era de R$ 3.604. Os salários pagos variam conforme o cargo que o servidor ocupa. Assim, a média da remuneração de médicos era de R$ 11 mil. Os funcionários dos serviços de limpeza e alimentação tinham remuneração média de R$ 1,8 mil.

Subemprego 

De acordo com o Censo Demográfico 2022 (IBGE), sete de cada dez municípios brasileiros (total de 3.935 cidades) são considerados de pequeno porte, têm até 20 mil habitantes. Nessas cidades, os salários são menores e a empregabilidade também é mais reduzida.

Brumadinho, Minas Gerais
Brumadinho, Minas Gerais - Imagem Google Maps

“As pessoas nas cidades menores não têm muitas oportunidades de trabalho. Ou trabalham na prefeitura ou no comércio local - esse não paga nem o salário mínimo e não faz registro em carteira de trabalho. Essas pessoas vivem do subemprego”, diz Gérson Engrácia Garcia.

De acordo com ele, o perfil mais exposto ao subemprego e até ao desemprego é o de pessoas com mais de 40 anos sem ofício, mães que querem voltar ao mercado de trabalho e jovens que se terminam o ensino médio, “não tem o que fazer”.

Nessas circunstâncias, as alternativas são o êxodo para municípios mais atrativos ou tentar o subemprego na própria cidade. “Então, um trabalha de mototáxi, o outro faz pequenos consertos, presta determinado serviço, ou vende bugigangas. As mulheres vendem peças íntimas, perfumes e cosméticos”, relata o pesquisador.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: Agência Brasil