domingo, 15 de setembro de 2024

Após “fazer o M”, Nikolas Ferreira nega apoio a Marçal e elogia Lula: “Líder carismático”

 

Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL), um dos membros mais influentes do bolsonarismo no Congresso, foi criticado por pessoas do núcleo do ex-presidente Jair Bolsonaro após ao ato de 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, quando ele foi flagrado “fazendo o M”, gesto de referência à campanha de Pablo Marçal (PRTB), em detrimento ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), oficialmente apoiado por seu partido nas eleições.

Em entrevista ao Globo, publicada neste domingo (15), ele se defendeu, alegando que respondia um questionamento entre Marçal e Guilherme Boulos (PSOL), mas que foi vítima de um corte. O bolsonarista também explicou porque não faz apoios diretos a Nunes. Leia: 

O senhor entrou na campanha pelo Brasil, assim como Bolsonaro, mas há dificuldades, como no Rio e em São Paulo. Bolsonaro perdeu a capacidade de mobilização?

O cenário político muda. A capacidade de mobilização do Bolsonaro ou a popularidade dele não se perderam. O Bolsonaro gera apoio, só que ele não faz milagre, ele não é santo. O apoio do Bolsonaro, assim como o meu, só é válido quando a pessoa que ele está apoiando gera conexão com o eleitorado dele. O Nunes não tem conseguido gerar uma conexão. O problema talvez nem seja o Marçal, talvez seja o Nunes. Se o candidato fosse, por exemplo, o (Ricardo) Salles ou Eduardo Bolsonaro, eu estaria fazendo campanha. Não surgiria esse “vácuo Marçal”. Havia uma cadeira vazia, e ele sentou. (…)

Mas o senhor não “fez o M” (gesto de Marçal) no 7/9?

Não. E fui inocente. Eu estava em um caminhão. Toda hora que eu ia para a borda, tinha uma trupe gigantesca de gente com o boné do “M” gritando: “Boulos ou M?”. Eu estava ignorando, mas era uma situação difícil. E aí, pela terceira vez, gritaram “Boulos ou M?”. E aí, irmão, Boulos ou M, é M. Só que caí no corte (do Marçal), tinha alguém com o celular. Tanto que eu faço rapidinho. É óbvio que ele aproveitou nas redes dele.

Nikolas Ferreira “fez o M” no 7/9, em São Paulo. Foto: reprodução

Como vê a divisão na direita?

O Pablo está longe de ser um novo Bolsonaro, esquece. A figura do Bolsonaro foi contra tudo e contra todos. Por mais que as pessoas estejam um pouco chateadas por conta de São Paulo, ainda está no coração das pessoas, como se fosse pessoal. O Bolsonaro tem um trem que eu não sei explicar. Ele tem um sangue de barata, ele sabe apanhar, isso é uma virtude. O Lula também tem isso. Ele falou de Israel no meio da crise internacional, pau quebrando, e ele se manteve. Isso é uma virtude de quem é governante, de quem sabe aguentar pancada. Não subestime o Bolsonaro, ele é um líder carismático. E líder carismático no Brasil é de 100 em 100 anos. O Lula é líder carismático. Também jamais subestime a força dele. (…)

Fonte: DCM

Debate da TV Cultura promete Boulos no ataque, Marçal agressivo e Datena “paz e amor”

Políticos candidatos a à prefeitura de São Paulo. Imagem: Reprodução.

 Após quase duas semanas sem debates, os candidatos à Prefeitura de São Paulo voltam a se enfrentar na TV Cultura neste domingo (15) em um novo formato. Como aponta a Folha de S.Paulo, as regras visam evitar confusões e manter a ordem: o debate será realizado sem plateia, cada candidato poderá ter três assessores, mas apenas um terá acesso ao palco. Além disso, é proibido usar celulares, bonés, exibir objetos ou falar palavrões, e haverá sanções para infrações, incluindo advertências e até expulsão após a terceira infração.

A última pesquisa Datafolha posiciona Ricardo Nunes (MDB) à frente com 27% das intenções de voto, seguido por Guilherme Boulos (PSOL) com 25%. Nunes adotará uma postura mais serena, evitando ataques diretos, enquanto Boulos usará o debate para criticar Nunes e Pablo Marçal (PRTB), que caiu para a terceira posição com 19% e enfrenta alta rejeição, com 44%.

Marçal, que não tem horário eleitoral na TV e recuou nas pesquisas, promete adotar uma postura ainda mais agressiva do que as já vistas nos debates anteriores, para reverter sua tendência de queda. Tabata Amaral (PSB), com 8% das intenções, buscará recuperar terreno adotando uma postura combativa. Datena, em quinto lugar, focará em suas propostas para a população de baixa renda e tentará evitar conflitos, apesar de ter sido envolvido em controvérsias anteriormente.

O debate também será uma oportunidade para ajustar a dinâmica eleitoral. A decisão de banir a plateia e estabelecer regras rigorosas surgiu após pedidos de campanhas adversárias de Marçal, que alegaram que ele usava os debates para autopromoção nas redes sociais e para criar confusão. As novas regras visam evitar que o debate se transforme em um palco para tais táticas e promovam uma discussão mais equilibrada entre os candidatos.

Fonte: DCM

Tabata registra queixa-crime na Justiça por deepfake eleitoral

 

Imagens criadas com inteligência artificial mostram o rosto da deputada em corpos com poses sensuais

Tabata Amaral (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Tabata Amaral (PSB), candidata à prefeitura de São Paulo, anunciou que apresentou queixa-crime à Justiça Eleitoral por causa da propagação de montagens deepfake com o seu rosto, informa a Folha de S. Paulo. As imagens foram criadas com inteligência artificial e mostram Tabata em corpos com poses sensuais.

Segundo a deputada, as imagens foram criadas para desmoralizar e desincentivar sua campanha eleitoral. "Sou muito mais forte do que algumas pessoas pensam e nem dei um segundo de atenção para essas imagens", disse. Tabata também afirma não saber quem fez as imagens e não pode fazer acusações sem provas. Espero que a Justiça nos próximos dias possa dizer quem é que fez as imagens e possa penalizar".

A queixa-crime enviada pela defesa de Tabata incluiu pelo menos duas montagens com o rosto da candidata. Uma foi publicada no X (antigo Twitter), que está suspenso no Brasil e a outra foi postada em um fórum. Em um dos posts, a imagem é acompanhada pelo comentário de um usuário que diz "o que a Tabata Amaral não faz para ganhar um eleitor".

"Tabata foi vítima de peças de desinformação produzidas com recursos gráficos destinadas tão somente a aviltar sua honra e disseminar mentiras entre os eleitores de São Paulo", diz a equipe jurídica da deputada.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

PF prende no Paraná candidato a vereador que participou dos atos golpistas no 8 de janeiro

 

Marcos Geleia Patriota é candidato a vereador pelo partido Novo na cidade de Céu Azul (PR)

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

A Polícia Federal prendeu neste sábado (14) o candidato a vereador na cidade de Céu Azul (PR), Marcos Geleia Patriota (Novo), por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, informa a jornalista Camila Bonfim, do G1. A prisão ocorreu na cidade de Cascavel (PR). Ele é investigado por associação criminosa. 

Marcos Geleia Patriota é um dos três candidatos nas eleições municipais de 2024 que são alvos de ordens de prisão expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na investigação sobre os ataques às sedes dos Três Poderes.Os outros dois alvos são Pastor Dirlei Paiz (PL), que tenta se eleger para a Câmara Municipal de Blumenau (SC) e Locutor Henrique Pimenta (PRTB), para a de Olímpia (SP).

O mandado de prisão contra Marcos Patriota havia sido expedido em novembro de 2023. Por lei, pessoas com mandato de prisão preventiva podem concorrer a cargos eletivos na administração pública. Só há proibição para condenados com sentença judicial ou decisão colegiada de juízes, o que não é o caso de Marcos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Boulos grava com Lula em Brasília antes de debate

 

“Vou gravar com o presidente sim neste fim de semana”, confirmou Boulos, durante agenda em São Paulo

Marta Suplicy, Lula e Guilherme Boulos (Foto: X/@LulaOficial)

O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSol, Guilherme Boulos, vai a Brasília neste sábado (14) para gravar vídeos com o presidente Lula para a campanha eleitoral. 

“Vou gravar com o presidente sim neste fim de semana”, confirmou Boulos, durante agenda na zona sul de São Paulo. 

Boulos deve voltar ainda neste domingo (15), para participar do debate na TV Cultura. 

Fonte: Brasil 247

"Acredito na reversão do processo de cassação", diz Glauber Braga à TV 247

 

Parlamentar do Psol afirma que a mobilização da sociedade poderá deter o processo de cassação de seu mandato

Glauber Braga (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Em entrevista à TV 247, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) declarou sua confiança na reversão do processo de cassação que enfrenta no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O parlamentar destacou que, embora o cenário seja adverso, ele acredita que a exposição pública de manobras nos bastidores dificulta a conclusão do processo contra ele.

"Eu acredito na modificação do cenário, não porque tenho uma ilusão com a institucionalidade, mas porque acredito que aqueles que estavam tentando tocar o processo de cassação nas sombras foram expostos", afirmou Braga. Segundo ele, o preço político de sua cassação tornou-se muito alto, principalmente após a pressão de parte da opinião pública e da solidariedade que ele tem recebido em manifestações e nas redes sociais.

Braga criticou a condução do processo, ressaltando que foram poucos os casos de admissibilidade no Conselho de Ética nesta legislatura, e que o seu caso é um dos raros. "Foram só dois casos com admissibilidade: o de Chiquinho Brazão, porque a pressão pela responsabilização dos assassinos de Marielle era muito grande, e o meu", disse. O deputado também mencionou que o presidente da Câmara, Arthur Lira, tem se mostrado menos confortável em avançar com o processo devido ao aumento das denúncias contra ele.

A força da solidariedade

Durante a entrevista, o parlamentar frisou a importância da solidariedade que tem recebido de diversos setores. "Essa solidariedade que está acontecendo num cenário tão adverso tem sido muito importante. A solidariedade nas redes, nas ruas, nas manifestações, de veículos que estão se posicionando da mesma forma", agradeceu.

Braga também abordou a postura de seus opositores dentro do Conselho de Ética. Ele mencionou que o deputado Alexandre Leite (União Brasil-SP), relator do processo, indicou que o desfecho seria sua cassação, mesmo antes de o processo ser concluído. "O relator já disse, por diversas vezes, que eu devo ser cassado. Ele falou isso no dia da admissibilidade e repetiu agora na última sessão", declarou. Diante disso, Braga afirmou que entrará com recursos para questionar a imparcialidade do relator, inclusive no Judiciário, se necessário.

Ofensiva do MBL

Além do processo de cassação, o deputado também relatou os desafios enfrentados em eventos públicos. Nos últimos meses, ele tem sido alvo de provocações e ataques de um militante de extrema-direita, ligados ao MBL, durante suas prestações de contas em locais públicos no Rio de Janeiro, como o Largo da Carioca. "Esse mesmo sujeito foi hoje ao Buraco do Lume só para gerar confusão. Eu faço uma prestação de contas no Largo da Carioca há 10 anos, toda segunda-feira. Nas últimas três segundas-feiras, militantes de extrema-direita foram lá para criar confusão", relatou Braga.

O parlamentar explicou que, embora tenha respondido com firmeza às provocações em um primeiro momento, a escalada de violência tem sido uma preocupação. "Esse sujeito já fez isso cinco vezes. Da primeira vez, respondi a ele com firmeza, mas não dei o que ele queria. Da segunda vez, ele voltou mais violento; da terceira, mais violento; e assim sucessivamente", disse.

Braga também destacou o impacto psicológico que essas ações têm sobre sua militância. "Isso gera todo um efeito psicológico sobre a nossa militância. Temos que reagir de forma digna, mas não podemos deixar que isso abale a nossa moral", afirmou. O deputado relembrou um episódio em abril, quando foi confrontado pelo mesmo militante e reagiu com indignação, especialmente porque o provocador mencionou sua mãe, que faleceu em maio. "Eu não me arrependo do que fiz. Defendi a honra da minha mãe em vida", desabafou.

Para finalizar, Glauber Braga reafirmou sua disposição em seguir lutando contra o processo de cassação e contra os ataques pessoais que vem sofrendo. "Aqueles que tentam manobrar o processo de cassação nas sombras terão que pagar o preço por isso", concluiu. Assista:

Fonte: Brasil 247

"Não ficarei surpreso se o Rio Grande do Sul tiver um dos três maiores crescimentos do País", diz Paulo Pimenta

 

Economia gaúcha se recuperou fortemente, graças à ação do governo Lula

Paulo Pimenta (Foto: Lula Marques / Agência Brasil)

Em comentário reproduzido no canal Cortes 247, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, que também foi ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes, destacou o trabalho do governo federal na recuperação do estado e a perspectiva de crescimento econômico. Segundo Pimenta, as ações coordenadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva foram essenciais para a rápida resposta às necessidades da população afetada.

"Mais de 90.000 gaúchos e gaúchas foram resgatados", afirmou o ministro, destacando a complexidade do trabalho realizado em conjunto com diversas áreas do governo. Ele ressaltou que o objetivo nos quatro meses após as enchentes não era resolver completamente o problema, mas encaminhar soluções que possibilitaram a retomada do estado. Entre as iniciativas, Pimenta mencionou a reconstrução de escolas, institutos federais e investimentos em infraestrutura, como o cronograma de recuperação de estradas e aeroportos.

O ministro também detalhou os programas de apoio econômico às empresas locais, que resultaram na concessão de crédito subsidiado para mais de 30.000 empresas. Segundo ele, "chegamos a imaginar que o Rio Grande do Sul poderia perder 25% da sua arrecadação neste ano", mas, graças à estratégia de ação do governo, a indústria e o comércio já mostram sinais de recuperação. "Não ficarei surpreso se o Rio Grande do Sul tiver um dos três maiores crescimentos do País", afirmou.

"Economia voltou com força"

Ao final da entrevista, Pimenta fez questão de destacar o papel do presidente Lula nas ações de reconstrução e na condução econômica do estado. "Essa recuperação não foi por acaso, é resultado de uma visão estratégica de ação política", disse, reforçando que o governo federal sentou no estado e governou de lá durante os momentos mais críticos. "A economia voltou com força, e isso é fruto da rapidez com que o governo agiu", completou.

O balanço apresentado incluiu números significativos: R$ 98,7 bilhões foram destinados à reconstrução do Rio Grande do Sul, com investimentos em diversas áreas, como a distribuição de 105.000 cestas básicas, religação de 557.000 pontos de energia elétrica e liberação de R$ 3 bilhões do FGTS para habitação. Assista:

Fonte: Brasil 247

"Prisão já", diz Gleisi para os golpistas que estão em campanha

 

Presidente do PT defendeu punição exemplar para os envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro

Gleisi Hoffmann e os atos terroristas bolsonaristas em Brasília no 8 de janeiro (Foto: ABr)

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), usou suas redes sociais neste sábado (14) para criticar a participação de foragidos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 nas campanhas eleitorais para as eleições municipais de 2024. Em postagem no Bluesky, Gleisi fez um apelo contundente por punições rápidas e severas: "Pelo menos três foragidos do 8/1 fazem campanha para vereador, em SC, SP e PR, vangloriando-se dos atentados golpistas. É para esses criminosos que a turma do Bolsonaro quer anistia, chantageando na Câmara e paralisando a pauta do Congresso. Denúncia da mídia não pode ficar sem resposta. Prisão já!".

O comentário de Gleisi faz referência a candidatos que estão sob investigação por participação nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em janeiro de 2023. Entre eles, está Marcos Geleia Patriota (Novo), que foi preso neste sábado em Cascavel (PR). O candidato a vereador pela cidade de Céu Azul (PR) é acusado de envolvimento em associação criminosa relacionada aos atos terroristas.

A prisão de Patriota faz parte de um conjunto de medidas adotadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que expediu mandados contra outros dois candidatos: Pastor Dirlei Paiz (PL), que concorre à Câmara Municipal de Blumenau (SC), e Locutor Henrique Pimenta (PRTB), candidato em Olímpia (SP). Ambos são alvos de ordens de prisão emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Gleisi destacou que esses candidatos, que teriam participado diretamente dos ataques de 8 de janeiro, estão se beneficiando de brechas na legislação eleitoral, que permite que pessoas com mandado de prisão preventiva concorram a cargos públicos, desde que não tenham sido condenadas por sentença judicial ou decisão colegiada de juízes.

A reação de Hoffmann reforça a pressão sobre o Congresso e o STF para que tomem providências mais rigorosas contra os envolvidos nos atos terroristas. Ela também sinaliza que o PT não cederá à pressão de setores bolsonaristas que buscam anistia para os responsáveis pelos ataques. Com a prisão de Marcos Patriota, o foco agora recai sobre as autoridades judiciais para a resolução dos demais casos pendentes, mantendo a expectativa de novas prisões nos próximos dias.

A movimentação em torno dos candidatos ligados aos atos golpistas reacende o debate sobre a integridade do processo eleitoral e a capacidade das instituições democráticas de garantir que indivíduos envolvidos em ações antidemocráticas sejam devidamente responsabilizados.

Pelo menos três foragidos do 8/1 fazem campanha para vereador, em SC, SP e PR, vangloriando-se dos atentados golpistas. É para esses criminosos que a turma do Bolsonaro quer anistia, chantageando na Câmara e paralisando a pauta do Congresso. Denúncia da mídia não pode ficar sem resposta. Prisão já!

As lições de Brizola sobre Getúlio e o trabalhismo

 

Em entrevista histórica concedida ao jornalista Florestan Fernandes Júnior, Leonel Brizola deu uma aula sobre o trabalhismo

Leonel Brizola (Foto: Reprodução Youtube)

Em uma entrevista histórica concedida em 2000 ao jornalista Florestan Fernandes Júnior, da TV 247, e disponibilizada pelo centro de memória do IREE, o político gaúcho Leonel Brizola fez uma ampla retrospectiva de sua trajetória, abordando com ênfase sua relação com o presidente Getúlio Vargas e o papel do trabalhismo no Brasil. O ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro falou sobre sua origem humilde, sua entrada na vida pública e os momentos decisivos de sua carreira.

Brizola relembrou com admiração a figura de Getúlio Vargas, a quem considerava seu grande mentor e inspiração política. “O meu inspirador foi o presidente Vargas”, afirmou Brizola. Segundo ele, Vargas era um homem tranquilo, mas com métodos próprios, enquanto Brizola, por sua origem popular, tomou outro rumo na política, atuando como líder de massas. “Eu, naturalmente, pela minha origem, fui assumindo os meus caminhos políticos... mas sempre sob a impressão daqueles tempos que vivíamos”, disse.

Sobre o impacto de Vargas na formação do trabalhismo, Brizola destacou que o presidente foi o responsável por consolidar direitos sociais fundamentais, mas que enfrentava resistência tanto das elites conservadoras quanto de parte da intelectualidade de esquerda. "O grosso ficou mesmo com essa posição do Prestes", comentou Brizola, referindo-se à divisão que se formou na esquerda brasileira em torno da figura de Getúlio Vargas.

Brizola também refutou a ideia de que o PTB teria sido uma criação de Vargas. Ele enfatizou que o partido nasceu a partir das demandas das associações sindicais e não de uma imposição do presidente. “O Presidente Vargas não mandou criar o PTB, ele concordou”, esclareceu. Ele ainda ressaltou que Getúlio sempre buscou modernizar o Brasil e garantir direitos essenciais aos trabalhadores, como a consolidação das leis trabalhistas e a cidadania para as mulheres.

O suicídio de Vargas

Outro momento marcante da entrevista foi quando Brizola comentou sobre o suicídio de Vargas em 1954, episódio que ele vivenciou enquanto ocupava o cargo de secretário de obras no Rio Grande do Sul. Brizola descreveu a reação popular à morte de Vargas e o impacto que o suicídio teve na política brasileira. “Vargas foi esmagado por aquela força reacionária que surgia... ele não quis ser desmoralizado”, afirmou. Para Brizola, o gesto de Vargas foi uma tentativa de impedir que as acusações contra ele se transformassem em verdades.

No que diz respeito ao golpe militar de 1964, Brizola foi enfático ao dizer que João Goulart, seu cunhado e sucessor de Vargas, poderia ter resistido ao golpe, mas optou por não o fazer. "Eu acho francamente que se o presidente Jango quisesse, não cairia. Ele tinha condições de se sustentar", declarou. Brizola explicou que, ao contrário de Goulart, ele defendia uma resistência mais firme contra os militares e as elites conservadoras, que estavam determinadas a derrubar o governo.

Brizola encerrou a entrevista destacando a importância do trabalhismo na construção de uma nação mais justa e igualitária. Para ele, a herança de Vargas e do PTB foi crucial para garantir direitos que, mesmo décadas depois, continuavam sendo essenciais para a classe trabalhadora brasileira. Ele criticou o uso do termo “reformas” por governos que, segundo ele, distorciam o sentido original das mudanças sociais promovidas pelo trabalhismo. “Reforma é no sentido democratizante, de abrir socialmente para um maior número de pessoas... e não para fazer arrocho”, concluiu Brizola.

A entrevista de Leonel Brizola, concedida ao jornalista Florestan Fernandes Júnior, da TV 247, oferece um relato profundo sobre a política brasileira do século XX, destacando a influência de Getúlio Vargas e do trabalhismo nas lutas sociais e políticas do país. Assista:

Fonte: Brasil 247

Radiação ultravioleta atingirá risco extremo na quinta-feira em São Paulo

 

Temperatura poderá subir para 34ºC

Poluição e calor em São Paulo (Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil)

Por Gilberto Costa, repórter da Agência Brasil - Os paulistanos estarão expostos ao índice ultravioleta (IUV) 11, considerado extremo pela Organização Mundial da Saúde, a partir da próxima quinta-feira (19). A informação é do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo a previsão, o índice permanece no ponto mais alto pelo menos até sexta-feira.

O IUV, que pode variar de zero a 11, mede a intensidade dos raios ultravioleta que podem causar queimaduras na pele e danos aos olhos, entre outros problemas de saúde.

A poluição do ar é um dos fatores que, ao afetar a camada de ozônio, oportuniza que mais radiação UV chegue à terra.  A qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo teve piora na última semana, quando a capital paulista foi considerada a cidade mais poluída do mundo. Além da emissão de poluentes, a população sofre com a fumaça provocada por incêndios florestais, a baixa umidade do ar e a onda de calor. Para a próxima sexta-feira (20), o CPTEC prevê que a temperatura chegue a 34ºC na cidade.

REUNIÃO - A situação do ar em São Paulo e a crise climática em todo o estado motivaram reunião ontem (13) entre a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Por causa de incêndios no estado, o governo de São Paulo prorrogou até o dia 29 o fechamento de 81 unidades de conservação, ampliou para 102 pessoas o efetivo de bombeiros civis e destinou R$ 5,9 milhões para a contratação de aeronaves de combate ao fogo.

Técnicos da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (Saes) do Ministério da Saúde estiveram na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, para elaboração de planos de ação para atendimento da população que sofreu com a alta de incêndios nas últimas semanas.

Entre outras medidas, o Ministério da Saúde recomenda aos gestores reforçar a atuação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA); garantir a oferta de pontos de hidratação e nebulização; e monitorar a qualidade da água e do ar.

Para a população, as orientações são aumentar a ingestão de água potável; ficar abrigado em locais mais frescos; evitar atividades físicas em áreas abertas e ficar longe dos focos de queimadas.

Além do estado de São Paulo, o governo federal monitora e assiste outras regiões afetadas pela seca e por queimadas. Na próxima semana, o Ministério da Saúde informou que a Força Nacional do SUS fará visitas aos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. 

Fonte: Brasil 247

Quando a extrema direita define o tabuleiro político

 

Alemanha em seu labirinto

AfD, extrema direita alemã (Foto: Annegret Hilse/REUTERS

Por Sergio Ferrari - As eleições de 1º de setembro nos Estados alemães da Turíngia e da Saxônia tornaram-se êxitos significativos para a extrema direita alemã, que pode ser ainda mais fortalecida nas próximas eleições regionais em um terceiro Estado, o de Brandemburgo.

Na Turíngia, com quase 3 milhões de habitantes, a Alternativa para a Alemanha (Alternative für Deutschland, AfD), de extrema-direita, tornou-se a principal força com quase 33% do eleitorado e 32 dos 88 assentos no Parlamento, 10 a mais do que hoje. Seus novos eleitores são, principalmente, ex-eleitores da União Democrata Cristã (CDU) e da esquerda radical (Die Linke), decepcionados por terem votado em 2019 em partidos que não tinham capacidade de exercer oposição frontal ao atual governo.

Na Saxônia, com 4 milhões de habitantes, a extrema direita ficou em segundo lugar com quase 31% dos votos e 40 dos 120 deputados regionais, dois a mais do que na legislatura anterior e apenas um a menos do que os democratas-cristãos, que ainda continuam sendo a força principal.

Alemanha presa em si mesma

Para Beat Wehrle, analista político, especialista em questões globais e diretor do Programa Internacional da Organização Não-Governamental (ONG) Terre des Hommes/Alemanha (Terra da Humanidade), o fato de que "a Alternativa para a Alemanha obtenha essa alta porcentagem é escandaloso, mas não surpreendente".

Por que você considera isso um escândalo? Porque em ambos os Estados, o Escritório Federal de Proteção Constitucional (Bundesamt für Verfassungsschutz) caracteriza a AfD como definitivamente de extrema-direita, por causa de suas declarações e atitudes claramente neonazistas. De acordo com Wehrle, "Bernd Höcke, o candidato da AfD na Turíngia, é o melhor exemplo e prova palpável de tal caracterização. Ele é a figura que está concentrando cada vez mais poder dentro dessa força e dirige a tendência interna mais reacionária, chamada Der Flügel" (Ala ou Facção)".

O resultado não é surpreendente, argumenta Wehrle, já que muitas pesquisas o anteciparam. "No entanto, deve-se reconhecer que os percentuais são um pouco maiores do que o esperado", o que indica um crescente descontentamento. Particularmente no leste da Alemanha, onde a AfD sempre obteve suas conquistas mais significativas. Segundo esse analista político, esse descontentamento se deve à "desigualdade histórica entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental. E em tempos de crise, na ausência de perspectivas, a frustração e o protesto social são acentuados. A Alemanha está passando por um processo acelerado de autoabsorção com o consequente profundo retrocesso em termos de solidariedade, tanto nacional quanto em sua visão internacional".

Por exemplo, na primeira semana de setembro, a gigante automobilística alemã Volkswagen anunciou que está estudando o fechamento de pelo menos duas de suas fábricas no país com a correspondente ameaça a vários milhares de empregos. Nada parecido com isso aconteceu nos 87 anos de história da empresa, um verdadeiro emblema da antiga pujança da nação europeia.

Cordão político sanitário

Apesar dos últimos resultados eleitorais, não será automático que a extrema direita possa governar. A CDU antecipou que buscará promover um cordão sanitário e construir uma aliança contra a AfD.

Tanto na Turíngia quanto na Saxônia, os grandes perdedores das eleições do primeiro domingo de setembro foram os partidos da aliança governante em âmbito nacional: o estagnado Partido Socialdemocrata do chanceler Olaf Scholz; Os Verdes, que desaparecem na Turíngia e permanecem minimamente na Saxônia; e o Partido Liberal Democrata (FDP), varrido em ambas regiões.

O sinal que a Turíngia e a Saxónia acabam de enviar a Berlim, sede do governo nacional, é claro e desafiador. E pode ser ainda mais fortalecido nas próximas eleições de 22 de setembro no Estado de Brandemburgo, por enquanto governado por um ministro-presidente socialdemocrata que, em 2019, conseguiu prevalecer sobre a extrema direita por menos de 3 pontos percentuais (26,2% a 23,5%). Brandemburgo, com quase 2,5 milhões de habitantes, junto com a Turíngia e a Saxônia e dois outros Estados, constituiu a antiga República Democrática Alemã até a queda do Muro de Berlim e a reunificação de ambas as nações.

Em 1º de setembro, as urnas desacreditaram ainda mais um governo quebrado. E deixaram claro que a questão do controle migratório já é um marco de referência para o debate político atual do qual ninguém pode se distanciar. Nem mesmo o tapa na cara do primeiro-ministro Scholz no final de agosto, que expulsou 28 cidadãos afegãos acusados de vários crimes em meio a um grande show da mídia, serviu para amortecer o discurso xenófobo que ganha cada dia mais terreno na Alemanha.

Polos distantes e coincidentes

Nesse cenário que vem se desenhando há vários anos, não é de surpreender que o outro grande vencedor da disputa eleitoral da semana passada seja um novo partido. Recém-formada e nascida da extrema esquerda, a Aliança Sahra Wagenknecht – Pela Razão e Justiça (BSW, na sigla em alemão), também assume o controle da imigração como seu eixo programático, coincidindo parcialmente com a extrema direita radical.

O novo partido de Sahra Wagenknecht, que leva o nome da própria dirigente, em uma expressão surpreendente do personalismo do homem forte, é o resultado de uma divisão no Die Linke (A Esquerda), que desde sua fundação, em 2007, expressou críticas fundamentais à socialdemocracia, exigindo um aprofundamento progressivo das políticas socioeconômicas em execução.

A Aliança Sahra Wagenknecht acaba de obter quase 16% dos votos na Turíngia e cerca de 12% na Saxônia, tornando-se a primeira força na história alemã a alcançar resultados tão altos apenas nove meses após sua fundação.

A história de Wagenknecht, que aos 55 anos se tornou uma das figuras políticas mais importantes do país, é particular. Doutora em Ciências Econômicas e publicitária, desde a juventude atuou em articulações de esquerda. Ela fez parte da liderança do Die Linke (tornou-se vice-presidente) e parlamentar europeia por essa articulação entre 2004 e 2009. Durante anos, tem se projetado como uma figura de destaque no campo progressista, embora nos últimos tempos tenha apresentado argumentos controversos, em particular suas críticas à migração livre e à política de fronteiras abertas. Wagenknecht propõe programas sociais que priorizam os trabalhadores, defende mais justiça na redistribuição de renda para beneficiar os menos abastados e, ao mesmo tempo, subestima as questões de gênero e ambientais, que, segundo ela, desviam a atenção das prioridades sociais. Na política internacional, ele propõe se distanciar da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), frear o apoio à Ucrânia e negociar com a Rússia para chegar a uma resolução do conflito. Em tom categórico, ela se distancia da presença de mísseis estadunidenses de médio alcance em território alemão.

Sua combinação de retórica anti-imigração, pacifista e antiguerra na Ucrânia –embora insista que não é pró-Rússia– permitiu-lhe distanciar-se das forças desgastadas do governo. Ao mesmo tempo, definiu um perfil político próprio que se afasta da esquerda tradicional de onde provem. E está apostando em atrair o voto de uma parte dos desiludidos com o sistema atual que também não se sentem confortáveis com a extrema direita.

Como a terceira força nas duas recentes eleições regionais, sua Aliança deixou os socialistas, liberais e verdes muito para trás. Suas grandes porcentagens eleitorais indicam que poderia inclinar a balança tanto para a extrema direita quanto para um governo democrata-cristão, tornando-se, assim, um fator político com grande poder de barganha com ambos os lados.

Para Wagenknecht, além do que está em jogo hoje nos dois Estados do leste da Alemanha, a construção política nacional de sua aliança que conta, acima de tudo, para o exercício eleitoral de 1º de setembro foi um laboratório com resultados chocantes.

Encruzilhada

De acordo com Beat Wehrle, "Até agora, o BSW afirmou que não fará uma aliança com a extrema direita". No entanto, Wehrle, Katja Wolf, uma figura-chave no BSW na Turíngia, disse que "pretende apoiar propostas razoáveis que a extrema direita aprove na assembleia legislativa".

Wehrle também concorda que os resultados bem-sucedidos da extrema direita e do BSW expressam "o forte descontentamento atual com os partidos tradicionais". E ressalta que o rápido crescimento da BSW complica ainda mais as negociações para formar o governo na Saxônia e na Turíngia: "Pode ser uma amostra da dificuldade de constituir uma futura aliança governamental no próximo ano em âmbito nacional após as eleições gerais, que se realizarão em setembro de 2025".

O BSW, insiste Wehrle, "é uma expressão clara da frustração de uma parte do eleitorado com a atual coalizão de governo". É conhecido como AMPEL –"semáforo" em alemão– em homenagem às cores vermelha do Partido Socialdemocrata, amarelo do liberal FDP e verde de Os Verdes. Pode-se especular que, após as eleições do próximo ano, será muito difícil que essa aliança se repita porque o atual governo, nas palavras de Wehrle, "está cheio de contradições, em permanente disputa, com o chanceler Olaf Scholz, que carece de carisma e autoridade, com os liberais que jogam de forma extremamente desleal e com Os Verdes, que são incapazes de implementar suas propostas. Por tudo isso, o descontentamento é amplo e profundo."

Os cidadãos da Turíngia e da Saxônia que votaram no BSW, segundo Wehrle, "representam um setor que não quer apoiar o governo nacional, mas que não se identifica com os democratas-cristãos, muito menos com a extrema direita". Embora o BSW se apresente com posições de esquerda em política econômica e social, sua posição é muito conservadora na questão da migração.

Voltando à análise pós-eleitoral global, Wehrle reitera "que os resultados da AfD são preocupantes para a própria democracia, pois com seu discurso fascista, está empurrando todos os partidos de forma significativa para a direita".

E argumenta que os democratas-cristãos se tornaram ainda mais conservadores do que eram antes e que os socialdemocratas parecem não ter uma bússola e nem mesmo se apropriam de suas posições históricas. Hoje, a extrema-direita, sublinha, já define e impõe o quadro do debate político e os seus conteúdos prioritários, obrigando toda a classe política a uma viragem ideológica muito forte à direita. A mesma tendência que estamos vendo em muitos países da Europa e até globalmente, conclui.

Tradução Rose Lima.

Fonte: Brasil 247

Shopping de Olinda cria código "homossexual" para seguranças, revela site

 

A jurista e vereadora Liana Cirne Lins (PT-PE) afirma que "o Shopping Tacaruna está cometendo um crime de homofobia"

(Foto: Reprodução)

A equipe de segurança do shopping Tacaruna, em Olinda (Pernambuco), tem um código “30 – homossexual”, entre os códigos 29 de “achados e perdidos” e 31 de “odor de tinta, cola, esgoto, queimado”.

A informação foi revelada pelo site Marco Zero em uma reportagem de Maria Carolina Santos que apontou que a lista dos códigos fica no avesso do crachá dos funcionários que fazem a segurança do shopping. O código 30 chamou a atenção de um jovem que teve acesso a um dos crachás e que não quer ser identificado nesta matéria.

“Na hora que vi o crachá me passaram várias coisas na cabeça e tantos eventos e situações fizeram sentido. A discriminação corriqueira que já havia notado tantas vezes naquele ambiente, comigo e com outros, não se tratava da conduta de algum colaborador específico, mas do próprio protocolo administrativo do shopping. Eles literalmente institucionalizaram a descriminalização em razão da sexualidade”, afirmou para a Marco Zero.

Ele contou que por mais de uma vez “andando em grupo com pessoas que apresentavam trejeitos não heteronormativos, pude notar seguranças que faziam rondas periódicas nos encarando e falando ao walkie-talkie”.

Ele fez denúncias à Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco e para a Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE).

A jurista e vereadora Liana Cirne Lins (PT-PE) se manifestou sobre o caso. Segundo ela, "o Shopping Tacaruna está cometendo um crime de homofobia". "Não existe justificativa para tal absurdo. Além de respeito, é necessário combater esse tipo de crime", reforçou.

A Marco Zero entrou em contato com a assessoria de comunicação do Shopping Tacaruna que, em nota, reconheceu a existência do código nos crachás dos funcionários.

A nota do shopping afirma que “os códigos são utilizados em casos de emergência e para resguardar o direito e segurança de todos sem nenhuma orientação discriminatória. No caso em questão, reconhecemos o erro e nos desculpamos pelo uso inadequado do termo. Mas o único objetivo era garantir o direito amplo a todas as pessoas. Pedimos desculpas por qualquer interpretação fora desse contexto. Asseguramos que estamos revisando todos os termos adotados”.]

Fonte: Brasil 247

Força Nacional do SUS reforça apoio a estados afetados por queimadas

 

Depois de São Paulo, equipes seguem para o Acre, Amazonas e Rondônia. Assistência envolve avaliação, planejamento e apoio aos gestores locais

Combate aos incêndios (Foto: Mayangdi Inzaulgarat/Ibama)

Por Agência Brasil - A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar a atuação nos estados e municípios afetados pelas queimadas. A partir desta segunda-feira (16), serão realizadas visitas de equipes nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. A mobilização é uma demanda do Ministério da Saúde e tem como objetivo avaliar a situação e apoiar gestores estaduais e municipais.

De acordo com nota divulgada neste sábado pelo ministério, o apoio da Força Nacional ocorrerá em três níveis. O primeiro deles envolve a orientação e organização da rede assistencial, reforçando os serviços, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde a maior parte dos problemas pode ser resolvida.

O segundo nível de apoio inclui a expansão da oferta a partir de pontos de hidratação. Já o terceiro nível, se necessário, prevê o uso de estruturas maiores, com espaços otimizados dentro das próprias Unidades Básicas de Saúde ou a partir de estruturas externas, como hospitais de campanha, caso a rede colapse, o que não é o cenário atual.

SÃO PAULO - Na sexta-feira (13), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participaram de reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para tratar da crise climática que atinge o estado. 

Técnicos da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (SAES) do Ministério da Saúde foram para Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, para apoiar os gestores na construção de planos de ação.

De acordo com Nísia Trindade, tanto o Ministério da Saúde quanto o Ministério do Meio Ambiente têm a palavra prevenção como chave. "Iremos trabalhar junto com o governo de São Paulo e com outros governos para ações mais estruturantes para o plano de adaptação, mitigação e mesmo de transformação na linha que o presidente Lula vem externando”, ressaltou a ministra.

SALA DE SITUAÇÃO - Em julho, foi criada a Sala de Situação Nacional de Emergência Climática em Saúde do Ministério da Saúde, juntamente com representantes de estados e municípios e do Distrito Federal, além de instituições de saúde e meio ambiente. 

Além das orientações para a população, os informes já publicados pelo Ministério trazem as recomendações de ações a serem implementadas pelos profissionais da vigilância em saúde ambiental. Uma das iniciativas foi a publicação de orientações para a proteção e monitoramento da saúde dos brigadistas florestais

O Ministério da Saúde mantém monitoramento das áreas afetadas pelas queimadas e incêndios florestais por meio da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (VigiAr). A qualidade da água também é monitorada através do VigiÁgua, e em colaboração com outros órgãos orienta as áreas afetadas em relação ao provimento de água potável. 

Fonte: Brasil 247