domingo, 8 de setembro de 2024

STJ sofre ataque hacker, mas nega prejuízo ao sistema

 

Controle foi retomado em poucos minutos, aponta assessoria do tribunal

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou hoje (8) que sofreu um ataque hacker na última sexta-feira (6). Chamada de “atividade criminosa cibernética” pelo órgão, a ação teria o objetivo de paralisar os sistemas.

A assessoria disse, em nota, que o controle  foi totalmente retomado “em questão de poucos minutos” e os serviços digitais voltaram a funcionar normalmente. Também segundo o órgão, o “fato não causou prejuízos aos usuários”.

Ainda não foram divulgadas informações sobre origem, autoria e investigações sobre o ataque.

Veja a nota completa enviada pela assessoria de imprensa do STJ:

“O Superior Tribunal de Justiça informa que nesta sexta-feira (6), foi alvo de atividade criminosa cibernética e sofreu uma tentativa de paralisação de seus sistemas. Em questão de poucos minutos, o controle foi totalmente retomado, assegurando o funcionamento dos serviços digitais. O fato não causou prejuízos aos usuários”.

Edição: Lidia Neves

Fonte: Agência Brasil


Agência Brasil explica resultados nas contas públicas

 

Saiba a diferença entre o déficit ou superávit primário e o nominal

As contas públicas são objeto de atenção constante de gestores públicos, economistas, jornalistas e investidores. Elas totalizam os gastos e as receitas do principal agente da economia nacional: o governo federal.

O governo recolhe impostos, taxas e contribuições para pagar a prestação de serviços à população. Ele também financia suas atividades levantando dinheiro com a venda de títulos públicos. As contabilidades dessas operações são feitas mensalmente e totalizadas em dois indicadores: o “resultado primário” e o “resultado nominal.”

O resultado primário indica o saldo entre os valores arrecadados e os valores gastos. Quando há mais arrecadação do que gasto, há superávit primário. Quando há mais gasto do que arrecadação, há déficit primário.

O termo “primário” significa que o resultado não contabiliza outros valores, por exemplo aqueles que o governo desembolsou pagando juros ou resgates de títulos emitidos da dívida pública federal, e nem aquilo que arrecadou com a venda de novos títulos no mercado financeiro, dentro e fora do Brasil, junto a bancos, fundos de pensão, empresas e até pessoas físicas.

O indicador que faz essa contabilidade é o “resultado nominal”, que em síntese é a diferença, em determinado período, entre as receitas totais (arrecadação mais aplicações financeiras) e as despesas totais (gastos mais despesas com juros). Os resultados nominais acumulados são totalizados no estoque da dívida pública.

Trajetória sustentável 

De acordo com o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o economista Marco Antônio Cavalcanti, “a maioria dos países olha para a geração de superávits primários como sendo o requisito necessário para que os governos consigam levar uma trajetória sustentável da dívida pública de forma virtuosa”.

“O resultado primário é uma medida mais fácil para avaliar como o governo está montando a sua política fiscal. Se está sendo expansionista ou contracionista. Se o déficit eventualmente é causado por conta de o governo estar gastando muito, ou se o superávit é porque está arrecadando muito”, complementa o advogado e economista João Leme, analista de contas públicas da Tendências Consultoria.

Segundo ele, o resultado primário é uma informação muito sensível aos investidores. “Quando alguém resolve comprar títulos da dívida pública, avaliar a possibilidade de montar um negócio no Brasil ou expandir as suas operações, precisa ter algum grau de certeza de que o país não corre o risco de quebrar. Eles estão olhando, na verdade, se o governo tem capacidade, ou pelo menos está na trajetória, de conseguir arcar com as suas despesas de forma mais estrutural.”

Como acompanhar os resultados

Para a economista Clara Brenk, professora da UFMG e coordenadora da área de política fiscal do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da USP, acompanhar apenas o resultado primário é insuficiente. É necessário observar, no resultado nominal, o volume de gasto com o pagamento de juros. Ela lembra que o pagamento de juros também é fator que impacta nas contas públicas e na possibilidade de crescimento, mas não é capturado pelo resultado primário.

“Para discutirmos a estabilidade da dívida pública, temos que olhar para o resultado nominal, que inclui os juros. Não adianta fazer esforço fiscal sem baixar os juros e sem crescer a economia. Não vai adiantar de nada ter superávit primário, se o PIB [produto interno bruto] está caindo e a taxa de juros está subindo.”

O resultado primário é o indicador mais usado para avaliar a situação das contas públicas desde 1997 – três anos após o Plano Real. Conforme o economista Marco Antônio Cavalcanti, do Ipea, a preferência pelo indicador deve-se ao fato de que a arrecadação e as despesas estão sob escrutínio do governo, que tem instrumentos para cortar gastos ou para aumentar a tributação.

Já os juros podem variar com fatores fora de controle do governo, como o câmbio e as taxas de juros praticadas em outros países. “O resultado nominal depende de uma taxa de juros que o governo não consegue controlar: pode tentar influenciar, mas depende de um estoque de dívida que já está dado.”

Últimos resultados

A Secretaria do Tesouro Nacional (Ministério da Fazenda) divulgou na última quinta-feira (5) o resultado das contas públicas no mês de julho: o saldo entre a arrecadação e as despesas do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) foi de R$ 9,283 bilhões negativos. Por causa do esforço fiscal, o déficit foi 75,3% menor do que o valor do mesmo mês do ano passado.

O número negativo demonstra, no entanto, que o governo teve mais gastos – principalmente, com o pagamento de aposentadorias e pensões, com a remuneração do funcionalismo público e com despesas obrigatórias (saúde e educação) – do que conseguiu apurar de receitas, a partir da cobrança de tributos das pessoas e das empresas, da obtenção de dividendos de empresas estatais ou de recursos com concessões públicas e outras fontes.

Em julho, o governo emitiu títulos da dívida pública federal em valor total de R$ 139,6 bilhões, e pagou no resgate de antigos títulos R$ 131,94 bilhões, diferença de R$ 7,65 bilhões (emissão líquida). Conforme o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, o estoque da dívida atingiu naquele mês R$ 7,1 trilhões.

Edição: Lidia Neves

Fonte: Agência Brasil


Eleições 2024: semana terá pesquisas em 11 capitais; São Paulo terá levantamentos de Quaest e AtlasIntel

 

São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife terão dois levantamentos publicados nos próximos dias

Entre os dias 9 e 11 de setembro serão 15 levantamentos publicados - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Onze das 26 capitais brasileiras terão pesquisas divulgadas na próxima semana. Entre os dias 9 e 11 de setembro serão 15 levantamentos publicados, de acordo com os registros dos institutos publicados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Recife (PE) são as capitais que terão dois levantamentos publicados nesta semana.

Confira a agenda completa:

Maceió (AL)
Quando: 10 de setembro
Instituto: Datatrends

Fortaleza (CE)
Quando: 11 de setembro
Instituto: Quaest

Quando: 9 de setembro
Instituto: Paraná Pesquisas

São Luis (MA)
Quando: 9 de setembro
Instituto: Quaest

Cuiabá (MT)
Quando: 10 de setembro
Instituto: Instituto Mais

Belo Horizonte (MG)
Quando: 10 de setembro
Instituto: Real Time Big Data

Quando: 11 de setembro
Instituto: Quaest

Curitiba (PR)
Quando: 11 de setembro
Instituto: Paraná Pesquisas

Belém (PA)
Quando: 9 de setembro
Instituto: Real Time Big Data

Recife (PE)
Quando: 9 de setembro
Instituto: Real Time Big Data

Quando: 11 de setembro
Instituto: Quaest

Rio de Janeiro (RJ)
Quando: 11 de setembro
Instituto: Quaest

São Paulo (SP)
Quando: 11 de setembro
Instituto: Quaest

Quando: 11 de setembro
Instituto: AtlasIntel

Palmas (TO)
Quando: 11 de Setembro
Instituto: Ipespe

Edição: Thalita Pires

Fonte: Brasil de Fato

Moraes encaminha inquérito das Fake News à PGR, diz Elio Gaspari

O inquérito das Fake News ocorria sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – Foto: Reprodução

 O inquérito das fake news, há 2.000 dias sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode estar perto de um desfecho. O magistrado, segundo informações de Elio Gaspari, decidiu encaminhar o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora ficará a cargo de determinar o futuro dos investigados.

Com essa transferência, o ministro se desvincula do processo, passando a responsabilidade ao procurador Paulo Gonet.

Essa movimentação ocorre em um momento importante para o Judiciário, com a abertura da disputa por duas vagas no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os nomes dos escolhidos para essas vagas sairão de duas listas tríplices. A disputa conta com o apoio de pelo menos quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), cada um com seus candidatos favoritos.

Entre os concorrentes está o desembargador Ney Bello, do Maranhão, que chegou a ser indicado por Jair Bolsonaro no governo passado. No entanto, sua nomeação foi vetada pelo ministro Kassio Nunes Marques. Esse episódio gerou um desentendimento entre Gilmar Mendes, padrinho de Bello, e Bolsonaro, mostrando como as articulações políticas influenciam as decisões judiciais.

Fonte: DCM com informações do jornalista Elio Gaspari

Reinaldo Azevedo critica ato flopado de Bolsonaro na Paulista: ”Fascistoide”

 

Jair Bolsonaro discursa em ato na Paulista, ocorrido no sábado, 7 de setembro – Foto: Reprodução

O jornalista Reinaldo Azevedo criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ato na Paulista ocorrido no sábado, 7 de setembro, organizado por ele e seus aliados. Segundo o colunista do Uol, tratou-se de uma manifestação “fascistoide”. Confira trechos:

É… O charme do bolsonarismo como um movimento antissistema — e o decadente “capitão” insistiu nessa tecla — parece ter minguado. Aquela que prometia ser a maior manifestação popular do planeta, com o intuito de pedir a cabeça de Alexandre de Moraes, reuniu, segundo medição objetiva, menos de um quarto do público que compareceu à convocação anterior, em 25 de fevereiro: 45,4 mil agora ante 185 mil antes. Convenham: tudo parecia reforçar o ato fascistoide. Parece que algo começou a dar errado…

Os dois números, note-se, são do Monitor do Debate Político no Meio Digital, que desenvolveu um software para medição de público. Nem entro no mérito se está certo ou errado. Interessa a ordem de grandeza, não o número. A mesma métrica foi empregada agora e em fevereiro. E, desta feita, compareceu uma parcela correspondente a apenas 24,6% das pessoas que atenderam aos apelos do líder golpista na jornada anterior. (…)

(…)Há mais. O ex-presidente jamais conheceu uma imprensa tão sensível a seus, digamos, “argumentos” como agora. Sob o pretexto de se combaterem os supostos métodos heterodoxos de Moraes ou a dita hipertrofia do Supremo — duas besteiras —, setores do jornalismo e do colunismo transformaram a catilinária golpista do bolsonarismo em “pauta isenta” ou em artigos que buscam emprestar benignidade às substâncias tóxicas produzidas pelos afascistados. Reparem que os Bolsonaros pararam de bater na imprensa, o que é um péssimo sinal… para a imprensa.

Houve uma intensa cobertura dos meios de comunicação a antever o mais espetáculo da Terra. Eu cansei de ler, mesmo quando não queria — as chamadas das homepages assaltavam a tela — que o pastor Silas Malafaia prometia um discurso “duríssimo” contra Moraes, algo mesmo para “arregaçá-lo”. Também Bolsonaro anunciou que, desta feita, não tinha perdão: pediriam mesmo o impeachment. Aliás, o biltre voltou a acusar o TSE de interferir no resultado da eleição de 2022… Os deputados bolsonaristas mais badalados também engrossariam o evento, além, claro!, de Tarcísio de Freitas… Apelaram até à expectativa da participação de Pablo Marçal. Pois é: 45 mil pessoas. (…)


Fonte: DCM

Bolsonaro tentou sabotar carro de som com Zambelli e Dallagnol

 

A deputada federal Carla Zambelli disse ao repórter Fabrício Rinaldi, da DCM TV, que votaria em Marçal. Foto: Carla Zambelli

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou com um carro de som que interferia em seu discurso durante o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, em São Paulo, que era uma manifestação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante o evento, Bolsonaro pediu que a Polícia Militar (PM) agisse para interromper o barulho ou que alguém sabotasse o veículo, descrevendo o responsável pelo som como “canalha” e “vagabundo”. O que ele não sabia era que o veículo abrigava a deputada Carla Zambelli e o ex-deputado Deltan Dallagnol. Além deles, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança também estava presente no carro. 

Essa iniciativa, que também busca o impeachment do ministro do STF, é liderada por Marco Antônio Costa, proprietário do canal de direita “Fio Diário” e ex-comentarista da Jovem Pan.

Segundo o Globo, o veículo estava estacionado perto da Rua Frei Caneca, aproximadamente 300 metros do principal trio elétrico do evento, situado na interseção da Rua Peixoto Gomide com a Avenida Paulista, perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Bolsonaro comentou: “Se for possível parar esse som, a gente agradece, ou então eu peço para alguém sabotar. Arranca o cabo da bateria desse carro. Se esse picareta quer fazer um evento, anuncie, convoque o povo e faça. Não atrapalhe pessoas que estão lutando por algo muito sério em nosso País.”

O carro de som foi contratado pelo “Movimento Fora Moraes”. Um membro do movimento expressou surpresa com a queixa de Bolsonaro e informou que a distância entre o carro e o trio principal foi previamente acordada com a Polícia Militar para evitar sobreposição de áudio.

Vale destacar também que, na ocasião, Bolsonaro aproveitou o evento para promover ataques contra Moraes, chamando-o de “ditador” e pedindo seu impeachment.

Confira:

Voto em Marçal

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) declarou ao repórter Fabricio Rinaldi do DCM TV que irá apoiar o candidato Pablo Marçal (PRTB) nas eleições para a prefeitura de São Paulo. A revelação foi feita durante a participação de Zambelli do ato que pedia o impeachment de Alexandre de Moraes.

Na sequência da revelação de seu voto, a parlamentar emendou: “Não publica. Eu tenho partido”. A agremiação de Carla faz parte da coligação que apoia o candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB).

Fonte: DCM

Comissário da NFL sinaliza interesse de realizar mais partidas no Brasil e cita o Rio

 

Roger Goodell disse que a liga tem planos para expandir suas partidas internacionais e que o Brasil é um mercado de grande interesse

Partida da NFL - Eagles vs Packers - no Brasil (Foto: Reuters/Carla Carniel)

Infomoney O comissário da National Footbal League (NFL), Roger Goodell, disse que a liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos tem planos para expandir suas partidas internacionais, destacando o Brasil como um mercado de grande interesse.

O sucesso do jogo entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, na última sexta-feira (6), foi um fator determinante para essa visão de longo prazo.

Em entrevista à ESPN, Goodell destacou que o Brasil tem mostrado um forte desejo de sediar partidas da NFL, com o Rio de Janeiro emergindo como uma possível nova sede. “Há muitas cidades no Brasil que querem ter um jogo da NFL. Sei que o Rio está batendo na porta, é uma boa oportunidade”, afirmou o comissário à ESPN. Ele comparou o Brasil a outras experiências de sucesso da liga, como na Alemanha, onde a NFL retornou para novas partidas após um bom desempenho inicial.

O comissário reforçou a necessidade de realizar jogos em “cidades globais” e reconheceu que o Brasil, especialmente São Paulo, atende a essa exigência, com um público apaixonado por esportes.

Durante a entrevista, Goodell ressaltou a importância de aproximar o futebol americano dos fãs ao redor do mundo, destacando que a realização de jogos in loco contribui para o fortalecimento da base de fãs e acelera o desenvolvimento da liga em novos mercados. “Quando você traz um jogo, tudo ganha vida. É aí que a reação dos fãs se multiplica”, explicou.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

María Corina afirma que González tomará posse da presidência na data prevista

 

A declaração foi feita após González ter deixado a Venezuela com destino à Espanha

Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez 29/07/2024 (Foto: REUTERS/Maxwell Briceno)

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, declarou que Edmundo González, candidato que concorreu contra Nicolás Maduro nas eleições presidenciais, tomará posse conforme o previsto, segundo relatado pela Folha de S. Paulo neste domingo (8).

"Em 10 de janeiro de 2025, o presidente eleito Edmundo González Urrutía será empossado como presidente constitucional da Venezuela e comandante em chefe da Força Armada Nacional”, afirmou.

A declaração foi feita após González ter deixado a Venezuela com destino à Espanha, em meio à polêmica eleição presidencial no país sul-americano.

Entenda: Este desenvolvimento político segue a eleição de 28 de julho. Democracias em todo o mundo criticaram o manejo do voto pelo governo venezuelano, que, segundo autoridades eleitorais e o tribunal superior do país, foi vencido por Maduro. A oposição venezuelana afirma que a eleição resultou em uma vitória ressonante para Gonzalez, publicando totais de votos online que afirmam mostrar sua vitória.Esta semana, promotores emitiram um mandado de prisão contra Gonzalez em conexão com a publicação online dos totais, acusando-o de usurpar funções, falsificar documentos públicos e conspiração, entre outras acusações. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Lula se reúne com Mauro Vieira e nº 2 do Itamaraty para discutir tensão na Venezuela

 

Governo Maduro revogou a autorização para que o Brasil represente os interesses da Argentina em Caracas, mas o Itamaraty anunciou que permanecerá no posto

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula (PT) reuniu-se neste domingo (8) com a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, no Palácio da Alvorada, para discutir o agravamento da crise diplomática com a Venezuela, informa o g1. O encontro ocorreu após o governo de Nicolás Maduro revogar a autorização para que o Brasil represente os interesses da Argentina em Caracas.

Maria Laura substitui o chanceler Mauro Vieira, que participou da reunião remotamente enquanto cumpre agenda oficial no Oriente Médio. O assessor especial da Presidência, Audo Faleiro, também esteve presente. A reunião, que durou cerca de duas horas, ocorreu em meio à crescente tensão diplomática entre Brasil e Venezuela.

A decisão do governo Maduro surpreendeu o Itamaraty, que declarou que a medida não pode ser tomada unilateralmente. A chancelaria brasileira garantiu que continuará representando a Argentina na capital venezuelana até que um novo representante seja designado por Buenos Aires.

A embaixada argentina em Caracas, sob a responsabilidade do Brasil, abriga atualmente seis opositores ao governo de Maduro. Segundo relatos, o prédio foi cercado por forças de segurança venezuelanas e a energia elétrica foi cortada, obrigando a missão diplomática a operar com um gerador próprio.

Em viagem à Rússia, o assessor especial da Presidência Celso Amorim se disse "chocado" com a decisão de Maduro. "Eu acho extremamente estranha a atitude da Venezuela, figura corrente do direito internacional é a proteção internacional de interesses. Para mim, é uma coisa que me chama a atenção, e me choca muito. Não tem cabimento isso. Eu acho que esse é um assunto tipicamente diplomático. Claro que tem repercussões políticas. O Itamaraty respondeu corretamente e lamentamos muito a situação".

O governo argentino agradeceu ao Brasil pelo compromisso em manter a custódia da embaixada em Caracas, reconhecendo a responsabilidade do país em proteger os interesses argentinos. A decisão brasileira também recebeu apoio de outras nações, como Estados Unidos, Panamá e Costa Rica.

A oposição venezuelana relatou que forças de segurança têm monitorado o entorno da embaixada, com agentes encapuzados circulando pela área e um veículo da polícia estacionado em frente ao prédio.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

"De vagabundagem e ditadura o Bolsonaro conhece bem", diz Florestan Fernandes Jr.

 

Bolsonaro e aliados chamaram Moraes de "vagabundo, ditador e psicopata" em ato no sábado. 'Psicopata tem na família Bolsonaro', ironizou Florestan

Florestan Fernandes Jr., Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Roberto Jayme/Ascom/TSE)

O jornalista Florestan Fernandes Júnior, em participação no Bom Dia 247, da TV 247, neste domingo (8), reagiu aos xingamentos proferidos por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em ato na Avenida Paulista no sábado (7).

Para Florestan, os bolsonaristas acusaram Moraes de praticar tudo aquilo que eles mesmos fazem ou defendem. “O Bolsonaro e alguns dos seus falaram que o Alexandre [de Moraes] é vagabundo. De vagabundagem o Bolsonaro é campeão. Não tem ninguém mais vagabundo do que ele. Passou quatro anos andando de jet ski e fazendo motociata, fazendo algazarra, inclusive em viagem internacional, comendo pizza em Nova York em um encontro importante na ONU. Enfim, não precisamos nem lembrar de tudo que ele fez na questão vagabundagem. Não trabalhava, não tinha equipe. O governo dele foi um desastre”.

“Ele também fala que o Alexandre é um ‘ditador’. De ditadura ele [Bolsonaro] conhece bem, porque ele era do grupo dos porões da ditadura. Ele andava com aqueles que torturavam e perseguiam. Ele é aquele que falava antes da eleição, inclusive através da voz do filho, que para fechar o Supremo era [preciso] só um soldado e um cabo. Ele fez de tudo para impedir a eleição do Lula, inclusive armando um golpe de Estado, terminando com aquela cena do 8 de janeiro. Tentou dar um golpe e não conseguiu e fala que o outro é ditador? O outro, ao contrário, conseguiu, de certa maneira, preservar o Estado Democrático de Direito junto com o presidente Lula e junto com o Pacheco, porque foram eles que no dia 8 de janeiro estavam lá vendo a destruição que o grupo dele [Bolsonaro] fez na Praça dos Três Poderes”, lembrou.

Sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ter chamado Moraes de “psicopata”, Florestan destacou: “olha, nessa família Bolsonaro o que tem de psicopata é brincadeira”. “Psicopata e genocida, porque ele [Jair Bolsonaro] é genocida. Mais de 700 mil mortes pela Covid e ele falando aquilo tudo era um ‘mimimi’, ficava imitando a pessoa sem ar, foi contra a vacina, não levou oxigênio para os hospitais, aumentou o número de mortes falando que não era para usar máscara, botando criancinha brincando de dar tido. Então o psicopata é o Alexandre?”, questionou.

Sobre a falsa defesa da liberdade, o jornalista pontuou a aliança internacional do bolsonarismo contra o Brasil e sua soberania. “Falam que é uma defesa da liberdade e da democracia mas eles nunca defenderam a liberdade. Ao contrário. Tanto que se aliam a pessoas de fora do Brasil para manter um esquema de submissão do Brasil ao Elon Musk e aos Estados Unidos”.

Para Florestan Fernandes Júnior, o ato de sábado serviu para provar que Bolsonaro “está murchando”. A manifestação reuniu cerca de 45,4 mil pessoas, de acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP). Em comparação, protestos semelhantes chegaram a atrair mais de 180 mil pessoas. “Está claro que o Bolsonaro não está tendo mais aquele apelo junto às massas. Esse vazio na Avenida Paulista mostra que ele é descartável. Ao invés de mostrar força para o STF, mostrou fragilidade, mostrou que ele não tem mais condições de grandes mobilizações. Essa manifestação foi péssima para a extrema direita, porque eles foram lá, atacaram o Supremo e fecharam portas para qualquer negociação com grupos políticos. Ficou mais fácil para o ‘Xandão’ e para o [Paulo] Gonet [procurador-geral da República] começarem a fazer o que tem que ser feito”.

Fonte: Brasil 247

Brasil garante dobradinha nos 200 metros classe VL2 da canoagem

 

Fernando Rufino conquistou o ouro e Igor Tofalini a prata

O Brasil garantiu uma dobradinha na prova dos 200 metros da classe VL2 (para atletas que usam tronco e braços na remada) com a conquista, neste domingo (8), da medalha de ouro com o sul-mato-grossense Fernando Rufino e a prata com o paranaense Igor Tofalini.

Fernando completou a prova em 50s47, melhor tempo na história dos Jogos, conquistando o bicampeonato paralímpico (ele foi ouro na mesma prova nos Jogos de Tóquio). Já Tofalini fez 51s78 e ficou com o segundo lugar, em chegada emocionante contra o norte-americano Blake Haxton, bronze com o tempo de 51s81.

“Galera de casa, minha família de Itaquiraí [cidade do Mato Grosso do Sul], o meu Brasil, que eu representei, remaram todos juntos. Eu carrego uma bandeira verde e amarela. Então aqui ainda não temos a dimensão, porque a alegria que vou receber depois será maior do que a emoção que estou vivendo aqui hoje”, declarou o campeão paralímpico.

Edição: Fábio Lisboa

Fonte: Agência de Notícias

Com direito a recorde paralímpico, Tayana Medeiros conquista o ouro

 

Carioca brilhou na categoria até 86 quilos do halterofilismo

Com direito a recorde paralímpico, a carioca Tayana Medeiros levantou 156 quilos neste domingo (8) para conquistar a medalha de ouro da categoria até 86 quilos do halterofilismo nos Jogos Paralímpicos de Paris (França). Completaram o pódio a chinesa Feifei Zheng, prata com a marca de 155 quilos, e a chilena Marion Alejandra Serrano, bronze ao levantar 134 quilos.

“Nunca tinha feito [156 quilos], meu máximo hoje era 150 quilos. Quando analisamos tudo, meu técnico perguntou: ‘está preparada?’. Respondi: ‘estou mais que preparada’. Estou me preparando por três anos. Foram três anos de mudanças radicais, pelas quais hoje agradeço a Deus: ter largado o Rio, ter ido para Uberlância, ter deixado minha casa para ir morar em outro estado. Valeu a pena, pois estou levando ela [a medalha] para casa”, declarou a atleta de 31 anos de idade.

A medalha de Tayana, que é nascida e criada no Morro da Fé, uma das favelas do Complexo da Penha, no Rio, é a quarta do Brasil no halterofilismo nos Jogos de Paris. Mariana D’Andrea foi ouro na categoria até 73 quilos, Lara Lima bronze na categoria até 41 quilos e Maria Fátima de Castro bronze na categoria até 67 quilos.

Edição: Fábio Lisboa

Fonte: Agência Brasil