quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Marçal é o mais rejeitado pelo eleitor paulistano: 44% não votariam nele de forma alguma

 Boulos é rejeitado por 37%, seguido por Datena (32%)

A nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (12), revela que o influenciador Pablo Marçal (PRTB) é o candidato mais rejeitado na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Segundo o levantamento, 44% dos eleitores afirmam que não votariam de jeito nenhum em Marçal, um aumento de seis pontos percentuais em relação ao índice de 38% registrado na pesquisa anterior, realizada entre 3 e 4 de setembro.


O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) segue como o segundo candidato mais rejeitado, com 37% dos eleitores afirmando que não votariam nele. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) ocupa a terceira posição com 32% de rejeição, mantendo-se estável desde o último levantamento.


Rejeição de Nunes caiu de 21% para 19%

Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem 19% de rejeição, uma leve diminuição em relação aos 21% registrados na pesquisa anterior. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. O Datafolha ouviu 1.204 pessoas entre os dias 10 e 12 de setembro.


Marçal: alvo preferencial de ataques dos adversários

A rejeição a Marçal pode estar relacionada a um aumento na intensidade dos ataques de seus adversários. Durante o último mês, os concorrentes, incluindo Boulos, Nunes e a deputada Tabata Amaral (PSB), têm explorado a condenação de Marçal em 2010 por furto qualificado e suspeitas de vínculos de seu partido com a facção criminosa PCC.


A rejeição ao candidato é mais alta entre pessoas com ensino superior e aquelas que ganham mais de cinco salários mínimos, chegando a 55% em ambos os grupos.


Em relação a Boulos, a rejeição é mais significativa entre homens (42%) do que entre mulheres (32%), e é maior entre aqueles com ensino superior (41%) e que recebem entre dois e cinco salários mínimos (42%).


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

VÍDEO – Céu da Argentina é encoberto por fumaça de queimadas; veja antes e depois


Antes e depois da vista na cidade de Corrientes, na Argentina. Foto: reprodução

 A fumaça das queimadas que afetam o Brasil alcançou países vizinhos, como Bolívia e Paraguai e Argentina. O brasileiro Mateus Eduardo Kotelak, guia de viagens de moto, registrou o cenário alarmante em um vídeo que compara a paisagem de Corrientes, na Argentina, antes e depois da chegada da fumaça.

“Eu faço esse roteiro várias vezes ao ano e nunca vi isso acontecer”, afirmou Mateus, surpreso com a densa nuvem que encobre a cidade e impede qualquer visibilidade.

Corrientes, conhecida por sua beleza natural e pontos turísticos, como a ponte registrada por Mateus, foi uma das cidades afetadas pela fuligem. O guia destacou a diferença entre o cenário limpo de janeiro e a situação atual, quando a fumaça tomou conta de tudo.

“O mundo pede socorro”, escreveu o guia ao mostrar a comparação no Instagram. Em outra publicação, ele mostrou uma rota de quase 800 km, ligando Resistência a Salta e Chaco Argentino, em que o percurso todo esteve coberto por um céu cinzento de fumaça.

Segundo o Serviço Meteorológico, a fuligem percorreu milhares de quilômetros, sendo arrastada pelos ventos, e ainda deve permanecer sobre o país nos próximos dias. Meteorologistas alertam que a quantidade de fumaça é tão elevada que há risco de ocorrer “chuva preta”, fenômeno já registrado no Rio Grande do Sul nesta semana. Esse tipo de precipitação acontece quando as partículas de fumaça se misturam às gotas de chuva, formando uma água escura, imprópria para consumo e que pode prejudicar o meio ambiente.

O avanço da fumaça é impulsionado por queimadas em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal, que registram números de focos de incêndio superiores ao dobro dos registrados no ano passado.

A ausência de chuvas e a força dos ventos têm contribuído para a propagação da fuligem, que já afeta grandes áreas do país. “A fuligem e os poluentes carregados pelos ventos podem sair das regiões afetadas pelo fogo e atingir estados distantes”, explicam os meteorologistas ao G1, alertando que, sem uma mudança climática significativa, o cenário deve se repetir nos próximos dias.

Embora uma frente fria esteja prevista, ela não será suficiente para dissipar completamente a fumaça. Segundo especialistas, essa frente trará apenas ventos fracos e sem chuvas expressivas, o que não deverá interromper o transporte de fumaça por longas distâncias.

O fenômeno da “chuva preta” e a presença de fumaça densa sobre o país são reflexos diretos da crise ambiental causada pelas queimadas, que seguem fora de controle em várias regiões.

Fonte: DCM

Líder do PRTB aciona Justiça e pode acabar com candidatura de Marçal

 

O coach e candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal. Foto: Reprodução

Marcos de Andrade, secretário-geral do PRTB, apresentou uma ação que pode anular a candidatura do Pablo Marçal, filiado ao partido, à Prefeitura de São Paulo. O processo cita uma série de irregularidades que teriam sido cometidas pelo presidente da sigla, Leonardo Avalanche, aliado do coach acusado de ter elo com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

A ação foi direcionada à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, e pede a anulação de todas as convenções partidárias realizadas em municípios com mais de 200 mil habitantes (caso da capital paulista) além do afastamento do dirigente.

Andrade afirma que a chapa vencedora para comandar o PRTB após a morte de Levy Fidelix em 2021 foi eleita após uma intervenção. O documento aponta que Avalanche ignorou contatos de outros dirigentes e não convocou o Diretório Nacional para tomar a decisão sobre o candidato da sigla em São Paulo.

O atual dirigente também teria desfiliado “compulsoriamente” quase metade dos membros eleitos para a direção nacional da sigla às vésperas das convenções partidárias no estado de São Paulo.

“A inativação compulsória foi inegavelmente ilegal, um real ato ditatorial. Hoje, sabe-se que Leonardo Avalanche foi executor de um real golpe partidário, tendo enganado não apenas seus aliados e os demais com quem compôs a Chapa Renovação e Transparência, mas também seus oponentes, a exemplo de Aldineia Fidelix, para alcançar a presidência do PRTB”, diz a ação.

A candidatura de Marçal também foi autorizada em meio a uma manobra de Avalanche, segundo Andrade, e não teve assinaturas suficientes. A decisão de lançá-lo para a disputa ainda teria ignorado membros do diretório. “Essa exclusão viola os direitos de participação, desrespeita o estatuto do partido e corrompe a legitimidade do processo decisório”, aponta.

A ação acusa o presidente do PRTB de violar a lei política dos partidos, a Constituição Federal, o Estatuto Partidário e as próprias convenções partidárias da sigla.

Andrade também ingressou com uma ação na Justiça Eleitoral de São Paulo pedindo a impugnação da candidatura de Marçal por conta das supostas irregularidades de Andrade. Ele pede a anulação da convenção municipal do partido por não ter autorização da direção nacional da legenda. Esse segundo pedido já foi negado pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz na última segunda (9).

Fonte: DCM

São Paulo: Nunes lidera, Boulos encosta e Marçal recua em nova pesquisa Datafolha


Disputa é acirrada pela Prefeitura de São Paulo

Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

A mais recente pesquisa Datafolha sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo, divulgada nesta quinta-feira (12), revela um cenário acirrado, com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) à frente com 27% das intenções de voto, seguido de perto por Guilherme Boulos (PSOL) com 25%. O coach de extrema-direita Pablo Marçal (PRTB), que havia mostrado força nas pesquisas anteriores, caiu para 19%, evidenciando uma diminuição de seu impulso eleitoral. O levantamento destaca a importância do horário eleitoral gratuito, onde Nunes tem ampla exposição, fator que pode ter contribuído para sua recuperação, segundo a Folha de São Paulo

No segundo pelotão, Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB) continuam estacionados, com 8% e 6%, respectivamente. Outros candidatos, como Marina Helena (Novo) e Beto Haddad (DC), que teve sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, permanecem com 1% ou menos. 

A pesquisa também aponta uma melhora na avaliação da gestão de Nunes, cuja taxa de aprovação subiu para 31%, ante 26% na semana passada, enquanto Boulos enfrenta dificuldades para capitalizar sua associação com o presidente Lula.

A pesquisa, registrada no TSE sob o código SP-07978/2024, foi realizada entre os dias 10 e 11 de setembro, entrevistando 1.204 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. 

A disputa segue aberta, especialmente em relação ao segundo turno, onde a competição entre Nunes e Boulos pode se intensificar.

Fonte: Brasil 247

"Alta de juros é a escravização moderna do imperialismo", critica Constantine

 

O coordenador do Movimento de Favelas condenou a política de juros do Banco Central e alertou para os impactos na economia e reindustrialização do Brasil

(Foto: Divulgação | ABR)

André Constantine, coordenador do Movimento Nacional de Favelas e Periferias, fez críticas contundentes à política monetária do Brasil e à gestão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante sua participação no programa Giro das Onze. Segundo ele, a manutenção da taxa Selic em 10,5% e a possibilidade de aumento são sinais de um "novo colonialismo" que sufoca a economia brasileira e impede o crescimento industrial do país.

“A alta de juros é a escravização moderna do imperialismo norte-americano para impedir o Brasil de se reindustrializar”, declarou Constantine, em referência à política de juros altos que, para ele, beneficia os detentores de títulos da dívida pública e trava o desenvolvimento econômico. Ele afirmou que o governo Lula, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito esforços para equilibrar as contas públicas, mas sem tocar no verdadeiro problema: o peso da dívida pública. “O Brasil não pode continuar vivenciando esse processo de escravização”, enfatizou.

Constantine também destacou que o impacto dessa política recai diretamente sobre os setores essenciais da sociedade. “Haddad está cortando da saúde, da educação, dos programas sociais e da cultura, mas não mexe nos juros da dívida, que leva 50% do orçamento da União”, alertou. Segundo ele, essa situação tem mantido o Brasil refém de um sistema financeiro que favorece rentistas, impedindo a materialização de um projeto de reindustrialização.

Constantine condenou a declaração de Lula sobre a autonomia que concederá a Gabriel Galípolo, indicado para a presidência do Banco Central. “O Galípolo não pode realizar a manutenção da taxa Selic nas alturas. O que nós esperamos é que ele baixe a taxa de juros, enfrente os rentistas e o cartel de bancos que manda no Brasil”, afirmou.

Para Constantine, a política de juros altos não tem relação com o controle da inflação, como alegam seus defensores. “A manutenção da taxa Selic em alta não tem nada a ver com o controle da inflação. Isso é uma balela”, disparou. Ele acredita que a sociedade civil precisa pressionar o governo para enfrentar o "cartel de bancos" e combater o rentismo que, segundo ele, está drenando os recursos do país.

A fala de Constantine reflete uma insatisfação crescente com a política econômica brasileira, sobretudo em relação à submissão aos ditames do mercado financeiro. Ele defende que a única saída para o Brasil é mobilizar as ruas e pressionar o governo Lula a "travar essa batalha" e acabar com o ciclo de endividamento que, em sua visão, mantém o país estagnado economicamente. Assista: 

 

Fonte: Brasil 247

“Queimadas são extensão da tentativa de golpe de 8 de janeiro” , afirma Denise Assis

 

Jornalista aponta que incêndios criminosos visam desmoralizar o governo Lula antes da COP30 e alerta sobre a atuação de setores do agro e extrema direita

(Foto: Divulgação | ABR)

A jornalista Denise Assis fez um alerta contundente sobre as queimadas e incêndios criminosos que estão devastando o Brasil. Segundo ela, esses atos são uma extensão da tentativa de golpe de 8 de janeiro e uma estratégia para desmoralizar o presidente Lula, que será o anfitrião da Conferência do Clima (COP30) em 2025.

Durante sua participação no programa Giro das Onze, Denise não poupou críticas à demora do presidente em agir diante da crise ambiental. "Lula custou a acordar para a criação da Autoridade Climática que ele havia prometido durante a campanha. Custou a entender que havia urgência e emergência", declarou, referindo-se à lentidão do governo em formar um comitê de crise para lidar com a situação, mesmo após as queimadas terem atingido proporções alarmantes.

Ela ainda mencionou a intervenção do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que publicamente cobrou uma postura mais firme do governo. "Foi preciso levar um puxão de orelha público para que uma decisão fosse tomada", disse a jornalista.

Assis também chamou a atenção para o cenário político e seus desdobramentos. Segundo ela, as mãos criminosas que estão incendiando os biomas brasileiros têm o objetivo de desgastar Lula e seu governo, facilitando a narrativa de que sua gestão é falha na preservação ambiental. "Convém ao agronegócio e aos parlamentares bolsonaristas que Lula chegue à COP30 desmoralizado", afirmou. Ela acrescentou que setores da extrema-direita têm espalhado a desinformação de que as queimadas no governo Lula superam as do período Bolsonaro, em uma tentativa de manchar sua imagem internacionalmente.

Em sua análise, Denise Assis fez um apelo direto ao presidente: "Acorda, Lula, você está mais uma vez sendo golpeado", concluiu, alertando que o presidente deve agir rápido para evitar que a crise ambiental se torne um novo palco de desestabilização política. Para ela, as queimadas são apenas mais uma etapa de um plano maior para enfraquecer o governo e, consequentemente, a posição do Brasil na luta contra as mudanças climáticas na COP30. Assista: 

 

Fonte: Brasil 247

Governo Lula lança nova estratégia para reduzir mortalidade materna em 25% até 2027

 

A nova política, batizada de "Rede Alyne", também busca combater o aumento das desigualdades regionais e raciais no atendimento de saúde

Lula e Janja em Belford Roxo (RJ) (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O Governo Federal anunciou o lançamento da Rede Alyne, uma nova estratégia de saúde pública voltada para a redução da mortalidade materna no Brasil. O programa, que reestrutura a antiga Rede Cegonha, tem como meta diminuir as mortes de gestantes e bebês em 25% até 2027. Entre as principais mudanças estão a integração entre a maternidade e a atenção básica, além da criação de uma equipe especializada em obstetrícia dentro do Complexo Regulatório do SUS.

A nova política também busca combater o aumento das desigualdades regionais e raciais no atendimento de saúde. Em 2022, a mortalidade materna entre mulheres pretas foi de 110,6 a cada 100 mil nascidos vivos, enquanto a taxa geral foi de 57,7. Para enfrentar esse problema, o governo estabeleceu a meta de reduzir em 50% as mortes de mulheres pretas até 2027.

Fim da peregrinação por atendimento - Um dos objetivos centrais da Rede Alyne é garantir que as gestantes não precisem mais peregrinar por vagas de atendimento. Com um investimento de R$ 400 milhões previsto para 2024, chegando a R$ 1 bilhão em 2025, o programa prevê a distribuição mais equitativa dos recursos e a triplicação do repasse para estados e municípios realizarem exames pré-natal. O valor por gestante aumentará de R$ 55 para R$ 144, incluindo novos testes rápidos para HTLV, hepatite B e C.

Além disso, a nova estratégia também prevê um maior financiamento para ambulâncias destinadas à transferência de gestantes e recém-nascidos em estado grave, com o objetivo de diminuir atrasos críticos nos deslocamentos.

Expansão da rede de maternidades - Outra inovação da Rede Alyne é o fortalecimento da infraestrutura de atendimento materno e infantil. Por meio do Novo PAC Saúde, serão construídas 36 novas maternidades e 30 Centros de Parto Normal, com um investimento total de R$ 4,85 bilhões. A prioridade será dada às regiões com os piores índices de mortalidade materna, beneficiando diretamente mais de 30 milhões de mulheres.

Incentivo ao aleitamento materno - O governo também reforçará o apoio à rede de bancos de leite, investindo R$ 41,9 milhões por ano para ampliar a oferta de leite materno nas unidades neonatais. A rede de bancos de leite do Brasil já é referência mundial, e a nova política buscará incentivar ainda mais o aleitamento materno, fundamental para a saúde dos recém-nascidos.

Tecnologia e inovação no cuidado às gestantes - Em 2024, será lançada a versão eletrônica da Caderneta da Gestante, disponível no aplicativo "Meu SUS Digital". O recurso permitirá integrar os dados das gestantes de forma mais ágil e eficiente, evitando idas desnecessárias às unidades de saúde. Além disso, a ferramenta terá conteúdos informativos e orientações para os profissionais de saúde.

Homenagem à Alyne Pimentel - O novo modelo de atendimento recebe o nome em homenagem a Alyne Pimentel, uma mulher que morreu grávida de seis meses em 2002, após ser desassistida em Belford Roxo (RJ). O caso de Alyne levou à condenação do Brasil em uma corte internacional, reconhecendo a violação dos direitos humanos das mulheres à maternidade segura.

Fonte: Brasil 247

“Modelo agroexportador vai transformar o Brasil em um deserto", alerta cientista

 

Alexandre Costa critica as queimadas do agronegócio e alerta sobre os impactos devastadores da pecuária e combustíveis fósseis no meio ambiente

(Foto: Divulgação | ABR)

Durante sua participação no programa Giro das Onze da TV 247, o cientista do clima e professor da Universidade Estadual do Ceará, Alexandre Costa, fez duras críticas ao modelo agroexportador brasileiro e às práticas do agronegócio, especialmente no que tange às queimadas. Costa descreveu esse sistema como “um modelo de morte”, apontando que a pecuária extensiva e a produção voltada para exportação estão levando o Brasil ao limite ambiental.

“O modelo agroexportador é absolutamente insustentável”, afirmou Costa. Segundo ele, a combinação de pecuária e combustíveis fósseis está promovendo a destruição da biodiversidade e colocando o futuro do Brasil em risco. “O binômio pecuária e combustíveis fósseis vai tornar o Brasil – o território mais sócio-biodiverso do planeta – em deserto”, alertou o cientista, destacando a crescente perda de áreas nativas como o Cerrado.

Costa também apontou a contradição entre o discurso de produção agrícola e a realidade dos destinos dessa produção. “Ao invés de se produzir comida para as mesas das pessoas, produz-se o insumo que vai virar ração de suínos na China ou de frangos na Europa. Perdemos mais da metade do Cerrado para isso, por míseros dólares do agronegócio”, criticou o professor.

O cientista ainda ressaltou que as queimadas, prática comum para expansão de áreas agrícolas e pastagens, estão diretamente relacionadas com o aumento da poluição do ar e a escassez de chuvas, fatores que têm agravado a crise climática no Brasil. Nos últimos dias, várias cidades brasileiras atingiram níveis alarmantes de poluição, classificados como “perigosos” para a saúde humana.

Costa defende que é fundamental a busca por alternativas sustentáveis que garantam a preservação dos recursos naturais e a produção de alimentos voltada ao consumo interno, e não apenas ao lucro das exportações.  Assista: 

 

Fonte: Brasil 247

PF indicia André Janones por suposta participação em esquema de rachadinha

 

Os crimes imputados ao deputado são associação criminosa, peculato e corrupção passiva

André Janones (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal indiciou o deputado André Janones (Avante-MG) por suspeita de envolvimento em um esquema de rachadinha no gabinete do próprio parlamentar. Conforme infomou a reportagem do g1, a investigação foi iniciada após denúncias de ex-funcionários, que alegam terem sido pressionados a devolver parte dos salários a Janones.

Os crimes imputados ao deputado são associação criminosa, peculato e corrupção passiva. Segundo a corporação, o patrimônio do parlamentar teria aumentado de maneira desproporcional no período analisado.

"Os dados fiscais também não deixam dúvidas no que concerne ao exaurimento do crime de corrupção passiva. Por meio deles, a equipe investigativa se deparou com uma variação patrimonial 'a descoberto' do parlamentar, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente de R$ 64.414,12 e R$ 86.118,06", apontou o relatório da PF.

Além de dados fiscais, a investigação também se baseou em uma gravação de áudio de 2019, na qual o deputado menciona que assessores deveriam devolver parte dos vencimentos para ajudá-lo a quitar prejuízos da campanha eleitoral de 2016.

“Tem algumas pessoas aqui que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas quando a minha campanha de prefeito deu um prejuízo de R$ 675 mil, na campanha. Elas vão ganhar a mais pra isso”, diz o parlamentar na gravação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já havia aberto um inquérito para apurar a conduta do parlamentar, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O deputado, por sua vez, negou as irregularidades.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula lança Rede Alyne, voltada para o cuidado de gestantes e bebês, e se emociona ao lembrar da morte do filho

 

“Fui buscar minha mulher no hospital e encontrei minha mulher morta e meu filho morto. Tenho certeza que foi relaxamento, falta de trato”, lamentou

12.09.2024 - Cerimônia de lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral a Gestantes e Bebês, em Belford Roxo (RJ) (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quinta-feira (12) do lançamento da Rede Alyne, programa voltado para a redução da mortalidade materna no Brasil. A iniciativa tem como objetivo reduzir a morte de gestantes e bebês em 25% até 2027, por meio de ações como a expansão da rede de maternidades, a integração entre maternidade e atenção básica e a criação de uma equipe especializada em obstetrícia dentro do Complexo Regulatório do SUS.

“É por isso que a gente está fazendo esse programa chamado Rede Alyne, para que as mulheres quando ficarem grávidas sejam tratadas com decência, com respeito, não fate médico para fazer o pré-natal, para fazer o tratamento que é necessário fazer, que não falte a máquina necessária para fazer imagem da criança”, afirmou Lula.

Em um discurso emocionado, o presidente relembrou a morte de sua primeira mulher, Maria de Lourdes, e de seu filho em 1971. Na ocasião, Lourdes contraiu hepatite e precisou ser internada quando estava no oitavo mês de gestação. Ela e o filho morreram durante uma cesárea de emergência, feita para tentar salvar a vida dos dois. Segundo Lula, ocorreu negligência no hospital.

“Quando eu casei, em 1969, que nasce meu primeiro filho, eu fui em um domingo buscar minha mulher no hospital e eu levei uma roupa cor de rosa e uma roupinha azul, porque naquele tempo a gente não sabia, ficava tentando adivinhar. Cheguei no hospital, encontrei minha mulher morta e meu filho morto. Eu, hoje, tenho certeza absoluta que foi relaxamento, que foi falta de trato, porque as pessoas pobres muitas vezes são tratadas como se fossem pessoas de segunda categoria. E ser pobre e mulher negra é tratada como se fosse de terceira categoria, e nós precisamos tratar todas as pessoas com respeito, carinho, com muito amor, porque nós não iremos criar uma sociedade civilizada se a gente não tratar das pessoas independente da cor, do berço que nasceu, da religião”, lamentou.

Fonte: Brasil 247

Lula defende valorização de policiais: 'é preciso ter salário e jornada de trabalho melhores'

 

“Vamos cuidar para que os policiais sejam tratados com respeito”, disse ele ao falar sobre a reunião que terá com governadores sobre segurança pública

12.09.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral a Gestantes e Bebês, em Belford Roxo (RJ) (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

Em discurso nesta quinta-feira (12) em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, por ocasião do lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral às Gestantes e Bebês, o presidente Lula (PT) afirmou que se reunirá ainda setembro com os governadores brasileiros para discutir “com seriedade” uma política de segurança pública para o país. “O governo federal não é responsável pela segurança pública do país. Quem é responsável, quem manda na polícia são os governadores. Mas eu estou convocando ainda esse mês os 27 governadores e vamos discutir com seriedade uma política de segurança pública para proteger a população. Não é possível continuar morrendo gente de bala perdida, porque esse negócio de bala perdida é porque o atirador é muito ruim ou porque ele está querendo matar quem é vítima”.

O presidente defendeu que além das cobranças feitas às polícias, que os agentes de segurança também tenham condições de trabalho melhores, incluindo salários mais altos. “Então vamos cuidar, vamos cuidar das câmeras [corporais], vamos cuidar também para que os policiais sejam tratados com respeito. É preciso ter um salário melhor, é preciso ter uma jornada de trabalho que permita ao policial ser amigo do ser humano que mora na cidade, e não inimigo”. 

Fonte: Brasil 247

Vendas no varejo do Brasil voltam a crescer em julho

 

Os números destacam o setor de supermercados e bebidas

Vendas no varejo do Brasil voltam a crescer em julho (Foto: Reuters/Mark Makela)

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas varejistas no Brasil voltaram a crescer em julho com um desempenho um pouco acima do esperado, com destaque para o setor de supermercados e bebidas.

Os dados de julho mostram que o varejo registrou avanço de 0,6% das vendas em relação ao mês anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), depois de retração de 0,9% em junho -- único dado no vermelho no ano.

Os dados divulgados nesta quinta-feira mostram ainda que, na comparação com mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 4,4% das vendas.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de altas de 0,5% na base mensal e de 4,2% na anual..

“Foi um retorno ao crescimento e uma expansão efetiva do varejo, o desenho do ano é muito positivo por vários ângulos. O patamar do comércio está muito perto do recorde da série (de maio) e esse ano tivemos apenas um mês de queda, que foi junho", disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

O setor de varejo brasileiro teve um bom início de ano, favorecido pelo ambiente propício ao consumo de inflação baixa e mercado de trabalho aquecido, com aumento da renda.

Os dados do PIB no segundo trimestre mostram que o consumo das famílias aumentou 1,3% no período sobre o trimestre imediatamente anterior, e a expectativa é que o setor continue dando impulso à atividade econômica no ano.

"Começamos o segundo semestre com um dinamismo maior do que o esperado, e acreditamos que o mercado de trabalho aquecido, o crescimento da massa salarial, a expansão do crédito ao consumidor e a inflação ainda razoavelmente controlada continuarão a sustentar o consumo das famílias", avaliou Igor Cadilhac, economista do PicPay.

Com os dados de julho, o desempenho do setor varejista está 0,3% abaixo do recorde de maio.

Entre as oito atividades pesquisadas, as vendas no grupo de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 1,7% em julho sobre o mês anterior na série com ajuste sazonal, o principal impacto no resultado geral.

A pesquisa também mostrou que houve crescimento de 2,1% nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico. Tiveram resultados positivos ainda Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (+2,2%), Tecidos, vestuário e calçados (+1,8%) e Móveis e eletrodomésticos (+1,4%).

Livros, jornais, revistas e papelaria registraram alta de apenas 0,1% em julho, enquanto apresentaram retrações Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,1%).

“O consumo esse mês (julho) foi mais espalhado no varejo. Neste ano o movimento de aquecimento do varejo tem a ver com crédito, uma inflação menor para alimentos em domicílio, efeito do mercado de trabalho com mais emprego e mais massa de rendimento, além dos juros que caíram ante 2023", explicou Santos.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve alta de 0,1% frente a junho.

O Banco Central volta a se reunir na próxima semana para decidir sobre a taxa básica de juros Selic, que atualmente está em 10,5%. A expectativa em geral é de aumento de 0,25 ponto percentual diante do desempenho forte da economia.

"Apesar de ser positivo do ponto de vista da atividade, o resultado de hoje reforça as preocupações e incertezas que cercam a leitura dos agentes sobre as próximas decisões de política monetária a serem tomadas pelo Copom", disse a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta.

Fonte: Brasil 247

Governo publica 23 setores beneficiados por programa de depreciação acelerada

 

Na primeira fase do programa, o governo prevê 3,4 bilhões de reais em créditos financeiros para a compra de máquinas, equipamentos e aparelhos novos

Palácio do Planalto (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal publicou nesta quinta-feira a lista dos 23 setores da economia beneficiados pelo programa de depreciação acelerada, que tem como justificativa "modernizar o parque industrial brasileiro" por meio de investimentos privados.

Na primeira etapa do programa, o governo prevê 3,4 bilhões de reais em créditos financeiros para a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, sendo 1,7 bilhão de reais em 2024 e a outra metade no ano que vem, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A depreciação acelerada é um mecanismo que funciona como antecipação de receita para as empresas, afirmou o Mdic.

"Toda vez que adquire um bem de capital, o empresário pode abater seu valor nas declarações futuras de IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e de CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). Em condições normais, esse desconto é paulatino, feito em até 20 anos, conforme o bem vai se depreciando", informou o ministério.

"Com a depreciação acelerada, o abatimento poderá ser feito em apenas duas etapas – 50% no primeiro ano, 50% no segundo", afirmou a pasta.

Segundo o Mdic, estudos de bancos privados e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o programa tem potencial para alavancar investimentos da ordem de 20 bilhões de reais, com reflexos no aumento do PIB e na geração de empregos.

Os setores beneficiados são: Alimentos, Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, Produto têxteis, Confecção de artigos de vestuário e acessórios, Produtos de madeira, Papel e celulose, Impressão e reprodução de gravações, Biocombustíveis Produtos químicos (exceto beneficiados pelo Reiq), Farmacêutico Produtos de borracha e plástico, Minerais não metálicos, Metalurgia, Produtos de metal, Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, Aparelhos e materiais elétricos, Máquinas e equipamentos, Peças e acessórios para veículos, Equipamentos de transporte (fabricação de trens, navios e aeronaves), Construção de edifícios, Móveis e Obras de infraestrutura.

Há ainda uma categoria chamada "produtos diversos" que abrange itens como material de escritório, guarda-chuva, painéis, letreiros, joalheria, instrumentos musicais, artigos esportivos e "outros produtos considerados de produção residual".

Segundo o Mdic, o programa foi criado com base em um sistema de cotas em que os recursos destinados a cada setor serão proporcionais ao tamanho das atividades na economia. Para que setores maiores não sejam excessivamente beneficiados, os valores destinados a cada um deles não pode ultrapassar o limite de 12% do total do programa.

Fonte: Brasil 247

Premiê espanhol recebe Edmundo González em Madri enquanto é pressionado a reconhecer vitória declarada do opositor venezuelano

 

O ex-candidato da Venezuela se autoproclamou presidente do país e se recusou a reconhecer o presidente Nicolás Maduro como vencedor da eleição

Pedro Sánchez e Edmundo González em Madri 12/9/2024 (Foto: Palácio da Moncloa/Divulgação via REUTERS)

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, encontrou-se nesta quinta-feira (12) com o líder da oposição venezuelana e ex-candidato, Edmundo González, em Madri, um dia depois que a câmara baixa do Parlamento espanhol votou pelo reconhecimento de González como o vencedor da eleição presidencial de julho.

González, de 75 anos refugiou-se na Espanha no domingo, enquanto Sánchez visitava a China. Ele temia perseguições do governo de Nicolás Maduro, que foi declarado eleito para um terceiro mandato pela Justiça do país sul-americano.

"Dou calorosas boas-vindas em nosso país a Edmundo González, a quem recebemos mostrando-lhe o compromisso humanitário e a solidariedade da Espanha com os venezuelanos", publicou Sánchez na plataforma de mídia social X. A postagem foi citada pela agência Reuters.

A postagem mostra um vídeo dos dois e da filha de González passeando nos jardins do Palácio Moncloa, a residência oficial do primeiro-ministro.

A oposição venezuelana publicou as contagens de votos da eleição de julho e disse que González obteve uma vitória retumbante, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral declarou o presidente Nicolás Maduro como vencedor. Maduro tem contestado as críticas internacionais, considerando-as um complô da extrema-direita.

Na quarta-feira, a câmara baixa da Espanha aprovou uma moção instando o governo a reconhecer González como presidente eleito, uma medida simbólica que Sánchez disse que seu governo minoritário liderado pelos socialistas ignoraria e se alinharia com a União Europeia sobre a questão.

Em resposta, o Parlamento venezuelano pediu ao governo que cortasse os laços diplomáticos já instáveis com a Espanha depois que a moção foi aprovada.

Sánchez disse que a Espanha continuaria exigindo a divulgação das atas detalhadas da votação na presença de um mediador da UE, embora ainda não reconhecesse Maduro ou González como vencedor. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters