segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Pulseira de Marçal em hospital entrega: caso do ex-coach não é grave

 

Agredido por Datena durante debate, Pablo Marçal valorizou a cena e foi de ambulância ao hospital, onde passou a noite

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/Instagram/@pablomarcalporsp)

O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, protagonizou um episódio de grande repercussão ao ser agredido durante o debate da TV Cultura, ocorrido na noite deste domingo (15). José Luiz Datena (PSDB), também candidato, acertou Marçal com uma cadeira durante um momento tenso da discussão. Em seguida, Marçal foi encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês de ambulância, o que gerou preocupação quanto à suposta gravidade da situação.

No entanto, um detalhe em uma foto publicada por Marçal deixa claro que a situação do ex-coach não é grave: a pulseira verde dada a Marçal na triagem do hospital. Esse tipo de pulseira é reservado a casos não urgentes, indicando que o estado de saúde do ex-coach não apresentava maiores riscos, segundo Igor Gadelha, do Metrópoles. Mesmo assim, Marçal passou a noite internado, supostamente para observação. 

O hospital Sírio-Libanês ainda não divulgou comunicado oficial sobre o quadro clínico do candidato, mas auxiliares de Marçal informaram que ele deve receber alta nesta segunda-feira (16). 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mpox: entenda o que mudou do surto de 2022 para o atual

 

Variante mais agressiva parece ter sofrido mutação que facilita o contágio

Mpox (Foto: Reuters)

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Ao contrário do que muita gente possa imaginar, a mpox – nome atual da doença antes chamada de varíola dos macacos, que causou um surto global em 2022 – nunca deixou de circular no Brasil. Até o último dia 10 de setembro, o Ministério da Saúde registrou mais de 1 mil casos confirmados ou prováveis da infecção.

Esses números são menores do que os de dois atrás, quando o país chegou a 10 mil casos da doença durante o pico. Mas, agora, o mundo passou a olhar novamente para a mpox: no último dia 24 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública, em razão de um novo surto da infecção.

A seguir, saiba mais sobre a doença e o que mudou de 2022 para cá:

O que causou o novo surto?

O vírus da mpox é endêmico em regiões da África Central e em países como Camarões, Nigéria e República Centro-Africana. Há duas variantes que circulam há décadas por lá, os chamados clado 1 e clado 2. O primeiro, mais comum na Bacia do Congo, está associado a infecções mais agressivas; e o tipo 2, a quadros mais leves. Essa foi a cepa responsável pelo surto de 2022 e que ainda circula no Brasil. 

Até agora, o clado 1 vinha causando surtos mais limitados, restritos a certas comunidades no continente africano. “No entanto, desde setembro do ano passado, os cientistas vêm observando que essa variante parece ter se adaptado para a transmissão mais sustentada em grupos que não eram tão afetados, como as crianças”, explica a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Onde ele começou? 

A recente alta de casos iniciou na República Democrática do Congo (RDC), provavelmente associada a um surto numa região do país chamada Kivu, que está envolvida em conflitos e enfrenta uma crise humanitária. Foi ali que amostras coletadas no final de 2023 revelaram uma nova variante do clado 1, chamada de 1b, que parece se espalhar mais efetivamente por meios além do contato sexual – um dos grandes responsáveis pelo contágio do clado 2. A nova cepa saiu da zona rural e chegou a áreas mais populosas do país.

De que forma o novo surto é diferente do de 2022?

Há dois anos, a variante clado 2 se disseminou rapidamente sobretudo entre homens que fazem sexo com outros homens. A doença chegou a mais de 100 países, incluindo o Brasil e partes da Europa e da Ásia. Com medidas de controle e vacinação, os casos caíram drasticamente. 

Já o surto atual, causado pela cepa 1b, preocupa pela velocidade da transmissão, inclusive por vias que não só a sexual. Também chama atenção o alto número de crianças infectadas, embora ainda não se saiba o que explica isso.

Por que a OMS declarou emergência?

A situação se tornou alarmante devido à escalada de casos. Na República Democrática do Congo, só neste ano, foram mais de 15 mil registros e mais de 500 mortes. Em uma única semana de agosto, o país registrou 2.400 casos suspeitos e 56 mortes. Para se ter uma ideia, em 2022, considerando os mais de cem países atingidos, foram quase 100 mil casos e cerca de 200 mortes no total.

A doença também se espalhou para países vizinhos da RDC, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, que não haviam reportado casos previamente, e revelou potencial para se espalhar pelo continente africano e além. “Ela está se espalhando mais rapidamente e existe o temor de que se dissemine, mas ainda não sabemos como vai se comportar”, observa Gouveia. 

No fim de agosto, a OMS lançou um plano global de enfrentamento que inclui medidas de vigilância, prevenção e estratégias de resposta, além da necessidade de pesquisas e acesso a recursos como testes e vacinas, e ações para minimizar a transmissão zoonótica e trabalho junto às comunidades para incentivar a prevenção e o controle da doença.

Como a doença é transmitida?

A mpox é uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida por animais — no caso, os vetores são principalmente roedores. Ela foi chamada inicialmente de varíola dos macacos após primatas apresentarem lesões parecidas às da varíola humana em um laboratório na Dinamarca, em 1958. O primeiro caso em humanos foi registrado em 1970, na República Democrática do Congo.

A doença é causada por um vírus similar ao da varíola humana, responsável por grandes epidemias no passado e que foi erradicado com a vacinação. A mpox causa lesões bolhosas na pele, formando uma crosta que depois cai. Embora seja uma zoonose, ela também é transmitida de pessoa para pessoa. O principal meio de transmissão é através do contato direto com as lesões – daí a facilidade do contágio pela via sexual. Mas também pode ser transmitida por gotículas, ao falar ou respirar, e pelo contato com roupas de cama ou objetos de uso pessoal.

A pessoa só deixa de transmitir quando todas as lesões de pele estão completamente cicatrizadas. O problema é que o tempo de incubação (período entre o vírus entrar no organismo e os sintomas aparecerem) pode ser longo, de até 21 dias. E esse também pode ser o prazo até a cicatrização completa das feridas. Para piorar, os sintomas iniciais podem ser inespecíficos, como febre e vermelhidão na pele. 

A doença pode ser autolimitida, ou seja, se resolver sozinha, mas também apresentar complicações como infecções secundárias, podendo ser fatal em alguns casos. 

Há tratamento?

O tratamento busca o alívio dos sintomas e a prevenção de sequelas. Existe um medicamento antiviral, o tecovirimat, usado em alguns casos, mas que parece não ser tão efetivo contra o clado 1.

Quem pode se vacinar? 

As doses da vacina são extremamente escassas no mundo todo devido, em parte, à dificuldade de produção do imunizante. A OMS não recomenda a vacinação em massa, centrando os esforços nos indivíduos de alto risco, como aqueles que tiveram contato próximo com infectados ou trabalhadores da saúde, para interromper a cadeia de transmissão. 

Em 2023, o Brasil aplicou quase 50 mil doses em grupos vulneráveis e contatos de casos confirmados. Atualmente, o Ministério da Saúde está em diálogo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para verificar a possibilidade de novas doses, considerando a escassez global do imunizante e sua eficácia contra a variante atual. 

Quais outras medidas o Ministério da Saúde está tomando?

Em nota, a pasta afirma que “a prioridade agora é reforçar a vigilância para garantir respostas rápidas e eficazes. No último dia 15 de agosto, o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), que se reúne diariamente para monitorar os casos no país, novos eventos e coordenar ações em relação à doença, em alinhamento com estados, municípios e a OMS.”

Fonte: Brasil 247

Mineração e cultivo de eucalipto estão entre práticas que agravam emergência climática no Brasil, diz pesquisadora

 

'Precisamos rever o modelo de desenvolvimento', avalia Esther Guimarães

Atividade mineradora em Mato Grosso (Foto: Polícia Federal/Divulgação)

Brasil de Fato seca que atinge grande parte do país e as chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul são consequências de um mesmo fenômeno, que é chamado pelos cientistas de emergência climática e diz respeito a eventos extremos relacionados ao clima. 

O principal fator que contribui para que essas situações sejam cada vez mais recorrentes é o excesso de emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera, resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis. 

No Brasil, atividades que causam a destruição do meio ambiente, como o agronegócio, são as que mais contribuem para o atual cenário de emergência climática. Em Minas Gerais, o cenário ainda é potencializado por duas atividades muito comuns no estado: a mineração e o cultivo de eucalipto. 

Para entender mais sobre o assunto, o Brasil de Fato MG conversou com Esther Guimarães, pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e militante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM). 

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato MG - Como podemos definir o que é emergência climática?

Esther Guimarães - A emergência climática diz respeito a um conjunto de eventos cada vez mais extremos, do ponto de vista climático. O que a gente tem vivenciado, com cada vez mais frequência, são chuvas muito intensas, como as que aconteceram no Rio Grande do Sul, e secas muito longas, como a que estamos enfrentando agora, além de ondas de calor e frio. 

Essa intensificação dos eventos climáticos acontece em razão da emissão de gás carbônico na atmosfera. O CO2 é liberado quando ocorre a queima de algum tipo de combustível fóssil. Esses combustíveis são amplamente usados para geração de energia no planeta Terra, como o uso de carvão mineral, petróleo e gás natural. 

Tudo isso contribui para a emissão de CO2, que tem grande capacidade de reter calor e, por isso, também retém muita energia. Esse aumento da energia disponível, circulando na atmosfera terrestre, está associado a eventos climáticos cada vez mais intensos.

As causas dessa emergência são as mesmas no Brasil e no mundo?

Se no mundo inteiro a principal causa é a queima de combustíveis fósseis para a produção de energia, no Brasil, a situação é bem diferente. 

A principal contribuição aqui para esses números perversos de eventos climáticos está associada, na verdade, à agropecuária e à agricultura extensiva, além de outras práticas, como o desmatamento e o uso intensivo de água para irrigação, que acaba retirando grandes quantidades de água das nascentes, rios e lençois freáticos. 

Em Minas Gerais também temos a mineração, uma atividade que não apenas utiliza muita água, mas também tem um grande impacto sobre as nascentes e os aquíferos.

Então, temos um quadro peculiar e específico, que envolve a relação do desmatamento para a geração de pasto e para áreas de monocultura, como o plantio intensivo de grãos, especialmente a soja para exportação. Ou seja, estamos produzindo um produto de alto impacto ambiental, que não é utilizado para a segurança alimentar do nosso próprio povo, mas sim para exportação.

Esse uso intensivo da água traz consequências para todo o território nacional?

É importante lembrar que não se trata apenas do uso intensivo da água como causa dessas secas, mas principalmente da intervenção no ciclo de renovação da água, o que chamamos de ciclo hidrológico.

Esse ciclo envolve a evaporação da água, que circula na atmosfera, até mesmo por meio dos chamados rios voadores — grandes massas de vapor de água liberadas na Amazônia, que percorrem o Brasil, trazendo um ciclo de chuvas muito importante.

É essencial perceber que nosso território, em termos de natureza, funciona como uma unidade. Não podemos fragmentar o pensamento e imaginar que as causas de um problema estão apenas em um lugar.

O que acontece na Amazônia tem um grande impacto sobre o que ocorre, por exemplo, com as ondas de poeira e ar seco que chegam ao sudeste. Esses rios voadores, que são tão importantes para trazer água e garantir o regime de chuvas para o restante da região, hoje, estão muito defasados, em razão das queimadas na Amazônia.

Por isso, em vez de trazer água e chuva, eles acabam trazendo poeira e fuligem. Isso explica o que aconteceu em 2022, por exemplo, quando São Paulo ficou coberta de fuligem e praticamente anoiteceu em pleno dia, devido a esse ciclo dos ventos que trazem as nuvens de chuva para o sudeste. Infelizmente, episódios como esse estão se tornando rotineiros.

Precisamos pensar de forma diferente. O território nacional e o território global, em termos de natureza, são integrados e funcionam como um todo.

Por que é importante olhar para Minas Gerais no atual contexto?

É importante entender a especificidade do nosso estado. Nesse momento, todos os olhares estão voltados para a Amazônia, com razão, pois é um bioma fundamental para a manutenção do regime de chuvas em nível global e para a conservação da biodiversidade.

No entanto, não podemos esquecer de olhar para os biomas da nossa região. O cerrado, por exemplo, é essencial para a manutenção do regime de chuvas, sendo o local de nascimento de boa parte dos grandes rios do nosso país. No entanto, o desmatamento no Cerrado tem se intensificado fortemente, com uma perda de mais de 40% de vegetação nos últimos tempos.

A Mata Atlântica também enfrenta desafios. Minas Gerais está entre os estados que mais desmatam esse bioma, principalmente para a produção de pasto e áreas agrícolas.

Quais outras atividades intensificam a emergência climática em território mineiro?

Além da mineração, outra atividade que tem grande impacto no desmatamento e contribui para a seca é a silvicultura, especialmente o plantio de eucalipto e pinus.

Embora pareçam florestas, essas plantações são chamadas de "desertos verdes", pois o eucalipto, em particular, tem uma grande capacidade de absorver água, o que causa escassez hídrica de nascentes em um raio muito grande. Essa atividade é uma das principais causas da seca, principalmente nas regiões Norte e Vale do Jequitinhonha de Minas Gerais.

Portanto, é crucial lembrar desse outro elemento para compreender como podemos transformar esse quadro de escassez hídrica e desmatamento, buscando novas formas de organizar nossa relação com a natureza.

A mineração, como você já citou, é uma das principais atividades econômicas desenvolvidas no estado que agravam o atual cenário. Como isso se dá?

A mineração é uma atividade que causa grande impacto ambiental. Podemos listar alguns desses impactos, para refletir sobre como eles afetam a qualidade de vida e a natureza na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por exemplo.

Em primeiro lugar, a mineração é intensiva em terra, ou seja, utiliza grandes áreas de terreno. Para se implementar uma mina, uma das primeiras medidas é a supressão da mata, ou seja, o desmatamento da área.

Em segundo lugar, estamos falando principalmente de minas a céu aberto. Isso significa que as minas ficam expostas e, para retirar o minério, destrói-se a montanha com o uso de explosivos. Esse processo libera muitas partículas de poeira na atmosfera, piorando a qualidade do ar. Se a qualidade do ar já é insalubre, as minas a céu aberto, com o uso de explosivos, podem agravar ainda mais a situação.

Em terceiro lugar e talvez o mais importante no contexto que estamos discutindo, está o impacto da mineração sobre a disponibilidade e a qualidade da água. A mineração faz uso intensivo de água, seja para lavar o minério ou até mesmo para o seu escoamento. Em Minas Gerais, há projetos que utilizam água potável para transportar o minério por dutos até o porto. Ou seja, uma água que poderia ser usada para abastecimento das famílias é utilizada de forma barata para transportar minério, o que gera um custo socioambiental muito alto, pois envolve volumes enormes de água.

Outro ponto importante, especialmente no caso do minério de ferro, é que ele se encontra em uma formação rochosa chamada canga. A canga é como uma esponja de rocha, porosa, que retém água e tem um papel essencial na infiltração e retenção dessa água nos lençóis freáticos. A mineração de ferro extrai o minério  dessa formação, o que muitas vezes resulta no esgotamento de nascentes e cabeceiras de rios.

Quais projetos minerários estão impactando os municípios da RMBH atualmente?

Na região próxima a Belo Horizonte, dois projetos impactam diretamente essa formação rochosa: o Projeto Apolo, na Serra do Gandarela, e a mineração na Serra do Curral. O Projeto Apolo é especialmente preocupante, porque está em uma das últimas áreas preservadas de recarga hídrica da região metropolitana.

Se essa área for prejudicada, o abastecimento da bacia do Rio das Velhas poderá ser comprometido, gerando insegurança hídrica para toda a RMBH nos próximos anos.

Portanto, é essencial ficarmos atentos a esses projetos e aos seus possíveis impactos socioambientais, que não afetam apenas as áreas exploradas.

Por fim, nós vemos muitos esforços individuais para mudar essa situação, como reduzir o tempo do banho, evitar lavar a calçada com mangueira, entre outros. Essas ações são eficazes na prática?

Por mais admirável que seja o engajamento individual em pequenas práticas para a conservação das águas, nada disso será suficiente para resolver um problema que é muito grande, coletivo e que possui uma dimensão histórica, política e econômica.

É necessário uma solução coletiva à altura desse desafio histórico. No caso do Brasil, precisamos rever o modelo de desenvolvimento, que está baseado no uso intensivo dos recursos naturais, como terra, água, energia e trabalho, voltado para a exportação de bens de baixo valor agregado.

Esse modelo gera um lucro que se concentra nas mãos de grandes produtores e não é compartilhado com a sociedade. Essa é uma causa fundamental da participação do Brasil na emergência climática global.

É importante lembrar que mais de 50% das águas do nosso país são utilizadas para a agricultura irrigada de grãos para exportação, algo diretamente relacionado a esse modelo de desenvolvimento que acabei de descrever.

Além disso, é essencial responsabilizar criminalmente os responsáveis pelos incêndios criminosos. Incêndios naturais são raros no Brasil e a maioria das queimadas é provocada pela ação humana e se alastra devido à seca histórica que estamos vivendo. Por isso, é crucial localizar, mapear e responsabilizar as pessoas envolvidas, que geralmente realizam queimadas para a produção de pasto e áreas agrícolas de forma extensiva. Também é fundamental incentivar atividades humanas associadas a uma relação sustentável com a terra, como a agroecologia

Essa é uma forma de produção de alimentos integrada com a natureza, responsável pela recuperação de muitas nascentes e que demonstra que é possível prover alimentos à sociedade de forma sustentável, sem enxergar a natureza apenas como um recurso para gerar lucro. Medidas históricas como essas, associadas a uma mudança radical na forma como nos relacionamos com a natureza, são fundamentais.

Aqui em Minas Gerais, é crucial repensar o modelo econômico baseado na mineração. Já tivemos dois grandes crimes socioambientais associados à Vale e à BHP, que foram responsáveis pela morte de duas importantes bacias hidrográficas.

É essencial rever essa forma de relação com a natureza em suas bases e fortalecer práticas alternativas que demonstram outros caminhos para uma relação mais equilibrada e sustentável com o meio ambiente


Edição: Ana Carolina Vasconcelos

Boletim Focus: projeção para inflação, câmbio e PIB sobem; Selic em 2024 fica estável

 

Projeção da Selic em 2024 ficou estável 11,25% após ter subido na última semana

Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO)

Por Felipe Moreira, Infomoney - As projeções dos analistas para a inflação, o PIB e o câmbio foram ajustadas para cima em 2024, enquanto as estimativas para a taxa básica de juros (Selic) ficaram estáveis neste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Relatório Focus do Banco Central.

Inflação

A estimativa do IPCA para 2024 passou de 4,30% para 4,35%, na nona semana seguida de alta. A previsão para a inflação de 2025 subiu de 3,92% para 3,95%. A projeção para 2026 subiu de 3,60% para 3,61% após 14 semanas de estabilidade. Para 2027, a estimativa continua em 3,50% há 63 semanas.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2024 caíram nesta semana, de 4,83% para 4,78%. As projeções para 2025 recuaram, de 3,81% para 3,80%. Para 2026, a estimativa se manteve em 3,70%. A previsão para 2027 está em 3,50% há 50 semanas.

Para o IGP-M, as projeções para 2024 subiram de 3,69% para 3,70%, enquanto a estimativa para 2025 avançou de 3,99% para 4,00%. Para 2026, a projeção de inflação permaneceu em 4,0% e a de 2027 ficou nos mesmos 3,80%.

PIB

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 subiu de 2,68% para 2,96%, somando cinco semanas de alta. A previsão para 2025 permaneceu em 1,90%. A estimativa para 2026 continua nos mesmos 2,0% há 58 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 60 semanas.

Selic

A projeção da taxa básica de juros (Selic) para 2024 ficou estável em 11,25%, após ter subido na última semana. A estimativa para 2025 subiu de 10,25% para 10,50%, enquanto a projeção para 2026 ficou nos mesmos 9,50% da semana anterior. A taxa esperada para 2027 ficou em 9,0%, mesmo nível há 17 semanas.

Câmbio

A mediana das projeções para o dólar em 2024 subiu de R$ 5,35 para R$ 5,40. Para 2025, avançou de R$ 5,30 para R$ 5,35. Para 2026, ficou estável em R$ 5,30, enquanto as estimativa para 2027 ficou nos mesmo R$ 5,30.

Fonte: Brasil 247

Lula sanciona lei que institui o Dia Nacional do Pastor Evangélico

 

Presidente também sancionou lei que reconhece as manifestações artísticas cristãs e a influência do cristianismo na cultura nacional

Luiz Inácio Lula da Silva com evangélicos em São Paulo (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

O presidente Lula (PT) sancionou duas leis que fortalecem a relação do governo com o público evangélico no Brasil. Uma delas, a Lei nº 14.969, reconhece as manifestações artísticas cristãs e a influência do cristianismo como parte da cultura nacional, incluindo aspectos religiosos que refletem a importância do cristianismo na formação cultural do país. A outra lei estabelece o Dia Nacional da Pastora e do Pastor Evangélico, a ser comemorado anualmente no segundo domingo de junho. Apesar da criação dessa data especial, ela não será um feriado nacional, funcionando apenas como uma homenagem à liderança religiosa evangélica, explica o Metrópoles.

As duas legislações foram aprovadas pelo Congresso Nacional e publicadas no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (16). Essas medidas são vistas como parte de uma estratégia do governo Lula para se aproximar dos evangélicos, grupo que tem demonstrado alto índice de rejeição ao PT.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Novidade: MEI agora poderá consultar pendências via aplicativo

 

Nova funcionalidade faz parte de ferramenta voltada para microempreendedores individuais disponibilizada pela Receita Federal

Receita Federal (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência Sebrae - Microempreendedores individuais agora podem consultar pendências no APP MEI, disponibilizado pela Receita Federal. A nova funcionalidade vale para a versão 4.2.0 do aplicativo e permite a visualização das pendências relativas à omissão da Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-SIMEI) e aos débitos do SIMEI em cobrança na Receita Federal, inclusive aqueles controlados por processo e parcelas em atraso de parcelamento.

O APP MEI pode ser baixado nas lojas Google Play e APP Store por meio do link: https://www.gov.br/pt-br/apps/mei

Outra novidade é a possibilidade de emissão de um único DAS para quitação de débitos de mais de um mês. Para ter acesso à funcionalidade “Consulta Pendências”, o MEI deverá efetuar o login com sua conta gov.br.

A Central de Atendimento do Sebrae (0800 570 0800) e as mais de 3 mil Salas do Empreendedor espalhadas pelo país estão disponíveis para ajudar os donos dos pequenos negócios a preencherem as informações para que estejam em conformidade com a Receita Federal.

Além da “Consulta Pendências”, o APP MEI possui os seguintes serviços:

• Emissão de DAS para pagamento da contribuição mensal;

• Transmissão da DASN-SIMEI;

• Solicitação de restituição de pagamentos em duplicidade;

• Consulta a informações sobre o CNPJ e SIMEI.

Fonte: Brasil 247

Na sexta, Marçal enviou mensagens a Datena pedindo desculpas

 

Dois dias depois, os candidatos se desentenderam e o episódio terminou em agressão física durante debate da TV Cultur

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/Jornalismo TV Cultura)

O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado no domingo (15) pela TV Cultura, foi marcado por uma agressão física envolvendo José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB). O evento precisou ser interrompido temporariamente após Datena atingir Marçal com uma cadeirada.

Segundo Andréia Sadi, do g1, a agressão aconteceu apenas dois dias após uma tentativa de reconciliação entre os candidatos. Na última sexta-feira (13), Marçal havia enviado a Datena uma série de mensagens pedindo desculpas pelos embates anteriores. As mensagens, segundo o próprio Datena, geraram inicialmente desconfiança, mas foram confirmadas por um assessor de Marçal, que também propôs um encontro entre os dois. Datena recusou o convite para o café, mas aceitou as desculpas via mensagem. O candidato tucano afirmou que sua resposta foi "direta e curta", mas não pôde fornecer um print, pois a conversa ocorreu em formato temporário.

Apesar desse gesto de trégua, o clima esquentou no debate de domingo. Após a agressão, Marçal foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, onde sua equipe alegou que ele sofreu uma fratura na costela. No entanto, o hospital ainda não divulgou um boletim médico oficial sobre o estado de saúde do candidato.

O moderador do debate, Leão Serva, anunciou ao público que Datena havia sido expulso do evento em função da agressão. Fora do local, Datena justificou sua atitude, alegando que "perdeu a cabeça" ao lembrar da morte da sogra, que sofreu múltiplos AVCs após uma denúncia de assédio sexual contra ele.

"Eu não escolho momento da emoção. Eu sou um cara de verdade. Eu lembrei da minha sogra morrendo ali nos braços da minha mulher e depois de passar por tudo aquilo que eu passei e trabalhando todo dia na televisão me defendendo no foro adequado, com processo arquivado no foro adequado, foram os piores momentos que passei da minha vida", disse Datena. "Podia simplesmente ter saído do debate e ido embora para casa, que era muito melhor. Mas do mesmo jeito que eu choro, como uma reação humana, essa foi uma reação humana que eu não pude conter".

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Mentiu? Vídeo mostra Marçal em plenas condições físicas após cadeirada e indicando querer seguir no debate

 

Vídeo de bastidor mostra que o coach estava em plenas condições físicas

Datena dá cadeirada em Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

Após levar uma cadeirada de José Luiz Datena no debate promovido pela TV Cultura, Pablo Marçal promoveu um cenário de grave estado de saúde: de acordo com sua assessoria, “em uma ambulância, com suspeitas de fraturas na região da costela, além de muita dificuldade para respirar". 

No entanto, imagens de bastidores desmascaram o cenário: vídeo mostra que o coach estava em plenas condições físicas e queria seguir no debate, e só mudou de postura após ser orientado pelos assessores.

Veja: 

Fonte: Brasil 247

Demissão de Boninho escancara luta pelo poder na Globo; entenda

 

A demissão de J.B. Oliveira expôs uma intensa disputa interna

(Foto: Divulgação/TV Globo)

A demissão de J.B. Oliveira, conhecido como Boninho, anunciada na última sexta-feira (13), expôs uma intensa disputa interna na Globo. A informação foi divulgada pelo portal Notícias da TV.

Segundo a publicação, a saída de Boninho representa uma vitória do jornalista Amauri Soares, diretor de Programação da Globo e um dos aliados mais próximos de Paulo Marinho, diretor-presidente da emissora desde 2020. Soares consolidou seu poder ao se tornar o principal nome à frente das decisões de programação da Globo.

Boninho, conhecido por seu sucesso à frente do reality show Big Brother Brasil, vinha acumulando insucessos em outras produções, como Tomara que Caia (2015), Pipoca da Ivete (2022) e, mais recentemente, Estrela da Casa, programa que tem registrado 12 pontos de audiência na Grande São Paulo. A baixa performance de suas últimas produções, somada à pressão interna liderada por Soares, resultou na não renovação de seu contrato com a emissora.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Notícias da TV

PF adia conclusão do inquérito do golpe, mas vê Bolsonaro condenado pelo STF ainda neste ano

 

Polícia Federal quer aprofundar pontos da investigação e aguardar o fim do período eleitoral

Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

A Polícia Federal (PF) decidiu adiar a conclusão do inquérito que investiga a tentativa de golpe após a eleição presidencial de 2022, segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo. A expectativa inicial era finalizar o inquérito e indiciar os envolvidos até setembro, mas essa previsão não se mostrou mais viável. Fontes próximas à investigação afirmam que o encerramento do caso só deve ocorrer em meados de outubro, após o primeiro turno das eleições municipais, marcado para o dia 6 de outubro.

Dois fatores principais contribuíram para o adiamento. O primeiro está relacionado à necessidade de realizar análises mais aprofundadas que estabeleçam uma conexão clara entre a minuta golpista, elaborada por aliados de Jair Bolsonaro (PL), e a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A minuta era um rascunho de decreto que previa a intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contestar o resultado das eleições de 2022, uma medida alinhada à tese de fraude defendida por Bolsonaro durante sua campanha.

Além disso, novos depoimentos serão tomados nas próximas semanas, o que exigirá mais tempo para que o inquérito seja fechado de maneira robusta e conclusiva.

O segundo motivo do adiamento é político. Mesmo que a PF encerrasse a investigação antes do final de setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já indicou, nos bastidores, que não vai denunciar Bolsonaro ou seus aliados antes das eleições municipais. A PGR quer evitar que o Ministério Público seja acusado de agir com motivações políticas durante o período eleitoral. A PF, por sua vez, decidiu não correr o risco de sustentar sozinha uma série de indiciamentos, especialmente envolvendo Bolsonaro, em pleno período eleitoral.

A investigação já revelou que Bolsonaro tinha conhecimento da minuta golpista e até sugeriu mudanças no texto, como a exclusão de nomes de alguns alvos, como o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Contudo, manteve a previsão de prisão do ministro Alexandre de Moraes, visto como inimigo pela base bolsonarista.

Apesar do atraso na conclusão do inquérito, a PF acredita que Bolsonaro pode ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal até o final deste ano, com um desfecho previsto para dezembro. Contudo, o cronograma da PGR, que difere do da PF, será determinante para o andamento das acusações.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Beneficiários do Bolsa Família ocupam mais da metade das vagas de emprego criadas em 2024

 

Número é visto pelo governo como prova de que as políticas para estimular a transição dos programas sociais para o mercado de trabalho estão funcionando

(Foto: Lyon Santos/MDS)

Em 2024, mais da metade dos empregos formais gerados no Brasil foi ocupada por beneficiários do Bolsa Família, destacando o impacto das novas políticas sociais no mercado de trabalho. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), 56,2% dos novos postos com carteira assinada de janeiro a julho foram preenchidos por pessoas que recebiam o benefício, um reflexo da integração de dados entre os ministérios do Trabalho e Desenvolvimento Social.

Esse avanço é visto pelo governo como prova de que as políticas para estimular a transição dos programas sociais para o mercado de trabalho estão funcionando, informa o jornal O Globo. Especialistas apontam que, além do aumento dos valores do Bolsa Família, o tipo de emprego criado tem se concentrado em posições de baixa qualificação, especialmente no setor de serviços, com salários modestos. De acordo com o economista Daniel Duque, da Fundação Getulio Vargas (FGV), essa realidade pode explicar por que tantos beneficiários do programa estão conseguindo entrar no mercado formal.

O governo Lula (PT) implementou mudanças importantes no programa, como o aumento do limite de renda para que os beneficiários mantenham o auxílio mesmo após conseguirem um emprego. Com isso, famílias cuja renda per capita vai de R$ 218 até meio salário mínimo (R$ 706) podem continuar recebendo metade do valor do benefício por até dois anos. Essa política, segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), ajudou a reduzir o receio dos beneficiários de perderem o auxílio ao ingressar no mercado de trabalho.

Além disso, o governo passou a fornecer dados do Cadastro Único a empresas interessadas em contratar beneficiários do Bolsa Família. Atualmente, mais de 40 empresas aderiram à iniciativa, que já promoveu a contratação de milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade.

No entanto, mesmo com a criação de 1,5 milhão de vagas formais até julho e a queda da taxa de desemprego para 6,8%, o Brasil ainda enfrenta o desafio de reduzir a dependência dos programas sociais. Atualmente, cerca de 54 milhões de brasileiros adultos estão cadastrados no Cadastro Único, um número superior ao total de empregos formais no país, que era de 46,8 milhões em julho.

Embora o mercado de trabalho apresente sinais de aquecimento, especialistas ressaltam que a qualidade dos empregos criados é um ponto de atenção. Muitos dos novos postos estão concentrados em setores que exigem pouca qualificação e oferecem salários baixos, o que limita o potencial de emancipação financeira dos beneficiários do Bolsa Família. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Reservas internacionais do Brasil sobem US$ 45,5 bilhões no governo Lula

 

Bolsonaro foi o único presidente desde 2003 a não aumentar as reservas internacionais. Valor encolheu US$ 65,8 bilhões ao longo de seu mandato

Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters/Jose Luis Gonzalez)

Nos primeiros 20 meses do terceiro mandato do presidente Lula (PT), as reservas internacionais do Brasil registraram um aumento significativo de US$ 45,5 bilhões, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, as reservas somavam US$ 370,2 bilhões em 11 de setembro, contrastando com o cenário do final do governo de Jair Bolsonaro (PL), que se encerrou em 31 de dezembro de 2022.

O Brasil encerrou o ano de 2022 com US$ 324,7 bilhões em reservas internacionais, valor que, sob a administração de Bolsonaro, sofreu uma queda de US$ 65,8 bilhões ao longo de quatro anos. Esse recuo tornou o ex-mandatário o primeiro presidente desde 2003 a não aumentar as reservas internacionais ao comparar o primeiro e o último dia de governo.

A trajetória das reservas internacionais tem sido marcante desde o primeiro governo de Lula, que assumiu o Planalto em 2003 com apenas US$ 16,3 bilhões. Ao fim de seus oito anos de mandato, em 2010, esse montante havia crescido para US$ 288,6 bilhões, consolidando-se como um dos marcos econômicos de sua gestão.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo